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terça-feira, junho 04, 2019

Zenaldo ou Edmilson: Quem aumentou mais o valor da tarifa do ônibus em Belém?



Por Diógenes Brandão


A partir de amanhã, os usuários do transporte público da região metropolitana de Belém passarão a pagar R$ 3,60 pela passagem e R$ 1,80 pela meia passagem. O reajuste foi aprovado em Abril, em reunião com as entidades que compõem o Conselho Municipal de Transporte e teve aprovação do Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), restando a homologação do prefeito, o que aconteceu ontem, 3, Zenaldo Coutinho anunciou que acatou o reajuste que eleva em 8,4%, o valor da passagem do ônibus.

Quase 2 meses depois de aprovar esse reajuste, praticamente ninguém lembra, muito menos se lembra do Conselho Municipal de Transporte e nem do Ministério Público e apenas o prefeito é quem recebe as críticas pelo indigesto anúncio.



Os membros do Conselho Municipal de Transporte de Belém para o biênio 2018/2020 são:

DIEESE - Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos 
APPD - Associação Paraense das Pessoas com Deficiência
STAPEBA - Sindicato dos Taxistas do Município de Belém  
FAAPA - Federação das Associações de Aposentados e Pensionistas do Estado do Pará
DETRAN-PA - Departamento de Trânsito do Estado do Pará
CPC-PM - Comando de Policiamento da Capital.
STTREPA - Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviários do Estado do Pará
SETRANSBEL - Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviários de Belém
SEMOB - Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém
SEURB - Secretaria Municipal de Urbanismo 
SECON - Secretaria Municipal de Economia
SESAN - Secretaria Municipal de Saneamento

Que esse Conselho é quem primeiro debate e aprova os reajustes nas tarifas do transporte público, quase ninguém sabe e quem sabe, pouco ou não comenta. São semi-deuses, desconhecidos da ira popular. 

Mas que os ônibus de Belém são uma porcaria, ninguém duvida. Os vereadores, por exemplo, negaram-se a debater sobre a necessidade de termos novos ônibus dotados de mais conforto e com ar condicionados, o que não foi em frente e ficou por isso mesmo. 


Agora vemos as mesmas velhas críticas sendo relembradas. Não que não sejam justas, mas é que temos uma cultura política extremamente oportunista, já que em diversas áreas, só vemos mobilização política e midiática nestes momentos onde a indignação popular pulsa, depois todos se esquecem e passam a conviver pacificamente com os valores e a porcaria dos serviços públicos oferecidos pela nossa classe empresarial e política.

Entre aqueles que se aproveitam para fazer política, vemos o ex-prefeito e hoje deputado federal Edmilson Rodrigues (PSOL) fazendo maior auê em Brasília, de onde esbraveja contra os governos do PSDB, mas sequer cobra o reajuste salarial para educadores e policiais paraenses, que tiveram a promessa de dias melhores com o governo de Helder Barbalho (MDB).

Os mais experientes sabem que quando esteve como prefeito de Belém, Edmilson era um petista diferenciado, pois mantinha relações pra lá de amigáveis com os empresários de ônibus da capital. 

A amizade era tamanha, que quando o Edmilson assumiu a prefeitura, em 1° de janeiro de 1997, o preço da passagem de ônibus era 0,40 centavos. Em agosto do mesmo ano ele aumentou para R$ 0,50 centavos, ou seja, um aumento de 25%, bem acima da inflação no período. 



Até a OAB entrou com ação pra conter o ímpeto do Edmilson em aumentar o preço da passagem do ônibus acima da inflação.


Em agosto de 1998 a passagem foi pra R$ 0,60 centavos, um aumento de 20%, também acima da inflação. Já em agosto de 1999, a passagem passou para R$ 0,70 centavos. 


 Badini comandava a CTBEL e depois de muitas críticas quem assumiu foi Fernando Carneiro, hoje vereador do PSOL. E a farra continuou


Ou seja, considerando os dois anos anteriores daquela época, Edmilson Rodrigues deu um aumento de 40% na passagem, já que passou dos R$ 0,50 centavos para R$ 0,70 centavos. E sabe de quanto foi a inflação nesse período? 15,5%. 







