domingo, abril 20, 2008

O Inevitável - Parte I

Para entender o que se passou na tensa relação entre PT e PMDB em nossa pólis é preciso avaliar algumas questões: Priante, ao conceder-se como "boi de piranha do PMDB" na tática da aliança para a derrota do império tucano no Estado, cobra algo que lhe dê sustentabilidade política, já que não foi indicado secretário de Estado, nem tão pouco assumiu cargo no governo federal como cogitava. Mário Cardoso, ao sair da SEDUC e candidatar-se prefeito de Belém, espera também recompor-se politicamente, depois das diversas desavenças internas em sua tendência, nas quais perdeu importantes companheiros de jornada tais como o habilidoso e competente casal Sílvio (FUNDACENTRO) e Socorro Brasil (SEDUC) entre outros militantes de grande valor que o acompanhavam à décadas ao aceitar a concorrer ao TCM, selando assim sua aposentadoria política e deixando aqueles que compunham “seu” projeto político à deriva. Jader, ao perder seu principal interlocutor dentro do governo Ana Júlia teme perder espaço e o "prestígio" de seus secretários, que podem aos poucos, serem substituídos por petistas como a chegada de "novos ares" na casa civil. O PT está em total discordância com a aliança em Belém, quer retomar o poder local e acabar com a farra do falso médico, mas considera importante a relação no interior onde ainda há problemas em alguns municípios estratégicos tanto pra ele como para o PMDB. O PMDB vê como prioridade zero a reeleição de Helder Barbalho em Ananindeua, 2º maior colégio eleitoral - depois está Santarém - e por lá, a aliança PT/PMDB torna-se crucial para consolidar os interesses de Jader & Família, mas por lá o PT não se definiu ainda sobre isso. Ana Júlia ainda no ano passado convidou Sandra Batista para concorrer às eleições daquele município, mas ocorre que esqueceu de falar antes com os russo, como orientou garrincha ao técnico da seleção brasileira no tempo do futebol-arte, da habilidade e da humildade.

Acontece que Luis Freitas, ex-secretário de Cultura e ex-adversário de Helder no pleito de 2004, até então dirigente do Departamento de Trânsito de Ananindeua, o qual tem pré-defino o acordo político de manter o PT-Ananindeua sob as asas de seu patrão. Ocorre ainda que este jovem que pretende ser vice de Helder por lá é ligado ao grupo que manteve-se fiel à Mário Cardoso.

A entrevista de Mário Cardoso, visivelmente estressado, mas com certa razão dado o oportunismo da campanha propagandística extemporânea fixada em diversos outdoors pela metrópole.

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