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domingo, agosto 18, 2019

A necessária revisão da data da adesão do Pará à independência do Brasil



Por Diógenes Brandão 

Em um comentário do José Varela, ativista social e digital marajoara, em reposta a uma postagem do governador Helder Barbalho, no Twitter, comemorando a "independência" do Pará, com a adesão ao Brasil imperial, trouxe à tona um antigo debate sobre fatos históricos que muitos historiadores e escritores contestam, daquilo que foi registrado nos documentos oficiais.



Em um grupo de jornalistas no Whatsapp, propus que na condição de presidente da Academia Paraense de Jornalismo, a jornalista Franssinete Florenzano, paute a mudança da data de comemoração da Adesão do Pará à Independência, através de um projeto de lei de iniciativa popular, já que nenhum deputado estadual teve até hoje a determinação de fazê-lo. A presidente da entidade respondeu que já idealiza fazer isso, em conjunto com o Instituto Histórico e Geográfico do Pará e que "a revisão de uma data histórica deve ser precedida dos devidos esclarecimentos. A ação da APJ será promover debates, seminários e audiências públicas, com a participação de historiadores, a fim de que a população conheça a própria história e então o movimento revisionista ganhe força suficiente para alterar a data oficial", concluiu Franssinete.

Assim, quem sabe, os políticos conheçam a verdadeira versão dos acontecimentos históricos do nosso Estado e que os fatos vivenciados por bravos e covardes, imperialistas e caboclos, burgueses e indígenas, soldados e revolucionários, como o que foram covardemente assassinados no episódio marcado por tamanha crueldade, como no "Brigue Palhaço", sejam finalmente conhecidos pela população paraense e a sociedade brasileira.

Leia abaixo, o preciso artigo de Lúcio Flávio Pinto no EstadoNetcom a entrevista da historiadora Magda Ricci, publicada originalmente no site da UFPA:

A tradição pode ser fruto do concubinato do ativismo de uns poucos e da omissão de muitos. Uns escrevem o que lhes interessa, impondo-o como verdade. Muitos, por preguiça mental, comodismo ou oportunismo, aceitam essa verdade sem questionamento.  

É o que acontece com a tradição montada em torno da data de hoje, 15 de agosto. Ela assinala a “adesão do Pará” à independência. De definição, a frase virou um jargão, um clichê que se repete sem atenção pelo seu significado. A indiferença mantém o feriado estadual, mas a adesão a ele é cada vez menor. Mais pessoas trabalham e estabelecimentos comerciais funcionam. É como se o feriado se tivesse reduzido a ponto facultativo para todos, não apenas para a burocracia estatal, com sua doença constante: a elefantíase, que gera a dominação patrimonial.  

segunda-feira, dezembro 17, 2018

Escoltado pela polícia durante protesto, secretário de finanças é atingido por ovos em Curralinho

Por Dário Pedrosa

Júnior Aires, Secretário de Finanças de Curralinho e filho da atual prefeita foi hostilizado por manifestantes ao sair da sede da Prefeitura.  

Servidores jogaram ovos no Secretário quando este estava sendo escoltado por polícias civis e militares para deixar o prédio.  

Os protestos são contra os cortes feitos nos pagamentos dos salários dos professores do município, assim como pela reivindicação para que haja a restruturação do PCCR. Alguns professores tiveram até 40% dos seus vencimentos retirados dos seus contra-cheques de Novembro.

Assista o vídeo:



Ouça a entrevista do jornalista Dário Pedrosa com a coordenadora do SINTEPP em Curralinho:\

terça-feira, julho 03, 2018

Prefeita manda tapar buracos, depois serem pintados com a cor da bandeira nacional



Por Diógenes Brandão

Em Curralinho, a prefeita Alda Aires (MDB) resolveu mandar tapar os buracos da cidade, depois de populares realizarem um protesto inusitado: pintaram os buracos das ruas, com as cores da bandeira nacional. 

Segundo Handel Sales, professor da rede municipal de ensino, a iniciativa popular partiu de um grupo de moradores que não aguentou mais viver com a buraqueira da cidade e na noite do último domingo  (01) resolveram pintar os buracos pintados nas ruas e avenidas do município marajoara. "Na Avenida Marambaia, por exemplo, a prefeitura possui 05 equipes na operação tapa-buracos", revela Handel.

Os buracos foram pintados no domingo a noite e na segunda-feira (02), a prefeita ordenou a operação tapa-buracos, depois das imagens ganharem grande repercussão nas redes sociais e aplicativos de mensagens instantânea.





Buracos tapados pela prefeitura logo após pintura dos mesmos pelos moradores de Curralinho, no Marajó.

Tampados os buracos que foram pintados, agora os moradores esperam que todos os demais recebam o devido tratamento por parte da prefeitura de Curralinho.

ANIVERSÁRIO

Completando 148 anos nesta quarta-feira (04), a população reclama do presente à cidade: Buracos em todas as ruas do município. Mesmo assim, uma programação cultural festejará o aniversário do município com atrações nacionais e locais, além de sorteio de prêmios e serviços assistências. 

ATRASO SALARIAL 

A folha de pagamento dos funcionários públicos da Educação está em dia, mas Saúde está atrasada há 02 meses e os funcionários contratados como temporários não recebem há mais de 90 dias. 

