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quarta-feira, janeiro 06, 2021

COVID-19: Hospitais públicos já estão colapsando novamente

Pacientes com suspeita de estarem com a COVID-19 procuraram a Policlínica Itinerante do Hangar, já que o Hospital de Campanha foi desativado. Lá, sob forte sol, pois o local não possui cobertura onde formam-se filas, o atendimento foi suspenso e os pacientes que não são atendidos, são orientados a procurarem UPAS. Diversos hospitais públicos já sinalizam um princípio de colapso e até agora nenhum plano foi anunciado pelo governo do Estado e muito menos pela prefeitura de Belém. Foto: Igor Mota.


Por Diógenes Brandão

O governador Helder Barbalho relaxou a fiscalização do cumprimento das medidas de proteção e prevenção, sobretudo de aglomerações e tal como este blog avisou, sem um plano de contingência, o Pará voltaria à alta no caso de mortes e contaminação e internação de pacientes com a COVID-19.

Evitando aumentar a impopularidade diante dos que não gostam das medidas protetivas, Helder afrouxou e deu nisso que estamos vivenciando: Um novo caos nos hospitais públicos do Estado do Pará.

"Mais de 300 pessoas no Hangar hoje e pararam de atender antes de 12h", informou uma paciente que procurou atendimento sob sol forte, em uma fila enorme formada na parte de fora do Hangar, onde funciona o Hospital de Campanha de Belém. 

A paciente continua: "Quando anuncia atendimento de 8 às 17h. Aí mandaram pro Mangueirão e a lá me disseram a mesma coisa. Não tem mais atendimento. Aí alegaram muita demanda, mas desconfio que é falta de médico, porque só tinha 3 no Hangar hj, pra essa multidão. Acho que não pagaram os médicos, por isso eles não estão dispostos a trabalhar. Vim do hangar agora e eles pararam de atender.

Meu amigo foi no Mangueirao é também parou às 12h. Fui ontem na Upa da sacramenta e não tinha raio X

Vim hj da UBS atrás do Bosque e não tem como fazer e imprimir o cartão SUS, que em todos os lugares que fui, me cobraram. 

Perguntei no Hangar como alguém faz se passar mal com covid. Eles disseram que deve ir na UPA. Lá, eles não fazem exame. Só passam medicação pra aliviar os sintomas (Dipirona e Dexametasona pra ti comprar) e mandam embora. Ir para o Hangar. Ou seja, não tem locais de atendimento de fato.

Na UPA dão paliativo. No Hangar fazem exame do nariz e só. Não deram medicação, nem encaminham pra outro local.

Fica desde cedo uma fila gigantesca na frente do hangar pegando sol. 

Não tem cobertura. Idoso, grávidas e o resto. Uma mulher desmaiou na fila com falta de ar. Levaram na cadeira de rodas para o atendente. Ele mandou o acompanhante levar pra UPA. 

Aí me meti e cobrei dele (o atendente da UPA) uma ambulância pra levar ela. Não tinha. 

Aí falei pra ele dar um encaminhamento, pelo menos. 

Lembrei que não tinha raio X na UPA da Sacramenta. 

Ele sem o que falar, disse que eu gritei com ele. 

Eu tentando ajudar há um tempão e ele nem ligava pro que eu dizia. Por isso tive que falar alto.

Mas esse atendimento que tô falando fica no estacionamento e é o local pra onde as pessoas com sintomas devem ir.

Estamos em estado crítico. O Pará está em vermelho. 

Então precisa de um grande plano de atendimento".

O relato acima é de uma paciente com sintomas da COVID-19 que buscou atendimento na rede pública de saúde, tanto estadual, quando municipal e não conseguiu.

