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quarta-feira, setembro 18, 2019

COSANPA contrata empresa por R$ 19 milhões sem licitação





Por Diógenes Brandão

Constantes interrupções no fornecimento de água e a péssima qualidade do líquido em Belém e outras cidades atendidas pela Cosanpa, podem ser a desculpa para a empresa governamental paraense fazer algo que vai secar os cofres públicos: a contratação milionária, de uma empresa desconhecida, com uma estranha dispensa de licitação.

A empresa é a EXCEL SOLUÇÕES AMBIENTAIS LTDA, do Rio de Janeiro, desconhecida e que nunca atuou no Pará. Seu capital social é de apenas R$ 350 mil e ela está enquadrada no SIMPLES, ou seja, não é nenhuma grande empreiteira ou fornecedora. O valor do contrato é o que mais espanta: R$ 19 milhões!


Os contribuintes paraenses devem estar se perguntando: o que é que estão querendo fazer com o dinheiro público?

Tá na hora do Ministério Publico investigar isso e esclarecer as coisas.

O Blog As Falas da Pólis também quer saber para melhor informar à opinião pública.

Pedimos que o processo seja esclarecido, para que entendamos a legalidade, a impessoalidade e a transparência da contratação.

Ficam aqui nossas perguntas  ao presidente da Cosanpa, que pelo que soubemos :

Porque essa empresa? Quem são os donos dela? Qual o portfólio da empresa e o que exatamente ela vai fazer no Pará?

domingo, setembro 08, 2019

As 13 perguntas que não querem calar e que todo paraense gostaria de ter as respostas

Quem matou o "Gordo do Aurá" e quando o BRT será entregue, estão entre as perguntas feitas pelos paraenses.

Por Diógenes Brandão


O Pará virou um estado de perguntas sem respostas. 

Perguntas feitas por cidadãos e jornalistas que não se conformam com o silêncio e muito menos com a omissão daqueles que tem como dever e obrigação, prestar contas à sociedade sobre o que acontece em nosso estado, sobretudo daquilo que foram responsabilizados e não o fazem, precisam ser respondidas, sob pena de continuarmos perguntando, afinal pagamos impostos e cumprimos as leis vigentes e por elas devemos cobrar os demais de fazer o mesmo.


Para não irmos muito longe e nem prolongar a leitura, destacamos perguntas feitas por este blog e outros sites de notícias, como o AmazonLive, durante as últimas semanas dos meses de Agosto e Setembro e outras que perduram por meses (Gordo do Aurá) e anos (Dia da Adesão do Pará).

1) Quem matou o gordo do Aurá? Por que depois de 6 meses e meio, a Polícia Civil ainda não informou nada sobre as investigações que começaram em Fevereiro, sendo que o crime é de interesse público, pois o ex-vereador de Ananindeua foi peça chave e utilizado com insistência na campanha eleitoral de 2018? Leia +

2) Quando a prefeitura de Belém concluirá as obras do BRT, já que atravessam as gestões de Duciomar Costa e Zenaldo Coutinho e não chegaram ao fim? Leia +

3) Por que prenderam dois agentes prisionais do Centro de Recuperação de Altamira, suspeitos de facilitarem a rebelião, que resultou em um massacre de 58 presos e a diretora da unidade, que foi notificada um dia antes do ocorrido e nada fez, continua no cargo? Leia +

3) Por que Ronaldo Maiorana ainda não foi preso, mesmo acusado com provas de que espancou a irmã, Rosana Maiorana, há duas semanas atrás, sendo o crime enquadrado na Lei Maria da Penha? Leia +

4) Por que o SINTEPP aceita que o governador deixe de pagar o Piso Nacional da Educação, se ele assinou documento e prometeu fazer isso logo que assumisse o cargo? Leia +

5) Por que o governo não convoca todos os concursados da SEDUC para ocupar seus cargos e ainda mantém professores temporários? Leia +

6) Quem era o responsável pela carreta que derrubou a passarela da Almirante Barroso e quem vai pagar a conta, o dono dele ou o contribuinte que paga impostos para a prefeitura de Belém? Leia +

7) Qual o nome do PM que atirou com uma arma de choque e levou a jovem Grazielle Martinelli, correr e pular do terraço do edifício Orlando Corrêa, no bairro de Nazaré, em Belém, na manhã desta segunda-feira, 2? Ele continua exercendo suas atividades no Comando de Operação Especiais? Leia +

8) Por que o governador chamou de Fake News a informação que revelou o interesse da COSANPA em reajustar a conta de água e esgoto do consumidor em até 96%, o que comprovou documentos assinados pelo presidente do órgão, que o próprio Helder Barbalho nomeou? Leia +

9) Por que o Portal da Transparência do governo estadual não divulga a planilha de quanto é repassado para cada veículo de comunicação, individualmente, com seus respectivos valores nominais e percentuais? Leia +

10) Afinal de contas, quanto o governo do estado paga mensalmente ao jornal Diário do Pará, a TV RBA e demais veículos de comunicação, onde o governador Helder Barbalho é sócio com seus pais e irmãos? Leia +

11) Quanto a Secretaria de Cultura do Estado gastou com a última Feira do Livro e Multivozes, quais os critério de seleção dos artistas, a maioria desconhecidos do grande público e qual o valor do cachê de cada um? Leia +

12) Por que ainda comemora-se o Dia da Adesão do Pará no dia 15 de Agosto, sendo que há farto material acadêmico e histórico comprovando que a Adesão ocorreu no dia 28 de Maio de 1823, quando os verdadeiros nacionalistas que se rebelavam foram duramente reprimidos em Muaná, no arquipélago do Marajó. Leia +

