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sexta-feira, janeiro 03, 2020

Helder mente ao dizer que foi escolhido por toda a população paraense



Por Diógenes Brandão

O blog reinicia suas atividades trazendo um vídeo para avaliação dos nossos leitores e demais internautas, que muitas vezes são levados ao erro ou à manipulação, sobretudo com números e talvez passem batidos em falsas informações divulgadas pela classe política.

O vídeo em questão é o mais recente publicado nas redes sociais do governador Helder Barbalho, nesta quinta-feira, 2, e mescla imagens de algumas regiões do Pará, com um trecho do discurso feito por ele, na manhã da última segunda-feira, 30, quando ele esteve na entrega da revitalização do Memorial da Cabanagem, em Belém, antes de viajar - já que está de licença por duas semanas, pois deixou o cargo na mão do vice para curtir as férias em algum país, onde poucos mortais tem o privilégio de pisar, diga-se de passagem. 

Sendo o governante de um estado que atualmente é o 5º com mais pobres no país, com quase 3 milhões e 800 mil paraenses vivendo abaixo da linha da pobreza, cuja renda por pessoa é inferior a 5,5 dólares, Helder Barbalho sabe que todo esse contingente de miseráveis corresponde a 44,3% da população paraense, mas quem disse que estaria sempre presente, resolveu tirar férias no exterior.

No discurso, sobre a cripta onde estavam os restos mortais de líderes da cabanagem, Helder teve a petulância de afirmar: "Nós fomos escolhidos para servir a esse estado. E seguramente ser escolhido por 8 milhões e meio de pessoas, que entregam a nós o futuro da coletividade dessa região e desse estado deve ser motivo de orgulho para todos nós.."

Assista:


Ao ouvir tal afirmação, conclui que ou a assessoria de Helder Barbalho tem falhado na tarefa de mantê-lo em sintonia com a realidade, ou ele anda enganando a si e a todos que tem acesso aos vídeos e demais conteúdos que são divulgados em suas redes sociais. 

Não posso concluir outra coisa que não seja isso, pois dizer que foi escolhido por 8 milhões e meio de paraenses beira a insanidade ou sofre da mitomania, que é a doença da mentira compulsiva, já que apenas 3.731.364 (três milhões, setecentos e trinta e um mil e trezentos e sessenta e quatro) eleitores tiveram seus votos válidos nas eleições de 2018, quando ele foi eleito e destes, exatos 2.068.319 (dois milhões e sessenta e oito mil e trezentos e dezenove) eleitores votaram nele. Os demais 1.663.045 (um milhão, seiscentos e sessenta e três mil e quarenta e cinco votos foram para o seu adversário, Márcio Miranda, sendo que 81.232 eleitores votaram em branco e 404.458 eleitores foram às urnas e anularam os seu votos.

A população do estado, segundo o IBGE, é de 8,5 milhões pessoas, mas apenas 5.497.589 (cinco milhões, quatrocentos e noventa e sete mil, quinhentos e oitenta e nove eleitores estavam aptos a votar. Destes, 1.280.584 (um milhão, duzentos e oitenta mil e quinhentos) paraenses se abstiveram do voto. Ou seja, nem que todos estes quase cinco milhões e meio de eleitores que foram às urnas votar, tivessem votado só em Helder Barbalho, ele não poderia se vangloriar de ter sido escolhido por 8,5 milhões de paraenses, como afirmou no vídeo. 

É como se todas as pessoas, sejam elas: crianças recém nascidas, idosos, pacientes em estado terminal, presos, os que votam em branco, os que anulam seu voto e toda a massa de pessoas que nem sequer saíram de casa para votar, fossem agora usadas pelo discurso falacioso de que escolheram Helder Barbalho como governador. 

Assim como fez ao dizer que havia pagado o Piso da Educação, dando um reajuste de apenas 2,17%, depois de retirar 3%, em forma de aumento da alíquota previdenciária, que descontará diretamente do salário dos servidores públicos do Pará, Helder tentou novamente vender mais um mentira para o povo paraense, dizendo que recebeu a confiança de toda a população, inclusive a imensa maioria que não votou nele. 

Mas como estamos aqui para revelar a verdade dos fatos e prová-la com números e informações oficiais, essa potoca não colou.

Fontes dos dados e informações utilizadas nesta matéria: 

AmazonLive - Governador do Pará é desmentido sobre Piso da Educação: https://www.amazonlive.com.br/governador-do-para-e-desmentido-sobre-piso-da-educacao/

Blog do Zé Dudu - Pará é 5º mais empobrecido do Brasil e amplia miséria: https://www.zedudu.com.br/para-e-5o-mais-empobrecido-do-brasil-e-amplia-miseria/

Fanpage de Helder Barbalho - https://www.facebook.com/HelderBarbalho/



sexta-feira, outubro 25, 2019

O pacote de maldades de Helder Barbalho contra os servidores públicos do Pará

Helder baixa decreto de austeridade fiscal para os servidores públicos, mas mantém regalias e aumenta verbas para si, os seus aliados e as empresas da sua família.


Por Diógenes Brandão

Nos 13 anos em que este blog pratica o jornalismo, na sua mais árdua tarefa de informar a sociedade sobre o que se passa no campo político, envolvendo notícias que quase nunca são divulgadas sobre partidos, gestores, parlamentares e demais elementos deste metiê, chegamos em 2019 como um dos mais acessados no Pará, sobretudo na região metropolitana, com nome e sobrenome e sem nunca ter tido sequer uma condenação em processos judiciais, apesar de contrariar interesses políticos de muitos poderosos que usam deste instrumento legal para tentar silenciar aqueles que ousam denunciá-los ou revelar seus esquemas e negociatas.  

Ao apontar erros e mentiras dos governos estadual e federal e também das prefeituras de todo o Pará - até porque para falar bem, eles têm a área do marketing e da propaganda, muito bem estruturada com verba pública - cumprimos nosso papel de contribuir com o controle social e de fiscalização garantido pela Constituição Federal.

