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quarta-feira, outubro 03, 2018

UMA BREVE ANÁLISE SOBRE O FENÔMENO BOLSONARO

Bolsonaro foi criado pelo PT, por sua irresponsabilidade, por seu comportamento iconólatra à Lula. 

Por Carlos França*

Relutei muito, até que neste amanhecer resolvi fazer esta postagem, pra registrar o que penso. A mesma não tem desejo de proselitismo, apenas expor um pensamento, que não tolerará comentários de baixaria ou chulos. 

Quem me conhece é sabedor que meu candidato à presidência era Álvaro Dias, probo, preparado e confiável; mesmo assim, há muito tempo já fazia uma avaliação consubstanciada academicamente de que Bolsonaro, cresceria muito. 

Interessante que este personagem que a mídia nos traz deste senhor, não condiz com sua real existência na Câmara; membro do baixo clero, pouco articulado entre colegas, tímido, péssima oratória, desinteressado das composições inerentes a legislatura, acabando por movimentar-se sozinho, meio que isolado.

Como conseguiu então tanta projeção? Opino, que sua posição antipetista ferrenha desde a época áurea do lulopetismo, sua indiferença ao politicamente correto, sem filtros, que inclusive facilitou as rotulagem de homofóbico, racista, etc... e sua incomum franqueza, que as vezes chega à beira da ingenuidade política, foram as responsáveis! 

Seu crescimento junto ao eleitorado explica-se mais por suas deficiências do que por méritos. Houve uma empatia e uma percepção de que ele fala o que pensa e assim sendo, podemos confiar; daí talvez explique-se porque apanhe tanto e não tendo partido forte, sem dinheiro, sem tempo de tv, antipatia da imprensa, oposição de quase todos os partidos, impensável na academia, odiado pelos artistas, esfaqueado e doente, como um zumbi...ele sobreviveu. 

Tenho um grande amigo, privilegiado pelo seu posto de observação do tema, que afirmou, a uns sete meses atrás: “esse cara é um idiota, vai dissolver quando começar a campanha eleitoral”, isto durante uma avaliação de cenários, onde eu defendia o Alvaro Dias, mas já afirmava que o Bolsonaro iria surpreender e poderia ganhar, contra tudo e todos, as eleições. 

Em fóruns mais acadêmicos, eu até sentia-me acanhado, dada a repelência e nada racional posição de amigos sobre o tema, sendo que entre estes, os mais próximos e também os que mais respeito, sabem desta avaliação. Indo mais além e a quase dois meses, portanto antes da facada, em um papo com um outro grande amigo, referência intelectual do tema, afirmei, após uma longa análise, que Bolsonaro poderá ganhar a eleição no primeiro turno. Fui taxado de louco e até superficial...rs

Ontem, conversando com uma outra amiga também MSc em Ciência Política como eu, esquerda típica, que milita abertamente contra o fenômeno, rotulando-o com todos seus méritos, também fiz esta avaliação, destacando a ela, que o ódio à criatura, deveria-se voltar ao criador, ou seja, os governos de esquerda, que levaram o Brasil a esta situação de descrença em todo sistema político. 

Bolsonaro foi criado pelo PT, por sua irresponsabilidade, por seu comportamento iconólatra à Lula. 

Bolsonaro ganhará as Eleições não por ser de direita, ganhará as eleições porque é contra o sistema e no inconsciente coletivo da maioria da população, ter esta representação...muitos dos quais até o presente momento nem sabem que votarão nele. 

O sistema sabe disso e o teme, mais do que a esquerda. O mérito dele foi ter a fortuna (Maquiável) de ter historicamente trombado com este inconsciente. A maioria da população votará contra o Sistema, votará em Bolsonaro!  

*Carlos França é Professor, Advogado e Mestre em Ciência Política pela UFPA.

terça-feira, janeiro 02, 2018

2018: Luzes e sombras no campo político

Para o Cientista Político Dornélio Silva, o ano de 2018 pode trazer renovação na classe política estadual e nacional. 

