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sexta-feira, junho 14, 2019

'Será que não está na hora de um evangélico no Supremo', diz Bolsonaro após decisão sobre homofobia

Entre o pastor Samuel Câmara e o governador Helder Barbalho, Jair Bolsonaro mostrou-se contrariado pela decisão do STF em combater a homofobia 

É a segunda vez que o presidente faz essa sugestão ao comentar o julgamento do STF sobre a criminalização da homofobia. "Respeitamos a maioria e minoria, mas o Brasil é um País cristão", disse.


O presidente Jair Bolsonaro voltou a sugerir a indicação de um evangélico para ministro do Supremo Tribunal Federal na noite desta quinta-feira, 13, ao comentar a decisão do STF de enquadrar a homofobia e a transfobia como racismo.

"O Estado é laico, mas somos cristãos. Respeitamos a maioria e minoria, mas o Brasil é um País cristão", disse Bolsonaro, para em seguida complementar: "Com todo respeito, o Supremo Tribunal Federal tipificou a homofobia como se racismo fosse. Será que não está na hora de um evangélico no Supremo?"   

A afirmação foi feita em discurso no evento de comemoração dos 108 anos da Assembleia de Deus, em Belém (PA). Bolsonaro subiu ao palco ao lado de líderes religiosos e foi ovacionado. Também estavam no palco o governador do Pará, Hélder Barbalho (MDB), o prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho (PSDB), deputados e senadores.  

É segunda vez que Bolsonaro sugeriu a indicação de um ministro do STF evangélico ao fazer comentários sobre a discussão no STF da criminalização da homofobia. Na primeira ocasião, em 31 de maio, ele participava da Convenção Nacional das Assembleias de Deus, em Goiânia.  

Ele disse: "Não me venha a imprensa dizer que eu quero misturar a Justiça com a religião. Todos nós temos uma religião ou não temos. Respeitamos e tem que respeitar. Será que não está na hora de termos um ministro do Supremo Tribunal Federal evangélico?", perguntou. 

Na decisão tomada nesta quinta-feira, o STF fez ressalvas para deixar claro que a repressão contra homofobia e transfobia não restringe o exercício de liberdade religiosa. Ou seja: fiéis, pastores e líderes religiosos têm assegurado o direito de pregar suas convicções, desde que essas manifestações não se convertam em discursos de ódio, incitando hostilidade ou a violência contra a comunidade LGBT.

quarta-feira, julho 05, 2017

Padre mitou ao falar em plena novena da cumplicidade do eleitor que vende seu voto e chamar Temer de safado

Em seu sermão, pároco de uma tradicional igreja católica de Macapá-AP diz que o povo tem culpa em eleger os malvados e covardes que roubam o povo brasileiro e finaliza chamando Temer de safado.  

Padre Benedito: "Não sei com que cara de pau o Temer vai visitar outros países. Oh, 'cabocô' safado!"

Por Diógenes Brandão

O mais novo vídeo que vem circulando nas mídias sociais é do Padre Benedito, pároco da Igreja de N.S. do Perpétuo Socorro de Macapá-AP. O discurso foi feito durante a preleção da novena, nesta penúltima terça-feira (27/06).

Ele inicia sua pregação dizendo: "Joguemos fora o medo. Deixemos o medo para os malvados, para os covardes que roubam com cara mais lambida, o povo brasileiro. 

Clamemos pela justiça e coloquemos esse bando de canalhas na cadeia, que devolvam os milhões e milhões que roubaram da saúde, da educação, do transporte, do saneamento básico". 

Nesse momento, os aplausos ecoam na igreja.

E continuou: "Nós brasileiros, precisamos dizer isso pra todo mundo. 

Estamos indignados! 

Somos brasileiros honestos, trabalhadores e trabalhadoras. 

Já chega de roubalheira! 

Cadeia nesse bando de bandidos!

Por isso, nós precisamos dizer pra esse bando de gente safada, que nós não queremos mais eles no nosso meio. (Aplausos!)

São indignos da nossa presença. 

(Mais aplausos!)

Não merecem nosso apoio, são indignos.

Não tenha medo de dizer isso não, irmãos! 

O nosso problema é a nossa conivência também. Ano que vem, vem eleição. Eles vão bater, elas vão bater na nossa porta.  

