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quarta-feira, agosto 14, 2019

Aliados de Helder Barbalho na ALEPA garantem aposentadoria de Márcio Miranda



Por Diógenes Brandão

Mesmo sendo do DEM e não do PSDB, Márcio Miranda é rotulado de "Tucano" pelos funcionários e aliados da família Barbalho, desde que foi lançado como candidato ao governo do Estado e disputou com Helder Barbalho (MDB), levando as eleições de 2018 ao segundo turno e dele saído com mais de 45% dos votos do eleitorado paraense. Parece que até agora isso incomoda e tira o sono da família do governador. 

Em uma matéria assinada pela jornalista Carol Menezes, publicada no jornal Diário do Pará e reproduzida pelos demais veículos de comunicação pertencentes ao governador Helder Barbalho (MDB) e sua família, revelam que a Mesa Diretora da ALEPA - Assembleia Legislativa do Pará autorizou a aposentadoria do ex-deputado Estadual Márcio Miranda (DEM), após mais de 17 anos como parlamentar. 

Em uma longa matéria no programa Barra Pesada, da TV RBA, o apresentador René Marcelo, comentou a notícia proposta por seus patrões: "Pode ser legal (o pagamento da aposentadoria) mas é imoral. Vai do caráter da pessoa aceitar ou recusar esse dinheiro", opinou o funcionário da família Barbalho, logo após a matéria ser exibida, nesta terça-feira, 14.

Acontece que quem autorizou o pagamento da aposentadoria de Márcio Miranda, rival de Helder Barbalho foram justamente os aliados do governador. A informação negada pela matéria e pelos comentários dos jornalistas que servem aos interesses políticos da família Barbalho revelam novamente, que mesmo chegando ao poder, não há nada tranquilo no sono destes. 

O descontrole nas contas públicas, com a contratação desenfreada de servidores temporários, a falta de competência no controle da segurança pública, com chacinas e massacres correndo soltas e a pressão pela falta de cumprimento de promessas de aumento salarial fazem com que o staff político de Helder Barbalho se ocupe apagando incêndios, enquanto seu irmão, Jader Filho, se reveza no comando dos veículos de comunicação da família e na contratação e pagamento de jornalistas e blogueiros para blindar o mano, enquanto ele brinca de governador. 

terça-feira, dezembro 11, 2018

Pra quem vai a cobiçada Secretaria de Comunicação do governo Helder Barbalho?

Dois nomes de confiança estão cotado para assumirem a secretaria de Comunicação do Pará.


Por Diógenes Brandão

Dois nomes estão cotados para o cargo: Fernando Thompsom, jornalista experiente com militância na imprensa nacional e que já foi assessor de comunicação da Vale. Por último, quando Helder Barbalho (MDB) foi ministro de Michel Temer (MDB), ele exerceu uma uma espécie de consultoria nessa área. Por tudo isso, seu nome é bem cotado para o cargo. 

O outro nome é de Vera Oliveira, que exerceu o mesmo cargo na área de comunicação com o governador eleito, quando ele era prefeito de Ananindeua. Na campanha, embora houvesse resistência de alguns setores próximos ao candidato, Helder Barbalho bancou Vera no papel de assessora de comunicação da campanha. Trata-se de uma pessoa de extrema confiança dele e com bom trânsito nos veículos de comunicação local.

A Secretaria de Comunicação é responsável pela distribuição da verba destinada à propaganda. Segundo o Diário do Pará, em 07 anos, o atual governador Simão Jatene destinou R$ 386 milhões para a pasta. Resta saber quanto será gasto de agora em diante e quanto alimentará os veículos de comunicação da família do governador eleito. 

Estamos de olho!

segunda-feira, agosto 27, 2018

Mais uma condenação contra os Barbalho: Sentença cancela concessão da Rádio Clube do Pará por violação da Constituição

Para a Justiça, mudança no quadro societário da rádio, após o ajuizamento da ação, tornou a situação jurídica da concessão ainda mais irregular.


Decisão atende a pedido do MPF e se baseia no artigo 54 da Constituição, que proíbe a propriedade de veículos de comunicação por políticos detentores de mandato.

A Justiça Federal, em decisão assinada na última quinta-feira (23), ordenou o cancelamento do serviço de radiodifusão sonora outorgado à Rádio Clube do Pará (PRC-5 Ltda) e determinou que o governo brasileiro faça novo processo seletivo para outorga da concessão a outra pessoa jurídica que não tenha impedimentos legais para serviços de radiodifusão. A sentença, da 2ª Vara Federal de Justiça em Belém, atende a pedido do Ministério Público Federal (MPF), em processo iniciado em 2016.  

O processo do MPF se baseia no artigo 54 da Constituição brasileira, que veda a políticos detentores de mandato a propriedade de veículos de comunicação. Segundo o artigo, deputados e senadores não podem celebrar ou manter contratos com concessionárias de serviço público, o que inclui as emissoras de rádio e TV.  

O inciso II, alínea a, do mesmo artigo veda aos parlamentares serem proprietários, controladores ou diretores de empresas que recebam da União benefícios previstos em lei. A regra também impede a participação de congressistas em prestadoras de radiodifusão, visto que tais concessionárias possuem isenção fiscal concedida pela legislação.  

Na defesa apresentada à Justiça, Jader Barbalho e Elcione Zaluth Barbalho informaram que se desligaram do quadro societário da empresa que possui a concessão da Rádio Clube do Pará em 2017 (após a ação judicial do MPF). Em lugar deles, passou a figurar no quadro societário Giovana Centeno Barbalho, filha de Jader, a quem ele passou a representar na empresa, na qualidade de procurador.  

Para a Justiça, a mudança no quadro societário, após o ajuizamento da ação, tornou a situação jurídica da concessão ainda mais irregular. “Merece especial destaque que as cotas sociais de Elcione Barbalho foram transferidas para seus dois filhos (também filhos de Jader Barbalho), demonstrando a permanência do controle familiar sobre a pessoa jurídica. Mais grave, porém, é a situação do senador da República, que, além de ceder suas cotas para a filha, continua exercendo ingerência direta sobre a empresa concessionária, como seu representante”. As aspas são da sentença.  

