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quarta-feira, janeiro 31, 2018

Datafolha: Lula mantêm liderança, Bolsonaro cai e PSDB não tem nome para a disputa eleitoral de 2018




Em uma possível corrida presidencial sem Luiz Inácio Lula da Silva (PT), quatro candidatos disputariam uma vaga no segundo turno contra Jair Bolsonaro (PSC), de acordo com a primeira pesquisa do Datafolha após a condenação do petista em segunda instância.  

Levantamento realizado na segunda (29) e na terça (30) mostra que o ex-presidente manteve vantagem sobre os rivais, com até 37% das intenções de voto. Seu eleitorado, porém, se pulveriza e a briga tende a se tornar acirrada caso ele seja barrado com base na Lei da Ficha Limpa.  

Bolsonaro aparece em primeiro lugar no principal cenário sem Lula, com 18%. Ele supera Marina Silva (Rede), Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB) e Luciano Huck (sem partido).  

Marina lidera o segundo pelotão, com 13%. Ciro (10%), Alckmin (8%) e Huck (8%) estão tecnicamente empatados.  

O Datafolha fez 2.826 entrevistas em 174 municípios. A margem de erro é de dois pontos para mais ou menos. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o número BR 05351/2018.  

Apesar de liderar a corrida sem Lula, Bolsonaro parou de crescer. Ele oscilou negativamente em todos os quadros apresentados na pesquisa, em comparação com o levantamento de novembro.  

No início de janeiro, reportagens da Folha revelaram que o patrimônio de Bolsonaro e de sua família se multiplicou depois que ele entrou na política, e que o deputado recebe auxílio-moradia da Câmara apesar de ser dono de apartamento em Brasília. 

Esta é a primeira variação negativa de Bolsonaro desde dezembro de 2016, quando o deputado começou a disparar nos levantamentos do Datafolha. Naquela data, o parlamentar era citado por 3% dos eleitores na pesquisa espontânea –quando não são apresentadas opções de candidaturas aos entrevistados. Ele chegou a 11% na última sondagem e, agora, oscilou para 10%.  

As intenções de voto do deputado também ficaram estáveis nas simulações de segundo turno. Ele seria derrotado tanto pelo ex-presidente Lula (49% a 32%) quanto pela ex-senadora Marina Silva (42% a 32%), e aparece em empate técnico com Alckmin.  

A pesquisa indica ainda que o ex-presidente Lula conserva força eleitoral mesmo condenado a 12 anos e 1 mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro pelo TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região).  

O petista lidera o primeiro turno em todos os cenários em que seu nome é colocado, com percentuais que variam de 34% a 37%. No segundo turno, venceria Alckmin (49% a 30%) e Marina (47% a 32%), além de Bolsonaro.  

A condenação de Lula pode torná-lo inelegível, mas sua participação na campanha depende de uma decisão do TSE que só deve ocorrer em setembro. Até lá, ele pode se apresentar como pré-candidato e recorrer a tribunais superiores para garantir seu nome na disputa.  

A saída de Lula impulsionaria principalmente Marina e Ciro Gomes. Na comparação de cenários com e sem a participação do ex-presidente, Marina passa de 8% para 13%, enquanto Ciro cresce de 6% para 10%.  

PATINANDO  

Outros candidatos também crescem quando Lula está fora do páreo, mas de forma mais tímida: tanto Geraldo Alckmin quanto Luciano Huck sobem de 6% para 8%.  

No cenário sem Lula, um dos possíveis candidatos do PT, o ex-governador baiano Jaques Wagner, aparece com 2%. O percentual de eleitores que diz não saber em quem votar ou que votaria em branco ou nulo sobe de 16% para 28% quando o ex-presidente não é um dos candidatos.  

Huck reestreou na pesquisa empatado com Alckmin em todos os cenários.  

O apresentador da Rede Globo havia afirmado, em artigo publicado em novembro na Folha, que não vai disputar a eleição, mas apareceu em janeiro no "Domingão do Faustão" com um discurso político e continua sendo cortejado por partidos para concorrer ao Planalto.  

