sexta-feira, junho 26, 2009

As Falas do GLBT

Segundo dados do Movimento LGBT do Estado do Pará somente em 2009 pelo menos seis travestis foram mortas em Belém e região metropolitana. Além disso, a ONG denuncia ainda o descaso em apurar esses crimes argumentando que nenhum deles foi resolvido e nenhum acusado foi preso. “O grande número de assassinatos é o reflexo da velha história de que elas precisam ir fazer programas nas ruas porque não encontram nenhuma colocação no mercado de trabalho formal. Não vamos mais deixar que a polícia varra pra debaixo do tapete nenhum caso envolvendo Travestis ou nenhuma vítima da nossa comunidade, principalmente agora com o apoio da defensoria e do governo estadual e federal nessa luta”, desabafou Marcelo Carvalho, coordenador de comunicação do Movimento LGBT.

Hoje em dia em Belém, cerca de 90% das travestis da cidade trabalham como profissionais do sexo, sendo que cerca de 60 delas atuam na Avenida Almirante Barroso e aproximadamente 50 no bairro do reduto. Apenas 10% não se prostituem, atuando como cabeleireiras, donas de pensão e donas de casa. De acordo com dados do Movimento LGBT, a cada 3 dias um travesti sofre agressão física nos pontos de prostituição.

A esquina da travessa do Chaco com Almirante Barroso, é ponto de prostituição de travestis conhecido em Belém, e já foi alvo de críticas por parte de moradores locais. Os representantes das travestis alegam saber do problema e revelam que já tentaram debater o assunto, mas a polícia se negou a colaborar.

Segundo Marcelo Carvalho, há cerca de 2 meses, representantes das travestis, da Associação dos moradores do bairro do Reduto, representantes da coordenadoria pela livre orientação sexual da Seju-DH e do Movimento LGBT reuniram-se para firmar acordo para boa convivência entre ambas as partes e debater o problema da exclusão e abordagem policial, mas os representantes da área de segurança pública do Estado não se fizeram presentes.

Fonte: ASCOM GLBT – Assessoria de Comunicação do Movimento GLBT do Pará.

O Senado está desmoralizado. Os trens da alegria, as contratações fantasmas, os abusos de privilégios, os gastos indevidos e o mau uso do dinheiro público transformaram o Senado em um antro de corrupção. Mas isso não é de agora, isso é assim desde sempre. Mas só foi possível comprovar isso depois que o governo Lula implantou sistemas de controle e transparência da movimentação de verbas públicas. A maioria dos senadores cometeu atos ilegais, meteu a mão no dinheiro público. O senador Efraim de Morais manteve 52 funcionários-fantasmas em seu gabinete nos últimos quatro anos. Eles seriam oficialmente contratados para trabalhar no Congresso, mas trabalhavam como cabos eleitorais. Em salários, os fantasmas teriam custado R$ 6,7 milhões ao longo do tempo que o senador ocupou o cargo de primeiro-secretário (abrangendo os anos de 2005 a 2009). Agora o portal transparência do senado mostra que Efraim de Morais mantém 57 pessoas em seu gabinete. O senador Heráclito Fortes, do DEM, mantinha a filha de FHC como funcionária fantasma. O senador mineiro Eduardo Azeredo (do PSDB de José Serra e Aécio Neves), pai do mensalão, aparece no mês de maio de 2009 com gastos de R$ 554,10 em um free-shop (Brasif é a empresa dona de free-shops em vários aeroportos brasileiros, que já teve como vice-presidente e conselheiro Jorge Bornhausen). São apenas alguns exemplos dos gastos e contratações fantasmas de alguns senadores. Assisti o Arthur Virgilio na tribuna do Senado, pulando mais que perereca amazônica injuriada, tudo para não ser investigado pelas contratações espúrias, pelos gastos secretos, para posar de paladino da ética. Mas esses senadores fazem parte da oposição feroz e virulenta ao governo Lula, então não interessa à mídia investigar, publicar, cobrar. A mídia quer atingir aqueles senadores que fazem parte da base de apoio ao governo Lula: Sarney, Renan Calheiros. Não que eles sejam anjos, que não tenham, como todos os outros, cometido atos indevidos ao longo de seus anos de senado, mas a mídia, que já derrubou o Renan um vez, agora quer derrubar o Sarney. Os outros podem fazer maracutaias à vontade, a mídia vai poupá-los. Álvaro Dias entregou documentos sigilosos do governo para a mídia, deveria ter sido cassado, mas nada aconteceu, e a mídia fez de conta que esse episódio não existiu. Que moral têm esses senadores para pedir CPI, para investigar seja lá o que for? Nenhuma moral, nenhuma credibilidade, enquanto não for feita uma investigação dos atos espúrios dos senadores pela PF, MPF, todos continuam suspeitos de serem corruptos, de praticarem nepotismo, de meterem a mão grande no dinheiro público. De uma forma ou de outra, todos têm o rabo preso até prova em contrário. Derrubar o Sarney, que foi eleito pela maioria, conforme a regra, é promover um golpe apoiado pela mídia na tentativa de assumirem eles – o DEM, o PSDB e alguns dissidentes invejosos e rancorosos do PMDB, PDT, PTB – o comando do senado, para não aprovar mais nada que seja de interesse do governo Lula, de interesse do povo. Eles contavam com a crise econômica mundial para detonar o governo, mas Lula está superando com muito sucesso a crise daí partirem para nova investida. Só o que não querem é que o presidente Lula chegue a 2010 com sua popularidade astronômica. É o medo de o presidente Lula fazer seu sucessor em 2010.
Jussara Seixas - editora do BLOG DA DILMA NO TWITTER: http://twitter.com/blogdadilma

quarta-feira, junho 24, 2009

O Cara do Cara - Replay

Do Blog do Espaço Aberto
“O presidente Lula tem uma orientação política muito diferente da maioria dos americanos. Ele surgiu do movimento sindical e era visto como um forte esquerdista. Acontece que ele se mostrou uma pessoa muito prática, que, apesar de manter relações por todo o espectro político da América Latina, realizou todos os tipos de reformas de mercado inteligentes que fizeram o Brasil prosperar.
Barack Obama, em novos elogios para aquele que, vocês sabem, o mesmo já apontou como O Cara.

