sexta-feira, novembro 27, 2009

FEST-FISC: Aprecie sem Moderação


Temos a grata satisfação de informar que "MALABARES", de Maithê Lorena e Secy Jannuzzi, foi selecionado para exibição no "FEST-FISC ==> FESTIVAL INTERNACIONAL DE FILMES SOCIAIS", evento que será realizado em Belém, Pará.

Dos filmes escolhidos, 6 são estrangeiros e, além dos curtas paraenses, são apenas 5 nacionais, sendo que "MALABARES" é o único representante do sul-sudeste, o que muito nos honra pela possibilidade e responsabilidade de apresentar nosso trabalho no festival e dentro da programação do Fórum Internacional da Sociedade Civil, evento que reunirá cerca de 3 mil pessoas em Belém, entre os dias 28 e 30 de novembro.

A iniciativa do FEST-FISC nasceu da necessidade de se criar mais uma porta para o intercâmbio entre realizadores e produtores - das mais diversas origens e com as suas infinitas propostas de linguagens estéticas e de formas de captação.

Segundo Francisco Weyl, curador do festival, "os filmes selecionados refletem o grau de resistência da sociedade global, ao mesmo tempo em que eles também servem de baliza para que sejam observados os potenciais táticos e estratégicos de utilização da arte cinematográfica como arma de guerrilha, isto é, instrumento de sensibilização, consciência e diálogo entre aqueles que a realizam assim como aqueles que a assistem, tornando-se, a partir de então, também criadores de um processo dialético”.

Além de destacar o papel do cinema, do vídeo e da produção audiovisual em geral na construção de uma sociedade mais justa e solidária, a meta do FEST-FISC, segundo Hilton Silva, outro curador, é democratizar a programação de cultura do Fórum, proporcionando às delegações dos mais diversos países um espaço plural, de natureza intercultural, para a manifestação artística, a fruição estética e o diálogo solidário, tendo em vista um projeto de educação e sociedade que valoriza a diversidade, a relação local-global e a cultura como produção simbólica de construção de identidades.


Outras informações, no blog do festival:  http://www.socialcine.blogspot.com

quarta-feira, novembro 25, 2009

25 de Novembro - Dia Internacional da Não-Violência contra a Mulher

Hoje é uma data importante. É o dia Internacional de combate à violência contra a mulher.


E não pense que dia 25 de Novembro é apenas mais uma data em que os movimentos sociais se levantam contra a impunidade e a opressão dos que se imaginam maiores, superiores e acima de qualquer um que não seja do gênero masculino.





Um dia para lembrar, protestar e mobilizar contra a violência à mulher.



Definido no I Encontro Feminista Latino-Americano e do Caribe, realizado em 1981, em Bogotá, Colômbia, o 25 de Novembro é o Dia Internacional da Não-Violência contra a Mulher. A data foi escolhida para lembrar as irmãs Mirabal (Pátria, Minerva e Maria Teresa), assassinadas pela ditadura de Leônidas Trujillo na República Dominicana.



Em 25 de novembro de 1991, foi iniciada a Campanha Mundial pelos Direitos Humanos das Mulheres, sob a coordenação do Centro de Liderança Global da Mulher,que propôs os 16 Dias de Ativismo contra a Violência contra as Mulheres, que começam no 25 de novembro e encerram-se no dia 10 de dezembro, aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, proclamada em 1948. Este período também contempla outras duas datas significativas: o 1o de Dezembro, Dia Mundial da Luta contra a AIDS e o dia 6 de Dezembro, Dia do Massacre de Montreal (leia mais sobre o 6 de Dezembro)



Em março de 1999, o 25 de novembro foi reconhecido pelas Nações Unidas (ONU) como o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher.


Fonte: Rede Feminista de Saúde, RedeFax, 26/ 2003.

terça-feira, novembro 24, 2009

Confecom: Os números e a crítica.

