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segunda-feira, julho 13, 2020

Psolistas travam guerra com Edmilson por aliança com petistas e barbalhistas

Edmilson Rodrigues, ao lado de Carlos Bordalo e Ana Júlia. O pré-candidato a prefeito de Belém vai disputar sua quinta eleição pela prefeitura de Belém e tem gerado uma crise interna em seu partido, onde é acusado de não ser democrático, ao decidir coligar com o PT nas eleições municipais deste ano.


Edmilson Prefeito, em aliança com o povo pobre e trabalhador de Belém.  

Quando realizamos o encontro de fundação do PSOL, em junho/2004, meses após o Partido dos Trabalhadores expulsar quatro de seus parlamentares, por terem votado contra a “reforma” da Previdência do governo Lula, deixamos registrado em nosso programa de fundação: “Lula entregou-se aos antigos adversários, e voltou as costas às suas combativas bases sociais históricas. Transformou-se num agente na defesa dos interesses do grande capital financeiro”. E avaliamos que o PT havia se transformado em “correia de transmissão” desse governo. 

Quando fundamos o PSOL, deixamos claro que o PT, traidor da classe trabalhadora, havia deixado de ser nosso aliado. Criamos o PSOL para ser oposição de esquerda à política de conciliação de classes do PT, e não para ser seu partido-satélite, subserviente e bem comportado. Um ano depois, quando estoura o escândalo de corrupção do mensalão, Edmilson Rodrigues rompe com o PT e se filia no PSOL.  

Aliança com o PT: desnecessária e perigosa  

Qual a justificativa para nos aliarmos com um partido que fez a opção em governar para e com a burguesia? Nos quatorze anos em que esteve à frente do Poder Executivo nacional o PT deu um giro à direita e selou um pacto de governabilidade com setores da patronal que circularam com frequência nas páginas policiais: de Fernando Collor a Jader Barbalho, passando por José Sarney, Paulo Maluf e Gilberto Kassab. O PT fez a opção em governar com os latifundiários e os banqueiros, representados por Kátia Abreu, José Carlos Bumlai, Henrique Meirelles

O PT ultrapassou o limite da decência e foi buscar aliados na antiga ARENA, da ditadura militar, chegando a ressuscitar Delfim Netto, ministro da Fazenda (Economia) no governo Médici, o qual se tornou conselheiro econômico de Lula. Defensor ferrenho do regime militar, não se envergonha em afirmar que “o AI-5 foi uma necessidade” e que “se as condições fossem as mesmas, assinaria de novo”. Sobre seu novo amigo, foi taxativo: “Lula salvou o capitalismo nacional”, afirmou em entrevista publicada em 2008. Por que a direção majoritária do PSOL/Belém se presta a buscar um acordo de cúpula com um partido assim?

A base petista já iria fazer campanha para Edmilson, como já fez antes, independente de acordos feitos entre as direções partidárias. Fazer um acordo superestrutural com a direção petista é completamente desnecessário. E considerando o trânsito dos dirigentes petistas entre políticos e empresários acusados de corrupção, esse acordo é um enorme perigo que pode desconstruir a imagem que nosso PSOL goza diante da população: um partido limpo, que não está metido em esquemas de corrupção; um partido que está ao lado da classe trabalhadora e não se vende a empresários e patrões. 

Ao privilegiar os acordos de cúpula, sem debates internos, sem plenárias, sem reuniões, a direção majoritária do PSOL opta em seguir por um caminho antidemocrático, pelo qual as instâncias partidárias e a base psolista tomam conhecimento das articulações pela imprensa e pelas postagens em redes sociais. Uma tática perversa, que agride ainda mais a nossa frágil democracia interna. Uma tática antidemocrática, que se utiliza da pressão de fora para determinar a política eleitoral do PSOL. Unidades podem até ser construídas em meio à divergências e diversidades, mas não se constrói unidade, sem confiança mútua.  

O PT irá romper com Helder Barbalho?  

Os setores do PT que estão no governo dos Barbalho, e foram contra o apoio à candidatura de Edmilson, irão fazer campanha para o PSOL? Irão romper com a família Barbalho, ou farão campanha para seus candidatos? O deputado estadual Carlos Bordalo/PT, que votou a favor da “reforma” da Previdência de Helder/Bolsonaro e, com o dedo em riste, mandou um cotoco para os professores e outros servidores públicos durante as manifestações nas galerias da ALEPA, irá fazer campanha para Edmilson? Ou vai mandar um cotoco para o PSOL, também? 

Se esse acordo eleitoral se mantiver, nosso PSOL estará perdendo mais uma oportunidade em ocupar politicamente um espaço privilegiado à esquerda, como principal porta-voz das demandas da classe trabalhadora, do povo pobre, dos explorados e oprimidos. E ocupar esse espaço, abandonado pelo PT, é fundamental para superarmos a desastrosa experiência do “modo petista de governar”, que privilegiou os acordos com setores da burguesia e retirou direitos dos trabalhadores da cidade, do campo, e dos povos das florestas, negando diversas de suas reivindicações.  

Quem rompe com a “unidade das esquerdas”?  

Rejeitar a aliança eleitoral com o PT, para alguns, significaria “romper a unidade das esquerdas e fragilizar a campanha de Edmilson”. Refutamos isso. O que irá fragilizar a candidatura de Edmilson é justamente ter como vice-prefeito um partido envolvido em esquemas de corrupção; que é base aliada do governo Helder Barbalho; que construiu Belo Monte; que retirou direitos dos servidores públicos; que deu prosseguimento ao projeto de privatizações de FHC/PSDB. 

Quem rompe com a “unidade das esquerdas” é o PT, quando Lula diz publicamente que não é hora do “Fora Bolsonaro”, pois teríamos que esperar até 2022 para mudar o país somente nas próximas eleições. Quem rompe com a “unidade das esquerdas” é o PT, que orientou seus três deputados estaduais a votarem a favor da “reforma” da Previdência estadual de Helder Barbalho, seguindo as diretrizes impostas pelo governo Bolsonaro; Quem rompe com a “unidade das esquerdas” é o PT, cujo governador Camilo Santana, do Ceará, manda helicópteros e a tropa de choque da PM para impedir a realização de atos antifascistas, jogando bombas de gás e balas de borracha. 