Favorito para se candidatar à Presidência pelo PSDB, Alckmin patina em todos os cenários do Datafolha. O tucano tem de 6% a 11% das intenções de voto.  

No segundo turno, o tucano seria derrotado por Lula e aparece tecnicamente empatado em disputas com Ciro Gomes e com Jair Bolsonaro. Nessas últimas duas simulações, quase um terço do eleitorado diz que votaria em branco ou nulo.  

A dificuldade enfrentada por Alckmin para subir nas pesquisas provocou questionamentos dentro de seu próprio partido sobre a viabilidade de sua candidatura.  

Potencial alternativa ao governador no PSDB, o prefeito paulistano João Doria também não decolou: aparece com, no máximo, 5% das intenções de voto.

sexta-feira, dezembro 29, 2017

Cenários para as eleições de 2018 no Brasil



Por Edir Veiga*, em seu blog Bilhetim

As eleições de 2018 no Brasil será diretamente influenciada pelos acontecimentos políticos que emergiram nos últimos quatro anos no mundo ocidental e no Brasil tendo como pontos de referências, no plano externo, a mundialização das relações econômicas e políticas e seu reflexo nos Estados nacionais e a crise do ciclo dos governos sociais na Europa, EUA e América do Sul.  No plano interno, a operação Lava Jato, o golpe parlamentar contra a presidente Dilma e a ascensão de Michel Temer ao governo central.  

Nenhum projeto nacional pode estar desvinculado das novas interações e processos que vem se consolidando nas relações internacionais consubstanciados nas estruturação de relações de poder mundial impulsionado por dois processos concomitantes: a mundialização de decisões econômicas que incidem diretamente sobre Países da periferia do capitalismo mundial e a transformações nas relações sociais a partir da emergência de sociedades estruturadas em redes sociais fundada na individualização extrema de vida e valores.  

Efetivamente, decisões estratégicas para as sociedade nacionais têm sido tomadas por atores e instituições financeiras. Assim, Banco Mundial, Organização Mundial do Comércio, Banco Central Americano, organizações financeiras e econômicas regionais, corporações transnacionais tomam decisões que estão desprovidas de controle social e que tem efeitos avassaladoras para os Estados nacionais.   

A formação do preço do câmbio, os preços das commodities a exemplo do petróleo, soja etc, protecionismo de base sanitária, decisão de investimento em energias que geram impacto ambiental são exemplos marcantes de tomada de decisões que impactam negativamente os governos nacionais.  

Qualquer governo ou candidatos a governar um País deve apresentar esta discussão à sociedade. Efetivamente, precisa-se de articulações supra nacionais, tanto dos Estados nacionais, como das sociedades civis. Para controlar decisões que afetam diretamente cada País é fundamental que a sociedade civil se articule no plano regional e internacional para atuar decisivamente no enfrentamento de decisões de instituições que impactam diretamente as sociedades nacionais.  

No plano dos Estados nacionais é decisivo a definição de uma política local (Merco Sul), regional (das Américas) e global (relação Sul-Norte e Sul-Sul) para que o Brasil tenha força a partir de organizações estatais regionais e mundial na tomada de decisões econômica, sociais, políticas, ambientais e Humanitárias que repercutem decisivamente na vida dos povos.  

Neste momento, o governo Temer parece não entender a determinação que a as relações externas têm nos destinos das políticas internas. Ou seja, os ajustes fiscais internos, representam apenas um aspecto relacionado ao complexo sistema que incidem sobre as relações comerciais no plano internacional, e que não é o central para o fluxo positivo da presença do Brasil no mundo dos negócios e da política.

A enorme crise econômica e política enfrentada no início do segundo governo Dilma está diretamente relacionada à incidência de variáveis externas sobre a economia brasileira.  A queda dos preços no mercado internacional  do petróleo e dos produtos agrícolas no curso do primeiro governo Dilma, produziram enorme queda das receitas da fazenda nacional produzindo o início de um gigantesco déficit público.  

