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sexta-feira, janeiro 10, 2020

Helder nega, mas é investigado por pedir e receber doações legais e ilegais em 2014

Helder Barbalho (MDB) e Paulo Rocha (PT), foram candidatos a governador e senador, respectivamente, nas eleições de 2014,  quando estiveram juntos com João Salame, ex-prefeito de Marabá e o ex-senador Luiz Otávio Campos (MDB), em SP, para pedir 30 milhões de reais, via doação ilegal, afirmaram os delatores da Odebrecht, no âmbito das investigações de uma das etapas da operação Lava Jato. 

Por Zé Carlos Lima

A noticia e as explicações do governador Helder Barbalho postada no Twitter ontem. 



Destaco duas frases centrais da nota do Governador: "afirmo que não sou alvo da ação" e "as doações oriundas da empresa Odebrecht foram integralmente declaradas ao TRE".

Realmente o Governador não foi alvo da ação, pois a Juíza não aceitou o pedido de busca e apreensão em sua residência, mas o Governador está no processo e é um dos investigados.

As doações, segundo o delator, foram feitas de duas formas, as legais, estas prestadas contas ao TRE e uma doação de R$ 1,5 milhão através de caixa dois, pois é justamente isso que o processo investiga.

Devemos aguardar o fim das investigações para ter um conclusão sobre o caso. 

Enquanto isso, o Pará sofrerá graves prejuízos, uma vez que as empresas sérias e com compliance evitarão, com certeza, negociar com o nosso Estado.

Veja a reportagem da Tv Liberal, com o vídeo em que executivos da Odebrecht confirmam as denúncias de recebimento de dinheiro via Caixa 2, o que confirma o crime eleitoral na campanha de 2014.





quinta-feira, outubro 11, 2018

Jefferson Lima pagou o preço da traição. Outros também irão pagar!

 Dos 741.427 votos recebido em 2014, Jeferson Lima, já aliado a Helder Barbalho, recebeu no último domingo apenas 21.699. Ou seja: 2,9% dos votos recebidos quando era aliado de Simão Jatene. 

Por Diógenes Brandão

Baseado nos números obtidos nas urnas e em seus estudos eleitorais realizados há cerca de 30 anos no Estado do Pará, Dornélio Silva, cientista político da DOXA Pesquisas falou com exclusividade ao nosso blog, onde disse que o eleitor não perdoa o político traidor e o pau mandado e lembra do caso Jeferson Lima, que disputou o primeiro turno das eleições de 2014, ao lado do governador Simão Jatene e no segundo turno pulou para o lado de Helder Barbalho

Ouça:


Após ouvir o audio acima, o blog AS FALAS DA PÓLIS verificou que Helder Barbalho (MDB) só não venceu as eleições no primeiro turno, em 2014, pela falta de 50.551 votos.  

Jeferson Lima, então candidato ao senado pelo PP, saiu deste mesmo primeiro turno com 741.427 votos e bastava que pudesse transferir 6,8% dos seus votos para Helder Barbalho e este seria eleito governador.  

E qual foi o resultado do apoio de Jeferson Lima no segundo turno de 2014? 

Helder Barbalho ao invés de aumentar sua votação, acabou diminuindo seu eleitorado perdendo 74.513 votos e Simão Jatene (PSDB) foi reeleito governador do Estado, com 137.390 votos a mais que o concorrente.

Jeferson Lima ganhou um programa de rádio e de TV na RBA, empresa de comunicação da família Barbalho e veio candidato a prefeito de Ananindeua nas eleições municipais de 2016 pelo PMDB, sendo fragorosamente derrotado, ainda no primeiro turno, por Manoel Pioneiro (PSDB), com uma diferença de 79.011 votos, quando este reelegeu-se prefeito com 55,64% dos votos válidos, enquanto Jeferson Lima teve menos da metade: 25,62%.

Agora em 2018, Jeferson Lima disputou novamente as eleições para deputado estadual e foi derrotado pela terceira vez consecutiva, tendo recebido 21.699 votos. 

Se compararmos com a votação da sua primeira votação obtida nas eleições de 2014, quando disputou as eleições aliado de Simão Jatene e recebeu 741.427 votos, veremos que o resultado da aliança com Helder Barbalho, deixou Jeferson Lima com apenas 2,9% dos seus eleitores.

quinta-feira, junho 28, 2018

Odebrecht: STF determina que TRE-PA avalie se Helder Barbalho e Paulo Rocha cometeram crime eleitoral

TRE-PA decidirá se Helder Barbalho e Paulo Rocha cometeram crime eleitoral (propina/caixa 2) nas eleições de 2014.

Por Diógenes Brandão

As investigações que ocorrem no STF e na Polícia Federal que apuram se houve repasses de cerca de R$ 40 milhões da J&F (JBF/FRIBOI) a políticos do MDB durante a campanha eleitoral de 2014 tiveram um novo desdobramento e pode acabar tirando Helder Barbalho (MDB) e Paulo Rocha (PT) das eleições deste ano. 

É que o ministro relator do processo no STF, Alexandre de Moraes, determinou que o processo seja remetido ao TRE-PA para apreciação do que a suprema corte entendeu ser crime eleitoral. 