Quem rompe com a “unidade das esquerdas” é o PT, que com sua política de conciliação com a burguesia causou um retrocesso na consciência de classe dos trabalhadores.  

Por um governo do PSOL com os movimentos sociais 

Nossos principais aliados não tem que ser os partidos da ordem. Queremos aliança com os sindicatos de trabalhadores; com o movimento popular; com as entidades estudantis; com o movimento sem-terra; com as comunidades quilombolas; com os povos indígenas; com o movimento feminista; com as associações de bairros; com as agremiações culturais. 

Queremos a aliança do PSOL com o Povo, não com os poderosos. Conquistaremos a governabilidade com a mobilização e pressão popular. Governaremos com o Povo na rua, lutando por seus direitos. 

A pressão que os empresários e lobistas fazem sobre os vereadores, para aprovarem projetos de seu interesse, faremos com os trabalhadores mobilizados. A pressão que os patrões fazem, nas sombras, nos gabinetes, às escondidas na calada da noite, faremos ao ar livre, sob o sol pleno, ocupando ruas e praças para fazer valer a vontade popular. Os debates e deliberações faremos nos Conselhos Populares, que governarão juntos com Edmilson e o PSOL. 

Em tempos de pandemia e crise na Saúde pública, queremos Edmilson prefeito, com uma vice-prefeita indicada pelos trabalhadores da Saúde, que levante um programa onde estejam incluídas: a garantia da gestão democrática nas escolas e creches municipais; a garantia de condições dignas de trabalho para os profissionais da Saúde; a regularização das ocupações urbanas; a isenção do IPTU para a população com menor poder aquisitivo; a criação de uma frota municipal, rumo à estatização do transporte coletivo urbano; a eleição dos secretários municipais pelos servidores de carreira; a proteção ao meio ambiente e a implantação de um sistema de coleta seletiva; além de diversas outras demandas que atendam as necessidades do povo trabalhador. 

É possível dar continuidade à construção de uma nova Belém, dando sequência às tarefas da Revolução Cabana, interrompida que foi, com sangue e traições. Mas somente seremos vitoriosos se aprendermos com os erros do passado e o povo assumir o poder, junto com o PSOL.

terça-feira, dezembro 11, 2018

Pra quem vai a cobiçada Secretaria de Comunicação do governo Helder Barbalho?

Dois nomes de confiança estão cotado para assumirem a secretaria de Comunicação do Pará.


Por Diógenes Brandão

Dois nomes estão cotados para o cargo: Fernando Thompsom, jornalista experiente com militância na imprensa nacional e que já foi assessor de comunicação da Vale. Por último, quando Helder Barbalho (MDB) foi ministro de Michel Temer (MDB), ele exerceu uma uma espécie de consultoria nessa área. Por tudo isso, seu nome é bem cotado para o cargo. 

O outro nome é de Vera Oliveira, que exerceu o mesmo cargo na área de comunicação com o governador eleito, quando ele era prefeito de Ananindeua. Na campanha, embora houvesse resistência de alguns setores próximos ao candidato, Helder Barbalho bancou Vera no papel de assessora de comunicação da campanha. Trata-se de uma pessoa de extrema confiança dele e com bom trânsito nos veículos de comunicação local.

A Secretaria de Comunicação é responsável pela distribuição da verba destinada à propaganda. Segundo o Diário do Pará, em 07 anos, o atual governador Simão Jatene destinou R$ 386 milhões para a pasta. Resta saber quanto será gasto de agora em diante e quanto alimentará os veículos de comunicação da família do governador eleito. 

Estamos de olho!

sexta-feira, julho 13, 2018

Eder Mauro e Priante negociam aliança de Bolsonaro com Barbalhos. Seguidores se recusam a acreditar



Por Diógenes Brandão


Há duas semanas atrás, o deputado federal Eder Mauro (PSD) gravou um vídeo rebatendo acusações feitas pelo deputado federal Wladimir Costa (Solidariedade), que o acusou de ser  pau mandado da família Barbalho. A partir disso, diversos dos seus próprios seguidores passaram a indagar o posicionamento do deputado-delegado. 

Monossilábico, ele nega, mas não convence a todos e por isso continuam perguntando-lhe se ele tem ou não um acordo político com a família de Jader e Helder Barbalho. 



Com a visita de Jair Bolsonaro ao Pará, jornalistas perguntaram-lhes como seriam feitas as alianças eleitorais do PLS e na matéria 'Só não vamos fazer pacto com o diabo', afirma Bolsonaro, do jornal O Estadão, fica claro que Eder Mauro e o deputado José Priante (MDB), primo de Helder, são os responsáveis pelas negociações entre o partido de Bolsonaro e o MDB de Helder e Jader Barbalho, onde o filho disputará o governo do Estado do Pará e o pai uma vaga ao senado.

Em um trecho da matéria acima citada, podemos ler a seguinte informação: 

Em visita a Marabá nessa quinta-feira (12), ao ser questionado pelo Estado sobre a aliança, Bolsonaro afirmou que não participa das conversas de aproximação entre o PSL e o MDB no Pará, que na prática representa uma aliança indireta com o clã Barbalho para formar palanques, mas que não pode evitar acordos nas sucessões estaduais. "Se o nosso foco é a cadeira presidencial, paciência", disse o pré-candidato. "Só não vamos fazer pacto com o diabo" .

Logo mais a frente, outra informação precisa:

"O PSL tem um diálogo com o grupo oposicionista (ao governo do Pará), mas uma aliança ainda está indefinida", completou. Em Brasília, a costura entre o PSL e Helder é conduzida pelos deputados paraenses Eder Mauro (PSD), pai de Rogério, e José Priante (MDB), primo de Jader. Mauro desconversa sobre as negociações, mas adianta, porém, que nas conversas com Helder, está acertado que ele ditará a segurança pública no Estado num eventual governo do grupo."