A Sespa informou que a Policlínica Itinerante que foi posiconada ao lado do Centro de Convenções Hangar, estava atendendo, na manhã desta segunda-feira, 4, 73 pacientes, sendo 37 em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Dados da própria SESPA informam que em diversas regiões do Estado do Pará, os hospitais já estão com sua capacidade de internação, tanto nos leitos clínicos, quanto nas UTIs, chegando à sua lotação máxima. Em algumas delas, já não existem leitos de UTI e noutras, muito poucos.

sexta-feira, abril 24, 2020

Sobrevivente compara Hospital de Campanha com "Campo de Concentração em tempos de guerra"



Por Diógenes Brandão

O blog AS FALAS DA PÓLIS traz na íntegra e da forma que está escrito, o relato de um sobrevivente do "campo de concentração" que o governo do estado do Pará chama de Hospital de Campanha, instalado no Hangar Centro de Convenções da Amazônia.


Boa noite Amigos estou aqui para agradasse a todos vcs pelas suas Oração e dizer que recebi alta do hangar estou em casa de quarentena.

E contar a verdadeira situação do hospital de campanha vc é entregue ao hospital e depende de muita sorte pra sair vivo pois tem muita gente morrendo por falta de medicamentos e profissionais da saúde até eu sair de lá tinha quase 200 pessoas internado pra 2 médico para prescreve medição eles não dão conta vc fica sem tomar remédio um sol em cima das camas q vc não consegui ficar deitado uma falta de entendimento q ninguém consegui lhe explica nada gente só capa só  comercial mentirosos existe dois banheiros com bastante chuveiros um é pros funcionários e o  outro e pros pacientes todo mundo tomar banho juntos homens e mulheres as portas são uns plástico vc enxerga todo mundo tomar banho mais uma vez digo homens e mulheres juntos ao mesmo tempo quero q apareça alguém q diga q é mentirosa essas denúncias pois digo tudo isso q estou falando é verdade eu estava lá senhor governador faça uma visita no salão na hora q o sol bate nas cama e na hora do banho q vc vai ver q parece mais com um campo de concentração em filme de guerra.




domingo, agosto 18, 2013

AmazonWeb e Fórum da Internet no Brasil debaterão a internet na Amazônia e no Brasil

Em setembro, Belém será palco de dois grandes eventos, o AmazonWeb e o III Fórum da Internet no Brasil.


Nos dias 01 e 02 de Setembro de 2013, Belém do Pará será palco do 1º Fórum de Comunicação Digital da Amazônia, o AmazonWeb, evento que conta com o apoio do CGI - Comitê Gestor da Internet que realizará o III Fórum da Internet no Brasil, no Hangar - Centro de Feiras e Convenções da Amazônia, nos dias 03, 04 e 05 do mesmo mês.

Ambos os eventos debaterão temas relacionados à internet, a democratização da comunicação no Brasil e oferecerá diversas oportunidades de articulação entre ativistas digitais, empresas e desenvolvedores de soluções para a rede mundial de computadores.

O AmazonWeb foi concebido por entidades da sociedade civil organizada que perceberam a necessidade de um evento que antecedesse o III Fórum da Internet no Brasil que será realizado pela 1ª vez em Belém, depois de ser arduamente defendido pela delegação paraense que conseguiu convencer a vinda da 3ª edição do mesmo para nossa capital, junto aos demais participantes e a coordenação do CGI, na 2ª edição do evento, realizado na cidade de Olinda-PE, em Julho do ano passado.

Previsto para receber cerca de 500 pessoas, o AmazonWeb continua inscrevendo os participantes através de sua página no Facebook.


Confirme sua participação curtindo a página https://www.facebook.com/AmazonWeb.

É simples, gratuito e sem burocracia!
 
O evento promete ser o maior e mais amplo evento do gênero realizado na região norte e visa reunir ativistas de todo o Brasil, muitos dos quais já virão pro III Fórum da Internet no Brasil e assim debater as dificuldades e peculiaridades do acesso à internet na Amazônia, bem como a contribuição que a região pode oferecer nas discussões e proposições dos temas relacionados.

