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sábado, março 28, 2015

Paulo Rocha: O Senador de Poucos

Eleito com cerca de um milhão e quatrocentos mil votos, as fotos do planejamento do senador Paulo Rocha frustraram correligionários e membros da frente suprapartidária que ajudou a elegê-lo em 2014 para um mandato de 8 anos. 

Um ano depois de ter disputado e conquistado, com 70% dos votos do Diretório Estadual do PT-PA, a vaga como candidato ao senado, Paulo Rocha concluiu na tarde deste sábado o que chamou de planejamento do mandato do "senador de todos"

No entanto, boa parte dos dirigentes de outras tendências petistas, em manifestações privadas, alegam que o evento sela a estratégia da tendência dirigida por Paulo Rocha, a Unidade na Luta, que agora o quer como "Senador de Poucos".

A nota plantada em um jornal local, já alertava para o caráter restrito e segregador que o planejamento do mandato teria.

E é essa tendência de Paulo Rocha que reúne-se amanhã para eleger seus novos coordenadores estaduais, todos previamente selecionados pelo staff que acompanha Paulo Rocha há anos. 

Talvez por isso, importantes filiados como o ex-deputado estadual Mário Cardoso, sindicalistas, prefeitos, vereadores e lideranças do PT em várias regiões do Estado, mesmo respeitando e admirando a liderança de Paulo Rocha, tenham se afastado e deixado aquela que já foi a maior tendência do partido no Estado e migrado para outras tendências e até desfiliando-se da legenda partidária.

A sangria é tanta, que mesmo em cidades com prefeitos do grupo, o mesmo é um dos que menos poder interno tem no PT, submetendo as gestões a conflitos internos por espaços políticos que engessam e impossibilitam o modo petista de governar.

O anacronismo burocrata que impera no grupo supracitado não é sua exclusividade e nem contamina todos e todas os que nele militam. 

Pelo contrário! 

A máquina partidária continua fortalecida pelas suas estruturas de base.

Eleito, Paulo Rocha foi homenageado com a capa da Revista Bacana, produto de um colunista da High Society paraense. Clique na imagem para ler a matéria sobre o evento.

O forte alicerce ideológico que intelectuais formataram desde a fundação e durante o decorrer destes 35 anos do PT, que Paulo Rocha, Lula e outros fundadores ajudaram a fincar no imaginário da militância, foi fundamental para que estes se mantenham líderes de primeira instância e mesmo que muitos que tenham se aproximado destes, sem nunca ter qualquer relação com os preceitos e programas do partido e simpatia pela organização da classe trabalhadora, tais como empresários e aliados fisiologistas, o PT segue forte.

No entanto, há uma parte da militância que foi afetada pela Síndrome de Estocolmo, e parece que se dá por satisfeita em ser apenas ouvida, convidada para pleitos eleitorais de dois em dois anos, além das reuniões e encontros que sempre foram a marca registrada da participação e do modo petista de governar e se organizar, cada vez mais raro e limitado a poucos.

Por saber que o problema persiste em diversos grupelhos e partidos brasileiros, e para contribuir com a emancipação desta maioria dirigida para eleger e manter essas elites que excluem os demais dos fórum decisórios, é que lhes trago um trecho do artigo do Pe. Alfredo J. Gonçalves, extraído do respeitado site da Adital.

"O líder, segundo Gramsci, não é aquele que conduz as massas, e sim aquele que se deixa conduzir por elas. Atento às suas necessidades, interesses e anseios mais profundos, colhe-os e os sistematiza, para devolvê-los em forma de uma política econômica que vá ao encontro das carências urgentes e transformações necessárias. Nesta perspectiva, os votos da urna representam novas responsabilidade, e não uma porta aberta para mais benesses e privilégios. Em síntese, constata-se uma dissonância mais ou menos manifesta entre as classes que tomam as decisões e o que se deveria entender por "classes dirigentes”.


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