Segundo o advogado João Eudes, especialista em direito eleitoral, a decisão do STF autoriza o TRE-PA a concluir a investigação iniciada no supremo, competindo agora à procuradora regional eleitoral denunciar a dupla de investigados e aos sete julgadores do TRE avaliar se houve crime eleitoral e por consequência aplicar as penalidades a Helder Barbalho e Paulo Rocha, que podem variar de acordo com o que for apurado nas investigações, podendo até serem barrados pela lei da ficha limpa e tornarem-se inelegível por 08 anos.

Veja o despacho do Supremo Tribunal Federal que acaba de chegar com exclusividade ao blog:




Entenda o caso 

A delação dos ex-executivos da construtora Odebrecht, Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis e Mário Amaro da Silveira incendiaram o Pará.  

Réus confessos, os delatores disseram que o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho (PMDB), pediu R$ 30 milhões em propinas à empreiteira Odebrecht para utilização em sua campanha eleitoral ao Governo do Pará e ao senado, em 2014.  

Conforme a delação, a doação não contabilizada teria sido solicitada por Helder Barbalho e também pelo senador Paulo Rocha, bem como pelo prefeito de Marabá, João Salame. A doação de R$ 1,5 milhão via caixa dois teria sido feita em três parcelas. 

Na lista da Odebrecht, o beneficiário dessa doação tem o apelido de “Cavanhaque”. 

A contrapartida seria através de contratos de prestações de serviços, hoje executados pela COSANPA.  

O dinheiro foi repassado em 03 (três) parcelas de R$ 500 mil, entregues ao ex-senador Luiz Otávio Campos, conhecido no meio político como "Pepeca".  

Segundo a delação, o encontro com Helder Barbalho, Paulo Rocha e João Salame teria acontecido em São Paulo. "Ao final dessa conversa, eles explicitaram as dificuldades econômicas da campanha e fizeram um pedido de R$ 30 milhões. E falei: 'Vou levar isso até a nossa presidência lá por dever de ofício, mas acho que é uma coisa totalmente fora de cogitação'", relatou Mário Amaro.  

De acordo com o delator, o valor originalmente pedido de 30 milhões foi sendo reduzido "pelo menos 20, pelo menos 10, pelo menos R$ 5 milhões". "A gente até cogitou de não dar nada, um cara que pede R$ 30 milhões, né, mas depois, o Fernando (o ex-presidente da Odebrecht Ambiental Fernando Reis) falou assim: 'Vamos oferecer o que a gente tem conta de oferecer'", assegurou.  

Na época que a notícia veio ao conhecimento do público, Helder Barbalho e Paulo Rocha usaram suas redes sociais, emitindo notas de esclarecimentos, onde negaram todas as acusações. João Salame não se manifestou.

Leia também: 






segunda-feira, maio 28, 2018

A privatização da Cosanpa e a relação de Helder Barbalho com a Odebrecht e a JBS/FRIBOI


Por Diógenes Brandão

Conforme noticiado por este blog no mês passado, a delação dos ex-executivos da construtora Odebrecht, Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis e Mário Amaro da Silveira, acusa o ex-ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho (MDB), de ter pedido R$ 30 milhões em propina à empreiteira Odebrecht para utilização em sua campanha eleitoral ao Governo do Pará e ao senado, em 2014.

Réus confessos, os delatores disseram que Helder Barbalho e Paulo Rocha (PT) agiram juntos, em negociações, onde teriam pedido dinheiro para campanha eleitoral, prometendo em troca, entregar, em forma de privatização, a Companhia de Saneamento do Pará, a COSANPA.


No dia 15 deste mês, atendendo ao pedido da Procuradoria Geral da República, o ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou abertura de um inquérito para investigar se houve repasses de cerca de R$ 40 milhões da J&F (JBF/FRIBOI) a políticos do MDB durante a campanha eleitoral de 2014. Delatores disseram em depoimentos que a J&F repassou mais de R$ 40 milhões ao MDB nas eleições de 2014.

Segundo a procuradora-geral, Raquel Dodge, as suspeitas são baseadas nas delações premiadas de Sérgio Machado, ex-senador pelo MDB e ex-presidente da Transpetro, e de Ricardo Saud, ex-executivo da J&F.   

DELAÇÕES

Nos depoimentos, Sérgio Machado disse ter chegado ao conhecimento dele que a JBS, empresa do grupo J&F, faria doações à bancada do MDB do Senado em 2014 no valor de R$ 40 milhões, a pedido do PT. De acordo com o delator, o senador paraense Jader Barbalho seria um dos beneficiados com a doação.

O ministro do STF também determinou que o inquérito seja enviado à Polícia Federal, que terá 60 dias para realizar coleta de provas. Nesse período, Helder Barbalho também deverá prestar depoimento.

Leia também Jader e Helder Barbalho serão investigados pelo STF por envolvimento na Lava Jato



Apesar das prisões e todas as punições decorrentes do "Mensalão" e da "Lava Jato", boa parte da classe política continua tentando arrecadar recursos financeiros para a campanha eleitoral através do atendimento dos interesses do setor empresarial, que por sua vez cobiça a privatização dos serviços públicos, em detrimento dos interesses do povo brasileiro, tal como o povo paraense. 

Ou alguém, acha que a privatização significará diminuição dos preços da tarifas de água e a melhoria do precário saneamento no Pará?