EPIDEMIA DE MALÁRIA 

A população reclama do caos na saúde pública do município, que está com postos de saúde fechados, falta de medicamentos e um surto de malária na Vila do Piriá não é contigo pela equipe de epidemias, por falta de combustível paras as lanchas que fazem o transporte dos servidores.


quarta-feira, novembro 29, 2017

Fundador do PT no Marajó, ex-prefeito do PSD terá que devolver mais de 2,6 milhões e seus bens serão bloqueados

Ao lado de Paulo Rocha (de chapéu), Getúlio Brabo (camisa vermelha) em sua última campanha eleitoral, caminha pelas pontes do município que agora terá que devolver mais de 2,6 milhões de reais e terá os bens bloqueados.

Por Diógenes Brandão

Ligado ao grupo interno do senador Paulo Rocha (PT-PA), Getúlio Brabo foi fundador do Partido dos Trabalhadores no município de São Sebastião da Boa Vista (Marajó), onde foi eleito 4 vezes vereador; vice-prefeito em 2004 e 2008, na chapa pura com Laércio Pereira, que renunciou a prefeitura para disputar uma vaga na ALEPA. Getúlio então assumiu a prefeitura em 2010 e foi eleito prefeito em 2012, mas em 2014 filiou-se ao PSD e não conseguiu eleger o sucessor.

Leia a matéria publicada pelo portal do TCM-PA, sob o título Ex-prefeito terá de devolver R$ 2,6 milhões ao Município de São Sebastião da Boa Vista

O Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Pará (TCM-PA) não aprovou a prestação de contas de gestão de 2011 do ex-prefeito de São Sebastião da Boa Vista, Getúlio Brabo de Souza, que terá de devolver aos cofres do Município, devidamente atualizada, a importância de R$ 2.651.104,27, referente a divergências na receita orçamentária e nos saldos iniciais e finais do balanço financeiro.  

Em relação às contas de governo do mesmo exercício financeiro, o TCM-PA emitiu parecer prévio recomendando à Câmara de São Sebastião da Boa Vista que não aprove as contas de Getúlio Brabo de Souza por descumprimento a dispositivos constitucionais, entre outras irregularidades.  

O Ministério Público de Contas dos Municípios do Pará (MPCM) acompanhou o posicionamento do TCM-PA. A decisão foi tomada em sessão plenária realizada na terça-feira (28/11). Devido a falhas detectadas, o ordenador de despesas terá de recolher multas ao FUNREAP (Fundo de Modernização, Reaparelhamento e Aperfeiçoamento do TCM-PA), no prazo de 30 dias. Ele não apresentou defesa e foi julgado à revelia. A Câmara Municipal será comunicada sobre a decisão, para as providências legais.  

O Tribunal aprovou ainda a emissão de medida acautelatória e vai expedir ofícios aos cartórios de registro de imóveis da comarca de Belém e de São Sebastião da Boa Vista, bem como ao Banco Central do Brasil e DENATRAN (Departamento Nacional de Trânsito), comunicando a decisão e determinando a indisponibilidade dos bens e valores do ordenador de despesas, a fim de garantir o ressarcimento aos cofres do Município.     

CONTAS DE GESTÃO  

Foram detectadas as seguintes impropriedades nas contas de gestão: remessa intempestiva da Lei Orçamentária Anual, da Lei das Diretrizes Orçamentárias e dos Relatórios Resumidos da Execução Orçamentária (RREO's) dos 3° e 5° bimestres; divergência na receita, não apropriação e recolhimento da totalidade das obrigações patronais previdenciárias e não apresentação em meio magnético (CD) dos arquivos digitalizados das licitações.     

CONTAS DE GOVERNO  

Em relação às contas de governo permaneceram as seguintes impropriedades: abertura dos créditos adicionais suplementares acima do limite autorizado; descumprimento da Lei do FUNDEB, aplicando o valor de R$ 8.304.859,77, que equivale a 56,71% na remuneração e valorização dos profissionais do magistério; descumprimento do disposto no Art. 77, III do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT), com repasse ao Fundo Municipal de Saúde de valor correspondente a apenas 11,03% do total dos impostos arrecadados e transferidos no exercício; e não consolidação das contas do Poder Legislativo e IPM com as do Poder Executivo.

quinta-feira, fevereiro 23, 2017

Prefeito de Muaná, Murilo Guimarães assume a presidência da AMAM e reúne diversos deputados, prefeitos e lideranças populares

Lideranças políticas, religiosas, empresariais e populares prestigiaram a posse da nova diretoria da AMAM. Foto: Joabher Bentes/ASCOM.

Por Diógenes Brandão

Os prefeitos de Cachoeira do Arari, Jaime Barbosa e de Bagre, Nilson Farias, foram eleitos secretário e tesoureiro, para um mandato de dois (02) anos.

A solenidade de posse do novo presidente e da diretoria da Associação dos Municípios do Marajó - AMAM, foi prestigiada por diversas lideranças políticas do estado, entre elas, o deputado federal Lúcio Vale (PR); o  presidente da Assembleia Legislativa do Pará, deputado estadual Márcio Miranda (DEM); o líder do governo e deputado estadual Eliel Faustino (DEM); o chefe da Casa Civil do Governo do Estado, Jose Megale; o deputado Sidney Rosa (PSB) e a prefeita de Maracanã e presidente do Consórcio Intermunicipal dos Municípios Paraenses - COIMP, professora Dica (PSDB); assim como diversos prefeitos e ex-prefeitos dos municípios do arquipélago do Marajó e até da região metropolitana de Belém, como o prefeito de Ananindeua, Manoel Pioneiro (PSDB).

Além das lideranças políticas, o arcebispo da prelazia do Marajó, Dom Teodoro fez a abertura do evento com uma oração, para, segundo ele, abençoar a nova diretoria da associação, que foi eleita de forma unânime.