Todo este complexo processo de formação de preços a partir de variáveis internacionais começou a ocorrer no curso do primeiro governo Dilma, como houve a decisão de ampliar os gastos públicos em função da eleição presidencial que se aproximava, estes gastos ampliaram-se no curso do ano de 2014, produzindo um enorme déficit nas contas públicas.  É neste contexto de início de uma aguda crise econômica que se inicia o segundo governo Dilma em 2015. Agora temperado com o enorme escândalo envolvendo o Partido dos Trabalhadores, a partir de outubro de 2014.  

O governo Dilma, a partir de janeiro de 2015, foi marcado, desde a sua segunda posse por uma grave crise econômica impulsionada pelo déficit das contas públicas e pela crescente crise política que, efetivamente se instaurou com a eleição de um oposicionista extremado para presidir a câmara do deputados, que foi o deputado Eduardo Cunha.  

O segundo governo Dilma inicia com a necessidade premente de tomar medidas contracionista na economia  para enfrentar o grave déficit público acumulado no curso do final do seu primeiro mandato. Estas medidas passavam pelo corte de gastos sociais, contenção dos salários dos servidores públicos e  reforma previdenciária.  

Neste momento, os escândalos envolvendo a cúpula do Partido dos Trabalhadores estavam em franco processo de ampliação. O presidente da câmara do deputados, Eduardo Cunha, aliado ao centro político conservador desta instituição, iniciou a produção da chamada “pauta bomba”, que objetivava ampliar os gastos públicos num contexto de grave déficit público, inviabilizando, sistematicamente as iniciativas políticas do governo Dilma.  

É neste contexto que entra em ação o vice-presidente da república, Michel Temer que se alia ao presidente da câmara e conduz o PMDB e seus satélites conservadores para a política da pauta bomba de Cunha, gerando uma ingovernabilidade política que durou todo o ano de 2015 e parte do ano de 2016.  

Com a paralisia congressual estavam dadas as condições para o golpe parlamentar contra a presidente da república. Os defensores do impeachment utilizaram uma ferramenta legal para dar início à derrubada de Dilma. Assim, o impeachment, veio a afastar e posteriormente cassar o mandato da presidente Dilma.  

Deve-se registrar que a presidente Dilma jamais foi acusada ou envolvida com as denúncias da operação Lava Jato contra o Partido dos Trabalhadores. O argumento utilizado para afastar a presidente foi de ordem administrativa, ou seja a presidente Dilma foi acusada de pedaladas fiscais, qual seja, fazer deslocamento de receitas públicas para pagar o programa Bolsa Família. Deslocamento orçamentário este, que não foi  autorizado pelo congresso nacional. 

Deve-se registrar que o Supremo Tribunal Federal legitimou todo este processo de golpe parlamentar a partir de uma provocação do próprio Partido dos Trabalhadores. Ou seja, quando o presidente da câmara dos deputados conduziu a aprovação do rito do impeachment, o PT recorreu ao STF solicitando que o rito fosse alterado, no que o foi atendido pela corte suprema. A partir deste momento o rito do impeachment estava legalizado.  

Pois bem, com a queda da presidente Dilma, ascendeu à presidência da república o vice-presidente Michel Temer, que construindo uma ampla maioria parlamentar vem enfrentando a crise econômica com políticas ortodoxas consubstanciadas em políticas de contingenciamento do orçamento público, notadamente para saúde, educação, segurança, corte de gastos de programas sociais , arrocho salarial do funcionalismo público e reformas administrativas que vêm penalizando o trabalho e protegendo o capital.  

O resultado de toda esta política contracionista e antipopular é a rejeição estratosférica do presidente da república pela sociedade brasileira, que chega a 80% e aprovação que não passa de 3%. Neste contexto de arrocho contra a classe trabalhadora e os setores médios da população observa-se o crescimento da popularidade do ex-presidente Lula, que hoje é apontado pelos institutos de pesquisas, como favorito para ganhar as eleições presidenciais de 2018, caso venha a ser candidato.  