Foto: Eunice Pinto/Ag.Pará
Do Blog de Fábio Castro
A I Conferência Estadual de Comunicação teve 334 parcitipantes, dos quais 247 pertencentes à sociedade civil, 66 empresários e 21 participantes poder público. O Pará será representado, na conferência nacional, por 50 delegados, sendo 22 da sociedade civil, 22 do setor empresarial e 6 o poder público. O interior paraense participou da conferência e estará representado nos três setores da delegação estadual: teremos 2 empresários de Santarém, 1 de Altamira, e também 2 representantes do poder público, sendo 1 de Santarém e outro de São Domingos do Capim, além dos delegados do interior que representarão a sociedade civil. Como era de se esperar, a disputa mais acirrada foi pelas vagas destinadas à sociedade civil. No final da conferência, depois de dias de negociação, duas chapas de formaram em torno da proposta de regionalização. A chapa vencedora ganhou com 34 votos de diferença: 121 a 87. Agora, uma das versõs disparadas nas redes de emails, atores de partidos distintos, principalmente a juventude do PSOL, seguidos pelo camarada Marcão do PC do B que não refrescou e mandou bala:
Vergonha! Foi uma verdadeira vergonha o ocorrido na Conferência de Comunicação. Foi transformada em Vale-Tudo, onde - como nos tempos dos coronéis - só faltou voto de morto para impor à força a maioria excludente, pois voto de pessoas do segmento poder públiuco foram flagrados votando como se fossem da sociedade civil, na maior cara de pau, como a Tetê da SEDUC e o Sérgio de S. Domingos. ... Sabe-se lá quantos mais não votaram assim .... além de crachás distribuídos sorrateiramente ....
É essa maioiria que quer "democratizar" a comunicação ... Será que triunfará as nulidades ... a vergonha da fraude e da violência ... O argumento dos poderosos e da força bruta ...

segunda-feira, novembro 16, 2009

Sessão Especial sobre a Usina Hidrelétrica de Belo Monte

O Brasil tem como desafio promover o crescimento econômico com sustentabilidade social e ambiental. Para isso, precisa dar resposta a crescente demanda de energia, sem deixar de lado a conservação do meio ambiente e a melhoria das condições de vida da população. É com este intuito que o mandato do Vereador Adalberto Aguiar estará realizando no próximo dia 26 de novembro, às 9h, na Câmara Munical de Belém, uma sessão especial para falarmos sobre a Usina Hidrelétrica de Belo Monte. Sua presença é fundamental para este debate. Fonte: Chefia de Gabinete do Vereador Adalberto Aguiar Muito boa a iniciativa do vereador que trás à tona o debate sobre a construção da Usina de Belo Monte, o qual é permeado por argumentos prá lá de consubistânciados de retórica e dados, onde o pró e contra encontram na sustentabilidade, os impactos ambientais e a necessidade ecônomica e principalmente as soluções para resolver a situação atual do Sistema Elétrico brasileiro que definitivamente precisa ser ampliado.

quinta-feira, novembro 12, 2009

"Existem milhares de pedidos de intervenção federal em todo o país. Somente o Estado de São Paulo possui 2.200 ações desse tipo em andamento, enquanto o Pará não possuía nenhuma até então. A intervenção federal é uma decisão remota. Nem mesmo na época do regime militar houve intervenções decretadas. Por isso, temos certeza de que o Tribunal acabará arquivando o caso." Do Procurador Geral do Estado, Ibraim Rocha, na coletiva à imprensa que marcou a resposta do governo sobre o pedido de intervenção federal no Pará feito pelo tribunal de Justiça do Estado (TJE) em resposta à pressão de fazendeiros que querem fazer onda com o governo Ana Júlia. Movidos ou não por fatores eleitorais uma coisa é certa neste tabuleiro de interesses: Os fazendeiros (grileiros) que historicamente invadem terras públicas no Estado, nunca haviam sido incomodados pelos governos anteriores, assim como os madereiros que exploram de forma ilegal - e porque não chamá-los de bandidos, assim como são rotulados os ocupantes do MST? - e fazem do latifúndio seu império, capaz de subornar por décadas juízes, prefeitos, governadores, parlamentares e a imprensa de modo geral. Não todos, mas são muitos destes que enriqueceram com a morosidade do executivo em ordenar a reforma agrária, que pouco se importam com ordemanento no campo promovido através do Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE), do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e do Programa de regularização e titulação de terras "Terra Legal", do governo Federal. Essa é a turma da bagunça que usa cordão de ouro no pescoço, que tenta fazer as políticas públicas implantadas durante o governo Lula e em parte no governo Ana Júlia, serem ignoradas pela população através da sensibilização do senso comum à favor de um discusso de criminalização do MST e por tabela atingir os governos petistas que ironicamente são taxados de complacentes com as ocupações e sustento do movimento. No tocante do fogo cruzado, uma das principais lideranças do movimento,João Pedro Stédile, afirma que o governo Lula mais atrapalha que ajuda a reforma agrária.
No Pará a história ganha novos aspectos de politicagem, já que mandatos de reintegração de posse, que segundo o chefe da Casa Ciivl, Cláudio Puty, estão sendo atendido e por afirma que só neste governo foram realizadas 101 reitegrações, todas com soluções pacíficas, sem sangue, diferente do governo anterior que deixou de cumprir 176 e entre as marcar deixadas ficou o trágico epsódio que manchou mundialmente o Estado do Pará, onde 19 trabalhadores sem-terra foram cruelmente assassinados pela Polícia Militar, no que ficou conhecido como Massacre de Eldorado do Carajás. A decisão do TJE segue, agora, para o Supremo Tribunal Federal (STF), a quem caberá os procedimentos legais, nos termos definidos pela Constituição Federal para os casos de intervenção federal em Estados.