Por Dornélio Silva*, da Doxa Pesquisas

2017 se encerra ofuscado no campo das decisões políticas. 

Incertezas, ceticismo, desconfianças são elementos que pairam sobre o imaginário do cidadão-eleitor. 

2017 se encerra com a percepção de que a política, como ferramenta de mudança social, está em total descrédito. É como se dissesse que tem que jogar tudo no lixo e fazer tudo de novo por que está tudo contaminado, tudo estragado. 

Encerramos 2017 com a sensação de que a política institucional é ‘suja’, ‘cheia de gente mau caráter!’. 

A imagem dos políticos perante o eleitor é das piores possíveis: acomodados, mentirosos, falsos, péssimos, mascarados, sem reputação, só pensam no bolso deles. São vistos como simples usurpadores, que não cumprem com promessas, que não cumprem seus deveres em relação às necessidades dos cidadãos, que buscam somente vantagens pessoais. 

Assim, a corrupção é percebida, de forma quase unânime, como sendo o principal câncro do Brasil na atualidade. A conjuntura que estamos vivendo no Brasil é uma das piores para a classe política. 

Por isso a Rejeição é uma variável indispensável nas nossas análises. 

Este cenário de descrédito da política, compreensão do Estado como máquina ineficaz que não consegue resolver os problemas básicos da população, que os velhos políticos não representam mais os anseios da população, abrem-se espaços, em nível federal e estadual, para candidatos outsiders que buscam explorar essa revolta e angústia da população, como salvadores da pátria. 

Diante desse quadro caótico e desalentador, há luzes nesse campo por que há um entendimento do cidadão-eleitor que a transparência em lidar com a coisa pública é a melhor maneira pra se jogar limpo com o eleitor que coloca o político no poder; que a honestidade seja uma bandeira permanente, mesmo que difícil, mas esse cidadão busca nos políticos, ele não quer corruptos, ladrões, quer alguém que cuide com honestidade do dinheiro público. 

Além disso, o cidadão-eleitor quer que o novo governante seja participativo, presente; quer alguém com ideias novas de desenvolvimento para o nosso estado, que tire o estado da situação de violência dominante e de outros males que sufocam a população. 

Compromisso é outra luz forte pairando na mente desse cidadão que busca alguém comprometido com o povo, que cumpra as promessas. Enfim, para o cidadão-eleitor que  vai eleger em 2018 o novo presidente do Brasil, o novo governador do Pará, novos senadores, novos deputados, outras imagens fortes surgem em suas mentes: ética, seriedade, verdadeiro, correto, sincero. 

Que seja Ficha Limpa, que tenha conhecimento geral do Estado do Pará. 

Ah! É um sonho!! Não custa nada sonhar. Temos que acreditar. 

Estudos da Doxa mostram que em 2018 os menos rejeitados e que não foram citados na Operação Lava Jato ou que não estejam envolvidos em problemas judiciais, e se apresentem como fichas limpas, tenham mais possibilidades de galgarem sucesso nas eleições 2018.

*Dornélio Silva é Mestre em Ciência Política e Diretor-presidente da Doxa Comunicação Integrada

quarta-feira, junho 14, 2017

Uso de redes sociais na política esmaga o futuro, diz Dominique Wolton

O cientista da comunicação Dominique Wolton durante entrevista no teatro Gazeta, em São Paulo.

Por Mathias Alencastro, na Folha

Dominique Wolton, 70, é um dos especialistas franceses mais renomados em ciências da comunicação. Ele defende uma concepção da comunicação que privilegia o homem e a democracia, ao invés da técnica e da economia.

De passagem pelo Brasil para uma aula magna na Faculdade Cásper Líbero, o autor de "Pensar a Comunicação" (UnB, 2004) e "Internet - E Depois?" (Editora Sulina, 2009) falou à Folha sobre o papel das redes sociais na política.