É notório que tanto o presidente, quanto governadores e todos os prefeitos, estão sujeitos à fiscalização da imprensa, que é uma tribuna livre da população, afinal, jornalismo é oposição, todo o resto é armazém de secos e molhados, como disse o grande Millôr Fernandes.


Tendo como ponto de partida que nosso compromisso é com a verdade dos fatos, praticando jornalismo investigativo, muitas vezes somos acusados de servir a alguém, de ser pago para revelar esquemas, ou cobrar promessas feitas em campanhas eleitorais, já que para revelar algo, prejulga-se que existem sempre uma oposição interessada nos efeitos da divulgação do que estava oculto.

É óbvio que esse tipo de acusação se escora em exemplos de maus profissionais da comunicação, empresários sem escrúpulos, jornalistas sem caráter e independência ç, entre outros que se aventuram em atividades espúrias neste segmento.

Mas temos nesses anos os depoimentos e comentários de milhares de leitores e colaboradores deste blog, que nos dão a plena convicção de que adotamos o compromisso com a transparência dos atos de governos e seus asseclas, respaldados pelo interesse popular e estamos respaldados por leis vigentes no país, pois as revelações da imprensa livre vem colocando muitos corruptos na cadeia, ainda que não seja suficiente atingir apenas a classe política, já que, por exemplo, corruptos que habitam o poder judiciário dificilmente tem o mesmo julgamento e condenação que os têm os políticos e empresários que se locupletam no poder.

Diferente da maioria dos veículos de comunicação em nosso estado, que mantêm suas pesadas estruturas funcionando, gerando lucros e vida luxuosa e confortável aos seus proprietários, obviamente dificilmente noticiam esses erros e falácias dos governantes, fechando um ciclo perigoso de erros e acobertamentos, por conta dos gordos contratos de publicidade com o governo.

Onde está a crítica jornalística séria e apimentada, que um dia caracterizou o jornalismo paraense? Poucos são aqueles jornalistas que são vistos exercendo sua missão profissional desde Janeiro.

Recentemente, desmascaramos uma farsa em forma de promessa do governador Helder Barbalho, que no começo de seu governo jurava que estava 2.500 assessores para gerar uma economia de 52 milhões de reais e provamos que tudo não passou de um jogo de cena de início de governo, em busca de vender a imagem de que faria um governo de austeridade. 

Pura mentira! Dois meses depois ele já havia recontratado mais de 4.000 novos temporários, sem contar com os que entram na máquina pública através dos PSSs, ao invés dos concursos públicos. Para poder afirmar isso, este blog em parceira com dois jornalistas realiza um exaustivo levantamento destas nomeações através do monitoramento do Diário Oficial do Estado.

Hoje vamos analisar mais um desses espetáculos de marketing que o governador Helder Barbalho protagoniza. 

Ele baixou o decreto 367 em 23 de outubro, quarta-feira passada, publicado no dia 24, no Diário Oficial do Estado. Com toda pompa e sisudez aparente, ele diz que serão adotadas medidas de austeridade para o “reequilíbrio fiscal e financeiro no âmbito dos órgãos e entidades da administração” estadual.

Entre essas medidas, diz que estarão suspensos novos contratos, obras, concursos públicos, locação de veículos, contratação de buffet. 

Quem está habituado a ler nas entrelinhas as leis brasileiras, entende rapidamente o que é que realmente está por trás desta iniciativa, ou melhor, escondido no meio. 

O verdadeiro objetivo são medidas de arrocho contra o funcionalismo, que ele não teria coragem de editar com esta única finalidade. Na tentativa de evitar que os servidores se rebelem, ele embute este arrocho num decreto aparentemente austero.

Hoje em dia não cola mais aquele discurso de que a remuneração do funcionalismo é um ônus pesado demais para o governo. A sociedade sabe que a verdadeira força de qualquer gestão governamental são as pessoas que carregam nas costas os deveres constitucionais que o Estado precisa cumprir.

Isso sem falar que Helder Barbalho já deu diversas declarações de que é favorável e até pediu em carta assinada com outros governadores, que o presidente Jair Bolsonaro incluísse os servidores públicos estaduais e municipais na proposta de Reforma da Previdência enviada para o Congresso pelo governo federal.

Logo ele que nunca teve a carteira de trabalho assinada. Nunca teve outra profissão a não ser a de político, eleito com a ajuda de seu pai e com muito dinheiro das empresas da sua família, construídas com o tráfico de influência e dinheiro sabe-se lá de onde, haja visto que o patrimônio dos Barbalho é incompatível com os salários que a família ganha nos cargos públicos que se repetem por cinco décadas no poder.

Vejamos o que diz o terceiro item do artigo 2o. do Decreto 367, sobre as práticas suspensas pelo governador:

III - a contratação de serviços de bufê, locação de espaço, iluminação, sonorização, equipamentos de palcos e palanques e demais despesas afins.

Ou seja, eventos de natureza esportiva e cultural não podem ter palanques e palcos, mas o governador pode, demonstrando que para o atual governo é muito mais importante marketing governamental do que a cultura popular paraense.

Logo em seguida, os itens IV e V e o artigo 4o. revelam o verdadeiro foco do governador, no seu rol de proibições:

IV - a concessão de horas extras aos servidores públicos estaduais (...)

V - a reestruturação ou qualquer revisão dos planos de cargos e empregos  públicos e salários dos servidores (...)

Art. 4º A licença para tratar de interesse particular somente poderá ser autorizada em situações que não gerem a necessidade de substituição do servidor (...)

Não dá pra acreditar que justamente este governo vai suspender contratos, licitações, obras, locações, porém é óbvio que no que se refere ao arrocho contra servidores, vai rolar.

E assim, entre uma pirotecnia e outra, o Pará vai se distraindo e esquecendo de cobrar resultados dos seus governantes, contentando-se com o que lê e ouve na grande mídia.

