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terça-feira, janeiro 10, 2017

Petistas deixam o partido com fortes críticas à direção

O único vereador petista e o presidente municipal do partido, deixaram o PT com fortes críticas à direção.

Cley Alves era o único vereador que o PT mantinha até o final de 2016, na Câmara Municipal de Ananindeua, onde Beto Ribeiro era até semana passada, o presidente do partido. Ambos pediram desfiliação da legenda alegando contradições e problemas na direção partidária.


Por Diógenes Brandão

Ananindeua é o segundo maior e mais populoso município paraense, e, por consequência, o segundo maior colégio eleitoral do Pará. Com décadas de alternância de governos eleitos pelo PSDB e o PMDB, a cidade apresenta um dos piores índices de criminalidade e falta de saneamento, além de amargar altas taxas de desemprego e baixa expectativa de vida para os jovens, que morrem de forma avassaladora pela violência urbana.

Tal cenário não colabora para a afirmação e o empoderamento dos partidos de esquerda, que historicamente cresceram e tornaram-se fortes nestas cidades, onde a pobreza e o descaso dos governos de direita, que se revezam no poder, arrastam milhões de brasileiros para uma vida sem oportunidades e direitos sociais, como os prometidos nas campanhas eleitorais.

Declínio e desfiliação

Eleito vereador com 887 votos em 2012, nas eleições de 2016 Cley Alves obteve 886 votos, ou seja, um (01) a menos do que há quatro (04) anos atrás, mas não conseguiu manter-se como o único representante petista na Câmara de Vereadores de Ananindeua, devido o partido não alcançar o coeficiente eleitoral.  

Uma fonte do blog revelou que o ex-vereador alega que sua saída do partido no qual militou por 17 anos, "se dá pelo forte desgaste de sua identidade ideológica e pela renúncia deste na defesa de bandeiras no passado defendidas aguerridamente por sua militância, pois as mesmas foram retiras da linha programática de lutas pela cúpula partidária", que segundo Cley, hoje é vista de forma negativa pela sociedade. O ex-vereador também disse "que o PT sofre de uma decadência imensurável, tendo como prova o último resultado eleitoral".

Ainda segundo a fonte petista, o mesmo raciocínio moveu o presidente municipal a entregar o cargo e desfiliar-se do PT. Para Beto Ribeiro, "sair do PT depois de 22 anos como filiado não está sendo fácil, mas é necessário", pois assim como o ex-vereador, ele também é jovem e desejar continuar na vida política e participando de processos eleitorais. 

O blog procurou informações se ambos já possuem um partido em mente para se filiarem, mas não conseguiu contato com os ex-petistas e nem respostas precisas com outras fontes, mas há uma possibilidade muito forte deles dois ingressarem no PDT. 

O partido deve vir com Ciro Gomes, como candidato a presidente do Brasil em 2018 e hoje no Pará tem três deputados estaduais (Antônio Tonheiro, Junior HageMiro Sanova) e em Ananindeua três (03) vereadores (Diego Alves, Neto Vicente e Robson Barbosa), tendo como presidente estadual, o ex-deputado federal Giovanni Queiroz.

Dados do TRE confirmam o declínio petista no Pará

Nas eleições municipais de 2016 no Pará, o PT lançou candidatos a prefeitos em 35 municípios paraenses e elegeu tão somente 07 prefeitos. 

Comparando com a eleição anterior, onde o partido elegeu 23 prefeitos, foram 16 prefeituras perdidas de uma eleição para outra. Isso sem contar que nenhum prefeito em 2012, conseguiu a reeleição em 2016. 

Ao contrário de seu aliado favorito, o PMDB - que ganhou 27 municípios nas eleições de 2012, e em 2016 elegeu 42 prefeitos - comandado pelo ministro Helder Barbalho e o senador Jader Barbalho tornou-se o partido paraense que mais cresceu, enquanto que o PT foi o que mais diminuiu.

quinta-feira, abril 25, 2013

Barrado em 2012, Edmilson tentará lançar livro sobre soberania territorial na Amazônia


Barrado ano passado de lançar seu livro “Território e Soberania na Globalização – Amazônia, Jardim de Águas Sedento”, Edmilson Rodrigues dessa vez espera não ter nenhuma surpresa e que o governo Simão Jatene não tente criar dificuldades para lançá-lo, com quase um ano de atraso, na XVII Feira Panamazônica do Livro. 