Folha - Em que medida a chegada ao poder de Emmanuel Macron representa renovação profunda da política francesa?

Dominique Wolton - A chegada ao poder de Emmanuel Macron só foi possível devido ao colapso eleitoral da centro-esquerda e da centro-direita. Sem esse desdobramento, a visão centrista dele não conquistaria apoio. A vitória de Macron não significa o fim da polarização direita-esquerda, mas a ultrapassagem momentânea do bloqueio político.

Portadora de uma mensagem de inovação, renovação e juventude, a chegada ao poder de Macron é, antes de tudo, uma lição de otimismo.

A grandeza da política é que as cartas são sempre redistribuídas. E a chegada de Macron redistribui as cartas. Isso vai fazer bem à direita e à esquerda.

Macron ainda é um enigma, apesar de ser muito popular. Como ele difere dos presidentes franceses anteriores?

A França adora dar lições de democracia para o mundo, mas continua sendo um país muito monárquico, elitista. Macron dá a impressão de querer mudar isso, mas ao mesmo tempo oferece garantias de continuidade.

O seu grande ativo é pertencer à elite e ao mesmo tempo dar a impressão de não pertencer a ela. Assim, ele consegue canalizar o sentimento popular de rejeição das elites sem perder o apoio da elite.

Ele mostrou ter inteligência para chegar ao poder. Ele antecipou os acontecimentos, viu as brechas, soube aproveitar as falhas dos outros. Mas isso não significa que ele tem inteligência para governar. São duas inteligências diferentes.

Depois da "hiperpresidência" de Nicolás Sarkozy, da "presidência normal" de François Hollande, a "presidência jupiteriana" de Macron pode ser bem sucedida?

Macron rejeita a ilusão da democracia direta criada pelas mídias, sondagens e redes sociais na qual Sarkozy apostou para imprimir um novo estilo de fazer política, que fracassou. Ele também rejeita o modelo dos países escandinavos, onde você pode cruzar um ministro fazendo compras no supermercado, seguido por Hollande.

A França gosta da democracia, mas também gosta dos símbolos e da hierarquia. Macron recorre aos símbolos para sinalizar à população que a ação presidencial não será orientada por consultores, assessores. Comunicar menos, na sua perspetiva, é comunicar mais.

No Brasil, as jornadas de junho de 2013 são muitas vezes comparadas à Primavera Árabe por causa do papel das redes sociais. O sr. acha que as redes sociais estão por trás da vaga de protestos que caracterizou o começo da década?

Não são os instrumentos de comunicação que fazem a revolta, isso é um contrassenso.

Uma vez que a mecânica da revolta surge, os meios tecnológicos acompanham e desempenham um papel. O mistério e a grandeza da Primavera Árabe é que as revoltas explodiram por razões que desconhecemos. Os telefones foram usados como meios de transmissão de informações, da mesma forma que a televisão e o rádio em outros momentos históricos. Não podemos dar demasiada importância à técnica. A política é muito mais complicada do que a comunicação.

As redes sociais são um instrumento de democratização?

Nas democracias, as redes sociais são uma extensão da lógica de expressão, o que, na teoria, é positivo. Mas se todo mundo se exprime, quem escuta o outro? Na prática, as redes sociais são o "low cost" da democracia, porque resume a ação política ao problema da expressão, quando o grande desafio é conhecer e agir.

Para melhorar a democracia, cada um deve ficar no seu lugar e fazer o seu trabalho. Os políticos devem parar de interagir diariamente com o eleitorado, os jornalistas devem parar de seguir o dia a dia dos políticos e se dedicar ao trabalho de investigação, e a opinião pública deve parar de pensar que ela é o coração revolucionário da sociedade.

Eu sou da opinião de que há mais inconvenientes do que vantagens das redes sociais na política. É uma perversão total achar que a ausência de atores intermediários melhora a política. Não há política sem atores intermediários.

