domingo, janeiro 07, 2018

Investigações do assassinato de Jones William chegam à fase final e prefeito (em exercício) de Tucuruí está ameaçado de morte

Josy Brito, Bena Navegantes e Artur Brito são personagens principais do enredo que envolve a disputa por poder e diversos crimes, que há cinco meses mexe com Tucuruí, após o assassinato do prefeito Jones William, que está preste a ser elucidado.

Por Diógenes Brandão

Fontes do blog AS FALAS DA PÓLIS informam que a polícia está muito próximo de elucidar o caso do assassinato do ex-prefeito Jones William (PMDB) e realizar novas prisões  em Tucuruí. As investigações conduzidas pelo Delegado-geral da Polícia Civil, Rilmar Firmino, completam 5 meses e meio e entram na fase final, depois de diversas prisões realizadas, assim como vários depoimentos colhidos com suspeitos e testemunhas do crime que chocou o Brasil, por sua crueldade e futilidade.

Além disso, a CPI contra o ex-prefeito Artur Brito (PV) - que era vice-prefeito e assumiu o poder, logo depois do assassinato de Jones William - se encontra em fase conclusiva na Câmara Municipal de Tucuruí. 

A cassação do prefeito Artur Brito, que já se encontra afastado - é dada como certa. Entra em fase de conclusão com a votação do relatório do vereador Gualberto Neto (DEM), prevista ainda para este mês, em sessão extraordinária que deve acontecer antes do término do recesso de fim de ano da Câmera de Vereadores.

Acusada de ser idealizadora e mandante do assassinato de Jones William, a mãe de Artur Brito, Josy Britofoi presa no 31 de Outubro, quando este blog noticiou em primeira mão a notícia, e 26 dias depois foi colocada em liberdade, voltou pra prisão, foi liberada pela segunda vez, retornou de novo para sua cela, onde passou mais 45 dias presa e agora se encontra em liberdade, desde o dia 08 de Dezembro do ano passado.


PREFEITO EM EXERCÍCIO TAMBÉM ESTÁ AMEAÇADO DE MORTE

Em audio que circula por diversos grupos de Whatsapp, o secretário municipal de segurança em Tucuruí, Coronel Barata, denuncia que o grupo político que assumiu o poder municipal, logo após o assassinato de Jones William, se reuniu na casa do prefeito afastado, Artur Brito, onde teria sido planejado "bater" no prefeito em exercício. 

Coronel Barata também afirma que outro grupo menor, faz ameaça de morte ao gestor, o vereador Benedito Joaquim Campos Couto, o Bena Navegantes (PROS), que assumiu a prefeitura, depois que Artur Brito foi afastado do cargo, primeiro pela justiça, após pedido feito pelo Ministério Público e pela segunda vez, pela pela câmara de vereadores, que também aprovou uma CPI, que terá o relatório apresentado ainda essa semana, o que pode trazer o afastamento definitivo de Artur Brito.

Ouça o audio:


Entenda o caso

O prefeito de Tucuruí Jones William foi atingido por cinco (05) tiros, na tarde de uma terça-feira, dia 25 de Julho de 2017. O gestor faleceu deixando a esposa e 04 filhos, aos 42 anos.
Seu assassinato se deu enquanto fiscalizava obras de pavimentação de uma estrada que dá acesso ao aeroporto da cidade. 

Depois do atentando, ele foi levado a um hospital, mas não resistiu e veio a óbito. Os assassinos o abordaram e fugiram em uma moto, logo depois dos disparos fatais. O vice-prefeito, Arthur Brito (PV) assumiu imediatamente a prefeitura e depois meses depois sua mãe foi presa, acusada de ser uma das principais responsáveis pelo planejamento e encomenda do crime. 

Além de Josy Brito, diversas pessoas já foram presas e essa semana, a polícia deve encerrar o caso, após a justiça expedir novos pedidos de prisão e solucionar o caso, como é esperado por toda a sociedade paraense, sobretudo a população de Tucuruí.

Leia também:





Alguém lembra do dia 07 de Janeiro?



Por Rodrigo Leite*

Parece uma data qualquer, e para alguns sem significado histórico, até porque estas pessoas foram educadas a não dar a importância ao dia 07 de janeiro, e vamos explicar o porquê.   

Para responder esta pergunta, precisamos relembrar a história do Estado do Pará, e do maior movimento popular contra o Brasil Regencial, A Cabanagem de 1835 à 1840. A pobreza, a fome e as doenças foram ápice para o povo se unirem contra o governo regencial e lutarem por liberdade, igualdade e dignidade.  

Estamos falando de um movimento que aconteceu a 183 anos atrás e que foi comparando-se com a Revolução Francesa de 1789. 

A Cabanagem foi a Revolução mais apreciável do Brasil, com as camadas mais inferiores chegando ao poder em 07 de janeiro de 1835, conquistando toda uma província.  

Formada por uma massa de excluídos que moravam as margens dos rios, a Cabanagem se tornou uma Revolução Popular, com indígenas, negros escravos e libertos, mamelucos, cafuzos, mulatos e mestiços, tendo ainda comerciantes, fazendeiros e intelectuais da época, que foram expulsos das decisões na província.   

Por que não temos um feriado Estadual de 07 de janeiro?   

Por representar um povo miserável que chegou ao poder através da revolução com paus, pedras, flechas e fogo. Para a elite paraense, e principalmente para alguns políticos, carregar este marco no calendário do Pará é vergonhoso, tanto que seu principal objetivo é excluir da história dos paraenses este fato, que muitas das vezes nem sequer é contado nas salas de aulas.   

Hoje nas ruas e bairros de Belém, nas praças, prédios públicos há algumas singelas homenagens àqueles que aderiram ao movimento da Cabanagem, porém, é de se lamentar que esta data tão importante não possui um feriado, a exemplo da farroupilha no Estado do Rio Grande do Sul.

Esperamos que este movimento sirva de exemplo para todos nós, homens e mulheres, em lutar por nossa liberdade, igualdade e dignidade, contra os corruptos deste nosso país, que a cada dia deixam seu povo voltar a viver em sistema de extrema pobreza, retirando direitos constitucionais e fundamentais. É preciso conscientizar o povo, que lutar por seus direitos é fazer da política uma bandeira de lutas.  

Viva a Revolução Cabana!  

*Rodrigo Leite é acadêmico do curso de Direito, na Unama e membro da Comissão Justiça e Paz.

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...