Mostrando postagens com marcador Milícias. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Milícias. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, maio 24, 2019

2 PMs estão foragidos e dois foram presos por participação na chacina do Guamá





Por Diógenes Brandão

A partir do depoimento de dois presos nesta terça-feira, 21, os delegados e investigadores da Polícia Civil, conseguiram conhecer os outros nomes que integraram a quadrilha responsável pelo assassinato de 11 pessoas, em um bar, no bairro do Guamá, no último domingo, 19.

Os civis, Edivaldo dos Santos Santana e Aguinaldo Torres foram presos em uma oficina no bairro da Pedreira, no momento em que desmontavam o veículo usado no crime, que entrou para a história do Pará. Além deles, o proprietário de uma padaria também foi preso e todos prestaram diversos depoimentos, até entregarem os demais envolvidos naquilo que ficou conhecido como Chacina do Guamá.

Fotos dos acusados de participarem do grupo de extermínio, responsável pelo assassinato cruel e sanguinário de 11 pessoas, no bairro do Guamá, no dia 19 de Maio de 2019, que ficou conhecido como a Chacina do Guamá.


Os PMs integrantes da milícia que atuou no crime, são:


Cabo José Maria da Silva Noronha - foragido

Cabo Leonardo Fernandes de Lima - foragido 

Cabo Pedro Josimar Nogueira da Silva - foragido 

Cabo Wellington Almeida Oliveira - preso


Já os outros civis suspeitos de participarem do grupo de extermínio são:


Aguinaldo - preso 

Diel - foragido

Jailson - preso

Santana - preso 


terça-feira, maio 21, 2019

Polícia ou Milícia: Quem é quem no caos da insegurança no Pará



Por Diógenes Brandão

A cada dia que passa, aumenta o número de mensagens que circulam com denúncias envolvendo nomes de policiais paraenses, com mandatos parlamentares, supostamente envolvidos com organizações criminosas: As chamadas milícias.

Há tempos que dois vereadores de Belém e um deputado federal são citados em inúmeras mensagens nas redes sociais, mas que se intensificam a partir de cada nova chacina, como a que ocorreu no último domingo, 19, quando 11 pessoas foram assassinadas com tiros a queima-roupa - a maioria na cabeça - em um bar no bairro do Guamá, em Belém do Pará. Até agora ninguém foi preso e apesar das inúmeras reuniões nos gabinetes do governo do Estado, não se tem informações sequer dos suspeitos da tragédia que mudou a vida de diversas famílias.

Diante do caos, já não se sabe o que é verdade ou mentira no meio de tantas mensagens, que seguem sendo espalhas, sem apuração e nenhum posicionamento dos órgãos de segurança estaduais e federais. 

Para piorar, a imprensa paraense dá sinais de que se impôs uma auto-censura para não desagradar os novos governantes, que com suas verbas publicitárias, alimentam os veículos de imprensa tradicionais e alguns blogs, que por sua vez acabam mantendo certo alinhamento político e evitam desagradar quem está no poder e por isso, preferem não noticiar o verdadeiro clima de insegurança, a cada dia mais aterrorizante e ameaçador.

O Pará e o Brasil precisam de paz, transparência e governantes capazes de enfrentar as dificuldade sociais e ameaças de forças que agem na escuridão e na ilegalidade, sem titubear ou proteger este ou aquele aliado político, caso se comprove envolvimento com o crime, pois o que está em risco não é apenas a vida de policiais e criminosos, mas a segurança de todos os cidadãos e o respeito às instituições, coisas que há tempos não se tem.

Embora saibamos que a maioria dos policiais não concorda com a existência de criminosos entre os que usam a honram suas fardas, aquela minoria que suja a corporação, quase nunca são denunciados pelos que a respeitam. 

Do outro lado, a queixa de prisões de policiais aumenta por parte de quem se elegeu com votos da categoria, que em uma falsa ideia de defesa, acabam servindo para justificar a impunidade e criticar a justiça militar, quando algum mal policial precisa ser retirado do meio do cesto, para não contaminar os demais.