Como disse Chico Buarque: "Dormia, a nossa pátria-mãe tão distraída, sem perceber que era subtraída em tenebrosas transações".

sexta-feira, julho 05, 2019

Caminhoneiro desafia Helder Barbalho: "Seja homem em suas palavras!"

PROPAGANDA ENGANOSA


Governador Helder Barbalho pousa para foto em cima da ponte do Rio Moju e olha o embarque de caminhões em uma balsa, como alternativa para desafogar a travessia e possibilitar o uso da estrada da Alça Viária. Foto: Maycon Nunes/Ag. Pará.


Por Diógenes Brandão

Na última quarta-feira de Junho, dia 29, o governador do Estado do Pará, Helder Barbalho esteve na Alça Viária, onde foi formado um canteiro de obras, orçado em mais de R$ 127 milhões de reais, para anunciar o início da oferta do serviço gratuito de travessia de caminhões por balsas, na área onde está sendo construída a nova ponte Rio Moju, que foi derrubada no dia 6 de abril, após ser atingida por uma balsa, causando desde então enormes prejuízos, atrasos e aborrecimento para quem precisa atravessar o rio que liga a Região Metropolitana de Belém ao nordeste do estado.

Em vídeo publicado em suas redes sociais, Helder Barbalho falou sobre os benefícios que seriam trazidos com as obras em andamento e o novo serviço de balsas oferecido para aliviar os problemas causados pela derrubada da ponte. 

Assista: 



Com o título Caminhoneiros já podem contar com serviço de travessia por balsa na área da ponte Rio Moju, a matéria publicada no mesmo dia, no site da Agência Pará, veículo de comunicação oficial do governo do Pará, a população foi informada da seguinte notícia: 

Foto que ilustrou a matéria do governo Helder Barbalho, considerada propaganda enganosa por um caminhoneiro. Foto: Maycon Nunes/Ag. Pará.


Caminhoneiros que fazem o escoamento de produção no Estado já podem contar com o serviço de travessia por balsa na área onde está sendo construída a nova ponte Rio Moju, na Alça Viária. Os primeiros caminhões e carretas começaram a ser transportados às 9h deste sábado (29). Com duração de aproximadamente 25 minutos e funcionamento de 6h até às 18h, a travessia é uma alternativa gratuita oferecida pelo governo do Pará para diminuir a concentração de veículos nas áreas dos portos do Arapari e os disponibilizados na Avenida Bernardo Sayão, em Belém.


Acontece que nesta quarta-feira, 3, cinco dias após Helder anunciar a oferta do serviço das balsas aos caminhoneiros, um motorista de caminhão gravou um vídeo com seu celular e publicou no Whatsapp, colocando em xeque a informação divulgada pelo governo e mostrando a realidade de quem atravessa o rio Moju pelas balsas recentemente disponibilizadas.

Em seu relato, que dura pouco mais de um minuto e meio, o caminhoneiro aponta aquilo que chama de 'mentiras do governador Helder Barbalho'.

Assista:


sábado, janeiro 20, 2018

Folha revela a farsa da direita sobre a proibição ao cristianismo na Bolívia

 O presidente boliviano, Evo Morales, entrega presentes ao papa Francisco no Vaticano em 2016.


A evangelização é um crime —tão grave quanto exploração sexual, venda de órgãos, turismo pornográfico e mendicância forçada, todos passíveis de sete a 12 anos de prisão na Bolívia, segundo o novo Código Penal do país.  Essa é, ao menos, a interpretação que grupos católicos e evangélicos vêm dando ao artigo 88 do texto, que inclui no pacote de crimes que tratam do tráfico de pessoas o "recrutamento para a participação em conflitos armados ou organizações religiosas ou cultos".

A relação entre o presidente Evo Morales e denominações cristãs, que nunca foi das melhores, degringolou com a aprovação, em setembro, de uma lei que legaliza o aborto antes de oito semanas de gestação e quando a mãe é estudante ou tem dependentes.  

O caldo entornou de vez com o novo código, que entupiu ruas bolivianas com protestos de religiosos. O pastor paulista Antonio de Novais Santos participou de um deles na quarta-feira (17), na cidade de Cochabamba.  

Ele mantém por lá sua Iglesia La Vid (Igreja A Videira) e, com outras lideranças evangélicas, acusa Morales de querer impôr na marra um "regime comunista-marxista" na Bolívia.  

"A lei coloca a evangelização, fazer proselitismo, que é o que nós fazemos com o intuito de melhorar a vida da pessoa, no mesmo patamar de escravizar e traficar pessoas. Como pode?", exclama.  

Outro cisma: "Evo opta por ritos, feiticeiros incas em vez de chamar padres, pastores, de usar a Bíblia, para cerimônias oficiais", diz o pastor. Em 2016, o presidente irritou líderes cristãos ao participar de um ritual indígena aimará para invocar chuvas no combate à pior seca do país em 25 anos.  

Para Santos, não é o único indício de que o presidente busca conflito com a cristandade. Em 2010, o Legislativo aprovou uma lei que respaldava um currículo escolar regionalizado, podendo incorporar "componentes de espiritualidade e cosmovisão indígena", como definiu à época o ministro da Educação.  

No Censo de 2012, 58% se declaravam não indígenas, embora Morales diga que são bem menos —muitos temeriam o racismo e prefeririam esconder as raízes.  

BOKO HARAM  

Com os ânimos acirrados pela legislação penal sancionada em dezembro, inicia-se novo round entre governo e religiosos. Políticos alinhados a Morales apontam uma "guerra de mentiras" nas redes sociais. O artigo 88 serve, segundo o presidente do Senado, José Alberto Gonzales, de vacina contra um correlato latino ao Boko Haram, grupo fundamentalista da Nigéria.  

Porta-voz do MAS, partido governista, David Ramos Mamani acusa a "oposição de direita", servil a "interesses internacionais do imperialismo", de inventar "uma perseguição a igrejas". O que de fato se mira, afirma, são "o sequestro de fiéis ou conversões forçadas, e isso não é novo, já estava em leis anteriores".  