E AGORA?

A sinalização foi dada e a sociedade paraense prevê a tentativa de negócios eleitorais, ou seja, financiamento de campanha através de caixa 2, utilizando o patrimônio público como moeda de troca.

Mas existem muitas pedras no caminho de Helder Barbalho, até o mesmo conseguir chegar ao governo do estado. 

Temer, Lava Jato e o sobrenome Barbalho são os principais adversários de Helder, podendo inviabilizar mais uma de suas tentativas de governar o Pará, tal como seu pai tanto deseja.

Para piorar, todas as pesquisas sinalizam que candidatos ao governo do Pará que estejam envolvidos com o escândalo da Lava Jato relacionado à corrupção terão enormes dificuldades de serem eleitos nas eleições de Outubro.

Ou seja, até lá, muita água ainda vai passar por debaixo dessa ponte e quem viver, verá.

quinta-feira, novembro 16, 2017

Juiz que pediu a condenação de Helder Barbalho, absolveu Simão Jatene pela mesma prática: Uso da mídia para influenciar os eleitores

TRE-PA julgou improcedentes as duas denúncia contra Helder, uma apresentada pela coligação "Juntos pelo Pará", vencedora das eleições de 2014 e a outra pelo Ministério Público Eleitoral.

Por Diógenes Brandão 

Com o voto do ex-prefeito de Capanema, Alexandre Buchacra (ex-PT) e mais quatro (04) juízes do TRE-PA, o ministro Helder Barbalho foi absolvido junto com o candidato a vice-governador na época, o ex-deputado Joaquim Lira Maia. 

A ação ajuizada pelo Ministério Público Federal por meio da procuradora regional eleitoral substituta, Maria Clara Barros Noleto, foi julgada nesta quinta-feira (16), em Belém. A outra foi movida pela coligação "Juntos pelo Pará", comandada pelo PSDB.

Além do juiz Alexandre Buchacra, acompanharam o voto divergente de Altemar da Silva Paes, os juizes Amilcar Roberto Bezerra Guimarães, Arthur Chaves e Luzimara Moura. Todos julgaram As Ações de Investigação Judicial Eleitoral - AIJES 317955 e 250310, como improcedentes.

O único voto pela condenação de Helder foi do relator do processo, o desembargador Roberto Gonçalves de Moura que deu seu parecer favorável à acusação de que, enquanto candidato, o ministro abusou do poder econômico e fez uso indevido de meios de comunicação de sua família - Rádios, TV e jornal - nas eleições de 2014, quando concorreu ao cargo de governador do Estado. A denúncia partiu da coligação "Juntos pelo Pará", encabeçada pelo governador Simão Jatene reeleito no segundo turno daquele pleito.

O advogado de defesa de Helder Barbalho informou que à época todas as matérias veiculadas foram submetidas ao TRE, que analisou o material e não impediu o registro da candidatura, o que permitiu que o candidato pudesse concorrer ao pleito.

Cabe lembrar que em outra Ação, o mesmo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) cassou o mandato do governador do Pará, Simão Jatene (PSDB), e do seu vice, Zequinha Marinho (PSC). Por 4 votos a 2, os membros do Pleno do TRE confirmaram que Jatene fez uso indevido de poder político e econômico, no programa habitacional Cheque Moradia, para ser reeleito nas eleições estaduais de 2014.

Um advogado presente no julgamento de hoje, informou ao blog que o mesmo relator que hoje pediu pela condenação do candidato Helder Barbalho, há quatro meses absolveu Simão Jatene pelos mesmos motivos: Abuso de poder econômico através do uso de veículos de imprensa.

Um dos juízes que participou do julgamento da Ação, chegou a defender em seu discurso o ditado popular: "Pau que dá em Francisco, dá em Chico".

O advogado lembrou que no dia 27 de julho deste ano, o TRE-PA julgou a AIJE nº 317093, onde o relator também foi o desembargador Roberto Gonçalves de Moura. Nos autos, o requerente era a coligação "Todos pelo Pará", representada na candidatura de Helder Barbalho, contra Simão Jatene, o empresário e então diretor do sistema ORM (Rádios, TV e Jornais) Ronaldo Maiorana, o jornalista Ronaldo Brasiliense, o empresário e diretor do sistema Marajoara, Carlos Santos e os radialistas Silvinho Santos e Nonato Pereira. Segundo a denúncia, os citados acima eram responsáveis pela veiculação de mensagens difamatórias, caluniosas ou injuriosas contra o candidato Helder Barbalho e sempre favoráveis ao candidato Simão Jatene.

Cabe lembrar que nesse caso, o desembargador Roberto Gonçalves de Moura, que também foi o relator do processo contra Simão Jatene e os veículos e profissionais de imprensa acima descritos, entendeu que "os próprios demandantes (Helder e Lira Maia) tinham a seu dispor um conglomerado midiático utilizado para ataques a adversários e divulgação de feitos próprios e que portanto não houve desequilíbrio substancial algum e, portanto, o ilícito "abuso ou uso indevido dos meios de comunicação" não se conforma". 