É neste contexto que passo a analisar os possíveis cenários para as eleições de 2018 no Brasil. Eu diria que este cenários serão nebulosos até meados de 2018, tendo em vista a possível condenação, em segunda instância, do ex-presidente Lula no dia 24 de janeiro pelo Tribunal Regional Federal da quarta região.  

Com efeito, Lula tem sido o personagem central da sucessão presidencial de 2018. Como existe grande probabilidade de sua condenação no dia 24 de janeiro de 2018, os desdobramentos poderão ter incidência sobre os rumos da sucessão presidencial de 2018 no Brasil. Mas vamos aos prováveis cenários para 2018 no Brasil.  

As forças políticas que estarão no centro das disputas eleitorais no Brasil nas eleições de 2018 deverão estar representada no centro: Geraldo Ackmin, Lula, Marina Silva e Álvaro Dias. Pela direita, Jair Bolsonaro e pela esquerda Ciro Gomes.  Muitos outros candidatos, portadores de diversas matizes ideológicas deverão se lançar à presidência mas com baixo poder de polarização política, a exemplos dos candidatos do PC do B, PSOL e PPS.  

Cenário 1 com a presença de Lula candidato (cenário improvável) -  Lula e Alckmin ocuparão o espaço do centro, Alckmin atingindo boa parte da direita e Lula boa parte da esquerda. Diria eu, este dois candidatos esvaziarão candidatos pelo centro e pela esquerda. Os candidatos com perfil de centro como Marina Silva, Álvaro Dias e Cristovam Buarque tenderão a ser esvaziados. Pela esquerda, candidatura como a de Ciro Gomes perderá potencial de crescimento.  

Creio que neste cenário, Lula. Alckmin e Jair Bolsonaro travarão uma dura batalha pelo segundo turno. Caso venham a passar Alckmin e Lula, o tucano a partir da migração maciça dos votos de Bolsonaro tenderia a sair vitorioso. Caso venha a passar Alckmin e Bolsonaro, a maioria dos votos de Lula dariam a vitória ao tucano em segundo turno. Caso venha a passar Lula e Bolsonaro, Lula sairia vitorioso a partir da migração dos votos de Alckmin para Lula em segundo turno.  

Cenário 2- sem Lula:  Neste cenário haveria uma grande fragmentação eleitoral ao centro e à esquerda. No centro, que tem potencial de 50% de votos, Alckmin, Marina, Cristovam Buarque e Ávaro Dias dividiriam o voto ao centro, com tendência de que o tucano passasse ao segundo turno. Pela esquerda o candidato do PT, Ciro Gomes, Manuela D’avila  do PC  do B e o candidato do PSOL, dividiriam os votos à esquerda, cujo potencial é de 30%, perdendo poder de passagem ao segundo turno. Neste cenário, o candidato de direita, Jair Bolsonaro, com potencial de 20% de votação passaria ao segundo turno.  

Num confronto entre Alckmin e Bolsonaro, a tendência seria de vitória de Alckmin, ou qualquer outro candidato que viesse do centro político, haja vista que a maioria dos eleitores de esquerda, dariam um voto anti Bolsonaro no segundo turno das eleições de 2018.   

A presença de Lula, como cabo eleitoral poderá alterar a dinâmica deste eventual cenário. A entrada de um outro candidato petista na disputa presidencial poderá retirar qualquer chance de um candidato de esquerda vir a disputar a passagem ao segundo turno nas eleições de 2018. Creio que o voto de Lula é somente de Lula e os votos da legenda do PT, são outra coisa, perante as massas, nesta eleição vindoura. Creio que o PT, como partido, só começa sua recuperação eleitoral nas eleições seguintes, quando passar a penitência decretada, desde 2016 pelo eleitorado brasileiro.  

Mas, o que é improvável, caso Lula e o PT resolvam apoiar uma candidatura, como a de Ciro Gomes, desde o primeiro turno, o cenário se transformaria favoravelmente para a esquerda. Como Ciro Gomes tem de saída 10% de intenção de votos, Lula tenderia a transferir mais 10 ou 15% por cento, o que colocaria esquerda em condições de disputar o segundo turno de 2018 no Brasil. Neste cenário Ciro só tenderia a sair vitorioso se viesse a enfrentar Jair Bolsonaro, pois a maior parte dos eleitores do centro político tenderiam a dar um voto anti Bolsonaro, desde que Ciro Gomes moderasse seu discurso, seu programa e fizesse um aceno ao centro político.  

