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domingo, junho 21, 2015

A hipocrisia da mídia que não investiga deixa órfão o jatinho do PSB, um ano depois

Morreram sete pessoas e o Brasil passou por uma comoção nacional. Não interessa, porém.


É curioso como corrupção só interessa à imprensa quando atinge o PT.

Foi preciso que o até agora dono do jato em que morreu Eduardo Campos – desastre a partir do qual decolou Marina Silva, pondo abaixo o favoritismo disparado de Dilma Rousseff – dissesse, para escapar de um pedido de indenização de R$ 350 mil feito por pessoas que tiveram suas casas danificadas na queda do aparelho , que não é, nem nunca foi, dono do avião.

João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho disse no processo que comprou, mas não comprou, o avião e que “converteu” os pagamentos feitos em “horas de voo”.

E uma empresa em recuperação judicial (!!) vendeu, mas não vendeu e continuava dona da aeronave.
Assim, tudo de boca, sem um “papelinho” assinado.

Vai fazer um ano do acidente que quase mudou o resultado da eleição presidencial.

Até agora não há informação dos inquéritos (???) que apuram suas circunstâncias.

Nem mesmo esta, básica: de quem era o aparelho?

Quem comprou e quem cedeu a Eduardo Campos e Marina Silva?

Quem o operava? Quem contratava e pagava a tripulação?

Qual era a participação do contrabandista Apolo Santana Vieira no negócio?

A Polícia Federal e o Ministério Público, que vazam tudo na “Lava Jato”, não dão um pio.
Os jornais fizeram uma ou outra matéria sobre os “mistérios” aeronáuticos, mas nunca apuraram sistematicamente.

Os blogs tentaram, mas não têm condições de ir mais fundo do que foram, seja porque faltam recursos, seja porque “otoridades” não falam com blogueiros “sujos”.

Do jeito que anda nossa mídia não demora a dizerem que o dono do avião era o José Dirceu!

Morreram sete pessoas e o Brasil passou por uma comoção nacional.

Não interessa, porém.

Não dá para atingir a Dilma; não dá para “pegar o Lula”.

É só o que importa à Polícia Federal , ao Ministério Público e ao “jornalismo investigativo”.

quinta-feira, agosto 21, 2014

'Ela que vá mandar na Rede dela', diz dirigente do PSB sobre Marina Silva

Marina chama de 'mal entendido' o rompimento do coordenador da campanha de Eduardo Campos que a chamou de hospedeira e disse que no PSB ela não manda.

Um dia após o PSB oficializar a candidatura de Marina Silva para a Presidência, o coordenador-geral da campanha de Eduardo Campos, Carlos Siqueira, anunciou nesta quinta-feira (21) seu desligamento do posto alegando divergências com a ex-senadora. Ao sair de reunião do PSB, Siqueira – que é secretário-geral do partido –, mandou um recado para Marina: “ela que vá mandar na Rede dela”, disse o dirigente, referindo-se ao grupo político da presidenciável, a Rede Sustentabilidade. 

Tentando evitar polêmicas com a cúpula do PSB, Marina disse que a divergência era motivada por um "mal entendido".

Quadro histórico do PSB, Siqueira confirmou sua saída da coordenação da campanha na manhã desta quinta, pouco antes de os dirigentes socialistas se reunirem, em Brasília, com os demais partidos da coligação. Indagado por repórteres se estava magoado com a candidata ao Planalto, o secretário-geral criticou o fato de Marina ter feito indicações para cargos-chave da campanha sem consultar o PSB.

“Magoado, eu não estou, não. Não tenho mágoa nenhuma dela. Apenas acho que quando se está numa instituição como hospedeira, como ela [Marina] é, tem que se respeitar a instituição, não se pode querer mandar na instituição. Ela que vá mandar na Rede dela porque no PSB mandamos nós”, disse Siqueira.

O ex-coordenador da campanha disse ainda que Marina não representa o legado de Eduardo Campos e que, por isso, não vai fazer campanha para ela.