13) Por que mesmo sabendo antecipadamente do "Dia do Fogo", o governo do Estado nada fez para evitar o crime que chocou e mobilizou o mundo, trazendo enormes prejuízos ao Pará, com a perda de bilhões de reais, oriundos de outros países para programas de fiscalização e proteção das nossas florestas? Leia +

Envie sua pergunta que não quer calar para o Whatsapp (91) 98174-5995

terça-feira, agosto 27, 2019

COSANPA deixará 22 bairros sem fornecimento de água


Por Diógenes Brandão

A COSANPA anunciou que precisará interromper o abastecimento de água para 22 bairros da região metropolitana, sendo que três deles são de Ananindeua e os outros 19 em Belém.

A interrupção do fornecimento d'água é para o concerto de um vazamento em uma das adutoras do Complexo Bolonha. A COSANPA informou que "para a realização do reparo e a retirada total do vazamento que está provocando a perda de água será necessário que toda a adutora esteja seca para que a solda seja feita na tubulação de aço".  Por isso, "o serviço será feito a partir das 22h da quarta-feira, 28 até às 03h da quinta-feira, 29. 

Os bairros afetados serão: Guamá, Cremação, Condor,  São Brás, Fátima, Canudos, Pedreira, Marco, Terra Firme, Cremação, Telégrafo, Sacramenta, Barreiro, Marambaia, Nova Marambaia, Val de Cans e partes do Marco, Jurunas, Batista Campos, Atalaia, Coqueiro e Guanabara

Ainda segundo a COSANPA, o horário do serviço foi escolhido por ser o de menor consumo, minimizando os transtornos à população.

domingo, maio 12, 2019

HELDER BARBALHO E SEU GOVERNO EM CRISE FAMILIAR



Por Diógenes Brandão

A queda de dois membros do alto escalão do governo Helder Barbalho, quase passa despercebida pela imprensa paraense, que desde Janeiro recebe a narrativa criada na torre da RBA e a transmite para todas as redações de jornais e emissoras de rádio e TVs, sem falar dos blogs alinhados ao governo.

Ainda no fim do mês de Abril, o presidente da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará foi exonerado do cargo, após ser nomeado pelo governador. Há quem diga que ele era médico de um dos filhos de Helder Barbalho, mas mesmo assim foi demitido por bater de frente com a mãe do governador, a deputada federal Elcione Barbalho, que queria indicar um aliado político para uma diretoria, mas o presidente da Santa Casa não aceitou a indicação e sua atitude custou-lhe o cargo. 

Já na COSANPA, a queda do presidente do órgão foi ao mesmo tempo uma tentativa do governador mostrar serviço e aliviar as críticas que recebe, sobretudo nas redes sociais, onde a população reclama diariamente pela falta d'água em suas residências, transtorno que vem se repetindo constantemente, desde o início do ano.

Entre notas de esclarecimentos e apelos indignados de moradores de todo o Estado, vivenciamos uma série de interrupções no fornecimento de água, tanto na região metropolitana, quanto nos demais municípios paraenses.

Em Marabá, por exemplo, o Portal Debate Carajás denuncia: "há mais de 10 dias os moradores não recebem água, regularmente, da Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa)".

Em Santarém, na região do Carajás, a situação é dramática e faz com que populares apelem para o governador, marcando o mesmo suas redes sociais.



Ao noticiar a exoneração do presidente da COSANPA, o jornal Diário do Pará, do qual o governador Helder Barbalho é sócio, cometeu um ato falho que não poderia ter passado desapercebido por este blog. 

É que a matéria do jornal citou um trecho da nota da COSANPA, sobre a mudança na presidência da companhia e aproveitou para alfinetar os governos anteriores dizendo: “Nos manteremos firmes no trabalho de recuperação da Companhia, que foi sucateada pelos últimas gestões, até que os serviços estejam adequados às necessidades do povo do Pará”. 

Logo em seguida, a mesma matéria apresenta o substituto, dizendo: “Eduardo Ribeiro é engenheiro civil há 34 anos, 33 deles dedicados à Cosanpa. Como servidor de carreira, Eduardo foi diretor do órgão de 1991 a 1997, vice-presidente em 2004 e assumiu a presidência de 2007 a 2010. Ribeiro também foi secretário de Saneamento do município de Ananindeua nos anos de 2005 e 2006”.

Ora, se o jornal do governador e o seu governo consideram que os ex-gestores foram responsáveis pelo sucateamento da COSANPA, como é que Helder Barbalho agora nomeia quem esteve como diretor e presidente da companhia nos governos de Jader Barbalho, Almir Gabriel, Simão Jatene e Ana Júlia?



Quem não deve estar nada satisfeito com a exoneração do ex-presidente da COSANPA é o deputado federal José Priante (MDB), primo do governador e quem havia indicado Márcio Leão, exonerado sem explicações. 

Há quem diga que o irmão do governador, Jader Filho, tenha sido o articulador da mudança.


terça-feira, janeiro 02, 2018

Ananindeua completa 74 anos com a pior qualidade de vida do Brasil

Há 21 anos nas mãos do PSDB e do PMDB, Ananindeua coleciona índices vergonhosos em diversas áreas sociais. 

Por Diógenes Brandão

Com mais de meio milhão de habitantes, o município de Ananindeua completa nesta quarta-feira (03), 73 anos de fundação. 