Ou seja, o desembargador que hoje relatou a Ação de Investigação Judicial Eleitoral procedente contra Helder Barbalho, dizendo que houve prática ilícita no uso de mídias a seu favor, há quatro meses atrás julgou a Ação similar contra Simão Jatene, como improcedente. A alegação para tal mudança de entendimento, não convenceram os demais juízes do TRE-PA, que votaram contra o contraditório relator.

A impressão que fica é que Jatene pode usar os veículos das ORMs (Maioranas) e do Sistema Maroajara (Carlos Santos), assim como Helder também pode usar os veículos da RBA (Barbalho).

E quem não tem empresa de rádio, jornal e TV, como fica?

Onde está o princípio da igualdade de condições, tão exaltado pela justiça eleitoral e todos os códigos processuais eleitorais em vigor no país?

Outra pergunta que fica no ar é se depois da decisão de hoje, nas eleições de 2018, os veículos de comunicação e seus respectivos profissionais poderão livremente fazer suas campanhas eleitorais antecipadas a favor e contra os candidatos dos dois principais partidos do Pará: O PSDB e o PMDB.

Pelo que o TRE-PA deixou a entender em seu despacho é que fica mantida a máxima: "Não te mete em política sem dinheiro". E, principalmente, sem amigos na grande mídia.

sexta-feira, setembro 29, 2017

Odebrecht: Investigação contra Helder Barbalho e Paulo Rocha ganha novo relator no STF

Paulo Rocha (PT) e Helder Barbalho (PMDB) foram candidatos a senador e governador, respectivamente. João Salame, ex-prefeito de Marabá, intermediou a negociação de dinheiro usado na campanha eleitoral de 2014. Luiz Otávio Pereira (PMDB) era quem ia buscar o dinheiro, afirmaram os delatores da Odebrecht.

Por Diógenes Brandão 

Em Abril deste ano, o blog AS FALAS DA PÓLIS noticiou a delação que incendiou a cena política paraenseOs ex-executivos da construtora Odebrecht, Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis e Mário Amaro da Silveira, disseram que o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho (PMDB) e o senador Paulo Rocha (PT-PA), pediram R$ 30 milhões em propinas à empreiteira Odebrecht para utilização na campanha eleitoral ao Governo do Pará e ao senado, em 2014.

Conforme a delação, a doação não contabilizada teria sido solicitada por Helder Barbalho, Paulo Rocha e João Salame, na época prefeito de Marabá. No valor de R$ 1,5 milhão, a doação via caixa dois teria sido feita em três parcelas. Na lista da Odebrecht, o beneficiário dessa doação tem o apelido de “Cavanhaque”. A contrapartida seria através de contratos de prestações de serviços, hoje executados pela COSANPA, em Marabá.

O caso estavam sob responsabilidade do ministro Edson Fachin e agora está nas mãos do ministro Alexandre de Moraes, indicado por Temer, em Março deste ano, para a vaga deixada por Teori Zavascki, que morreu em janeiro em um acidente aéreo em Paraty (RJ).

Agora, OGlobo informa que sete processos baseados em delações ganham novos relatores.

BRASÍLIA — Sete processos em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF) com origem nas delações de executivos da Odebrecht e da JBS ganharam novos relatores nesta terça-feira. Eles estavam inicialmente com o ministro Edson Fachin, que toca os processos da Operação Lava-Jato na corte. Mas como os processos não tratavam de irregularidades na Petrobras, foco da Lava-Jato, eles foram encaminhados para outros ministros. Há ainda um oitavo processo que não está mais com Fachin, mas no qual não houve até o momento definição de novo relator.

O ministro Alexandre de Moraes é o novo relator do inquérito que investiga o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho (PMDB-PA), e o senador Paulo Rocha (PT-PA). Eles são suspeitos de terem recebido doações via caixa dois na campanha de 2014 em troca de ajuda à Odebrecht no Pará. Luís Roberto Barroso vai relatar inquérito que investiga se o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) recorreu ao caixa dois da empreiteira na campanha de 2010. Pelo mesmo motivo, há um inquérito aberto contra o deputado Celso Russomano (PRB-SP), mas, nesse caso, ainda não foi sorteado relator.  

A delação da Odebrecht já levou à abertura de 80 inquéritos, dos quais apenas 15 continuam com Fachin. Já a delação da JBS resultou, até agora, na abertura de oito inquéritos e outros nove casos que estão num estágio mais inicial de investigação. Desses nove casos que ainda não são inquéritos, cinco ganharam novos relatores hoje. Caberá a eles decidir se eventualmente devem ser abertos novos inquéritos.  

Um dos processos diz respeito ao ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, e está agora com Alexandre de Moraes. Outro trata do ministro da Indústria e Comércio, Marcos Pereira, que passa a ser relatado por Celso de Mello. Há também um caso do deputado João Carlos Bacelar (PR-BA), com Luís Roberto Barroso, e outro da senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), com Celso de Mello. Todos eles são suspeitos de receberem recursos da JBS. Por fim, há um caso tratando de pagamentos de propina feito por doleiros, encaminhado para o gabinete do ministro Luiz Fux.  