O fenômeno Bolsonaro representa a negação da política e dos partidos e este candidato está em ascensão devido ao sentimento genérico de rejeição do sistema político como um todo, seja a negação dos poderes da república seja a descrença nas próprias instituições democráticas no Brasil. Somado a tudo isso, temos a terrível conjuntura da violência urbana e a falência dos serviços públicos básicos. A duplicação de votos brancos e nulos, em relação às eleições de 2014, deverá marcar este sentimento de rejeição da política por grande parte do eleitorado esclarecido brasileiro.  

Portanto, as eleições de 2018 é propícia a emergência de outsiders. Existe um sentimento genérico de renovação política nas disputa para os cargos majoritários nas eleições de 2018, a exemplo das disputas para os cargos de presidente, governador e senador. Nestas disputas majoritárias o eleitor terá maiores chances de realizar a operação “degola”.  

Dados mais recentes publicados pelos institutos de pesquisa, notadamente o DataPoder, analisando o potencial de votos de cinco candidaturas presidenciais: Lula, Bolsonaro, Alckmin, Marina e Ciro revelaram um dado enigmático, em média 50% do eleitorado brasileiro rejeita todas estas cinco candidturas.   

O desejo de mudança política se anuncia nas disputas majoritárias, porém esta renovação fica muito difícil nas disputas proporcionais porque o eleitorado não compreende como se elege deputados, devidos as regras eleitorais do sistema proporcional de lista aberta que preside as disputas para os assentos parlamentares no Brasil. Portanto, os deputados acusados de corrupção, mas com poder administrativo ou financeiro tenderão a continuar na vida pública, apesar da operação Lava Jato.

*Edir Veiga é Dr. em ciência política e professor da UFPA.

Obs: O editor do blog As Falas da Pólis identificou alguns pequenos erros de ortografia e/ou digitação, mas manteve o texto e o título fiéis aos originais, limitando-se apenas e inserir a imagem ilustrativa desta postagem, já que a original não possui.

segunda-feira, outubro 23, 2017

Datafolha: Lula 36%, Bolsonaro 16%, Marina 14%, Doria 8%


Por Diógenes Brandão

Pesquisa Datafolha publicada pela Folha, revela um novo cenário envolvendo os principais pré-candidatos à presidência do país. Em simulações com Lula, o ex-presidente continua liderando, inclusive entre católicos e evangélicos, mas o jornal destaca apenas o aumento de sua rejeição entre evangélicos.


Se depender do eleitorado evangélico, a zona de conforto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na corrida presidencial vai minguar um bocado. Já a pujança eleitoral do deputado Jair Bolsonaro (PSC) e de Marina Silva (Rede) se dilata no segmento, segundo pesquisa Datafolha realizada no fim de setembro.  

No quadro geral, Lula tem pelo menos 35% das intenções de voto nos cenários nos quais seu nome é testado. Numa simulação em que só evangélicos iriam às urnas, ele continuaria o mais bem posicionado, mas com 29% de menções na sondagem estimulada –na qual são exibidos cartões com nomes dos candidatos.  

O Datafolha ouviu 2.772 pessoas em 194 municípios.  

Evangélicos representam a segunda maior camada religiosa do país (32%), segundo o Datafolha. Católicos, que até os anos 1980 eram 9 de cada 10 brasileiros, são maioria, mas sua presença vem encolhendo: hoje, são 52% da população. Entre eles, Lula é a opção de 40%, tanto no cenário com o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) quanto naquele em que o tucano testado é o prefeito João Doria.

Nos dois casos, Bolsonaro e Marina disparam na preferência evangélica, com pelo menos 21% e 17% das intenções de voto, respectivamente – quando Lula está na jogada, ainda que por margem estreita, católicos preferem o deputado à ex-senadora.