As Novas Tecnologias Digitais, As Crianças e a Educação

Do Blog Mídias na Educação

As novas tecnologias digitais são responsáveis por uma verdadeira revolução na sociedade brasileira e, por que não dizer, no mundo inteiro. O acesso à tecnologia é cada dia mais fácil, devido a fatores como preço dos equipamentos, facilidade de uso e sua portabilidade (os equipamentos são cada vez menores).

Hoje, é comum que jovens e crianças manipulem aparelhos celulares, ipod, MP4, MP5 e outros correlatos. Tais equipamentos permitem ao usuário fotografar, criar vídeos, gravar conversas, armazenar músicas, dados etc.

De posse dessas tecnologias, crianças e adolescentes - não só eles, mas principalmente eles - estão modificando seu relacionamento com a mídia tradicional. Deixaram de ser meros consumidores ou receptores de imagens e notícias e assumem o perfil de produtores de imagens e de editores de notícias, enfim, são emissores.

Sem dúvida que o cenário descrito acima enseja certo otimismo e aponta caminhos interessantes para o uso consciente e qualitativo das mídias e, em particular, para seu uso no campo da educação.

As escolas podem e devem se apropriar das tecnologias digitais para desenvolverem projetos pedagógicos, filmar e editar seus vídeos, fazer registros fotográficos das atividades, gravar digitalmente os conteúdos mais significativos, etc. Aliás, isto já está acontecendo em muitas escolas.

No Estado do Pará, podemos citar alguns exemplos em que as escolas, alunos e professores estão envolvidos em projetos relacionados às Tecnologias de Informação e Comunicação –TIC, entre os quais destacamos: o I Concurso Estadual de Blogs Educativos, no qual já ocorreram as etapas de Castanhal, Bragança, Santarém, Marabá, e ainda faltam as de Tucuruí e Belém. Após essas etapas regionais, ocorrerá a etapa estadual.

Os blogs das escolas ilustram perfeitamente como deve ser o uso inteligente e criativo das tecnologias digitais. Nos blogs podemos analisar muitos vídeos, fotografias, textos de autoria de alunos e professores; conteúdos relevantes para a formação integral do cidadão. Para conhecer vários desses blogs, basta acessar o blog da CTAE http://ctaeseducpa.wordpress.com/

Outro bom exemplo é o projeto Educarede promovido pela empresa Telefônica. No portal Educarede está em desenvolvimento o projeto Minha Terra: Aprender a Inovar. Nele, as escolas são instigadas a produzirem vídeos, fotografias, textos... sobre sua realidade local e depois postar os conteúdos produzidos na internet no próprio Portal Educarede, nos blogs das escolas e até no YouTube. Em Belém e Ananindeua, temos cerca de 22 escolas participantes da iniciativa do Educarede; essas escolas estão sendo orientadas e acompanhadas pela equipe de professores formadores do Núcleo de Tecnologia Educacional Profº. Washington Luis B. Lopes – NTE Belém. Alguns destes trabalhos já produzidos estão disponíveis no blog do NTE Belém http://ntebelempa.blogspot.com/2009/10/resultados-educarede.html

Outro exemplo é o Projeto Aluno Repórter (http://alunoreporter.com.br/) desenvolvido por professores e alunos de Bragança, coordenado pelo NTE Bragantino (http://ntebragantino.wordpress.com/). Com o projeto os alunos aprendem técnicas da radiodifusão e participam de programas ao vivo na rádio educadora de Bragança.

Ainda temos as oficinas de inclusão digital do Projeto Escola de Portas Abertas, o projeto Aluno Argonauta (http://alunosargonautas.jimdo.com/), Aluno Integrado e os cursos de Formação de Professores dos NTEs etc.

São exemplos de iniciativas com uso das tecnologias, embasadas em propostas pedagógicas sólidas, com objetivos claros a serem atingidos e que promovem o diálogo entre educadores e alunos, ação conjunta de ambas as partes envolvidas em projetos de construção de conhecimentos e experimentação de cidadania.

Entretanto, nenhuma das iniciativas, reveladas até aqui, ocupou o tempo dos grandes noticiários da imprensa local, ao contrário, o olhar da grande mídia prefere sempre expor as mazelas da escola pública. O último grande exemplo foi o episódio protagonizado por três jovens de uma escola pública de Belém. É preciso questionar, por que o uso inteligente e produtivo das tecnologias não é notícia e o uso inadequado ou ingênuo vira um espetáculo midiático?