A investigação sobre a propriedade de emissoras de rádio e tevê por políticos foi iniciada pelo MPF em São Paulo, que fez um levantamento em todo o país das concessões de radiodifusão que tinham políticos como sócios. A partir disso, várias ações foram iniciadas em vários estados do país. Já existem decisões judiciais em tribunais superiores retirando as concessões das mãos de parlamentares, seguindo o entendimento do Supremo Tribunal Federal, que já se manifestou contrário ao controle de políticos sobre veículos de comunicação.  

Outras ações – Em 2016 o MPF ajuizou cinco ações contra concessões de radiodifusão em território paraense que têm como sócios detentores de mandatos eleitorais, com base no artigo 54 da Constituição Federal. Os deputados federais Elcione Barbalho (PMDB/PA) e Cabuçu Borges (PMDB/AP) e o senador Jader Barbalho (PMDB/PA) violam a legislação ao figurarem no quadro societário de rádios e uma emissora de televisão. “O fato de ocupante de cargo eletivo ser sócio de pessoa jurídica que explora radiodifusão constitui afronta à Constituição Federal”, diz o MPF nos processos judiciais iniciados em Belém pela Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão.  

Foram pedidos o cancelamento das concessões de radiodifusão ligadas aos políticos, a condenação da União para que faça nova licitação para tais concessões e a proibição de que eles recebam qualquer outorga futura para explorar serviços de radiodifusão. As emissoras que tiveram as concessões questionadas foram a Beija-Flor Radiodifusão, do deputado Cabuçu Borges, a Rede Brasil Amazônia de Televisão, o Sistema Clube do Pará de Comunicação, a Carajás FM, a Belém Radiodifusão e a Rádio Clube do Pará – PRC-5, todas de propriedade de Elcione Barbalho e Jader Barbalho.  

Números dos processos (todos os processos tramitam na Justiça Federal em Belém):  Sistema Clube, RBA, Elcione Barbalho e Jader Barbalho: nº 0026999-03.2016.4.01.3900 Beija-Flor Radiodifusora e Cabuçu Borges: nº 0027000-85.2016.4.01.3900 Carajás FM e Elcione Barbalho: nº 0027001-70.2016.4.01.3900 Belém Radiodifusão e Jader Barbalho: nº 27002-55.2016.4.01.3900 Rádio Clube PRC-5, Elcione Barbalho e Jader Barbalho: nº 0027003-40.2016.4.01.3900     


domingo, maio 13, 2018

OLiberal flerta com Helder Barbalho e Rominho diz que não tem compromisso com grupo político


Por Diógenes Brandão

Mais uma vez, o jornal OLiberal surpreende a população paraense e traz em sua principal coluna - O Repórter 70 - uma declaração explícita de que está sincronizado com a campanha do ex-inimigo da família Maiorana, o pré-candidato ao governo do Estado, Helder Barbalho

O que explica tamanha mudança de comportamento?

Ainda enquanto ministro da Integração Nacional, Helder fez com que o jornal OLiberal e a TV Liberal recebessem parte considerável da verba publicitária do Ministério que comandava e deixou seu sucessor, o atual ministro Antônio de Pádua de Deus Andrade.

Enquanto ministro, Helder não economizou recursos públicos do governo federal para fazer com que suas ações no governo Temer ecoassem em diversas outros veículos de comunicação, como emissoras de rádio e TV, jornais, revistas, portais e redes sociais, o que  amplificou o alcance e deu uma enorme visibilidade aos seus feitos, mas conforme nos mostram as pesquisas eleitorais realizadas até então, não reduziu sua alta rejeição perante o eleitorado paraense.

Mesmo já contando com o império de comunicação de sua família, a Rede Brasil Amazônia de Comunicação - RBA, que além do jornal Diário do Pará, tem a TV RBA e diversas emissoras de rádios, que juntas cobrem os quatro cantos do Estado do Pará e formam um dos mais poderosos grupos de comunicação controlados por famílias políticas, o que é proibido pelos artigos 22o ao 223 da Constituição Brasileira, mas que no Brasil é lei morta, diante da falta de regulamentação, já que senadores e deputados controlam veículos de imprensa para ditar o que é notícia e formar a opinião de milhões de pessoas.

São oligarquias como essas, que acumulando o controle midiático, mantêm o país no obscurantismo do oligopólio da imprensa, que emburrece a sociedade e concentra riquezas e poder nas mãos de poucos. 

O blog reitera que a família Barbalho (Pará), Sarney (Maranhão), Collor (Alagoas) e Magalhães (Bahia), tem todo o direito de participar do processo eleitoral e disputar o poder através das vias da nossa democracia, mas como fazer com que essa concentração de poder seja diluída, se no Pará, setores da esquerda - que em tese defende a democratização da mídia - aliam-se a estas famílias de barões da imprensa?

Precisamos de normas de funcionamento para essas empresas, que a cada ano que passa, tornam-se mais poderosas, formam opiniões e difundem interesses políticos e econômicos e não estão nenhum pouco preocupadas com a difícil vida da maioria do povo brasileiro. 

Em todos os países há alguma regulamentação para os meios eletrônicos. Aqui, os políticos e empresários do setor defendem suas regalias cinicamente, mentindo ao dizer que a regulamentação é um tentativa de censura. 

É a liberdade de empresa, usando o discurso da liberdade de imprensa e nem o PT, que sempre teorizou sobre a democratização dos meios de comunicação, mesmo estando 13 anos no comando da presidência da república, teve a coragem de enfrentar esse poder paralelo no país e sucumbiu por causa dele.


ORMS E ROMA NEWS


Há 08 meses sob nova administração, o jornal OLiberal hoje é dirigido por Ronaldo Maiorana e suas irmãs Rosângela Maiorana e Rose Maiorana, desde o dia 30 de setembro do ano passado, quando em uma reunião dos sócios-herdeiros, a presença de Romulo Maiorana Jr, resolveram tirá-lo da presidência da Delta Publicidade, empresa que edita os jornais O LIBERAL e Amazônia e administra a TV Liberal, afiliada da Rede Globo no Pará. 

Segundo ele mesmo, quando seu pai morreu eram 04, hoje são mais de 20 empresas das Organizações Romulo Maiorana - ORM e na partilha dos bens, Romulo Maiorana Jr saiu do controle do jornal OLiberal e da TV Liberal, mas assegurou o controle  de algumas empresas da família e criou o Grupo Roma, que conta com mais de 300 funcionários, divididos nPortal Roma News, TV Roma News (Canal 523 - HD), Roma FM 90.5, com programação interligada com as Rádios de Castanhal, Itaituba e Marabá (todas com o nome de ROMA FM), que cobrem todo o Estado, assim como a Roma Construtora, Roma Incorporadora, Roma Cabo (Internet, TV e Telefonia), Roma Hotéis, Roma Park e a Roma Empreendimentos & Eventos.