Reeleito prefeito de Muaná em 2016, Murilo é eleito por unanimidade para presidir a AMAM por 02 anos. Foto: Joabher Bentes/ASCOM.

Para Murilo, a nova gestão da AMAM foi resultado de uma união dos gestores municipais em prol de uma nova era para o Marajó, o qual tem muita riqueza, mas ao mesmo tempo problemas sociais, econômicos e desafios enormes para serem superados, entre eles a prostituição infantil, o tráfico de drogas, a fraude no seguro-defeso e diversos problemas crônicos da região, como o abastecimento de água potável, internet, luz elétrica, telefonia, serviços bancários e de correios. 

Sidney Rosa (camisa amarela) foi um dos deputados estaduais que prestigiou a posse da nova diretoria da AMAM. Foto: Joabher Bentes/ASCOM.

Por outro lado, Murilo destacou aquilo que define como oportunidades em meio às adversidades: “Precisamos otimizar o potencial turístico e produtivo de nossos municípios, que são vastos e cheios de riquezas, mas que ainda não foram canalizadas para sanar a miséria e mudar o IDH da região. Para tal, precisamos acelerar a implantação dos matadouros e dos aterros sanitários, bem como a construção de terminais hidroviários e a retomada dos projetos e obras do Estadual e Federal.

Os prefeitos presentes foram unanimes em descrever os inúmeros problemas sociais e econômicos existentes no Marajó, considerando o alto custo amazônico, o que aumenta as despesas das prefeituras que arcam com grande parte dos recursos em áreas fundamentais com a saúde e a educação.

“Para se ter ideia do sufoco que atravessamos, posso citar o exemplo da área da educação, pela qual passamos mais de 10 anos recebendo R$ 0,30 centavos por aluno/dia para a merenda escolar e agora tivemos um aumento de apenas R$ 0,6 centavos. No transporte escolar, temos um custo de R$ 12 reais por aluno/mês, o que em grande parte é pago aos contratos de cerca de 100 embarcações”, concluiu Murilo.

O local do evento ficou pequeno para a quantidade de lideranças presentes no ato de posse da nova diretoria da AMAM. Foto: Joabher Bentes/ASCOM. 

O presidente e os demais prefeitos concordaram que a nova AMAM está acima das cores partidárias e que a gestão deverá se pautar na união dos gestores municipais em projetos coletivos e esse comportamento deverá sobrepor os interesses individuais, acumulando força e representatividade para atrair novos investimentos públicos e privados, gerando emprego, renda e consumo para mais de 500 mil marajoaras, distribuídos nos 16 municípios da região.

Para a liderança do Movimento Marajó Forte, Marluth Fialho, o evento retoma a esperança de um processo de reivindicações que a sociedade civil e a classe política tanto lutam para conquistar, como por exemplo, a criação da Universidade Federal do Marajó, um antigo sonho dos estudantes e população em geral que almeja o desenvolvimento pleno da região.

sexta-feira, junho 20, 2014

Carlos Santos: Um exemplo de sucesso e simplicidade

Eu e Carlos Santos clicados por Lorena Brandão, na tarde desta quinta-feira (19/06/2014).

Por Diógenes Brandão

Na tarde desta quinta-feira (19), recebi com muita honra, a visita de Carlos Santos em minha casa.

Empresário do setor varejista e proprietário da 3ª maior empresa de comunicação do Estado, com emissoras de rádio e TV, o marajoara que chegou à Belém aos 13 anos de idade para dar continuidade aos seus estudos, foi trabalhar cedo como tipógrafo em uma gráfica, passando a ser camelô no ver-o-peso, onde destacou-se como liderança entre seus parceiros, que o queriam ver vereador de Belém. Porém, declinou das indicações de seguir a carreira política para dedicar-se ao faro e o talento para os negócios. 

De lá pra cá, não parou de crescer: Montou uma loja de venda de discos (vinil) com o nome de Discolux e passou a vender móveis e colchões, na consolidada rede de lojas, hoje denominada de AVISTÃO. Com a ajuda do capital deste empreendimento, montou a Gravasomgravadora que ajudou muitos artistas paraenses a saírem do anonimato e estrelarem no mundo do rádio, dando ênfase aos ritmos paraenses, como o Carimbó, Siriá, Lundum e o Brega. 

Como radialista, passou pelas rádios Clube, Guajará e Liberal e chegou na Rádio Marajoara, tornando-se um ano depois, o principal acionário da emissora que prosperou e hoje é uma das maiores do Estado do Pará.

Por saber conquistar e preservar relações com todos que cruza, destacou-se no segmento artístico, sendo compositor e interprete de várias canções que embalaram gerações, no que podemos chamar de "clássicos do romantismo". Em sua carreira como cantor, teve até a participação do Rei Pelé em um de seus discos, que somaram 3 (três) compactos, 10 (Dez) Lps e 4 (Quatro) Cds, alcançando a marca de 3, 5 milhões de cópias vendidas em todo o Brasil e no Exterior. Com o feito, não poderia ter sido diferente: Ganhou 6 (seis) discos de ouro e (Cinco) 5 de platina. 

Sua desenvoltura podia ser vista semanalmente através do programa "Carlos Santos na TV", onde além de expor seus trabalhos, oportunizava com que diversos outros profissionais em início de carreira e já consolidados no mercado local, também ganhassem visibilidade. Era o início da exibição pioneira de um programa de auditório genuinamente paraense e que potencializou ainda mais o visionário empreendedor.

