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quinta-feira, agosto 03, 2017

Égua, pai d'égua: Dona Onete é chamada de "Rainha da Amazônia" e é a mais tocada na Europa

Consagrada no Brasil, Dona Onete curte o sucesso internacional dizendo: "Mantenho meus pés no chão, curtindo o momento. Eu acho que ainda não entendi o que está acontecendo e não quero".

Por Diógenes Brandão

O blog dá um tempo de assuntos políticos nacionais para trazer uma notícia internacional em primeira mão aos brasileiros, sobretudo aos paraenses: Dona Onete tem o disco mais ouvido no ranking do World Music Europe, o Banzeiro.

A informação foi divulgada nesta terça-feira (01), mas no dia 15 de julho, o prestigiado site francês, RFI já havia dado destaque à nossa musa, chamando-a de 'Rainha da Amazônia'.

Depois de emplacar músicas em novelas da Rede Globo e dar destaque à produtiva cena musical paraense, Dona Onete é a convidada especial na festa Baile Tropical que acontece no dia 12 de agosto no Baile Perfumado de Recife-PE, onde cantará acompanhada da Orquestra Contemporânea de Olinda e com o Dj Patricktor4 que realizou o 1º Baile Tropical em Belém do Pará em 2010.

De lá em diante, o evento circulou pelas principais capitais do mundo (passando pela Argentina, Uruguai, Estados Unidos, Portugal, Espanha, França, Alemanha, Inglaterra, Áustria, Eslováquia e Coréia), apresentando ao público as novas tendências da música tropical, africana, latina, brasileira e mundial no repertório de DJs e bandas de vários países. 

O evento busca reconectar antigas sonoridades tradicionais a novas texturas urbanas com misturas de batidas e timbres eletrônicos a ritmos populares periféricos como cúmbia, zouk, brega e samba.

Leia abaixo, a matéria publicada no site Francês RFI: 

'Rainha da Amazônia' conquista o mundo

Aos 78 anos, Dona Onete está na capa da revista britânica Songlines, uma das principais publicações sobre a música mundial do planeta, e toca seu gráfico. O cantor e compositor brasileiro, da cidade de Belém, é conhecido como "a rainha da Amazônia" pela revista. 

Ela tocou na sexta-feira 14 de julho em Londres, no Nell's Jazz & Blues Club, como parte de sua turnê européia que já levou na França e na Alemanha.  

Dona Onete interpreta sua própria interpretação do carimbó, ritmo tradicional do estado do Pará, no norte do Brasil, somando guitarra elétrica e baixo para os típicos tambores indígenas. Mas ela também escreve letras sexy com versos sobre o amor e o romance, que às vezes são tocantes. 

"Meu coração tornou-se uma grande loja de dinheiro / Onde eu guardava minhas fantasias / Romances, paixão, felicidade, tristeza, saudade, alegria / Mas vou esvaziar meu coração / E pintá-lo verde de esperança / Estou esperando por outro amor Venha ", canta em" Coração Brechó "(coração da loja de segunda mão), que abre seu show de palco atual.

A faixa faz parte do seu segundo álbum, Banzeiro, que foi lançado no ano passado e ganhou atenção da imprensa internacional e de artistas brasileiros como Caetano Veloso e o americano David Byrne, ex-líder do grupo Talking Heads, que conheceram Dona Onete nos bastidores depois de seu show em Nova York em 2016.  

"David disse que ele amava minha banda e que o rouquidão na minha voz lembrava os cantores de jazz e Caetano me disse que ele gosta muito da minha voz e das minhas músicas", disse Dona Onete em uma entrevista à RFI em Paris.  

Da Amazônia ao mundo  

Dona Onete, nome artístico de Ionete da Silveira Gama, nasceu em Cachoeira do Arari, na ilha de Marajó, em 1938. Ela passou a infância em Belém e mudou-se para Igarapé-Miri, conhecida como a "capital mundial do açaí" (uma Fruta típica da Amazônia que se tornou popular em todo o planeta).  

Ela lançou seu primeiro CD, Feitiço Caboclo, apenas cinco anos atrás, quando seu som e carisma original chamaram a atenção dos produtores em um show em São Paulo. Desde então, ela não parou de fazer turnês no Brasil e em muitos países, como EUA, Reino Unido, Argentina, Portugal, Alemanha e França.  

Sua paixão pela música começou em sua infância, imitando famosos cantores de rádio brasileiros, como Angêla Maria, Emilinha e Cauby Peixoto.  

"As pessoas costumavam dizer que eu tinha uma voz bonita, que eu deveria ser uma cantora. Quando me casei, comecei a escrever músicas. Mas meu marido não me deixou mostrar minhas músicas ou eu cantar. Depois de 25 anos de casamento, eu decidi me divorciar, queria viver uma vida diferente do que ser uma dona de casa, já havia criado meus filhos", lembra.  