A crise política no Brasil marcou o fim da era dos grandes marqueteiros, e as campanhas recorrem cada vez mais às redes sociais. A internet parece destinada a substituir o porta a porta, os panfletos, os palanques. As eleições podem ser vencidas somente através das redes sociais?

Essa tendência, que ganhou corpo durante a campanha de Barack Obama [nos Estados Unidos] em 2008, é enganosa. Obama não tinha estratégia para as redes sociais, ele apenas utilizou as redes sociais para mobilizar a sua estrutura tradicional.

Os pilares das campanhas modernas —sondagens, grupos focais e redes sociais— levam a um impasse. A força de uma campanha é medida pelo tempo passado na estrada, tocando, conversando, interagindo com as pessoas.

A tragédia de um telefone é que ele dá ao seu utilizador um sentimento de potência e controle: poder ouvir tudo, saber tudo, aceder a tudo. Isso leva o utilizador a subestimar a importância da experiência humana.

No mais, as redes sociais ampliam o presente e esmagam o futuro. Elas impedem o debate sobre as questões verdadeiramente fundamentais. O papel dos partidos, dos "think tanks", dos sindicatos, torna-se por isso ainda mais relevante na era das redes sociais. São as únicas organizações que conseguem pensar os próximos 20 anos na política. Enquanto as redes sociais criam a ilusão de um tempo que para no presente, o que nos leva a confundir expressão com ação.

*

RAIO-X

Nascimento: 26.abr.1947 em Duala (Camarões)

Formação: Bacharel em direito e doutor em sociologia pelo Institut d'Études Politiques de Paris

Trajetória: Desde 1980, foi diretor de diversos programas de pesquisa em política e comunicação do CNRS (Centro Nacional de Pesquisas Científicas, na sigla em francês); é autor de mais de 30 livros, entre eles "Pensar a Comunicação" (2004) e "Internet - E Depois?" (2009) 

terça-feira, julho 19, 2011

O legislativo estadual paraense na divisão do Pará

No Blog do Henrique Branco

O blog externa aos seus leitores o posicionamento de cada deputado estadual em relação à redivisão territorial do Pará. Se faz necessário conhecer os parlamentares que estão defendendo a divisão, os que são contra, advogam por um Pará unido e outros que (por conveniência política ou não) ainda não decidiram a qual lado defender. A lista com o posicionamento de cada parlamentar foi construída através de pesquisa e consulta aos próprios e assessores. Pesquisa de opinião apontou o seguinte quadro: 