Em 1988, dá início ao seu 1º programa no SBT de Belém, passando pela BAND, Tv Executiva Canal do Campo, TV Diário de Fortaleza, Rede Estação de Recife, Tv Miramar da Paraíba e gravou seu programa por um bom tempo em um estúdio de São Paulo. Em 2005, estreia seu programa diário na sua TV Marajoara e nela, além de cobrir o Estado do Pará, o programa "Carlos Santos na Tv" é também transmitido em canal aberto nas cidades de São Luiz, Imperatriz, Macapá e em mais de 120 municípios espalhados pelas regiões Norte e Nordeste do Brasil.

Com isso, Carlos Santos ficou extremamente ligado à imagem de um dos seus melhores amigos e ídolos, um dos ícones da comunicação brasileira, o dono do SBT. 

Já deu pra saber quem é, né? 

É ele mesmo: Silvio Santos.

Tal como Silvio, Carlos também tem uma trajetória muito parecida com o mega-empresário brasileiro: Começou vendendo produtos nas ruas e tornou-se empresário da comunicação e comandou um programa de TV. Tal similaridade, lhe trouxe o apelido de "Silvio Santos Paraense".

Em 1990, já no ápice de sua popularidade, teve seu nome citado em um pesquisa eleitoral com quase 15% do eleitorado paraense e por isso foi convidado e aceitou o convite mais ousado de sua trajetória política: Ser candidato a vice-governador na chapa de Jader Barbalho. 

Na época, Carlos Santos (Marajoara) já era concorrente de Jader (RBA/Rádio Clube) na área da comunicação, mas isso não o impediu de seguir a coligação de seus partidos e acabaram vencendo as eleições daquele ano. 

Foi vice-governador do Pará de 1991 a 1994, quando tornou-se titular, perante a renúncia de Jader Barbalho para candidatar-se ao Senado Federal. Governou o Estado por nove meses e registrou definitivamente seu nome na história do Estado.

Prêmios e homenagens

Em 1984, Carlos Santos foi escolhido o primeiro homem de marketing do Estado do Pará, pela ADVB-PA e no carnaval de 2002 foi homenageado pela Embaixada de Samba do Império Pedreirense, com o tema “Carlos Santos, o amigo do povo, de camelô a governador, a trajetória de um vencedor”

Já em 2004, foi escolhido como o melhor apresentador de TV, em programas de variedades, recebendo o 1º troféu do Prêmio Estrela do Pará de Comunicação, além do Mérito Comercial, ofertado pela Associação Comercial do Pará e de ter sido escolhido Lojista do Ano, pelo Clube dos Diretores Lojistas em 1989, tendo ainda recebido a Medalha de Mérito Grão Pará, a mais alta condecoração oficial do Estado, em reconhecimento e agradecimento pelos relevantes serviços prestados ao Pará.

Planos para o Futuro

Carlos Santos considera-se um homem realizado em todos os aspectos de sua vida e pode durante esta tarde de uma conversa rápida, contar um pouco do que já fez e do que ainda pretende fazer. 

Tendo seus filhos ao seu lado e dando continuidade aos negócios no ramos do comércio e da comunicação, Carlos continua sendo um visionário que agora busca conhecer as novas tecnologias digitais, aprimorando sua rede e ampliando-a para a internet, onde ainda não explora tal como deseja. 

Sua personalidade íntegra e de fortes princípios e valores, lhe garantem respeito e confiança nos mais variados grupos empresarias, religiosos e partidos políticos. 

Por sua gentileza e simplicidade, conquistou mais um amigo e eu me orgulho de hoje poder ser mais um amigo do "amigo do povo".

sexta-feira, maio 02, 2014

Imprensa paraense ignora pedido de criação da Universidade Federal do Marajó

Presidente Dilma recebeu a reivindicação para a construção da Universidade Federal do Marajó.
Pelo que me consta, o fato histórico foi sumariamente ignorado pela imprensa local, que faz vistas grossas para a luta de populares para a implantação de mais uma universidade no Estado do Pará, dessa vez no Marajó.

Até quando jornalistas e empresários da comunicação ignorarão as demandas por melhorias que surgem sem o atrelamento político-partidário e farão jornalismo de verdade?

Depois quando pedem para dividir o Estado do Pará, aparece um monte de defensor que ele fique inteiro, injusto e insensível aos desmandos e a falta de políticas públicas nas diversas regiões.

Deixo abaixo a postagem do blog do Movimento Marajó Forte que noticiou o fato que deveria ter sido, mas não foi, divulgado pela grande imprensa.

Durante a solenidade de formatura de 1,2 mil alunos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), em Belém (PA), na última sexta-feira (25), a presidenta Dilma Rousseff afirmou que os 201 milhões de brasileiros são o maior patrimônios do país. Ela afirmou que o Brasil é cheio de oportunidades, como o próprio Pronatec, e também por conta de riquezas como o petróleo e a agricultura, mas que para elas terem sentido, precisam estar acompanhadas da valorização dos cidadãos.

“Tenho certeza que o nosso país é um país cheio de oportunidades. Primeiro pelas nossas riquezas. Temos minérios, temos uma agricultura desenvolvida. Temos petróleo. Esse de fato é um país abençoado por Deus, e como diz a música, é bonito por natureza. Mas o maior patrimônio desse país são os 201 milhões de brasileiros e brasileiras. Nada se compara a esse patrimônio”, analisou Dilma. 

Durante a cerimônia, no momento do pronunciamento do Exmo. Sr. Ministro da Educação, Paulo Paim, que falava da criação de novas Universidades Federais no Pará, que a presidenta recebeu do Movimento Marajó Forte (MMF) documento apresentando a demanda pela criação da Universidade Federal do Marajó e, uma camisa do Marajó Forte alusiva a CAMPANHA PRÓ-CRIAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARAJÓ. 