Suas músicas foram gravadas por diferentes artistas e ela começou a participar de diferentes projetos musicais como cantora, até o lançamento de seu primeiro álbum.  Perguntado sobre as críticas favoritas, ela diz, de fato: "Mantenho meus pés no chão, curtindo o momento. Eu acho que ainda não entendi o que está acontecendo e não quero".

Fique com um dos hits mais conhecidos de Dona Onete, o qual já foi visualizado por mais de 2 milhões de vezes.  


quinta-feira, agosto 18, 2016

OAB-PA censura grupo de carimbó em evento na sua sede

Grupo que apresentaria músicas de Mestre Verequete e outros representantes da cultura popular paraense, foi censurado em evento promovido na sede da OAB-PA. Dia 26 deste mês é celebrado o Dia Municipal do Carimbó e o centenário de nascimento de Verequete. 


Por Eliana Bogéa*

Ao agradecer acolhida da OAB PA na pessoa de seu vice-presidente Jader Khawage no evento de 10 de agosto último, ao sediar o I Encontro de Advogadas/Advogados Contra o Golpe, não poderia silenciar sobre a proibição do carimbó tocar na casa naquela ocasião. 

No dia 10 mesmo, a coordenação do evento me pediu para tentarmos um grupo de carimbó que tocasse ao final quando do lançamento do livro "A Classe Trabalhadora e a Resistência ao Golpe de 2016". Através do Luizinho Lins, fechamos participação do carimbó de Icoaraci.

No contato com a OAB PA para tratar sobre a participação do carimbó em nossa programação, a despeito de toda sorte de dificuldade de ordem técnica apresentada, ao final conseguimos “mas se vocês quiserem e se responsabilizam”. Dificuldades técnicas para o carimbó?! Não arriscaria uma resposta. 

Tudo confirmado, fui me organizar para ir a Belém para o evento. Ao sair de casa, vi ligações e mensagens de voz de coordenadores. Retornei, quando soube que existia uma ordem que proibia o carimbó de tocar na sede da OAB PA com recomendações de que não insistíssemos a respeito. Afinal, como contrariar os donos da casa à uma hora de começar o evento?!

O carimbó não está à altura de entrar e tocar na sede da OAB PA?! E o que é essa proibição senão um golpe num evento contra o golpe ao hierarquizar culturas, comportamentos, expressões artísticas, pessoas?! Não é essa nossa luta de todo dia?!

Costumo dizer que carimbó é sinônimo de generosidade e foi assim que Luizinho Lins recebeu o golpe. Mais do que isso, contemporizava sobre a importância do evento para nossa causa comum, contra o golpe e pela democracia. 

Mas o golpe contra o carimbó é um golpe contra a democracia. Não acredito no maior e no menor, no mais e no menos. Eu acredito no carimbó! E com o carimbó, acredito na diversidade daS culturaS brasileiraS! E com o carimbó, acredito no Brasil que esse golpe sórdido e perverso quer tanto apagar!

#ForaTemer #ForaGolpistas #VoltaDilma #VoltaDemocracia



*Eliana Bogéa é advogada, professora e ativista do Movimento dos Advogados Paraenses em Defesa da Democracia e pela Legalidade e da Frente Brasil de Juristas pela Democracia.


terça-feira, agosto 09, 2011

Dona Onete: Dentro e fora do Terruá Pará....

Dona Onete Gama no palco do Ibirapuera/SP Foto de Julia Chequer/Portal R7.

Quem nos trás a informação que poderia ser considerada uma denúncia de autoritarismo, desrespeito e soberba é o percussionista Adilson Santos que toca aos domingos na praça de República em Belém do Pará e através de um email nos colocar à par do quanto a arrogância e a sensação de poder podem ameaçar as manifestações culturais expontâneas dos grupos que insistem em fazer cultura no Pará, mesmo sem nenhum incentivo do poder público e do setor empresarial. 

O Email foi enviado após uma interação no twitter onde muitos músicos alternativos criticavam a postura do atual presidente do Teatro Waldemar Henrique, o músico Salomão Habib. 

Entre os humilhados com a truculência dos tucanos travestido de gestores isentos, havia a Dona Onete, carimboleira recém aplaudida durante o projeto Terruá Pará que estava no local com outros músicos da terra e de lá saiu igualmente com a sensação de insegurança quanto à valorização, propriamente dita, que o governo diz ter com a classe artística.

De domingo prá cá, muita coisa foi dita nas redes sociais e alguns diziam " Terruá Pará - 3 MILHÕES p dois dias de show: Aprovado! Roda de tambores - 1 tomada: NEGADO!" 

Outros: "O mesmo governo que gasta 3 milhões no Terrua Pará nega uma tomada pra cultura em praça publica, onde vamos parar?"