Com a aliança, Bolsonaro amplia e consolida efetivamente sua intervenção política no Pará, usando o palanque de Helder Barbalho e recebendo uma ajuda positiva em sua imagem, seja através do uso político eleitoral feito pelo jornal Diário do Pará, bem como nas emissoras de rádio e TV da RBA - Rede Brasil Amazônia de Comunicação, pertencentes à família Barbalho, onde Eder Mauro já goza de diversas participações em programas e matérias supostamente jornalísticas, mas que firmado o acordo, ganharia mais apoio político dos prefeitos e toda a rede que dá amparo ao MDB no Pará, tanto na esfera jurídica, quanto no setor empresarial e, claro, mantendo-se em evidência nos meios de comunicação da oligarquia local.

Como nenhum dos citados nega e nem assume a possível aliança em suas redes sociais, parte dos seguidores e pretensos eleitores de Bolsonaro, Eder Mauro, Helder e Jader Barbalho parecem não quererem acreditar que isso seja verdade. 

Tratados como cego no meio de um intenso tiroteio, onde a descrença e a desconfiança imperam, no meio de versões e especulações, só lhes resta tirar suas próprias conclusões sobre o pragmatismo político desta campanha eleitoral, já que a classe política a cada dia que passa conta com menos credibilidade perante a sociedade brasileira. 

O problema são os eleitores, que independente de qualquer coisa que aconteça ou fiquem sabendo, continuam votando nos seus ídolos e ao mesmo tempo, como se sofressem de um distúrbio bipolar, reclamam da classe política que temos.

A partir do compartilhamentos nas redes sociais é possível ler diversos comentários de seguidores, sobretudo de Bolsonaro, recusando-se a acreditar no que lêem e acabam acusando a informações da probabilidade da aliança com os Barbalhos como sendo uma Fake News. 

Veja alguns destes comentários:








terça-feira, julho 10, 2018

A cooptação eleitoral, a disputa pelo governo e pela prefeitura de Ananindeua

Tendo sido apoiado por Simão Jatene e logo em seguida cooptado por Helder Barbalho, Jefferson Lima abandou os tucanos no 2º turno das eleições de 2014 e acabou sendo derrotado pela 2ª vez em 2016, quando disputou as eleições para prefeito de Ananindeua e perdeu as eleições ainda no 1º turno, já com total apoio do PMDB.
Por Diógenes Brandão

Há 37 dias para o início da campanha eleitoral deste ano, os pré-candidatos que disputam a preferência eleitoral para o governo do Estado, senado e as vagas na ALEPA e na Câmara dos Deputados disputam as lideranças políticas pelos municípios paraenses, uns metendo os pés pelas pernas, como diziam os mais velhos.

Com 1/3 dos eleitores paraenses concentrados na região metropolitana de Belém, as principais candidaturas investem pesado na cooptação de lideranças populares e comunitárias, pois nem todos conseguem chegar à todas as regiões e muitos acabam sendo iludidos por cabos eleitorais e lideranças políticas, que ora confessam fidelidade a um, mas depois juram apoio para outros.

Em Ananindeua, por exemplo, sentindo que precisava reforçar seu time, o prefeito Manoel Pioneiro emplacou o vereador Rui Begot (Avante), como presidente da Câmara Municipal do município, o segundo maior colégio eleitoral do Estado. A eleição de Begot foi considerada uma cartada de mestre e um duro golpe, em reação aos planos de Helder Barbalho, que tenta cooptar vereadores da base de Pioneiro, mas pode ser iludido com apoio de vereadores que estão supostamente indecisos.

Begot foi candidato em chapa única e eleito por unanimidade para o biênio 2019/2020. Com isso, a manutenção da hegemonia política do prefeito Manoel Pioneiro em Ananindeua, soma e reflete-se na articulação de mais 15 dos 25 vereadores, que já declaram apoio à pré-candidatura de Márcio Miranda (DEM) ao governo do Estado. Os demais, ainda estão dialogando com o pré-candidato democrata e boa parte deles tende a sair de cima do muro e definirem-se claramente em relação ao pleito de Outubro.

Um destes casos é do atual presidente da Câmara Municipal, o vereador Dr. Daniel Santos (PSDB), que mesmo sendo do partido do atual governador Simão Jatene, vem sendo "cantado" pelo MDB, para que pule do barco tucano em apoio a Helder Barbalho (MDB), pré-candidato ao governo do Estado. Para seduzir Dr. Daniel, Helder teria prometido-lhe apoio para sua campanha de pré-candidato a deputado estadual e para 2020 ser o sucessor de Pioneiro, como futuro prefeito de Ananindeua.

Acontece que ao circular em off no metiê político, a informação não caiu nada bem aos ouvidos do prefeito e do deputado estadual do MDB, Francisco Melo, mais conhecido como Chicão, candidato a prefeito de Ananindeua pelo então PMDB, em 2012. Sentindo-se preterido em 2016 pela candidatura do radialista Jefferson Lima, "Chicão" teria confessado a uma fonte do blog de que está cansado de ser esquecido nas negociações políticas e promessas feitas pelos caciques do seu partido, neste caso, Helder e Jader Barbalho.

Derrotado nas eleições de 2014, quando foi candidato ao senado, depois de receber 741.427 votos com o apoio de Simão Jatene (PSDB) no primeiro turno e ter pulado para a campanha de Helder Barbalho (PMDB) no segundo turno, Jefferson Lima caiu no ostracismo político e ganhou como consolo um programa de tv e de rádio na RBA.  

Mesmo em evidência, dois anos depois Jefferson Lima foi derrotado por Manoel Pioneiro ainda no primeiro turno das eleições para a prefeitura de Ananindeua, em 2016.

A história da política paraense nos mostra que não há espaço para quem não se decide na polarização entre partidos como o PSDB e o MDB. Fazer jogo duplo pode acabar deixando o sujeito sob suspeita e desconfiança eterna pelo dois partidos e cair em desgraça entre os eleitores, que podem até gostar de ver traições, mas não confiam nos traidores.

sexta-feira, março 02, 2018

Governador Simão Jatene detona os Barbalhos e dá início à polarização na disputa pelo governo do Estado



Por Simão Jatene, em sua fanpage

Amigas e amigos, 

Só não vê quem não quer a tentativa desesperada e permanente do Império de comunicação que pertence parte vergonhosa da família Barbalho - e faço questão de destacar “parte” para não ser injusto com a família – de tentar manchar e desqualificar tudo e todos que contrariam ou ameaçam seus interesses nada republicanos.  