As Charges da Semana

O que ele disse por aí.

"Em 1986, fui obrigado a fazer caixa dois na campanha para o governo do Amazonas. As empresas que fizeram doação não declararam as doações com medo de perseguição política."
Senador Arthur Virgílio (PSDB/AM) árduo crítico de Lula e do PT quando estourou o caso do Mensalão.

Twitter Revolution

A imprensa brasileira, à reboque dos grandes veículos internacionais, tem dado um destaque parcial e extremamente heróico aos protestantes do Irã, que desde o anúncio da reeleição do presidiente Mahmud Ahmadinejad, o qual tem intimidado os EUA e Israel, principalmente por investir em tecnologia nuclear, abre caminho à impresão de que opinião pública no mundo é despreparada, seja ela com ou sem diploma. Despreparada à ser crítica, como estão sendo os principais adversários externos do presidente.
Os israelenses são muito realistas. (...) Por isso, o primeiro sinal de alerta de que ninguém esperasse alguma "Twitter revolution" no Iran, porque o projeto estaria condenado ao fracasso, veio dos israelenses. Os israelenses foram os primeiros a observar que permanecia inalterada a capacidade política do Líder Supremo Ali Khamenei para manter a ordem, por mais explosiva que parecesse a situação e por mais que a mídia 'ocidental' repetisse incansavelmente que o regime iraniano estaria "por um fio".
Se alguém ainda duvidasse da 'armação', bastaria, para convencer-se, observar a fúria da mídia estatal da Arábia Saudita, em ataque violentíssimo, dirigido pessoalmente contra Khamenei e o presidente Mahmud Ahmadinejad – ataque que contradiz as tradições da ta'arof (polidez) e, até, também, da taqiyah (dissimulação), tão importantes nessa parte do mundo. Acabaram-se as esperanças tão longamente cultivadas por Riad, de ver o enfraquecimento do regime iraniano que resultaria de alguma "longa crise". O principal interlocutor da Arábia Saudita, Akbar Hashemi Rafsanjani, foi varrido do tabuleiro. Riad que se prepare, agora, para enfrentar a ira de Teeran.
Israel: um correto prognóstico
Em extraordinário 'vazamento' para a mídia do final da semana, imediatamente depois do histórico discurso de Khamenei nas orações da 6ª-feira, Meir Dagan, chefe do Mossad israelense, deixou 'escapar' que a vitória do candidato de oposição, Mir Hossein Mousavi, nas eleições presidenciais de 12/6 no Iran significaria "grandes problemas" para Israel.
Os israelenses têm modo próprio de dizer as coisas. Meir Dagan não fez senão reconhecer, com sutileza, a realidade política em Teeran, que Israel não conseguirá alterar. Falando em audiência da Comissão de Defesa e Relações Internacionais do Parlamento israelense, em meados da semana passada, o espião-chefe de Israel já previa que os protestos em Teeran acabariam, por total falta de oxigênio. Segundo o jornal Ha'aretz, Dagan disse: "Não houve fraude nas eleições no Iran; se houve, é a fraude-padrão que sempre acontece em todos os Estados liberais em todas as eleições. A disputa no Iran é assunto interno e nada tem a ver com as aspirações estratégicas do país nem como programa nuclear – que não se alterarão, seja quem for o próximo presidente."
Em seguida, explicou: "O mundo – e nós – já conhecemos Ahmadinejad. Se o candidato reformista Mousavi tivesse sido eleito, Israel estaria em situação mais difícil, porque seria preciso explicar ao mundo o perigo iraniano, porque o mundo imagina que Mousavi seja elemento moderado. É preciso lembrar que o programa nuclear iraniano foi iniciado por Mousavi, quando primeiro-ministro."
A análise é perfeitíssima. Israel rapidamente informou a Teeran, por canais diplomáticos discretíssimos, que Israel nada tinha a ver com nenhuma revolução 'colorida'. Foi informe muito oportuno. De fato, divisões que agora vieram à tona em Teeran existem há muito tempo e são divisões do regime iraniano, muito mais do que de alguma sociedade iraniana. É muito evidente para quem conheça a região, que não está em andamento qualquer tipo de revolução 'colorida' no Iran. Todos sabem disso; até um incansável crítico do regime, como o veterano escritor Amir Taheri, já admitiu:
"O regime beneficiou-se da fanfarronice de Ahmadinejad; ninguém, na sociedade iraniana conhece alguém melhor que Ahmadinejad para fazer o que Ahmadinejad faz. O ponto fraco de Ahmadinejad é ainda não ter podido por na cadeia os mulás mais ricos e corruptos, como prometeu que faria. (...) Hoje, é a mais autêntica manifestação do movimento Khomeinista, de um modo tal que nem Mousavi nem [o ex-presidente Mohammad] Khatami, ou qquer outro desses Khomeinistas jamais seriam."
Limitações de Mousavi
Contra todas as evidências, Mousavi reacendeu muitas esperanças no 'ocidente' – sobretudo em Londres, Paris e Berlin – e em algumas das capitais árabes 'pró-ocidente'. Mas, isso, porque todos conhecem Mousavi, que foi Chanceler e primeiro-ministro entre 1981 e 1989. Ninguém jamais pensou que se tratasse de reformador ou que tendesse a alguma 'modernidade'. Nas palavras do mesmo Taheri, cronista bem-informado do Oriente Médio, Mousavi, enquanto esteve no poder, "construiu ampla rede de contatos nos EUA, Europa e países árabes".
Taheri lembra, por exemplo, que o homem que conduziu as demoradas negociações na Argélia, que resultaram na libertação dos reféns norte-americanos em 1981, Behzad Nabvi, ainda é, hoje, assessor de Mousavi. E também Abbas Kangarioo, que conduziu as negociações secretas com o governo de Ronald Reagan que se conhecem hoje como "Irangate", ou "o negócio Iran-Contras". Kangarioo, amigo e assessor-chave de Mousavi, também é conhecido por ter "construído uma rede de contatos nos círculos diplomáticos e dos serviços secretos, na Europa e nos EUA".
Como seria de esperar, Taheri estima que, embora a fama de Mousavi tenha alcançado alguns dos círculos mais fechados da espionagem ocidental, ele, 'em casa', só seduz alguns grupos das classes médias urbanas que desejam apagar do mundo a "revolução khomeinista" (...). Gente como Mousavi e os ex-presidentes Mohammad Khatami e Hashemi Rafsanjani já deixaram, há muito tempo, de serem vistos como revolucionários genuínos e confiáveis".
Pensando por outras vias, Taheri chega praticamente à mesma conclusão definitiva à que chegou o chefe dos espiões israelenses: um interlocutor fraco sem qualquer apoio da base khomeinista, como Mousavi, jamais teria poder para fazer todas as concessões que os EUA, os europeus e os árabes exigem; mas Ahmadinejad, sim, pode chegar a uma posição menos dura do que a que defende hoje; em todos os casos, qualquer concessão que Ahmadinejad venha a fazer, sempre poderá ser apresentada como 'recurso pragmático de negociação'. O ocidente parece acreditar que será mais fácil negociar com Ahmadinejad, que tem base de votos e representação legítimas.