“Acho que ela não representa o legado dele [Eduardo Campos] e está muito longe de representar o legado dele. Eu não vou fazer campanha para ela porque eles eram muito diferentes, politicamente, ideologicamente, em todos os sentidos”, afirmou Siqueira.

O ex-coordenador também criticou o fato de, na opinião dele, Marina ter feito alterações na equipe da campanha sem consultar o PSB.

“Ora, ela nomeou o presidente do comitê financeiro da campanha, cuja responsabilidade da prestação de contas é do partido. Ela não perguntou nada ao PSB, ao invés de discutir o assunto com o partido […] Nós não podemos oferecer o partido a uma candidatura que procede dessas maneiras”, disse.

Segundo o Blog do Camarotti, o mal-estar público entre Siqueira e Marina preocupou dirigentes do PSB. A cúpula do partido teme que as críticas do ex-coordenador possam gerar novas baixas na campanha presidencial.

'Equívoco'

Pouco depois das declarações de Siqueira, Marina deixou a reunião que estava fazendo com os demais partidos da coligação e foi questionada por jornalistas sobre a reação do secretário. Ela classificou a fala como “equívoco” e “incompreensão” e a atribuiu à “gravidade do momento, ao tensionamento”.
“Há que ter compreensão com as sensibilidades das pessoas e essa compreensão, essa capacidade eu tenho. Sempre digo que prefiro sofrer uma injustiça a praticar uma injustiça”, disse. Ela ainda acrescentou que tem “profundo respeito” pelas pessoas. “Ainda mais nesse momento de dor”, disse em referência à morte de Eduardo Campos.

Trocas na campanha

Durante longa reunião dos dirigentes do PSB e da Rede nesta quarta-feira (20), Marina acertou algumas trocas entre os integrantes da coordenação da campanha. Ela deu mais poderes a dois integrantes da Rede que são de sua confiança.

O deputado federal Walter Feldman, que era o porta-voz da Rede, foi colocado como coordenador-geral adjunto para atuar ao lado de Siqueira. Bazileu Margarido, um dos militantes que trabalharam pela fundação da Rede, foi nomeado titular do comitê financeiro da campanha. Ele ocupava o lugar que foi designado a Feldman.

O gesto de Marina foi interpretado por Siqueira como uma demissão, segundo avaliaram pessoas ligadas a candidata. O secretário gostaria de ter sido indicado pessoalmente pela ex-senadora e não gostou do fato de ela ter designado ao PSB a tarefa de escolher seus integrantes na coordenação.

“Ele me disse que foi uma maneira elegante de a Marina o destituir do cargo”, relatou Bazileu Margarido. Durante a reunião, a senadora chegou a pedir desculpas a Siqueira, mas ele não voltou atrás e decidiu romper com a candidata.

Novo coordenador-geral

O presidente do PSB, Roberto Amaral, concedeu entrevista ao lado candidata e reiterou que “não há nenhum ruído entre o PSB e a Rede”. A declaração de Siqueira, segundo Amaral, é um “mal entendido”. “Uma reação puramente pessoal que eu respeito sem nenhum conteúdo político”, concluiu.

Ele também disse que o partido indicará um novo coordenador-geral para a campanha ainda nesta tarde. Ele disse ainda que Siqueira – que é primeiro-secretário da legenda - trabalhará ao seu lado no comando do partido.

No Portal G1.

sexta-feira, junho 27, 2014

Monitoramento Eleitoral: acompanhe o humor do brasileiro com os candidatos a presidente




A A2C, uma das maiores agências digitais do Brasil, e o Livebuzz, especializado em monitoramento de marcas, criaram o “Monitor Eleitoral”.

> Método

Os robôs do Livebuzz captam as menções a Dilma Rousseff, Aécio Neves e Eduardo Campos, feitas por usuários do Twitter, Facebook, Flickr, Instagram, Google Blogs, Google Plus, Google News, LinkedIn, Orkut, RSS, Yahoo!, Tumblr, Youtube, Vimeo, SlideShare, Mercado Livre, Reclame Aqui e Foursquare, e com base no que dizem as mensagens classificam os índices dos candidatos.