A Comissão Organizadora do AmazonWeb prevê que além de ser um marco, o evento também possibilitará uma discussão entre os comunicadores digitais de diversas regiões do país sobre a democratização das mídias, bem como as viabilidades legais; revelar e evidenciar as personalidades que se destacaram na defesa da democratização das mídias sociais no Brasil; propor políticas públicas para os meios digitais de comunicação que considerem a liberdade, a governança, a universalidade, a diversidade e a neutralidade do ambiente; elaborar um documento oficial  com as intenções dos participantes sobre as políticas de comunicação digital no Brasil, levando em consideração as especificidades de Estado da região Amazônica.

Além de ser um evento aberto ao público, sem cobrança de qualquer taxa para a participação dos interessados, tanto as desconferências, quanto as oficinas constantes na programação serão abertas ao público inscrito e reunirão eixos formadores na área da comunicação digital.

Seu formato prático deverá oferecer condições de assimilação e aplicabilidade imediata pelos participantes e será a oportunidade de muitos usuários que atuam e trabalham na área de comunicação digital encontrarem-se e se potencializarem com a troca de experiências. O evento também colocará em pauta temas que irão contribuir para enriquecer os debates e intervenções nos meios digitais de comunicação, sensibilizando os participantes para o respeito as diferenças, a acessibilidade, a preservação do meio ambiente e a defesa da liberdade de expressão e dos direitos fundamentais da pessoa humana.

O AmazonWeb é uma iniciativa das seguintes entidades/organizações:

SUCESU Pará - Sociedade de Usuários de Informátia e Telecomunicações do Pará 

Núcleo de Produção Amazônica

Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé 

CUT-PA

FNDC - Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação

SINDPD-PA – Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras das Tecnologias da Informação do Estado do Pará

ASL-PA – Associação de Software Livre do Pará.
 



O que é o Fórum da Internet no Brasil promovido pelo CGI?

O CGI.br promove o Fórum da Internet no Brasil com o objetivo de reunir participantes dos setores governamentais, empresariais, acadêmicos, das organizações da sociedade civil, técnicos, estudantes e todos os interessados e envolvidos nos debates e temas a respeito da Internet no Brasil e no mundo. O Fórum é portanto um espaço aberto e um convite para debatermos os desafios atuais e futuros da Internet.

Campanha contra a patente da privatização da palavra "Amazônia".

Os organizadores da AmazonWeb apoiam a resolução do CGI que visa de lutar contra a tentativa de fazer com que a exclusividade do termo “amazon” na internet seja dado à empresa americana Amazon, principal varejista do e-commerce no mundo, tal com  pretendem os acionistas da empresa.


Caso a amazon.com consiga a patente sobre a exclusividade sobre o uso da palavra “amazonia” na internet, o Brasil e dos demais países que compõem a Amazônia Global, teriam de pedir autorização prévia da empresa detentora do domínio se quisessem, por exemplo, registrar um site com o final “amazon”.
 

A palavra engloba todo um bioma, contendo flora, fauna, produção extrativa, conhecimentos tradicionais, cultura, enfim, uma complexidade de componentes, muitos dos quais utilizam a palavra ‘Amazônia’ em sua denominação. Essa utilização ficaria ameaçada, se o termo fosse de uso exclusivo de uma empresa.


Clique aqui e conheça detalhes da Campanha Nossa Amazônia, que visa reunir assinaturas contra uso exclusivo do domínio .amazon. e aqui para assinar a petição contra esse absurdo pretendido pela empresa americana.



Serviço

Evento: AmazonWeb - Fórum de Comunicação Digital da Amazônia.
Data: 01 e 02 de Setembro de 2013.
Domingo - (01/09) - Mesa de abertura 18h e programação cultural.
Segunda - (02/09) - 08 às 18h.

quinta-feira, abril 25, 2013

Barrado em 2012, Edmilson tentará lançar livro sobre soberania territorial na Amazônia


Barrado ano passado de lançar seu livro “Território e Soberania na Globalização – Amazônia, Jardim de Águas Sedento”, Edmilson Rodrigues dessa vez espera não ter nenhuma surpresa e que o governo Simão Jatene não tente criar dificuldades para lançá-lo, com quase um ano de atraso, na XVII Feira Panamazônica do Livro. 