E se o ex-presidente, que enfrenta problemas na Justiça que podem impedi-lo de concorrer, não se candidatar? Aí é Marina, única evangélica entre os principais pré-candidatos, quem lidera a corrida, escolhida por 27% daqueles que seguem sua fé e 21% dos guiados pelo papa Francisco.

Bolsonaro vem em segundo lugar, com 23% entre evangélicos e 16% entre católicos.


sexta-feira, março 18, 2016

O GOLPE


Por Luiz Carlos Azenha

O golpe é muito bem organizado. Moro decide. Globo repercute. Alckmin fecha Paulista. Fiesp ilumina o prédio. 300 são tratados como se fossem 3 mil. 

Emissoras dedicam a íntegra de seus telejornais ao assunto. O que por sua vez causa comoção pública. 

300 se tornam de fato 3 mil, que aparecem nos telejornais, que reproduzem discursos indignados, que pretendem transformar 3 mil em 30 mil, que buscam um cadáver para fazer o cerco final ao Palácio. 

Repito: tá tudo muito parecido com aqueles golpes de veludo do Oriente Médio ou do entorno da Rússia, menos os cadáveres que o Alckmin parece determinado a produzir permitindo que pró e contra Dilma se manifestem ao mesmo tempo no mesmo espaço. 

Só hoje sabemos que os fuzileiros navais estavam a caminho, em 1964, na Operação Brother Sam. Em 50 anos é possível que a gente descubra a mesma coisa. 

Motivo? 

O pré-sal. 

O triste é ver que há muitos inocentes úteis, inclusive entre meus colegas jornalistas.

domingo, maio 10, 2015

Alckmin diz considerar Marta sua aliada


No Brasil 247.

Ex-ministra Marta Suplicy, que deixou o PT na última semana, esteve entre os parlamentares que se reuniram com o governador Geraldo Alckmin, no Palácio dos Bandeirantes, para tratar sobre projetos de lei que estão em tramitação no Congresso. 

Após encontro com a bancada federal no Palácio dos Bandeirantes, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) classificou a senadora Marta Suplicy como "aliada".

A ex-ministra, que deixou o PT na última semana, esteve entre os parlamentares que se reuniram com o tucano para tratar sobre projetos de lei que estão em tramitação no Congresso.

A senadora negocia filiação ao PSB, do vice do Estado, Márcio França, para se candidatar à Prefeitura em 2016. Alckmin negou, no entanto, que o encontro tenha tratado de questões eleitorais.

quarta-feira, abril 22, 2015

Assim como Jatene, governador de São Paulo paga 70 mil para atacar adversários

Blogueiro recebe R$ 70 mil por mês do governo de São Paulo para atacar Dilma, o PT e adversários do PSDB.
Há quase um ano atrás, este blog replicou o fato que ficou conhecido como "O Mensalão do PSDB no Pará", onde o Brasil ficou sabendo que o jornalista Ronaldo Brasiliense recebia mensalmente R$70.000,00, segundo o próprio, para editar seu jornal “O Paraense”, mas até os turistas que vem prestigiar o Círio de Nazaré sabem que na verdade o nacional ganhava para defende o governo, o governador e seu partido, além de atacar os adversários políticos do PSDB paraense, tanto em seu panfleto, quanto em uma coluna no jornal "OLiberal".

Na semana passada, foi a vez da Folha de São Paulo descobrir que, a exemplo do governador Simão Jatene, o governador Geraldo Alckmin também utiliza-se do mesmo expediente do colega paraense. Cabe lembrar que tanto no Pará, quanto em São Paulo, os professores estão em greve e os dois governadores alegam falta de recursos para atender às reivindicações.

Fique agora com o Editorial da Folha, sob o título: Caixa-preta na internet

Há pouco mais de um mês, não chegou a causar surpresa a notícia de que o então secretário de Comunicação Social da presidente Dilma Rousseff (PT), Thomas Traumann, admitia em documento reservado o uso de robôs para multiplicar o conteúdo pró-governo nas redes sociais.