Um algoritmo simples trata os dados sequestrados em três eixos:

1. Total das menções a cada candidato, o que lhe mede o nível de conhecimento;

2. A compartimentação dessas menções por sentimento positivo ou negativo em relação a cada um (as menções neutras são desprezadas);

3. No cotejo do 1 com o 2 gera o “Índice de Saudabilidade” dos candidatos, que doravante chamarei de IS.

> Antes e depois do xingamento

Observei as quantas ia o humor do brasileiro com a presidente Dilma nas bordas da abertura da Copa, quando ela foi grosseiramente xingada, pois ali reinava um recalque devido ao povo ainda não estar imerso no clima da competição.

Na véspera da abertura da Copa, o IS da presidente estava em meros 2%, mas as grosserias desferidas à presidente funcionaram na base do “feitiço virou contra o feiticeiro”: um dia depois do xingamento o IS dela disparou para 15%.

A síndrome da vitimização ajudou Dilma. Pesquisas do PT demonstraram que mais da metade dos brasileiros reprovou a grosseria. Isso bastou ao PT vociferar o discurso da “elite branca”.

> Consertando

O equívoco da reação foi diagnosticado pelo ministro da Secretaria-Geral da presidência, Gilberto Carvalho, que pronto se escalou para consertar o maniqueísmo do “nós” contra “eles”: dividir o Brasil não é a melhor forma de fazer política em momento tão delicado do governo.

Ontem (25), Lula, que a princípio também embarcou na dicotomia, complementou a fala de Carvalho ao afirmar que “possivelmente a gente [o PT] tenha culpa, vou repetir: que a gente tenha culpa de não ter cuidado disso com carinho”.

As falas de Carvalho e Lula indicam que o Planalto considera que mesmo aqueles que criticam o governo podem opinar por Dilma e que a campanha não pode ser uma querela entre os contra e os a favor da Copa, pois esse é um debate eventual entre conceitos e não um cabo de força entre brasileiros e apátridas.

> Por dentro do IS

O IS de Dilma chegou a 20%, mas fechou ontem (25) em 12%, o de Aécio em 57% e o de Campos em 54%. Dilma é a candidata menos saudável, porque apenas 12% das citações feitas a ela nas redes nomeadas são positivas.

Todavia, tal realidade se pode dar em função de Dilma ser a presidente e a candidata mais conhecida entre os três, mas pode indicar que ela precisa mudar o comportamento pessoal e do governo para romper essa esquina e, por efeito, mudar a opinião pública sobre ela, subindo o seu IS.

> Mudar ou formar opinião?

A campanha, portanto, será um dilema para os marqueteiros da presidente: como mudar Dilma para que mude a opinião pública sobre ela? Podem ainda concluir que é possível vencer com IS tão baixo e apenas tocar o barco com a cara fechada.

Mas para os feiticeiros de Aécio e Campos a moeda é a mesma, embora vista pelo lado oposto.

Como Dilma, até hoje, acumula muito mais menções (68.028) que Aécio (16.898) e Campos (7.544), isso é sinal que há uma opinião formada sobre ela que lhe pode embarcar derrota, e que ainda não há uma opinião formada sobre eles a ponto de lhes alavancar expectativa de vitória.

A pergunta é: é mais difícil, ou mais fácil, mudar ou formar opinião? Quem for mais competente na resposta, e nos meios para operacionalizar a consecução, poderá ser o portador da taça.

terça-feira, junho 17, 2014

COM UMA CARTA “AO POVO BRASILEIRO”, SENADOR RANDOLFE RODRIGUES, DO PSOL, SE DESPEDE DA ELEIÇÃO

Partido rompe acordo com senador, divulga renúncia antes da hora e leva Randolfe Rodrigues a explicar por escrito seus motivos; "O Brasil está dividido", inicia o ex-pré-candidato do a presidente pelo PSOL; "Quero representar uma nova esquerda", registrou ele; vez de ser candidata pelo partido agora é da deputada Luciana Genro; íntegra

Após o rompimento de um acordo interno, no qual a renúncia a ser candidato a presidente pelo PSOL seria mantida em segredo pela direção partidária até a próxima semana, o senador Randolfe Rodrigues divulgou um carta "ao povo brasileiro" na qual justifica sua decisão e faz uma análise de conjuntura.