Se se avaliam os quatro anos passados, é fato que Ahmadinejad restaurou a conexão entre o regime e o discurso populista radical. "Há quatro anos", escreveu Taheri, "o regime era visto como governo de uma claque de mulás sem expressão e seus sócios comerciais, que governavam o país como se fosse empresa da qual fossem os sócios majoritários. Os grupos mais oprimidos, os excluídos dessa ordem político-econômica viam-se a si mesmos como vítimas de uma espécie de grande traição histórica. Com Ahmadinejad, chegou ao poder uma nova geração de políticos desligados da imagem de corrupção dos governos anteriores, associados aos princípios islâmicos de probidade; assim os pobres e oprimidos voltaram a crer que nem tudo estivesse perdido."
O populismo de Ahmadinejad é faca de dois gumes; se for excessivamente explorado, acabará por minar a legitimidade do regime, que incluiu grupos ativos de corrupção também no establishment clerical. Mas Ahmadinejad é político inteligente. E amadureceu, é claro, nos quatro anos de presidência. Embora autodesdescreva-se como locomotiva sem freios, Ahmadinejad sabe onde e quando parar e olhar em volta para ver em que ponto do campo estão os demais jogadores. Por isso, denunciou inúmeras práticas de corrupção e ameaçou processar vários políticos de destaque, mas parou pouco antes de ter, mesmo, de processar alguém. A questão realmente importante (também para a oposição) é saber se Ahmadinejad, no segundo mandato, voltará a lançar sua rede de pescar corruptos.
Rafsanjani perdeu a guerra
E Khamenei continua a ser o árbitro, líder supremo de fato e de direito. Ahmadinejad não contestou a legitimidade de Khamenei, antes a reconheceu e reafirmou, ao manifestar, em carta formal, sua "gratidão" a Khamenei por suas "preciosas observações" nas orações da 6ª-feira. O último ato no palco do poder, na 6ª-feira, mostrou que Khamenei efetivamente conseguiu abortar a tentativa, por Rafsanjani, de criar alguma espécie de levante entre os clérigos, em Qom.
O ponto definitivo, que demarcou o fracasso do golpe de Rafsanjani aconteceu na 5ª-feira, quando a maioria dos 86 membros do Conselho dos Guardiões (que fora chefiado por Rafsanjani) abertamente apoiaram Khamenei. (...) Armado com todo esse apoio, Khamenei pôde fazer seu sermão histórico, na 6ª-feira, 19/6, quando negou definitivamente qualquer possibilidade de modificar o resultado das eleições. Rafsanjani não foi visto na mesquita, para ouvir o sermão em que Khamenei apoiou Ahmadinejad, aberta e claramente, chamando atenção para o quanto coincidem os pontos de vista de ambos.
Khamenei referiu-se a Rafsanjani pelo primeiro nome, não estando ele presente. A mensagem foi ouvida, alta e clara: a supremacia de Khamenei continua intacta e não deve ser contestada. Ainda mais significativo: Khamenei absolveu Rafsanjani nas acusações de corrupção pessoal; mas deixou aberta a possibilidade de que vários membros de sua família sejam processados por corrupção. Daqui em diante, Rafsanjani terá de pesar cuidadosamente cada um de seus passos; e tem de temer a espada de Dâmocles que foi pendurada sobre a cabeça de seus parentes, os quais – segundo dizem muitos, em Teeran – acumularam fortunas imensas, nem sempre por vias legais.
Khamenei, além disso, tampouco fez qquer esforço para contradizer as acusações que Ahmadinejad introduziu na campanha eleitoral, de que Rafsanjani conspirara com o regime saudita para derrubar o governo Khamenei. É ideia que só pode ter chegado ao presidente por informes dos serviços de inteligência do Iran; e os serviços de inteligência trabalham sob supervisão direta e atentíssima de Khamenei.
No sábado, a Assembléia dos Especialistas deu um passo adiante e manifestou "integral apoio" às palavras de Khamenei. Conclamou a nação a seguir a orientação de Khamenei. Também no sábado, as forças armadas; a Associação de Professores do Seminário de Qom; e inúmeras outras vozes sociais influentes no regime declararam apoio a Khamenei. Os clérigos ditos 'reformistas' alinhados com Khatami mudaram de ideia e já cancelaram as manifestações marcadas para o sábado.
A dura realidade, portanto, é que os imensíssimos poderes de Khamenei permanecem intactos. Pode deixar que prossigam as manifestações dos seguidores de classe média rica a favor de Mousavi, deixando que se autoconsumam no próprio alarido; tem autoridade e poder para fazê-lo. Isso implica dizer que é possível que os 'protestos' continuem por mais algum tempo – o que parece improvável , porque o próprio Mousavi já sabe que está num beco sem saída –, sem que qualquer manifestação urbana cenográfica implique qualquer ameaça ao poder de Khamenei.
Nas palavras de Taheri, "Autoproclamados 'especialistas' em Iran parecem não perceber que Mousavi foi uma espécie de balão-de-ensaio lançado por alguns setores da classe média, para expor sua ira contra não só o presidente eleito e reeleito, mas, também, contra todo o regime Khomeinista. De fato, não há sequer uma linha no currículo de Mousavi (...) que o torne mais atraente para aquela classe média ocidentalizante que Ahmadinejad."
No final de todo o espetáculo, a comunidade internacional só pode suspirar aliviada por, no momento em que se encenava esse drama complexo e extremamente difícil de decifrar, já não haver qualquer George W Bush na Casa Branca, em Washington. Parece pelo menos possível que o novo presidente dos EUA, Barack Obama, consiga entender ou pressentir as sutilezas da situação; é crível que tenha, sim, decidido adotar posição de distanciamento e equilíbrio e manter-se nela, apesar da pressão que parecem estar fazendo os mais conservadores.
Os comentários de Obama nem de longe contestaram a legitimidade de Ahmadinejad (nem de Khamenei) para governarem o país. Obama tampouco se identificou com a 'exigência' (de Mousavi) de novas eleições. De fato, Obama deixou-se ficar ostensivamente separado de Mousavi. Mais que isso, nada fez que sugerisse a possibilidade de 'retirar' a oferta de "mãos estendidas" em direção ao Iran.
(...) Os iranianos viram bem claramente que as palavras de Obama foram e continuam muito atentamente moduladas, embora, diz Teeran, a "Voz da América" tenha feito comentários contraditórios em relação ao que disse o presidente Obama. O ministro das Relações Exteriores, Manouchehr Mottaki, em fala divulgada por rádio e TV em Teeran, criticou Inglaterra, França e Alemanha; mas não fez qualquer referência aos EUA (nem a Israel). Parece que Teeran está afinando a mira, primeiro, contra a Inglaterra.
Mottaki disse que os ingleses treinam sabotadores no Iraque e os infiltram em território iraniano. Sinal de que a autoconfiança de Teeran está em alta, é terem escolhido a Inglaterra como alvo, até, de ironias. Mottaki disse que o mundo mudou e é mais que hora de a Inglaterra aposentar velhas fantasias de que "o sol jamais se põe no Império Britânico".
M. K. Bhadrakumar é diplomata de carreira do MRE indiano. Serviu na União Soviética, na Coreia do Sul, no Sri Lanka, na Alemanha, no Paquistão, Uzbequistão, Kuwait e Turquia.