Nós do Movimento Marajó Forte estamos otimistas e esperançosos com o gesto e sensibilidade da Presidenta que solicitou aos seus assistentes que recebessem das mãos da Marluth Fialho o documento e a camisa. E, felizes quando Dilma recebeu em suas mãos, leu atentamente, balançou positivamente a cabeça e, depois levantou por duas vezes para mostrar ao público presente o documento e a camisa que acabara de receber. 

Sumano@s, a demanda foi entregue para a pessoa que tem o poder de tornar realidade o sonho de milhares de Jovens Marajoaras que ainda não tiveram a oportunidade de ingressar no ensino superior em nossa região. 

Simbora adiante sumano@s!!!

Esta luta não será em vão!!!

Forte Abraço & Saudações Marajoaras!!!




terça-feira, julho 30, 2013

O pior IDHM é em Melgaço, na ilha do Marajó, Estado do Pará.

 

No blog do Espaço Aberto.

Mas que coisa, hein, meus caros?
Que coisa impressionante os números do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013, divulgados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), que divulgou nesta segunda-feira (29).

O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IHDM), que mensura os índices relativos à saúde, educação e distribuição de renda, saltou estrondosos, expressivos 56,4% no Pará em 20 anos, no período de 1991 a 2010.

Ótimo?

Sim, sem dúvida ótimo.

Mas olhem só.

Da mesma forma como não convém tomar certas realidades isoladamente, porque isso oferece um corte - como dizem - meio impreciso do contexto, não se pode desprezar outros contextos que não aqueles restritos à Região Norte.

Querem ver?

Quando se considera Melgaço, por exemplo, é uma tragédia.

O município, situado na Ilha do Marajó, tem o pior IDHM do país.

O índice é de ínfimo, mísero, horrorosamente minguado 0,418, o mais baixo das 5.565 cidades pesquisadas.

Isso significa, por exemplo, que metade dos moradores de Melgaço não sabe ler nem escrever.

Pasmem: 12 mil dos 24 mil habitantes da cidade não são alfabetizados, e apenas 681 pessoas frequentam o ensino médio, segundo dados do censo do IBGE publicados no ano passado.

Olhem os dados acima.

Quando se consideram apenas os dados relativos à educação, Melgaço apresenta também o pior resultado, com 0,207. Acima dela, imediatamente acima, Chaves, também no Marajó, com 0,234.

E aí?

E aí que vocês podem argumentar o seguinte: mas o Pará deu um salto de 56,4%.

Claro, muito bacana.

Esse é um contexto maior.

Mas então vamos contextualizar mais.

CLIQUEM AQUI.

Quando clicarem, vocês terão acesso ao IDHM de todos os 5.565 municípios brasileiros.

Feito isso, tomemos Belém, por exemplo.

A cidade tem o maior IDHM do Pará, com 0,746.

Pois é.

Com essa bola toda, a capital paraense, destaque em saúde, educação e distribuição no contexto do Estado, aparece em 628º lugar no país.

Vejam aí.


E na Região Norte, Belém é a primeira?

Não é.

A primeirona é Boa Vista, capital de Roraima, que no país é a 508ª, com 0,752.

E no contexto da Região Nordeste?

Pior ainda.

Belém não ganha de nenhuma capital.

Absolutamente nenhuma.

Perdemos para São Luís (MA), que está, acreditem, na 249ª posição, com 0,768.

E ficamos atrás de Teresina (526º lugar), só para citar duas capitais.

E estamos falando, no contexto geral, bem geral mesmo, de Belém, meus caros, o suprassumo do IDHM no Pará.

Imaginem se contextualizarmos Melgaço.

Imaginem.

É a tal coisa: para comemorarmos o fato de o Pará, em 20 anos, ter avançado 56,4% no IDHM, não se perca de vista que ainda precisamos avançar uns 1.500% - senão mais - para, de fato, termos razões para comemorar.

Nota do Blog:

Se depois de ler isso você puder ajudar o abaixo-assinado feito para pedir uma Universidade Federal no Marajó, clique aqui.

sábado, abril 23, 2011

Dalcídio Jurandir e o descaso político para com a memória da literatura amazônica


No Blog Holofote Virtual de Luciana Medeiros


Avenida Dalcídio Jurandir
Há dois anos  coordenadores da Assembléia de Deus vem tentando obter homenagem estampada em via pública pelo centário da instituição a ser  festejado no  mês de junho. Como se pode ler neste link aqui, eles tinham duas alternativas a propor ao poder público.  Num atentado à memória da cultura paraense, venceu a pior.

A primeira ideia foi propor a abertura de uma "rua passando por dentro do terreno do Templo Central, ligando a avenida Governador José Malcher à rua João Balbi, no centro de Belém". A segunda era iniciar "articulação para a mudança do nome da avenida Dalcídio Jurandir, às proximidades da avenida Independência, para avenida Centenário". A segunda opção pelo visto foi a mais fácil de ser conquistada.
No dia 08 de abril, o escritor e jornalista Alfredo Garcia deu o alerta em seu blog Página Nua. Os vereadores, “em acordo conchavado”, decidiram trocar o nome da Avenida Dalcídio Jurandir (extensão da Av. Independência que vai da Rodovia Augusto Montenegro até a Av. Júlio Cesar), que homenageia o grande romancista brasileiro nascido em Ponta de Pedras, no Marajó, para Avenida Centenário da Assembleia de Deus.