Carta de Randolfe ao povo brasileiro

O Brasil está dividido.

De um lado, forças sociais conservadoras cada vez mais unificadas em torno de personalidades e discursos, empenhadas em fazer retroceder direitos e colocar o Brasil de novo na via expressa do neoliberalismo, com um viés abertamente de direita, sem o verniz social-democrata de antes.

De outro lado, as forças sociais progressistas, divididas em diferentes plataformas e organizações, sem uma liderança comum agregadora e sem uma compreensão compartilhada do contexto e das tarefas necessárias para fazer o Brasil avançar, mostram-se frágeis frente ao avanço conservador.

Diante desse choque entre forças antagônicas, o Brasil sofre uma profunda crise de liderança. A sociedade se divide entre a justa indignação pela ampliação de conquistas e uma agenda de demandas difusas, sem eixo, à procura de uma bandeira que as unifique.

Gerente de bom desempenho no governo do presidente Lula, Dilma Rousseff não se mostrou à altura da tarefa de liderar o país em torno de uma proposta de avanços sociais combinados com desenvolvimento econômico, que possibilitasse ganhar corações e mentes da nação brasileira e recuperar a credibilidade do país diante do mundo.

sexta-feira, junho 06, 2014

Dilma, Aécio e Campos caem. Lula e Barbosa são citados como influenciadores


No blog O Cafezinho.

A pesquisa Datafolha divulgada hoje, cuja íntegra já foi disponibilizada, trouxe alguns dados preocupantes para o governo Dilma. O problema de imagem, gerado pelo apagão na comunicação do governo, agravou-se.

Em relação às eleições, contudo, o Datafolha foi tão ruim para a oposição que, consequentemente, produziu um fato positivo para a candidata Dilma Rousseff.

E o fato mais positivo de todos foi o esvaziamento político de Eduardo Campos após a confirmação dele como cabeça da chapa formada por ele e Marina Silva.  Campos perdeu quatro pontos e, com 7%, praticamente voltou a estaca zero. Está empatado tecnicamente com o Pastor Everaldo.


A campanha campista não pode mais alegar que “tudo vai mudar depois da propaganda eleitoral”. Porque o brasileiro já foi exposto a vários spots televisivos mostrando Campos e Marina juntos. A dupla, uma mistura bizarra entre um partido hiper-pragmático e uma legenda fantasma, cuja principal característica é um sectarismo utópico de butique, não colou. Prejudicou a imagem de Marina, porque vista como uma manobra oportunista, e isolou o PSB.

Antes de aceitar Marina, Campos tinha adotado uma estratégia arriscada: romper com o PT, o seu principal aliado até então, com quem tinha partilhado campanhas em 14 estados em 2010. Ao PSB restava estreitar alianças com a direita, sobretudo com o PSDB. A entrada de Marina, porém, obriga o partido a recuar em relação à aproximação com os tucanos. O PSB ficou isolado.



A pesquisa traz ainda outro dado extremamente positivo para a campanha de Dilma: Lula permanece o puxador de votos mais poderoso no país, em todos os sentidos. Para começar, ele é considerado o principal símbolo de “mudança”.  Perguntado qual liderança política estaria mais preparada para fazer mudanças no país, Lula desponta num primeiro lugar isolado, com 35% dos votos, contra 21% de Aécio.