terça-feira, junho 23, 2009

As Outras Falas da Pólis

Com a nota mais abaixo, a jornalista Pâmela Côelho descreve uma importante ação da Câmara Municipal de Belém que desenterra o projeto do Conselho Municipal de Comunicação, ignorado por mais de 4 lamentáveis anos, pelo "coveiro de sonhos", o falsário que atende pelo vulgo "Dudu". Comunicadores Populares atuantes em rádios comunitárias, Ongs, sindicalistas, profissionais da imprensa e jornalistas aguardam agora a redefinição de papéis com a saída do ex-secretário de comunicação do governo Ana Júlia, o professor Fábio Castro, um blogueiro de mão cheia, agora com mais tempo livre, tem escrevinhado com empolgação, entre outros temas, sobre cyberativismo, a esquerda européia e reflexões sobre a tentativa de golpe do ocidente, na soberana nação Iraniana, com a insurgência de alguns setores, depois das últimas eleições, naquele país.
Com o cenário favorável à mudanças com a chegada do novo secretário, o jornalista Paulo Roberto Ferreira, como por exemplo, a absorção de outros nomes para tocarem a I Conferência Estadual de Comunicação, que depois de meses de reuniões estafantes, chega em fim, a possibilidade de ser construída pelas mãos de diversos comunicadores deste Estado, pondo quem sabe, fim no oligopólio e na farsante unitariedade dos donos dos meios de comunicação em de-formar nosso povo.