Enviado por email pela ASCOM - Edmilson Rodrigues.
        
Doutor em Geografia Humana pela Universidade de São Paulo (USP), o arquiteto e professor pesquisador da área de planejamento urbano e regional, Edmilson Rodrigues lançará hoje, 25, o livro Território e Soberania na Globalização - Amazônia, Jardim de Águas Sedento. O livro é baseado em sua tese de doutorado - defendida em 2010 - aprovada com conceito excelente, distinção e louvor. e foi publicada pela Editora Fórum, de Belo Horizonte - MG, no ano passado. Agora, será apresentada aos leitores paraenses, em pré-lançamento que será realizado na Fox Vídeo (Trav. Dr. Moraes, 584), em noite de autógrafos que iniciará às 18 horas. No dia 04 de maio o livro será lançado na XVII Feira Pan-Amazônica do Livro, no estande de Escritores Paraenses, no Hangar - Centro de Convenções e Feiras da Amazônia. 

Edmilson Rodrigues analisa no livro a relação entre globalização e soberania territorial, centrando seu foco analítico de forma profunda o fenômeno da apropriação privada dos recursos hídricos do território, mormente no subespaço amazônico. Para sua análise, utiliza categorias, conceitos e noções da Geografia Humana por si desenvolvidos bem como os criados e difundidos por Milton Santos, Maria Adélia Aparecida de Souza entre outros espaciólogos críticos. Na análise crítica do território usado discorre sobre a dialética espacial expressada na contradição entre o território como um bem social ou abrigo e o território como um bem mercantil, ou seja, como espaço banal. Segue assim a concepção de espaço geográfico como categoria de análise social, o que significa apreendê-lo, compreendê-lo e analisá-lo como um híbrido de sistemas de objetos e sistemas de ações. A pesquisa avança na compreensão e reflexão teórica complexa da Amazônia como região fundamental para a manutenção do planeta. 

Demonstrando grande maturidade enquanto pesquisador, Edmilson Rodrigues lança olhar científico ao uso de uma das disponibilidades mais cobiçadas da região amazônica: a água, vista como recurso hídrico, a partir da perspectiva do território sendo usado seja segundo a racionalidade hegemônica, a racionalidade capitalista, de um lado, ou segundo racionalidades não hegemônicas ou mesmo contra-hegemônicas. Segundo explica sua orientadora de doutorado, Professora Dra. Maria Adélia Aparecida de Souza, que é titular de Geografia Humana da USP, o livro de Edmilson desemboca na “análise da relação entre a globalização atual e a soberania no contexto da formação socioespacial brasileira, ou seja, analisa o uso do território nas circunstâncias do período histórico-geográfico atual - período técnico, científico e informacional - através da análise de eventos já realizados ou que estejam em processo de realização, significativos para a interpretação dos constrangimentos que, em maior ou menor grau, impactam a soberania territorial no processo de totalização dinâmica de reconfiguração e refuncionalização do território".

 Vale destacar que um dos eventos analisados por Edmilson é a instalação de Belo Monte, maior projeto do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal e que está ocasionando não só constrangimentos como conflitos, intervenções fortes ambientais e sociais e o comprometimento da soberania territorial do Brasil. 

O professor Dr. Carlos Lima, do Programa de Mestrado e Doutorado de Políticas Públicas em Serviço social da UnB, assina a apresentação do livro e destaca que Edmilson analisa ”a dinâmica do capital, a inserção e função da Amazônia na complexa teia de relações produzidas pelo processo de globalização e crise do mundo do capital". "A análise encetada no decorrer do livro nos permite compreender o saque, a exploração existente nas relações sociais conflitivas, contraditórias, antagônicas, esgarçadas etc. que proliferam no jardim das águas, onde a sociedade é eviscerada pelo capital em crise. A irracionalidade se manifesta concretamente na construção de estranhas catedrais como a de Belo Monte, que este livro analisa em profundidade", destaca Carlos Lima, que também faz referência ao livro anterior publicado por Edmilson, na ocasião de seu mestrado, intitulado Aventura urbana: urbanização, trabalho e meio ambiente em Belém.