Lula também aparece em primeiro lugar na pesquisa sobre a personalidade que mais poderia influenciar o eleitor. O segundo lugar, ocupado por Joaquim Barbosa, tem um peso relativo, não apenas porque não se sabe se Barbosa apoiará alguém, mas principalmente porque, se apoiar a oposição, Barbosa teria perda de imagem. Uma coisa seria ele vir como candidato próprio. Se vir como cabo eleitoral de algum candidato, Barbosa estaria passando recibo de que desempenhou um papel partidário no julgamento da Ação Penal 470. Ou seja, a eventual participação política de Barbosa constituiria em prejuízo para a Ação Penal 470, que é um assunto profundamente estratégico para a mídia. A mídia ainda não se preparou para a derrota deste campo, que sofrerá mais dia menos dia.

sexta-feira, abril 25, 2014

As pedras no caminho da corrida eleitoral no Pará - Parte II

Campos reúne-se com o governador Simão Jatene no Pará, mas não fecha nada com o PSDB.
A foto é da Agência Pará que sempre sede "gentilmente" os registros pras capas do jornal OLiberal.

A visita do presidenciável Eduardo Campos (PSB-PE) à Belém do Pará mexeu com a cabeça de líderes de vários partidos que ainda estudam a complexa e emaranhada conjuntura política, onde há muitas pedras no caminho da corrida eleitoral no Pará.

Candidato do PSB ao planalto e terceiro colocado na disputa nacional, segundo as últimas pesquisas realizada pelo Brasil, Campos deu entrevista coletiva à imprensa ainda no aeroporto, onde desembarcou de um voo particular, almoçou com empresários na Federação das Indústrias do Pará - FIEPA, visitou o sistema RBA de comunicação e conversou com o governador Simão Jatene, candidato à reeleição pelo PSDB, o qual ainda tem o PSB como partido de sua base no Estado. 

Já no fim da tarde, Campos participou de um encontro no Centro de Convenções da Amazônia, o Hangar onde reuniu diversas lideranças do PSB e de outros partidos, entre eles, o ex-prefeito de Belém, Duciomar Costa (PTB), que junto com o deputado Estadual Cássio Andrade (PSB) e do vereador Ademir Andrade, presidente do PSB no Estado, conversaram sobre a possibilidade de uma aliança local entre os partidos.

Eduardo Campos deixou Belém sabendo que já há uma maioria do PSB paraense defendendo que o partido não apoie o PSDB e nem o PMDB nas eleições de Outubro e assim opte pelo lançamento de uma terceira via no Estado.


sábado, abril 19, 2014

As mudanças no cenário pré-eleitoral

Dilma mantém a liderança, mas cresce o sentimento de mudanças.

Por Dornélio Silva*

A última pesquisa do Ibope publicada nesta quinta (17) comparada com a pesquisa de março mostra alterações no tabuleiro pré-sucessório. Analiso a pesquisa por duas variáveis que o Ibope vem medindo nas duas últimas pesquisas e que a grande imprensa não mostra: Potencial de voto e Sentimento de mudança. O potencial de voto é medido pelas seguintes variáveis: 1) Com certeza votaria; 2) Poderia votar; 3) Não votaria de jeito nenhum; 4) Não o conhece o suficiente para opinar. O potencial de voto é a somatória da variável “Com Certeza” e “Poderia Votar”, significando o potencial de crescimento de cada candidato. A rejeição é o fator fundamental ao confrontar-se com o potencial de voto. O pré-candidato Aécio Neves (PSDB) tinha um potencial de voto em março de 33%, em abril sobe para 35%; a sua rejeição que era de 41% cai para 39%. A presidente Dilma é que mais perde na comparação entre as duas pesquisas. Em março seu potencial era de 55%, caindo em abril para 51%; a sua rejeição que era de 38% em março, no levantamento de abril sobe para 40%. Seu saldo positivo que era de 17% em março, agora é de 11%. Eduardo Campos (PSB) teve uma pequena subida em seu potencial, passando de 26% em março para 28% em abril; a sua rejeição permanece inalterada. No entanto, o nível de conhecimento de Eduardo melhora nesse levantamento. Em março 29% não o conheciam o suficiente para votar; no último levantamento, esse desconhecimento cai para 25%. A grande novidade foi Marina Silva, o seu potencial subiu de 37% para 46%, e sua a rejeição caiu de 39% em março para 36% em abril, tendo portanto um saldo positivo de 10% que era negativo em março em 2%. O levantamento foi realizado após o aparecimento de Eduardo e Marina em programa nacional de TV.