Hoje, com um aumento de pouco mais de 8%, veja o que Edmilson Rodrigues diz em seu site:



"Em meio à crise do lixo na cidade, e sem soluções para resolvê-la, o prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho (PSDB), homologou, na última sexta-feira, 31 de maio, mais um aumento da passagem do transporte público de Belém. O novo valor será de R$3,60 a partir de 5 de junho.  Num momento de crise, com altas taxas de desemprego e salários arrochados, essa decisão é uma verdadeira crueldade com a população belenense, que não viu, até hoje, as promessas de Zenaldo durante campanha serem cumpridas, convivendo com um BRT fantasma e o caos no transporte coletivo da cidade.  O prefeito surpreendeu muita gente hoje ao, finalmente, aparecer em programa de jornal, nesta segunda-feira (3). Visivelmente nervoso, Zenaldo não gostou de ser questionado sobre sua falta de vontade política para resolver o problema dos resíduos sólido, que agora, tomam conta da cidade. Mas, ao que parece, não se trata de uma questão específica: sua incompetência e má vontade tem deixado toda a cidade abandonada."

sexta-feira, fevereiro 16, 2018

Vem aí um novo aumento da tarifa do transporte e o serviço continua a mesma porcaria

O último aumento da tarifa do transporte coletivo em Belém foi em Janeiro de 2017 e levou a passagem de R$ 2,70 para os R$ 3,10 atuais. 

Por Diógenes Brandão

Composto por 18 ilustres desconhecidos 'representantes' da sociedade civil, o Conselho Municipal de Transporte de Belém tem diversas funções, mas só reconhecemos uma, e ela foi novamente exercida nesta quinta-feira pós-carnaval: Aprovar o aumento das passagens de ônibus para R$3,30. A decisão ainda precisa cumprir o rito da homologação pelo prefeito Zenaldo Coutinho (PSDB), mas a decisão do mesmo, se não for de concordância, não deve ficar muito distante da proposta aprovada pelo referido Conselho. 

Detalhe: É ele, o prefeito, que decide em quanto fica o valor cobrado nas catracas dos ônibus, podendo ser para mais ou para menos do que o Conselho aprova. No entanto, decidir-se por um valor menor que o aprovado por este órgão, foi algo que nunca aconteceu com nenhum prefeito nesta cidade das mangueiras.

CHORO DE CROCODILO

Os empresários como sempre, pediram mais que aquilo que foi aprovado, para poderem fazer o mise en scene de que estão contrariados com a planilha aprovada, pois alegam que o combustível e a folha de pagamento dos rodoviários aumentou, assim como diminuiu o número de passageiros, que segundo Paulo Gomes - presidente do sindicatos dos empresários (SETRANSBEL) - encolheu em cerca de um milhão de usuários, nos dois últimos anos. Para ele, os transportes alternativos e o uso de usuários de aplicativos de mobilidade urbana, como o UBER, contribuíram para a diminuição em sua clientela.

Cobrar os empresários para que haja ar-condicionados, veículos novos e higiênicos, motoristas qualificados? Nada disso. O tal Conselho Municipal de Transporte de Belém só sabe aprovar os aumentos solicitados pelos donos das empresas, disso que chamam de transporte coletivo em nossa cidade. 

Enquanto isso, empresas de aplicativos como o UBER enriquecem e não param de crescer, transportando boa parte destes um milhão de usuários, que assim como eu, nunca mais subiram em um ônibus de Belém. 

Em Maio deste ano, acontece a negociação da data-base dos trabalhadores rodoviários com os empresários e não se espantem se vier outro aumento, pois é quase que certo. 

E O TAL BRT?

Exibido no dia 31 de Maio de 2016, o veículo que há quase um década é prometido para fazer a interligação de terminais rodoviários de Belém, foi apresentado para a população: O famoso BRT. Como era ano eleitoral, o modelo apresentado pela Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob), foi anunciado com tendo ar refrigerado e acesso a Wi-Fi. 

Novamente, o povão foi lá na urna e cravou o número do partido do prefeito Zenaldo Coutinho, que em 2016 pediu mais uma vez o voto de confiança para sua reeleição e para tal, prometeu que entregaria o serviço em poucos meses. Resultado: Até agora, o busão do belenense continua quente, lotado, demorado, sucateado, sujo e caro.

terça-feira, dezembro 26, 2017

Peixe aumentou quase 35%, mas governo diz que inflação está abaixo de 2%

Com tamanha disparidade, a conta não fecha e ninguém consegue entender como a inflação pode estar baixa se tudo aumentou desproporcional em relação aos índices apresentados pelo governo.

No portal G1 Pará

O preço do pescado em Belém está fechando o ano de 2017 em alta. Segundo uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (26) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a maioria do pescado comercializado em mercados municipais da capital apresentou alta de preço superior ao 1,8% da inflação acumulada no período de janeiro a novembro deste ano.  