Enviado por email pela ASCOM - Edmilson Rodrigues.
        
Doutor em Geografia Humana pela Universidade de São Paulo (USP), o arquiteto e professor pesquisador da área de planejamento urbano e regional, Edmilson Rodrigues lançará hoje, 25, o livro Território e Soberania na Globalização - Amazônia, Jardim de Águas Sedento. O livro é baseado em sua tese de doutorado - defendida em 2010 - aprovada com conceito excelente, distinção e louvor. e foi publicada pela Editora Fórum, de Belo Horizonte - MG, no ano passado. Agora, será apresentada aos leitores paraenses, em pré-lançamento que será realizado na Fox Vídeo (Trav. Dr. Moraes, 584), em noite de autógrafos que iniciará às 18 horas. No dia 04 de maio o livro será lançado na XVII Feira Pan-Amazônica do Livro, no estande de Escritores Paraenses, no Hangar - Centro de Convenções e Feiras da Amazônia. 

Edmilson Rodrigues analisa no livro a relação entre globalização e soberania territorial, centrando seu foco analítico de forma profunda o fenômeno da apropriação privada dos recursos hídricos do território, mormente no subespaço amazônico. Para sua análise, utiliza categorias, conceitos e noções da Geografia Humana por si desenvolvidos bem como os criados e difundidos por Milton Santos, Maria Adélia Aparecida de Souza entre outros espaciólogos críticos. Na análise crítica do território usado discorre sobre a dialética espacial expressada na contradição entre o território como um bem social ou abrigo e o território como um bem mercantil, ou seja, como espaço banal. Segue assim a concepção de espaço geográfico como categoria de análise social, o que significa apreendê-lo, compreendê-lo e analisá-lo como um híbrido de sistemas de objetos e sistemas de ações. A pesquisa avança na compreensão e reflexão teórica complexa da Amazônia como região fundamental para a manutenção do planeta. 

Demonstrando grande maturidade enquanto pesquisador, Edmilson Rodrigues lança olhar científico ao uso de uma das disponibilidades mais cobiçadas da região amazônica: a água, vista como recurso hídrico, a partir da perspectiva do território sendo usado seja segundo a racionalidade hegemônica, a racionalidade capitalista, de um lado, ou segundo racionalidades não hegemônicas ou mesmo contra-hegemônicas. Segundo explica sua orientadora de doutorado, Professora Dra. Maria Adélia Aparecida de Souza, que é titular de Geografia Humana da USP, o livro de Edmilson desemboca na “análise da relação entre a globalização atual e a soberania no contexto da formação socioespacial brasileira, ou seja, analisa o uso do território nas circunstâncias do período histórico-geográfico atual - período técnico, científico e informacional - através da análise de eventos já realizados ou que estejam em processo de realização, significativos para a interpretação dos constrangimentos que, em maior ou menor grau, impactam a soberania territorial no processo de totalização dinâmica de reconfiguração e refuncionalização do território".

 Vale destacar que um dos eventos analisados por Edmilson é a instalação de Belo Monte, maior projeto do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal e que está ocasionando não só constrangimentos como conflitos, intervenções fortes ambientais e sociais e o comprometimento da soberania territorial do Brasil. 

O professor Dr. Carlos Lima, do Programa de Mestrado e Doutorado de Políticas Públicas em Serviço social da UnB, assina a apresentação do livro e destaca que Edmilson analisa ”a dinâmica do capital, a inserção e função da Amazônia na complexa teia de relações produzidas pelo processo de globalização e crise do mundo do capital". "A análise encetada no decorrer do livro nos permite compreender o saque, a exploração existente nas relações sociais conflitivas, contraditórias, antagônicas, esgarçadas etc. que proliferam no jardim das águas, onde a sociedade é eviscerada pelo capital em crise. A irracionalidade se manifesta concretamente na construção de estranhas catedrais como a de Belo Monte, que este livro analisa em profundidade", destaca Carlos Lima, que também faz referência ao livro anterior publicado por Edmilson, na ocasião de seu mestrado, intitulado Aventura urbana: urbanização, trabalho e meio ambiente em Belém.