Há quem diga que será uma mudança de paraadgma, outros céticos, vêm apenas mais uma forma de colocar no papel políticas públicas que nada resultaram em melhorias da informação e de controle social, mas a iniciativa do governo Lula e o aceno do governo, mesmo em tempos de vacas magras, acenam para possibilidades múltiplas, já que as novas mídias e o fazer da comunicação alteram-se substancialmente, transformando a revolução tecnologica deste século, uma verdadeira arma contra a ditudura imposta pelos grandes meios.

Segue a nota:

O vereador Otávio Pinheiro protocolou ontem (22/06), na Câmara Municipal o projeto de lei que se refere a instalação do Conselho Municipal de Comunicação, criado pela Lei 8.365 de 25 de setembro de 2004. O Conselho Municipal de Comunicação há cinco anos somente no papel, segundo o Projeto de Lei apresentado por Otávio Pinheiro, sofre algumas alterações. Para garantir a amplitude de representatividade do Conselho, o vereador sugere mudanças em sua composição, sendo formado por quatro representantes do Poder Executivo Municipal e um de cada segmento da comunicação, como: representante do segmento de rádios comunitárias indicado pela FDRC (Fórum de Defesa das rádios Comunitárias), ABRAÇO (Associação Brasileira de Rádios Comunitária), ONGs que atuam na comunicação social, setor empresarial, setor dos trabalhadores, movimentos sociais e do setor áudio visual. Conforme requerimento também apresentado, após a instalação do Conselho, o mesmo deve ser responsável pela elaboração da Política de Comunicação Social em Belém. O PREFEITO MUNICIPAL DE BELÉM,A CÂMARA MUNICIPAL DE BELÉM estatui a seguinte Lei:Art. 1º Fica criado o Conselho Municipal de Comunicação Social, com funções deliberativas, normativas, fiscalizadoras e consultivas, nas áreas da Comunicação Social do Município, tendo por finalidades e competências: I – propor e fiscalizar ações e políticas públicas de desenvolvimento da comunicação social, a partir de iniciativas governamentais e/ou em parceria com agentes privados, sempre na preservação do interesse público; II – promover e incentivar estudos, eventos, atividades permanentes e pesquisas na área da comunicação social; III – contribuir na definição da política pública de comunicação social a ser implementada pela Administração Pública Municipal, ouvida a população organizada; IV – propor e analisar políticas de geração, captação e alocação de recursos para o setor da comunicação social; V – colaborar na articulação das ações entre organismos públicos e privados da área da comunicação social; VI – emitir e analisar pareceres sobre questões técnicas da comunicação social; VII – acompanhar, avaliar e fiscalizar as ações da comunicação social, desenvolvidas no Município; VIII – estudar e sugerir medidas que visem a expansão e ao aperfeiçoamento das atividades e investimentos realizados pela COMUSCoordenadoria de Comunicação Social; IX – incentivar a permanente atualização do cadastro das entidades de radiodifusão comunitária e de mídias alternativas do Município; X – elaborar e aprovar seu Regimento Interno. Fonte: Assessoria de Comunicação do mandato.

A hipocrisia dos "éticos"

"No atual quadro de correlação de forças, Lula deveria, tal como João Goulart desorientado, atacar, de uma só vez, todos os pilares da estrutura capitalista numa formação social ainda periférica?"
Por Gilson Caroni Filho*
Quando a indigência analítica é muito grande, torna-se impossível evitar a suspeita de que estejamos diante de um exercício de má-fé. Tornou-se moeda corrente, entre atores de certa esquerda, a acusação de que, chegando ao poder, o Partido dos Trabalhadores abandonou a grande política, definida por Gramsci como aquela que põe em questão as estruturas de uma sociedade, para reproduzir a gramática do poder conservador. Operando em um registro simplificado de abordagem, nossos esquerdistas de salão têm um mérito: demonstram, de forma cabal, que o amesquinhamento do debate não é exclusividade da direita que fingem combater, mesmo se igualando a ela no método e nas formas de ação.
Confundindo, ou fingindo confundir, a primeira eleição presidencial de Lula com o fim da hegemonia neoliberal, argumentam que o PT tinha plenas condições de realizar reformas estruturais já que os adversários estavam desnorteados. Cabe perguntar se ignoram a capilaridade social dos derrotados nas urnas, suas estruturas clientelísticas e, como já frisamos em vários artigos, que a vitória sobre o candidato da direita necessitou de um amplo leque de alianças que, se bateu forte no conteúdo doutrinário do partido, deixou evidente a necessidade de ampliar os termos dos seus debates internos. O que fariam nossos “bravos companheiros" se tivessem o mesmo capital político do presidente eleito? Que modificações estruturais implementariam?
É grande a semelhança com o argumento dos tucanos quanto ao crescimento do Brasil no período das vacas gordas, ou seja, que o país cresceu, mas poderia ter crescido muito mais se o governo fosse competente. Mas não diziam como fazer para que isso acontecesse. O que propõem afinal os militantes da "esquerda pura"? Uma aventura bem ao gosto do gueto que esperaria a derrota para capitalizar a tragédia?
No atual quadro de correlação de forças, Lula deveria, tal como João Goulart desorientado, atacar, de uma só vez, todos os pilares da estrutura capitalista numa formação social ainda periférica? Em um país onde retirar do baú a velha arma do anticomunismo primário ainda é um expediente que funciona, o governo deveria ter reeditado, com algumas adaptações, as “reformas de base”? Disciplinar a remessa de lucros, desapropriar latifúndios, auditar a dívida pública, contando com o apoio de segmentos militares e núcleos progressistas da burguesia?
Ou Lula não age com mais sabedoria quando aponta que a saída está na ampliação da democracia? No resgate de uma esfera pública antes regulada por corporações multilaterais. Na grande subversão que é, gradativamente, criar condições para que o trabalho ganhe prioridade sobre o capital. É uma tarefa que passa pela reversão de valores arraigados por anos de patrimonialismo. Melhor que ninguém, mais uma vez, cabe ao ex-líder sindicalista objetivar o significado de sua vitória em duas eleições e das esperanças políticas das classes trabalhadoras e dos excluídos.
Nesse contexto, chega a ser engraçado ver a convergência de opiniões sobre a declaração de Lula contrária ao linchamento político do senador José Sarney. “Esquerdistas éticos" e analistas tucanos fingiram espanto, vendo nas palavras do presidente uma legitimação do coronelismo. Quem conhece os efeitos do Bolsa-Família sobre os velhos currais, sabe como estão sendo erodidas antigas formas de dominação.
Faz-se necessário repetir o ensinamento de Gramsci: “É preciso atrair violentamente a atenção para o presente do modo como ele é, se se quer transformá-lo. Pessimismo da inteligência, otimismo da vontade”. Voluntarismo e oportunismo andam de mãos dadas.
*Gilson Caroni Filho é professor de Sociologia das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro, colunista da Carta Maior e colaborador do Observatório da Imprensa.

