domingo, fevereiro 10, 2013

A escola que deveria ser sempre campeã


6 milhões do povo paraense pro carnaval carioca e nada do Muiraquitã roubado


Prestes a completar 53 anos de fundação, a escola de samba do Rio de Janeiro, Imperatriz Leopoldinense desfilará no carnaval deste ano, tendo como tema de seu samba-enredo: “Pará - O Muiraquitã do Brasil” e assim espera ter sorte para conquistar seu 9º título, sendo que o último que conquistou foi em 2001.


Conta-se nas terras do Muiraquitã*, que o patrocínio do governo do Estado do Pará através de uma parceria em nada transparente, fez a escola embolsar cerca de 6 milhões de reais para repetir, quem sabe, mais um esquema de lavagem de dinheiro público, igual como ocorreu  quando em plena crise, com escolas desmoronando, os servidores sem reajustes salariais e a falta de segurança assolando o Estado, o 2º governo de Almir Gabril, quando Simão Jatene era seu principal secretário e juntos injetaram milhões de reais na escola Beija Flor, para que esta levasse à Marquês de Sapucaía no carnaval de 1998, o tema: “Pará - O Mundo Místico dos Caruanas nas Águas do Patu-Anu”.


A escola conseguiu vencer o carnaval daquele ano, mas o investimento feito com o dinheiro público do Estado do Pará, com a alegação de que serviria para promover o turismo na Ilha do Marajó, não trouxe nenhum resultado positivo para seu povo, que continua no abandono e com os piores índices sociais do Estado e um dos piores IDH do Brasil.


Por mais que a conta recaia sobre a PARATUR, ironicamente, o eterno, egocêntrico e megalomâniaco Secretário de Cultura do Pará, o tucano Paulo Chaves, é apontado como um dos principais responsáveis pelo desaparecimento de um Muiraquitã com mais de 2,5 milhões de anos, do Museu das Gemas do Estado.

Tido como mentor deste tipo de investimento na cultura alheia afim de promover a nossa, a alegação de Paulo Chaves é chula e segue a tese vira-lata de que precisamos nos vender, ou continuar trocando nosso ouro por espelhos, à fim da colônia ser reconhecida e visitada pela corte. 

Ao conversar com um amigo carnavalesco de Belém, que há duras penas dá conta de manter o carnaval sem a ajuda amiga do governo do Estado, ele declarou uma frase que me marcou: 

- Se para cada real desviado para o Estado do RJ, tivesse um mesmo real para dividir pelas 16 escolas do grupo especial e o de acesso, o carnaval de Belém estaria em glórias.

*Muiraquitã é o nome que os índios davam a pequenos objetos, geralmente representando uma rã, trabalhados em pedra de cor verde, jadeíta ou nefrita, podendo existir em outros minerais e de outras cores. Conhecidos desde os tempos da descoberta, foi entre os séculos XVII e XIX que se tornaram mais procurados, sendo atribuídas qualidades de amuleto ou talismã e ainda virtudes terapêuticas. O muiraquitã atraía sorte para os seus possuidores e também curava quase todas as doenças.


Conforme o livro Macunaíma, de Mário de Andrade, as índias amazonas presenteavam seus amantes, que só se encontravam com elas uma vez ao ano, com um Muiraquitã, para que servisse de recordação e encorajasse sua fieldade a elas.

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