Ainda ontem, bombardeado de críticas, pensávamos que Nilson Chaves - outro músico e atual presidente da Fundação Cultural do Pará - iria se manifestar, desculpando-se pelo ocorrido e fazendo as devidas correções na cagada feita pelo colega, o cara que um diz disse que não havia pegado o Ita, lançou sua defesa ao governo e desprezou a humilhação impostas aos músicos, que voluntariamente animam as manhãs dominicais na praça da República e exautou a mesquinhês e o projeto governamental que gastou uma fortuna para agraciar poucos escolhidos com as seguintes frases: 





Roda de Carimbó da Praça da República 2009.
Jimmy, 


Eu participo dessa roda faz tempo, mais de 1 ano. Mas tu sabes q a roda rola há muito mais tempo. 
Desde quando começou-se usar som, liga-se a extensão no Teatro Waldemar Henrique. Além disso, o governo passado cedeu o cantinho de uma sala no porão do Teatro p guardar a caixa de som e os curimbós. Não atrapalhava em nada! 


Depois q mudou o governo, ficou mais difícil! Mandaram logo tirar o material de lá. Depois acabaram com a tomada! Ficamos alguns meses fazendo a roda sem som, no aguardo de uma resposta de pedido para a diretoria do teatro, onde era solicitado apenas uma tomada p ligar o som. Em junho e julho não teve roda, pois tava rolando o Pavulagem e depois vieram as férias escolares. 


Agora em agosto a gente correu atrás e mandou ofício p liberarem. Depois de toda essa burocracia, o Nilson Chaves liberou. Quando foi ontem, a gente tava tocando, com o som já ligado, o povo se divertindo, tinham uns músicos cariocas q tavam lá pra conhecer a roda, a Dona Onete tava cantando, quando, de repente, o Salomão Habib liga pro guarda e manda desligar a tomada! O povo se revoltou! 


Alguém twitou isso e na mesma hora a "ratada" tucana ficou sabendo! Ligaram p Salomão Habib q foi bater lá na praça na mesma hora. 

O Nilson respondeu agora um twitter dizendo q vai ter um encontro amanhã com o pessoal da roda pra resolver isso. 


Bora esperar pra ver no q vai dar!


Abraço,
Adilson Santos.

quarta-feira, abril 27, 2011

Tecnomelody, os Pubs e a Cultura Popular


 Aparelhagens e bandas de Tecnomelody lutam pelo reconhecimento como Patrimônio Cultural Paraense.
Por Diógenes Brandão

Esta é a segunda vez que trago prá cá minhas impressões sobre o Tecnomelody e suas conturbadas declaração dos defensores e inimigos do ritmo que se afirma cada vez mais com força no cenário local e nacional. A primeira postagem que fiz se deu quando Gaby Amarantos foi convidada para fazer parte da posse presidencial de Dilma em Brasília, no dia 1º de Janeiro deste ano, onde estive e tirei a foto (abaixo) da musa da galera.


Lendo alguns debates pautados na internet sobre a polêmico veto do governador Simão Jatene pela lei enviada pelo legislativo ao executivo para que o Tecnomelody seja reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do Estado do Pará, resolvi meter o meu dedo sujo, neste lamaçal de hipocrisia.

Inexoravelmente, lembrei-me do Funk, do Carimbó e de outras manifestações da cultura popular que não contaram com análises de acadêmicos, nem tão pouco (precisa?) da rapaziada intelectualóide, reunida nos pub´s dos centros urbanos, a fim de divagarem sobre cultura e manifestações, tidas como fenômenos sociais por uns e baderna e barulheira por outros, gerando assim uma miscelânea de estereótipos e achismo que não tá no gibi.

Os Pubs de Belém e sua árdua tarefa de pensar a cultura popular pelas lentes de experts em goladas.

A semelhança entre os dois ritmos, que podemos dizer, distintos esteticamente em suas batistas e conteúdo das letras, mas com diferenças que não param por aí: ambos não são oriundos das culturas eurocentrista e ianque, por isso, indigesta por alguns setores da high-society paraoara e reverenciada por outra parcela, disposta a gastar em torno de R$ 5 mil à R$ 15 mil reais para equiparem seus veículos com estrutura de som e iluminação e ensurdecerem os desafortunados que cruzarem com estes mini trios elétricos por uma rua de Belém ou alguma praia ou praça do interior do Estado.

Cabe refrescar a memória dos mais jovens que a Dance Music também tem neste tipo de seguidor a mesma atitude, porém o ritmo não é questionado em sua racionalidade e conteúdo. Nas boates de Belém ou nas praias do litoral paraense, as batidas dos pick-ups trazem letras sem nexo (in English) e agitam os corpos em busca de diversão e esta segue para os mesmos mini-trio-elétricos, sem serem perturbados pelos cultos, quiçá analisados em teses blogueanas, no Facebook ou nos 140 dígitos do twitter.