Exemplos não faltam.  

A Assembleia Legislativa e seu Presidente eram tratados como exemplo de democracia e gestão, mas somente até que o Deputado Marcio Miranda se tornasse ameaça ao indisfarçável desejo do grupo se apoderar dos cofres públicos, através do rebento, que a cada dia mais parece o pai, especialmente, na avaliação nada elogiosa que recebe da imprensa nacional.  

Do mesmo modo, o Ministério Público e seus membros, à semelhança do Poder Judiciário e dos Tribunais de Contas, na visão do grupo político, deixam de ser instância fiscalizadora e julgadora, e passam a ser meros serviçais do executivo, em linguagem quase sempre chula e desrespeitosa, quando suas decisões desagradam ao bando, como demonstra inclusive a recente, descabida e reveladora reação dos seus veículos, no caso do aterro sanitário de Marituba.  

Agora, no permanente esforço diário de criar factoides, o grupo tenta desqualificar as ações do Estado na questão envolvendo a empresa Hydro, no município de Barcarena, como se fosse nossa ou do nosso governo, e não deles, conforme as inúmeras denúncias na Lava-Jato, a prática de relações promíscua com empresas.  

Não! Não, senhores de triste história e inexplicado império. Não sou eu e tampouco o nosso governo, que tem sido frequentador assíduo de listas e denúncias da operação Lava-Jato por oferecerem favores a empresas. E não adianta tentar confundir a população.  

Amigas e amigos, 

O governo, no âmbito da sua competência, tem sido absolutamente isento, técnico e responsável no tratamento da questão de Barcarena. A primeira determinação foi priorizar o atendimento às pessoas e evitar maiores danos. Nesse sentido, sem pirotecnia ou proselitismo político, foi definida com a Defesa Civil e a Secretaria de Saúde, em articulação com o Município, a disponibilização de água potável e atendimento em saúde, enquanto foi exigido que a empresa reduzisse e mantivesse as bacias de resíduos com desnível de, no mínimo, um metro, para garantir segurança face o elevado volume de chuvas que tem caído na região.  

Posteriormente, conforme anunciado inclusive nos veículos de comunicação nacional, tendo em vista o não cumprimento por parte da empresa das obrigações definidas pela SEMAS, foi determinado que a mesma reduzisse sua produção em pelo menos 50%, para que fosse mantido o sistema de tratamento de efluentes e imposta multa de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) por dia, sem prejuízo de outras penalidades.  

Amigas e amigos, 

Só a tresloucada idéia, típica dos prepotentes e desesperados, que julgam ser possível torturar a realidade para que ela confesse não ser real, pode justificar a tentativa desse grupo político, mais uma vez, esconder e desvirtuar fatos. O povo do Pará não é bobo. Sabe quem sempre defendeu a compensação pela desoneração das exportações, sabe quem criou as taxas sobre recursos minerais, sabe quem defende o Estado, sabe quem é quem e tem demonstrado isso nas urnas.

quinta-feira, novembro 16, 2017

Juiz que pediu a condenação de Helder Barbalho, absolveu Simão Jatene pela mesma prática: Uso da mídia para influenciar os eleitores

TRE-PA julgou improcedentes as duas denúncia contra Helder, uma apresentada pela coligação "Juntos pelo Pará", vencedora das eleições de 2014 e a outra pelo Ministério Público Eleitoral.

Por Diógenes Brandão 

Com o voto do ex-prefeito de Capanema, Alexandre Buchacra (ex-PT) e mais quatro (04) juízes do TRE-PA, o ministro Helder Barbalho foi absolvido junto com o candidato a vice-governador na época, o ex-deputado Joaquim Lira Maia. 

A ação ajuizada pelo Ministério Público Federal por meio da procuradora regional eleitoral substituta, Maria Clara Barros Noleto, foi julgada nesta quinta-feira (16), em Belém. A outra foi movida pela coligação "Juntos pelo Pará", comandada pelo PSDB.

Além do juiz Alexandre Buchacra, acompanharam o voto divergente de Altemar da Silva Paes, os juizes Amilcar Roberto Bezerra Guimarães, Arthur Chaves e Luzimara Moura. Todos julgaram As Ações de Investigação Judicial Eleitoral - AIJES 317955 e 250310, como improcedentes.

O único voto pela condenação de Helder foi do relator do processo, o desembargador Roberto Gonçalves de Moura que deu seu parecer favorável à acusação de que, enquanto candidato, o ministro abusou do poder econômico e fez uso indevido de meios de comunicação de sua família - Rádios, TV e jornal - nas eleições de 2014, quando concorreu ao cargo de governador do Estado. A denúncia partiu da coligação "Juntos pelo Pará", encabeçada pelo governador Simão Jatene reeleito no segundo turno daquele pleito.

O advogado de defesa de Helder Barbalho informou que à época todas as matérias veiculadas foram submetidas ao TRE, que analisou o material e não impediu o registro da candidatura, o que permitiu que o candidato pudesse concorrer ao pleito.

Cabe lembrar que em outra Ação, o mesmo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) cassou o mandato do governador do Pará, Simão Jatene (PSDB), e do seu vice, Zequinha Marinho (PSC). Por 4 votos a 2, os membros do Pleno do TRE confirmaram que Jatene fez uso indevido de poder político e econômico, no programa habitacional Cheque Moradia, para ser reeleito nas eleições estaduais de 2014.

Um advogado presente no julgamento de hoje, informou ao blog que o mesmo relator que hoje pediu pela condenação do candidato Helder Barbalho, há quatro meses absolveu Simão Jatene pelos mesmos motivos: Abuso de poder econômico através do uso de veículos de imprensa.

Um dos juízes que participou do julgamento da Ação, chegou a defender em seu discurso o ditado popular: "Pau que dá em Francisco, dá em Chico".

