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quarta-feira, novembro 14, 2018

Bolsonaro pode ter dado um golpe no governo cubano

Jair Bolsonaro disse que Brasil vai dar asilo a quem quiser ficar.


O presidente eleito disse que o médico cubano que desejar ficar no Brasil, receberá asilo político

Ao anunciar que estava largando o programa Mais Médicos, o Ministério da Saúde Pública de Cuba pode ter imaginado que estaria dando um golpe fulminante no próximo governo brasileiro.  Afinal, de uma hora para outra, sem previsão, 8.332 profissionais cubanos serão obrigados a deixar mais de 24 milhões de brasileiros sem assistência médica. Só, em São Paulo, são 8,5 milhões.

Desses limões enviados por Cuba, no entanto, Jair Bolsonaro pode ter encontrado a receita para uma suculenta limonada.   

"Temos que dar o asilo às pessoas que queiram. Não podemos continuar ameaçando como foram ameaçadas no governo passado. Se eu for presidente (sic), o cubano que quiser pedir asilo aqui, vai ter", disse o sucessor de Michel Temer.  

Em português claro: ao propor acolhimento institucional ao profissional que deseja ficar, Bolsonaro pode ter aberto uma fenda de proporções oceânicas na política cubana.  

Uma conta importante: o Brasil gasta, por mês, R$ 95.984.640,00 com os cubanos. Dessa grana, R$ 70.988.640,00 ficam para o governo do presidente Miguel Díaz-Canel. Ou seja, mais de R$ 850 milhões anuais.  

Além de perder essa dinheirama, os herdeiros de Fidel Castro ainda correm o risco de passar pelo constrangimento de terem muitos médicos abandonando as regalias e encantos do regime socialista.     
De qualquer modo, Cuba pode retaliar, impondo restrições à saída dos familiares. Mas, aí, criaria uma monumental crise humanitária.   Resumo dessa rumba: Bolsonaro pode ter dado uma rasteira em Cuba.

sábado, novembro 26, 2016

Fidel, um brasileiro? (e paraense?)

Fidel Castro seria natural de uma vila que pertencia a Bragança, hoje município paraense emancipado, chamado de Tracuateua.


Por Ivan Padilla, na Época

Ángel Castro, um espanhol bem-apessoado, chegou a Tracuateua, no Pará, no início da década de 20. Naquela pequena vila da região amazônica, onde trabalhou como barqueiro, ele conheceu Delphina Smith, uma descendente de alemães, com quem se casou e teve um filho chamado Fidel. A família se mudou para Iquitos, na região amazônica do Peru, e sua trajetória se perdeu no tempo. Décadas depois, aquele mesmo menino, transformado em um homem corpulento e barbudo, liderou um grupo de guerrilheiros em Sierra Maestra, derrubou o ditador Fulgencio Batista e implantou uma revolução socialista em Cuba.

Essa inusitada versão é levada a sério por um grupo de pesquisadores paraenses. A história corre de boca em boca na região há décadas. Dagoberto Smith, irmão de Delphina, ainda vive na zona rural de Tracuateua. Diz ter 100 anos e está lúcido, embora com a memória embaralhada. Jura que guarda em casa cartas enviadas pela irmã e algumas poucas fotos em preto e branco do sobrinho famoso. Durante muito tempo, com medo de repressão do governo militar brasileiro, ele se recusou a mostrar esse material e a conversar sobre o assunto. Homem matuto e desconfiado, vai aos poucos perdendo o receio. Dagoberto conversou na semana passada com um repórter do jornal La Vanguardia, de Barcelona, na Espanha. Também gravou um depoimento para um documentário dirigido pelos historiadores Dantas e Jesse Feitosa, pai e filho. Outro historiador, Edilson Silva de Oliveira, está reconstituindo a história da família Castro paraense. Meses atrás ele deu uma entrevista sobre o tema à rádio Pérola, de Bragança. Depois disso, mais de três dezenas de ouvintes entraram em contato com a emissora para dar outros detalhes de velhos casos contados por seus pais e avós.

