segunda-feira, outubro 16, 2017

Em meio à denúncia de propina a mais um Ministro, Temer nomeia petista indicada pelo Senador Paulo Rocha

Nazaré Zucollotto retorna de Brasília para comandar a pesca no Pará, setor farto de escândalos de fraudes no Seguro Defeso aos pescadores artesanais.

Por Diógenes Brandão

Além de manter outros petistas no alto escalão na SUDAM e do Ministério da Cultura, o senador Paulo Rocha (PT-PA) amplia seu prestígio e emplaca mais uma companheira o governo de Michel Temer, dessa vez no comando de outro órgão federal no Pará: A Pesca.

Balcão de diversas denúncias de fraudes, o setor ganhou status de Ministério com Lula, assim que o ex-presidente assumiu o cargo, no dia 01 de Janeiro de 2003, com o nome de Secretaria Especial da Aquicultura e Pesca (SEAP) pela medida provisória 103, que depois se transformou na lei nº 10.683. A mudança de secretaria para ministério se deu pela lei nº 11.958 de 26 de junho de 2009. 

Na reforma ministerial de outubro de 2015, o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) foi extinto e incorporado como órgão do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviço, hoje controlado pelo PRB. 

Segundo o site Poder 360, a Veja e o jornal O Globo, três dias após a divulgação do áudio de uma conversa com o empresário Joesley Batista, o Ministro da pasta, pastor da Igreja Universal e presidente do PRB, Marcos Pereira tirou férias de uma semana, do dia 09 ao dia 13 do mês passado. Um mês depois, o Diário Oficial da União publicou a nomeação da petista Nazaré Zuculloto para comandar a Pesca no Pará.

Filiada ao PT sete meses depois do partido vencer as eleições para o governo do Estado, Zuculloto atuou em duas secretarias estaduais (Pesca e SEDUC) e estava em Brasília, desde quando o partido disputou, mas não conseguiu se reeleição de Ana Júlia em 2010. 

Ligada ao senador petista, Zuculloto assume a pesca no Pará, em meio a um escândalo que pode vir a derrubar o ministro, gravado tratando do pagamento de R$ 6 milhões em propina, conforme relatado por Joesley aos procuradores que atuam na Operação Lava Jato.


Atualização 

O blog AS FALAS DA PÓLIS informa seus leitores, que recebeu neste instante, a ligação telefônica de Nazaré Zucolotto, atual coordenadora da Pesca no Pará. A mesma informou não ser mais filiada ao PT e diz não ter sido indicada pelo senador Paulo Rocha (PT-PA), tal como informou o blog, baseado em fontes ligadas ao governo federal.

Exclusivo: Primo de Jader Barbalho, Priante era um dos deputados comprados por Cunha

Primo do senador Jader Barbalho, o dep. fed. José Priante era um dos deputados comprados por Eduardo Cunha. Assim como os demais da lista, ele também votou pelo impeachment de Dilma.

Por Diógenes Brandão

Assim como Wladimir Costa (SD-PA), o deputado federal José Priante (PMDB-PA) também foi citado na deleção premiada que sacudiu Brasília e deixou Michel Temer com receio de uma reviravolta na votação da segunda denúncia que pode afastá-lo da presidência, prevista para a próxima quarta-feira (18). 

Em depoimento para homologação de sua delação premiada, o operador financeiro Lúcio Funaro afirmou à Procuradoria-Geral da República, que repassou R$ 1 milhão para o ex-deputado federal Eduardo Cunha “comprar” votos a favor do impeachment de Dilma Rousseff, em 2016. Leia aqui a matéria da Folha de São Paulo.



O nome do deputado paraense José Priante pode ser encontrado na página 50, do bombástico depoimento de Funaro, que disse em sua delação premiada que o impeachment de Dilma foi comprado.

Na prefeitura de Belém, Eduardo Cunha conversava com o prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho e aliados.
Como sempre acontecia antes de ter seu mandato cassado e ter sido preso, em Outubro do ano passado, Eduardo Cunha foi trazido a Belém por Priante e aqui reuniu-se na prefeitura com Zenaldo Coutinho e depois com o governador Simão Jatene, ambos do PSDB, partido que ajudou no impeachment e agora garante a permanência de Michel Temer no poder, apesar dos pesares. 
 
Ano passado, o governador do Pará, Simão Jatene (PSDB) voltava a receber com entusiasmo Eduardo Cunha, com Priante e Wladimir Costa, ambos citados como operadores que foram comprados por Eduardo Cunha, quando este esteve como presidente da Câmara dos Deputados. 

Priante iniciou sua carreira política como vereador em Belém, foi deputado estadual e está no quinto mandato de deputado federal. Primo do senador Jader Barbalho (PMDB-PA), ele tem o controle do diretório municipal do PMDB em Belém, tendo votado pelo impeachment da ex-presidente Dilma, contrariando a orientação do Diretório Estadual do seu partido, controlado por Jader e seu filho, o Ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho.

Leia as íntegras dos principais documentos da delação do operador:  








Assista aqui o depoimento de Funaro:


Juiz da operação italiana, que inspirou a Lava Jato, diz que Moro não poderia investigar e julgar sozinho, o ex-presidente Lula e que não se pode por na cadeia uma pessoa para ela falar



Via Jornal do Brasil

Ex-magistrado italiano que atuou na Operação Mãos Limpas - inspiração da Operação Lava Jato no Brasil -, Gherardo Colombo disse em entrevista publicada neste domingo (15) no jornal O Estado de S. Paulo que na Itália não seria possível o juiz Sérgio Moro ao mesmo tempo conduzir a investigação e julgar sozinho o ex-presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva.  

"Notei que o juiz [Sérgio Moro] que fez a investigação contra Lula é o mesmo da sentença e isso me deixou um pouco surpreso porque aqui na Itália isso não poderia acontecer", disse.   

No país europeu existe uma separação: o juiz que conduz a investigação não pode ser o mesmo que julga o processo. E esse mesmo juiz também não pode emitir sozinho a sentença, que tem que ser feita por um colegiado de três pessoas. Moro conduziu sozinho um processo que na Itália seriam necessários cinco juízes diferentes.   

O ex-magistrado italiano Gherardo Colombo, que atuou na Operação Mãos Limpas Gherardo Colombo também disse que pessoas não poderiam ser presas para forçar delações premiadas.  

"Não existe na Itália um sistema para a corrupção similar ao vosso da delação premiada. Não existe. A delação premiada é um termo que não se pode usar. Nós falamos de colabores de Justiça no campo da Máfia e do terrorismo. A Máfia e o terrorismo são tratados geralmente de um modo muito particular. Não se pode pôr na cadeia uma pessoa para fazê-la falar. Ok? Para contar fatos dos outros", enfatizou.

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