As reflexões sobre a Amazônia, o modelo de desenvolvimento brasileiro implementado na região e todos os conflitos advindos da sua ocupação territorial já fazem parte do trabalho de Edmilson Rodrigues desde o início de sua trajetória como pesquisador. Agora, ele convida os paraenses, o povo da região amazônica e do Brasil a mergulhar nesse "jardim de águas sedento" e a se apropriar de conhecimentos que possibilitem resistir ao sistema submetido à irracionalidade da razão do capital e afirmar o futuro como possibilidade segundo uma razão humanizadora da humanidade.

domingo, março 20, 2011

Rangar no Hangar IV

Casei com uma moça de Xinguara, município do sul do Pará, onde a moda sertaneja impera devido ao grande número de pessoas oriundas de Minas Gerais, Goáis e outros Estados, onde o ritmo sertanejo e o estilo country são predominantes.

Não vou entrar em detalhes como foi que minha esposa me convenceu em levá-la ao show da dupla Bruno e Marrone, ontem no Hangar. O objetivo desta postagem é socializar o que vi no Centro de Convenções da Amazônia.

Vamos lá!

O engarrafamento na Av. Dr Freitas já demostrava o quanto seria sufocante adentrar e ficar assistindo o "show" que os organizadores vendiam como um sucesso. Emissoras de rádio, televisão, anúncios em jornais, shoppings...enfim, a mídia para este tipo de evento é sempre massificada ao extremo e gente de outros municípios chegam à vim em Belém só para verem seus ídolos.

O show começa e a distância entre o palco e a "pista" era tanta que eu já percebia que só mesmo no Telão seria possível ver a dupla que não saudou ninguém e foi logo tocando um dos seus hits que se me perguntarem qual eu irei falar a verdade: não conheço.

As cervejas que fui tomando me levaram ao banheiro e foi lá que comecei a perceber  como está sendo administrado este patrimônio público, que custou 122 milhões  aos cofres do Estado e mensalmente recebe recursos da Secretaria de Cultura para manter-se e é malinado quando torna-se palco de eventos como o de ontem.


Sempre cercado de polêmicas, o Hangar ontem foi maltradado e é isso que as imagens abaixo mostram:


A fila do banheiro era indescritível e o esfrega-esfrega insuportável.



Os quiosques de venda de bebidas davam a impressão de estarem em uma feira agropecuária.


Ambulantes comercializavam livrimente seus produtos, nos corredores de acesso aos banheiros, transformados em fumódromo.


No meio da multidão, havia comercialização de alimentos, cheguei a ver um casal equilibrando um prato com filé e farrofa, talheres e uma latinha de cerveja. Não fotografei, mas a foto acima mostra um funcionário com o crachá do Hangar administrando a venda.



Até carrinho de pipoca havia no interior do Hangar.


Os hidrantes contra incêndios, serviam de lixo para latas e garrafas de cervejas, sem que ninguém incomodasse os mau-educados.
 

Pelo Chão, o lixo jogado livremente pelos consumidores.

Mijões não esperavam a chegada aos banheiros e enlamearam os corredores de acesso aos mesmo. Cheguei a presenciar mas o perigo de sofrer retaliações impediu o flagante.


No vídeo, os mijões utilizam as paredes e pias do banheiro para urinar, sem ninguém para incomodar.

A pergunta que fica é se ninguém liga para o uso e abuso do patrimônio público que gera lucro para os contrantes e é paulatinamente destruído pela falta de responsabilidade dos que deveríam cuidar da proteção e zelo do mesmo?