A história oficial do ditador cubano é contada pela pesquisadora carioca Claudia Furiati, autora de sua única biografia autorizada. Ela passou quatro anos em Havana e teve acesso a inúmeros documentos, entre eles duas certidões de Fidel. A primeira aponta o nascimento dele no dia 13 de agosto de 1927 e foi lavrada na província de Cueto, em Cuba. A segunda, com uma data posterior, foi acertada com o juiz da comarca para que o aplicado estudante passasse uma série na frente dos colegas de classe. De acordo com essa versão, Ángel Castro era um jovem soldado espanhol quando foi enviado a Cuba para lutar na Guerra da Independência, no fim do século XIX. Depois retornou à terra natal, mas por pouco tempo. Logo voltou à ilha. O ex-soldado trabalhou como operário da construção civil, comprou terras e enriqueceu. Casou-se pela segunda vez com Lina Ruz González, uma camponesa que trabalhava para ele. Fidel foi o terceiro dos seis filhos do casal e recebeu esse nome em homenagem a um amigo e sócio de Ángel.

"A história me pareceu interessante, mas fantasiosa demais. Não bate com os documentos pesquisados''.

CLAUDIA FURIATI, biógrafa oficial de Fidel.


Logo depois do lançamento do livro, Claudia foi procurada por Sandro Castro, um paraense que se dizia sobrinho de Fidel. "A história me pareceu interessante, mas muito fantasiosa", conta. "Não bate com os documentos que pesquisei. Pode se tratar de uma coincidência de nomes, de um parente ou mesmo de uma parte obscura da trajetória de Ángel Castro. Não existem registros de passagens dele pelo Brasil, mas isso pode ter acontecido."

A suposta família paraense do ditador cubano é numerosa. Delphina, a mãe de Fidel na versão amazônica, tinha um irmão, Pedro Smith, já falecido. Sua esposa, Isaura Smith, conhecida na região como Lili, ainda vive. Esses "parentes" contam passagens tão épicas quanto inverossímeis, com datas e percursos imprecisos. No Peru, Ángel e Delphina teriam se separado. O aventureiro espanhol teria vagado por alguns anos pela América Latina. Quando soube que o filho estava internado em um colégio religioso, teria voltado ao Peru, para raptá-lo e levá-lo a Cuba.

Uma vez no poder, Fidel teria despachado Ernesto Che Guevara ao Pará para apagar os vestígios de sua origem brasileira - sabe-se lá por quê. Ele teria sido responsável pelo incêndio que destruiu centenas de documentos no cartório de Santa Maria da Foz do Tauari, no município de Gurupá, nos anos 60. Che esteve realmente no Brasil nessa época, mas para receber a ordem do Cruzeiro do Sul das mãos do presidente Jânio Quadros. Não há registros de passagens pelo Pará. Lício Viana, um caminhoneiro de Tracuateua, no entanto, jura que chegou a dar carona a Che. 

Os pesquisadores querem comparar amostras de DNA da família Smith com as do líder cubano. Procurada por ÉPOCA, a Embaixada de Cuba no Brasil não quis se pronunciar sobre o assunto. Sem tanta preocupação com a veracidade dos fatos, políticos paraenses planejam erguer estátuas de Fidel e apresentar em breve um projeto de lei para mudar o nome de Tracuateua para "Fidelândia". "Seria uma homenagem à origem brasileira de Fidel e um impulso ao turismo local", diz o deputado João de Deus - coincidentemente, do Partido Socialista Brasileiro.

Os coxinhas vão pirar: FHC lamenta a morte de Fidel Castro



Por Fernando Henrique, em sua fanpage

A morte de Fidel faz recordar, especialmente a minha geração, o papel que ele e a revolução cubana tiveram na difusão do sentimento latino-americano e na importância para os países da região de se sentirem capazes de afirmar seus interesses.

A luta simbolizada por Fidel dos ‘pequenos’ contra os poderosos teve uma função dinamizadora na vida política no Continente. O governo brasileiro se opôs a todas as medidas de cerceamento econômico da Ilha e, desde o governo Sarney até hoje as relações econômicas e políticas entre o Brasil e Cuba fluíram com normalidade.

Estive várias vezes com Fidel, no Brasil, no Chile, em Portugal, na Argentina, em Costa Rica etc. O Fidel que eu conheci, dos anos noventa em diante, era um homem pessoalmente gentil, convicto de suas ideias, curioso e bom interlocutor.