Não vou me alongar falando da moda sertaneja que se alastrou feito a malária trazida por forasteiros para a Amazônia durante a abertura da transamazônica, nem do neo-forró e do neo-pagode, gêneros musicais que não recebem a locução de meu ouvidos. Quero focar nesta questão, que pra mim é agora mais importante: O que é patrimônio cultural imaterial, quem define? Quais os critérios? Os parlamentares estão preparados para defender, são legítimos para indicar, o governo, a academia possuem definições padronizadas? Estas sim, ao meu ver deveriam ser  indagações intelectuais para o debate salutar, sem paixões e produtivas para nossa identidade enquanto sociedade e sua relação transversal com os segmentos que a compõem.

Os ritmos combatidos por uma castra que goza de acesso à PC, faculdades e internet em casa, está pouco se importando se a fantástica mistura negra e indígena continue afastada, recruza à senzala, portanto, do ideal de cultura "superior".

Tal pensamento travestido de bom gosto e ordeiro oculta a miscigenação que  gerou os ritmos paraenses, estes que não são se quer conhecidos pela imensa horda de jovens acadêmicos e proponentes dos conteúdos transmitidos na mídia, o que é pior, pela associação de críticos em bares do Pará, servindo para estes, apenas como mero assessório retórico, quando querem rotularem-se como situados em “suas” raízes culturais, numa reinvenção da hipocrisia que impera sobre o Ver-o-Peso: o lugar mais homenageado por gente que nunca o frequenta como disse outro dia, o @lorodadoca.

Falar de cultura popular exige de seus emissores um respeito e estudo mais fundamentado. Não me basta ter nascido numa comunidade para proclamar-me conhecedor de todas as nuances que geram linguagens, signos e expressões dentro daquele tempo-espaço, sem correr o risco de negar-me ou afirmar algo, em detrimento de outros prismas, igualmente nativos deste lugar.

Fui criado e continuo na periferia de Belém, mas não vou dizer que já fui pichador eu, para justificar e fortalecer meu antagonismo à prática delituosa e condenar quem agora eu acho que suja e enfeia a cidade com esta manifestação só porque eu considero que é de mau gosto, feia, ilegal, e ponto final. Alguns dos melhores grafiteiros mundiais já foram pichadores e hoje tem como desdobramento de seu exercício e manifesto juvenil, o reconhecimento mundo a fora, como artistas contemporâneos.

Passei por vários modismos em minha adolescência, e por ter estudado meu primário todo em escolas particulares, posso dizer que reconheço um pouco o que determina o "bom gosto" dos filhos da pequena-burguesia com esta pobre visão colonial.

Se Sandy e Jr tivessem sido os inventores do tecnomelody, talvez o ritmo não reunisse tantos contrariados e o governador tivesse homologado o projeto transformando o ritmo em patrimônio e pronto (?), mas isso não basta para analisar com profundidade até que ponto a questão racial, social e o processo de afirmação de novos atores no mercado do entretenimento, interferem para o fomento de novos - e velhos - padrões comportamentais ditados pela indústria cultural e semeados no imaginário popular das massas pelos meios de comunicação.

Não é preciso ter frequentando a escola de Frankfurt para entender que o mercado dita conceitos, modela comportamentos e gera reinvenções estéticas com fins comerciais, se retroalimentando permanentemente da sinergia criativa dos grupos que inventam e reproduzem produtos midiáticos, originalmente pensados ou transformados nisto.

Para voltarmos a falar sério sobre esse lance de leis aprovadas na ALEPA e pelo governo de plantão, devemos saber que nesta semana, os deputados estaduais do Pará, em meio à um onda de denúncias de fraudes na casa, aprovaram requerimento de um de seus pares – um iluminado servo de deus - para que o “Louvor Norte” seja elevado à condição de patrimônio cultural paraense.

Cabe perguntar agora se o ti-ti-ti que rola no metiê pseudo-intelectual propagador deste debate, é mesmo sobre cultura, patrimônio, identidade ou pura e meramente gosto e perfil de música e/ou estilo de vida?

Ouço tecnomelody mesmo quando não sou obrigado a parar ou ficar próximo de algum lugar que este ritmo esteja sendo executado, já estive em festas onde ou toca-se o ritmo ou a festa fica sem público e acho que não tenho o direito de abafar a expressão e o exercício desta manifestação que  reflete os conteúdos nutridos por estes olhares sobre a realidade sociocultural de determinadas camadas da população, independente das classes sociais. A formação intelectual e cultural de cada um independe e ao mesmo tempo, paradoxalmente, está ligada a estas condições.

A hipocrisia provinciana gosta mesmo é de tecnodance e não admite.

Sou apoiador e entusiasta da campanha nacional que visa elevar o Carimbó como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro e ouço/leio muita gente que para bradar contra os demais, no púlpito do "intelecto-bar", diz que gosta do ritmo, mas nunca comprou um CD dos mestres que se mantêm vivos de tudo que é tipo de profissão, menos como músico. 
Mestre Verequete, ignorado por grande parte da juventude, deixou o legado da resistência da cultura popular através do carimbó, retratadado no Filme Verequete de Luiz Arnando Campos e Rogério Pereira.