Déa Maiorana, viúva e matriarca da família decidiu manter-se neutra na briga dos filhos e do espólio do ex-marido e fundador do grupo Liberal, Romulo Maiorana, falecido há 32 anos atrás.

Romulo sempre apresentou seu nome para disputas eleitorais, mas o retira sempre na véspera, quando percebe suas limitações ou tem seus interesses alcançados. Esse ano, isso se repete, mas com um aviso postado hoje no canal do Youtube, ele apresentou uma entrevista feita pela sua equipe de jornalistas do portal Roma News, onde falou um pouco da sua vida, sua rivalidade com os Barbalhos, fez críticas ao governador Simão Jatene e disse não ter compromissos com nenhum grupo político, o que não se pode dizer o mesmo dos 32 anos em que esteve a frente das ORMs, que agora parecem estar flertando com os concorrentes e adversários históricos de sua família, os Barbalhos.

Assista o canal do "Cidadão Kane Paraense", onde este blogueiro foi o primeiro dos 04 seguidores inscritos:


sexta-feira, março 16, 2018

Sob nova administração, ORM divulga obra do governo federal e exalta Helder Barbalho

Por Dornélio Silva

A eleição no Pará, ao longo de sua história, além de ser uma disputa política de grupos oligárquicos sempre foi, também, em grande escala, uma disputa entre dois grupos de comunicação: ORM (Organizações Rômulo Maiorana) e RBA (Rede Brasil Amazônia). Exemplo disso, vimos acontecer com as eleições de 2014, uma das campanhas estaduais mais acirradas e disputadas dos últimos pleitos da história do Pará. 

Foi a primeira em que um político conseguiu um terceiro mandato no Pará, neste caso o governador Simão Jatene. Também foi a primeira vez que ele participou de uma campanha como candidato a reeleição. 

Vejamos: A primeira, quando ganhou, foi indicado e apoiado por Almir Gabriel (governador a época), depois de quatro anos quando defenderia seu mandato numa reeleição, não foi candidato, deu lugar a Almir Gabriel que foi derrotado por Ana Júlia; em 2010, Ana Júlia não consegue se reeleger e é derrotada por Jatene. 

Em 2014, Jatene foi candidato à reeleição, defendendo seu mandato. Ressalte-se que foi uma campanha atípica dentro de um Pará dividido (a primeira após o plebiscito que pretendeu dividir o Pará em três unidades federativas); além disso foi o confronto de dois grupos (econômico e de comunicação) que se debateram nesse processo. Os interesses eram grandiosos. Daí o acirramento intenso e o nível muito rasteiro da campanha. 

Helder com o aparato da RBA venceu o primeiro turno com uma diferença de apenas  137390 votos, ou seja, 1.4% dos votos válidos e no segundo turno Jatene virou o jogo e saiu vitorioso, mantendo o apoio das Organizações Rômulo Maiorana.  

Em 2018, o cenário de atrito tem mudado de forma radical. 

A RBA continua reforçando e difundindo massivamente, através de todos os seus veículos de comunicação, o nome de Helder Barbalho, herdeiro do império de comunicação da sua família. A novidade é a postura das ORMs, que agora sob nova direção, vem surpreendendo a todos com matérias que positivam a imagem do ex-algoz. 

Exemplo disso foi a matéria veiculada tanto no jornal OLiberal, quanto nos portais G1 Pará e ORM News, assim como na TV Liberal, anunciando o lançamento das obras do projeto 'Belém Porto Futuro', onde aparecem o ministro Helder Barbalho, o senador Jader Barbalho e a deputada federal Elcione Barbalho, assim como a bancada federal e estadual do (P)MDB paraense.

Helder, claro, difundiu a matéria em sua fanpage, a qual você também pode ver clicando na imagem abaixo:



O próprio portal G1 Pará chegou a divulgar que a obra estava sendo investigada pelo Ministério Público Federal (MPF) para apurar denúncias sobre o projeto de revitalização do porto de Belém, pois a área é tombada pelo patrimônio histórico, mas assim como o projeto de reforma do ver-o-peso, o projeto  “Belém Porto Futuro” não havia sido submetido para aprovação pelo Iphan.

Para quem não conhece a histórica disputa da família Maiorana, com o partido e a família Barbalho, talvez não veja nada de mais na matéria e nem na mudança na forma em que a notícia foi divulgada, mas para quem sabe como estes dois rivais se tratavam, a cena é emblemática e revela uma ruptura de paradigmas até então inacreditável no metiê político, midiático e empresarial do Pará.

Acontece que a recente saída de Rômulo Maiorana Jr. do controle das ORMs causou uma mudança não só de comportamento empresarial, mas sobretudo de postura política. O aceno dos novos controladores da empresa - o irmão Ronaldo Maiorana e suas duas irmãs foi mais do que positivo para a campanha de Helder ao governo. "Foi de cumplicidade", avaliou um amigo com quem conversei logo após assistirmos o Jornal Liberal.

Para o atento observador, a matéria fez o que podemos chamar de merchandising para as ações do governo federal, que no Pará são capturadas pela pré-campanha do ministro da Integração Nacional, acusado de usar aviões da FAB para curtir os fins de semana e para dar carona a parentes e lobistas, conforme noticiado pela imprensa nacional.

sexta-feira, março 02, 2018

Governador Simão Jatene detona os Barbalhos e dá início à polarização na disputa pelo governo do Estado



Por Simão Jatene, em sua fanpage

Amigas e amigos, 

Só não vê quem não quer a tentativa desesperada e permanente do Império de comunicação que pertence parte vergonhosa da família Barbalho - e faço questão de destacar “parte” para não ser injusto com a família – de tentar manchar e desqualificar tudo e todos que contrariam ou ameaçam seus interesses nada republicanos.  

Exemplos não faltam.  

A Assembleia Legislativa e seu Presidente eram tratados como exemplo de democracia e gestão, mas somente até que o Deputado Marcio Miranda se tornasse ameaça ao indisfarçável desejo do grupo se apoderar dos cofres públicos, através do rebento, que a cada dia mais parece o pai, especialmente, na avaliação nada elogiosa que recebe da imprensa nacional.  