O passo a passo para um processo ser redistribuído, ou seja, ganhar novo relator, começa em geral com um pedido do Ministério Público ou da defesa. Depois, o ministro relator avalia se há mesmo motivo para redistribuição e encaminha o caso para decisão da presidente do STF, ministra Cármen Lúcia. Ela então determina se o processo deve continuar com o mesmo relator, no caso Fachin, ou não. Se entender que deve ser redistribuído, é feito um sorteio eletrônico entre todos os ministros da corte, inclusive o próprio Fachin. Apenas a presidente, pelo cargo que ocupa, fica de fora.    


segunda-feira, agosto 14, 2017

Que deputados seriam eleitos em 2014, caso o "Distritão" estivesse em vigor?

Estudo da DOXA revela como o 'Distritão' mexeria no tabuleiro político paraense.

Por Diógenes Brandão

Foi fazendo a pergunta que se encontra no título desta postagem ao cientista político Dornélio Silva, que se baseando no resultado eleitoral do TRE-PA, o responsável pela DOXA Pesquisas* fez um exercício temporal e respondeu: 

"Se o modelo 'Distritão' fosse aplicado nas eleições de 2014 para deputado federal, os atuais deputados, Chapadinha (PSD) e Arnaldo Jordy (PPS) não se elegeriam. Por outro lado, entrariam Nélio Aguiar (DEM) e Raul Batista (PRB)".

Veja a tabela:


Já no caso dos deputados estaduais, o resultado seria o seguinte:

"Se o modelo 'Distritão' fosse aplicado nas eleições de 2014 para deputado estadual, os atuais deputados, Eraldo Pimenta (PMDB), Eliel Faustino (DEM), Miro Sanova (PDT), Lélio Costa (PCdoB) e Jaques Neves (PSC) não se elegeriam. Por outro lado, entrariam Josy Amaral (PSB), Marinor Brito (PSOL), Gesmar da Costa** (PSD), Henderson Pinto (DEM) e Odimar Salomão (PSD)."

Veja a tabela:


*A DOXA Pesquisas realiza checagens periódicas sobre os cenários e a preferência eleitoral em diversos estados da região Norte e tem sido um dos institutos de pesquisa que mais se aproxima dos resultados eleitorais, tão logo as urnas são apuradas.

** O deputado Gesmar da Costa, antes suplente de Tião Miranda (PTB), assumiu sua vaga na ALEPA depois que este foi eleito prefeito de Marabá, nas eleições de 2016.

quarta-feira, julho 26, 2017

Priante e Miriquinho: PMDB pode ter mais um ministro e o PT mais um deputado federal

Se deixar a Câmara para assumir Ministério, Priante abre vaga para Miriquinho.

Por Diógenes Brandão, com informações do Estadão

O deputado federal José Priante (PMDB-PA) pode assumir o Ministério das Cidade. Caso o pedido do PMDB a Temer se confirme, a Câmara dos Deputados teria o retorno do ex-deputado federal Miriquinho Batista (PT-PA), primeiro suplente da chapa PMDB/PT, nas eleições de 2014.

A informação da possível nomeação de Priante foi levantada pelo jornalismo do Estadão e replicada pelo Metrópoles.

Leia a matéria:

PMDB pede a Temer o Ministério das Cidades, chefiado por tucano 

Pasta é comandada pelo deputado federal licenciado Bruno Araújo (PE). Peemedebistas reclamam de que a bancada está “sub-representada”

Com o presidente Michel Temer (PMDB) fragilizado pela votação na Câmara da denúncia contra ele por corrupção passiva, a bancada do PMDB na Casa pressiona o Palácio do Planalto. A legenda pleiteia a nomeação de um deputado próprio como ministro das Cidades, cargo, atualmente, ocupado pelo parlamentar licenciado Bruno Araújo (PSDB-PE).

A reclamação dos peemedebistas é de que a bancada está “sub-representada” no governo. A legenda sustenta também que o PSDB não merece comandar uma pasta de tamanha capilaridade política como Cidades, diante das críticas a Temer. Além disso, o PMDB destaca as ameaças de desembarque da base aliada que tucanos têm feito desde que a delação da JBS atingiu o presidente.

O líder do PMDB na Câmara, deputado Baleia Rossi (SP), já levou o pedido da bancada ao presidente. Peemedebistas querem que Temer nomeie um deputado do partido para a pasta durante a reforma ministerial que pretende fazer após a votação da denúncia, marcada para 2 de agosto. 

“Se houver alguma mudança ministerial, a bancada tem expectativa de se fortalecer”, afirmou Rossi. Hoje, o PMDB comanda seis dos 28 ministérios existentes no governo Temer. Desses, três são comandados por deputados: Esportes, com Leonardo Picciani (RJ); Turismo, com Marx Beltrão (AL), e Desenvolvimento Agrário, com Osmar Terra (RS).

A um ano e dois meses das eleições gerais de 2018, a bancada reclama que a maioria dos ministérios que comanda não dá margem para uso político. Com um orçamento robusto de R$ 20 bilhões para este ano, Cidades é considerado uma das pastas com maior capilaridade.

Na bancada do PMDB, pelo menos dois nomes são defendidos para substituir Bruno Araújo: o do deputado Carlos Marun (MS), vice-líder da sigla e um dos mais aguerridos defensores de Temer na Câmara, e o do deputado José Priante (PA). Peemedebistas mineiros também têm interesse em indicar um representante para o cargo.  