Posso afirmar que a esmagadora maioria destas pessoas nunca foi para uma rodada de Carimbó, nem se quer, sabem dançar ou cantar o ritmo, no máximo, conhecem dois ou três refrãos de músicas do Pinduca, estas por serem veiculadas nas propagandas de TV, ignorando ilustres artistas paraenses como Mestre Lucindo, Cupijó, Verequete, Onete Gama e outros ainda vivos, graças ao seu labor em outras áreas, pois não tem o merecido reconhecimento.

Como se não bastasse, o Carimbó também era visto como um ato de rebeldia e manifestação dos bárbaros negros que começavam sua emancipação no final do século XVIII no Pará e o Funk ao fomentar crítica à omissão do Estado e denunciar os esquemas corruptos que se favorecem do crime como o judiciário e a política assim como a polícia, todos corruptíveis e mantenedores do status quo de miséria imposta por décadas aquele povo.

Assim como está acontecendo no Pará com o tecno-melody no Pará, o Rio de Janeiro se viu envolto a uma polêmica quando foi para aprovar o funk como patrimônio cultural. Setores da academia ecoaram em revistas, artigos de jornais e em programas de TV a reação das favelas cariocas ao sistema que lhe é imposto.

As letras do Funk predominantemente retratam a dura realidade à que vivem as comunidades dos morros cariocas e aqui o tecno-melody em suas letras traz um romantismo (piegas?) regado às interpretações de relacionamentos frustrados, platônicos ou mal resolvidos que misturado ao ritmo frenético e um estilo de dança incomum, fatalmente desagrada os olhares educados com outros gostos.

Por isso, ou não só por isso, ser crível que o funk, o tecnomelody, o Carimbó e os cultos afro-religiosos sejam venerados por esta rapaziada bem nutrida e notívaga que tergiverseia noite à dentro, seja nas faculdades, na web e nas tabernas de Belém é o mesmo que esperar que Karl Marx seja homenageado com uma estátua no epicentro de Wall Street.

À direita a Avenida Dalcídio Jurandir (nome na Placa) que perdeu o título que homenageava do ilustre escritor paraense, conhecido mundialmente, por um capricho da Assembléia de Deus para comemorar seu centenário de fundação.

Por fim, quero viver para participar de debates aqui em Belém que salientem a indignação e por consequência que haja alteração dos nomes de várias ruas de Belém que seguem como homenagens à militares assassinos, governantes corruptos e contraditoriamente ver personalidades como o escritor Dalcídio Jurandir terem a homenagem ao seu nome configurado como uma avenida recém-inaugurada e alguns meses depois serem usurpados do pequeno e importante gesto do governo do Estado em 2010, para render homenagens aos 100 aos da Assembléia de Deus no Pará, aprovado por (pasmem!) unanimidade na Câmara de Vereadores de Belém.

Onde está o debate sobre esse barulho ensurdecedor?

Siga-me no twitter. 
@Jimmynight.

quarta-feira, dezembro 15, 2010

9º Festi Rimbó de Santarém Novo para o Mundo.

FESTIVAL DE CARIMBÓ DE SANTARÉM NOVO REÚNE A DIVERSIDADE CULTURAL DO CARIMBÓ EM PROL DO RECONHECIMENTO COMO PATRIMÔNIO CULTURAL IMATERIAL DO BRASIL


OS CURIMBÓS CONVIDAM PARA A GRANDE FESTA DO CARIMBÓ PARAENSE...

Dezembro vem chegando ao som dos tambores, trazendo com ele o 9º FEST RIMBÓ – Festival de Carimbó de Santarém Novo, espalhando alegria e energia pela cidade nos dias 18 e 19 de dezembro de 2010, antecedendo a tradicional festividade de carimbó da centenária Irmandade de São Benedito.

Realizado pela Irmandade de Carimbó de São Benedito desde 2002, o FEST RIMBÓ é muito mais do que um simples evento anual, consolidando-se como um dos principais espaços de valorização e difusão da cultura popular paraense. Território de encontro e celebração da diversidade do carimbó e suas várias vertentes, ao longo desses anos o Festival criou atividades importantes como Seminários, Encontro dos Mestres de Carimbó, Oficinas de Saberes e Fazeres do Carimbó, Mini-Festival com grupos infantis e Circuito Carimbó nas Escolas, além do Troféu Mestre Celé de Carimbó (estilos raiz e livre) e de animados bailes e shows com grupos regionais e locais.

O evento é organizado pela Irmandade de Carimbó de São Benedito, tendo este ano como parceiro o Ponto de Cultura Cruzeirinho, com o apoio do Prêmio Areté/Cultura Viva da Secretaria de Cidadania Cultural do Ministério da Cultura, do IPHAN-PA, do SESC-PA, da SECULT-PA e Fundação Curro Velho, além da Secretaria Municipal de Educação, Câmara Municipal de Santarém Novo e Casa Grande.