Do mesmo modo, o Ministério Público e seus membros, à semelhança do Poder Judiciário e dos Tribunais de Contas, na visão do grupo político, deixam de ser instância fiscalizadora e julgadora, e passam a ser meros serviçais do executivo, em linguagem quase sempre chula e desrespeitosa, quando suas decisões desagradam ao bando, como demonstra inclusive a recente, descabida e reveladora reação dos seus veículos, no caso do aterro sanitário de Marituba.  

Agora, no permanente esforço diário de criar factoides, o grupo tenta desqualificar as ações do Estado na questão envolvendo a empresa Hydro, no município de Barcarena, como se fosse nossa ou do nosso governo, e não deles, conforme as inúmeras denúncias na Lava-Jato, a prática de relações promíscua com empresas.  

Não! Não, senhores de triste história e inexplicado império. Não sou eu e tampouco o nosso governo, que tem sido frequentador assíduo de listas e denúncias da operação Lava-Jato por oferecerem favores a empresas. E não adianta tentar confundir a população.  

Amigas e amigos, 

O governo, no âmbito da sua competência, tem sido absolutamente isento, técnico e responsável no tratamento da questão de Barcarena. A primeira determinação foi priorizar o atendimento às pessoas e evitar maiores danos. Nesse sentido, sem pirotecnia ou proselitismo político, foi definida com a Defesa Civil e a Secretaria de Saúde, em articulação com o Município, a disponibilização de água potável e atendimento em saúde, enquanto foi exigido que a empresa reduzisse e mantivesse as bacias de resíduos com desnível de, no mínimo, um metro, para garantir segurança face o elevado volume de chuvas que tem caído na região.  

Posteriormente, conforme anunciado inclusive nos veículos de comunicação nacional, tendo em vista o não cumprimento por parte da empresa das obrigações definidas pela SEMAS, foi determinado que a mesma reduzisse sua produção em pelo menos 50%, para que fosse mantido o sistema de tratamento de efluentes e imposta multa de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) por dia, sem prejuízo de outras penalidades.  

Amigas e amigos, 

Só a tresloucada idéia, típica dos prepotentes e desesperados, que julgam ser possível torturar a realidade para que ela confesse não ser real, pode justificar a tentativa desse grupo político, mais uma vez, esconder e desvirtuar fatos. O povo do Pará não é bobo. Sabe quem sempre defendeu a compensação pela desoneração das exportações, sabe quem criou as taxas sobre recursos minerais, sabe quem defende o Estado, sabe quem é quem e tem demonstrado isso nas urnas.

sábado, fevereiro 17, 2018

A pesquisa IBOPE e a acirrada disputa pelo governo do Pará



Por Diógenes Brandão 

A divulgação da pesquisa encomendada pela FAEPA ao Ibope Inteligência, que apurou a preferência dos eleitores paraenses, mexeu com o ânimo e expectativas de muitos candidatos e seus apoiadores, que através das redes sociais travam uma disputa de narrativas, uns de exaltação e outros com descrença dos números apresentados. Se por um lado estes números confirmam a permanente liderança de Helder Barbalho (MDB) para o governo do Estado, para que seja feita uma análise mais profunda e realista desta consulta é necessário também entender o significado dos altos percentuais de rejeição dos principais pré-candidatos, bem como dos 77% dos entrevistados que de forma expontânea disseram não saber em quem votar ou não quiseram opinar, além dos 12% de intenção no voto em branco ou nulo.

Além disso, os nomes em disputa ainda enfrentarão convenções partidárias e possíveis julgamentos de processos que podem criar impedimentos judiciais e eleitorais. Ou seja, nada está definido e todos sabem disso.

Mais mesmo com todas as probabilidades negativas e sua alta rejeição - presente em todas as demais pesquisas realizadas até aqui - Helder Barbalho conta com a força do seu partido, hoje com o maior número de prefeituras no Estado e com o aparato midiático das empresas de comunicação controladas por sua família, que conta com a TV RBA, o jornal Diário do Pará e diversas rádios AM e FM, que juntas atingem quase todos os municípios paraenses. 

Sem falar de que em seu 3º ministério no governo federal, onde está ininterruptamente no cargo de ministro, desde o governo Dilma, o principal herdeiro político da família barbalho goza de total apoio e respaldo do presidente Temer para representar a União, como se fosse um chanceler no Estado, onde destina verbas da União e de emendas parlamentares, realiza alocação de recursos de forma emergencial, tal como faz nos municípios paraenses afetados por enchentes e acidentes naturais, além de contar com a distribuição de alguns milhões de reais da verba de publicidade do governo federal em TVs, rádios, jornais, revistas, sites, outdoors e redes sociais, os quais reforçam a construção da imagem do Ministro da Integração como um gestor pró-ativo e cheio de realizações.

Por falar em redes sociais, um dado da pesquisa que chamou a atenção de muita gente, foi o fato do senador Paulo Rocha (PT) ter a segunda colocação em diversos cenários da disputa para o governo do Estado. Tudo bem que o PT é o partido que possui a maior e mais apaixonada militância partidária e que com os processos judiciais e presente e constante ameaça de prisão de Lula, além da ofensiva das medidas do governo Temer contra direitos trabalhistas, podem ser elementos decisivos para que o público pesquisado tenha sido levado a se manifestar favorável ao pré-candidato petista, mas isso por si só talvez não seja suficiente para que o senador Paulo Rocha esteja tão bem colocado na preferência eleitoral, a considerar sua baixa popularidade e a inércia de um mandato com pouquissímas realizações efetivas que expliquem seu desempenho pessoal e político para os números desta pesquisa.

Já os baixos números de Márcio Miranda (DEM) e Sidney Rosa, também geraram muitos questionamentos e desconfianças sobre o resultado da pesquisa IBOPE. Apesar de estarem em diálogos com entidades classistas, empresariais, ruralistas, prefeitos e lideranças políticas dos mais variados partidos, os dois deputados estaduais que se apresentam como pré-candidatos ao governo, não conseguiram alcançar dois dígitos na pesquisa IBOPE e este resultado trouxe um grande mal estar em suas bases, sobretudo naquelas que alimentaram a expectativa de que o apoio declarado do governador Simão Jatene seria positivo e elevaria automaticamente a campanha do seu sucessor, mas tal como já havia alertado, não foi isso que vimos nesta aferição.