Longe de refletir a opinião de cidadãos autônomos, mensagens são disseminadas automaticamente por dispositivos eletrônicos –e, nas últimas eleições, tanto governo como oposição terão recorrido a tais amplificadores de prestígio.

Em tese, não há nenhum problema quando forças políticas organizadas se empenham na militância eletrônica. A questão é conhecer quem paga, quem produz, quem organiza a propaganda. Sabe-se pouco a esse respeito no Brasil.

Ao observar que os robôs petistas foram desligados após as eleições, Traumann não dava detalhes quanto a isso; o fato de a avaliação provir de um ministro de Estado foi suficiente, contudo, para gerar grande desconforto. Terminou, como se sabe, em sua demissão.

Mal-estar semelhante acomete, agora, setores do PSDB. Revela-se que o responsável por um popular site de oposição a Dilma recebe, pelo menos desde outubro do ano passado, R$ 70 mil mensais, oriundos da Subsecretaria de Comunicação do Estado de São Paulo.

A operação, como de praxe, não é simples. Fernando Gouveia, ou Gravataí Merengue, como assina, tem uma firma de consultoria, a qual foi contratada pela agência de publicidade Propeg, dentro dos serviços prestados por esta ao governo de Geraldo Alckmin (PSDB).

Oficialmente, a Propeg recorre ao blogueiro para serviços de "revisão, desenvolvimento e atualização das estruturas digitais". Gouveia afirma que as opiniões de seu site são dadas a título pessoal.

Quanto ao governo paulista, este declina de responsabilidades; atribui à Propeg a decisão de contratar Gouveia e demonstra um compromisso com a transparência que não pode ser levado a sério.

Após solicitação da reportagem, disponibilizou 88 caixas de documentos com gastos de publicidade, sem indicar a localização dos contratos com a empresa de Gouveia –ainda não se sabe quanto ganhou por serviços prestados desde junho de 2013. Estratégia com o claro propósito de afastar a investigação da verdadeira caixa-preta.

Anúncios oficiais de governo se justificam para campanhas de utilidade pública; no caso paulista, o combate ao desperdício de água e ao mosquito da dengue merecem recursos legítimos de propaganda.

Cabe perguntar, todavia, que parcela das verbas públicas alimenta, por baixo do pano, grupos de militância a favor dos interesses das autoridades –tucanas, petistas, peemedebistas, pouco importa. Pois, com tudo o que tem de moderno, a internet se rende à intransparência e ao arcaísmo da política brasileira.

terça-feira, março 17, 2015

Impeachment é pouco

Bruno Toscano, o agitador da II Marcha da Família, com Deus, pela Liberdade esteve neste domingo em Belém do Pará.

Por Vladimir Safatle, na Folha.

Você na rua, de novo. Que interessante. Fazia tempo que não aparecia com toda a sua família. Se me lembro bem, a última vez foi em 1964, naquela "Marcha da família, com Deus, pela liberdade". É engraçado, mas não sabia que você tinha guardado até mesmo os cartazes daquela época: "Vai para Cuba", "Pela intervenção militar", "Pelo fim do comunismo". Acho que você deveria ao menos ter tentado modernizar um pouco e inventar algumas frases novas. Sei lá, algo do tipo: "Pela privatização do ar", "Menos leis trabalhistas para a empresa do meu pai".

Vi que seus amigos falaram que sua manifestação foi uma grande "festa da democracia", muito ordeira e sem polícia jogando bomba de gás lacrimogêneo. E eu que achava que festas da democracia normalmente não tinham cartazes pedindo golpe militar, ou seja, regimes que torturam, assassinam opositores, censuram e praticam terrorismo de Estado. Houve um tempo em que as pessoas acreditavam que lugar de gente que sai pedindo golpe militar não é na rua recebendo confete da imprensa, mas na cadeia por incitação ao crime. Mas é verdade que os tempos são outros.

Por sinal, eu queria aproveitar e parabenizar o pessoal que cuida da sua assessoria de imprensa. Realmente, trabalho profissional. Nunca vi uma manifestação tão anunciada com antecedência, um acontecimento tão preparado. Uma verdadeira notícia antes do fato. Depois de todo este trabalho, não tinha como dar errado.