As reflexões sobre a Amazônia, o modelo de desenvolvimento brasileiro implementado na região e todos os conflitos advindos da sua ocupação territorial já fazem parte do trabalho de Edmilson Rodrigues desde o início de sua trajetória como pesquisador. Agora, ele convida os paraenses, o povo da região amazônica e do Brasil a mergulhar nesse "jardim de águas sedento" e a se apropriar de conhecimentos que possibilitem resistir ao sistema submetido à irracionalidade da razão do capital e afirmar o futuro como possibilidade segundo uma razão humanizadora da humanidade.

sexta-feira, abril 19, 2013

Dirceu em Belém tentará produzir a fumaça branca do PT-PA rumo à 2014?



Nesta sexta-feira (19), o ex-Ministro Chefe da Casa Civil do governo Lula, Zé Dirceu estará em Belém onde irá se reunir com a militância petista, à noite no hotel Regente, às 19 horas.

Antes disso, à tarde em local reservado à poucos, há quem ache que Dirceu mediará um debate entre os dois pré-candidatos à governador do Estado pelo PT-PA até agora: Paulo Rocha e Beto Faro.

O primeiro é ex-deputado federal, tendo cumprido 05 mandatos consecultivos, já o segundo está em seu segundo mandato como deputado federal. 

Um lidera a Articulação Unidade na Luta (AUL), o outro a Articulação Socialista (AS), duas tendências que  junto com o PT pra Valer - grupo liderado pelo deputado Federal Zé Geraldo e os estaduais, Valdiz Ganzer, Bernadete Ten Caten e Airton Faleiro - formam a CNB (Construíndo um Novo Brasil), antes denominado como Campo Majoritário, corrente interna de Lula, o qual continua sendo detentor do maior número de assentos nos diretórios nacionais e estaduais do partido. O comando do PT, diriam alguns.

Ao ser postado na Internet, algumas pessoas não conseguiram entender porque não constavam no convite, o nome do Deputado Federal Cláudio Puty e do Deputado Estadual Edilson Moura, ambos ligados à DS (Democracia Socialista), tendência liderada pela ex-governadora Ana Júlia.

Aparentemente uma simples admissão da existência de interesses distintos entre as forças políticas internas do PT, a resposta para essa dúvida de muitos, não parece ser tão simples de ser respondida, assim como não será fácil chegar na definição dos nomes que disputarão as eleições de 2014 e dizer agora os candidatos ao Senado Federal e ao Governo do Pará.

Nota da coluna Repórter Diário do Jornal Diário do Pará de 10/04/2013.


Explico. Acontece que ao contrário do que está sendo dito e esperado por alguns dirigentes petistas, este blog sabe que são muito remotas as chances de uma fumaça branca anunciar um consenso entre as lideranças que centralizam o debate até aqui.

Quem espera que seja cumprido o desejo expressado por João Batista, atual Presidente Estadual do Partido dos Trabalhadores no Pará, sabe que caso isso não aconteça, o PT-PA poderá e/ou deverá convocar outro - desgastante e dispendicioso - processo eleitoral interno para escolha direta, onde tod@ e qualquer filiad@, terá o direito de escolher @s candidat@s. 

Este processo é conhecido internamente no partido como prévias, mas não há quem falte com a memória de que candidato escolhido por este processo, não está garantido como eleito no pleito oficial, onde a sociedade nem sempre comunga da mesma opinião das urnas petistas, como aconteceu nas últimas eleições municipais, onde o então vereador de Belém, Alfredo Costa - "O verdadeiro candidato do PT" - venceu o Deputado Federal Cláudio Puty, mas não passou de 3% dos votos válidos nas urnas.

Quem viver, verá!

sexta-feira, fevereiro 22, 2013

AMAT decide hoje: Sim ou Não para o desenvolvimento da região?

Os mentores do NÃO querendo a AMAT debaixo dos braços do PSDB-Belém.
É notória a ordem dada pelo governador Simão Jatene aos seus subordinados e articuladores políticos que visa interferir nas eleições da AMAT (Associação dos Municípios do Araguaia, Tocantins e Carajás) comprando prefeitos  com promessas de asfalto e tratamento diferenciado durante os meses que ainda lhe restam à frente do Estado.

O golpe é recorrente e agora tido com desconfiança pelos prefeito da região que escolherão a nova direção da entidade que reprensenta 38 municípios da região, nesta sexta-feira (22), no Hotel Itacaiúnas em Marabá-PA.
 