Os tempos são outros hoje. Do desprezo altaneiro aos Estados Unidos, Cuba passou a sentir que com Obama poderia romper seu isolamento. As nuvens carregadas de Trump não serão presenciadas por Fidel. Sua morte marca o fim de um ciclo, no qual, há que se dizer que, se Cuba conseguiu ampliar a inclusão social, não teve o mesmo sucesso para assegurar a tolerância política e as liberdades democráticas.

Junto com meu pesar ao povo cubano pela morte de seu líder, quero expressar meus votos para que a transição pela qual a Ilha passa permita que a prosperidade aumente, mas que se preserve, num ambiente de liberdade, o sentimento de igualdade que ampliou acesso à educação e à saúde.

terça-feira, setembro 29, 2015

Mídia brasileira esconde encontro entre presidentes de Cuba e EUA na ONU

Encontro de Raúl Castro e Barack Obama na ONU, praticamente não foi divulgado pela imprensa nativa do Brasil. É como se ainda estivéssemos em plena guerra fria ou sob censura pela Ditadura Militar.

Os presidentes americano Barack Obama e cubano Raúl Castro iniciaram nesta terça-feira (29/9), na sede da ONU em Nova York, sua primeira reunião bilateral desde a abertura das embaixadas em julho passado após 50 anos de relações rompidas. 

Obama e Castro apertaram as mãos no início do encontro, o segundo entre os dois desde a reunião de abril durante a Cúpula das Américas no Panamá, após o início da aproximação entre Washington e Havana. 

Enquanto Obama esboçava um grande sorriso, Castro apareceu mais sóbrio, diante dos olhares do secretário de Estado americano, John Kerry, e do ministro das Relações Exteriores cubano, Bruno Rodríguez.

quarta-feira, abril 22, 2015

A charge que marcou o Dia de Tiradentes e suas interpretações

Charge de Laerte é criticada e elogiada por leitores.


Já faz algum tempo que me sinto ofendida com as charges do Laerte, mas agora ele extrapolou. Tiradentes (dentista como eu) sendo enforcado e um grito de "Vai pra Cuba" vindo da plateia que assiste à cena. Como assim? Tiradentes lutou contra o governo de Portugal que abusava e oprimia, exatamente como nós que fomos para as ruas reclamar contra os abusos do governo da presidente Dilma e dos escândalos do PT.

ELIZABETH MANGUINO (São Paulo, SP)

*

Genial, sob todos os aspectos, a charge do artista Laerte. Valeu por um artigo de fundo. Fiquei imaginando Joaquim José da Silva Xavier, nos dias atuais, lutando em prol do Brasil contra os interesses da coroa. Qual seria a reação de boa parte da classe média, alfabetizada politicamente via Facebook? Certamente, Tiradentes seria tachado de comunista a serviço de Cuba, e, com o apoio da imprensa reacionária, muitos iriam para as avenidas, com faixas e carros de som, exigindo, no mínimo, que ele fosse enforcado uma segunda vez.

EDSON JOSÉ DE SENNE (Ribeirão Preto, SP)

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Creio que Laerte tenha cometido dois erros:

1) quem grita hoje "Vai pra Cuba" são os contra o regime e não o contrário, Tiradentes lutou contra o "quinto" (quinto dos infernos como se dizia então), que era o imposto de 20% cobrado pela coroa;

2) hoje temos dois quintos dos infernos; 40% de impostos cobrado pelo governo de plantão, esse mesmo governo a quem a população manda ir pra Cuba. Tiradentes era oposição e seria (se possível) enforcado duas vezes enquanto os donos da situação continuariam se esbaldando com falcatruas, roubos e desvios dos nossos suados impostos.

JOSÉ E. RUBIN (São Caetano do Sul, SP)

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A charge de Laerte, nesse emblemático 21 de abril, é coisa de gênio. Muitos dos que hoje se manifestam nas ruas e nas redes sociais são movidos apenas por preconceitos de classe. Não tenho dúvidas de que esse "Vai pra Cuba!" seria ouvido não só pelo Tiradentes, mas também por todos aqueles que um dia ousaram se colocar ao lado dos marginalizados e defender a justiça social (inclusive Jesus).