Há quem diga que o potencial de Márcio Miranda e Sidney Rosa esbarra na indefinição macro-estratégica de ambos, observada em suas conversas pelos bastidores, onde transparece o interesse de juntarem-se com o objetivo de comporem uma chapa competitiva, assim como Zequinha Marinho (PSC) tem se movimentado nesse mesmo sentido, mas os três ainda não bateram martelo sobre quem apoia quem e nem que cargo ou se realmente disputarão o governo ou as vagas para o senado. 

Não obstante, a indefinição se o governador Simão Jatene deixará o cargo para disputar as eleições e se Zequinha Marinho, seu vice, assumirá o governo por 8 meses, neutraliza e cria uma sinuca de bico na movimentação de todos os demais players deste jogo eleitoral.

Ao mesmo tempo em que dialogam entre si e com lideranças políticas e empresarias, estes pré-candidatos esquecem de startar e aquecer suas estratégias de marketing eleitoral e de se lançarem ao corpo-a-corpo com a população, o que Helder faz praticamente todas as semanas, entregando cheques para prefeituras, ou visitando canteiros de obras federais, das mais diferentes áreas. Além disso, o PMDB faz uso de suas lideranças e dos meios de comunicação da família Barbalho para queimar seus adversários, como já iniciaram a fazer com Márcio Miranda, que não esbouçou qualquer reação, nem de ataque ou de defesa de seu nome, exposto em denúncias feitas em programas de rádio, tv e no jornal da família de Helder Barbalho.

Longe dessas cotoveladas masculinas, a única mulher que se desponta na disputa pelo governo é a jornalista Úrsula Vidal (REDE) que tem se mantido como uma promissora alternativa no cenário eleitoral, mas suas limitações esbarram na barreira metropolitana, onde ela não consegue ultrapassar para penetrar o interior do Estado, a não ser através de sua boa perfomance midiática, explorada sobretudo pelas redes sociais.

Os demais nomes do PSDB, leia-se Adnan Demachki, Manoel Pioneiro e Zenaldo Coutinho continuam de molho na gaveta do palácio dos despachos, onde os altos índices de rejeição os tornam pesados demais para reverterem o desgaste da gestão tucana junto à população, mas embora não assumam publicamente, ainda não descartaram apresentar seus nomes na convenção partidária e assim terem a possibilidade de exercitarem a pseudo-democracia interna do partido, onde teriam que travar uma queda de braço com o governador Simão Jatene, que fez questão de adiantar seu candidato favorito à sua sucessão, antes do mesmo se declarar para tal pleito. 

Ou seja, Márcio Miranda pode estar colhendo a alta rejeição de Simão Jatene e o fogo-amigo do PSDB, além de não poder contar com a passividade do seu principal adversário, que segundo as últimas pesquisas, está acima dos 30% e se aproxima dos 40% e não deixa de fazer campanha um só dia, embora haja especulações de que ele ainda pode ser candidato a outro cargo, que não o de governador. Mesmo assim, Helder lidera as intenções de voto para o cargo de governado, tanto para o primeiro, quanto para o segundo turno.

Ah, quase esqueço de falar sobre as expectativas que muitos ainda nutrem de que a operação Lava Jato seja reanimada e venha atingir nomes de paraenses e realmente assim o sonho de que haverão mudanças significativas no processo de moralização política, tão em voga nos discursos da classe política, finalmente realize-se.

Como dizia o samba de enredo da Mocidade Independente de Padre Miguel (RJ), no memorável carnaval carioca de 1992: Sonhar Não Custa Nada!

terça-feira, janeiro 23, 2018

Lula errou e deve ser condenado a pagar o que deve ao povo brasileiro



Por Diógenes Brandão*

Passam os anos e a história se repete: Nesse país os poderosos nunca pagam pelos seus crimes.

Afinal de contas, Fernando Henrique Cardoso que aprovou a lei da reeleição e por isso foi presidente por oito (08), privatizou o que bem entendeu e impediu a abertura de dezenas de CPIs que  poderia ter investigado o seu governo, que deixou o país de joelhos ao FMI e ao Banco Mundial, com desemprego e juros de 45%, mesmo assim quando deixou a presidência pôde comprar um apartamento de luxo em Paris. Da mesma forma que Joaquim Barbosa depois de julgar e condenar diversos políticos no "Mensalão", abriu empresas offshore em paraíso fiscal, para comprar um apartamento em Miami, livrando-se assim de pagar os impostos que qualquer cidadão comum pagaria ao realizar tal compra.

Mas isso jamais os fez serem investigados e nem há algum brasileiro sóbrio que imagine que isso seja possível acontecer. Por que? São deuses? Ou gozam de imunidade por não serem petistas ou aliados de Lula?  

E a riqueza e impunidade dos juízes? E as outras lideranças políticas, como José Serra, Aécio Neves e Geraldo Alckmin, o que os torna acima da lei e nenhuma investigação de diversas denúncias vai em frente? Isso só para citar aqueles com quem Lula disputou as eleições presidenciais. Até Fernando Collor, que após o impeachment que sofreu - hoje ostenta mansões e carros de luxo - jamais foi condenado por seu vasto patrimônio e pela riqueza que acumulou e tem dito que será candidato novamente

Mas ele, o nordestino que chegou a São Paulo em um pau de arara e tornou-se operário e lá perdeu um dedo de uma mão - em uma fábrica de automóveis onde trabalhava no ABC paulista - não gostava de política, mas logo tornou-se líder sindical, não pode. 


Depois de disputar e perder 03 eleições, tornou-se presidente do Brasil em 2002 e foi reeleito em 2006, batendo recorde histórico de popularidade durante seu mandato. Mesmo com sua vida revirada de cabeça pra baixo, a verdade é que nunca encontraram provas materiais de que seja dele qualquer propriedade ou recurso adquirido de forma ilegal.   

Mas Lula errou. E pelos erros de Lula, eu também o condeno. 

Condeno-o principalmente por não ter feito o que deveria enquanto pode e agora promete fazer caso seja reeleito pela 3º vez: Regular a mídia brasileira.


José Sarney, Jader Barbalho, ACM e tantos outros políticos se tornaram poderosos ao se apropriarem de concessões de rádios e TVs e desde então, nunca mais suas famílias deixaram o poder. Com isso, políticos se tornaram empresários e empresários se tornaram políticos, num ciclo que nos escraviza e mantém a corrupção viva, ascendente e no controle inclusive do poder legislativo, executivo e judiciário.    