Sem ter um terminal rodoviário ou um Pronto Socorro Municipal para chamar de seu, a iniciativa privada é a única que lucra a cada ano, com sucessivos prefeitos que se revezam no poder, cada vez mais ricos e influentes. 

São clínicas, escolas, faculdades, cursos de línguas, redes de supermercados, de farmácias, academias, petshops e até um shopping center, recentemente inaugurado em 2017, ano em que o governo federal viabilizou 4 milhões e meio para o prefeito terminar o estádio municipal de Ananindeua, que tem suas obras paradas desde 2011, sabe-se lá o motivo! O atual prefeito de Ananindeua, Manoel Pioneiro, diz que a obra é uma herança maldita. Veja aqui.

Quando saiu da Prefeitura de Ananindeua, em 2012, Helder Barbalho deixou quase R$ 6 milhões nos cofres municipais, para a conclusão do estádio, informou o jornal Diário Online.
Os presentes para os moradores do 2º maior município do Pará não poderiam ser piores. Ananindeua é recordista em desgraças, em várias áreas. A cidade cresceu, mas por falta de bons gestores, os problemas cresceram muito mais. 

Exemplo disso foi relatado pela imprensa que noticiou que os moradores do conjunto Guarajá 1, em Ananindeua, ficaram sem água no conjunto, o que gerou muitos transtornos no almoço de Natal. O caso revela o que o estudo do Instituto Trata Brasil informou em 2017: Ananindeua é o município com o pior saneamento do brasil. 

A Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa) informou que um funcionário do setor que abastece o bairro faltou plantão e o reservatório ficou desabastecido, criando revolta popular no dia em que se festeja o nascimento de Jesus Cristo. 

No fim de Novembro, moradores da rua do Providência em Ananindeua realizaram protesto por não conseguirem deixar seus veículos estacionados em frente das suas casas, pois estão sujeitos a guinchos. Estes moradores residem ao lado do novo shopping, recentemente inaugurado.

Alguns dias depois, abaixo notícia deixou claro como andam as coisas em relação ao recolhimento de lixo na cidade: 

"Os sacos de lixo estão pendurados nos postes de energia e nas casas. O comerciante Antônio Cardoso quer se livrar da sujeira e já não sabe o que fazer. “Eu fico até com vergonha dos clientes, pois eu vendo churrasco à noite e fica fedendo aqui”, diz. A reclamação é que há duas semanas o caminhão de coleta não passa no bairro do Curuçambá, em Ananindeua. “Dá bastante rato e mal cheiro”, diz uma das moradoras". Leia aqui.

Dividido ao meio pela maior rodovia federal no Pará e a principal via de acesso e saída de Belém, Ananindeua agoniza sem um Terminal Rodoviário. Cidades menores, como menos de 5% de sua população, possuem terminais, Ananindeua não.

Notícia divulgada no portal G1, mostra como os passageiros enfrentam a falta de dignidade em seu embarque nos ônibus que param em Ananindeua: 

"O embarque é feito no meio da rua, na BR-316. O início das obras do tão esperado terminal rodoviário foi adiado mais uma vez. Enquanto isso, o que se vê é a dificuldade enfrentada pelos passageiros e a situação se agrava ainda mais no período de chuvas.  Um vídeo mostra a dificuldade enfrentada por pessoas que tentavam ajudar um cadeirante a embarcar em um ônibus debaixo de chuva. O ônibus parou quase no meio da rua para pegar o passageiro". Veja o vídeo aqui

Se quem via viajar não pode contar com segurança, imagina quem precisa atravessar a BR 316! A passarela localizada em frente à UNAMA é um exemplo de abandono e descaso por parte do poder público. Em Novembro do ano que acabou de terminar, um pedaço da estrutura metálica da passarela caiu, colocam em risco motoristas, passageiros e transuentes que por um golpe de sorte não foram atingidos pelos restos da obra que custou dinheiro público e cai aos pedaços sem nenhum órgão público dê mínima atenção. Leia aqui.

Em Junho a revista Exame, da editora Abril, publicou matéria com informações de estudos divulgados pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública com dados de 2015, que revelaram a posição de Ananindeua em 25º lugar no ranking das cidades mais violentas do Brasil. Leia aqui.

Como se não fosse pouco, Ananindeua lidera os casos de feminicídio no país, aponta estudo feito pelo Ministério da Saúde, que mapeou as cidades onde foram registrados alto índice de assassinatos de mulheres no Brasil, de 2005 a 2015.

Em 2015, estudo realizado pelo Observatório de Homicídios, revelou que das 50 cidades com as maiores taxas de homicídio do mundo, 22 são brasileiras e Ananindeua foi indicada como a cidade onde mais se mata no Brasil e a sexta no mundo, com 125 mortes a cada cem mil habitantes.

Para finalizar, a cidade de Ananindeua tem os piores índices de saneamento básico entre as 100 maiores cidades do Brasil. Os dados estão no ranking, divulgado pelo Instituto Trata Brasil e publicado pela Empresa Brasileira de Comunicação - EBC.

Leia trechos da matéria:

A classificação – com dados de 2015 – usa referências do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, do Ministério das Cidades.

"A cidade paraense apresenta dados preocupantes. No item que trata sobre o abastecimento de água, o município recebeu nota zero em relação às novas ligações de água necessárias para se atingir a universalização do serviço. Foram realizadas apenas 913 quando a demanda era de 99 mil. 

Nota próxima a zero também sobre as novas ligações de esgoto. Das quase 118 mil necessárias, foram feitas apenas 2.500. 