LEANDRO VEIGA DAINESI (Lorena, SP)



Em charge publicada nesta terça-feira (21), na Folha de São Paulo, a cartunista Laerte associa o processo de linchamento político por que passam os petistas ao enforcamento e esquartejamento sofrido por Tiradentes o homenageado pelo feriado.

Na charge, vê-se Tiradentes, já no patíbulo, com o laço da corda sendo amarrado por um dos dois soldados que o ladeiam, quando, da platéia, alguém grita: "Vai pra Cuba!", expressão comum nas manifestações que ocorreram em todo o país tanto no dia 15 de março quanto em 12 de abril.

Naquela época, os inconfidentes, como Tiradentes, sofreram processos, condenações, perseguições e o degredo. Mas só Tiradentes foi enforcado, esquartejado e teve seus restos espalhados pelas vias públicas para que servisse de exemplo aos demais. A condenação dada ao inconfidente foi injusta. Na visão de alguns historiadores, tal fato se deu porque os outros inconfidentes eram membros da elite e por isso foram poupados.

Mais cedo, na cerimônia em homenagem ao 21 de abril, o governador mineiro Fernando Pimentel (PT) lembrou que Tiradentes foi um "injustiçado" e criticou os "justiceiros" que atentam contra a democracia.

Será que o PT passa agora pelo mesmo processo pelo qual passou Tiradentes?

terça-feira, março 03, 2015

Cuba e EUA: Personagens de nossa América



Por Sérgio Barra*, no blog do Espaço Aberto.

Eis aqui uma história que era acalentada por muitos, mas desvalorizada por outros tantos, inclusive, em nível internacional. Demorou para que a História deixasse  sua visão retrospectiva e adotasse uma análise mais próxima do presente. Durante muito tempo sua concepção lhe impunha certo distanciamento de seu objeto e uma restrição rígida de natureza política. Lentamente, começou um processo de valorização de pessoas influentes como fonte e da política e acontecimentos contemporâneos como foco, que nos oferecem a história não mais como letra morta, história fechada, mas como um processo vivo de interpretação de ontem e do agora. A ausência de relações entre Estados Unidos e Cuba era uma herança de tempos em que o comunismo era um "perigo" para toda a América Latina. Mas os dois países têm laços históricos que remontam ao século XIX.

Desde aquela época havia um movimento em Cuba para libertar a ilha do domínio colonial, mas esse objetivo só foi alcançado quando os EUA venceram a Espanha na guerra de 1898. Embora os cubanos não tenham sido anexados, ficaram com restrições à soberania, como a Emenda Platt à sua Constituição, que autorizava ações militares americanas em seu território e o estabelecimento de uma base naval na baía de Guantánamo. O poderoso vizinho apoderou-se de setores-chaves da economia da ilha, como açúcar, tabaco e turismo. O crime organizado era muito forte no país, envolvido com drogas, prostituição e jogo.

Os nacionalistas cubanos se ressentiam dessa influência e afirmavam que era necessária uma revolução para completar o projeto de independência, que havia sido interrompido pela interferência dos EUA. A revolução começou em 1956 com uma revolta contra o ditador Fulgêncio Batista, cujo governo era apoiado pela Casa Branca. Contudo, os EUA não o viam como um aliado fundamental e não foram hostis aos guerrilheiros comandados por Fidel Castro. Havana foi conquistada em 1959. Fidel reuniu-se com diplomatas e políticos, recebido pelo então vice-presidente Richard Nixon, que advertiram o jovem líder cubano a se manter afastado de comunistas como seu irmão Raúl e seu colega de armas argentino, Ernesto Guevara.

A revolução não era, em essência, marxista - seu pilar eram mudanças sociais de grande escala, como a reforma agrária. O novo governo começou com medidas como a nacionalização de propriedades de empresas americanas, colocando Havana e Washington em conflito. Os líderes cubanos se irritaram com as pressões americanas. Começaram sanções econômicas americanas. Cuba aproximou-se da União Soviética, que ofereceu ao país ajuda econômica e militar, e a ilha abraçou o comunismo. Os EUA romperam as relações diplomáticas em janeiro de 1961.