SENTIMENTO DE MUDANÇA

O sentimento de mudança é analisado pelas seguintes variáveis: 1) “Mudasse totalmente o governo do país”; 2) “Mantivesse só alguns programas, mas mudasse muita coisa”; 3) “Fizesse poucas mudanças e desse continuidade para muita coisa”; 4)”Desse total continuidade ao governo atual”. As primeiras duas variáveis caracterizam o sentimento de mudança; as duas outras caracterizam continuidade. Comparando as duas pesquisas, o sentimento de mudança em março era de 64%; em abril esse sentimento subiu para 68%. A pesquisa foi mais além, quis saber qual o pré-candidato que tem mais condições de implementar as mudanças que o país ainda necessita. Em março, 14% dos entrevistados consideravam Aécio; já em abril subiu para 19%. Marina Silva, em março 10% a consideravam com mais condições de empreender as mudanças, agora em abril subiu para 15%. Quanto ao nome de Eduardo Campos houve pouca mudança. A queda se deu com a presidente Dilma Rousseff, em março 41% achavam que Dilma era a pessoa com mais condições de implementar as mudanças; agora, esse nível de confiança caiu para 24%, queda de 17%. 


Soma-se a essa análise o fato da aprovação do governo Dilma ter caído 9 pontos percentuais em quatro meses, de 43% (dezembro/2013) para 34% (abril/2014). Além da queda da aprovação da maneira como a presidente vem administrando o país, que saiu de 51% em março para 47% em abril. Faz-se necessário olhar o nível de confiança na presidente medido nesta última pesquisa: os que não confiam (51%) superam os que confiam (44%). O que se apreende dos números apresentados que não é uma simples oscilação dentro da margem de erro das pesquisas, há, de fato, mudanças sendo implementadas no imaginário da população eleitora do país. A questão econômica é um fator preocupante na mudança da concepção político-eleitoral. O aumento no preço da gasolina e da energia elétrica ainda vão criar impactos negativos ao governo que serão percebidos nos próximos levantamentos.

*Dornélio Silva é mestre em Ciência Política/UFPA e colaborador do blog quando o assunto é análise de pesquisas.

Leia também: Pesquisa Ibope: Dilma continua a grande favorita.

sexta-feira, abril 18, 2014

Em uma semana, duas pesquisas mantém Dilma reeleita no 1º turno

Pesquisa Ibope divulgada nesta quarta-feira 16.04.2014.

Pesquisa Vox Populi divulgada nesta quinta-feira 17.04.2014

Duas pesquisas (IBOPE e VoxPopulu) divulgadas esta semana, confirmam a surpreendente resistência de Dilma perante os ataques sistemáticos que recebe neste ano eleitoral. Tendo parte da imprensa como sua principal adversária à reeleição, ainda no primeiro turno, a presidente enfrenta a "indústria dos escândalos" que dia após dia veicula algo sobre setores do governo e dão um tom pessimista da economia, ao mesmo tempo que o noticiário mostra o desemprego no Brasil alcançar a menor taxa nestes últimos 12 anos de governos petistas.


Cientistas Políticos avaliam que a onda de boatos, as ofensas e o desespero da oposição em atacá-la, ao invés de mostrar maturidade e propostas viáveis para o Brasil, tem levado a maioria da população à manter o projeto político que tem feito o país se desenvolver com mais justiça social e acesso à cidadania como nunca houve no Brasil.

Mesmo assim, é crescente o anti-petismo que toma cada vez mais força nas redes sociais que acabam refletindo a campanha midiática e influenciando milhões de brasileiros a satanizar o partido que governa o Brasil por 3 mandatos consecutivos, o que incomoda opositores que até outro dia governara o país com ou sem apoio popular.

Ainda é cedo pra oposição comemorar a queda que a cada pesquisa Dilma vem tendo, mas também não significa que o governo tenha que ficar tranquilo.

terça-feira, março 25, 2014

Pesquisa Ibope: Dilma continua a grande favorita

Tanto com Eduardo Campos como com Marina Silva, Dilma é a preferida novamente.