É uma tristeza grande e uma grande humilhação pra nós, quando nós nos vendemos por 50 reais, por 20 reais, por 30 reais, até por uma bola ou por uma camisa. 

Que responsabilidade tem aqueles que nós elegemos, se ele já nos pagou? Se ele já nos deu aquilo que nós achávamos que tínhamos direito?

Eis aí o resultado! Nós temos uma parcela de culpa por toda essa bandalheira que nós estamos vivendo aqui no Brasil". 

Depois do sermão, o padre então resolve citar o nome de um dos que ele se referia, dizendo:

"Desculpem a franqueza, mas eu não sei com que cara de pau, esse tal de Temer vai visitar outros países do mundo. Oh, cabôco safado!" 

Ovacionado pela platéia ele conclui: "É cara de pau! Espero que amanhã a polícia não esteja na minha casa me procurando.

Amém!"

Os fiéis respondem: "Amém!"

Assista.


domingo, fevereiro 12, 2017

Valadão dá esporro em evangélicos que abandonam igreja, após pregação política do procurador da Lava Jato.



Por Hermes C. Fernandes, em seu blog

Que pastor midiático esperaria que seu rebanho virasse as costas e deixasse o recinto do templo no momento em que seu púlpito fosse entregue a um procurador da república responsável pela Lava Jato? Pois isso ocorreu na igreja da Lagoinha em Belo Horizonte no “culto fé” dirigido pelo pastor e cantor André Valadão. Pelo menos, de acordo com o próprio, em seu desabafo feito no mesmo culto na semana seguinte. Valadão fez críticas ácidas aos frequentadores de seu culto após a sua inusitada reação ao receber Deltan Dallagnol.

Segue abaixo o desabafo seguido de meu parecer sobre o episódio.


Antes de tudo, deixo claro que reconheço o constrangimento passado pelo pastor André Valadão. Talvez não tenha sido maior do que o meu quando me neguei a ceder meu púlpito ao deputado Eduardo Cunha numa visita surpresa que fez à nossa igreja tempos atrás. Dada a insistência de um de nossos membros que o estava assessorando, permiti, com muita relutância, que ele apenas saudasse a audiência. Confesso que meu arrependimento foi imediato, mesmo que ele ainda não estivesse envolvido nos escândalos de corrupção que estourariam posteriormente.  Foi a última vez que recebi um político em nossa igreja. Lá se vão uns dez anos.

Apesar de entender seu constrangimento, não o considero uma boa justificativa para ser tão deselegante com o seu próprio povo. Nenhuma autoridade, por maior e mais importante que seja, merece isso. Se o tal procurador tem feito algo de bom pelo país nos últimos dias, aquele povo tem sustentado seu ministério por dezesseis anos.

Creio que a atitude das pessoas que deram as costas no momento em que Deltan Dallagnol assumiu o microfone deve ser levada a sério, não como um desrespeito, mas, quiçá, como uma demonstração de conscientização. Em tempos de mídias sociais, as pessoas estão cada vez mais informadas, assumindo posturas que nem sempre convergem com a de seus líderes.

Qualquer pastor ou líder religioso deveria pensar duas vezes antes de franquear seu púlpito a um político. No caso de Dallagnol, ele não é bem o que poderíamos chamar de político, mas sua atuação, bem como a de seus pares (inclusive a do juiz Sérgio Moro) tem se revelado cada vez mais política (alguém ainda duvida disso?). Senão em sua intenção (queira Deus que não!), ao menos em seus desdobramentos.

Algumas coisas na fala de Valadão me provocaram reações adversas. Por exemplo: dizer que jamais aquela igreja havia recebido alguém tão importante quanto Dallagnol. Nem é preciso estar tão familiarizado com os ensinamentos de Jesus para perceber o quão distante isso está no espírito do evangelho. Repare no que o mestre nazareno diz aos seus discípulos:

“E houve também entre eles contenda, sobre qual deles parecia ser o maior. E ele lhes disse: Os reis dos gentios dominam sobre eles, e os que têm autoridade sobre eles são chamados benfeitores. Mas não sereis vós assim; antes o maior entre vós seja como o menor; e quem governa como quem serve." Lucas 22:24-26

Um procurador da república nada mais é do que um servidor público. Suas credenciais não o tornam melhor do que qualquer cidadão comum.