A Favor da divisão: 17 deputados
 
Neutros na divisão: 17 deputados
 
Contra a divisão: 7 deputados
 
Deputados que são contra a divisão do Pará

Carlos Bordalo------------------------------- PT


Celso Sabino--------------------------------- PR


Chico da Pesca------------------------------- PT


Edmilson Rodrigues--------------------------- Psol


Eliel Faustino------------------------------- PR


Valdir Ganzer-------------------------------- PT


Manoel Pioneiro------------------------------ PSDB



Deputados neutros na discussão sobre a Divisão do Pará


Pastor Divino-------------------------------- PRB


Alessandro Novelino-------------------------- PSC


Ana Cunha------------------------------------ PSDB


Raimundo Belo-------------------------------- PSB


Cilene Couto--------------------------------- PSDB


Deputado Macarrão---------------------------- PMDB


Edilson Moura-------------------------------- PT


Eduardo Costa-------------------------------- PTB


Haroldo Martins------------------------------ DEM


Júnior Ferrari------------------------------- PTB


Luiz Rebelo---------------------------------- PP


Luzineide Farias----------------------------- PR


Márcio Miranda------------------------------- DEM


Martinho Carmona----------------------------- PMDB


Nilma Lima----------------------------------- PMDB


Raimundo Santos------------------------------ PR


Simone Morgado------------------------------- PMDB


Deputados que são a favor da Divisão do Pará

Airton Faleiro------------------------------- PT


Alexandre Von-------------------------------- PSDB


Antonio Rocha-------------------------------- PMDB


Bernadete ten Caten-------------------------- PT


Cássio Andrade------------------------------- PSB


Fernando Coimbra----------------------------- PDT


Gabriel Guerreiro---------------------------- PV


Hilton Aguiar-------------------------------- PSC


João Salame---------------------------------- PPS


Josefina Carmo------------------------------- PMDB


Milton Zimmer-------------------------------- PT


Ozório Juvenil------------------------------- PMDB


Parsifal Pontes------------------------------ PMDB


Pio X---------------------------------------- PDT


Tião Miranda--------------------------------- PTB


Zé Maria------------------------------------- PT


Zé Megale------------------------------------ PSDB 

segunda-feira, março 28, 2011

O Governo e as Massas




" Assim, sob qualquer ângulo que se esteja situado para considerar esta questão, chega-se ao mesmo resultado execrável: O governo da imensa maioria das massas populares se faz por uma minoria privilegiada. Esta minoria, porém, dizem os Marxistas, compor-se-a de operários. Sim, com certeza, de antigos operários, mas que, tão logo se tornem governantes ou representantes do povo, cessarão de ser operários e por-se-ão a observar o mundo proletário de cima do Estado; não mais representarão o povo, mas a si mesmos e suas pretensões de governa-lo.Quem duvida disso não conhece a natureza humana."

Mikhail Bakunin.

quarta-feira, março 23, 2011

Inauguração da Frente Parlamentar da Pesca e Aquicultura


A medida merecia mais destaque da imprensa local pois sendo o Pará, oficialmente, o 2º maior produtor de pescado do país e com tantos municípios que dependem da pesca para o sustento de seu povo, a notícia seria uma forma de mostrar que existem lideraças políticas na defesa dos pescadores e demais beneficiados pela cadeia da pesca no Estado.
O deputado Miriquinho Batista, PT – Pará, participou da inauguração da Frente Parlamentar da Pesca e Aquicultura, na Câmara dos Deputados, realizado no espaço Café do Salão Verde.

Participaram da inauguração o Secretário Executivo do Ministério da Pesca José Evaldo Gonçalo – representando a Ministra Ideli Salvati - o Presidente da Confederação de Pesca e Aquicultura Abraão Lincoln, o Presidente do Conselho Nacional de Pesca e Aquicultura Fernando Ferreira, o Ex- ministro Altemir Gregolin, o Presidente da Frente o Deputado Federal Cleber Verde e membros da mesa diretora e do conselho da frente.

O presidente da Frente, deputado Cléber Verde, falou que: “... há necessidade desta Frente Parlamentar virar uma Comissão Permanente da Câmara dos Deputados, falou também que já pediu ao deputado autor do Requerimento na legislatura passada que pedisse o desarquivamento, para poder enviar a solicitação a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados...”

O deputado Miriquinho, fez uso da palavra e disse: "Eu poderia fazer um discurso muito longo sobre a questão da pesca, mas quero pontuar aqui algumas questões nesse momento. Primeiro quero agradecer o ex- presidente Lula, por ter criado inicialmente a Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca que hoje é o Ministério da Pesca.

Eu tenho a honra de ter sido convidado para gerenciar a pesca na Amazônia, Tocantins, Amapá, Rondônia, Roraima, Acre, Pará e Amazonas. E eu sei muito bem como a gente encontrou a Pesca, eu recebi do Ministério de Agricultura, de um Departamento que tinha lá quatro caixas de papelão, aonde tinha apenas o registro da Pesca, era assim que a Pesca era tratada no Brasil. E nós trabalhamos no sentido da organização e tivemos apoio de todo mundo! Lembro o Fernando Ferreira aqui, que foi um, através dos Sindicatos que contribuiu inclusive com móveis para a gente pode começar a se organizar. As colônias de pescadores, as associações, enfim, foi um momento muito duro, porque nem computador a gente tinha pra fazer o registro.