O advogado lembrou que no dia 27 de julho deste ano, o TRE-PA julgou a AIJE nº 317093, onde o relator também foi o desembargador Roberto Gonçalves de Moura. Nos autos, o requerente era a coligação "Todos pelo Pará", representada na candidatura de Helder Barbalho, contra Simão Jatene, o empresário e então diretor do sistema ORM (Rádios, TV e Jornais) Ronaldo Maiorana, o jornalista Ronaldo Brasiliense, o empresário e diretor do sistema Marajoara, Carlos Santos e os radialistas Silvinho Santos e Nonato Pereira. Segundo a denúncia, os citados acima eram responsáveis pela veiculação de mensagens difamatórias, caluniosas ou injuriosas contra o candidato Helder Barbalho e sempre favoráveis ao candidato Simão Jatene.

Cabe lembrar que nesse caso, o desembargador Roberto Gonçalves de Moura, que também foi o relator do processo contra Simão Jatene e os veículos e profissionais de imprensa acima descritos, entendeu que "os próprios demandantes (Helder e Lira Maia) tinham a seu dispor um conglomerado midiático utilizado para ataques a adversários e divulgação de feitos próprios e que portanto não houve desequilíbrio substancial algum e, portanto, o ilícito "abuso ou uso indevido dos meios de comunicação" não se conforma". 

Ou seja, o desembargador que hoje relatou a Ação de Investigação Judicial Eleitoral procedente contra Helder Barbalho, dizendo que houve prática ilícita no uso de mídias a seu favor, há quatro meses atrás julgou a Ação similar contra Simão Jatene, como improcedente. A alegação para tal mudança de entendimento, não convenceram os demais juízes do TRE-PA, que votaram contra o contraditório relator.

A impressão que fica é que Jatene pode usar os veículos das ORMs (Maioranas) e do Sistema Maroajara (Carlos Santos), assim como Helder também pode usar os veículos da RBA (Barbalho).

E quem não tem empresa de rádio, jornal e TV, como fica?

Onde está o princípio da igualdade de condições, tão exaltado pela justiça eleitoral e todos os códigos processuais eleitorais em vigor no país?

Outra pergunta que fica no ar é se depois da decisão de hoje, nas eleições de 2018, os veículos de comunicação e seus respectivos profissionais poderão livremente fazer suas campanhas eleitorais antecipadas a favor e contra os candidatos dos dois principais partidos do Pará: O PSDB e o PMDB.

Pelo que o TRE-PA deixou a entender em seu despacho é que fica mantida a máxima: "Não te mete em política sem dinheiro". E, principalmente, sem amigos na grande mídia.

terça-feira, agosto 15, 2017

Velha Imprensa finge que não sabe, mas a Internet já é a principal fonte de informação

Por Diógenes Brandão, com informações da DOXA Pesquisas

Nesta segunda-feira (14), um dia após a veiculação do quadro 'Cadê o dinheiro que tava aqui?', exibido no Fantástico deste último domingo, o qual contou um pouco sobre a vida e obra de Wladimir Costa, que prefere ser chamado de 'Wlad, o federal do povão', o jornal Diário do Pará trouxe na sua coluna Repórter Diário, a seguinte opinião:



Como se pode ver, o jornalismo do Diário do Pará reivindica exclusivamente para si as informações e denúncias que vem à público sobre o governo de Simão Jatene (PSDB) e seus aliados, como o fervoroso 'Wlad', que como já revelamos era filiado ao PMDB, partido que no Pará é liderado pelo senador Jader Barbalho e seu filho, o Ministro da Integração Helder Barbalho. Os dois importantes políticos do Estado além de dirigentes do partido, são os donos do jornal que entrou em pé de guerra com o governo tucano e ganhou de um inimigo mortal: O próprio 'Wlad', criado no terreiro da família barbalho.

Sem ter a pretensão de adentrar no mérito jornalístico da cobertura e nem de que a disputa político-eleitoral soma-se à disputa de mercado, é imperioso concordar que os outros dois jornalões existentes no Estado - Amazônia e OLiberal de propriedade da família Maiorana - tornaram-se porta-vozes da fidelidade aos tucanos há mais de duas décadas e por isso evitam expor em profundidade e muitas vezes negligenciam as informações e notícias sobre as mazelas das sucessivas gestões do PSDB, tanto municipais, quanto do Estado, passando pelos 08 anos de Almir Gabriel e os 12 anos que Simão Jatene completará ano que vem.

Dito isso, cabe retornar ao que nos motivou a redigir o título desta postagem: É que mesmo havendo apenas estas duas grandes empresas de comunicação no controle das emissoras das principais rádios e tvs, assim como os três jornalões, vivemos em plena era da comunicação digital e desde o início deste século XXI, a sociedade paraense já vivencia e convive com a saudável, democrática e legítima influência de blogueiros e ativistas digitais, que a cada ano que passa tornam-se mais lidos e municiados de fontes, notícias e matérias exclusivas, muitas vezes apresentadas em primeira mão, fazendo com que não exista mais a chamada "lei do silêncio", que a coluna do Diário do Pará se refere. 

O silêncio foi quebrado e agora a informação e os pontos de vistas sobre os fatos cotidianos, além de serem diversificados, são revelados de forma muito mais ágil e plural do que antes era oferecido pelos tradicionais veículos de imprensa. Estes veículos é que agora muitas vezes acabam reproduzindo o que surge primeiramente nos blogs e mídias sociais para só depois virar notícia e ser publicada nos sites e redes sociais dos jornais, atravessando o longo processo de editoração e impressão para finalmente serem disponibilizadas nas bancas de revistas e postos de venda do bom e velho papel, que muitos dizem estar com seus dias contatos.

Para corroborar com as afirmações acima, o blog traz a público em primeira mão, o resultado parcial de uma pesquisa realizada pelo Instituto DOXA que revela um quadro que por si só comprova que há um erro crucial em afirmar que o jornal Diário do Pará seja o único a fornecer informações à sociedade da capital paraense sobretudo no que o veículo chama de 'irregularidades cometidas pelo governo tucano no Pará', pois além deste blog, inúmeros outros sites, blogs, jornalistas e ativistas digitais nas redes sociais fazem duras críticas, trazem denúncias e travam o bom debate sobre o que se passa ao nosso redor.