É preciso que nós educadores, continuemos nos apropriando cada vez mais de conhecimentos para a ampla utilização das ferramentas tecnológicas disponíveis nos dias atuais, criando possibilidades de uso dessas tecnologias que aguce no aluno o interesse pela pesquisa dentro e fora da escola, desenvolvendo no educando, as capacidades de interpretação, síntese e criticidade, uma vez que, a escola é o espaço apropriado para ensinar como as pessoas devem se portar diante das tecnologias que fazem parte de seu cotidiano. Perguntamos: “será que esses estudantes envolvidos sabem, por exemplo, que a pessoa que tiver armazenado o vídeo em seu celular, pendrive ou computador poderá ser preso em flagrante acusado de pedofilia. Veja o que determina o ECA – Estatuto da Criança e Adolescente:

Segundo o ECA quem produz, dirige, fotografa, filma, contracena com crianças ou adolescentes – menores de 18 anos – em cena de nudez ou sexo explicito está sujeito às sanções referentes à pornografia infantil. E ainda, quem publica e armazena o conteúdo pornográfico também é enquadrado na Lei 11.829. A pessoa pode ser presa em flagrante delito se for pega com o celular ou qualquer meio eletrônico em que a imagem esteja armazenada. A pena varia de um a quatro anos de detenção e multa.

Sustentamos a seguinte opinião: não é por causa do recente episódio ocorrido em uma de nossas escolas que se deve proibir o uso do celular ou de qualquer outra tecnologia na escola. Concordamoos com Sérgio Amadeu, pesquisador brasileiro de comunicação mediada por computador e autor dos livros “Exclusão digital” e “A miséria na era da informação”, quando diz que não faz sentido proibir que estudantes tenham acesso a um meio de comunicação na escola que cada vez mais vai adquirir importância na sociedade. Ao contrário “se agente tem problemas do uso inadequado nas escolas, esse é um bom lugar para ensinar como as pessoas devem se portar com o celular”. Amadeu ressalta ainda que nenhuma tecnologia substitui a ética e nem a reflexão consciente do uso dessa tecnologia.

E assim, finalizamos com um apelo a todos os professores e escolas, que juntos pensemos em projetos de aplicação das TIC que apontem não só para encurtar espaços físicos, bem como integrar as pessoas em seu espaço urbano, e refletirmos no que diz Dr.Rogério da Costa em entrevista ao Educarede, realizada em março de 2009, que o importante não é apenas o tipo de projeto realizado, mas o esforço em estabelecer um novo paradigma para as tecnologias da comunicação: elas podem servir para que as pessoas façam um uso inteligente do espaço onde vivem que possam integrar seus hábitos e atitudes num coletivo inteligente, que pensa a favor do lugar em que vive. Quem sabe, um dia possamos ser alvo da mídia em um processo inverso ao que vemos hoje, em que muitas vezes, muitas de nossas escolas são alvos de uma mídia produzida de forma aligeirada, pouco convidativa à reflexão, que mais contribui para diminuir a auto-estima de alunos e professores e que decididamente não nos serve.

Texto: Jamille Galvão

Maria do Carmo Acácio

Marcelo Carvalho

Tânia Sanches

quarta-feira, novembro 11, 2009

Os nomes da Privatização

A imagem acima, produzida pelo jornal Diário do Pará, foi publicada na edição de hoje, com os nomes dos vereadores pró e contra a privatização dos serviços de água e esgoto de Belém.
A iniciativa mostra à população quem é quem na defesa dos direitos do povo e dos interesses escusos do falso médico, o prefeito Duciomar Costa.
Com apenas dois votos à favor da proposta nefasta de privatização, tendo a condução natural do presidente vereador Nadir Neves (PTB - o partido do prefeito) e Tereza Coimbra (PDT). Justiça seja feita ao vereador Fernando Dourado (DEM) que teve seu nome (num lapso diplomado) vinculado à foto da vereadora, que de dourado só tem os cabelos.