No ranking das 10 cidades com os piores índices aparecem outras cinco da Amazônia, sendo três capitais: Manaus, Macapá e Porto Velho; além de Santarém, no Pará; e Várzea Grande, no Mato Grosso."

Talvez quando alguém da alta sociedade paraense for prejudicado por esse "estado de coisas", algo seja feito e os moradores de Ananindeua tenham algo a comemorar. Por hoje, não há motivo algum para alegria, a não ser quem ganha dinheiro com a desgraça alheia.

sábado, abril 15, 2017

Delator explica como Odebrecht operou caixa 2 para Helder Barbalho e Paulo Rocha



No vídeo, o depoimento do ex-diretor da Odebrecht Ambiental, Fernando Reis, que delatou o esquema de repasse de caixa 2 de R$ 1,5 milhões de reais, que segundo o ex-executivo da empreiteira, teriam sido repassados em 03 (três) parcelas e irrigaram a campanha de Helder Barbalho (PMDB) a governador e Paulo Rocha (PT) senador.

Conforme a delação, a doação não contabilizada teria sido solicitada por Helder Barbalho e também pelo senador Paulo Rocha, bem como pelo prefeito de Marabá, João Salame. A doação de R$ 1,5 milhão via caixa dois teria sido feita em três parcelas. Na lista da Odebrecht, o beneficiário dessa doação tem o apelido de “Cavanhaque”. A contrapartida seria através de contratos de prestações de serviços, hoje executados pela COSANPA.

Segundo a delação, o encontro com Helder Barbalho, Paulo Rocha e João Salame teria acontecido em São Paulo. "Ao final dessa conversa, eles explicitaram as dificuldades econômicas da campanha e fizeram um pedido de R$ 30 milhões. E falei: 'Vou levar isso até a nossa presidência lá por dever de ofício, mas acho que é uma coisa totalmente fora de cogitação'", relatou Mário Amaro.

Helder Barbalho usou sua fanpage para novamente negar todas as acusações. 




Odebrecht pagou pela privatização da COSANPA e contou com apoio de petistas



Por Diógenes Brandão

Há pouco menos de 02 anos atrás, em reunião realizada no hotel Goldmar, em Belém, o diretório do PT-PA aprovou uma moção onde repudiava a intenção de privatização dos serviços de tratamento de água e esgoto em Marabá, na região sudoeste do estado, na época sob a gestão do prefeito João Salame e que tinha como vice-prefeito, o petista Luiz Carlos Pies (marido da ex-deputada estadual Bernadete Ten Caten e pai do atual deputado estadual Dirceu Ten Caten).

Naquele momento, o diretor de comunicação do Sindicato dos Urbanitários, Otávio Pinheiro, que também já foi vereador do PT em Belém, apresentou os motivos para que o partido se mantivesse coerente com sua história de lutas contra a privatização da COSANPA. O pedido foi acatado e o Partido dos Trabalhadores se posicionou como esperava o sindicalista.

No entanto, o blog do jornalista marabaense Hiroshi Bogéa (imagem acima), revelou à época de que o prefeito João Salame, com apoio dos petistas em seu governo, estava realmente inclinado a operar aquilo que agora ficamos sabendo, como sendo o interesse da Odebrecht em abocanhar os serviços realizados pela COSANPA, ou seja: Privatizando, como revelou recentemente a delação de dois ex-executivos da empreiteira à Lava Jato.

Enquanto o PT, reunido com seus membros do diretório estadual condenava a privatização da COSANPA, Paulo Rocha (PT), Helder Barbalho (PMDB) e João Salame (ex-PPS) já haviam negociado com a empresa que seria a beneficiada pelo esquema de terceirização do serviço público, pelo valor de R$ 1 milhão e meio de reais, que teriam sido usados em suas campanhas eleitorais em 2014, segundo a denúncia apresentada nos autos dos inquéritos abertos por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin.


Na última quinta-feira (13), após a repercussão da lista de Fachin, o blog de Hiroshi Bogéa voltou a tocar no assunto, agora dizendo que a defesa de João Salame o informou que: “O ex-prefeito de Marabá não intermediou, não recebeu e nem repassou recursos financeiros para ser aplicado em caixa 2. Basta assistir o que disse o colaborador em suas declarações aos investigadores. A participação do João Salame no evento se limitou a agendar a reunião com o então candidato do governo do Pará, Helder Barbalho”.

segunda-feira, janeiro 23, 2017

COSANPA retoma abastecimento d'água em Belém, mas continua sucateada e ameaçada de privatização

Adutora do Utinga já foi recuperada, mas o sucateamento da COSANPA se mantém afim de privatiza-la, denuncia o STIUPA. Foto de Rodolfo Olivera/Agência Pará.

Por Diógenes Brandão

A interrupção do fornecimento d'água para uma obra de recuperação de uma parte da principal adutora da COSANPA, a qual é responsável pelo abastecimento de Belém e de parte de Ananindeua, durou menos do que estava previsto e agora está normal.

Voltar ao normal, em muitos bairros, significa ficar sem água em determinados horários durante o dia, todo santo dia. Mesmo assim, a notícia trouxe finalmente o alívio para cerca de um milhão de cidadãos que ficaram sem o recurso natural, que aqui na Amazônia, o maior aquífero de água doce do mundo, é onde jamais deveria faltar para a população.

QUEM MENTIU SOBRE OS MOTIVOS DO VAZAMENTO?

Segundo informação publicada na "Agência Pará", o portal de notícias do governo do Estado, "o vazamento na adutora surgiu após a peça sofrer um dano devido o fenômeno de acomodação das terras alagadas sobre as quais está assentada, no Parque do Utinga".