Por nunca ter feito questão de enfrentar essa chaga, em seus 08 anos enquanto presidente do Brasil, Lula errou e precisa pagar pelo seu erro! Para tal, se disputar as próximas eleições e for eleito, precisa pagar sua dívida para com o povo brasileiro.  

E antes que algum acéfalo venha dizer que a regulação da mídia é para cercear a liberdade de imprensa, ou implantar uma ditadura socialista, saibam que países capitalistas como os EUA, França e Inglaterra regulamentaram os seus meios de comunicação e colocaram ordem na casa, onde alguns empresários fazia o que bem entendiam, em nome da tal liberdade de empresas e não de imprensa. 

O link acima leva ao site da BBC Brasil, filiada à BBC de Londres, TV estatal Inglesa, berço do capitalismo mundial.

*Diógenes Brandão é redator publicitário e membro da Comissão Organizadora do Encontro Nacional de Blogueiros e Ativistas Digitais.

segunda-feira, janeiro 08, 2018

Ex-querda goza com artigo da FSP que a Rede Brasil Atual publicou ainda em 2016


"Palavras verdadeiras podem não ser agradáveis" - provérbio chinês

Sim! Estamos cada vez pior. A ex-querda reproduz feliz, em tom de crítica, mas gerando audiência para o PiG, artigo sobre o enriquecimento da família Bolsonaro publicado hoje, 07/01/2018, pela FSP, quando o mesmo assunto já havia sido tratado em 30 de março de 2016 nas páginas da Rede Brasil Atual.  

Não me recordo de ter sido assunto nas redes digitais estrangeiras.  

Aqui está o link do artigo publicado por Helena Sthephanowitz em seu blog na Rede Brasil Atual. 


Mas, para variar, a ex-querda só se excita com as publicações do PiG e com as das redes digitais estrangeiras.  

Nada que seja nacional, soberano ou alternativo, que sobreviva dos esforços e do trabalho dos brasileiros, recebe atenção da ex-querda e dos tais ativistas digitais pós tudo de nada. Ao contrário, são violentamente boicotados por estes em nome de uma pós-modernidade e de um certo internacionalismo sem classe.  

Por que será?  

Soros explica?  

Ford Explica?  

O que está acontecendo?  

Por que nos deixamos enganar?  

O que diferencia essa parte da esquerda (que acredita em falsos esquerdistas) de certos cristãos que acreditam em falsos pregadores, em falsos profetas.  

Pense! Reflita!  

E divirta-se com o artigo da Sthephanowitz abaixo, caso esteja com preguiça de acessar o site da Rede Brasil Atual, onde o artigo foi publicado originalmente.

TELHADO DE VIDRO  

Bolsonaro e o milagre da multiplicação do patrimônio 

Deputado compra duas mansões de frente para o mar em área nobre do Rio com "descontos" graciosos sobre o valor de mercado. E declara patrimônio incompatível com sua renda.

Jair Bolsonaro, deputado em sexto mandato consecutivo, mostra declaração de bens que levanta dúvidas. Foto: Gilmar Félix.




Você conseguiria comprar uma casa que custa, a preço de mercado, alguns milhões por "apenas" R$ 400 mil? 

O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) conseguiu esse, digamos, milagre. E recebeu a graça na compra não só de uma, mas de duas mansões. Em termos terrenos, com um abatimento de pelo menos 75% nos preços dos imóveis, foram verdadeiros negócios da China.  

Para entender o caso: Jair Bolsonaro – que está em seu sexto mandato consecutivo como deputado federal – declarou à Justiça Eleitoral possuir, no ano de 2010, bens que totalizavam o valor de R$ 826.670,46. Naquele ano, os dois imóveis não constavam da declaração de patrimônio.  

Quatro anos depois, nas eleições de 2014, o patrimônio declarado pulou para R$ 2.074.692,43. Façamos as contas: a variação patrimonial é maior do que a soma dos salários líquidos que ele recebeu como deputado. Significa que, mesmo se Bolsonaro não tivesse gasto um único centavo de seus salários nos quatro anos de mandato entre 2010 e 2014, ainda assim o montante acumulado não lhe permitiria chegar ao patrimônio de mais de R$ 2 milhões. A conta não fecha.

E como ele não declara, entre seus bens, ser proprietário ou sócio de nenhuma empresa, é inevitável perguntar: qual é a fonte de renda de Bolsonaro para cobrir tamanha variação patrimonial?  

Mas a estranheza sobre o patrimônio não para por aí. Jair Bolsonaro continua, segundo ele mesmo declara, com todos os imóveis que tinha em 2010 e aparece em 2014 com duas mansões na Avenida Lúcio Costa, de frente para o mar da Barra da Tijuca, reduto carioca da classe média alta e de parte de sua elite.  

Os valores atribuído aos imóveis são piada e escárnio: o valor de compra declarado de uma das propriedades é de R$ 400 mil e a outra, de R$ 500 mil. Uma simples consulta a qualquer imobiliária da capital fluminense, ou às sessões de classificados dos jornais e sites do Rio, mostra que as mansões foram declaradas com valores muito abaixo dos praticados no mercado. Ninguém conseguiria comprar um imóvel como os de Bolsonaro, naquela localização, por esses preços entre 2010 e 2014 – período em o país chegou a viver uma "bolha imobiliária", com os preços dos imóveis dispararam.

Bolsonaro oculta o endereço completo na declaração de bens apresentada à Justiça Eleitoral, mas descobrimos que o deputado tem endereços em seu nome no Condomínio fechado Vivendas da Barra, na referida avenida. Em anúncios classificados, o menor valor que encontramos para casas à venda naquele condomínio foi de R$ 1,65 milhões. Mais de 4 vezes o valor menor declarado por Bolsonaro.  

Em época de alguns políticos terem de explicar até o que não têm e nunca compraram, o que o deputado Jair Bolsonaro, useiro e vezeiro em atirar pedras nos telhados alheios, tem a dizer a seus seguidores sobre seus telhados de vidro?

quinta-feira, novembro 16, 2017

Juiz que pediu a condenação de Helder Barbalho, absolveu Simão Jatene pela mesma prática: Uso da mídia para influenciar os eleitores

TRE-PA julgou improcedentes as duas denúncia contra Helder, uma apresentada pela coligação "Juntos pelo Pará", vencedora das eleições de 2014 e a outra pelo Ministério Público Eleitoral.