Painel sua homenagem no Fórum de Letras da Unama, em 2010
“Justifica-se, naturalmente, a decisão dos senhores vereadores por dois fatos: a) Total desconhecimento de quem foi Dalcídio Jurandir, de sua importância para a história cultural e política do Pará; b) Desejo de agradar aos nobres integrantes da Assembleia de Deus, no que vai um nada louvável toque eleitoreiro na votação”. O texto completo você pode ler no blog do escrito, acesse aqui.

No dia 20 de abril, o poeta e contista Paulo Nunes, graduado em Letras (UFPA), mestre em Letras: Lingüística e Teoria Literária (UFPA) e doutor em Letras (PUC-MG), que atua nos temas:  Dalcídio  Jurandir, ciclo do extremo norte, Amazônia, aquonarrativa e literatura brasileira de expressão amazônica e literaturas africanas de língua portuguesa, também se manifestou sobre o assunto e comentou, em carta publicada no Jornal O Liberal (Caderno Cidades, seção Jornal do Leitor, pg. 8), a “decisão” parlamentar.

Vale ressaltar aqui outros atos desatentos para com a memória do escritor. No mês de março, pelo twitter, o cineasta Darcel Andrade, que tem trabalhos na região marajoara, informou que a casa que fora habitada pelo escritor em Cachoeira do Arari, sendo inclusive um ponto turístico marcante da cidade, ao lado do Museu do Marajó, em total estado de abandono começou a ruir.

Casa que pertenceu ao escritor, em Cachoeira do Arari
E assim foi. A parte da frente já está no chão e falta muito pouco até que ela desapareça para sempre. Em 2009, quando o escritor foi patrono da Feira Panamazônica do Livro, o governo do estado tinha iniciado um processo, via Secretaria de Cultura do Estado, de desapropriação da casa para ser transformada em Espaço – Museu Dalcídio Jurandir, mas por questão de valores  e outros fatores discutidos com a família do escritor, nada mais foi feito ou resolvido.

Pela importancia de sua obra, o seu nome dado à avenida, é mais que merecida. O centenário da Assembleia de Deus, que será comemorado em junho, não perderá brilho algum caso seja revista esta atutude, já que os coordenadores da festa deste centenário tinham outra alternativa para obter homenagem pública. Leia abaixo o artigo de Paulo Nunes, publicado no jornal O Liberal.

Vereadores e a triste Belém

O escritor
Dizem por aí: "cada povo tem o governo que merece". Não quero entrar no mérito desta questão. Mas desejo, cidadão que cumpre com suas obrigações (que não são poucas), protestar contra os desmandos dessa nossa terra empoleirada na pobreza, lixo, escuridão e miséria. E os políticos têm responsabilidade grande nesse processo. Eles se valem da anestesia geral e saltitam seus projetinhos pequenos e que nos deixam com os piores índices de desenvolvimento humano do país.

O despreparo e a escassez de bons propósitos fazem com que a gente ouça por aí que os políticos não pensam no bem comum, mas em seus objetivos mesquinhos, que esbarram na falta de ética e na ganância. Não exageremos. Há exceções. Mas há um problema tão sério quanto os que correm em boca pequena: a falta de compromisso de alguns políticos com a memória e a cultura do povo, este que teve como ancestrais os cabanos. Que barganhas levam os legis]ladores a leis tão estapafúrdias, a projetos estúrdios?

Os senhores vereadores de Belém - ó, quão mísera cidade! - acabam de decretar suas anorexias mentais. Em nome da demagogia, os representantes do povo alvejaram votos de numerosa fatia dos evangélicos (a Assembleia de Deus, diga-se, merece todas as homenagens pelo seu centenário, graças ao culto a Deus e ao bem que promove à humanidade) ao trocar o nome da avenida "Dalcídio Jurandir", um dos mais importantes escritores da América Latina, por "Centenário da Assembleia de Deus".

Livros escritos por Dalcídio
Queriam homenagear nossos irmãos cristãos? Por que não o fazem com criação de uma biblioteca pública, ecumênica e multirreligiosa, que seria plantada, por exemplo, no centro da esquecida Terra Firme? Já pensaram os senhores edis em trocar marginalidade e violência por "livros - tradicionais e eletrônicos - à mancheia" e investimentos sociais? E na entrada todos leríamos "Biblioteca Ecumênica Centenário da Assembleia de Deus", placa com os nomes dos autores e executores do projeto?

Dalcídio Jurandir, que era comunista convicto e ateu, era, entretanto, um dos mais respeitadores aos cultos religiosos, de qualquer cor e motivação. Se a religião é para o bem, pois que se faca dela algo que desaliene e ao mesmo tempo exalte a dignidade humana, pensava o escritor, conforme me disse, certa vez, seu filho, José Roberto Pereira.

Paulo Nunes
Belém-Pará

terça-feira, abril 12, 2011

Reserva da Biosfera em debate

O Projeto Viva Marajó, coordenado pelo Instituto Piabiru e realizado uma vez por mês no SESC Boulevard, traz na próxima terça-feira, mais um importante tema para o debate: A reserva da Biosfera.

Divulgue e compareça!

segunda-feira, março 14, 2011

O Marajó


Todas as fotos são do arquipélago do Marajó, que sofre pelo abandono dos poderes públicos constituídos mas que resiste com a criatividade e luta deste povo. A última, acima, é do Museu do Marajó, fundado pelo padre Giovanni Gallo.

Além do Museu, o Marajó é berço de personalidades da literatura brasileira como Dalcídio Jurandir. Dalcídio era comunista e lutou contra a ditadura, transformando-se em importante líder político neste período.

Sua casa, abandonada, merecia ser recuperada e tratada como patrimônio cultural assim como o Museu do Marajó mas ambos sofrem pelo abandono e descaço de quem deveria proteger e valorizar.