Papo furado, diz à reportagem Carlos Alarcón, advogado constitucionalista e ex-vice-ministro de Carlos Mesa (2003-05), que precedeu a atual Presidência. "É provável que a intenção real seja aniquilar todos os direitos e liberdades que impedem [Evo] de ter o controle total da sociedade boliviana, como as liberdades do pensamento, a consciência, a religião e a expressão."  

Para Iván Lima, ex-ministro do Tribunal Supremo de Justiça boliviano, as igrejas sabem, no fundo, que o código não ameaça a evangelização. "Nossa Constituição protege amplamente a liberdade religiosa. O artigo 88 não pode ser lido isoladamente", diz.  

O que esses religiosos realmente querem, ao pleitearem a revogação de todo o Código Penal, é não permitir o abrandamento da legislação sobre o aborto, afirma.  

O Brasil entrou na peleja via bancada evangélica da Câmara. Seu presidente, o deputado Hidekazu Takayama (PSC-PR), enviou ofícios à embaixada da Bolívia e ao Itamaraty questionando o código "que vem consternando a população cristã não só do país, mas de todo o hemisfério".  

O embaixador do país no Brasil, José Kinn Franco, lamentou, em resposta a Takayama, a ação daqueles que "usam a mentira como arma" e destacou que a maioria dos militantes do governista MAS "professa uma religião".  

IGREJA VS. EVO  

O arsenal de ilações, segundo o deputado Mamani, vem da "hierarquia eclesiástica boliviana, porta-voz da direita e com intenções políticas".  

Influente no clero local, a Opus Dei, movimento católico conservador, é uma das vozes mais críticas a Morales.  

A Igreja Católica ainda tem a preferência de três em cada quatro bolivianos, segundo o Pew Research Center (no Brasil, metade segue o Vaticano).  

O bispo Eugenio Scarpellini, da populosa El Alto, tachou de "hipócrita" a visita do presidente ao papa Francisco pouco após a aprovação do Código Penal. "Que ironia é isso ocorrer no dia em que o presidente está com o papa".  Morales não se fez de rogado. No mesmo dia, postou no Twitter: "Meu irmão Francisco, como sempre solidário, humano e integracionista". 

terça-feira, janeiro 09, 2018

Cai mais uma mentira da Lava Jato contra Lula. Falsa delação foi amplamente divulgada pela imprensa

Folha de São Paulo: Operador nega ter mantido conta de propina para Lula na Espanha.

Por Diógenes Brandão

Qualquer pessoa em sua plena capacidade de discernimento, consegue entender o modus operandi de como ocorrem alguns depoimentos de delatores da Lava Jato. 

Inúmeros corruptos presos - ou detidos durante as investigações comandadas pela Polícia Federal - sem ter outra alternativa para amenizar suas penas em decorrência dos crimes e desvios cometidos, sejam elas nas empreiteiras ou nos cargos públicos indicados por diversos partidos, acusam Lula como chefe dos esquemas em que são investigados, para atender o desejo dos procuradores da força-tarefa da Lava Jato e assim obterem regalias, diminuição de suas penas e até ficarem livres da cadeia, bastando pagar multas, devolver parte dos recursos desviados ou em algumas vezes, no máximo ficarem em suas mansões cumprindo a famosa prisão domiciliar.

A grande imprensa sempre tem orgasmos sempre quando vê o nome de Lula acusado por algum criminoso, em delações premiadas. 

Logo após ter esse tipo de delação vazada ilegalmente ou divulgada oficialmente pelos Procuradores da Lava Jato ou pelo juiz Sérgio Moro, responsável pela condução dos processos da Lava Jato, na Vara de Curitiba, os principais veículos de imprensa tomam esses depoimentos como verdades absoluta e dão ampla divulgação, sempre com um tom condenatório, seja através de programas de tv, rádio ou matérias e manchetes sensacionalistas, estampadas nas capas dos grandes jornais e revistas da elite brasileira.

Com o depoimento de um desses corruptos ligados à Engevix, não foi diferente. O réu confesso, delatou Lula e a imprensa brasileira fez o alarde antagonista de sempre.

Hoje, ficamos sabendo a verdade sobre mais uma delação mentirosa: Lula foi novamente acusado de forma criminosa e a mídia não fez a devida retratação, ignorando que tentou detonar mais um pouco com a reputação do ex-presidente do Brasil.

Abaixo, algumas manchetes de jornais, blogs, revistas, canais no youtube e redes sociais que noticiaram a delação contra Lula.







Leia agora, a matéria Na Folha, sob o título Operador nega ter mantido conta de propina para Lula na Espanha

O lobista Milton Pascowitch, delator na Lava Jato, durante sessão da CPI da Petrobras. Foto: Alan Marques/Folhapress.

O operador Milton Pascowitch, colaborador da Operação Lava Jato, disse em depoimento à Polícia Federal que é falso o relato do ex-sócio da empreiteira Engevix, Gerson Almada, sobre uma suposta conta de propina na Espanha para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.  

Em depoimento em julho de 2017, o empresário afirmou que ficou sabendo que o operador controlava uma conta na Espanha em benefício de Lula e do ex-ministro José Dirceu, alimentada com propina proveniente de contratos com a Petrobras.  

Na ocasião, ele disse que Pascowitch, certa vez, afirmou que "viajaria de trem para Madri/Espanha para 'olhar a conta' que ele 'administrava' para 'pessoas do PT'". O ex-executivo teria entendido que essas pessoas seriam Lula e Dirceu. Almada negou ter informações ou provas relacionadas a esta conta.

O sigilo do depoimento do empresário foi levantado no início de dezembro. Dez dias depois, Pascowitch prestou o seu relato, negando as acusações. Seu depoimento foi anexado aos autos da denúncia apenas nesta segunda-feira (8).  