Vamos aos números da pesquisa?

Primeiro, vemos o gráfico que revela que entre os hábitos mais frequentes, acessar as redes sociais já é o preferido por 22,9% da população, enquanto que ler notícias na internet e ler livros alcançam 15%. Somados, podemos dizer que 37,9% estão conectados, enquanto o acesso aos jornais impressos é o hábito frequente de apenas 5%. A TV lidera o hábito com mais frequência, casos somemos as emissoras de tv abertas e fechadas, totalizando 49,7% dos entrevistados e o rádio vem com apenas 4,8%.


Agora quando se trata do principal meio de comunicação usado para que as pessoas se mantenham informadas, a internet lidera com folga. 

No gráfico abaixo é possível ver que a internet é de longe o meio mais usado para que as pessoas busquem informações. Somados os 10,2% que citaram as redes sociais, com os 43,9%, que disseram que é na internet que procuram se informar, chegamos a 54,1% os que preferem a web. As revistas e aplicativos no celular representam menos de 1%. 

Os jornais crescem em relação ao gráfico anterior em média de 2%, ficando como fonte de informação para somente 7,6% das pessoas que moram em Belém, a capital do Estado. 


 
FICHA TÉCNICA DA PESQUISA

Nível de Confiança: O nível de confiança utilizado é de 95%. Isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% dos resultados retratarem a realidade do consumo de mídia.

Nome da pesquisa: Consumo de Mídia em Belém-Pa.

Margem de erro: 04% para mais ou para menos.

Metodologia: Quantitativa domiciliar 
Tema: Mídia/Internet/Jornal/Rádio/TV. 
Período: 16/12/2016 A 20/12/2016 
Local: Belém - PA 
Amostra: Foram entrevistadas 600 pessoas acima de 16 anos.

domingo, agosto 06, 2017

Márcio Miranda e a capa da discórdia do Diário do Pará

Manchete de capa do jornal Diário do Pará dispara contra presidente da ALEPA e respinga em servidora da ALEPA, que cobra retratação por 'inverdades'. 

Por Diógenes Brandão

Tal como sugere o título, o assunto desta postagem é a manchete de capa do jornal Diário do Pará deste domingo (06), exatamente há um ano antes do início da campanha eleitoral de 2018, quando os paraenses irão às urnas votar para presidente, governador, senadores, deputados federais e estaduais. 

Talvez por essa coincidência, o jornal da família Barbalho que tem um dos seus membros como pré-candidato ao governo do Pará, Helder Barbalho (PMDB), tenha resolvido substituir o nome do governador Simão Jatene - ou falado da derrota do Paysandu e dos números da violência - e ter carimbado o nome de um possível futuro oponente: Márcio Miranda (DEM).
 
Mesmo que esteja implícito, o objetivo de desgastar a imagem do presidente da ALEPA já está em curso há alguns meses. Iniciou com notinhas capciosas e meticulosamente pensadas com o intuito de preparar o terreno para a guerra, que pelo visto já começou e agora foi dado um disparo do principal canhão do PMDB no Pará, o jornal. Não demora muito para vermos o nome de Márcio Miranda sendo citado ao lado de notícias policialescas, nos programas 'Barra Pesada' e 'Metendo Bronca'.

As viagens do bloco da 3ª via

Os 'tiros' aumentaram por algum destes dois motivos: Ou pesquisas encomendadas pelo PMDB revelam que a candidatura de Márcio Miranda tem viabilidade para o governo e/ou senado, ou o presidente da ALEPA está em débito com a bancada do PMDB. 

No caso da primeira hipótese ser a mais plausível, Márcio Miranda, que anda pra cima e pra baixo, conversando com prefeitos, empresários, deputados, vereadores e dirigentes de diversos setores da economia paraense, talvez já apareça com uma boa ou razoável margem de aprovação nos gráficos das aferições estatísticas feitas depois da última pesquisa realizada no Pará.


Se o sintoma revelado pelo jornal for débitos de alguma espécie com os deputados do PMDB, o problema tende a ser de fácil solução para o presidente da casa, já que Mário Miranda foi eleito por 03 mandatos consecutivos, mas se for a disputa pelo governo ou uma das duas vagas ao senado, que serão disputadas no tapa em 2018, aí o negócio vai esquentar.

Os mais atentos já perceberam que a sucessão de Simão Jatene é altamente disputada não só no seu próprio partido, como em sua vacilante e cada dia mais rachada base aliada. DEM, PSB e PSC, por exemplo, já iniciaram diversas conversas para a formação de um 'bloco', que mesmo não tendo avisado ao governador, já emitem sinais de que não irão seguir outro tucano nas eleições de 2018. 


A fila anda e os deputados destes partidos tem andando o Pará freneticamente. Basta olhar as redes sociais deles e percebe-se que a pré-campanha, embora muito mal feita, está de vento em popa nas ruas e nas redes.

Jornal e jornalista são criticados por blogueira que espera retratação

A jornalista, advogada, blogueira e servidora da ALEPA, Franssinte Florenzano, assim que viu seu nome na referida matéria de capa do jornal Diário do Pará, usou seu blog para 'soltar os cachorros' em cima do jornalista Mauro Neto, que redigiu a matéria e contra o próprio jornal, dizendo que ele atacou Mário Miranda, de quem ela é assessora.

Franssinete chega a afirmar que o jornal faltou com a verdade ao dizer que ela recebe o supersalário de R$52,6 mil, tal como consta na matéria, o que segundo ela própria afirmou, "estaria acima do teto constitucional e, portanto, fora da lei". Logo em seguida ela conclui o primeiro parágrafo do post, também compartilhado em seu perfil no Facebook, dizendo: "A verdade, a justiça e o jornalismo passaram longe do texto".