Veja que não era a primeira vez que esta questão surgia entre os discípulos (e pelo jeito, está longe de ser a última). Capítulos antes, lemos que “suscitou-se entre eles uma discussão sobre qual deles seria o maior. Mas Jesus, vendo o pensamento de seus corações, tomou um menino, pô-lo junto a si, e disse-lhes: Qualquer que receber este menino em meu nome, recebe-me a mim; e qualquer que me receber a mim, recebe o que me enviou; porque aquele que entre vós todos for o menor, esse mesmo será grande” (Lucas 9:46-48).

O fato de estar estudo em Harvard, não constitui ninguém mais importante que os demais. Nem mesmo o fato de ser considera um benfeitor do povo. A graça preconizada no evangelho nos nivela a todos. Entre nós, Dallagnol não é mais importante que uma empregada doméstica ou um porteiro de um prédio qualquer.

Bem faria Valadão se atentasse para a advertência de Tiago, um dos mais engajados discípulo de Jesus:

“Meus irmãos, não tenhais a fé em nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, em acepção de pessoas. Porque, se entrar na vossa reunião algum homem com anel de ouro no dedo e com traje esplêndido, e entrar também algum pobre com traje sórdido e atentardes para o que vem com traje esplêndido e lhe disserdes: Senta-te aqui num lugar de honra; e disserdes ao pobre: Fica em pé, ou senta-te abaixo do escabelo dos meus pés, não fazeis, porventura, distinção entre vós mesmos e não vos tornais juízes movidos de maus pensamentos? Ouvi, meus amados irmãos. Não escolheu Deus os que são pobres quanto ao mundo para fazê-los ricos na fé e herdeiros do reino que prometeu aos que o amam? Mas vós desonrastes o pobre. Porventura não são os ricos os que vos oprimem e os que vos arrastam aos tribunais?” 
Tiago 2:1-6 

À luz deste texto, deveríamos honrar a quem Deus estabeleceu como prioridade em sua agenda e não os figurões que se destacam sob os holofotes da mídia.

Quanto o restante de sua fala, tenho a impressão de que André Valadão fez uma crítica ao seu próprio ministério, bem como ao de sua irmã, a cantora e pastora Ana Paula Valadão, com sua mania de espiritualizar tudo, colocando tudo na conta dos principados e potestades de plantão (termos relacionados a entidades malignas que seriam responsáveis pelos males que assolam a humanidade).

Tantas “palavras proféticas” já foram liberadas daquele “altar”. Sem contar os "atos proféticos" (ou seriam patéticos?). Pena que as pessoas tenham memória tão curta. 

O que a igreja precisa não é de heróis, salvadores da pátria, “referências de Deus” como disse Valadão. A igreja precisa é de consciência política.

Espero, sinceramente, que o ocorrido na Lagoinha seja um precedente que leve os líderes a colocarem suas barbas de molho e a desistirem de manipular politicamente seus rebanhos.

*Hermes Carvalho Fernandes é pastor, escritor, conferencista e teólogo com doutorado em Ciências da Religião e editor do blog 

sábado, dezembro 24, 2016

Ariosvaldo Ramos: O papa Francisco dos evangélicos diz que Jesus não perdoará os golpistas


Por Diógenes Brandão

O papa Francisco tem sido uma fonte de inspiração para que muitos jovens olhem para a igreja com outros olhos. Aquela igreja católica que só agradava os velhos e conservadores, hoje tem recuperado muitas ovelhas em seu pleno gozo da juventude, por ter se aberto para questões sociais e modernas como não se via há um bom tempo. Da questão LGTB, ao direito ao aborto em casos excepcionais, o papa tem sido um mensageiro cristão progressista que arrebata milhões de pessoas para dentro da igreja ou pelo menos para aceitá-la melhor no século XXI. Isso é inegável.

Dito isso, vamos ao que interessa: Outro dia, olhando meu Instagram me deparei com um post com uma foto da exposição fotográfica da série ‘Crentes e Pregadores’ de Barbara Wagner, convidada a participar do #OcupeInstaNinja. Lá, li "que o ensaio também ilustra a entrevista feita pela Mídia NINJA com o Pastor Ariovaldo Ramos, liderança de uma frente evangélica progressista que já reúne milhares de fieis por todo Brasil". 