Procurado, Marun negou pleitear a vaga e disse que seu desejo é que PSDB continue no governo. Ressaltou, porém, que tem currículo para assumir o posto. “Fui membro do Conselho Nacional das Cidades por mais de 10 anos e possuo um relacionamento antigo com movimentos sociais de habitação”, salientou. A reportagem não conseguiu contato com Priante.

O comando do Ministério das Cidades também é pleiteado pelo Centrão, grupo de partidos médios da Câmara, com retribuição por terem dado 100% dos votos a favor de Temer na votação da denúncia na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). 

O bloco quer ainda indicar o substituto do ministro Antonio Imbassahy (PSDB) na Secretaria de Governo. Placar do jornal O Estado de S. Paulo indica que, dos 63 deputados do PMDB, 25 não quiseram responder se votarão pela aceitação ou não da denúncia e sete se disseram indecisos. Outros 28 disseram que são contra e três, favoráveis ao prosseguimento da denúncia contra o presidente.

sábado, abril 15, 2017

Odebrecht pagou pela privatização da COSANPA e contou com apoio de petistas



Por Diógenes Brandão

Há pouco menos de 02 anos atrás, em reunião realizada no hotel Goldmar, em Belém, o diretório do PT-PA aprovou uma moção onde repudiava a intenção de privatização dos serviços de tratamento de água e esgoto em Marabá, na região sudoeste do estado, na época sob a gestão do prefeito João Salame e que tinha como vice-prefeito, o petista Luiz Carlos Pies (marido da ex-deputada estadual Bernadete Ten Caten e pai do atual deputado estadual Dirceu Ten Caten).

Naquele momento, o diretor de comunicação do Sindicato dos Urbanitários, Otávio Pinheiro, que também já foi vereador do PT em Belém, apresentou os motivos para que o partido se mantivesse coerente com sua história de lutas contra a privatização da COSANPA. O pedido foi acatado e o Partido dos Trabalhadores se posicionou como esperava o sindicalista.

No entanto, o blog do jornalista marabaense Hiroshi Bogéa (imagem acima), revelou à época de que o prefeito João Salame, com apoio dos petistas em seu governo, estava realmente inclinado a operar aquilo que agora ficamos sabendo, como sendo o interesse da Odebrecht em abocanhar os serviços realizados pela COSANPA, ou seja: Privatizando, como revelou recentemente a delação de dois ex-executivos da empreiteira à Lava Jato.

Enquanto o PT, reunido com seus membros do diretório estadual condenava a privatização da COSANPA, Paulo Rocha (PT), Helder Barbalho (PMDB) e João Salame (ex-PPS) já haviam negociado com a empresa que seria a beneficiada pelo esquema de terceirização do serviço público, pelo valor de R$ 1 milhão e meio de reais, que teriam sido usados em suas campanhas eleitorais em 2014, segundo a denúncia apresentada nos autos dos inquéritos abertos por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin.


Na última quinta-feira (13), após a repercussão da lista de Fachin, o blog de Hiroshi Bogéa voltou a tocar no assunto, agora dizendo que a defesa de João Salame o informou que: “O ex-prefeito de Marabá não intermediou, não recebeu e nem repassou recursos financeiros para ser aplicado em caixa 2. Basta assistir o que disse o colaborador em suas declarações aos investigadores. A participação do João Salame no evento se limitou a agendar a reunião com o então candidato do governo do Pará, Helder Barbalho”.

Paulo Rocha, Jader Barbalho e João Salame pediram 30, mas só receberam 1,5 milhões, diz delator

Dinheiro teria sido usado na campanha eleitoral de 2014, quando Paulo Rocha (PT) e Helder Barbalho (PMDB) foram candidatos a senador e governador, respectivamente. João Salame, ex-prefeito de Marabá pelo PPS, intermediou a negociação. Luiz Otávio Campos (PMDB) era quem ia buscar o dinheiro, afirmaram os delatores da Odebrecht.

Por Diógenes Brandão

A delação dos ex-executivos da construtora Odebrecht, Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis e Mário Amaro da Silveira incendiaram o Pará.

Réus confessos, os delatores disseram que o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho (PMDB), pediu R$ 30 milhões em propinas à empreiteira Odebrecht para utilização em sua campanha eleitoral ao Governo do Pará e ao senado, em 2014.

Conforme a delação, a doação não contabilizada teria sido solicitada por Helder Barbalho e também pelo senador Paulo Rocha, bem como pelo prefeito de Marabá, João Salame. A doação de R$ 1,5 milhão via caixa dois teria sido feita em três parcelas. Na lista da Odebrecht, o beneficiário dessa doação tem o apelido de “Cavanhaque”. A contrapartida seria através de contratos de prestações de serviços, hoje executados pela COSANPA.

O dinheiro foi repassado em 03 (três) parcelas de R$ 500 mil, entregues ao ex-senador Luiz Otávio Campos, conhecido no meio político como "Pepeca".

Segundo a delação, o encontro com Helder Barbalho, Paulo Rocha e João Salame teria acontecido em São Paulo. "Ao final dessa conversa, eles explicitaram as dificuldades econômicas da campanha e fizeram um pedido de R$ 30 milhões. E falei: 'Vou levar isso até a nossa presidência lá por dever de ofício, mas acho que é uma coisa totalmente fora de cogitação'", relatou Mário Amaro.