Ainda sob efeito do plebiscito, as cidades governadas pelos prefeitos que fazem parte da AMAT clamam por mudanças prometidas e até hoje não cumpridas pelo poder público estadual e após a eleição de João Salame (PPS) como prefeito de Marabá retomaram o fôlego para sinalizar que não estam dispostos à continuarem sendo tratados como se fossem o quintal da Região Metropolitana, a qual em Belém elegeu-se o parceiro de partido de Simão Jatene, Zenaldo Coutinho (PSDB) e já em sua chegada recebeu a bagatela de R$10 milhões de reais, só para a limpeza de canais da cidade, enquanto os demais prefeitos recém-eleitos e reeleitos, agonizam até agora sem poderem nem sonhar com o tratamento dispensado à capital, como se não tivessem problemas iguais ou superiores em seus municípios e até mesmo não fizessem parte do Estado do Pará.

Com o clima de mudanças no ar, Marabá receberá o presidente da FAMEP, Helder Barbalho, ex-prefeito de Ananindeua, que segundo fontes deste blog, está inclinado à não apoiar o prefeito de Tucurí, Sancler Antônio Wanderley Ferreira (PPS), candidato de Simão Jatene neste pleito e somar-se à força-tarefa que está construíndo a candidatura de João Salame e já contabiliza o apoio de 15 dos 38 prefeitos que irão votar e escolher o presidente da AMAT. Com Helder, os articuladores locais, esperam reunir mais de 05 votos de indecisos e assim carimbar mais uma derrota do governo Jatene na região que viu seu sonho de emancipação ser aniquilado pela máquina estadual tucana.

A motivação de Helder é ao mesmo tempo orientada e seguida por várias lideranças políticas do Estado, inclusive de prefeitos da região que fazem parte de partidos que estão na base aliada de Jatene na ALEPA. 

Motivos não lhes faltam, já que o governador quer eleger aquele que poderá controlar, bastando para isso, atender os pleitos de apenas o seu município, neste caso, Tucuruí e manter debaixo do braço uma forte entidade, que caso mantenha sua autonomia política, conforme acreditam os que estão em campanha pró-Salame, poderá reinvindicar melhor tratamento diante do governo estadual que faz de tudo para controlar o legislativo, as associações de municípios, os tribunais de conta e fundar o tucanistão paraoara de uma vez por todas.

Parece que o sonho de quem traiu até mesmo seus mentores políticos, Jader e Almir, e não foi pro enterro deste último, não por ter passado mal como tentou nos fazer crêr e sim porque articulava como manter os municípios do Araguaia, Tocantins e Carajás sob seus pés,cegos, surdos e mudos.

Leia também: Governador Jatene compra prefeitos com asfalto

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Atualização: 14:16 

Por 25x11 Jatene colocou a AMAT debaixo do braço. Aos prefeitos, depois não reclamem do tratamento. Comam asfalto!
 

sexta-feira, janeiro 18, 2013

A difícil equação eleitoral para o PT em 2014

A união do Partido será decisiva para a disputa eleitoral de 2014.

Ainda em 2012, este blog fez uma análise do cenário político e como o PT paraense estará em 2013, em preparação ao ano eleitoral de 2014, quando o partido será novamente testado nas urnas e espera ter um resultado positivo, já que Ana Júlia não conseguiu a reeleição em 2010, perdendo a eleição pra Simão Jatene (PSDB) e Paulo Rocha deixou de ocupar um das duas vagas do senado em disputa naquela ocasião, hoje ocupadas por Jader Barbalho (PMDB) e Flexa Ribeiro (PSDB).

Com a engenharia interna ainda sendo alicerçada, o Partido dos Trabalhadores comemora a vitória dos 14 prefeitos eleitos e dos 09 reeleitos, tornando-se o terceiro partido que mais teve votos nas chapas majoritárias que disputou no Pará.

Ao todo, foram 517.665 votos registrados para candidatos a prefeito (a) em todo o estado. Em relação ao número de votos para vereadores (as), o Partido ocupou o mesmo lugar no ranking e com 360.675 votos, foi a terceira legenda que mais elegeu parlamentares no Pará.

PSDB e PMDB: As pedras no caminho?