quarta-feira, fevereiro 18, 2009

Declinar no Hangar

A avaliação do Quinta, não deixa dúvidas quanto ao desastre ocorrido no Hangar, quando aqueles que achávamos que eram os boings, de fato agora se vê que não passam de curicas, com o rabo molhado, no leso e de qubra, com o peitoral mal feito.
O anúncio dizia que o castelo era o Hangar, a vencedora seria a rainha, e bobo quem não assistisse.
Muita gente leu, mas poucos acreditaram, a começar pela Rede Globo, que de boba não tem nada.
Pela primeira vez, a mais tradicional promoção das ORM - o concurso Rainha das Rainhas do Carnaval - não recebeu autorização da Rede para ser exibido em canal aberto. Sobrou a tv a cabo.
Os patrocinadores também fizeram forfait. Restaram apenas tres.O primeiro deles, uma agência de viagens, sugere uma permuta. O segundo, o centro de convenções Hangar, reitera o apoio de 2008, muito criticado pela secretaria de Comunicação do governo, e assim prosseguirá até quando a política permitir. O último, garantem os do ramo, adora aparecer, mas pelo visto não sabe. Apareceu mal e para poucos.
O prêmio da vencedora, um Pálio 1.0, fantasia o contraste com os áureos tempos de sedans, longas viagens pela Europa ou pelo Brasil com acompanhantes, entre outros prêmios. O evento agoniza.
Os poucos assinantes do canal, reunidos em alegres grupos, foram recompensados com os tradicionais desabamentos de candidatas - este ano despencou mais uma - e pelas folclóricas bobagens proferidas por apresentadores e comentaristas, temperos para quem se prestou a rir da desgraça alheia.
No outro lado da desgraça, por trás das câmeras que já não são capazes de ocultar a decadência do grupo de comunicação e outros negócios, uma agonia maior: um castelo que se recusa a ver sua própria ruína, embora exiba-a sem qualquer cerimônia desde que alguém pague por isso. Ou permute.
Levados por um comando trêfego, dividido, equivocado, e pior, recalcitrante em seus delírios, as ORM insistem em transmitir sua própria debacle.
Menos mal quando numa tv a cabo.
A corte que ri do bobo é muito menor.

quinta-feira, janeiro 01, 2009

A misteriosa mudança de OLiberal em relação às denúncias sobre o Hangar



Do blog do Jornal Pessoal de Lúcio Flávio Pinto e no Observatório da Imprensa

Por que O Liberal publicou matéria de um blog 10 dias depois que ela foi colocada na internet por sua própria repórter? Por que, num primeiro momento, a matéria não interessava e, depois, se tornou manchete de primeira página? E por que o assunto foi esquecido? Com as respostas, desvenda-se mais um lance no jogo do poder.