A informação repassada pelo governo, diverge daquilo que foi divulgado pelo blog Ver-o-Fato: "O problema ocorreu ainda na semana anterior ao Natal, quando operários faziam a terraplanagem de uma área próxima ao manancial e a retroescavadeira cravou a pá em uma adutora de água de 1.500 mm. Tudo seria rapidamente resolvido se a empresa responsável pela obra e pelo dano tivesse imediatamente relatado o fato aos engenheiros da Cosanpa. Mas não fizeram. Os dirigentes da Secult sabiam e ficaram quietos. 

O abacaxi só foi descoberto quando funcionários do Setor de Operação da Cosanpa notaram a redução na pressão da água e foram até o local verificar. Um enorme chafariz desperdiçava água no local. Indiferente aos infortúnios que causariam à população, somente agora, quase um mês depois, o governo autorizou o reparo na adutora". 

Também circularam pelas redes sociais algumas das denúncias de sucateamento proposital para fins privatistas da companhia. 

Sindicato dos Urbanitários, em seu boletim informativo, afirma que a principal motivação para o descaso com a manutenção dos equipamentos da COSANPA é a irresponsabilidade do governo de Simão Jatene para com a empresa, afim de privatiza-la, tal como já fez com a CELPA, quando foi o principal secretário do governo, do também tucano, Almir Gabriel.


terça-feira, janeiro 17, 2017

COSANPA vai deixar 21 bairros sem água por 2 dias. Sindicato diz que colapso é iminente


Por Diógenes Brandão

A informação repassada pela COSANPA - Companhia de Saneamento do Pará - de que a adutora que bombeia água da principal fonte de fornecimento do recurso natural para a capital paraense será desligada para substituição de uma peça, pegou muita gente de supresa e causa reboliço nas redes sociais. O motivo não poderia ser mais revoltante: 21 bairros de Belém ficarão dois dias sem água.

Essa não é a primeiro e nem deverá ser o último transtorno que a população de Belém sofrerá por conta do sucateamento da COSANPA, assolapada por sucessivas gestões desastrosas, em uma região metropolitana que lidera como a mais desprovida de qualidade e saneamento de todo o país.

Em meados de 2015, este blog noticiou um incêndio na COSANPA que provocou a interrupção no fornecimento d'água em 28 bairros, prejudicando por três dias, mais de um milhão de pessoas. O fato mobilizou manifestantes que protestaram por dois dias consecutivos, em frente à COSANPA, no bairro de São Brás. A manifestação apelidada de "Baldaço", foi mobilizada por um grupo de ativistas digitais no WhatsApp e contagiou as demais mídias sociais, como uma forte reação à falta de zelo do governo estadual e a prefeitura de Belém, com o patrimônio público e com a qualidade de vida da população da capital paraense.

Bairros que ficarão sem água da noite de sexta até a noite de domingo, segundo o governo do Estado: Guamá, Condor, Cremação, São Brás, Canudos, Fátima, parte do Marco, Terra Firme, Jurunas, parte de Batista Campos, Pedreira, Telégrafo, Barreiro, Sacramenta, Marambaia, Castanheira, parte de Jaderlândia, Atalaia, Guanabara, parte do Coqueiro e parte da Cidade Nova.

Os alertas emitidos por entidades da sociedade civil não foram ouvidos e novamente nos deparamos com um problema que poderia ser evitado, mas vai ser remediado de forma amarga, deixando centenas de milhares de pessoas sem água. Um escárnio!

Quase dois anos depois, vimos uma nota publicada no jornal do STIUPA, onde mais uma denúncia foi relevada, mas a imprensa paraense não divulgou: 

"Na semana passada, o Sindicato dos Urbanitários do Pará recebeu denúncias e foi in loco averiguar o péssimo estado em que se encontra o sistema de captação de água em Belém. É alarmante que toda a estrutura que retira água dos lagos Água Preta e Bolonha, que abastecem a Grande Belém, estejam abandonados.  

Os prédios estão imundos, há sujeira por toda parte e sinais evidentes de abandono, como quadros de comandos abertos, portas sem fechaduras, tornando-se alvo fácil para quem quiser roubar os equipamentos, além fezes de morcego em grande quantidade. 

Nem precisa dizer que as pessoas que precisam trabalhar no local estão expostas a doenças.

Duas bombas estão desmontadas há muito tempo. Um fato curioso chamou a atenção dos sindicalistas. Existe um eixo novo ainda na embalagem, enquanto permanece em funcionamento uma peça enorme, apoiada em pedaços de madeira apodrecidas, a ponto de tombar e cair em cima de outra peça. O mais preocupante é que tudo pode desabar em cima de um conjunto de bombas, provocando um efeito dominó muito perigoso e que pode provocar muita falta de água na cidade.

A direção e os gerentes da empresa parecem não estar nem aí para os riscos. Se o previsível acidente acontecer, vão dizer que ninguém sabia do problema. 

Veja os principais problemas encontrados nos dois lagos que abastecem a cidade:

Lago Bolonha - Na entrada do canal do Lago Bolonha apenas uma vara de bambu, já apodrecida, tenta segurar as macrófitas (plantas aquáticas) que estão passando por cima da cerca de proteção. Em caso de vento forte, as plantas irão invadir o canal e podem provocar a queima de bombas, deixando a cidade sem água, para variar.