sexta-feira, novembro 06, 2009

Uma gatíssima à preço de custo

Adriano Barroso que é ator, autor, diretor de teatro, documentarista e roteirista escreveu esta pérola em seu blog que infelizmente está desfasado, imagino que por conta do enorme batalho que o artísta multifacetado que é, mas com certeza a leitura abaixo te levará à boas risadas (se for homem) e quem sabe indentificar-se (se for mulher). Ave Nelson. Mulher bonita gosta de papo besta. Muita elaboração vira tese, e ninguém quer ir para cama com um Phd em alguma porra que não seja o sexo. Mayra era gostosa, mas levava uma vida marital com seu namorado chato. Mesmo com a pouca idade dos dois, eles acreditavam mesmo que deviam fidelidade absoluta um ao outro. Juntos, era um casal enojador, fazendo ceninhas de ciúmes em público e quase sempre deixando a mesa de bar antes de todos, em meio a porradas. Mayra era gostosa e bem de vida, pele boa, cabelo tratado, unhas sempre feitas, se vestia com personalidade. Todo mundo só esperava um dia pegar ela sem o namoradinho chato. Minha particular batalha com Mayra já durava quase um ano, como ela sempre sorria das minhas palhaçadas, eu aproveitava para jogar deixas para ela pegar. Um dia, cheguei mesmo a ser sincero, “Se eu não fosse acanhado, eu te diria que estou enamorado por ti”. Mulher adora homens ingênuos e frases feitas. Quando eu descobri a palavra ‘enamorado” jamais usei de novo a palavra “apaixonado”, que essa dá um ar de compromisso. Enamorado é mais solto, e algumas delas, não sabem nem o que é isso. De tanto esperar, meu dia chegou. Estava rolando um festival de cinema na cidade, e alguns amigos programamos para ir. A turma, junta, somava umas seis pessoas, o número par só foi possível porque nesse dia, o namoradinho chato não foi, Mayra, sim. E eu estava disposto a cercar mais uma vez. “Faz um tempinho que encontro a Mayra sem o namorado por aí, será que terminaram?”, comentou com um certo veneno feminino Amanda, namorada de um amigo. Peguei a senha. Quando Mayra chegou, sem o mala, fui logo mandando o recado: “não posso entrar nesse cinema contigo”, mandei. “Por quê?”, ela respondeu. “Cinema ter ar de romance, e como estás sozinha, não vou responder por mim”, cravei. Ela sorriu, me chamou de palhaço, mas também não decretou distância alguma. E foi como eu tinha pensado, sentado lado a lado, eu fazia comentários sobre o filme no ouvido de Mayra, que só respondia sorrindo. O filme já pouco me importava, era de graça mesmo, e eu estava mais interessado em mapear cada parte daquele coxão exposto que sobrava na sainha de Mayra. Quase no final do filme ela se virou e falou no meu ouvido: aquele papo de enamorado ainda está de cima?, quase amarelei, mas mantive a pose. “Não me entenda mal, você é uma pessoa adorável”, me finge de tímido. Ela também fingiu que acreditou, e logo, logo estávamos trocando longos beijos. Mas também acabou no cinema nosso romance. Fomos para o bar depois e mantivemos a distância, imposta por ela, claro. Mas confesso que fiquei empolgado e decidi realmente fazer a coisa certa. Na mesma semana saímos por duas vezes e foi somente beijos trocados. “Não quero que nossa história seja somente cama, quero que a gente se conheça melhor e tu tenhas certeza do que estas fazendo”, menti. Sempre no carro dela, porque o meu já estava caindo aos pedaços e não comportava uma mulher como aquela, ela me deixava na esquina de casa acreditando ser a ativa na relação. Mas com os beijos cada vez mais quentes, chegou uma hora que não dava mais para segurar, o grande momento estava chegando. Sempre preguei que a leitura é um instrumento maravilhoso para romper barreiras e tirar a gente de encrencar. É lá, nos livros, que estão os grandes ensinamentos da vida, sabedoria é colocá-los em prática na hora certa. Mayra havia sucumbido aos constantes assédios do ex-namorado, e me dito de maneira muito triste no telefone que havia reatado a merda do relacionamento dela. Para não perder por completo tirei um João Antônio da cartola e mantive a malandragem: “Tudo bem, para um homem como eu, o que vivemos já foi uma experiência extasiante”, e desliguei o telefone num Putaquepariu. Mas o que foi plantado naquele dia renderia frutos à frente. Mandei flores e um Neruda para sua casa, em uma despedida à lá Chico Buarque. Uma semana depois São Nelson me valeria. Estávamos todos no mesmo bar, a mesma turma, dessa vez em número ímpar, quando o casal nojo resolveu empreender mais uma briguinha, ele pegou o carro e foi embora e, eu, bom, eu elegantemente me retirei da mesa e fui beber no balcão. Deu certo, ela se aproximou e disse, “Dessa vez é para sempre”, e mais: “Me leva daqui, para onde quiseres”. Para onde eu quisesse valia bem mais do que me prometer vida eterna, entendem? O negócio era que eu andava meio quebrado, gastando mais do que podia, e naquela noite, fazendo as contas rápido, pagando a despesa, me sobraria uns vinte paus. Era muito pouco pra tudo aquilo de mulher. Sorri um sorriso amarelo. “Me tira daqui, vai”, ela implorava. Tirei um Paulo Coelho da manga para ganhar tempo, e ataquei com pieguice: “A raiva nunca é a melhor conselheira”. “Raiva é o caralho, eu passei a noite inteira te olhando”, ela respondeu com a sinceridade de uma Hilda Hilst. “Ta bom. Vamos nos dar ao desfrute”, era Ana Cristina César falando em mim. Mas... (lembrei da pouca gasolina, no meu carro fedorento, do carro dela confortável, da minha carteira magricela, mas aí me veio meu santo de cabeça. Nessas horas as mulheres gostam de homens de atitude). Deixa o teu carro aí e vem comigo. Ela sorriu. Peguei ela pelo braço e saímos andando pela rua, “Para onde tu estas me levando?”, ela questionou. “Se vai rolar algo entre a gente, vai ter que ser diferente. Uma história que seja só nossa”, continuei andando e falando, “frequentas os lugares mais chiques, não é? Quero te fazer experimenta uma história diferente”, ela sorriu. Quatro quadras depois entramos no El Camiño, um hotel vagabundo no centro da cidade, que cobrava 15 paus duas horas. Ela entrou meio ressabiada, mas não desistiu. Pelos meus cálculos ainda sobraria 5 paus para colocar um litro de gasolina no meu caro até chegar em casa depois. Na cama, sacramentei a jogada: “É que eu te acho nelsonrodriguiana, sabe, bonitinha, mas ordinária, quero contigo, mas só vai ser bom se for em um lugar brega como esse”. Ela adorou a declaração. Ainda declarei muito Nelson Rodrigues naquele ouvidinho cheiroso. Sempre nos piores motéis da cidade. Uma gatíssima à preço de custo. Ave Nelson.