À Polícia Federal, o operador disse que é "manifestamente inverídica" a afirmação de Almada e que "forneceu, em seu acordo de colaboração premiada, todos os extratos de suas contas fora do Brasil".  

Pascowitch afirmou, ainda, que intermediava pagamento de propina em favor da Engevix unicamente em razão de contratos obtidos com a Diretoria de Serviços da Petrobras.  

Ele disse que, após aprovação de Almada, ficou acordado pagamento de R$ 14 milhões para o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari. Segundo o depoimento, os recursos eram destinados ao partido e em nenhum momento falou-se em pagamentos para Lula ou Dirceu.  

A DENÚNCIA  

A contradição entre os depoimentos se deu no âmbito da denúncia que acusa Dirceu de ter recebido cerca de R$ 2,4 milhões em propina das construtoras Engevix e UTC, oriundos de desvios na Petrobras.  

Em seu depoimento, Almada confirmou conteúdo de acusação contra o ex-ministro ao dizer que firmou contratos falsos com a empresa de comunicação Entrelinhas para o pagamento de propina.  

Segundo o ex-executivo, a Engevix transferiu R$ 900 mil para a Entrelinhas entre 2011 e 2012.  

A denúncia, oferecida em maio pelo Ministério Público, ainda não foi recebida por Moro. Assim, Dirceu, por enquanto, não é réu nesta ação.  

Também foram acusados, além de Dirceu e Almada, Vaccari, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva (irmão de Dirceu) e Walmir Pinheiro Santana (ex-executivo da UTC).

quarta-feira, junho 14, 2017

Após acreditar em Miriam Leitão e criticar petistas, nova presidenta do PT é detonada pela própria militância

Gleisi solidarizou-se com Miriam Leitão e tem sido bastante criticada por ter puxado a orelha da militância sem antes saber se a jornalista da Rede Globo falou a verdade. Inúmeros relatos dizem que ela mentiu, exagerou e inventou fatos irreais.

Por Diógenes Brandão

Uma semana depois de ser eleita como presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann começa a sentir o peso de dirigir um partido plural e cansado de apanhar da imprensa e demais setores que se colocam como adversários implacáveis. 

Depois de dar um puxão de orelha na militância, em solidariedade à jornalista Miriam Leitão, que alegou ter sido agredida verbalmente em um vôo de Brasília ao Rio de Janeiro, a senadora paranaense foi duramente criticada por milhares de militantes de todas as regiões do país. As manifestações vieram através das redes sociais, onde diversos filiados e simpatizantes se colocaram contrários à precipitação da dirigente do PT em sair em defesa da jornalista das organizações Globo, sem nem mesmo saber se o seu relato era verdadeiro.

Ontem, o blog publicou o post A polêmica de Miriam Leitão com os petistas. Quem está falando a verdade?, onde diversas pessoas questionaram as informações relatadas pela jornalista, até mesmo por quem estava no vôo, como o presidente estadual do PT-RJ.

Se a presidenta nacional tivesse dialogado com seus companheiros de partido, antes de assumir uma posição pública sobre o fato, talvez nada disso teria acontecido.

Leia a nota oficial do PT:



Em um dos comentários feitos na própria fanpage do partido, a internauta Rosemary Fritsch Brum disparou:

"O PT oficialmente dirigindo-se à Rede Globo e pedindo desculpas sobre o controverso episódio envolvendo a ex-economista Miriam Beltrão em voo doméstico é render vassalagem sim! Começou mal a presidente recentemente eleita pelos diretórios petistas.Papelão da Direção".

Não se sabe se é de sua autoria, mas circula pelos grupos de whatsapp, uma nota com a assinatura de Gleisi. 

Talvez a senadora tenha resolvido acalmar os ânimos de sua base, após ter sido bastante criticada, mas o documento ainda não consta nem na sua fanpage e nem na do PT.

Leia:

Companheiras e companheiros,


Estou acompanhando nas redes sociais o debate e opinião da militância partidária sobre o texto da jornalista Miriam Leitão e a nota que soltei a respeito.



Em um primeiro momento, diante da manifestação da jornalista, revivi o impacto de situações constrangedoras que senti algumas vezes, com o escracho a que, sozinha, fui submetida em aviões, aeroportos e locais públicos. Sofri agressões, como sofreram agressões muitos de nós petistas.



Quero como presidenta de nosso partido ter diálogo constante com nossa militância, ouvindo e considerando opiniões e posicionamentos. Compreendo a reação, uma vez que tantas e tantas vezes sofremos, individual ou coletivamente, as agressões da Rede Globo.



A nota em nenhum momento diminui nossa luta contra as idéias e posturas da jornalista Miriam Leitão, muito menos contra o monopólio midiático em que ela trabalha.

Nossa indignação tem se manifestado em ações massivas e coletivas, como as que estamos fazendo em conjunto com os movimentos sociais pelas ruas do Brasil, como a que faremos no dia 30, com a greve geral. Ações massivas, coletivas, democráticas e firmes pelo Brasil e pelo povo é o nosso campo de luta


Estou com vocês!



Gleisi.


quarta-feira, fevereiro 17, 2016

Jornalista da Globo que teve um filho como FHC diz duvidar de exame de DNA feito por ele



Na Folha

A jornalista Miriam Dutra, repórter da TV Globo durante 35 anos, indicou em entrevista à revista "BrazilcomZ" não acreditar em exame de DNA que mostrou que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso não é pai de seu filho Tomás Dutra Schmidt.

Embora FHC tenha reconhecido Tomás em 2009, testes de DNA feitos no Brasil e nos EUA revelaram que ele não é filho do tucano. "Eu acho que é mentira, porque eu só vi um documento, mas todo mundo pode enganar com um DNA", disse.

Segundo ela, o exame foi feito sem que ela soubesse e pediram para que Tomás não lhe contasse. Ela, porém, afirmou: "Ele já provou para a sociedade que não é dele. Eu acho que da minha parte não vou remover sepulturas para tentar rever isso".