Made in Pará - Élida Bráz

Léo Áquila, ex-reportér de um programa da Rede TV e Élida Brás, a Dj sainha que junto com seu marido, o ex-vereador de Belém "Caveira", prestigiam agora todo ano a parada gay em Sampa. O motivo? Prefiro não comentar!
O casal mantém um belo sítio, que denominam de reserva ambiental, no qual 300 mil metros de área verde em Benevides, abrigam 140 especies de animais vivendo em fauna livre, igarapes e fontes de agua mineral, segundo ela mesma em sua página do Orkut.
Militantes do Partido Verde, aprontam sempre que podem e se destacam por onde passam.
A foto é do orkut da garotona que mantém a forma brincando com cobras.

domingo, junho 21, 2009

Mercado Cultural da Marambaia

Bandas, vídeos, exposição de fotos, literatura, artesãos, repentistas... tudo isso transpirando cultura popular em pleno mercado. É isso mesmo, no mercado da Marambaia.
A promoção desta miscelânia de cultura é iniciativa do músico Mauro Vaz integrante do MOCULMA - Movimento Cultural da Marambaia, que junto com os artístas e produtores culturais, trazem seus intrumentos "na cabeça" e oferecem aos moradores do bairro durante as manhãs de Domingo, alimentos culturais para quem alí transita.
Pela 3ª semana consecutiva, o evento atraí diversos artístas, curiosos e pessoas que percebem na iniciativa uma forma de oportunizar quem não possue vez nos palcos centrais mas que promove cultura. A vocalista da Banda Lilith, Carla Lopes, 25, define a ação: "uma boa forma de divulgar a arte das pessoas que não tem meios de apresentar seus trabalhos. A música em atrai as pessoas que vem ao mercado à conhecerem o artesanato e as diferentes linguagens artísticas que estão sendo exibidos aqui".
Domingo que vem tem mais.

sexta-feira, junho 19, 2009

Coronel do Massacre de Carajás está solto e pode continuar solto

Com o mesmo título, no site do Paulo Henrique Amorim, um dos jornalistas mais respeitados do Brasil que declarou: "Jornalista deveria ter um curso universitário: estudar matemática, história, filosofia, biologia – e fazer um curso profissionalizante de jornalista de, no máximo, três meses".
Essa foi sua nota pela decisão do STF sobre a queda da exigência do diploma de jornalista para o exercício da profissão e por isso mesmo as Falas da Pólis destaca a inoperância do jornalismo diplomado no Pará, que submisso aos interesses de seus patrões, acomoda-se nas redações dos jornalões, fadando à população à iniciativa de buscar jornalismo sério, independente e investigativo aos meios de comunicação alternativos, como os blogs .
À quem mantém o nariz torcido com a decisão do STF, uma pergunta: Cadê a repercussão e o exercício crítico dos jornais, perante a possibilidade de liberdade à um dos mandantes do Massadre de Eldorado dos Carajás?
Este silêncio colossal, similar à negligência da maioria dos jornalista paraenses em noticiar o que foi covardemente feito com o Jornalista Lúcio Flávio Pinto, quando este, após ser o único à se vestir de jornalista e denunciar a verdaderia quitanda que é o grupo ORM (onde diversos jornalistas diplomados são apenas correia de transmissão dos interesses do grupo mais mentiroso e nefasto do país) foi agredido pelo mimado herdeiro do ex-império da comunicação do Estado, o sistema orm de comunicação - minúsculo, assim mesmo.

quinta-feira, junho 18, 2009

Um dia Marcante!

Alguns valiosos fragmentos em sintonia com a derrocada do império do diploma no reino do jornalismo, seguem inebriados pelos sintomas da liberdade que inexoravelmente seria descoberta do ridículo véu imposto pela mediocridade persistente em nossa elite branca, rica e cheia de preguiça e medo. Depois disso, nunca mais as versões contra a legítima liberdade da prática do jornalismo serão acreditadas. Caiu o mito!