Fiquei interessado em conhecer o tal pastor progressista e fui pesquisar. Encontrei diversos textos, entrevistas e vídeos do religioso da igreja batista, entre os quais eu destaco esta entrevista para a Rede Brasil Atual e o vídeo abaixo, gravado em um Seminário Teológico em 2012, onde Ariosvaldo me comoveu com suas palavras de homem religioso, mas sobretudo pela forma com que contextualizou e colocou nua a igreja evangélica e o sistema político brasileiro.

O vídeo tem uma hora e pouco, mas acredite: Você começa e assiste até o final. Tire um tempo livre e faça isso.


Agora, veja o blog dele e sua última postagem!


Por Ariovaldo Ramos

A história, parece, raramente dá duas chances exatamente iguais a uma mesma pessoa.

Temos, entretanto, na Bíblia, um exemplo da exceção: o apóstolo Pedro

Pedro foi avisado por Jesus que antes do galo cantar, o trairia três vezes.

Ao avisar o apóstolo da sua iminente queda, Jesus estava lhe dando a oportunidade de pedir ajuda, e, assim, evitar o julgamento da história.

Pedro perdeu a oportunidade. Desafiou Jesus, levantando a suposição de que a profecia do Mestre não tinha boa base.

Jesus, então, comunicou a Pedro que oraria por ele, para que a sua fé não desfalecesse, e pediu-lhe para que, quando se convertesse, cuidasse de seus irmãos.

Pedro perdeu uma grande oportunidade na história, a oportunidade ficar do lado certo, de pedir ajuda, e de vencer-se a si mesmo pela ajuda que receberia.

Contudo, Jesus não só perdoou a Pedro, como lhe deu uma nova chance no colégio apostólico. Informou ao apóstolo que, no fim de sua vida, ele teria outra chance, qual seja, a de escolher entre o seu conforto e o senhor Jesus, pois lhe ofereceriam este conforto pela negação de Cristo, ou, então, o executariam da pior forma possível.

A história nos conta que Pedro ficou do lado certo, daquela vez, escolheu ser fiel a Jesus Cristo e foi morto por crucificação, porém, de cabeça para baixo; portanto, de modo bastante cruel. A história, então, o absolveu porque não capitulou segunda vez.

Este foi um caso, portanto, bastante insólito, uma mesma pessoa ter duas chances na vida em relação a mesma decisão, trair ou não trair o Cristo.

Curiosamente, a história brasileira recente, deu à igreja evangélica, que está no Brasil, a mesma possibilidade dada a Pedro, guardadas as devidas proporções.

Em 1964 o Brasil sofreu um golpe civil militar, que durou por quase 30 anos. O custo para a democracia brasileira foi altíssimo. Sem contar as pessoas que foram particularmente prejudicadas, Inclusive torturadas, quando não mortas.

Este golpe civil militar provocado pelas forças conservadoras da elite brasileira, teve, no início, o suporte da igreja romana, depois, o apoio desta deu lugar ao apoio evangélico. O que significa que os evangélicos que, no princípio do movimento, se abstiveram, num segundo momento aderiram aos traidores da democracia.

Foi um momento trágico, irmãos foram entregues às forças ditatoriais, submetidos a tortura, mortos ou exilados. Simultaneamente, houve um golpe à direita dentro das denominações que, de modo oficial ou oficioso, apoiaram a ignomínia do ataque à ordem constitucional da nação.

Perdemos uma grande oportunidade na história, e a história, implacável como é, não pode perdoar. Ficou a mancha da ação vergonhosa, registrada nos livros, regada pelas lágrimas, lamentada nos testemunhos dos que sofreram.

De forma lamentável, porém, inusitada, a história brasileira oferece uma nova chance a igreja que está em solo pátrio, qual seja, a de sustentar ou de trair a democracia, aderindo ou não ao ataque à ordem constitucional.

Mais uma vez a nação brasileira assiste movimentos ao arrepio da lei. Desta vez, com muito menos ímpeto patriótico, que não pode ser negado aos militares que apoiaram e acabaram por comandar o golpe civil militar, de então.

O movimento de hoje tem em comum com o de antanho o mesmo descaso para com a carta magna, portanto, para com a ordem democrática. Mas, o de hoje, é comandado por protagonistas, cujas motivações e propósitos estão, cada vez mais, sendo avaliadas como muito distantes de qualquer boa intenção para com a construção nacional.