Miriam afirma ainda ser mentira que FHC tenha reconhecido Tomás como filho. "Essa história de que veio aqui em Madri é tudo mentira! Nunca vi nenhum documento."

Questionada sobre FHC manter relação com Tomás, Miriam diz que "agora tem" e confirma que o ex-presidente pagou estudos de Tomás. Procurado, FHC não foi encontrado.

A jornalista também faz críticas à TV Globo, da qual afirma ter se desligado agora. A reportagem não conseguiu contato com a emissora.

quarta-feira, maio 06, 2015

BNDES reage e desmente matéria da "Época"

O ex-presidente Lula não interferiu, nem poderia, em nenhum processo do BNDES.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) reagiu com força à matéria publicada pela revista Época desta semana, onde a publicação afirma que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria interferido de maneira a beneficiar a construtora Odebrecht em contratos internacionais financiados pela instituição. Por meio de nota publicada na página do Facebook da instituição, são desmontadas ponto a ponto as acusações. 

Veja abaixo ou aqui a íntegra da nota do BNDES sobre o assunto. 

O ‪#‎BNDES repudia as ilações feitas pela reportagem da Revista Época (“Lula, o operador”). Os procedimentos adotados pelo Banco nos financiamentos mencionados pela revista são absolutamente regulares, pautados pelas melhores práticas bancárias e rigorosamente dentro do que determina a lei.

O ex-presidente Lula não interferiu, nem poderia, em nenhum processo do BNDES. Foram seguidos todos os critérios impessoais de análise, com a participação de dezenas de técnicos concursados e órgãos colegiados, além da exigência de garantias sólidas. Como resultado destes procedimentos, a inadimplência nos financiamentos para exportação do BNDES é praticamente inexistente.

Diferentemente do que insinua a revista, nos financiamentos a exportações de bens e serviços brasileiros feitos pelo BNDES não há nenhuma preferência ou privilegio a qualquer país. O objetivo é sempre abrir postos de trabalho no Brasil e trazer divisas para nossa balança comercial. Desde 1998, o BNDES financiou exportações brasileiras para 45 destinos diferentes, sendo que o país que mais recebeu recursos do Banco foram os EUA.

Nas referidas operações, o BNDES atua de maneira análoga a outras agências de crédito à exportação, oferecendo condições de isonomia competitiva para que as companhias brasileiras possam enfrentar concorrentes no mercado internacional. O BNDES se orgulha de sua atuação internacional, gerando divisas, empregos e renda no Brasil.

terça-feira, março 24, 2015

Reação: Lula desmente jornal sobre falsa notícia


Cansado de boatarias e mentiras com seu nome em sites apócrifos e até jornais de grande circulação, Lula resolve acabar com a farsa e desmente matéria publicada pelo jornal O Estado de São Paulo, que disse que a presidenta Dilma teria lhe comunicado sobre decisão de recuar nos reajustes das Medidas Provisórias 664 e 665, que tratam de benefícios trabalhistas e previdenciários. 

A iniciativa do ex-presidente, deve ser seguida pelo PT, já que o mesmo também foi citado pelo jornal, como também tendo sido comunicado pela presidenta Dilma.

A "barrigada" do Estadão, desgasta ainda mais a débil credibilidade da imprensa e demostra como a mídia é indenpendente no Brasil: Independente da verdade, ela noticia.

quinta-feira, março 05, 2015

Como identificar notícias falsas


Na Agência Senado.

Muitas informações circulam pela internet e nem sempre elas são verdadeiras. Mas como identificar o que é verdade e o que é mentira? As dicas a seguir podem auxiliar você a fazer essa checagem. Claro que não são perfeitas e estão sujeitas a falhas, mas podem ser de grande ajuda. Confira:

LEU NAS REDES SOCIAIS?

1 – Verifique se a informação que você recebeu cita uma fonte confiável. Fontes confiáveis costumam ser os sites oficiais, páginas de jornais conhecidos, blogs respeitados. Na dúvida, pergunte para seus amigos: na internet, é a comunidade que define o que é confiável ou não.

2 – Pesquise na web para ver se mais de uma fonte confiável publicou a notícia. Informações verdadeiras costumam ser publicadas por vários sites confiáveis.

3 – Cuidado com os sites e blogs de notícias falsas. Há muitos especializados em fazer humor, por isso é importante aprender a distinguir informação de piada.

4 – Cheque sempre a data em que a notícia foi publicada. De vez em quando, notícias velhas voltam a circular como se fossem recentes. Embora possam ser verdadeiras, o contexto poderá ser diferente.

5 – Há muitos erros de português na notícia? Isso é um bom indício de que o texto não foi escrito a sério.

6 – Tenha bom senso. Na maioria das vezes é possível identificar notícias absurdas.

7 – Se continuar com dúvida, evite compartilhar informações recebidas. Afinal, você não quer passar uma mentira para frente, não é?

sábado, fevereiro 21, 2015

Os "erros" fatais e o assassinato de reputações da mídia

Bonner pede desculpas 4 dias depois de ter dito acusado uma pessoa de desviar dinheiro da Petrobras. Pressa em acusar o PT?
Por Diógenes Brandão.

Um email que recebi no dia 10 deste mês, passou desapercebido no meio de centenas de outras mensagens em minha caixa de entrada, mas devido a gravidade da denúncia envolvendo uma das maiores empresas de mídia do mundo, resolvi resgatar a informação para que os leitores deste blog tenham condições de avaliar o nível do jornalismo praticado por aquela que foi apelidada na década de 70 de "vênus platinada", a famosa Rede Globo.

Vamos ao conteúdo da mensagem que recebi e depois voltamos:

Prezados colegas e amigos da Associação Brasileira de Geólogos de Petróleo (ABGP),

Encaminho nota explicativa do ex-diretor da PETROBRAS, Geólogo Guilherme Estrella, sobre a reportagem apresentada pela Rede Globo no Jornal Nacional da última quinta-feira, dia 5.