De acordo com o delator, o valor originalmente pedido de 30 milhões foi sendo reduzido "pelo menos 20, pelo menos 10, pelo menos R$ 5 milhões". "A gente até cogitou de não dar nada, um cara que pede R$ 30 milhões, né, mas depois, o Fernando (o ex-presidente da Odebrecht Ambiental Fernando Reis) falou assim: 'Vamos oferecer o que a gente tem conta de oferecer'", assegurou.

Jader Barbalho é um dos oito ministros do governo Michel Temer que tiveram inquéritos abertos por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin.

Helder Barbalho e Paulo Rocha usaram suas redes sociais, emitindo notas de esclarecimentos, onde negaram todas as acusações. João Salame não se manifestou.






quarta-feira, outubro 26, 2016

Barbalhos e Maioranas brigam, os partidos disputam o poder e o povo não pode ter sua opinião publicada?


Por Diógenes Brandão

Com mais uma eleição polarizada entre os interesses do PSDB e do PMDB, as famílias que controlam a mídia no Pará, Maioranas e Barbalhos, travam uma nova guerra no campo político, onde muitas vezes “balas perdidas” acabam atingindo quem não tem nada a ver com a disputa.

Tal como nas eleições de 2014, as duas maiores empresas de comunicação do Pará travam uma disputa visceral e o instituto DOXA volta a ser atacado e conta apenas com as mídias sociais para se defender e fazer valer seu direito de pesquisar e revelar a opinião pública.
Leia um trecho da entrevista com Dornélio Silva, cientista político da DOXA, que foi entrevistado pelo blog em 2014, logo depois do resultado do 2º turno das eleições, onde foi o único pesquisador a acertar o resultado das urnas.
No trecho abaixo, ele conta como tudo aconteceu em 2014 e como volta a acontecer novamente nestas eleições municipais de 2016, onde o PSOL e o PSDB são meros coadjuvantes dos interesses comerciais dos barões da mídia paraense.
AS FALAS DA PÓLIS: A DOXA foi muito perseguida tanto no primeiro, quanto no segundo turno, porque aconteceu isso? Como você explica e a quem atribuiu essa perseguição?
Dornélio Silva: É importante observarmos essa situação para entendermos a participação e o poder de alguns atores nesse campo jurídico: juízes auxiliares, advogados, promotores, isto é, o próprio TRE.
Tudo começou depois que a DOXA foi contatada através de um interlocutor para fazer uma pesquisa e publicar no jornal Diário do Pará. O resultado vindo de campo não foi favorável a Helder Barbalho. Em função disso, o interlocutor queria que a DOXA mudasse o resultado. O que obviamente não foi feito.
Na pesquisa, Simão Jatene ficou com 41% e Helder com 38%. Queriam "apenas" que a DOXA invertesse os resultados. Como não aceitamos, em hipótese alguma, tivemos um prejuízo de R$ 25.000,00. E como tínhamos uma pesquisa atualizada, resolvemos publicar no blog da DOXA e de alguns blogs amigos como do Diógenes Brandão, Hiroshi Bogéa, Jeso Carneiro e Manoel Dutra. Depois outros veículos pegaram e foram publicando, óbvio.
AS FALAS DA PÓLIS: A partir de então, a DOXA tornou-se persona non grata à coligação “Todos Pelo Pará”?
Dornélio Silva: Não conseguimos mais publicar nossas pesquisas. Parecia que havia um complô, algo combinado: quando registrávamos uma pesquisa, os advogados da coligação entravam com o pedido e só caia na mão de um juiz auxiliar, muita coincidência. Chegamos a ser manchete de capa do Diário do Pará, como se fossemos criminosos. O MPE, através do dr. Alan Mansur, depois de “investigado o crime eleitoral” mandou arquivar o processo. Mas até hoje o juiz não deu a sentença.
Matéria requentada de 2014, volta a circular neste segundo turno das eleições de 2016, através das mídias sociais. 
No segundo turno, conseguimos publicar uma pesquisa.
Havia sido feito um acordo entre os advogados das duas coligações de que “ninguém impugna ninguém, deixa o mercado regulamentar”. Era a decisão mais sábia até então. Só que esse acordo não foi cumprido na última pesquisa DOXA. As 19:20hs do dia 24, sexta-feira, o juiz induzido pelas justificativas dos advogados da coligação "Todos Pelo Pará" acata e manda suspender a publicação da pesquisa.
Sabíamos que o Diário do Pará viria já na edição de sábado, com pesquisa com números alarmantes, querendo ficar sozinho no pleito, passando apenas sua verdade, passando ao eleitor como fato consumado, a eleição de Helder; e que essa mesma pesquisa viria repaginada no domingo, dia da eleição.
Diante dessa situação, o jornal O Liberal publica a pesquisa da DOXA, do domingo anterior, como forma de contrapor ao Diário, e dizer para o eleitor que ele merecia outra informação para tomar sua decisão no dia seguinte.
A pesquisa Doxa, finalizada na sexta-feira, antevéspera do segundo turno das eleições de 2014, deu 51,5% Jatene e 48,5% Helder (votos válidos).
O resultado das urnas foi de 51,92% para Jatene e 48,08% para Helder. Exatamente o que a nossa última pesquisa mostrou.
Ou seja, fomos o único instituto de pesquisa que acertou o resultado.
Essa era a verdade que o Diário do Pará não queria que a opinião pública soubesse.