O autor das fotos e organizador da Mostra Fotográfica "Marajoando", chama-se Paulo de Carvalho que além de fotográfo é designer gráfico, pesquisador e produtor cultural e jornalista, responsável pelo blog http://marajoando.blogspot.com/

segunda-feira, março 07, 2011

O Mundo Místico Dos Caruanas Nas Águas do Patu-anu - Beija Flor - Campeão de 1998.


Beija-flor
E o mundo místico dos Caruanas
Nas águas do Patu-Anu
Mostra a força do teu samba
Contam que no início do mundo
Somente água existia aqui
Assim surgiu o girador, ser criador
Das sete cidades governadas por Auí
Em sua curiosidade, aliada à coragem
Com seu povo ao fundo foi tragado
O que lá existia aflorou, o criador semeou
Surgindo os seres viventes em geral
E de Auí se deu a flora, fauna e mineral

Sou Caruana eu sou
Patu-Anu nasceu do girador, obá
Eu trago a paz, sabedoria e proteção
Curar o mundo é minha missão
Pajé, a pajelança está formada
Eu vou na barca encantada
Anhangá representa o mal
Evoque a energia de Auí
Pra vida sempre existir
Oferenda ao mar pra isentar a dor
Com a proteção dos caruanas


Beija-flor A pajelança hoje é cabocla
Na Ilha de Marajó, vou dançar o carimbó
Lundu e siriá, marujada e vaquejada
Minha escola vem mostrar
O folclore que encanta
O estado do Pará

segunda-feira, fevereiro 14, 2011

TERRITÓRIO FEDERAL ou ESTADO DO MARAJÓ


Desde a década de 1960 os fazendeiros da ilha do Marajó sonham com o Território Federal do Marajó... Quando se pensa que esqueceram lá vem a coisa, de novo. Caboco, desconfiado, pergunta: será bom pra quem? O exemplo do Amapá não deixa engano. Se território federal prestasse não tinha, com a Constituição-Cidadã (1988), passado a estado.

então, se a coisa fosse para resolver o IDH com a participação do povo o melhor era criar logo o Estado do Marajó no rasto de Carajás e Tapajós...


mas, espera! Por que tanta pressa com a divisão do Pará? O que é, na verdade, que está por trás deste movimento? Há algo de podre no reino da Dinamarca... Querem liquidar o outrora Grão Pará no Pará mirim. Imaginem o tamanho da encrenca! Os velhos caciques afiando os dentes para os cargos políticos, palácios, novas capitais aguçam o apetite de empreiteiras - tudo em nome do progresso e o bem-estar do povo, naturalmente -, mas o Sul e Sudeste devem estar preocupados com a possibilidade de uma bancada “amazônica” com mais 9 senadores e, mais ou menos, 30 deputados. Não é brincadeira!


Cedo ou tarde a Amazônia dará lugar a novos estados. A questão é esta: por que o Pará tem que ser o primeiro a ser loteado? No fundo parece castigo à elite belenense tão com a cabeça nas nuvens e descuidada do interior. Caboco das ilhas, então, poderia dizer "bem feito". Mas, o diabo é que a corda arrebenta do lado mais fraco...


por que o superpovoado São Paulo e Minas Gerais ou a Bahia não criam primeiro os estados de Araçatuba, Triângulo Mineiro e do Recôncavo, respectivamente? Não! Nem por brincadeira, não é mesmo? Quanto ao Marajó velho de guerra a gente não é besta: melhor sermos a "Costa Rica" do Pará, república cultural Marajoara, com influência nas capitais do grande Pará e do verdejante Amapá.


Que sejam nossos netos a decidir a vez e a hora de proclamar o autônomo e próspero Estado do Marajó (território "federal" é a sesmaria do vovozinho).


Por Zé Varela no Blog Acadêmia do Peixe Frito

terça-feira, outubro 05, 2010

O Resultado Final das Eleições - I



Por Diógenes Brandão

Com 9.123 votos recebidos neste último domingo (03), o candidato que eu apoiei para representar a região do Marajó na ALEPA, não alcançou o número de votos necessários para eleger-se, mas Laércio Pereira diante da realidade financeira da campanha, ao certo conseguiu uma expressiva votação, já que ficou à frente de notáveis candidatos, tais como, Suleima Pegado (PSDB) que já era deputada e tentava a reeleição, vindo para isso obter 541 votos a menos que o Marajoara, que também superou - com 1.592 votos a mais - Fernando Dourado, o poderoso ex-secretário de saúde no governo tucano e atual vereador em Belém.

Igualmente vereador da metrópole, já em seu 2º mandato, Adalberto Aguiar (PT) recebeu 3.470 votos a menos que Laércio, que também superou em 1.924 votos, a camarada Sandra Batista, hoje, vice-prefeita de Ananindeua (2º maior colégio eleitoral do PA) já foi vereadora em Belém e deputada estadual por 02 mandatos.

O recebedor do meu voto e apoio para a câmara federal foi o Santareno Carlos Martins, deputado estadual pelo PT e irmão da prefeita de Santarém, Maria do Carmo (PT) e do atual Chefe da Casa Civil do governo Estadual. Miriquinho Bastista e Mário Cardoso foram meus candidatos secundários.

Carlos está na ilharga como 1º Suplente pelo PT, tendo apenas faltado 15.994 votos para ultrapassar o concorrente – Zé Geraldo (PTpraValer).

O Quadro interno do PT.