O PSDB além de governar livre, leve e solto, ainda goza de uma forte base aliada tanto nas prefeituras, como no parlamento estadual e tende a continuar influenciando a presidência da ALEPA através de Márcio Miranda (DEM), indicado pelo governador Simão Jatene para a futura presidência da casa, até hoje sem resultado prático de todas as investigações do Ministério Público, que lá descobriu um mar de lama, colocando a Assembleia Legislativa Paraense nas páginas dos jornais locais e nacionais, onde deputados e assessores parlamentares seguem impunes no tal Pacto pela impunidade no Pará, mote da campanha eleitoral do governo tucano, bem assimilado pelo PMDB com quem reveza o comando do legislativo estadual por décadas.

Com a imprensa local muito bem paga, a primeira metade do segundo governo de Simão Jatene segue ilesa, mesmo sendo mais medíocre – em termos de resultados – e escandalosa – em termos de denúncias - do que nos dois primeiros anos de sua primeira gestão, quando recebeu de Almir Gabriel o bastão e manteve o partido por longos 12 anos à frente do Estado.

Agora, usufruindo da falta de oposição dos demais partidos, o PSDB se dá ao luxo de eleger todos os prefeitos da Região Metropolitana, fazendo da prefeitura de Belém, a extensão do Palácio dos Despachos, com diversas denúncias abafadas pela mídia local, com inúmeros casos de nepotismo e dispensa de licitações, que servem para engordar o caixa dois do partido, tido como o maior em número de fichas-sujas do país, mas que no Pará controla o judiciário e a impren$a e por isso não é queimado todo santo dia, como são seus principais adversários.

O PMDB que no cenário nacional é aliado, no Pará tenta retomar a estratégia que impôs a derrota à reeleição de Almir Gabriel, mas que logo em seguida foi minada por erros e desacertos de ambas as partes e fez com que “a vez do PT governar o Estado” não durasse mais do que quatro anos.

Desta vez, o PMDB quer ser cabeça na aliança com o PT, lançando como candidato à governador, o ex-prefeito de Ananindeua, Helder Barbalho, que deixou o cargo após oito anos de gestão e saiu com uma das maiores rejeições da história eleitoral do município e mesmo tendo apoiado três candidatos à sua sucessão, não levou nenhum pro 2º turno das eleições do ano passado, coroando o retorno de Manoel Pioneiro (PSDB) para a prefeitura do segundo maior colégio eleitoral do Pará.

O PT Pará precisa de um Ministro pra voltar a governar o Estado.

Como todos sabem a tarefa de escolher um candidato no PT não é nada fácil. Primeiro, pelo acerto entre os cardeais sobre quais serão os nomes que estarão no processo, depois de qual será o método para convencer a militância ir pras ruas e tornar o sonho possível.

Ana Júlia que faz parte da Democracia Socialista (DS), já comunicou ao partido que não irá se lançar como candidata ao governo, mas não abre mão de ter um mandato e o mais provável é que seja como deputada federal ou até mesmo como senadora, já que fez um mandato muito elogiado no Congresso Nacional.

Por sua vez, Cláudio Puty que se elegeu deputado federal pelo mesmo grupo da ex-governadora, e com seu total apoio, agora teme que ela venha concorrer na mesma raia, o que coloca sua reeleição em xeque, caso seja isso mesmo que venha ocorrer.

Puty faz um mandato muito bem avaliado no cenário nacional, tendo inclusive se destacado de forma rápida, o que faz este blog considerá-lo como um dos melhores parlamentares do Estado do Pará em Brasília, algo confirmado por sua presença na última lista dos parlamentares mais influentes no Congresso Nacional, elaborada pelo Departamento Intersindical de Assossoria Parlamentar (DIAP) e pela última prêmiação do Congresso em Foco

No entanto, localmente falando, Cláudio Puty não acumula forças necessárias para uma eleição sem o apoio de sua madrinha e isso deve ser um imbróglio inglório que a DS enfrenta para consolidar sua estratégia eleitoral.

Uma saída para este cenário de disputa interna seria a indicação de Puty como Ministro de Dilma, algo até natural devido à boa aceitação que o deputado tem em Brasília e faria justiça ao apoio que Lula e Dilma tiveram e tem no Estado e até hoje não contemplaram o mesmo com um cargo de destaque no governo federal. Ao mesmo tempo, Puty sendo ministro ajudaria o PT-PA, a acumular mais possibilidades de retornar ao governo do Estado.