Reintegração de Pose

quarta-feira, novembro 04, 2009

Nostalgia Organizada

Um grupo de ex-universitários e ex-secundaristas que estiveram a frente de entidades estudantis nas décadas de 80 e 90 estão reunindo desde maio de 2009, para organizar eventos comemorativos à maioridade da conquista da meia-passagem em Belém. O grupo chamado “Da meia-passagem à meia-idade” lança um blog como primeiro produto desse movimento para construção do memorial da meia-passagem, a maior conquista da juventude paraense nesse período. Leia mais...

Pri na Ilegalidade

Desde quando Priante ficou porraqui com a governadora - sabe-se lá se com o PT como um todo também?! - o rapaz, que tem o tio, um cara muito bem cotado e que por isso, acha que ele, o tio, Jader Barbalho, deva ser lançado à disputa do governo do Estado pelo PMDB nas eleições do ano que vem. Até aí tudo bem! Lançar o tio candidato à governo do Estado, todo cidadão de bem (?) pode, não é verdade? Porque Priante não poderia lançar Jader, seu tio? Acontece que ao invés de Jader, Priante foi confrontar-se com a lei eleitoral, criando suas próprias regras, lançando-se candidato antes do tempo previsto, tal como revela a foto acima, tirada por um amigo, em uma rua de Belém.

terça-feira, novembro 03, 2009

Verequete Vive!

A visita do o ministro da Cultura Gilberto Gil, em Belém para lançar o programa Mais Cultura e o Edital dos Pontos de Cultura no Estado do Pará. A cerimônia aconteceu às 17h, no Forte do Presépio. A governadora do Pará Ana Júlia Carepa e o secretário de Cultura Edílson Moura, em cortejo até o Forte, participaram de manifestações culturais junto com grupos parafolclóricos. Mestre Verequete, Pinduca e outros artistas paraenses participaram do cortejo. Foto: Eliseu Dias/Ag.Pará
Nosso Bom Deus Chama Vereque! Vá mestre e saiba que o Carimbó não morreu! Verequete não morreu!

