domingo, maio 12, 2013

Pacto pelo Pará?

Governador Simão Jatene e Charles Alcantara - Foto: Cristino Martins/ Agência Pará.
A foto acima foi divulgada no site do governo do Pará, ilustrando a matéria "Sindifisco apoia governo contra alíquota diferenciada do ICMS" e provocou a eloquente resposta de Charles Alcantara*, também conhecido como Mr. Johnson - apelido gentilmente cunhado pelo saudoso Juca, em seu famoso 5ª Emenda, tão logo eu trouxe a mesma para o Facebook, com uma única e simples pergunta: Pacto pelo Pará?  


Prezado Diógenes,
Você é inteligente e sabe que a reação de algumas pessoas à indagação que me fizeste decorre da malícia contida no teu texto, sugerindo que eu estaria aliado ao PSDB.
 
Você tem todo direito de fazer uso da malícia e da ironia e saiba que não me senti ofendido.
 
Faço questão de responder ao teu questionamento e o agradeço pela oportunidade: eu não sou aliado do PSDB e nem aderí à aliança liderada por este partido que se notabilizou, desde os tempos de Almir Gabriel, pelo slogan “União pelo Pará”. 
 
Sob o governo de Fernando Henrique (PSDB) foi aprovada a Lei Kandir que deu início a uma sangria desatada de recursos do Estado do Pará. Naquela época, lembro-me bem, o PT do Pará se opunha radicalmente à Lei Kandir e denunciava que a desoneração de ICMS não seria compensada e o Pará amargaria os prejuízos daquela medida.
 
Pois bem. Sob os mais de 10 anos do governo do PT (Lula e Dilma), eis que o desfalque contra o Pará só fez aumentar, sob o silêncio obsequioso dos – agora – governistas.
 
É dessa política que eu estou farto, meu caro Diógenes!
 
Estou farto dessa política baseada na ética da ocasião, do cinismo, da permissividade com os aliados e da intransigência absoluta com os diferentes.
 
Estou farto dessa política rasteira, fisiológica e clientelista, baseada na troca de favores, no apoio comprado com liberação de emendas, emprego de apadrinhados e benesses a currais eleitorais.
 
Estou farto dessa política operada na escuridão e na calada da noite.
 
A União, seja sob os dois governos do PSDB, seja sob os quase três governos do PT, tratou e trata o Pará com menosprezo, desdém, desrespeito.
 
Olham-nos de cima pra baixo, apesar de a nossa posição geográfica indicar o contrário, já que estamos ao norte.
 
Mas não responsabilizo os governos centrais do PSDB e do PT. Não!
 
A responsabilidade é das nossas elites políticas e econômicas locais, que se portam, à esquerda e à direita, subalternamente.
 
Em artigo recente disse – e repito – que a chamada classe política paraense, no conjunto, representa muito mal o povo do Pará, embora haja, individualmente, políticos qualificados e sensíveis à causa pública.
 
Disse – e sustento – que na balança entre os interesses e conveniências privados dos "nossos" representantes políticos e o interesse público, pesam mais os primeiros e a balança pende contra o povo do Pará e a favor dos conchavos, das barganhas, do loteamento de cargos, do clientelismo e do fisiologismo.
 
Disse – e sustento – que o grau máximo de interesse coletivo que os políticos que representam o Pará conseguem alcançar é o interesse do "seu coletivo", da sua corriola, do seu "curral" eleitoral.
 
Disse – e repito – que os da base aliada sempre condescendem com os desmandos do poder central para com o Pará. Por outro lado, os da oposição, apontam os erros e desmandos do poder central mais para faturar dividendos políticos do que propriamente por compromisso com a melhoria da vida do povo.
 
Jamais estive no palanque do PSDB e não estarei em 2014, porque as minhas convicções políticas e ideológicas me antagonizam às defendidas e praticadas pelo PSDB, especialmente no tocante ao papel do Estado e ao valor do trabalho em face do capital.
 
Mas seria idiota, medíocre, falso e desleal com os contribuintes paraenses se não reconhecesse a importância e o acerto da campanha liderada pelo governador contra o projeto de unificação das alíquotas do ICMS aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, a favor da justa compensação, ao Pará, do desfalque bilionário promovido pela lei Kandir e a favor da renegociação das dívidas de Estados e Municípios com a União.
 