As pedras e o tabuleiro vermelho.

Mesmo sem seus mandatos, Paulo e Ana articulam os interesses do Estado em Brasília.

 
O ex-deputado federal Paulo Rocha ainda é tido por muitos como uma espécie de “Embaixador do Pará em Brasília”, devido sua capacidade de articular reuniões com lideranças partidárias, ministros, dirigentes de órgão públicos e empresários, seja na defesa de interesses do governo federal e do Estado, por causa disso é tido como um forte nome para a disputa eleitoral de 2014 seja como deputado, senador ou até mesmo governador, mas mesmo que não lhe digam tête-à-tête, algumas fontes bem posicionadas, consideram que suas chances de ser governador ou senador do Estado diminuíram muito pelo fato dele ter se ausentado dos palanques municipais em Outubro do ano passado, ora por sua própria avaliação de que assim deveria fazê-lo, ou por não ter sido convidado pelos candidatos petistas e de partidos aliados.

Ainda assim e mesmo tendo sido inocentado pelo STF, Paulo Rocha ainda considera que o resultado de sua renúncia ao mandato, pelo envolvimento no chamado “Mensalão” deve ser visto com cautela para que seu destino político não sofra outro revés e por isso busca apoio da cúpula do PT no Planalto e em suas bases, para retomar suas atividades parlamentares, ou disputar o governo do Estado.

E o deputado estadual Carlos Bordalo e o deputado federal Beto Faro, ambos dirigentes da Articulação Socialista que elegeu três prefeitos nas últimas eleições?

E o PT pra Valer que tem o deputado federal Zé Geraldo, os estaduais Valdir Ganzer, Airton Faleiro e Bernadete Ten Caten, que juntos tem oito prefeitos, dos vinte e três que o PT conseguiu eleger em 2012?

Pra essas perguntas e outras considerações, fica aberta a caixinha de comentários!

terça-feira, novembro 13, 2012

A esquerda (derrotada) do jeito que a direita gosta




No twitter da ex-jovem estudante de Porto Alegre (RS), que um dia fez parte do PT e hoje pretende ser candidata à Presidência da República pelo PSOL – junto com Babá (ex-deputado paraense) que foi pro Rio de Janeiro e lá há mais de 10 anos não consegue se eleger nem como síndico predial, representam uma das correntes internas do Partido que leva o socialismo e a liberdade em seu nome, que guarda um rancor visceral contra José Dirceu, capaz de reproduzirem como ventrílocos, todos os jargões da mídia escravocrata de nosso país.

Coitados! No ápice de sua arrogância, não conseguem enxergar que se o povo não os quis nem como vereadores de seus respectivos colégios eleitorais, durante as ultimas eleições, quiça os elegerão governantes do Brasil nas eleições de 2014!

Pensam que os holofotes do Partido da Imprensa - os quais só criticam, quando lhes interessam criticar - darão-lhes o palanque eletrônico necessário para o tão sonhado sonho de ainda serem alguém nessa vida, mesmo que para isso precisem mirar na cabeça de quem conviveram e lutaram em por diversos anos e hoje..

Ah, como dizia o candidato eleito pelo PSDB em Belém, deixa prá lá!

domingo, novembro 11, 2012

PSOL enfrenta 'choque de realidade' na capital do Amapá



No Estadão




É uma tarefa um tanto árdua encontrar a melhor frase já dita pelos integrantes do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) que resuma o que almeja a sigla. Plínio de Arruda Sampaio, candidato derrotado na eleição presidencial de 2010, é um dos favoritos. "Nossa candidatura vai ser a mosca na sopa da burguesia", disse ele. "PT ladrão/rouba do povo pra botar no cuecão", cantou o então deputado federal João Batista de Araújo, o Babá. O sociólogo Chico de Oliveira, por sua vez, afirmou que o papel do partido era mais criticar do que governar. Menção honrosa também para Chico Alencar, deputado federal. "Temos que questionar todo sistema produtivista, seja do socialismo real, seja do consumismo exacerbado, como sentido de vida, do produtivismo capitalista, que tem nos Estados Unidos seu maior símbolo."