O Festival de Carimbó de Santarém Novo tem como bandeira principal “o reconhecimento do Carimbó como Patrimônio Cultural Brasileiro”, buscando revelar ao Pará e ao Brasil toda a beleza, força e originalidade dessa tradição ancestral, apresentando as suas diversas expressões, tão ricas em timbres e estilos, dando visibilidade aos mestres tradicionais e estimulando os jovens músicos e dançarinos que são a garantia de sua continuidade e renovação.

Acreditando ser necessário unir a festa com a reflexão, o show com o debate, a educação e a oralidade, o palco com a roda de conversas, cantos e danças, o Festival tem assumido a tarefa maior da construção de um dinâmico movimento cultural do carimbó, organizado pelas comunidades, grupos e mestres carimbozeiros que lutam por reconhecimento e dignidade. Este tem sido o objetivo maior deste Festival, considerado o principal evento vinculado ao movimento que luta pelo reconhecimento oficial do Carimbó em nível nacional.

Por isso mesmo o 9º FEST RIMBÓ continua sendo o espaço privilegiado de articulação da Campanha “Carimbó Patrimônio Cultural Brasileiro”, movimento cultural e social nascido no festival de 2005 e que vem lutando para registrar o Carimbó paraense como patrimônio cultural imaterial do Brasil. Alguns frutos dessa iniciativa já começam a surgir, como a recente ação de salvaguarda da Flauta Artesanal do Carimbó realizada pelo IPHAN-Pará e o IAP.
Carimbó e Samba de Roda se encontram em Santarém Novo para discutir ações de salvaguarda para a cultura popular tradicional
Como parte da programação do Festival, a Campanha do Carimbó promove seu 6º Seminário, atividade criada para discutir junto aos grupos e artistas as questões relacionadas ao processo de registro do Carimbó em andamento e também as estratégias de fortalecimento e continuidade da manifestação na região.

Desta vez abordando o tema “O Carimbó e sua salvaguarda”, o seminária terá a participação inédita de representantes do Samba de Roda do Recôncavo Bahiano, tradição ancestral que já é registrada como patrimônio imaterial do Brasil pelo IPHAN e reconhecida pela UNESCO como Patrimônio Cultural da Humanidade. O convite partiu da Irmandade de Carimbó de São Benedito (Santarém Novo) para a Associação de Sambadores e Sambadeiras do Estado da Bahia (ASSEBA), entidade que congrega os diversos grupos de Samba de Roda da região e que hoje é a principal organização a frente dessa manifestação.

Segundo Rosildo do Rosário, presidente da ASSEBA, o encontro do Carimbó com o Samba de Roda será uma experiência valiosa para a construção de novas ações que garantam a salvaguarda, a valorização e a difusão da cultura popular tradicional do país. Para Isaac Loureiro, presidente da Irmandade de Carimbó de São Benedito, a presença da ASSEBA no Festival é fundamental para se conhecer as estratégias utilizadas pelos sambadeiros bahianos durante o processo de registro como patrimônio imaterial do Brasil e de como conseguiram o reconhecimento da UNESCO, uma conquista que a Campanha do Carimbó também pretende alcançar em breve.

O Seminário também terá a participação do IPHAN-Pará, que irá apresentar os resultados do inventário do Carimbó em andamento e as ações do projeto Sopro do Carimbó realizado em parceria com o IAP, primeira iniciativa de salvaguarda oficial resultante do pedido de registro como patrimônio cultural imaterial.

Além do Seminário, o Festival realiza também o VI Encontro de Mestres do Carimbó, espaço destinado a trocas, vivências e articulações entre mestres e mestras tradicionais que lutam pelo reconhecimento de seus saberes e fazeres. Contando com a participação de várias instituições culturais, como a Secretaria da Identidade e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura, a SECULT-Pará e Fundação Curro Velho, o Encontro deste ano pretende abordar questões como o recém-criado Plano Nacional das Culturas Populares, a Lei Griô Nacional e a Lei dos Tesouros Humanos do Pará, propostas de políticas públicas que podem contribuir para a efetiva valorização de mestres e artistas populares, além assegurar os processos de transmissão oral junto às escolas e comunidades, ressaltando a importância desses mestres na preservação e transmissão da cultura tradicional às novas gerações.

A diversidade de sons, ritmos e tradições do Carimbó em um só lugar
O Festival de 2010 inclui ainda 9ª versão do Concurso de Composições de Carimbó, agora chamado “Troféu Mestre Celé de Carimbó” em homenagem a um dos mestres da Irmandade já falecido. Aberto a grupos de todo o Pará, o Troféu Mestre Celé tem proporcionado visibilidade e valorização de grupos e compositores de carimbó em atividade, distribuindo premiações nos estilos Raiz (ou tradicional, pau-e-corda) e Livre (que permite releituras e fusões), reconhecendo e afirmando a rica diversidade musical da manifestação. Hoje é considerada a mais antiga e representativa mostra de carimbó do Pará, recebendo grupos e mestres vindos dos municípios da região do Salgado, Marajó e Belém, revelando a beleza e diversidade dos sotaques e estilos desta tradição ancestral.