Mas aqui, além desse registro da importância do ex-presidente Lula, quero ressaltar a importância da Frente, pois rolava não sei quantos projetos aqui da lei da pesca, quantas vezes eu tive aqui pra gente poder consolidar e construir uma única lei, a Lei da Pesca que hoje a gente sente orgulho do setor Pesqueiro no Brasil. Criar o Ministério da Pesca foi uma importante iniciativa que hoje consolida essa política...

Hoje como Deputado Federal eu quero dizer que um dos grandes debates que eu quero fazer aqui, como o Fernando e o Abraão já colocou que temos que discutir o custo da pesca, não podemos mais estar submetidos a quanto custa a pesca hoje no Brasil e a maneira como vivem os pescadores, eles não tem casa, não tem barco, não tem equipamentos, nós precisamos debater exatamente isso para transformar esse país num grande produtor de pescado. Esta Frente tem o papel importante a representação dela é conduzir da maneira como foi anunciada e fazermos o debate para podermos crescer no setor pesqueiro.

Nós temos... uma estatística grande do número de analfabetos. Nós criamos o pescando letras que alfabetizou muita gente e teve muitas cartas de pescadores agradecendo por ter sido alfabetizado, eles requerem e exigem continuar estudando e trabalhando com dignidade com sua família. Além disso, temos que tratar de dois pontos fundamentais da Lei, além do custo é a comercialização, nós não podemos mais deixar que aquele que vive da pesca é quem menos ganha com a pesca é o pescador, principalmente o pescador artesanal, tem que ter espaço de comercialização e ele ganhar o seu dinheiro tanto quanto ganham os outros que vivem da pesca.

Eu como deputado estadual, apresentei ao Estado do Pará uma legislação que foi aprovada que é exatamente a isenção do pagamento da taxa pra poder o aquicultor se legalizar e não ficar na clandestinidade na produção de pescado. Venho trazer esse mesmo projeto, para não ser somente uma Lei no Pará mais uma Lei no Brasil para poder ajudar todos os piscicultores, todos os produtores de pescado, pra ter uma legislação que possa dar condição àquele que cria, àquele que produz – e diga-se de passagem – o melhor alimento que tem hoje para o povo brasileiro que é o pescado”.

O deputado Miriquinho finalizou seu discurso agradecendo e parabenizando a todos os envolvidos com o tema e acrescentou ainda que: “... Neste momento e eu não tenho dúvida de que a Câmara Federal vai ter um defensor que vai debater a pesca no Brasil e vai transformar este setor num grande setor cada vez mais organizado para o povo brasileiro.”

Por Raquel Paz - Brasília.

terça-feira, agosto 31, 2010

Dúvidas sobre a eleição? Tire aqui

By Congresso em Foco

Eleição é, sobretudo, uma época de dúvida. É o momento em que o eleitor vai amadurecer o voto, buscar informações sobre a atuação, o passado e o presente dos candidatos. A hora da decisão de quem receberá o voto. Porém, pela complexidade do processo, ainda mais com duas novas leis aprovadas mudando a legislação eleitoral, as regras estão um pouco confusas na cabeça de muita gente.

Por isso, recorremos aos nossos seguidores no microblog Twitter. Perguntamos quais eram as dúvidas deles sobre o processo eleitoral como um todo. Selecionamos as perguntas mais recorrentes e buscamos, neste espaço, tirar as dúvidas dos internautas. O espaço está aberto, em constante atualização. Outras questões podem ainda ser respondidas. Basta o leitor entrar em contato com o site.

Continua...

quarta-feira, julho 28, 2010

Idealmente e na Prática

"Há duas maneiras de fazer política. Ou se vive para a política ou se vive da política. Nessa oposição não há nada de exclusivo. Muito ao contrário, em geral se fazem uma e outra coisa ao mesmo tempo, tanto idealmente quanto na prática." (Max Weber)

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...