Mostrando o contra-cheque com o salário de R$20.440,85 e explicando ser servidora de carreira, com o cargo de confiança como a assessora DAS.6 da Secretaria Legislativa, onde Márcio Miranda é seu chefe direito, Franssinete mostra-se indignada com o envolvimento do seu nome no imbróglio e finaliza cobrando a retratação do jornal e do jornalista que assinou o texto, dizendo: "Aguardo a devida retratação por parte do jornal Diário do Pará e de Mauro Neto, a fim de que prevaleça a verdade, a ética e o verdadeiro jornalismo, com "J" maiúsculo, como merecem os paraenses."

O blog ainda vai publicar a matéria do jornal Diário do Pará que traz como manchete: Márcio Miranda gasta 129 milhões com assessores.


domingo, fevereiro 26, 2017

Jornais paraenses encalham nas bancas



Sucessivas edições dos dois jornalões paraenses, Diário do Pará e O Liberal, encalham nas bancas de revistas e pontos de vendas espalhados por Belém. Nem o tablóide Amazônia, "filho" caçula das ORMs, que mesmo sendo vendido a preço de bombom, consegue esgotar suas vendas. Em Abril, o "Amazoninha", como é chamado pelos jornalistas que lá trabalham, completa 17 anos de existência e não terá muito a comemorar.

Mesmo reduzindo o número de impressos, os barões da mídia paraoara, assistem dia após dia, grande parte das suas edições serem devolvidas para as empresas das famílias Maiorana e Barbalho. 

Em compensação, as versões digitais ampliam seus acessos paulatinamente. 

O jornal Diário do Pará criou sua versão online, deixando todas as edições liberadas para os internautas, enquanto o concorrente ainda cobra assinatura para que os leitores tenham acesso ao seu conteúdo na web.

terça-feira, junho 07, 2016

Em entrevista, Regina Barata defende sua pré-candidatura à prefeitura de Belém

Pré-candidata do PT à prefeitura de Belém, Regina Barata, foi entrevista por Mauro Bonna, na noite desta segunda-feira. 

Por Marcelo Martins

Comentários sobre a Entrevista com Regina Barata pré-candidata à Prefeitura de Belém - 2016. (programa “Argumento” - Mauro Bona - RBA – 06/06/2016).

“Você acredita na volta militância na rua? Da volta da militância com aquele brochezinho que custa R$2,00? Sem camisas maravilhosas? Até porque não vai ter empresa para fazer doação para o PT – você sabe disso!? A campanha vai ser muito curta, o tempo de Televisão da candidata do PT vai ser pequeno, dificilmente ela vai conseguir coligar vários outros partidos, poderá ocorrer até um bullying, mas pode esse bullying político, partidário virar a favor de você” (Mauro Bonna).

Abordaremos, por hora, apenas o trecho acima destacado e proferido pelo apresentador da RBA – grupo de televisão da oligarquia Barbalho – por considerarmos bastante representativo da entrevista, ao levantar cinco (5) questões em uma só pergunta, as quais consideramos de grande relevância ao pleito 2016, ou seja: 1- O PT voltará às ruas, como antigamente? 2- Como o PT fará campanha com a proibição das “doações financeiras de empresas” (pergunta esta, frise-se, pertinente para qualquer partido e candidato, segundo legislação em vigor)? 3- Como lidará com o tempo curto de TV na campanha? 4- Qual política de alianças/coligação? 5- Qual postura adotar diante das previsíveis agressões vindas de outros candidatos e partidos?

A resposta da incógnita número um (1) revelou a clareza da compreensão partidária da petista Regina Barata, e da sua história que se confunde com a história de lutas do PT, a partir da sua militância “de rua”, no movimento social (de mulheres, direitos humanos, pessoas com deficiência, etc.), possibilitou a pré-candidata explorar sua origem política e principal atuação como ativista social. Enfim, uma candidatura que vive e se orienta às parcelas da população que “está à margem da sociedade”. 

Regina expõe ainda, que a militância se sente responsabilizada, confiante e “como o PT já definiu que precisa de uma candidatura que venha de dentro do partido, que milita, que tem uma dedicação partidária, então isso facilita” da e das esquerdas, para dar uma resposta também nas urnas e nas ruas às dificuldades de uma conjuntura pautada pelo Golpe de Estado no Brasil e pelo corrupto, golpista e desastroso governo Temer que derrete a conta-gotas, mas mantem-se graças ao apoio dos partidos golpistas como o PMDB, PSDB, DEM, PPS, PSD, PP, PR, PSB, PV, etc.

O ponto alto da segunda questão foi a “desinformação profunda” demonstrada pelo apresentador em relação a grande novidade deste pleito de 2016, aquela relacionada a decisão do STF (Superior Tribunal Federal) de proibir a “doação financeira” das empresas nas campanhas. Valendo agora a contribuição apenas de quem vota, do cidadão, do eleitor, na busca de coibir uma distorção histórica do sistema. A pergunta é apresentada, dessa maneira, para criar a ilusão de que as empresas não “doariam” apenas para o PT. O que não é verdade. Pois, a lei vale par todos os partidos, nenhum, legalmente, deverá receber recursos de empresas.

Uma outra maneira de interpretar a postura do apresentador é aquela que expressa o escárnio típico dos que consideram as leis “potoca”, daqueles que se consideram acima (e fora) da lei. Deixando a mensagem subliminar de que o PT, por conta das delações e persecução seletiva estariam, dessa maneira terminantemente prejudicado pela conjuntura, “acabado”, enquanto os partidos, por exemplo, aqueles envolvidos diretamente na conspiração golpista estariam livres e soltos para fazer “caixa 2”. 

A terceira questão é um atentado à inteligência do cidadão, do eleitor, um libelo à distorção da informação, postura marcante na mídia oligárquica, pois, na realidade o PT, caso não se coligue com outro partido, sozinho terá o 3° ou 4° maior tempo de campanha de TV e Rádio.

A quarta questão apresenta uma situação interessante, pois em Belém o PT só poderá coligar-se com partidos não partícipes do Golpe de Estado contra a democracia. Ou seja, partidos com representação no congresso nacional, tais como o PCdoB, PDT e PSOL. Entretanto, a executiva estadual do partido, dirigida por parlamentares petistas ligados à maioria petista, chamou para si a responsabilidade de analisar “caso a caso” as coligações do PT nos demais 143 municípios do Pará. 