Eu Sou Neguinha?

Caetano Veloso
Eu tava encostad'ali minha guitarra No quadrado branco, vídeo, papelão Eu era o enigma, uma interrogação Olha que coisa mais, que coisa à toa, boa boa boa boa Eu tava com graça... Tava por acaso ali, não era nada Bunda de mulata, muque de peão Tava em Madureira, tava na Bahia No Beaubourg, no Bronx, no Brás e eu e eu e eu e eu A me perguntar Eu sou neguinha? Era uma mensagem, lia uma mensagem Parece bobagem, mas não era não Eu não decifrava, eu não conseguia Mas aquilo ia e eu ia e eu ia e eu ia e eu ia Eu me perguntava: era uma gesto hippie, um desenho estranho Homens trabalhando, pare, contramão E era uma alegria, era uma esperança E era dança e dança ou não ou não ou não Tava perguntando: Eu sou neguinha? Eu sou neguinha? Eu sou neguinha? Eu tava rezando ali completamente Um crente, uma lente, era uma visão Totalmente terceiro sexo, totalmente terceiro mundo, terceiro milênio Carne nua nua nua nua nua Era tão gozado Era um trio elétrico, era fantasia Escola de samba na televisão Cruz no fim túnel, becos sem saída E eu era a saída, melodia, meio-dia, dia, dia Era o que eu dizia: Eu sou neguinha? Mas via outras coisas: via um moço forte E a mulher macia den'da da escuridão Via o que é visivel, via o que não via E o que a poesia e a profecia não vêem, mas vêem, vêem, vêem, vêem É o que parecia Que as coisas conversam coisas supreendentes Fatalmente erram, acham solução E que, o mesmo signo que eu tento ler e ser É apenas o possível ou o impossível em mim em mim em mil em mil e a pergunta vinha: Eu sou neguinha? Eu sou neguinha...

quarta-feira, junho 17, 2009

Jornalismo e Democracia se reaproximam

Supremo decide que é inconstitucional a exigência de diploma para o exercício do jornalismo

Por maioria, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, nesta quarta-feira, que é inconstitucional a exigência do diploma de jornalismo e registro profissional no Ministério do Trabalho como condição para o exercício da profissão de jornalista.

Leia mais no site do STF.

Com a notícia acima, o Brasil deu passo significativo na defesa dos princípios democráticos e republicanos que enfrentavam os melindres de setores cooporativistas opositores da liberdade de expressão e contraditóriamente estes mesmos grupos defendiam a liberdade de imprensa, confundindo-a frequentemente, com a impunidade para a imprensa e tentavam de forma inconstitucional, restringir o direito do exercício pleno da comunicação social.

Como alguns grupos e indivíduos no Brasil esperavam, a decisão do STF configurou-se como o fim de uma guerra medíocre travada por alguns profissionais do jornalismo, que alegavam que apenas com uma formação acadêmica de 4 anos, uma pessoa dotava-se da exclusiva condição intelectual de produzir mensagens, notícias e informação pública.

Foi um passo da nação para o futuro, sem dúvida!

O mercado e os orgãos públicos terão agora mais opções de escolha de seus profissionais de comunicação.

Esperniarão ainda, aqueles que deliravam e convenceram-se de que as prerrogativas do bom jornalismo não estão inexoravelmente ligadas à formação multidiciplinar, transversal e expansiva de diversas áreas do conhecimento científico e empírico, fundamentais para o bom desempenho profissional de quem necessariamente requer de criticidade, paixão pelos estudos, perfil investigador e democrático, além de valores e hábitos que não estão no papel desencarnado dos diplomas.

Observo de perto a ação daqueles que sentem-se ameaçados, naquilo que imaginam serem seu, só seu o direito de comunicar e sei do que são capazes, mas com a última pá de areia e de legalidade jurídica, enterrou-se de vez a nefasta obrigatoriedade criada pelos milicos em plena ditadura, originalmente concebida para silenciar os movimentos sociais e todos que insurgiam contra o regime.

O jornalista Mino Carta já dizia:Jornalismo não é ciência, na melhor das hipóteses pode ser arte. Depende do talento inato de quem o pratica, da qualidade de suas leituras”.

É como essa convicção de que sendo o talento o principal vetor para a identificação do bom profissional, acredito que durante a I Conferência de Comunicação do Estado do Pará e do Brasil, possamos discurtir o tema e agilizar o quanto antes a absorção e fomento de novos comunicadores sociais que permeiam a sociedade, levando o contra-ponto aos grandes interesses dos "donos dos porcos".

sábado, junho 13, 2009

O que ele disse por aí.

“Meus queridos companheiros e companheiras, na verdade todos nós somos ‘o cara’”.
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao iniciar o discurso na cerimônia de inauguração do Centro Estadual de Educação Profissional José Figueiredo Barreto, em Sergipe.
Na foto acima, da Presidência da República, Lula e o governador de Sergipe, Marcelo Déda, durante cerimônia de inauguração das obra de recuperação em prédios do Quarteirão dos Trapiches, em Laranjeiras (SE).