A Carta de Charles Alcântara

Depois de 4 meses após ser enviada à governadora Ana Júlia, ao presidente do PT-Pará João Batista e ao secretário de Integração Regional, André Farias, a carta que o ex-chefe da Casa Civil do governo do Pará, Charles Alcântara os enviou, é finalmente publicada pelo jornalista Paulo Bemerguy, em seu Espaço Aberto. Charles fora demitido para em seu lugar assumir Cláudio Puty. Logo, lançou seu blog que passou à ser monitorado e visitado diariamente por centenas de pessoas, que alí esperavam ler/reconhecer os bastidores do poder estadual e os prováveis motivos de seu afastamento do palácio governamental, entre os quais afirmarvam ser o articulador e defensor dos interesses de Jáder no Palácio dos Despachos. Desistiu do blog depois de 3 meses, sem muitas explicações plausíveis mas em compensação encabeça uma campanha sindical forte, que causa náuseas ao núcleo duro do governo. Coordenador da campanha de Ana Júlia, Charles Alcântara, assim como Edilza Fontes (Escola de Governo e PTP) e Carlos Guedes (SEPOF - que teve as diretorias do Tesouro e Estadual e de Gestão Contábil e Fiscal transferidas para a SEFA, motivo pelo qual travou uma batalha interna que o levou ao pedido de exoneração), todos foram Secretários de Estado por indicação da DS, escalados no primeiro tempo do governo estadual, e em seguida, sumariamente substituídos, demitidos sem muitas honrarias - e como disse, Edilza Fontes em sua carta, escrita no pós-afastamento do governo - defenestrados por embates internos no seleto grupo de confiança da governadora Ana Júlia. Carlos Guedes assumiu o comando do Programa Terra Legal, mas antes teve enfrentar uma queda de braço com lideranças da DS-Pará, que queriam ver o cão, menos ele, ocupando o assento da regularização fundiária do Governo Federal na Amazônia. Edilza Fontes assim como Charles Alcântara, logo depois do afastamento também lançou um blog - antes desclassificava o instrumento - e mantém à boca grande sua candidatura, propondo dobradinhas "diversificadas". Uma delas se dá, por ser o elo do "acordo nefasto" do governo estadual com o PTB de Duciomar, já que seu ex-marido e ex-petista, Raul Meireles - hoje o braço direito do impronunciável, o nefasto falso médico, Duciomar Costa, prefeito de Belém até 2012 ou quando Belém tiver um juíz sério ou quando os movimentos sociais forem às ruas novamente, indignar a população com o pedido da cabeça do cara. Resta lembrar que este cenário, trágico para petistas histórico que mantém sua história de luta com sensatez, tem precedentes e merece ser lembrado para ser evitado num futuro próximo, pois quando o PT lançou o professor Mário Cardoso à disputa da prefeitura nas eleições de 2008 e parte da DS, influentes no governo, oPTaram em apoiar DUDU, foi a gota d'água do acordo que mantém-se com o infame prefeito. Eis a carta de Charles Alcântara: ESQUERDA E DIREITA Companheiros (do PT) e esquerdistas (do governo),
O mês de julho pede passagem e, com ele, o calor. Calor que pede água fresca para mitigá-lo. O que não pode é a água ser quente. E eis que uma espécie de “termidor ao tucupi” parece abater-se sobre a “república” paraense, porém despido do mesmo senso de justiça e emancipação que impulsionou jacobinos e girondinos a tomarem a Bastilha. Desde que deixei o governo, tenho sido tratado como inimigo. Tenho sido atacado, caluniado e combatido com um vigor que falta a esses “combatentes” para combaterem os nossos reais adversários.
Saibam que eu não posso – e não vou – aceitar essa “molecagem” comigo, que parte de quem já está em busca do “bode” para expiar os seus pecados.
Na falta de argumentos políticos plausíveis e consistentes para justificar a minha dispensa (que me foi comunicada pessoalmente pela governadora, sem que esta tenha tido o respeito de me presentar o motivo – ou motivos - que a levaram a tomar tal decisão), o núcleo do governo decidiu “vazar” a versão de que eu representaria os interesses do PMDB no governo e de que eu havia sido condescendente com o fisiologismo. A tentativa era a de desmoralizar-me politicamente, associando-me às forças que obstaculizavam o avanço do governo à esquerda (basta ler o que foi publicado no blog do Juvêncio de Arruda, no dia 11/04/2008 e nos dias seguintes, para identificar a quem pertencem as digitais contidas naquelas palavras hostis e jocosas). Que venham os redentores do socialismo e da revolução! Abram alas para a vanguarda libertária! Os autênticos representantes da esquerda pedem passagem! Que se vão os entreguistas, vendilhões e traidores do povo! Ora meus caros, resisti a tudo isto. Resisti à acusação do Zé Raimundo de que eu seria candidato, em 2010, pelo PSDB, acusação feita a uma colega de trabalho. Resisti às piadas e às insinuações. Resisti à dúvida daqueles que não conhecem a minha vida e a minha conduta, como militante político e servidor público. Mas resisti também às tentativas de interditarem o meu direito de continuar a fazer política e de expressar a minha opinião, tentativas estas que passaram – e passam – pela artimanha de disseminar a idéia de que eu estou magoado com o governo e de que, por essa razão, eu quero me vingar. Mais