A revolução cubana teve impacto extraordinário em toda a América Latina e que culminou com a suspensão do país da OEA, em 1962 e com o embargo econômico contra a ilha. De lá pra cá todos conhecem a história. A Guerra Fria acabou entre 1989 e 1991, com o colapso dos regimes comunistas na Europa oriental o fim da URSS. As mudanças na América Latina foram benéficas para Cuba. A ausência de relações com os EUA tornou-se um anacronismo. Centenas de milhares de cubanos haviam migrado para os EUA. Viraram uma comunidade próspera e influente, sobretudo na Flórida, e fortemente anticomunista.

Outro fator crucial foi a mudança demográfica na comunidade cubano-americana. Os líderes mais idosos começaram a morrer e foram substituídos por uma geração mais jovem e pragmática, dispostas a aproveitar as oportunidades comerciais. Essas foram as bases econômicas e sociais que levaram ao acordo entre EUA e Cuba e que criaram as condições para o que pode ser um período promissor nas relações entre ambos os países. O mundo não é uma festa, mas é formado por uma fauna humana que resume todas as nossas emoções e desejos, dúvidas e anseios, angústias e contradições. A maior conquista da democracia é o estado de direito.

*Sérgio Barra é médico e professor.
sergiobarra9@gmail.com

quarta-feira, janeiro 07, 2015

Estados Unidos anunciam a libertação de presos em Cuba

Povo cubano e americano comemoram a volta das relações diplomáticas e a libertação de presos políticos.

O governo de Cuba libertou hoje (6) vários presos políticos incluídos em uma lista de 53 nomes que os Estados Unidos entregaram a Havana. A decisão confirma o início da aproximação diplomática entre os dois países, conforme informou o Departamento de Estado norte-americano.

“Já foram libertados alguns desses prisioneiros”, declarou a porta-voz da diplomacia norte-americana, Jennifer Psaki, sem precisar o número de detidos. “Evidentemente, queríamos que isso fosse concluído o mais cedo possível”, salientou Jenifer.

Os presidentes norte-americano e cubano, Barack Obama e Raúl Castro, anunciaram, em 17 de dezembro, o início de um processo de normalização das relações diplomáticas, após mais de meio século de embargo econômico dos Estados Unidos contra a ilha comunista.

A aproximação histórica também suscitou críticas, inclusive do Congresso norte-americano, onde diversos eleitos consideraram que a administração de Obama deveria ter se preocupado com a questão dos direitos humanos ao fazer concessões a Havana.

Conforme Jenifer Psaki, as primeiras discussões oficiais entre os dois governos ocorrerão em Cuba ainda em janeiro e deverão abordar temas como imigração e direitos humanos.

quarta-feira, julho 17, 2013

O ódio que transtorna Serra

José Serra não tem jeito, não tem caráter, não tem palavra, não tem nada!
No Tijolaço


A natureza perversa de José Serra é algo incontrolável.

Faz tempo, o ódio substituiu-lhe a razão e a ambição, o caráter.

Ontem, ao deambular, sombrio, no Senado, ao que parece sem ser convidado, Serra disse que “ a medida provisória que cria o programa “Mais Médicos” e visa ampliar a presença de profissionais estrangeiros no país é um “tiro no pé” do governo”, segundo noticia o G1:

- É um tiro no pé. Um tiro de canhão [...] porque é uma medida absurda, inclusive para enfraquecer o próprio governo.

A alguém que, como Ministro da Saúde de Fernando Henrique, negociou com o Governo de Cuba a vinda de médicos daquele país é, no mìnimo, uma desonestidade mental e verbal dizer isso.

A Folha noticiou, em janeiro de 2000 que “o acerto com o governo cubano teria sido feito pessoalmente pelo ministro José Serra (Saúde) quando ele esteve em Cuba em 1999″.

Serra é assim, um animal político carcomido, que não consegue, por mais massa cheirosa que o venere, disfarçar o odor nauseabundo do desejo de vingança, por onde quer que seu espectro vá assombrar-nos.
Por: Fernando Brito

segunda-feira, abril 08, 2013

Jornalista cubana é impedida de entrar nos EUA. Cadê a defesa de Yoani Sànchez?

Liberdade seletiva: Elaine Díaz Rodríguez, jornalista e blogueira cubana, é impedida de ir aos EUA (Foto: Flickr).