Pelo contrário, os comandantes, tudo parece indicar, não passariam  ilesos a um tribunal descente. Desencadearam um processo de impedimento sob muita suspeição, cujo crime aventado para justificar tal medida, foi técnica e juridicamente desqualificado como tal.

O processo, se consolidado pelo Senado, consubstanciará um movimento ilegítimo de tomada do poder, já exposto mundialmente, atém de ter sido condenado por tribunal internacional, reunido no Brasil para julgar o movimento, tido como espúrio. A ilicitude já foi tão exposta que, não importa a justificativa que se tente apresentar, o juízo da história será implacável.

Desta vez, grande parte da igreja evangélica brasileira, não apenas anuiu, como tem sido tachada de protagonista do movimento, mundialmente, condenado por todos os que respeitam a democracia.

O movimento que começou com uma ala específica da igreja, inclusive, uma tanto questionada, gradativamente foi se tornando hegemônico, conquistando, até mesmo, veementes adversários teológicos do grupo iniciante (http://www.anajure.org.br/apos-reuniao-estrategica-da-anajure-com-lideres-religiosos-de-todo-o-pais-presidente-do-brasil-recebe-comitiva-no-palacio-do-planalto/).

Ambos foram tornando, na prática, artigo de fé, a escolha ideológica, e, flagrantemente, antidemocrática, de modo que, os evangélicos discordantes, de meros opositores de ideário, foram sendo classificados de hereges, e lançados na fornalha dedicada aos ateus.

Perdemos uma nova oportunidade na história, oportunidade esta, sejamos claros, que jamais desejamos, entretanto, nos foi dada e, mais uma vez, capitulamos. A história não nos terá por inocentes, implacável como é, não nos perdoará; e, possivelmente, nem mesmo Jesus o fará.

segunda-feira, junho 22, 2015

Papa diz que fabricantes de armas não podem se dizer cristãos

O pontífice também criticou aqueles que investem na indústria armamentícia, dizendo que a "duplicidade é moeda corrente hoje... eles dizem uma coisa e fazem outra".

No Portal Metrópole, com informações da Reuters.

Pessoas que fabricam armas ou investem na indústria armamentícia estão sendo hipócritas se chamarem a si próprias de cristãs, disse o papa Francisco neste domingo.

Francisco fez sua condenação mais forte à indústria de armas até hoje durante um comício para milhares de jovens ao final do primeiro dia de sua visita à cidade italiana de Turim.

"Se confiarem apenas nos homens, terão perdido", disse ele aos jovens em um longo e elaborado discurso sobre guerra, confiança e política, depois de ter descartado sua fala previamente preparada.

"Isso me faz pensar em... pessoas, gestores e empresários que se dizem cristãos e fabricam armas. Isso leva a um tanto de desconfiança, não é?", disse ele antes de ser aplaudido.

O pontífice também criticou aqueles que investem na indústria armamentícia, dizendo que a "duplicidade é moeda corrente hoje... eles dizem uma coisa e fazem outra".

Francisco também discorreu a respeito de comentários que fez no passado sobre eventos ocorridos na Primeira e Segunda Guerra Mundiais.

Ele falou sobre a "tragédia do Shoah", usando o termo em hebraico para o Holocausto.

"As grandes potências tinham fotos dos trilhos que levavam os trens até campos de concentração como Auschwitz para matar judeus, cristãos, homossexuais, todo mundo. Por que não bombardearam (os trilhos)?"

Ao falar sobre a Primeira Guerra Mundial, Francisco discursou sobre "a grande tragédia da Armênia", mas não usou a palavra "genocídio".

O papa causou um desconforto diplomático em abril ao chamar o massacre de 1,5 milhões de armênios há 100 anos de "o primeiro genocídio do século 20", levando a Turquia a convocar de volta seu embaixador para o Vaticano. 

segunda-feira, maio 04, 2015

Vaticano inicia a beatificação de Dom Helder como santo. Aécio já pensa em recorrer

Aécio Neves na igreja do nosso Senhor do Bonfin, em Salvador, ao lado de ACM Neto, roga por sua santificação.