recentemente, tenho enfrentado a acusação de que eu estou sendo usado pela “direita” para atacar o governo. Vejam vocês: agora eu estou sendo usado pela direita. Alguns insignes representantes do núcleo do governo, por intermédio de seus áulicos mais caninamente fiéis, andam a espalhar que eu, por ingenuidade ou má-fé mesmo, deixei-me instrumentalizar pelas forças de direita que querem derrubar o governo. Ora, meus caros, se tenho sido resistente até então, não pensem que eu tenho vocação ou talento para ser permissivo ou tolerante com essa “molecagem” (mais uma, aliás) que querem fazer comigo. De repente, os autênticos representantes da mais pura e destemida esquerda paraense acham-se no direito de sair por aí a apontar quem é de direita e de esquerda, ou quem está a serviço desta e daquela. É muita pretensão! É muito cinismo! Esses “esquerdistas” de meia-sola, embalados pelo lema de que “um outro mundo é possível” e, certamente, julgando-se os seus únicos construtores, devem estar vivendo, agora, num mundo irreal e inventado em suas mentes adoecidas pela presunção, soberba, egoísmo e falsidade. No mundo inventado por “eles”, restrito aos arraiais palacianos, impera a perseguição a companheiros, a cobiça do poder – pelo poder –, a esquizofrenia, que vê nos velhos companheiros, a imagem do inimigo a ser abatido. Não fosse o bom-senso do policial que comanda o efetivo da PM na fronteira do Itinga (cujo nome eu nem recordo), eu teria sido preso, por “ordens superiores” (a mão invisível da repressão do grupo de “esquerda” que comanda o governo estadual), por que estava ali fazendo o que muitos de nós, ao longo da nossa trajetória política, fizemos muitas vezes, ou seja, garantindo a paralisação decidida em assembleia geral da categoria. E eu é que sou de direita! Estamos, no Sinditaf/PA, reivindicando concurso público, pois, além da crônica falta de pessoal, há uma prática disseminada e deletéria de desvio de função pública no âmbito da Sefa. A medida fortalece a função pública – e de Estado – exercida pela administração tributária estadual e reforça o combate à sonegação. E eu é que sou de direita! Estamos, no Sinditaf/PA, defendendo a autonomia da administração tributária e o fim da interferência política nas decisões político-administrativas do órgão, com vistas a garantir a supremacia do interesse público sobre o interesse privado. E eu é que sou de direita! Estamos, no Sinditaf/PA, defendendo que haja isonomia de tratamento entre os contribuintes do ICMS, de modo a evitar que haja privilégios e afrouxamento para uns e rigor excessivo para outros, em razão de suas preferências políticas. Isto fortalece o fisco como uma atividade de Estado – e não de governo, além de proteger os servidores ciosos das responsabilidades de sua nobilíssima função pública. E eu é que sou de direita! Estamos, no Sinditaf/PA, defendendo a valorização dos servidores do fisco, que precisam ser prestigiados, fortalecidos e reconhecidos, social e institucionalmente, inclusive para resistir e enfrentar as forças do poder econômico e do poder político que funcionam a serviço do interesse privado. E eu é que sou de direita! Estamos, no Sinditaf/PA, lutando pela autonomia da entidade sindical em relação ao governo e ao partido. E eu é que sou de direita! Ora, como eu, ao longo da minha vida, como militante do PT e como servidor público, sempre defendi essas mesmas idéias, chego à conclusão (depois de 25 anos) de que - de acordo com a visão de esquerda e direita implantada pelos únicos e autênticos porta-vozes da esquerda paraense, que estão instalados no palácio dos despachos e que atendem pela alcunha de “núcleo-duro” do governo – eu sou de direita. É duro! Só um núcleo muito “duro” mesmo para elaborar uma tese tão escatológica! Mas que seja assim. Eu sou de direita e “eles” são, não “de” esquerda, pois isto não lhes seria suficiente, mas “a” esquerda. A única, a pura, a verdadeira “esquerda”. Paciência tem limite! Como eu sou de direita e quero derrubar o governo de “esquerda”, aproveito para reafirmar o que já disse aos companheiros André Farias e Airton Faleiro, que me procuraram para conversar, por delegação da governadora: Eu estou disposto a celebrar todos os acordos possíveis para ajudar o – ainda “nosso”, embora cada vez menos ”nosso” – governo, desde que preserve os princípios que sempre nos foram caros – ainda que, hoje, esses princípios sejam considerados de direita – e afirme a autonomia da Sefa, protegendo-a das interferências políticas e do toma-lá-dá-cá, próprio das conveniências eleitorais. Saibam que eu não posso – e não vou – aceitar essa “molecagem” comigo, que parte de quem já está em busca do “bode” para expiar os seus pecados. A administração tributária é atividade essencial ao funcionamento do Estado, que deve ser exercida por servidores de carreiras específicas e que terá recursos prioritários para desenvolver suas atividades. Esta é a diretiva constitucional contida no Inciso XXII do Artigo 37 da CF. E disto não abro mão! E que me deixem continuar a minha trajetória de direita. Mas que me respeitem! Abraços,
Charles Alcântara.

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