Difícil mesmo é prever como essas frases podem virar realidade em Macapá, cidade com 398 mil moradores, o quinto pior IDH entre as capitais brasileiras e com um orçamento de R$ 500 milhões que mal dá conta de resolver um sem-número de problemas estruturais. Para se ter ideia, apenas quatro de cada 100 domicílios têm acesso à rede de esgoto. E apenas um pronto-socorro funciona 24 horas. É justamente nesse cenário que, oito anos após sua fundação, o PSOL tem a difícil tarefa de governar a sua primeira capital e tentar aliar a retórica radical dos primeiros anos com alianças antes injustificáveis; promessas difíceis de cumprir e obras necessárias; bravatas e responsabilidades; expectativas e possíveis desencantos.

O PSOL, fundado por dissidentes do PT, é um partido de dois mundos. O primeiro é o do radicalismo, uma resposta às recentes denúncias de corrupção no PT. O outro é o da política real, que no País necessita de acordos até outro dia impensáveis para os socialistas. O embate entre esses dois mundos já criou a primeira lavação de roupa suja no PSOL. O estopim do debate que hoje divide o partido foi a costura de apoios e alianças no 2.º turno de Macapá.

Persona non grata



"Se alguém trai você uma vez, a culpa é dele. Se trai duas vezes, a culpa é sua". Eleanor Roosevelt.
Acostumado a levar panfletos e funcionárias uniformizadas com a logomarca de sua empresa (ISKRA), para distribuí-los em eventos petistas, dessa vez Stefani Henrique foi tido como persona non grata na reunião do Diretório Estadual do PT-PA, realizado durante este sábado (10), no Hotel Beira Rio, em Belém do Pará.

Com a presença de diversos prefeitos do partido, que estiveram avaliando o resultado eleitoral deste ano, o segurança que tornou-se empresário e hoje é membro do Diretório Estadual do PT, passou alguns minutos na entrada do hotel e saiu pelas portas dos fundos em sua pick-up, sem fazer o que sempre fazia: Oferecer os serviços de sua empresa na área de Planejamento, Gestão e Comunicação para os prefeitos petistas.

A decisão de não participar da reunião e sair subitamente do hotel, foi tomada assim que fora informado de que sua presença no resinto havia causado um imenso mal estar entre petistas de todas as tendências internas, inclusive a que faz parte - a MS (Militância Socialista) - da qual membros da coordenação estadual - ainda no 1º turno das eleições em Belém - ingressaram com um documento no Diretório Estadual pedindo a abertura de processo na Comissão de Ética e solicitando o afastamento de Stefani da direção do PT-PA, o que ainda não aconteceu.

Os motivos alegados para esta tomada de decisão, baseiam-se, principalmente, pelo fato deste ter “rasgado” o Estatuto e a Resolução Eleitoral do PT, ao participar intensamente da coordenação da campanha do candidato do PSOL, nas eleições municipais de Belém, desde muito antes do 1º turno, depois de ter sido vencido da idéia de fazer o PT ser vice de Edmilson Rodrigues, durante o Encontro Municipal do Partido realizado no início de 2011, quando o partido decidiu ter candidato próprio à prefeitura.

Mesmo sem ter êxito em sua investida, Stefani não desistiu de tentar levar o PT para a campanha de seu ex-patrão - Edmilson Rodrigues - do qual foi uma espécie de capanga, e recentemente, empoderado pela cúpula do PSOL-PA, cooptou diversos militantes petistas, com promessas de cargos, na dita futura gestão, e com remuneração semanal que variavam de acordo com o grau de importância de cada um, desde as famosas formiguinhas à balançar bandeiras, até lideranças distritais, iludidas de que Edmilson seria consagrado prefeito de Belém, ainda no 1º turno.

Além de coordenadores de sua própria tendência pedirem providencias em âmbito local, membros da coordenação Nacional da MS, Renato Simões e Maristela Matos, foram notificados da atitude nada fiel do petista e estão sendo cobrados para tomarem medidas que façam o mesmo ser afastado da coordenação estadual da tendência.

Para entender melhor a trama, leia: 

A fé do PT e a má fé do PSOL - II

A fé do PT contra a má-fé do PSOL

"Ainda que a traição agrade, o traidor é sempre odiado."

Miguel de Cervantes.

No twitter, o blogger atende por @JimmyNight

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...