Agora, se não se importar, tenho uma pequena sugestão. Você diz que sua manifestação é apartidária e contra a corrupção. Daí os pedidos de impeachment contra Dilma. Mas em uma manifestação com tanta gente contra a corrupção, fiquei procurando um cartazete sobre, por exemplo, a corrupção no metrô de São Paulo, com seus processos milionários correndo em tribunais europeus, ou uma mera citação aos partidos de oposição, todos eles envolvidos até a medula nos escândalos atuais, do mensalão à Petrobras, um "Fora, Alckmin", grande timoneiro de nosso "estresse hídrico", um "Fora, Eduardo Cunha" ou "Fora, Renan", pessoas da mais alta reputação. Nada.

Se você não colocar ao menos um cartaz, vai dar na cara de que seu "apartidarismo" é muito farsesco, que esta história de impeachment é o velho golpe de tirar o sujeito que está na frente para deixar os operadores que estão nos bastidores intactos fazendo os negócios de sempre. Impeachment é pouco, é cortina de fumaça para um país que precisa da refundação radical de sua República. Mas isto eu sei que você nunca quis. Vai que o povo resolve governar por conta própria.

sexta-feira, maio 03, 2013

O dia em que a Dilma ficou bolada com o Alckmin





Ainda há pouco recebi Geraldo Alckmin para uma reunião em meu gabinete...

Conversa vai conversa vem, ele começou a dar indiretas:
 
"Hum... nossa, mas estou até imaginando em 2015, vamos ter que mudar essas cadeiras vermelhas da sua mesa para azul. rsrs"

Inclinei minha cabeça para frente e fixei meu olhar séria para ele. O tucano notou que eu não estava achando graça então disse:

"Errr... bem... acho que vou ao banheiro..."
 
Aproveitei que ele se levantou e peguei um saquinho de pó de mico e joguei tudo na cadeira que ele estava sentado e voltei para o meu lugar quietinha.
 
Quando ele voltou, euzinha estava com um largo sorriso no rosto, ele se sentou e disse:

"Que bom que a senhora levou na esportiva, apenas as mulheres lindas têm senso de humor. Mas então, vamos tratar daquele dinheiro, Madame? Que tal liberar os 370 milhões pro Rodoanel bem rapidinho, hein hein?"

Olhei pra cara dele séria e respondi:

"Escuta aqui, seu tucano folgado... eu te recebo aqui porque tenho que receber todo mundo, independente do partido, afinal, todos os estados e cidades deste país merecem a minha atenção... mas não sou obrigada a aturar palhaçada de burro velho, escutou bem? E que dinheirinho pra Rodoanel o quê... engraçado que tira 30 milhões do orçamento da ampliação da Linha 9-Esmeralda até Varginha pra gastar com PROPAGANDA e agora quer vir me pedir dinheiro? Eu até posso dar, mas não é assim... vê se te enxerga... e fica de olho nesse rodoanel de vocês porque o Padilha vem aí..."

Eu nem terminei de falar quando ele começou a se coçar. Ficou de pé e ficou se retorcendo feito lagartixa em água quente e começou a gritar:

"AI AI AI.. O QUE QUE É ISSO? QUE COCEIRA, MEU DEUS!!!"

Eu comecei a gargalhar e disse:

"Quem fala o que quer, sofre o que não quer..."

Ele tirou o paletó e saiu correndo corredor a fora, atravessei minhas salas e fiquei esperando pra ver a saída dele, até me arrependi: visão do inferno vê-lo rolando a rampa do Planalto de samba-canção e depois se jogando no espelho d'água...

ÊTA PRESIDENTA BRINCALHONA!!!

Brasil, país rico é país com Presidenta que não leva desaforo pra casa.

#DILMOLEKA #RainhaDaNação #Dilmalandra #PeripéciasPresidenciais 
#ATucanadaSóPassaNaRampaRolando #NãoConsigoPararDeRir #Dilmaravilha
#MeuNomeÉDilmaNãoÉBagunça


Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...