É uma oportunidade única para conhecer e se encantar com a variedade e o colorido das diversas tradições carimbozeiras do Pará: o carimbó praiano das comunidades do litoral atlântico como Salinópolis, Maracanã, Marapanim, Curuçá, o carimbó marajoara de Soure e Cachoeira do Arari, o carimbó urbano de Belém e Ananindeua e o carimbó de São Benedito, este existente apenas em Santarém Novo e Quatipurú. Veja aqui o REGULAMENTO e a FICHA DE INSCRIÇÃO do Troféu Mestre Celé.

E no FEST RIMBÓ o Carimbó não é coisa só de adultos não. O Mini-Festival de Carimbó com os grupos mirins é outra atividade criada para incentivar essa renovação e continuidade da tradição do carimbó. Realizado desde 2005, trata-se de uma mostra não-competitiva dos vários grupos de carimbó formados por crianças e adolescentes da região, a cada ano com novos grupos surgindo e revelando a força dessa manifestação junto às novas gerações. O FEST RIMBÓ foi o primeiro evento a oferecer esse espaço para as crianças e adolescentes mostrarem o talento herdado de seus pais, sendo referência para a criação de grupos mirins em vários outros municípios da região.

Carimbó, um saber de tradição oral que sustenta nossa identidade e ancestralidade
O Festival de Santarém Novo sempre teve a proposta de promover não apenas o espetáculo no palco, mas também reconhecer a importância do conhecimento tradicional presente no Carimbó, favorecendo sua salvaguarda. As Oficinas de Saberes e Fazeres do Carimbó, ministradas por mestres da Irmandade, se inserem no esforço da comunidade em transmitir sua tradição oral aos mais jovens e assim assegurar sua preservação e continuidade. Realizadas desde 2005, utilizam a pedagogia da oralidade e privilegiam os saberes de mestres e mestras da própria comunidade. Nesta edição serão ofertadas oficinas gratuitas de confecção de instrumentos artesanais (percussão e flauta), batuques, danças tradicionais, entre outras.


A educação formal também é envolvida através do Circuito Cultural Carimbó nas Escolas, atividade que promove uma variada programação cultural nas escolas públicas locais no período que antecede o Festival. Desse modo busca-se a parceria com a escola pública como estratégia de promover e afirmar a força, a beleza e a diversidade deste valioso bem cultural.

O festival realizará ainda Arrastões de Carimbó, Festa no Barracão, Alvoradas, Feira de Artes e Sabores Amazônicos, Cine-Carimbó e animados bailes e shows com grupos regionais, como o Grupo Cruzeirinho (Soure) e locais, como o Grupo Os Quentes da Madrugada.

Confira aqui a PROGRAMAÇÃO COMPLETA do Festival.

Todas as atividades do evento serão gratuitas e abertas ao público.

Para saber mais sobre o evento, baixe aqui o RELEASE COMPLETO

INFORMAÇÕES E CONTATOS

•(91) 8722-9502 ou 8722-9502 (Isaac Loureiro)
•(91) 9623-6878 ou 8253-2798 (Solange Loureiro)

Visite o blog do Festival:
http://www.festrimbo.blogspot.com/
Mande um e-mail: carimbopatrimonioculturalBR@gmail.com

terça-feira, novembro 16, 2010

Carimbó pega a Estrada

Com o apoio da FUNARTE, o grupo Quentes da Madrugada, de Santarém Novo (PA) promove a difusão do carimbó em 8 cidades do Pará, Maranhão, Tocantins, Goiás e no Distrito Federal

O Carimbó é a música e a dança tradicional paraense por excelência, cuja manifestação ocorre há mais de dois séculos em quase todas as regiões do Estado. Junção caprichosa do pé batido indígena com o rebolado africano, preservado nas comunidades pela oralidade dos mestres populares, afirmamos mesmo que o Carimbó é parte essencial da alma paraense e amazônida, um componente fundamental da identidade cultural brasileira. A Irmandade de Carimbó de São Benedito, da cidade de Santarém Novo, apresenta características particulares que a destacam dos demais grupos e comunidades carimbozeiras do estado. Fundada em meados do século XIX, a Irmandade mantém uma tradição extremamente complexa que envolve onze dias ininterruptos de festa, conduzidos pelo lendário conjunto musical “Os Quentes da Madrugada”, reconhecidos nacionalmente como um dos grupos mais tradicionais e autênticos do carimbó paraense.

Referência fundamental da cultura popular de nossa região, desde 2005 a Irmandade também é a principal responsável pela articulação do processo de registro do Carimbó como Patrimônio Imaterial da Cultura Brasileira junto ao IPHAN. Foi dela a iniciativa de iniciar a luta por esse reconhecimento nacional, organizando desde então a Campanha Carimbó Patrimônio Cultural Brasileiro hoje considerado um dos mais importantes movimentos culturais da região Norte. O Circuito Carimbó BR Adentro é uma iniciativa inserida nesse processo de sensibilização e mobilização da sociedade brasileira em prol da valorização do carimbó e suas tradições, visando contribuir para revelar ao Brasil toda a beleza e originalidade dessa manifestação, fortalecendo o movimento pelo seu reconhecimento e difusão.