A comunidade católica do Brasil está em festa. Afinal, Dom Helder Câmara, um de seus personagens mais ilustres, que comandou a arquidiocese de Olinda por 23 anos, está prestes a iniciar um caminho para ser proclamado santo. Há, no entanto, um concorrente que protesta e promete incentivar várias manifestações pelo país para reverter a decisão. 

Uma missa celebrada neste domingo (3) na Igreja da Sé, em Olinda, marcou a abertura do processo de beatificação e canonização de Dom Hélder Câmara. Na cerimônia, foi constituído o tribunal religioso que escutará as pessoas que tiveram uma convivência mais próxima com o conhecido "Dom da Paz". Os depoimentos são encaminhados depois para o Vaticano.

No entanto, segundo informações de pessoas próximas ao Senador Aécio Neves, ele consultou o ex-presidente FHC e o senador José Serra e de comum acordo, avaliaram a possibilidade do PSDB ingressar com um recurso no STF, para que este impeça a igreja católica de proclamar a beatificação de Dom Helder, alegando que as obras do religioso, tiveram uma concepção comunista, com o claro objetivo de transformar o Brasil em "uma Cuba", quando este apoiou os insurgentes durante a ditadura militar e até a fundação do PT.

A notícia causou furor entre os bispos do Brasil e do Vaticano que consideram a tentativa golpista uma agressão ao processo histórico de escolha dos seus ícones religiosos. Aécio também alega que tem mais milagres que Dom Helder, já que já foi denunciado por vários crimes contra a ordem pública e nunca sofreu nenhum tipo de pena. Em Minas Gerais, chegam a dizer que o neto de Tancredo Neves tem o "corpo fechado".

Apoiadores de Dom Helder se preparam para sua canonização.

Durante a criação do tribunal religioso, o arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, fez seu juramento com a mão na bíblia. “Hoje é para todos nós um dia de muita alegria. Já teremos a oportunidade de escutar o primeiro [testemunho], que vai ser do arcebispo emérito da Paraíba, dom José Maria Pires, um homem que foi companheiro de dom Hélder na sua fase de arcebispo”, explica dom Fernando Saburido.

Uma comissão histórica atuou durante o pedido de abertura do processo, concluído em maio de 2014. Em fevereiro, a arquidiocese recebeu o aval da Santa Sé. A partir de agora, o tribunal passa a ouvir sigilosamente os depoimentos sobre dom Hélder, tanto no Recife, quanto no Rio de Janeiro e demais locais por onde o religioso passou. 

Somente em Pernambuco, dom Fernando Saburido acredita que serão ao menos 50 depoimentos. “Agora vamos ter mais facilidade para arrebanhar toda essa riqueza que existe por aí a respeito de dom Hélder. Os próprios escritos de dom Hélder são um tesouro.

São as cartas conciliais que ele escreveu durante as vigílias noturnas. Já são 13 volumes. É um material muito bom que vai ser utilizado nesse processo”, aponta o arcebispo de Olinda e Recife, que também afirma que Aécio Neves, ao contrário, foi eleito pelos mineiros para ser um dos representantes do Estado de Minas Gerais no Senado Federal, mas além de morar no Rio de Janeiro, não aprovou nenhum projeto em mais de quatro anos de mandato. De acordo com o portal do Senado, o tucano apresentou 16 projetos de lei e duas Propostas de Emenda à Constituição, mas nenhuma matéria foi aprovada até outubro, quando disputou a presidência da República e foi derrotado nas urnas, passando a tentar assumir a presidência na marra, tal como faz agora.

PSDB entrará na justiça para arrumar um cargo de destaque para Aécio.

A assessoria jurídica do PSDB também se prepara para enfrentar a disputa e pediu para seus parceiros na Polícia Federal, o vídeo divulgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em que o doleiro Alberto Youssef afirma ter ouvido do ex-deputado federal José Janene e do presidente da empresa Bauruense, Airton Daré, que o tucano Aécio Neves dividiria uma diretoria de Furnas com o PP e que uma irmã dele faria a suposta arrecadação de recursos.

No depoimento abaixo, Youssef afirmou ter auxiliado Janene e transportado para ele, algumas vezes, propinas pagas pela empresa Bauruense por contratos em Furnas. A propina teria sido paga, segundo o doleiro, entre 1996 e 2001– durante o governo Fernando Henrique Cardoso – do PSDB.



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Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...