No dia 19, a repórter Ana Célia Pinheiro entregou ao diretor de redação de O Liberal, Walmir Botelho d’Oliveira, matéria denunciando relação promíscua que haveria entre o governo do Estado e a organização social Via Amazônia na gestão do Hangar - Centro de Convenções. Como a matéria não interessou para publicação no jornal, a repórter a divulgou no dia seguinte no seu blog, A Perereca da Vizinha. Dois dias depois a diretora do Hangar, Joana Pessoa, enviou uma carta de esclarecimento, que Ana Célia imediatamente postou, com rápidos comentários. Os dias transcorreram com mensagens de leitores, enviadas através da internet, mas sem nova manifestação das partes. A questão parecia encerrada quando a edição dominical de O Liberal do dia 30, que começou a circular na véspera, abriu a manchete de capa e uma página inteira dentro do jornal para a mesma matéria, reescrita e enriquecida, de Ana Célia Pinheiro.
No dia seguinte a direção do Hangar reagiu com uma “nota de esclarecimento”, que também ocupou uma página interna de O Liberal. Era a reprodução da nota enviada ao blog, ligeiramente modificada. As alterações foram introduzidas para lamentar a “falta de ética jornalística por parte da senhora Ana Célia Pinheiro, que fugiu à premissa básica do jornalismo que é dar voz a todos os lados envolvidos em uma matéria”. Também foi criticada a má-fé da repórter, “a partir do momento em que a matéria foi publicada originalmente em um blog para o qual, mesmo não sendo procurado pela jornalista, o Hangar democraticamente já havia tomado a iniciativa de encaminhar esclarecimentos”. A direção da OS informou também ter convidado a repórter para visitar o centro de convenções “e, in loco, ter acesso às prestações de contas, mas ela não compareceu no dia e horário marcados”.
A direção do Hangar manifestou na nota indignação pelo fato de que a repórter, “mesmo de posse dos dados e com o convite para obter mais informações” no próprio local, ter republicado a matéria em O Liberal “sem o esclarecimento prestado pelo centro de convenções, o que demonstra, no mínimo, falta de escrúpulos, com interesse de levar à [a] público informações inverídicas e, portanto, direcionar o leitor para uma versão errônea e irresponsável”. Atitude que, segundo a nota, “abre caminho para se questionar: quem se beneficia e a quem pode interessar tamanha leviandade?”
Ao invés de dirigir a pergunta apenas à repórter, a direção do centro de convenções tinha a obrigação de partilhá-la com quem, no jornal, tem todo poder decisório: os seus proprietários. No jornalismo dos nossos dias no Pará se pode ver de tudo, até o inconcebível. Daí, talvez, as pessoas deixarem de questionar sobre os seus pressupostos. Certamente porque, ao ir às raízes, compram briga com antagonistas muito mais poderosos do que uma repórter.
Tudo que foi lançado sobre Ana Célia Pinheiro cabe, na verdade, e multiplicado, aos donos de O Liberal. Por que o diretor de redação, detentor do mais alto cargo editorial na empresa, não quis publicar uma matéria que, 10 dias depois, seria a manchete principal da edição do jornal? Ele tomou a primeira decisão em caráter pessoal e depois, reconhecendo o erro cometido no exercício profissional do seu ofício, voltou atrás, no âmbito da sua autonomia, ou tanto no primeiro quanto no segundo momento apenas cumpriu ordens superiores? Na segunda hipótese, o Maiorana que lhe deu a primeira ordem foi o autor da segunda determinação? Ou um Maiorana vetou a publicação da matéria, quando de sua apresentação original pela repórter, e outro a liberou depois? Qual a primeira razão? E qual a segunda?
Esse ziguezague inquisitorial não cabe num manual de jornalismo, mas faz parte da rotina do comportamento das empresas jornalísticas paraenses. O que determina a publicação de matérias polêmicas e sensíveis não é a redação, mas o setor comercial da empresa. A palavra final não pertence ao responsável pela redação, que, freqüentemente, pela mecânica das decisões (agravada pelas características pessoais do profissional), nem poder de mediação possui. Recebe ordens categóricas e limita-se a cumpri-las.
O critério meramente editorial foi deixado de lado porque a matéria de Ana Célia não interessou à empresa, quando de sua apresentação. O interesse jornalístico foi acatado no segundo momento, mas em função de outro interesse comercial, que às vezes nem é o interesse da empresa de comunicação: atende a um desejo pessoal de um dos seus donos.