Por Diógenes Brandão 

Com o voto do ex-prefeito de Capanema, Alexandre Buchacra (ex-PT) e mais quatro (04) juízes do TRE-PA, o ministro Helder Barbalho foi absolvido junto com o candidato a vice-governador na época, o ex-deputado Joaquim Lira Maia. 

A ação ajuizada pelo Ministério Público Federal por meio da procuradora regional eleitoral substituta, Maria Clara Barros Noleto, foi julgada nesta quinta-feira (16), em Belém. A outra foi movida pela coligação "Juntos pelo Pará", comandada pelo PSDB.

Além do juiz Alexandre Buchacra, acompanharam o voto divergente de Altemar da Silva Paes, os juizes Amilcar Roberto Bezerra Guimarães, Arthur Chaves e Luzimara Moura. Todos julgaram As Ações de Investigação Judicial Eleitoral - AIJES 317955 e 250310, como improcedentes.

O único voto pela condenação de Helder foi do relator do processo, o desembargador Roberto Gonçalves de Moura que deu seu parecer favorável à acusação de que, enquanto candidato, o ministro abusou do poder econômico e fez uso indevido de meios de comunicação de sua família - Rádios, TV e jornal - nas eleições de 2014, quando concorreu ao cargo de governador do Estado. A denúncia partiu da coligação "Juntos pelo Pará", encabeçada pelo governador Simão Jatene reeleito no segundo turno daquele pleito.

O advogado de defesa de Helder Barbalho informou que à época todas as matérias veiculadas foram submetidas ao TRE, que analisou o material e não impediu o registro da candidatura, o que permitiu que o candidato pudesse concorrer ao pleito.

Cabe lembrar que em outra Ação, o mesmo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) cassou o mandato do governador do Pará, Simão Jatene (PSDB), e do seu vice, Zequinha Marinho (PSC). Por 4 votos a 2, os membros do Pleno do TRE confirmaram que Jatene fez uso indevido de poder político e econômico, no programa habitacional Cheque Moradia, para ser reeleito nas eleições estaduais de 2014.

Um advogado presente no julgamento de hoje, informou ao blog que o mesmo relator que hoje pediu pela condenação do candidato Helder Barbalho, há quatro meses absolveu Simão Jatene pelos mesmos motivos: Abuso de poder econômico através do uso de veículos de imprensa.

Um dos juízes que participou do julgamento da Ação, chegou a defender em seu discurso o ditado popular: "Pau que dá em Francisco, dá em Chico".

O advogado lembrou que no dia 27 de julho deste ano, o TRE-PA julgou a AIJE nº 317093, onde o relator também foi o desembargador Roberto Gonçalves de Moura. Nos autos, o requerente era a coligação "Todos pelo Pará", representada na candidatura de Helder Barbalho, contra Simão Jatene, o empresário e então diretor do sistema ORM (Rádios, TV e Jornais) Ronaldo Maiorana, o jornalista Ronaldo Brasiliense, o empresário e diretor do sistema Marajoara, Carlos Santos e os radialistas Silvinho Santos e Nonato Pereira. Segundo a denúncia, os citados acima eram responsáveis pela veiculação de mensagens difamatórias, caluniosas ou injuriosas contra o candidato Helder Barbalho e sempre favoráveis ao candidato Simão Jatene.

Cabe lembrar que nesse caso, o desembargador Roberto Gonçalves de Moura, que também foi o relator do processo contra Simão Jatene e os veículos e profissionais de imprensa acima descritos, entendeu que "os próprios demandantes (Helder e Lira Maia) tinham a seu dispor um conglomerado midiático utilizado para ataques a adversários e divulgação de feitos próprios e que portanto não houve desequilíbrio substancial algum e, portanto, o ilícito "abuso ou uso indevido dos meios de comunicação" não se conforma". 

Ou seja, o desembargador que hoje relatou a Ação de Investigação Judicial Eleitoral procedente contra Helder Barbalho, dizendo que houve prática ilícita no uso de mídias a seu favor, há quatro meses atrás julgou a Ação similar contra Simão Jatene, como improcedente. A alegação para tal mudança de entendimento, não convenceram os demais juízes do TRE-PA, que votaram contra o contraditório relator.

A impressão que fica é que Jatene pode usar os veículos das ORMs (Maioranas) e do Sistema Maroajara (Carlos Santos), assim como Helder também pode usar os veículos da RBA (Barbalho).

E quem não tem empresa de rádio, jornal e TV, como fica?

Onde está o princípio da igualdade de condições, tão exaltado pela justiça eleitoral e todos os códigos processuais eleitorais em vigor no país?

Outra pergunta que fica no ar é se depois da decisão de hoje, nas eleições de 2018, os veículos de comunicação e seus respectivos profissionais poderão livremente fazer suas campanhas eleitorais antecipadas a favor e contra os candidatos dos dois principais partidos do Pará: O PSDB e o PMDB.

Pelo que o TRE-PA deixou a entender em seu despacho é que fica mantida a máxima: "Não te mete em política sem dinheiro". E, principalmente, sem amigos na grande mídia.

terça-feira, outubro 10, 2017

Liberal perderá a Globo?

Beirando a falência e cheia de conflitos familiares, os herdeiros disputam controle acionário das ORMs e crise pode acabar em venda das empresas para outro grupo de comunicação.

Por Lúcio Flávio Pinto

O futuro do grupo Liberal dependerá da renovação da afiliação à Rede Globo. O contrato da TV Liberal com a Globo terminará no dia 30 de novembro. Em outras ocasiões, a renovação foi automática. Será assim de novo?  

Há dúvidas. A Globo pode se satisfazer com o afastamento de Romulo Maiorana Júnior, que era o desejo dos irmãos Marinho. Eles não gostavam pessoalmente de “Rominho”, que consideravam arrogante, nem da sua gestão na TV e em todo grupo de comunicação, classificada de incompetente. Por isso, depois de terem assumido a redação da emissora, praticamente a submeteram a uma intervenção branca, controlando também as suas finanças.  

A Globo pode ter influído sobre os cinco irmãos para destituir Romulo Jr. da presidência executiva das duas empresas: a Delta Publicidade, que edita os jornais, e a TV Liberal, que era limitada e agora se transformou em sociedade anônima, totalmente desvinculada do jornal e submetida a uma auditagem completa nas suas contas.  