Segundo o Dieese a maioria do pescado pesquisado apresentou altas de preços no acumulado do ano, com destaque para a Arraia com alta acumulada de 34,43%, seguida da Sarda com alta de 33,02%; Traíra com alta de 31,67%; Serra com alta de 28,69%; Tainha com alta de 27,55%; Piramutaba com alta de 21,03%; Tucunaré com alta de 20,31%; Cação com alta de 16,93%; Tambaqui com alta de 14,64%; Corvina com alta de 14,29%; Pescada branca com alta de 11,63%; Gurijuba com alta de 10,80%; Tamuata com alta de 10,40%; Mapará com alta de 10,09%; C. Padre com alta de 9,56%; Pescada Amarela com alta de 7,73%; Peixe Pedra com alta de 6,64%; Uritinga com alta de 5,04%; Xareu com alta de 4,61% e da Dourada com alta de 4,36%.  

Também no acumulado dos 11 meses, houve espécies de pescado que apresentaram recuos de preços, com destaque para Aracu com queda de 17,55%, seguido do Bagre com queda de 9,48% e do Camurim com queda de 2,55%.

domingo, agosto 10, 2014

Afinal de quem é a culpa pelo reajuste da energia elétrica da CELPA?

Oposição paraense responsabiliza a gestão do PSDB pelo alto custo da energia elétrica e por ter privatizado a CELPA.

A semana passada foi trágica para o povo paraense, depois que os veículos de comunicação informaram que a CELPA havia conseguido a autorização para reajustar a tarifa de energia elétrica no Estado em 34,34%. 

Como a notícia caiu bem no meio da disputa eleitoral, onde além dos partidos e seus candidatos, as duas maiores empresas de comunicação do Estado disputam corações e mentes dos eleitores, a culpa de quem seria o responsável pelo aumento do custo de vida dos paraenses, virou bandeira de luta - e ataques - entre os mais variados atores políticos. 

ORM/Oliberal divulgou essa peça onde responsabiliza única e exclusivamente a ANEEL pelo reajuste abusivo e o compara com o praticado em São Paulo, o mais populoso Estado do Brasil.

De um lado, o grupo de comunicação OLiberal e o governo do Estado responsabilizaram a ANEEL por ter concedido o reajuste. De outro, o sistema RBA de comunicação e a oposição ao governo estadual responsabilizaram a gestão tucana que privatizou a empresa e hoje cobra 25% de ICMS sobre o valor pago nas contas pagas pelo consumidor paraense.

Diante deste cabo de guerra, o povão não consegue compreender quem tem razão e onde está a culpa deste reajuste e a única coisa certa é que tentará se prevenir do prejuízo, fazendo das tripas coração para economizar, tornando o uso da energia mais racional desde então.

 
Caio Trindade, Procurador Geral do Estado: "A culpa é da irresponsável política de energia elétrica levada a cabo pelo Governo Federal".

Para este blog, a matéria publicada no site de notícias do governo estadual é mais precisa do que as idas e vinda de parlamentares, sindicalistas e candidatos da oposição. Depois eu explico o motivo deste blogueiro pensar isso, primeiro vamos o início do argumento governista: 

"O Governo do Estado do Pará, por meio da Procuradoria Geral do Estado (PGE), protocolou nesta quinta-feira (7), uma Ação Civil Pública na Justiça Federal para que o Poder Judiciário intervenha e não permita que seja praticado o aumento da tarifa de energia pelas Centrais Elétricas do Pará (Celpa), conforme autorizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A PGE espera que a ação seja julgada já nos próximos dias. No último dia 5 de agosto, o governo federal autorizou o novo reajuste solicitado pela Celpa, de 34,34%, para os consumidores residenciais, e 36,41% para a indústria".

Parlamentares e sindicalistas foram ao Ministério Público Federal tentar barrar o aumento da energia elétrica no Pará, que depois que a CELPA foi privatizada pelo Almir Gabriel, em 1998 já teve aumento de 417,33%.

Outrossim, parlamentares de oposição ao governo também prometem barrar o aumento através de uma ação civil pública, junto com sindicalistas e entidades da sociedade civil organizada, mas até agora só o que se houve é que foram feitas reuniões com membros do governo federal em Brasília e no Ministério Público Federal, sem nenhuma informação plausível de que resultados essas medidas trarão.

Assim como o blog, o povo aguarda ansioso pelas respostas e a imediata revisão deste reajuste que já está sendo chamado pelo povão de "Assalto da CELPA".


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Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...