Por Dornélio Silva e Luiz Feitosa.

Se a eleição para presidente da República fosse hoje, a Presidente Dilma Rousseff venceria com bastante folga as eleições. É o que mostra a última pesquisa do IBOPE realizada no período de 13 a 17 de março que entrevistou 2002 pessoas em 140 municípios brasileiros, abrangendo todas as regiões. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais.

Na hipótese da disputa acontecer com oito candidatos (Dilma, Aécio, Eduardo Campos, Eymael, Levy Fidélix, Mauro Iasi, Pastor Everaldo e Randolfe Rodrigues), a presidente obteria 40% das intenções de voto, Aécio Neves 13%, Eduardo Campos 6%. Os demais teriam intenções de voto insignificantes. Chama a atenção o número de pessoas que votariam branco ou nulo, 24% e os que não souberam indicar algum candidato, 12%. Esses votos flutuantes (na Estimulada onde são apresentados os nomes aos entrevistados) somam 36%, índice bastante significativo no tabuleiro de conquistas de votos. Lembramos que na Espontânea essa flutuação chega a 55%.

O IBOPE fez simulação com apenas Aécio Neves, Dilma, Eduardo Campos. A presidente teria 43% das intenções de voto, Aécio 15% e Eduardo Campos 7%. Os votos flutuantes somariam 36%. No que se refere ao gênero e faixa de idade, Dilma tem uniformidade nas intenções de voto. No nível de escolaridade, nos mais baixos Dilma tem índices de intenção de voto maiores, chegando a obter até a 4ª série do fundamental 48%. Quem tem nível superior, a votação da presidente cai para 29%. Em se tratando de regiões, a Região Nordeste é a que mais soma votos para a presidente, chegando ao índice
de 55%. 

Os menores índices da presidente estão nas regiões sul e sudeste. O IBOPE fez uma classificação do município entre capital, periferia e interior. Nessa classificação, Dilma se posiciona melhor na periferia e interior. Quanto ao porte dos municípios, Dilma se apresenta com melhor performance em municípios até 20 mil hab e mais de 20 a 100 mil. Quer dizer, são nos municípios pequenos e de maior dependência econômica que Dilma se sai bem melhor. Quanto a cor, Dilma é mais votada entre os pretos/pardos, chegando a obter 48% das intenções de voto. 

Entre os brancos ela obtém 35%. Aécio Neves é melhor posicionado entre os brancos, 20%; entre os pretos/pardos ele obtém apenas 10%.A pesquisa fez uma simulação com o nome de Marina Silva, substituindo Eduardo Campos. Marina tira uns pontinhos de Dilma que cai para 41% e dos brancos/nulos e indecisos que se reduzem para 32%. Ela fica com 12%, o dobro de Eduardo Campos. Vale lembrar que Marina, em pesquisas anteriores, já alcançou patamares de 22%. O seu capital político esvai-se ao longo de sua decisão em apoiar Eduardo Campos, filiando-se ao PSB.

POTENCIAL DE VOTO E REJEIÇÃO

A pesquisa mediu o potencial de votos de todos os candidatos. Destacamos aqui os quatro principais nomes, Dilma, Aécio, Eduardo e Marina. O potencial é medido pelas seguintes variáveis: 1) Com certeza votaria; 2) Poderia votar; 3) Não votaria de jeito nenhum; 4) Não o conhece o suficiente para opinar. O potencial de voto é a somatória da variável Com Certeza e Poderia Votar, significando o potencial de elasticidade de crescimento de cada candidato. A rejeição é o fator fundamental ao confrontar-se com o potencial de voto. O senador Aécio Neves tem um potencial de 33% contra uma rejeição de 41%, além de 19% que não o conhece o suficiente para votar. A presidente Dilma tem um potencial de 55% contra uma rejeição de 38%, apenas 1% não a conhece o suficiente. 