Todos sabem que a Cosanpa gastou uma “boa grana” contratando empresas que nada fizeram. O problema só se agrava, sem que essa INCOMPETENTE DIRETORIA SAIA DA INÉRCIA e apresente soluções concretas.

terça-feira, novembro 08, 2016

Belém alagada: Uma nociva parceria entre o silêncio e a impunidade


Por Alexandre Costa*

Em relação a problemática dos injustificáveis alagamentos e inundações vivenciados há muito tempo por significativa parcela da população, habitante nos 20 bairros integrantes da Bacia do Una.

Área geográfica que correspondente à 60% do sítio urbano da cidade de Belém capital do Estado do Pará, que no período de 1980 a 2005 sofreu a intervenção do Projeto de Macrodrenagem da Bacia do Una.

Um ambicioso projeto urbanístico, considerando pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID, como sendo a maior reforma urbana da América Latina, custando ao erário público a quantia de 312.436.727 milhões de dólares. 

Não bastassem ao longo de mais de uma década e meia de tanto sofrimento, prejuízos materiais e danos de ordem moral, em decorrência das continuas inundações e alagamentos, resultantes da má gestão pública na conservação e manutenção do conjunto de obras do referido Projeto de Macrodrenagem.

Outros fatores causadores de indignação, são o absurdo silêncio e a falta de posicionamento por parte do Ministério Público do Estado do Pará - MPE, que através da Promotoria de Justiça de Direitos Constitucionais, Fundamentais, Defesa do Patrimônio Público e Moralidade Administrativa, desde o ano de 2007 vem recebendo inúmeras denúncias que apontam indícios de improbidade administrativa por parte da Prefeitura Municipal de Belém, durante a gestão do ex-Prefeito Duciomar Gomes da Costa, acerca dos equipamentos, maquinários e veículos avaliados em R$ 21.977.619,75 que foram adquiridos pelo Estado do Pará com os recursos do financiamento firmado com o Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID (capital estrangeiro).

Tais equipamentos, maquinários e veículos, foram repassados para a Prefeitura Municipal de Belém no dia 02 de janeiro de 2005. Com a finalidade de única e tão-somente manutenção e conservação técnica do conjunto de obras do Projeto de Macrodrenagem da Bacia do Una, que é agrupado em três grandes sistemas: saneamento, viário e macrodrenagem (17 canais, 6 galerias e 2 comportas).

Até o presente momento, tal Promotoria não tomou ações efetivas permitindo que a situação se arraste como sendo de menor importância.

Valendo ressaltar que o uso inadequado, o desvio e o paradeiro dado aos referidos equipamentos, maquinários e veículos, na gestão do ex-Prefeito Duciomar Gomes da Costa, resultaram no ano de 2013, em objeto de investigação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito - CPI, instalada na Câmara Municipal de Belém - CMB.

Que a exemplo da Ação Civil Pública Ambiental ajuizada pelo Ministério Público do Estado do Pará - MPE, através da terceira Promotoria de Justiça do Meio Ambiente, Património Cultural, Habitação e Urbanismo de Belém, tramitando na segunda Vara de Fazenda Pública da Comarca da Capital, na qual a Prefeitura Municipal de Belém, a Companhia de Saneamento do Pará - COSANPA e o próprio Estado do Pará, respondem pela "Obrigação de Fazer" a conservação e a manutenção técnica do conjunto de obras do Projeto de Macrodrenagem da Bacia do Una bem como, a execução das inúmeras obras de microdrenagem que ficaram pendentes espalhadas nas 7 Sub-bacias.

Tal Comissão Parlamentar de Inquérito - CPI da Câmara Municipal de Belém -CMB , também seguiu sem nenhuma perspectiva de resultado em benefício de significativa parcela da população de Belém.

*Alexandre Costa é membro da Frente dos Moradores Prejudicados da Bacia do Una - FMPBU.

quarta-feira, julho 08, 2015

Fórum Belém 400 Danos: O início de uma reação.



Dia 25 de Junho um incêndio no Pronto Socorro Municipal da 14 de Março e matou duas pessoas e intoxicou centenas de pacientes e funcionários.

A população de Belém assistiu assustada pela segunda vez, acontecer o que o sindicato dos médicos e o dos funcionários, os bombeiros, o Ministério Público e a Justiça previam: Uma nova tragédia anunciada.

Cinco dias após o ocorrido e com a cidade em situação de calamidade pública, com hospitais lotados, um incêndio destrói 8 boxes na feira da Pedreira. Não houveram vítimas, só danos materiais que custarão muitos meses de tralhado duro para os feirantes.

Dez dias depois, um novo incêndio na COSANPA provocou a interrupção de água em 28 bairros, prejudicando por três dias, mais de um milhão de pessoas. Um dia depois, outro incêndio atingiu uma barraca do ver-o-peso, assustando os feirantes e consumidores do local, que desde a última reforma, em 1998, não recebe manutenção ou qualquer tipo de melhoria em sua estrutura.

Diante deste quadro perverso, entidades da sociedade civil de Belém, em protesto nesta última quarta-feira, em frente à COSANPA, resolveram organizar um Fórum de debates para construir uma agenda de mobilização em torno dos assuntos e temas pertinentes ao descaso com que a cidade vivencia.

O evento será realizado nesta quinta-feira, no Sindicato dos Urbanitários, onde sindicatos, ONG's, Movimentos Sociais e a população em geral, debaterão os rumos da cidade que está prestes a completar 400 anos e agoniza em um caos generalizado.

Participe, mobilize, compartilhe!

Maiores informações na página do Fórum.