Sylvia Anjos,
Presidente da ABGP


Prezados colegas da ABGP,

O JN da TV Globo de quinta-feira última, com extrema má fé e de maneira criminosa, apresentou matéria em que tentou envolver meu nome, como então diretor de E&P -  no esquema de corrupção da Petrobrás.

Baseou sua informação na delação premiada do Eng. Barusco. Ocorre que o texto oficial do depoimento do Eng. Barusco já estava na internet na tarde da mesma quinta-feira, 5 horas antes do horário do jornal. E, ao contrário do que insinuou o JN, o Eng.Barusco afirma em sua delação que eu nada tive a ver com os lamentáveis fatos ocorridos na Companhia, configurando a leviandade irresponsável do jornalismo da TV Globo. Informo que meu advogado já tomou providências judiciais para exigir retratação e reparação do crime cometido. Abaixo está o link para acessar o depoimento do Eng. Barusco.


Atenciosamente,

Guilherme Estrella.

Voltemos à análise do fato, e admitamos: foi um absurdo sem tamanho, não é verdade?

Imagine a sua família, seus amigos, conhecidos e profissionais que convivem com você por anos, assistindo no jornal, que por mais que perca credibilidade e telespectadores a cada ano que passa, mas ainda mantém a maior audiência da TV brasileira no horário nobre e também a maior fatia publicitária estatal e privada do país, fazendo uma imputação leviana como essa e demorar 4 dias para se retratar como fez com o profissional da Petrobras, conforme você pode ver aqui o vídeo da lânguida retratação que coube ao âncora William Bonner fazê-la.  

Perceberam como não importa o prejuízo causado à imagem das pessoas, que uma ácida e caluniosa "barrigada" desta empresa pode causar à quem ela assassinar a reputação em horário nobre? 

Em muitos países, a história do jornalismo registra suicídios e processos de depressão e confinamento em clínicas psiquiátricas, como resultado do estrago a que foram submetidas milhares de vítimas desse tipo de terrorismo midiático. Mas para seus proprietários, basta dizer: "Pedimos desculpas" e está tudo bem.

Uma falha bilionária

A  uma empresa que segundo o portal UOL teve seu balanço contábil publicado em Março de 2013, o qual informa que a TV da família Marinho, junto com a gravadora Som Livre, o portal Globo.com, mais as chamadas empresas controladas, em que a Globo tem mais de 50% das ações, caso da Globosat (programadora de TV por assinatura) e Editora Globo (revistas), a fortuna arrecadada foi R$ 14,636 bilhões em 2013, um aumento de 15% sobre os R$ 12,710 bilhões de 2012. O lucro líquido da Globo, no entanto, não acompanhou o desempenho comercial. Foi 15% menor do em 2012. 

Para termos ideia do que isso significa, Walter Zagari, vice-presidente comercial da Record, informou no mesmo período que todas as 106 emissoras da rede de Edir Macedo faturaram R$ 2,250 bilhões. Em comparação com a rede Globo, a fatura da Record e cinco vezes menor.

Efeito cascata 

Mesmo com tanto lucro, dinheiro e profissionais pagos a preço de ouro, a pressa em acusar o atual governo, pode ser um dos motivos de estarmos vendo tantos "erros" e mentiras sendo difundidas nos maiores veículos de comunicação do Brasil. Em uma semana, o Brasil foi lesado com o boato da morte de Lula, em um anúncio patrocinado e publicado no Facebook.

Como se não fosse o bastante, o jornalista paraense Ulisses Campbell publicou nota na revista Veja de Brasília, em sua edição do último sábado, 14,  onde afirmou que um jovem chamado Thiago, seria sobrinho do ex-presidente Lula e teria uma festa de aniversário de três anos com custo de 220 mil reais, com direito a Ipads distribuídos como brindes aos convidados. Lula emitiu nota onde disse que não tem nenhum sobrinho com este nome residindo em Brasília e lamentou que a revista VEJA publique informações falsas sem sequer checá-las e que perfis da internet, como os do vlogueiro Felipe Neto, o da apócrifo Folha Política, e o do site Implicante, entre outras pessoas e veículos de boa e má fé, repliquem tal absurdo. 

Na falta de credibilidade, os meios são usados em busca de informação 

Segundo publicado na coluna de Lauro Jardim na VEJA, "a TV Globo perdeu 5% de audiência em 2014, caindo de 14,3 pontos, em 2013, para 13,5 pontos, no ano passado, entre 7h e meia-noite. Os dados do Ibope são da medição na Grande São Paulo. É o pior desempenho anual, desde que virou líder de audiência, há 45 anos. Os números repetem a tendência dos últimos dez anos. De 2004 para cá, a Globo registrou uma queda de 38% na audiência, caindo de 21,7 para 13,5. Na contramão, cresceu a participação da TV paga e dos pequenos canais regionais, que cresceram de 6,7 pontos em 2013 para 8,6 em 2014", conclui o jornalista e tom fúnebre. 

Já o  maior levantamento feito sobre os hábitos de informação dos brasileiros, a “Pesquisa Brasileira de Mídia 2015”  revela que na busca pelas informações, gastamos mais tempo na internet do que na TV, embora a telinha continue como a principal fonte de informação da maioria e seu horário nobre tenha passado a ser de 22 às 23h da noite. A Rede Social Facebook é acessada por 83% dos brasileiros, seguido do Whatsapp com 58% da preferência dos que usam as mídias digitais. Os jornais só possuem 7% de leitores diariamente, mas ainda são os meios de informação com maior credibilidade para 21% dos entrevistados.

quarta-feira, setembro 03, 2014

Marina perde o apoio do líder da Rede Sustentabilidade no Pará

Charles Alcântara seria o candidato de Marina ao governo do Estado do Pará.

Ele não é qualquer um e seu depoimento há de ecoar pelos quatros cantos do Brasil como um grito de alerta para aqueles que pensam que Marina ainda é a mesma Marina de outrora.