Já Eduardo Campos tem um potencial de 26% e uma rejeição de 39%, além de 29% que não o conhece suficiente para votar. Marina Silva tem um potencial de 37% contra uma rejeição de 39% e 16% não a conhece o suficiente. Na tabela abaixo podemos identificar, comparativamente, as variáveis potencial e rejeição, observando que a diferença dos índices de rejeição dos candidatos são pequenos. Podemos observar, também, os melhores saldos eleitorais.

POTENCIAL E REJEIÇÃO DE VOTOS DE CANDIDATOS


  Potencial Rejeição/Não conhece NS/SR SALDO (+ ou -)

AÉCIO 33% 41% 19% 8% -8%

DILMA 55% 38% 1% 5% 17%

EDUARDO 26% 39% 29% 7% -13%

MARINA 37% 39% 16% 8% -2%

SENTIMENTO DE MUDANÇA

O IBOPE mensurou o sentimento de mudança dos eleitores brasileiros, inferindo aos entrevistados as seguintes variáveis: 1) Mudasse totalmente o governo do país: 2) Mantivesse só alguns programas, mas mudasse muita coisa; 3) Fizesse poucas mudanças e desse continuidade para muita coisa; 4)Desse total continuidade ao governo atual. As primeiras duas variáveis caracterizam o sentimento de mudança; as duas outras não caracterizam mudança. 27% apontaram para que mudasse totalmente o governo do país; 37% que mantivesse só alguns programas, mas mudasse muita coisa. O sentimento de mudança, portanto é de 64%. Quanto a caracterização de continuidade, 19% disseram que se fizesse poucas mudanças e desse continuidade para muita coisa; 13% desse total continuidade ao governo atual; e 3% não soube responder. A percepção da continuidade é de 32%.

A pesquisa foi mais além, quis saber qual o candidato que tem mais condições de implementar as mudanças que o país ainda necessita. Dilma Rousseff se destaca com 41%, Aécio com 14%, Eduardo com 6% e Marina com 10%. Perceba que aqui aflora a intenção do voto do eleitor, dado nas primeiras perguntas, significando que o eleitor quer que seu candidato implemente essas mudanças, independente se está ou não no comando do governo.

A seis meses das eleições, Dilma continua a grande favorita. No entanto, chama a atenção alguns pontos detectados na pesquisa: os mais de 36% de votos flutuantes (Estimulada) e 55% na Espontânea. É um índice bastante significativo a ser conquistado pelos candidatos. A presidente Dilma tem uma consolidação de seus votos em regiões mais empobrecidas do país, Norte e Nordeste; bem como em cidades com até 20 mil/hab e de 20 mil/hab a 100 mil/hab e nas periferias das cidades e no interior. São eleitores com menos escolarização e com a menor faixa de renda que estão votando em Dilma.

O potencial de voto e rejeição é uma das principais questões apresentadas na pesquisa. Aqui se mede o potencial de crescimento de cada candidato, confrontando-se com sua rejeição. Dilma é que tem o maior potencial, no entanto, a pesquisa mostra que os índices de rejeição de todos os principais candidatos estão próximos, com diferenças mínimas de um para outro, mas o que consolida, neste momento, a candidata Dilma que é a única que obtém saldo positivo: potencial de voto menos rejeição. Os demais têm saldos negativos, isto é, rejeição maior que potencial de voto.

*Dornélio Silva e Luiz Feitosa são Mestres em Ciência Política/UFPA e colaboradores do blog quando o assunto é análise de pesquisas.

quinta-feira, março 20, 2014

Com o sem Marina, Dilma tem 40% e venceria no 1º turno

Pesquisa Ibope divulgada nesta quinta-feira (20) atribui 40% das intenções de voto para a presidente Dilma Rousseff se a eleição presidencial fosse hoje. O segundo colocado é o senador Aécio Neves (PSDB-MG), que aparece com 13%, e o terceiro, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), com 6%. Pastor Everaldo (PSC) registrou 3% e o senador Randolfe Rodrigues (PSOL), 1%. Os demais possíveis postulantes – Eymael (PSDC), Levy Fidelix (PRTB) e Mauro Iasi (PCB) – não pontuaram.

Clique na imagem pra ampliar.



Veja + no G1.

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