Mas pode ser que a Globo tenha ajudado nessa modificação, oficializada na assembleia geral extraordinária do dia 30, para saneá-la e vendê-la a um grupo de maior confiança e competência. Haveria dois interessados: um de Minas Gerais (que deverá ficar com o grupo de comunicação da família Sarney no Maranhão, também afiliado da Globo) e outro do Amazonas, de Phelipe Daou, da Rede Amazônica de Televisão.  

De todas as Organizações Romulo Maiorana, a única que dá lucros é a televisão. Sua receita cobre os prejuízos dos demais, especialmente do jornal, que caminhava para a falência sob o controle absoluto de Romulo Maiorana Jr. Se perder a concessão da Globo ou se vir obrigada a vendê-la, a família Maiorana talvez se veja obrigada a também passar em frente os dois jornais, O Liberal e Amazônia. E talvez todos os seus negócios.

terça-feira, junho 13, 2017

TRF suspende concessão de rádio de propriedade do senador Jader Barbalho

No lugar do senador Jader Barbalho figura o nome de uma sobrinha, Giovana Barbalho, como acionista da rádio Clube do Pará.

A concessão da Rádio Clube do Pará, de propriedade do senador Jader Barbalho, foi suspensa pelo Tribunal Regional Federal da Primeira Região, em Brasília.   

A rádio deve ficar fora do ar durante o andamento do processo que contesta as concessões de rádio e televisão feitas a políticos que possuem mandato eleitoral. Este tipo de concessão é vedada pela Constituição Federal.   

A decisão atende ao pedido do Ministério Público Federal e muda a sentença de primeira instância, que havia negado a suspensão no ano passado.   

A defesa do senador alegou que o nome de Jader Barbalho não consta mais no quadro de acionistas da rádio. Mas o desembargador Souza Prudente ressaltou que a manutenção de outros membros da família no controle societário indica possível manobra para ocultar o nome dos reais controladores. No lugar do senador figura o nome de uma sobrinha, Giovana Barbalho.  

Jader Barbalho ainda não se manifestou sobre o caso, mas em nota, a direção da Rádio Clube do Pará ressaltou que não existe previsão legal explícita na Constituição sobre o fato de parlamentares serem proprietários de emissoras.   

Disse ainda que a rádio não possui, há algum tempo, parlamentares em seu quadro societário e que acredita que a Justiça vai reverter a decisão o mais breve possível.

O MPF no Pará ajuizou ao todo cinco ações para cancelar as concessões de radiodifusão que têm como sócios detentores de mandatos eleitorais no Pará e no Amapá.

Foram pedidos o cancelamento das concessões de radiodifusão ligadas aos políticos, a condenação da União para que faça nova licitação para tais concessões e a proibição de que eles recebam qualquer outorga futura para explorar serviços de radiodifusão.

sábado, abril 15, 2017

Emilio Odebrecht: "A imprensa sabe de tudo isso há 30 anos. Por que agora?"



Por Diógenes Brandão

Ao prestar depoimento em dezembro do ano passado a procuradores da Operação Lava Jato, o empresário Emilio Odebrecht foi questionado pelos investigadores sobre o sistema de relações da empreiteira com o poder público. Ele, então, respondeu:

"O que nós temos no Brasil, não é um negócio de cinco anos, dez anos atrás. Nós estamos falando de 30 anos atrás. [...] Então, tudo que está acontecendo era um negócio institucionalizado. Era uma coisa normal." 

Emilio Odebrecht é o dono do grupo Odebrecht e deu essa declaração durante depoimento de delação premiada. Ao ser questionado por procuradores a respeito das relações da empreiteira com o poder público e a imprensa, disse: "O que me entristece é que a imprensa sabe de tudo isso há 30 anos, há 30 anos, e nunca disse nada (...). Vocês, procuradores jovens, estão fazendo seu trabalho, mas os procuradores da geração anterior sempre souberam de tudo e nunca fizeram nada. Por que? Nada disso é novidade. Por que antes nada? Por que agora?", indagou.

Ao noticiar o depoimento bombástico, a imprensa brasileira editou o vídeo e só publicou a parte em o empresário fala dos políticos.

Assista:



segunda-feira, fevereiro 13, 2017

IMPRENSA BRASILEIRA DENUNCIA CENSURA NO CASO DE MARCELA TEMER


Juliana Gonçalves, no Intercept Brasil

A semana começa com um grave ataque à liberdade de imprensa no Brasil. A pedido do Palácio do Planalto, a Justiça Brasileira ordenou que os jornais Folha de São Paulo e O Globo retirassem do ar as matérias que mencionam a tentativa de extorsão sofrida pela primeira-dama Marcela Temer. O advogado Gustavo do Vale Rocha – que também é subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil da Presidência da República – argumentou que a divulgação do material seria uma conduta “criminosa e atentatória de direitos fundamentais”, e que os veículos de imprensa teriam ignorado tal aspecto, “apenas para aumentar o número de acesso a seus sites e venda de suas edições impressas”.

Entidades que representam a imprensa brasileira lançaram notas de repúdio à censura. A Associação Brasileira de Jornalismo investigativo (Abraji) diz reivindicar a anulação da absurda decisão da 21ª Vara Cível de Brasília. Impedir repórteres de publicar reportagens é prejudicial não apenas ao direito à informação, como também ao papel do jornalista de fiscalizar o poder público.

A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT), a Associação Nacional de Editores de Revistas (ANER) e a Associação Nacional de Jornais (ANJ) também repudiaram o caso como censura prévia. As entidades consideram “a decisão judicial um cerceamento à liberdade de imprensa e esperam que a sentença seja revista ou reformada imediatamente, garantindo aos veículos de comunicação o direito constitucional de levar à população informações de interesse público”.

Um dos objetivos da criação do The Intercept era defender e apoiar a liberdade de imprensa em todo o mundo, e, por isso, publicou os materiais censurados para que possam ser analisados pelo público.

A Folha recorreu da decisão, que qualifica como “inaceitável”. Taís Gasparian, advogada do jornal, entrou com um agravo de instrumento destinado ao presidente do Tribunal de Justiça do Distrito Federal. O texto lembra que “as informações do episódio do hackeamento já são há muito conhecidas”.

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...