AS FALAS DA PÓLIS: Como você explica essa tamanha disparidade entre os dados dos institutos de pesquisa nessa campanha?
Dornélio Silva: Se for observar bem, a disparidade era do nosso instituto para com os demais. O Jornal Diário do Pará publicava a pesquisa que dava sempre o Helder na frente e dizia que a metodologia da pesquisa era domiciliar. No entanto, analisando a metodologia e o questionário detectamos que os pesquisadores pegavam apenas o telefone do entrevistado.
A estratégia do Diário do Pará e todo o grupo de comunicação era passar a ideia de Helder como fato consumado, utilizando-se de pesquisa para induzir, manipular o eleitor.

segunda-feira, abril 18, 2016

Segundo a Veja, Helder Barbalho entregará carta de demissão



Por Diógenes Brandão

Segundo Vera Magalhãescolunista do Radar, do site da revista Veja, o ministro da secretaria dos portos, Helder Barbalho, esteve nesta segunda-feira, (18) no Palácio do Planalto para entregar a carta de demissão a Dilma Rousseff.

A revista afirma sem citar nomes, que assessores palacianos, disseram que o ministro, da cota peemedebista, não foi recebido pela presidente, que estava em reunião.

Barbalho deve entregar a carta ainda nesta segunda. Segundo aliados partidários, não pretende desistir da demissão, nem mediante apelos de Dilma.

Como a notícia saiu na VEJA, mandei um DM através do twitter e aguardo uma resposta do ministro que é paraense como este blogueiro e poderá confirmar ou negar a informação. 

Helder é pré-candidato ao governo do Estado e conforme já foi noticiado diversas vezes neste blog, tem se reunido com a bancada federal do PT paraense, em busca da manutenção do apoio do PT-PA para alcançar seu objetivo eleitoral em 2018, assim como já contou em 2014, quando fez dobradinha com o senador Paulo Rocha (PT-PA), que foi eleito e Helder acabou derrotado por Simão Jatene (PSDB). 

No PMDB paraense, o sentimento é de que Paulo Rocha é quem deve retribuir o apoio que obteve para ser eleito senador e por isso, 2016 e 2018 são os anos eleitorais para que esse acordo seja cumprido.


Agora é com o Senado: Como fica o acordo PT/PMDB no Pará?

No dia 30 de junho de 2014, Lula participou da convenção do PMDB no Pará, que ratificou a candidatura de Helder Barbalho (PMDB) ao governo do estado e Paulo Rocha (PT) ao Senado.


Por Diógenes Brandão

A dobradinha que unificou o PT e o PMDB e levou à candidatura de Helder Barbalho ao governo do Pará em 2014 é a sequência da aliança que permitiu que Lula fosse eleito em 2002, reeleito em 2006 e principal responsável pela vitória de Dilma em 2010 e sua reeleição em 2014. 

Mesmo com a saída do PMDB do governo, no dia 29 de Março deste ano, o senador Jader Barbalho e seu filho Helder Barbalho, atual ministro de Dilma, se mantiveram aliados de Lula, Dilma e do PT.

No entanto, essa aliança pode terminar. "Estamos em uma nova etapa. Vamos avaliar o cenário e decidir como será de agora em diante", afirmou Parsifal Pontes, uma das principais lideranças do PMDB no Pará, em um programa de tv da RBA, emissora da família Barbalho.

Cientes de que a responsabilidade agora é dos senadores, diversas lideranças políticas começam a se perguntarem como ficará o acordo político do PT com o PMDB, representados no Pará por Jader Barbalho e Paulo Rocha. O apoio de dois (02) dos três (03) deputados federais do PMDB-PA deve ter custado caro na negociação com o PT-PA.

Além de Helder no Ministério da Secretária de Portos, Jader Barbalho emplacou o ex-senador Luiz Otávio, na direção-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), conforme já foi dito aqui, o PMDB quer o apoio do PT-PA ao pré-candidato do PMDB a prefeito de Belém, o ainda reitor da UFPA, Carlos Maneschy e em vários municípios paraenses, além de repetir o apoio a Helder Barbalho na nova disputa pelo governo do Pará, em 2018.

Detalhe: Em novembro do ano passado, o PT-Belém lançou a pré-candidatura de Regina Barata como prefeita de Belém.


Postagens feitas pela equipe de comunicação do senador Paulo Rocha (PT-PA), encheram de esperanças, todos os que alimentavam a expectativa que a bancada do PMDB paraense votar contra o Impeachment. 

Acontece que o voto de José Priante (PMDB-PA) pelo sim ao Impeachment, incomodou muitos dirigentes e militantes petistas em todo o estado do Pará, pois estes esperavam sua fidelidade ao governo, já que como deputado, Priante sempre teve espaços privilegiados em diversos órgãos federais, além de contar com emendas federais volumosas, enquanto diversos lutadores que sempre defenderam Lula, Dilma e o PT, seguem ignorados pela cúpula governista e os os donos dos mandatos que negociam em nome de milhões.

Como nos ensinou o mestre Confúcio: "Se queres prever o futuro, estuda o passado".

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...