"Baldaço" é utilizado como protesto pela falta d'água em Belém

Repórter da TV Record coloca um balde na cabeça para a reportagem ao vivo sobre o "Baldaço".

Os três dias em que Belém conviveu sem abastecimento d'água, não passou em branco, pelo menos para os manifestantes que protestaram por dois dias consecutivos, em frente à COSANPA, no bairro de São Brás. A manifestação apelidada de "Baldaço", foi mobilizada por um grupo de ativistas digitais no WhatsApp e contagiou as demais mídias sociais, como uma forte reação à falta de zelo do governo estadual e a prefeitura de Belém, com o patrimônio público e com a qualidade de vida da população da capital paraense.

O primeiro dia de protestos foi registrado pela equipe de reportagem do jornal Diário do Pará, um dos poucos jornais existentes no Estado e talvez o único que tenha noticiado a manifestação.


No segundo dia de protesto do "baldaço" pela falta d'água em Belém, a TV Record também esteve presente e com uma lata d'água na cabeça, a repórter Priscilla Amaral fez uma matéria ao vivo, com os manifestantes cantando palavras de ordem, como "A nossa luta é todo dia, a nossa água não é mercadoria!" e "O povo tá na rua, Jatene a culpa é tua!", em referência à gestão do governador Simão Jatene.



Outra matéria foi publicada pelo jornal Diário do Pará, agora com chamada e foto do protesto na capa da edição desta quarta-feira (08).




Embora tenha tido a presença de dirigentes partidários do PT, PCdoB e do PSOL, além de lideranças sindicais, os manifestantes comentavam entre si, a inovação na mobilização do ato em protesto pela falta d'água em Belém, por ter sido idealizado e articulado por ativistas digitais.

Ronaldo Romeiro, presidente do Sindicato dos Urbanitários do Pará esteve presente no ato e foi o idealizador da organização de um Fórum Multisetorial, para debater os problemas que afligem o povo paraense e convocou a sociedade para uma reação, diante tanto descaso com os serviços públicos, em prol da privatização.


José Marcos Araujo Araujo, presidente estadual da Central dos Trabalhadores do Brasil, também esteve presente no ato em protesto pela falta d'água em Belém e convocou todos para reagir.


Belém é administrada pelo prefeito Zenaldo Coutinho, que se elegeu enfatizando que a parceria com o governador Simão Jatene seria benéfica para a cidade, pelo fato de serem do mesmo partido, o PSDB.

segunda-feira, julho 06, 2015

Apagão da água em Belém gera protesto e zoeira nas mídias sociais

São 04:00h desta segunda-feira (06) e até agora tem gente reclamando que não tomou banho neste domingo, em vários bairros de Belém. Praticamente um milhão de pessoas passaram o dia e a noite com suas torneiras secas, devido a suspensão do fornecimento de água por parte da COSANPA, para uma manutenção previamente comunicada no site do governo do Estado, na sexta-feira (03), através da nota abaixo:


Depois das 17h, o atraso da chegada de água nas casas dos belenenses, começou a irritar e indignar vários internautas e conforme foram passando as horas, as redes sociais se tornaram em palco de protestos, contra a falta do líquido precioso e o assunto se tornou o mais comentado na internet. 

Por volta das 18h, o blog recebeu várias mensagens que davam conta do motivo do atraso: Um curto-circuito havia provocado um incêndio nos quadros de distribuição de energia elétrica, que controlam o sistema de bombeamento das águas do lago Bolonha para a estação de tratamento da COSANPA. Uma empresa terceirizada seria a responsável pelo acidente, que causou um grande susto, envolveu muitos funcionários e bombeiros, mas que felizmente não houve vítimas. 

Segundo internautas, a informação teria sido repassada, via WhatsApp, por funcionários da COSANPA, que chegaram a filmar em seus celulares, a explosão de um dos quadros elétricos, mas que não os divulgaram e pediram o anonimato por motivos de segurança funcional. Sem confirmação da informação, este blog aguardou o pronunciamento oficial do governo, o que só feito depois de mais de seis horas de pressão nas redes sociais, mais exatamente às 23:39. 

Através de sua conta no twitter, o governo do Pará confirmou que havia acontecido um curto-circuito e este impediu a volta do fornecimento de água tratada, no horário previsto (16h) e que a situação só será regularizada nesta segunda-feira. Mesmo assim, até à noite teremos bairros sem água. Segue a nota:


Sem ao menos desculpar-se pelos inúmeros transtornos gerados e nem ter dado explicações plausíveis, sobre o incidente e seus possíveis motivos, só restou aos cidadãos, o protesto e a zoeira geral nas redes sociais, tanto contra a COSANPA, quanto ao governador Simão Jatene  (PSDB).

Algumas perguntas que querem calar: 

1) Se o problema foi em uma central de distribuição, porque alguns bairros terão água logo pela manhã e outros só à noite?

2) Quais serão os bairros priorizados? 

3) Porque o governo só informou oficialmente o problema, supostamente ocorrido à tarde do domingo, por volta da meia-noite e APENAS pelo twitter do governo do estado (@governopara), que tem menos de 46 mil seguidores, sendo que a cidade tem em volta de um milhão e meio de habitantes?

No meio bairro, por exemplo, a água nem pinga nas torneiras e pela manhã, toda minha família terá grandes dificuldades para retornar a vida normal, devido aos inúmeros problemas que serão gerados pela falta deste recursos natural tão necessário e vital à população.