Charles Alcântara seria o candidato natural do partido Rede Sustentabilidade ao governo do Pará nas eleições de Outubro, mas ficou sem partido pelo fato dos sonháticos não terem conseguido arrecadar o número mínimo de assinaturas para tornarem-se um partido. Na época, Charles havia dado um depoimento a um blog dizendo: "Cogitei uma candidatura [ao governo] dentro de uma estratégia, de um contexto, o da criação do Rede Sustentabilidade. Se esse contexto foi alterado, a minha candidatura perde o sentido".

De lá prá cá, a última vez que conversei com o ex-chefe da Casa Civil do primeiro e único governo do PT no Estado do Pará, o agora presidente do SINDFISCO - que está sem partido - foi através de uma troca de mensagens via a rede social Facebook, que fiz questão de blogar e disponibilizo aqui.

Charles, amadurecendo sua capacidade crítica e fazendo jus ao seu passado, faz uma declaração no mínimo sensata e coerente sobre seu posicionamento diante da candidatura de Marina Silva, com quem se juntou num projeto político sonhático e agora acordou diante de uma nova e dura realidade imposta pelo pragmatismo em que a ex-ministra de Lula e hoje candidata à sucessão de Dilma está envolvida. 


Há virtudes no velho, como há vícios no novo.

Imerso em minhas reflexões sobre a conjuntura político-eleitoral, decidi agora abandonar o recesso que me impus desde o meu afastamento da coordenação nacional da Rede, que se deu quando esta embarcou provisoriamente no PSB.

Também fui - e ainda estou - tocado pela ideia de que o exercício da política precisa ser radicalmente mais democrático e de que os partidos políticos, tal como funcionam, tomam suas decisões e disputam o poder, precisam reinventar-se porque se tornaram instituições anacrônicas e voltadas para si mesmas.

Somado a isso, fui atraído pelo magnetismo de um novo (chamemos assim) campo político sob a liderança de Marina Silva, a quem admiro e respeito por sua história e trajetória e também por atributos que andam em falta na seara política.

Levado pelo sopro inspirador de Marina e pela concordância quanto à saturação e inutilidade para o Brasil da polarização entre PT e PSDB, inclinei-me a apoiar Eduardo Campos - malgrado minhas críticas em relação à aliança PSB/Rede - quando veio o fatídico acontecimento que lhe ceifou a vida.

Até o presente momento, desde que se tornou candidata presidencial, as declarações mais explícitas e compreensíveis de Marina Silva foram em direção aos mercados, em especial o financeiro. Os que vivem da especulação financeira e que faturam bilhões com a dívida pública brasileira estão eufóricos com as declarações de Marina, reveladoras de uma crença quase religiosa nos fundamentos mais caros ao velho receituário neoliberal, fundamentos estes que colocam no centro das preocupações e da ação estatal os interesses do mercado e na periferia os interesses da sociedade brasileira, com o cínico argumento de que esses interesses são convergentes - e, mais ainda - que os interesses da sociedade tendem a ser satisfeitos se o mercado estiver satisfeito.

Institucionalização da autonomia do banco central e obediência incondicional ao tripé macroeconômico neoliberal são os compromissos mais enfáticos que Marina oferece aos brasileiros para acabar com a velha política e para mudar o Brasil.

Se não em nome de uma nova política (até porque se trata da velha solução neoliberal), mas ao menos em razão das virtudes próprias de sua formação religiosa, Marina tinha e tem o dever de dizer ao povo brasileiro as prováveis consequências de seu programa econômico.

Marina dá sinais de conversão ao fundamentalismo neoliberal como sinônimo de desenvolvimento, estabilidade econômica e inflação baixa, como se os índices inflacionários pudessem ser combatidos com a mera alta dos juros; como se a inflação no último período do governo de FHC - de fidelidade canina à sacrossanta fórmula neoliberal - não tenha sido ainda maior que a verificada nos dias atuais; como se o maior e mais indecente gasto público não fosse exatamente o pagamento de juros da dívida pública.

Pouco importa para os agentes de mercado os custos sociais do tal tripé macroeconômico: menos recursos públicos para as áreas sociais; arrocho salarial e ameaça de mais desemprego.

O tal tripé macroeconômico é uma boa maneira de manter os lucros do mercado financeiro de pé e o Brasil socialmente manco.

Não, Marina, não posso acompanhá-la nessa jornada, apesar que querê-la bem; apesar de admirá-la; apesar de considerá-la uma pessoa de bem e de bons propósitos.

Não posso acompanhá-la, porque o faria por mera crença nos seus bons propósitos e no seu carisma pessoal e porque isto é absolutamente insuficiente para considerá-la a melhor alternativa para o Brasil, principalmente depois do caminho que escolheste trilhar.

Não vou acompanhá-la porque considero uma fraude a pregação de que todos os interesses e todas as forças políticas podem ser conciliados sem conflitos e sem escolhas que desatendam e contrariem os que sempre se beneficiaram da desigualdade em favor dos que sempre foram as vítimas dessa mesma desigualdade.

Conheço pessoalmente Marina, com ela tive boas conversas e dela escutei muita generosidade e sabedoria. 

Marina está crescendo nas pesquisas eleitorais e pode vir a comandar a República Federativa do Brasil; momento propício, portanto, para eu declarar a minha posição, que o faço baseado num conselho que escutei da própria Marina de que a boa (nova) política não se deve alicerçar no carisma pessoal. 

Outra lição que aprendi com Marina é que muitas vezes é preferível perder ganhando a ganhar perdendo.

Resolvi, então, seguir os conselhos de Marina, não a apoiando nestas eleições, por convicção de que a sua candidatura não está oferecendo ao Brasil um caminho alternativo.

Votar por convicção, penso, é uma das coisas tradicionais da velha e boa política (sim, porque também há virtudes no velho e há vícios no novo) que eu não me disponho a abrir mão.

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...