O “melhor jornal do Norte e Nordeste”, segundo sua nunca provada propaganda, desceu das suas tamancas para reproduzir matéria de um blog 10 dias depois da sua divulgação original. Não foi o mesmo texto, claro: se fosse, seria a completa desmoralização. Duas novas informações foram acrescidas ao texto da internet, ambas anônimas ou apócrifas. A primeira suscitava a possibilidade de o Tribunal de Contas instaurar tomada especial de contas do Hangar, sem fonte identificada dessa informação. A segunda incorporava declarações de dois promotores não identificados, situação anômala o suficiente, por qualquer critério jornalístico, para motivar a observação: se um promotor, com todas as garantias e prerrogativas de função, não se sente em condições de assumir a própria opinião, mas a externa à larga, melhor não levá-lo em consideração. Para não suscitar suspeitas no leitor nem endossar covardia no exercício de função pública.
Publicada a matéria de denúncia no domingo e a latifundiária nota de esclarecimento na segunda, O Liberal esqueceu o assunto na terça. A repórter, atirada do lado do mar para o lado da rocha (e vice-versa), não teve o direito de resposta em relação à manifestação da direção do Hangar. O jornal não se sentiu atingido pelas críticas da OS nem obrigado a apurar o anunciado procedimento do TCE, ou checar as econômicas informações do Hangar. A matéria gerara seus efeitos e cumprira seu ciclo de existência. Não para o leitor, é claro, abandonado com a brocha na parede, mas para algum Maiorana. Qual deles?
Segundo foi possível apurar, Ronaldo Maiorana não foi consultado sobre a publicação da reportagem, embora seja, em tese, o responsável pelo conteúdo do jornal e o Maiorana que atua na área de entretenimento, com sua Bis (a promotora do Pará Folia). Ele só soube da matéria ao lê-la na edição dominical de O Liberal. Mas teria sido ele o intermediário para a saída da nota de esclarecimento do Hangar, que uma fonte disse ter sido feita gratuitamente (o que é, no mínimo, de duvidar, dada a dimensão excessiva do anúncio, com texto em tamanho grande e abuso de espaço em branco). Se a inserção foi risonha e franca, ela indica uma (mais uma) luta interna em O Liberal. Se foi paga, registra mais uma vitória do principal comandante do jornal, Romulo Maiorana Júnior.
Vitória de qual natureza, com que propósito? Ainda não se sabe. Mas se a segunda hipótese é a verdadeira, O Liberal saiu da mal ensaiada polêmica ganhando anúncio caro. E a OS pagou um preço exagerado por seus esclarecimentos.
A Via Amazônia retificou alguns erros secundários da reportagem, mas passou ao largo do que ela sugere de essencial, com base nos termos da relação entre o governo estadual e essa Organização Social, fundada com o deliberado propósito de administrar o centro de convenções: de que há superfaturamento (ou, no mínimo, exagero) no volume das transações entre as partes. O Estado gasta em demasia no Hangar enquanto cliente do centro, abusando do seu uso e aceitando preços que podiam ser menores. Não bastasse essa enorme generosidade, o governo ainda subvenciona a OS, não só repassando-lhe recursos certos a cada mês como abstraindo o fato de que 105 milhões de reais saíram dos cofres públicos para a construção do centro, ainda na administração do PSDB. Pelas duas vias (sem trocadilho), a soma é de R$ 25 milhões até agora. Mas pode chegar a mais.
A direção da OS retruca que, por ser instituição sem fins lucrativos, o lucro crescente que tem registrado nos seus 18 meses de funcionamento é reinvestido em suas próprias instalações ou repassado ao Estado. Graças ao seu crescente faturamento, a OS vem reduzindo o montante do repasse estatal (de R$ 2 milhões em 2007 e de R$ 3,5 milhões no exercício atual), que será ainda menor no próximo ano. Tudo bem.
No entanto, permanece o questionamento: o Estado drena recursos em excesso para uma instituição difusamente híbrida (privada, mas sujeita a contrato de gestão com o governo) e que também funciona comercialmente, com clientes particulares. Com um caixa abastado, a Via Amazônia pode se permitir ao luxo de não economizar, de gastar com fartura, de funcionar com desenvoltura. E, em assim sendo, se tornar um agente político, da mesma maneira como outras instituições sem fins lucrativos pularam da filantropia para a pilantropia (sem precisar distribuir lucros aos acionistas, mas remunerando-os nababescamente enquanto seus dirigentes).
De um centro de convenções, o Hangar pode se tornar um centro de poder (inclusive eleitoral), com caixa fluente (que nem precisa ser dois). Algo como os hospitais regionais na administração tucana de Simão Jatene, segundo as acusações que os próprios petistas fizeram. Os seis hospitais representaram tal investimento que sobraria dinheiro para outros usos, considerando-se o porte dos recursos. O que não conseguiram provar na suspeição apresentada em relação aos tucanos, os petistas agora querem que não seja provocado em relação a eles. Estão suscetíveis à acusação, mas, ao que parece, o primeiro round desta pugna será cancelado antes que os lutadores subam ao ringue. Graças ao jornalismo que se pratica atualmente no Pará. O cifrão antes das palavras.
LFP @ dezembro 15, 2008

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...