Como protesto, o blog produziu artesanalmente alguns memes e catou alguns comentários e posts feitos por outras internautas. Vale a pena conferir:


















Que tal me seguir no twitter? @JimmyNight

quinta-feira, março 05, 2015

Audiência Pública debaterá alagamentos e falta de saneamento em Belém



Audiência Pública convocada pela Frente de Moradores Prejudicados da Bacia do Una, Comitê Popular Urbano e Comissão de Direitos Humanos da OAB, para discutir os constantes e contraditórios alagamentos em Belém, que convivem com projetos MILIONÁRIOS já realizados (como o da Macrodrenagem da Bacia do Una) e outros em andamento ou a espera de iniciarem (como os da Bacia do Tucunduba e da Estrada Nova).

Na ocasião moradores e militantes de movimentos sociais farão manifestação pública de repúdio à maneira como a população vem sendo tratada, pois o abandono e o descaso não podem prevalecer à necessidade do contribuinte.

Pautas da Audiência:

1. Cobrar do Ministério Público do Estado e Federal, CNJ, CNMP, o andamento dos processos pela não execução de obras de microdrenagem e abandono da manutenção das estruturas criadas no projeto de Macrodrenagem da bacia do Una. 

2. Fazer pressão quanto aos resultados da CPI que apurou o sumiço de 22 milhões de reais em equipamentos que deveriam estar sendo usados para impedir os alagamentos atuais;

3. Criação de um amplo trabalho popular de enfrentamento aos alagamentos e aos prejuízos que estão sendo provocados;

4. Questionar a COSANPA sobre os 60% de taxa, cobrados na conta de água a título de esgotamento sanitário que não existe, pois as obras para tal não foram realizadas;

A audiência pública convocada pela Comissão de Direitos Humanos da OAB é resultado da constante manifestação de moradores e movimentos sociais, que percebem a existência de forças políticas muito poderosas que desejam manter a situação como está.

GOVERNO E PREFEITURA SÓ BUSCAM CULPAR A POPULAÇÃO

Sempre que ocorrem alagamentos a Prefeitura se apressa em colocar a mídia para dizer à população que ocorreu um “temporal” e que o maior problema é o “lixo jogado”. Porém, é preciso refletir:

• Será que todas as chuvas, todos os dias, em todas as estações e meses do ano são “temporais”?! Porque em qualquer chuva que ocorra os alagamentos são certeza!!!

• Se o lixo é o problema, porque olhamos para o fundo dos canais e vemos TERRA, provocando ASSORIAMENTO e PEDAÇOS DE CONCRETO dos canais sem cuidados?

• Será que o lixo se torna parte do problema porque não há locais apropriados para ser depositado, nem datas certas para o recolhimento, nem limpeza pública eficientes?

• Será que o fato de 22 milhões em equipamentos terem sido ROUBADOS do erário público e transferidos para iniciativa particulares tem relação com a questão?

• Será que a cobrança de 60% de taxa de esgoto pela COSANPA é justa?

DIVIDIR PARA CONFUNDIR E SEGUIR SEM FAZER NADA

A Prefeitura de Belém, quando faz alguma coisa, toma ações paliativas que não amenizam o problema, não tem a mínima intensão de ressarcir os danos causados. Afirmamos isto pois não existe qualquer apoio dado à população quando enfrenta o desespero de perder móveis, documentos, alimentos, eletrodo-mésticos, saúde e tempo de vida perdido.

O mínimo esperado é que existissem ações emergenciais, que colaborassem com as famílias, bem como ações sérias e estruturais que solucionassem os problemas definitivamente.
Mas o que se vê é o problema que é SISTÊMICO ser tratado como pontual. Tanto a mídia quanto os servidores públicos das Secretarias Municipais desviam a atenção da população afirmando que são “locais de alagamento” sem nunca focar na problemática como um todo que aflige as várias bacias hidrográficas.

Belém foi uma cidade de rios, que se tornou uma cidade de valas!!! Não há tratamento de esgoto e as águas que invadem as casas trazem consigo doenças, DEJETOS e podridão. 
Sem tratamento, os esgotos ainda são lançados na Baia do Guajará, que alimenta os lagos Bolonha e Água Preta, que levam essa água às nossas torneiras.

COMPREENDA O PROJETO DE MACRODRENAGEM DA BACIA DO UNA

O Projeto de Drenagem, Vias, Água e Esgoto das Zonas Baixas de Belém ou simplesmente, Projeto Una, também conhecido popularmente como Projeto de Macrodrenagem da Bacia do Una, custou US$ 312.437.727, sendo que deste total, US$ 169.495.067 ou 54,2%, financiados pelo Estado do Pará e US$ 142.942.660 ou 45,8%, financiados pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID. 

Chegou a ser considerado pelo BID como a maior reforma urbana da América Latina, por não ter sido apenas uma complexa obra de engenharia pautada para atender somente as questões de ordem sanitária, mas sim um empreendimento fundamentado sobre três vertentes: o saneamento básico, a renovação urbana e a promoção socioeconômica, visando a melhoria da qualidade de vida de 600 mil pessoas ou aproxima-damente 120 mil famílias, distribuídas em 20 bairros. 

Os responsáveis pela execução do referido projeto foram o Estado do Pará (mutuário final), através da Companhia de Saneamento do Pará – COSANPA, a Prefeitura Municipal de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Saneamento – SESAN e o BID como parceiro financiador. Ao povo, restou pagar a conta e suportar os constantes e contraditórios alagamentos!!!

Mesmo com tantas irregularidades novos projetos com os mesmos e maiores problemas seguem dando lucro às GRANDES EMPREITEIRAS.

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...