sexta-feira, dezembro 09, 2016

Petição exige a saída de Petistas do governo Temer


Por Diógenes Brandão

Logo após a publicação do post Saiu uma parcial do listão dos petistas aprovados por Temer, que revelou nomes de petistas que estão compondo o governo golpista de Michel Temer, um grupo de debate do Whatsapp chegou ao consenso de que era chegada a hora de elaborar um documento em forma de abaixo-assinado e este tão logo foi criado, viralizou em diversos grupos que envolvem militantes do PT de vários estados brasileiros. 

A adesão surpreende e tende a crescer, haja vista, a perda de um pudor até então tratado como uma espécie de tabu no seio do PT: O debate público sobre os problemas, erros e vícios de certos governistas presentes no partido, que agora já não contam mais com a passividade e o silêncio de uma militância cansada de ouvir por coisas que não fazem e mesmo mantendo a defesa intransigente do partido, passaram a divergir e criticar abertamente os aloprados que enlameiam o legado positivo da instituição e de seu maior patrimônio: A sua militância.

Conta como fator de impulso para essa adesão contrária à manutenção de petistas em cargos estratégicos do governo golpista de Michel Temer, o fato de existir poucos e raros momentos e espaços de debates no interior do partido e naturalmente as pessoas, sejam em grupos fechados de aplicativos como o Whatsapp e o Telegram, ou abertamente nas redes sociais, o que acontece é justamente um desabafo de uma militância que está ávida para falar e ser ouvida e já não se contenta em esperar os seus três minutos de praxes, em momentos raros de debate aberto à militância, em que as instâncias partidárias convocam.

Diante do quadro de indefinição, eis uma certeza: Os verdadeiros e íntegros militantes do PT, não aceitam que petistas se mantenham no governo golpista e por isso pedem a saída destes, do governo, ou caso não aceitem, que sejam submetidos à avaliações em comissões de ética e comprovada a desobediência do que prevê o Estatuto e o regimento interno do partido, que sejam afastados.

Leia a petição, assine e compartilhe com outros petistas:



Petistas paraenses continuam no governo Temer

Petistas são mantidos no governo Temer. PT considera o atual governo como golpista e já orientou para todos desembarcarem, mas dirigentes e militantes fazem vista grossa com quem desobedece.

Por Diógenes Brandão

Quando a ex-presidenta Dilma sofreu o impeachment, muitos petistas deixaram o governo imediatamente, outros, só algum tempo depois, mas há quem se mantenha até hoje, talvez aguardando que sejam retirados, ou quem sabe descobertos pela militância que cobra bom senso entre o que o #ForaTemer que o partido prega e o que muitos fazem.

Alguns podem argumentar que o PT não obrigou ninguém deixar o governo Temer (já que não houve resolução para tal) e que apenas orientou seus filiados (as) que ocupam cargos de confiança no governo federal a deixarem seus postos no governo ilegítimo do presidente interino, no dia 12 de maio de 2016.

Outros podem justificar que manter "companheiros" nestes espaços, ajuda o partido a dar continuidade às políticas públicas importantes para a classe trabalhadora e os mais oprimidos. Ou quem sabe, alegar que os que permanecem no governo, tem direito de lá estarem por terem suas capacidades técnicas reconhecidas pelos novos gestores. 

Bem, para começo de conversa, no Pará, a questão parece ser mais pragmática do que programática, afinal o que justificaria manter DASs estratégicos em órgãos que não atuam diretamente com políticas públicas que os movimentos sociais onde PT atua e tem forte influência?

Tomemos como exemplo, Inocêncio Renato Gasparim, indicado pelo senador Paulo Rocha e o Deputado Federal Beto Faro é um dos que se encontram no comando da SUDAM, onde recebe o salário mensal de R$ 11.852,93, como Diretor de Gestão de Fundos e Incentivos e de Atração de Investimentos. Que benefício social ou político sua estadia no governo Temer traz ao PT, ou ao conjunto da sociedade?

E Alda Selma Frota? 

Esposa de Marcos de Oliveira, coordenador estadual do grupo político (Articulação Unidade na Luta) comandado por Paulo Rocha, Alda está na SUDAM desde 2005, onde desde então ocupa o cargo superior de confiança, atualmente como chefa de gabinete do superintendente, com remuneração básica bruta, no valor de R$ 9.025,21 mensal, o mesmo salário de Ana Paula Catete, ocupante da Assessoria de Comunicação Social e Marketing Institucional. Além delas, outras pessoas ligadas ao senador petista continuam ocupando cargos estratégicos no órgão, após o impeachment de Dilma e a chegada de Temer, como na Coordenação de Incentivos Fiscais e Financeiros e diversos outros empregados através de empresas terceirizadas. 

O grupo político (Democracia Socialista) comandado por Ana Júlia Carepa e pelo ex-deputado Federal Cláudio Puty, que internamente faz oposição aos grupos de Paulo Rocha e Beto Faro, também mantém indicados em outros órgãos federais, como no Ministério do Desenvolvimento Agrário - MDA, com Jorge Rezende Oliveira, atualmente respondendo como delegado regional, pois entrou no órgão em setembro de 2015, com o salário de R$ 2.993,59, mas por substituir o ex-delegado Edilson Moura (ex-secretário de cultura no governo de Ana Júlia e que assim como Cláudio Puty deixou o cargo federal, após o impeachment de Dilma), hoje, Jorge Rezende tem como salário bruto, 'seus merecidos' R$ 8.153,03 mensais.

Este blogueiro conhece todas as pessoas citadas nesta postagem e não busca conflitos ou inimizade com quem quer que seja, mas sente-se na obrigação* de cobra-lhes coerência política e partidária, apesar de ficar feliz por todos estarem mantendo suas finanças em dia, ao contrário de milhares de petistas que nunca tiveram a oportunidade de participar de qualquer órgão ou aqueles que entregaram seus cargos no governo que o PT considera e toda a esquerda chama de golpista.

*Como profissional da informação, que toca em temas políticos diariamente e mantém críticas sobre o comportamento de outros partidos, o blogueiro não acha justo ser parcial e calar diante de erros do partido em que é filiado.

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