Nesta luta eu estou com o governo do Pará.
 
Aliás, meu caro Diógenes, defender os interesses do povo do Pará, se não estou enganado, é dever de todos os representantes eleitos com os votos do povo do Pará.
 
Falo bobagem?

Charles Alcantâra é presidente do SINDFISCO-PA, blogueiro e membro da REDE, partido que reúne assinaturas para se oficializar em breve e tem na liderança de Marina Silva, a possibilidade de ter candidatura à Presidência da República e nos demais Estados Brasileiros. 
Tanto Charles, quanto Marina deixaram o PT reclamando de erros que também ajudaram a cometer, mas isso é pauta para outra postagem.

CUT debate democracia na Comunicação em Belém

 
No site da CUT.

A CUT-Pará realizará na próxima quarta-feira (15), em Belém do Pará, o lançamento do livro Latifúndio Midiota, crimes, crises e trapaças, seguido do debate “Democracia na Comunicação”, fortalecendo a campanha nacional pela liberdade de expressão e contra os monopólios de mídia.

 Além do autor, Leonardo Wexell Severo, que é editor do site da CUT Nacional, redator-especial do jornal Hora do Povo e colaborador do Brasil de Fato, participarão do evento na capital paraense o jornalista Paulo Roberto Ferreira, membro da coordenação do Fórum Estadual pela Democratização da Comunicação e Vera Paoloni, secretária de Comunicação da CUT-PA.

Com 140 páginas e 22 reportagens e artigos, o livro faz um contraponto à desinformação da velha mídia. De acordo com o sociólogo Emir Sader, em sua apresentação da obra, “Latifúndio Midiota é uma verdadeira bula para ler e entender o que é dito na mídia. Sem contraindicações, indicado para os que mais precisam da verdade”.

“O novo livro de Leonardo é uma arma afiada nas mãos dos lutadores do povo que não se deixam manipular e deformar pelos monopólios midiáticos. É uma honra e alegria participar da publicação deste livro – inaugurando o nosso selo”, reforça Altamiro Borges, presidente do Centro Estudos da Mídia Barão de Itararé.

Na avaliação da secretária nacional de Comunicação da CUT e coordenadora geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), Rosane Bertotti, a obra traz consigo uma intensa capacidade de sensibilizar para a necessidade de darmos respostas coletivas aos desmandos dos monopólios de desinformação.  “Que a indignação presente em cada uma das linhas deste livro acenda os sinais de alerta para o veneno a que somos submetidos diariamente, e nos desintoxique, fortalecendo o compromisso com a democratização da comunicação, com a luta e a vitória do Brasil e da Humanidade”, enfatizou.

SOROCABA -A Subsede da CUT em Sorocaba e região promove em parceria com o Diretório do Partido dos Trabalhadores a mesa de debate sobre “Mídia Democrática” e o lançamento do livro no dia 18 de maio (sábado), das 9 às 12 horas, no Sindicato dos Metalúrgicos. Estão confirmadas as presenças da secretária estadual de Comunicação da CUT-SP, Adriana Oliveira Magalhães, e da deputada federal Iara Bernardi (PT).

FOZ DO IGUAÇU -Em Foz do Iguaçu, o lançamento acontece no dia 22 de maio (quarta-feira) no saguão da Unila (Universidade Federal da Integração Latino-Americana), na Alameda Rui Ferreira, 164, a partir das 18 horas. Pela manhã o autor participa como debatedor na mesa "A democratização da Comunicação; Experiências na América Latina", às 10 horas, ao lado de representantes da ALAI (Agência Latino-Americana de Informação) e da Universidade de Buenos Aires.  

COMUNICASUL –Integrante da rede ComunicaSul de comunicação colaborativa, Leonardo Severo acompanhou recentemente as eleições presidenciais de Hugo Chávez (outubro de 2012) e Nicolás Maduro (abril de 2013) na Venezuela, a disputa pela Lei de Meios na Argentina (dezembro de 2012) e as eleições presidenciais no Equador, com a vitória de Rafael Correa (fevereiro de 2013).

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...