Trocando em miúdos, essa postura da maioria petista, abre margem para coligações com partidos golpistas, o que pode ferir a busca atual do PT por coerência política com a defesa da democracia e a luta contra o Golpe. 

Por fim, a última questão, foi em parte respondida pelo próprio apresentador, demonstrando a possibilidade da candidatura da Regina virar a mesa caso as agressões (o “bullying”) ocorram e se concentrem direcionadas apenas à sua candidatura e ao seu partido, o que pode beneficiar sua candidatura, pois, poderia demonstrar preconceito a única candidatura representada por uma mulher na disputa pela Prefeita de Belém.

Desejamos a pré-candidata à Prefeitura de Belém, Regina Barata, muito sucesso na sua caminhada, que as vitórias venham para aqueles que enfrentam as lutas do seu tempo. Para mim, ela demonstrou segurança, coragem, firmeza e conhecimento sobre a gestão e sobre a cidade. Sua estrela brilhou na entrevista, seu desempenho acendeu a esperança em transformar Belém em uma cidade mais justa, fraterna, igualitária e sustentável.

Assista a entrevista completa e tire suas conclusões. 



sexta-feira, dezembro 18, 2015

Como os jornais retrataram as manifestações contra e a favor do Impeachment



Por Diógenes Brandão

Depois de uma manhã inteira com o WhatsApp fora do ar, assim que o aplicativo voltou à sua normalidade, vários grupos de debates políticos no Estado do Pará, avaliaram o ato realizado em Belém, na noite desta quarta-feira (16), onde cerca de 3000 manifestantes da capital e do interior, se concentraram na praça da República, no centro, de onde saíram às ruas da cidade contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff, atendendo a convocação da Frente Brasil Popular.

Segundo comentários colhidos na mídia social, além de não ter uma única chamada na capa da edição desta quinta-feira (17), a matéria "Marcha defende o mandato de Dilma", assinada pela jornalista Leidemar Oliveira, foi publicada em uma página localizada numa área tida como escondida, sem muita visibilidade no jornal Diário do Pará. Além disso, há um grave erro na matéria, que diz que a CUT foi a manifestação foi organizada pela CUT.

Na verdade, a manifestação fez parte de uma programação nacional planejada, organizada e coordenada pela Frente Brasil Popular, da qual fazem parte diversos movimentos sociais e partidos da esquerda brasileira, em uma relação horizontal e participativa.

Dirigentes de sindicatos, lideranças de partidos e de movimentos sociais que estiveram nas ruas, mesmo sob a chuva que caiu na cidade, na hora e durante o ato, concordaram com o fato do jornal Diário do Pará ter dado pouca visibilidade à manifestação realizada.

Para José Oeiras, coordenador do Comitê da Ação Cidadania Contra Fome no Estado, o comportamento do jornal deixa evidente que a linha editorial resolveu não dar muito destaque para a manifestação, diferente do que aconteceu ao noticiar as manifestações favoráveis ao impeachment. "A diferença é gritante", concluiu.

A analise do ativista social encontra a concordância de muitos internautas, que lembraram que além de uma capa e uma longa e destacada matéria publicada no jornal da família Barbalho, chama a atenção de quem sabe que o jornal Diário do Pará, que faz parte do complexo comunicacional da família do senador Jader Barbalho.

Jader foi o principal patrono da candidatura de seu filho, o ex-ministro da pesca e atual Ministro-chefe da Secretaria Nacional dos Portos, Helder Barbalho, que concorreu as eleições de 2014 com apoio de 11 partidos, entre eles, o PT e PCdoB e que por sua vez possuem militantes nos movimentos sociais que marcharam em defesa do mandato da presidente Dilma, a chefa de Helder.

Para a professora Socorro Coelho, presidente do SINDPROIFES - Sindicato dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior do Pará, a matéria "Em Belém, manifestantes enfrentam chuva" publicada pelo Jornal OLiberal, foi bem mais esclarecedora e positiva em relação aos manifestação, do que a matéria do jornal concorrente, o Diário do Pará.

Para a sindicalista foi justamente isso que causou tanta estranheza, pois segundo ela, "10 entre 10 paraenses sabem que a família proprietária do jornal OLiberal é adversária de Dilma, do partido da presidente e caminha sempre alinhada com a maioria dos grandes veículos de imprensa no Brasil, que também o são. Sem falar que os movimentos sociais são criminalizados pela grande mídia, o que precisa ser repensado com a regulação da imprensa, tal como fizeram muitos países ao redor do mundo, como a Inglaterra e o Canadá", concluiu.



Na publicação "Bonecos de Eduardo Cunha e Eder Mauro são alvo de críticas em Belém", o blog traz em destaque uma das fotos que faz parte da matéria publicada no jornal OLiberal. 

O fotografo Elcimar Neves, do Diário do Pará foi visto registrando os mesmos bonecos, mas pelo que se pode concluir, a direção do jornal preferiu vetar a imagem que criticou o presidente da câmara dos deputados e do delegado que tornou-se deputado.

Veja as imagens abaixo e tire suas próprias conclusões:

Capa do jornal Diário do Pará desta quinta-feira, um dia após as manifestações de rua em todo o Brasil, que levaram milhares de pessoas para enfrentar a chuva e o cansaço de um dia de trabalho para a maioria e de viagem para outros que vieram de várias cidade do interior, lutar contra o Impeachment da presidente Dilma.
Manifestantes, lideranças de partidos e movimentos sociais estranharam o tamanho, a localização e o pouco destaque à matéria sobre a manifestação contra o Impeachment, publicada pelo jornal Diário do Pará, nesta quinta-feira (17).

Manifestação contra Dilma, foi publicada com destaque na capa do jornal Diário do Pará, na edição do dia posterior da última grande manifestação, que pediu o impeachment da presidente.
Assim como na capa, a matéria da edição do dia posterior da última grande manifestação, que pediu o impeachment da presidente Dilma, ganhou destaque e volume superior ao que foi publicado ontem, após a manifestação contra a saída premeditada do governante do Brasil.

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...