sexta-feira, dezembro 08, 2017

Sindicalistas denunciam agressões mútuas durante Greve Geral no Pará


Por Diógenes Brandão

Uma postagem no Facebook revelou que a última Greve Geral realizada em todo o país, acabou em denúncias, pancadaria e empurra-empurra em Belém do Pará. Os protagonistas seriam sindicalistas ligados às centrais sindicais dirigidas por filiados a partidos como PT, PCdoB, PSOL e PSTU.

O radialista Fabrício Rocha registrou em seu perfil no Facebook, que nesta terça (05), dia da Greve Nacional convocada pelas Centrais Sindicais em todo o país, teve um desfecho inglório na capital do Estado do Pará.

A CUT e demais centrais - Força Sindical, UGT, CTB, Nova Central, CSB, Intersindical, CGTB e CSP-Conlutas – decidiram realizar, no dia 5 de dezembro, uma Greve Nacional em Defesa da Previdência e dos Direitos. Para eles, a nova proposta de desmonte da Previdência Social apresentada pelo governo do ilegítimo Michel Temer (PMDB-SP) e que seria votada no dia 6 de dezembro, é mais perversa que a anterior. E, ao contrário da propaganda do governo, não corta privilégios, como as altas aposentadorias dos parlamentares, ataca apenas a classe trabalhadora que terá de trabalhar mais, ganhar menos e, se quiser receber o valor integral da aposentadoria, contribuir durante 40 anos, sem ficar nenhum período desempregado.

Leia:


Em uma publicação assinada pela jornalista Fátima Gonçalves, assessora de comunicação da CUT-PA, a direção estadual desta central sindical dá a sua versão sobre o ocorrido.

Leia:

"Como se não bastasse a campanha do governo e da mídia golpista para dividir a classe trabalhadora nesse momento em que tentam votar a reforma da Previdência, setores da CSP Com Lutas também estão não só acreditando na campanha da direita, como ajudando a propagá-la. Nesta quinta-feira (7), a CUT Pará divulgou uma nota em resposta a CSP Com Lutas que vem propalando inverdades sobre nossa central. A votação  da reforma da previdência  vem aí, possivelmente no próximo dia 13. A greve, também. Que todas as energias  usadas para nos difamar sejam colocadas na greve, até porque aqueles que agora nos agridem por uma greve adiada, sequer participaram das últimas realizadas. 

Segue a nota: É NA LUTA, COM UNIDADE E DEMOCRACIA QUE RESGATAREMOS DIREITOS, O PAÍS E A ESPERANÇA! #SeBotarPraVotarOBrasilVaiParar 

A CUT Pará vem a público prestar solidariedade à presidenta da entidade, Euci Ana Gonçalves e ao diretor de Organização, Martinho Sousa e também ao presidente da CTB.Pa, Cleber Rezende pelas agressões verbais, ameaças, calúnias e intimidações feitas por setores da CSP-Conlutas  durante o ato contra a Reforma da Previdência no último dia 5/dez/17, ato público construído de forma coletiva. 

Queremos também ressaltar que antes do ato, tais agressões, calúnias e provocações já vinham sendo feitas por setores do CSP Conlutas, por conta do adiamento da greve, sem ouvir e respeitar quaisquer argumentos.  

Quanto a isso, informamos à militância e à sociedade que: 

2)  Em seus 34 anos de existência, a  CUT sempre lutou por democracia e direitos da classe trabalhadora. Do golpe pra cá, há mais de dois anos participa intensivamente e na linha de frente na organização e realização, de todos os atos e greves contra o golpe, a entrega do pais, a destruição dos direitos sociais e trabalhistas, esse conjunto medonho que transforma em inferno dantesco a vida da população brasileira e em especial dos que mais precisam; 

3) A greve é uma arma importante e já realizamos outras este ano. Como a Reforma da Previdência seria votada nesta quarta-feira (5), chegamos a reunir e mobilizar para a paralisação na véspera com o intuito de intimidar os parlamentares. No entanto, Temer adiou a votação, possivelmente para o dia 13. Optamos por intensificar as mobilizações, adiando a greve para o momento da votação, em um.natural processo de acúmulo de forças. 

4) Participamos do planejamento e organização do ato desta terça-feira (5), quando ficou definido o trajeto, cujo encerramento seria em frente à sede do INSS. Ou seja, a CUT e a CTB não desmontaram qualquer ato ou greve e boatos nesse sentido são mentirosos e apostam no divisionismo de classe; 

5) Apesar do comportamento equivocado  de setores da CSP Conlutas, que busca tirar proveito político e sindical em cima de nossa central, vamos continuar construindo a unidade das entidades sindicais e da classe trabalhadora, pois nosso inimigo de classe é Temer e os golpistas que entregam as riquezas do país, destroem direitos e protegem corruptos, trabalhando dia e noite para devastar a autoestima do povo brasileiro e nossa capacidade de resistência!  

6) A CUT exige respeito à sua história e à sua base, formada por milhares de sindicalistas do campo e da cidade que lutam bravamente pelos direitos da classe trabalhadora. Divergências políticas têm limite e respeito é bom e nós gostamos.

7) A votação  da reforma da previdência vem aí, possivelmente no próximo dia 13. A greve, também. Que todas as energias para agredir CUT e CTB sejam colocados na greve, até porque os que ontem (5) nos agrediram por uma greve adiada, nem participaram das últimas realizadas.   

8) A CUT vai continuar na luta, nos locais de trabalho e nas ruas. Com  unidade, luta e democracia para resgatarmos nossos direitos, nosso país e a esperança!

A CTB-PA publicou fotos, mas nada comentou sobre as agressões ao seu dirigente, relatadas pela CUT-PA. 

Leia:





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