O que ele anda dizendo por aí

"São 24,6 milhões de pessoas com deficiência no país, mas falta funcionalidade e beleza no vestuário para elas"
José Serra em seu comentário rápido no Twitter.

sexta-feira, junho 12, 2009

Blogs, e a Revolução das Mídias

Por Carlos Castilho no site Observatório da Imprensa.
Polêmica sobre o blog da Petrobras mostra o surgimento de um novo espaço público para debates no país
A conjuntura eleitoral em Brasília está ofuscando a análise de questões de longo prazo relacionadas ao polêmico blog da Petrobras. O contexto político vai mudar porque depende das expectativas sucessórias para 2010, mas a reviravolta provocada pelo ingresso da maior empresa brasileira na blogosfera terá efeitos prolongados e que mudarão a cara da mídia nacional.
Mais importante do que o bate boca sobre o direito ou não da Petrobras publicar as perguntas de jornais em entrevistas solicitadas à empresa é a questão da quebra de rotinas vigentes há décadas no relacionamento da imprensa com fontes oficiais e corporativas. Isto altera radicalmente uma questão chave que é a do acesso privilegiado à informação.
A criação de weblogs como forma de falar diretamente com o público não foi inventada pela Petrobras. A ferramenta está vigente há quase três anos em governos como os dos Estados Unidos e por cerca de 15 milhões de blogs corporativos em todo mundo (12% do total de weblogs segundo dados do relatório State of the Blogosphere2008).
Os weblogs existem desde 1999, quando foram adotados por milhares de jovens em todo mundo que os transformaram em diários pessoais virtuais. O primeiro governo a entrar para valer na blogosfera foi Israel, que em 2006 lançou uma série de blogs patrocinados pelos ministérios da Defesa e Relações Exteriores. Um deles é produzido em Nova York pelo consulado local.
Os blogs criaram um novo espaço público para interatividade entre cidadãos, empresas, governos e associações civis, tirando da imprensa escrita a exclusividade na mediação entre os diferentes protagonistas. Trata-se de uma ruptura com o modelo tradicional, cujos efeitos provocam perplexidade, especialmente entre os jornalistas.
O sistema de construção da agenda pública também passa por mudanças consideráveis na medida em que o modelo centralizado baseado na mídia convencional começa a dividir espaços com um sistema descentralizado e caóticocomo é o da blogosfera, por onde circulam aproximadamente 10 milhões de brasileiros, cerca de 50% do total dos que têm acesso à internet no Brasil, segundo estimativas feitas com base em dados dos sites Technorati e Ibope/Nielsen.
A polêmica em torno do blog da Petrobras é um divisor de águas na blogosfera tupiniquim porque introduz oficialmente esta temática na agenda nacional, o que vai acabar estimulando a participação de novos protagonistas, entre os quais há rumores de adesões até entre as Forças Armadas.
Leitores do Código que postaram comentários sobre o caso Petrobras/Jornais chegaram a alegar que a polêmica poderia estimular até mesmo o casal Nardoni(acusado de matar a própria filha) de criar um blog para tentar melhorar sua imagem pública.
A insinuação abre uma nova área de debates ao colocar em questão o direito de qualquer pessoa, inclusive criminosos, criar o seu próprio blog, para participar dacacofonia digital. Gostando ou não é o sinal dos novos tempos da arena da informação pública.
Esta ampliação da liberdade de expressão extrapola todos os limites existentes até agora e empurra o consumidor de informações para novos hábitos e valores — num ambiente que vai provocar uma polarização entre os que resistem aos efeitos de mudanças e os que apostam no novo.
É uma nova clivagem política tomando corpo na sociedade brasileira ao lado da tradicional divisão entre esquerda e direita. Este é o grande tema latente em toda a ruidosa polêmica em torno do blog de Petrobras.

Mãos Sujas é Tapiocouto

Do Blog do Hiroshi Bogéa

- Eu sei que o diretor-geral do Dnit, Luiz Antonio Pagot, tem aqui uma amizade muito forte. Se esta CPI for arquivada de novo, eu quero dizer que não acredito mais neste país. Eu quero dizer: Pagot, tu tens muita força, pode roubar. Rouba, Pagot, porque neste país todo mundo pode.

Essa forma aí em cima é o jeito acabraiado do senador Mário Couto (PSDB) representar o Pará no plenário do Congresso. Sempre dando murros no púlpito, teatralmente insinuando ser gente do bem. Quem não o conhece, termina comprando-o como se assim fosse mesmo.

Nem bem completaram quatro anos de mandato, já virou folclore no meio do Circo.
Há distâncias, sim, oceânicas, a separar estilos e personalidades dos nomes disponibilizados pelo PSDB à disputa da chapa para o governo do Estado.
De um lado, o jeito-cidadão de Jatene, educado, conciliador, articulado com sua biografia acadêmica.
Na outra ponta, o falso moralismo, o coronel dos campos e vendedor de ilusões mesquinhas do Tapiocouto.
Só que agora, e isso pesa, sim, estaremos todos de olho nele, contando às comunidades quem é essa figura perigosa e arcaica. Terrivelmente incompatível com os novos tempos.
O raso conteúdo de Mário Couto não o credencia a ser nem fiscal de esquina em Castelos dos Sonhos, terra que pariu o terrível “Rambo” das matas paroaras.

Quem dá mais?

Do Blog Espaço Aberto.
A venda da Universidade da Amazônia (Unama), maior instituição de ensino superior privado da Região Norte, volta à pauta.
Vejam a imagem acima.
Mostra o resumo de uma notícia que estava disponível no dia 27 de maio passado na frontpage do Relatório Reservado, uma das mais respeitadas publicações do País, que costuma adiantar vários negócios que os jornalões só vão descobrir e divulgar muito depois.

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...