O PT tinha 06 e agora tem 09 deputados estaduais eleitos nesta eleição, sendo que Miriquinho Batista saiu da ALEPA para a Câmara Federal como o 2º parlamentar mais votado do PT-PA. Filho de Abaetetuba e atual secretário da Assembléia Legislativa do Pará, Miriquinho dirige junto com Paulo Rocha e outras lideranças, a Unidade na Luta, tendência interna do PT. Paulo Rocha não foi eleito para o senado, mas teve a diferença de apenas 22.026 votos para Jader Barbalho, quem os institutos de pesquisa colocavam como “Deus dos votos”.

O maior grupo do PT sofre com a derrota do seu maior líder, mas elegeu 03 deputados Estaduais, dos quais Chico da Pesca foi o mais votado do PT-PA, seguido de Alfredo Costa e Zé Maria do baixo-amazonas. Alfredo Costa depois de 02 eleições deixa a vereança e chega ao Palácio da Cabanagem com 2.753 votos a mais que Suely Oliveira, a 1ª suplente do PT, a qual é ligada à DS, comandada pelo núcleo duro e a própria governadora, que elegeu apenas o ex-secretário de Cultura Edilson Moura como deputado Estadual e Cláudio Puty como Federal, de quem todos esperavam ser o “campeão de votos” dada a mega-campanha realizada pelo ex-chefe da casa civil.

O grupo que hegemoniza o governo, ganha ainda a vaga na Câmara Municipal de Belém, já que Milene Lauande, assume no lugar de Alfredo Costa por ser a 1ª suplente das eleições de 2008 e junto com Marquinho agora será vereadora do grupo que comanda o governo Ana Júlia, por mais 02 anos, pelo menos.

O PT pra Valer teve reeleitos os deputados Valdir Ganzer, Bernadete Tem Catem e Airton Faleiro, mantendo assim a hegemonia do antigo campo majoritário, hoje denominado “Construindo um Novo Brasil”, grupo que comanda o PT a nível local e nacional, junto com a Unidade na Luta com seus 03 deputados estaduais - já citados - e a Articulação Socialista, que elegeu Milton Simmer e reelegeu Carlos Bordalo deputado Estadual, além de Beto Faro, o mais votado como deputado federal.

A Dança das Cadeiras

Já o PSDB sangrou, fez apenas 06 cadeiras na ALEPA, perdeu 04 dos 10 deputados que tem até dezembro deste ano. Na Câmara Federal, O DEM tinha 03 e perdeu 02, ficando apenas Márcio Miranda que já era deputado Estadual e olhe lá!

O partido, em extinção no Brasil, só terá o Santareno Lira Maia como representante em Brasília, pois o dral Vic Pires Franco, até bem pouco tempo atrás era presidente da legenda no Pará e depois do golpe sofrido pelos Tucanos resolveu não se candidar-se com a sua esposa, a ex-governadora Valéria Franco, apontada pelos institutos de pesquisa nas eleições de 2008 como prefeita eleita de Belém e que amargou o 4º lugar.

O PSOL elegeu com 85.412 votos, o ex-prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues e este comemorou muito ontem pelas ruas da cidade que governou por 08 anos, mas o partido amargou a derrota humilhante da candidata Araceli Lemos que já tinha exercido mandato na Assembléia Legislativa pelo PT e este ano só conseguiu 4.840 votos no partido Socialismo e Liberdade, praticamente a metade dos votos do candidato que apoiei, o qual praticamente só é reconhecido pelas massas em alguns municípios do Marajó.

O PMDB alardeou as pesquisas que apontavam Jader como mais votado e levou um susto quando os votos começaram a serem computados. Saiu com o Senador, reelegeu 03 dos atuais federais – Wlad, Elcione e Asdrúbal – e reposicionou Priante em Brasília, ficando no total com 04 dos 05 candidatos que tinha, já que Jader saiu pro Senado e Bel Mesquita não alcançou a meta de votos para manter-se no cargo.

Apesar da grande votação que as pesquisas apontavam para Jatene (PSDB), tendo inclusive configurado um falso quadro para o eleitor, de que o tucano ganharia ainda no 1º turno, o PSDB foi entre os grandes partidos do Pará o que mais sofreu na composição do parlamento. Reelegeu os federais Zenaldo Coutinho, Nilson Pinto e Wandenkolk Gonçalves, mas perdeu 04 - André Dias, Bira Barbosa, Bosco Gabriel, Ítalo Mácola, Suleima Pegado e Tetê Santos – ficando apenas com 06 das 10 cadeiras na ALEPA.

Flexa foi quem melhor se beneficiou da boataria tucana que induziu grande parte do eleitorado à pensar que Jader e Paulo Rocha não eram elegíveis. Resultado: 1.817.644 de votos para o Senador que já foi preso pela Polícia Federal em 2005 mas se dizia “Ficha Limpa”.

No Pará não haveria 2 turno, dizia o IBOPE e mais uma vez foi comprovado d que o dia D é uma caixinha de surpresas, talvez a mesma surpresa tida pela professora Edilza Fontes, ex-superintendente do PTP e manda-chuva da Escola de Governo do Pará e candidata, tendo recebido 12.509 votos para deputada estadual, que desabafou em seu blog:

“O que vi foi arrasador e que me deixa muito preocupada sobre os rumos da política, da relação da ética e da democracia representativa no Brasil. Andei por 52 municípios, discutindo propostas, encaminhei soluções coletivas, mas no dia da eleição, que tanto me falaram, realmente muda tudo, vira o voto. Eu que pensei ter no mínimo ter três vezes mais votos que tive, me surpreendi com o votos da urna. Ainda pensava que era possível eleger somente debatendo idéias, não é. A maquina partidária, a maquina administrativa são fundamentais”

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...