sábado, julho 18, 2015

CPI do HSBC pode terminar em pizza


Caiu com um tremendo mal estar em grupos de debates de petistas do Brasil inteiro, a notícia de que o presidente da CPI do HSBC, senador Paulo Rocha (PT-PA) conduziu  à decisão da "desquebra" do sigilo fiscal e bancário de vários dos correntistas brasileiros que mantinham contas secretas na Suíça, após as revelações do caso que ficou conhecido mundialmente como SwissLeaks.

Com votos de senadores do PSDB e do DEM favoráveis à orientação do petista, o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), autor do requerimento da CPI e vice-presidente da mesma, chegou a decretar o fim da comissão, em protesto por ter sido o único membro que defendeu a quebra do sigilo dos nomes já autorizados. Em Brasília e nas mídias sociais, só se fala na maior pizza deste segundo mandato de Dilma.

Ainda não se sabe os motivos para a surpreendente decisão dos parlamentares governistas e da oposição terem se unido para sepultar a CPI, que tantas esperanças trouxe aos brasileiros que esperavam ver desmascaradas as artimanhas dos que enviam dinheiro para paraísos fiscais, entre os quais, algumas das principais famílias que controlam a mídia brasileira.

Para muitos, a CPI do HSBC poderia descobrir um antigo e bilionário esquema, com valores incomparáveis a qualquer outro desvio de dinheiro no Brasil.

Decisão Inexplicada

Segundo Randolfe, a CPI acabou. "Foi um dos maiores micos do Senado", conclui o senador decepcionado com seus pares e ameaçando deixar a vice-presidência da Comissão Parlamentar de Inquérito, que ele mesmo propôs e lutou para implantar no senado e agora aguarda que o processo siga via STF.

Segundo o jornalista Fernando Rodrigues, presente na CPI do HSBC em Março deste ano, há conexões de alguns acionistas das contas secretas do HSBC Suiço e o envio de dinheiro da Operações Lava Jato, inclusive membros da família que controla a “Queiroz Galvão”, empreiteira acusada pela PF de ter ligações com a MO Consultoria, empresa de fachada do doleiro Alberto Youssef, personagem central da Lava Jato. A Queiroz Galvão teve R$ 163 milhões sequestrados por determinação judicial do juiz Sérgio Moro.

O jornalista que se negou a repassar a lista que recebeu do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, disse em seu blog no portal UOL, que a operação abafa foi comandada pelo petista Paulo Rocha e a decisão praticamente enterra as investigações.

No fim do mês passado, a CPI havia decidido a quebra do sigilo bancário de 17 pessoas e esta semana, o STF deu carta branca para os senadores seguirem em frente, mas em votação que resultou em 7 contra 1, decidiram manter apenas 11 quebras, aliviando 6 mega empresários.

Através de sua fanpage, o senador Paulo Rocha diz que abordará sobre o fato através da TV Senado, que exibirá uma entrevista onde o parlamentar fez um balanço da CPI do HSBC e convida para que todos assistam no decorrer destes dias.

Curiosamente, a revista Veja através de um dos seus principais colunistas, argumenta que o impeachment faria mal à democracia brasileira e prega agora contra o golpe e o impeachment que vinha incentivando.


VEJA Desiste do golpe e pede não ao impeachment




A revista Veja acaba de abandonar o senador Aécio Neves (PSDB-MG) na beira da estrada e também parte do seu público que ainda aposta no impeachment da presidente Dilma Rousseff.

O movimento foi iniciado na semana passada, com um texto de André Petry (leia aqui), e concluído neste fim de semana com uma coluna de seu principal articulista: o jornalista Roberto Pompeu de Toledo, que era chamado por Roberto Civita de "príncipe do colunismo brasileiro".

O texto de Pompeu, intitulado "Razões contra o impeachment", não permite dupla interpretação. Publicado na última página de Veja, é um recado direto e claro para todos aqueles que ainda contam com a publicação para tentar apear do poder uma presidente democraticamente eleita.

No artigo, Pompeu elenca sete razões para apoiar a permanência de Dilma até 2018, ou seja, o último ano de seu mandato. A elas, nas palavras do jornalista:

1) "Convém não sacudir demais o barco Brasil" – ele argumenta que o impeachment faria mal à democracia brasileira.

2) "Não há vislumbre de composição política capaz de propiciar sucessão razoavelmente suave, como a formada em torno de Itamar Franco quando Collor foi deposto" – Pompeu descobriu que, sem unidade na oposição, não se faz golpe.

3) "O PT desponta como o único beneficiário possível, a esta altura, da queda de Dilma" – Com Dilma vitimizada, Lula pavimentaria seu caminho de volta ao poder.

4) "A herança de Dilma será pesada demais" – Para Pompeu, os tucanos não fariam a economia voltar a crescer rapidamente.

5) "Impeachment à moda de Cunha é mais do que o país pode suportar" – Um golpe, diz ele, não pode ser decidido como vingança de políticos envolvidos na Lava Jato. Ou seja: além de Aécio, Cunha também foi abandonado na beira da estrada.

6) "Presidentes não podem ser afastados porque são ruins, ou porque não se gosta deles" – Veja reconhece que não há nenhuma acusação consistente contra a presidente Dilma Rousseff.

7) "O pós-impeachment arrisca ser ainda mais tumultuado que o momento atual" – Pompeu sinaliza que o atual clima de radicalização do País precisa chegar ao fim.

Muitos leitores se sentirão traídos por Veja, mas o fato inconteste é que a família Civita não moverá mais uma única palha pela queda da presidente Dilma Rousseff.

O golpe acabou. Se já não tinha sustentação jurídica, agora não tem mais apoio midiático.

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