Único projeto paraense contemplado pelo Prêmio Circuito Funarte de Música Popular 2010, o Circuito Carimbó BR Adentro irá realizar a circulação do grupo Os Quentes da Madrugada – da Irmandade de Carimbó de São Benedito - pelos Estados do Pará, Maranhão, Tocantins, Goiás e o Distrito Federal, chegando a 08 cidades ao longo da Rodovia Belém-Brasília (BR-010) e seu entorno, a bordo de um ônibus, realizando gratuitamente espetáculos de música e dança de carimbó, oficinas de percussão e dança, rodas de conversas com mestres da Irmandade e mestres locais, além de atividades de intercâmbio, confraternização e solidariedade com grupos e comunidades de cultura popular em cada localidade percorrida.

Durante o trajeto o grupo também irá promover nas comunidades visitadas ações de divulgação e mobilização em prol da Campanha Carimbó Patrimônio Cultural Brasileiro e da Lei Griô Nacional, em parceria com grupos e instituições culturais locais.

O objetivo é promover o reconhecimento, a valorização e a difusão em nível nacional de toda a beleza, tradição e originalidade do nosso Carimbó, em particular o singular Carimbó da Irmandade de São Benedito, uma manifestação de cultura popular tradicional de origem negra e indígena que se mantém de forma ininterrupta há quase duzentos anos na cidade de Santarém Novo, na região Nordeste do Pará. O circuito será realizado no periodo de 16 de novembro a 02 de dezembro de 2010, sendo uma realização da Irmandade de Carimbó de São Benedito com o apoio do Prêmio Circuito FUNARTE de Música Popular e da SEDUC-PA, em parceria com a Campanha Carimbó Patrimônio Cultural Brasileiro, SESC Pará, Guaimbê e Ponto de Cultura Quintal da Aldeia (GO), Ponto de Cultura Tambores do Tocantins e Ponto de Cultura Canto das Artes (TO), Universidade de Brasília, Pontão de Cultura 508 Sul, Rede Candanga de Cultura e Fuá do Terreiro (DF), Fundação Cultural de Imperatriz (MA), Secretaria de Cultura de Paragominas e Secretaria de Cultura de São Miguel do Guamá (PA).

Todas as atividades do projeto serão gratuitas e abertas ao público. Confira aqui a programação do Circuito:

Belém (PA) Dia 16/novembro Show no II Encontro Nacional de Cultura do SESC Pará, Estação das Docas - 18 h Brasília (DF) Dia 18/novembro Oficinas no Espaço Cultural Renato Russo, Q. 508 Sul, W3 Sul - 14h Roda de Conversa na UNB, Sala Samambaia, Depto. De Música - 19 h Dia 19/novembro Show no Teatro Galpão, Espaço Cultural Renato Russo, 508 Sul - 20h Pirenópolis (GO) Dia 20/novembro Roda de Conversa no Cine Pireneus – 15h Show no Cine Pireneus, 21h Dia 21/novembro Roda de Carimbó, Boi e brincadeiras de roda no Coreto da Praça do Artesanato - 10h Oficinas no Quintal da Aldeia – 15 h Baile no Quintal da Aldeia – 21 h Taquaruçu-Palmas (TO) Dia 23 e 24/novembro Roda de Conversa e Oficinas no Ponto de Cultura Canto das Artes – 15h Dia 24/novembro Show no mesmo local – 20h Porto Nacional (TO) Dias 25 e 26/novembro Oficinas e Roda de Conversa no Ponto de Cultura Tambores do Tocantins, Centro das Crianças Drª Heloisa Lotufo Manzano, Parque Eldorado – 15h Show no mesmo espaço – 20h Imperatriz (MA) Dias 27 e 28/novembro Oficinas na Fundação Cultural de Imperatriz, Rua Luis Domingues, Centro – 15 h Roda de Conversa no mesmo local – 09h Show no Espaço Cultural da Fundação – 20h Paragominas (PA) Dia 29/novembro Roda de Conversa no Teatro Reinaldo Castanheira, na Secult – 15h Dia 30/novembro Oficina no mesmo espaço – 09h Show na Praça Célio Miranda – 19h São Miguel do Guamá (PA) Dias 01 e 02/dezembro Oficinas e Roda de Conversa na Escola São José Operário – 09h e 15h Show na Festividade de São Miguel Arcanjo, Largo de Nazaré – 21h Contatos e Informações

Telefones: (91) 8722-9502/ 9623-6878/ 8253-2798/8263-9738 Blog: www.campanhacarimbo.blogspot.com E-mail: carimbopatrimonioculturalBR@gmail.com Orkut: campanhacarimbo@gmail.com

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