No Opera Mundi.

“É humilhante que neguem vistos a acadêmicos enquanto recebem de braços abertos a Yoani", analisa Elaine.


Na última semana, a professora da Universidade de Havana, Elaine Díaz Rodrígues, teve o seu visto negado para entrar nos EUA. Elaine, que também é jornalista e blogueira, teve o seu trabalho aprovado  para ser apresentado no XXXI Congresso Internacional de Estudo Latino-Americanos - que é um dos maiores eventos de Ciências Socias do Mundo. As informações são do site Jornalismo B Notícias.

“Quem cerceia a liberdade? Cuba ou os EUA? “Não tive nenhum problema com Cuba para sair, nunca”, ponderou a professora.

Segundo Jornalismo B Notícias, Elaine também criticou a administração de Barack Obama e questionou o porquê do visto de Yoani Sanchez ter sido aceito e o dela não.  “É humilhante que neguem vistos a acadêmicos enquanto recebem de braços abertos a Yoani (Sanchez)”, reiterou.

Elaine teve seu trabalho aprovado pela Associação de Estudos Latino-Americanos, organizadora do evento, que também deu a ela uma bolsa para a viagem. Mesmo assim, o governo dos EUA não concedeu o visto – documento que garante a presença legal em solo norte-americano.
 

sexta-feira, fevereiro 01, 2013

Internet pode furar bloqueio da grande imprensa à esquerda, diz Lula

Na Rede Brasil Atual 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que acredita que a interação permitida pelos novos meios de comunicação, em especial a internet, podem ajudar a furar o bloqueio que a grande mídia tradicional impõe aos governos de esquerda. A declaração foi feita na quarta-feira (30), durante o encerramento da 3ª Conferência Internacional pelo Equilíbrio do Mundo, patrocinada pela Unesco e realizada em Cuba.

Lula criticou a resistência dos grandes meios de comunicação aos governos progressistas. Em tom irônico ele afirmou: “Eu nem reclamo, porque no Brasil a imprensa só fala bem de mim. Mas nasci assim, cresci assim e vou morrer assim, ou seja, deixando eles muito nervosos”.


“Não pense que a imprensa não gosta do Chávez porque ele fala do socialismo do século 21. Não pensem que não simpatizam com Corrêa, Morales ou Cristina. A verdade nua e crua é que a elite política e econômica dos nossos países não gosta de nós, não pelos erros que tenhamos cometido, mas pelas coisas que fizemos bem.”


Lula também defendeu o fim do embargo econômico dos Estados Unidos a Cuba, que segundo ele não se justifica mais. “Espero que o presidente Obama, neste segundo mandato, tenha um olhar mais equitativo e mais justo para nossa querida América Latina e, principalmente, acabe com o bloqueio contra Cuba, porque não existe motivo nenhum para mantê-lo.”

quinta-feira, fevereiro 26, 2009

Sarkozy nomeia socialista como emissário para Cuba

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, designou nesta quarta-feira o ex-ministro da Cultura Jack Lang como "emissário especial" para Cuba, a fim de reativar um diálogo político e a cooperação entre os dois países. Lang realizará "um série de encontros com políticos cubanos", segundo informou o Palácio do Eliseu, residência oficial do presidente francês.
A França está participando de uma iniciativa diplomática internacional, junto a países da União Europeia e políticos norte-americanos, que pretendem retomar o diálogo com Cuba.
O ex-ministro do governo de François Mitterrand e atual deputado aceitou a nomeação, mas negou nos últimos meses que queria participar do governo de Sarkozy, ressaltando "que é socialista e permanecerá socialista".
Também surgiram especulações dizendo que o deputado seria designado ministro da Justiça. Lang já estaria em Cuba em uma missão preparada pelo presidente francês e pelo Ministério das Relações Exteriores do país, na qual deveria levar "uma mensagem" de Sarkozy à ilha caribenha. Porém, a embaixada francesa em Havana, consultada pela ANSA, não pode confirmar se o emissário estaria no país.
Lang, que faz parte da comissão de Assuntos Exteriores da Assembleia Nacional francesa, foi ministro de Mitterrand na década de 1980.

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...