Em meio a tudo isso, a morte de policiais e agentes de segurança nos fazem reviver um clima de guerra instalada, onde as armas destes profissionais acaba sendo o principal alvo dos criminosos, cada vez mais ousados e destemidos. 

Já o governador Helder Barbalho, embora seja muito midiático e venha gastando uma fortuna com anúncios na imprensa, sobretudo no seu jornal e demais veículos de comunicação, dá sinais de que colhe o que plantou, quando prometeu resolver os problemas e que com sua baladeira mirava o governo que o antecedeu. Agora que virou vidraça, se esquiva das críticas que não consegue responder, revelando-se frágil e incapaz de atender as expectativas que criou na população, nestes 140 dias em que está no comando do Estado.

domingo, julho 30, 2017

Bordalo acredita em um "banco de agiotagem" que financia políticos e diz que um assassinato pode custar até R$100

Para deputado, assassinatos de políticos no Pará podem ser fruto de acerto de contas de dívidas de campanha.

Por Diógenes Brandão

O deputado estadual Carlos Bordalo (PT-PA) foi o entrevistado no programa MAIS, da TV RBA na manhã deste domingo (30). Na oportunidade, falou sobre diversos assuntos relacionados à sua atuação como parlamentar e presidente da Comissão de Direitos Humanos e do Consumidor na ALEPA. 

Respondendo uma das perguntas do jornalista Guilherme Augusto, apresentador do programa, o deputado revelou que o assassinato de uma pessoa pode ser encomendado no Pará por até R$100, tal como registrou o relatório da CPI das Milícias, que ele comandou.

Leia também CPI das Milícias indiciará +60 pessoas pela "Chacina em Belém"

Outra importante informação levantada na entrevista, foi o parlamentar ter afirmado que acredita na existência de uma espécie de "banco da agiotagem", que empresta dinheiro a prefeitos paraenses e fica cobrando contratos de empresas pelo governo que ajudam financeiramente a serem eleitos. Bordalo desconfia que os últimos três (03) assassinatos de prefeitos no período de um ano e meio, na região sudeste do Pará, seja resultado da pressão e cobrança de dívidas de possíveis empréstimos junto a este "banco".

O autor deste blog sugeriu para o deputado que ele pegue o vídeo com a entrevista em uma mídia na emissora e publique na internet, para que aquelas pessoas que não assistiram o programa, possam assisti-lo e tomar conhecimento do que anda sendo feito para combater a criminalidade e os ataques aos defensores dos Direitos Humanos no Pará.

sexta-feira, abril 14, 2017

PCdoB acusa milícianos, mas assassinato de Srta Andreza pode ter sido por desavenças



Em decorrência da morte de uma de suas filiadas, mesmo sem usar as redes sociais oficiais do partido, em nota distribuída em perfis de seus dirigentes, o PCdoB acusou milicianos que atuam em Belém, pelo assassinato da Srta. Andreza. 

Filiada ao partido, Andreza ganhou notoriedade após ser presa acusada de fazer apologia ao crime e o uso de drogas. Como a fama correu longe, foi filiada ao PCdoB e disputou as eleições de 2016.

Em um de seus perfis no Facebook, diversos comentários de possíveis amigos da moça, revelam que sua morte pode ter sido motivada por uma desavença, com uma pessoa que ficou com o celular de sua filha para consertar e não o devolveu. 

Entenda o caso.


Agora leia o que Andreza escreveu um dia antes de ser assassinada por motoqueiros sem capacetes, máscaras ou capuzes e depois os comentários de possíveis amigos que acusam uma pessoa conhecida como "Bil", pelo crime.

quarta-feira, fevereiro 08, 2017

Jatene convida Papa para o Círio de Nazaré. Com que segurança?

Em visita à Roma, governador do Pará ignora a guerra em seu estado e convida Papa para o Círio. Foto: Agência Pará.

Por Diógenes Brandão

Ao ler o noticiário local de hoje foi inevitável não lembrar do filme Tropa de Elite, obra cinematográfica brasileira que conta a história real de uma operação do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar do Rio de Janeiro, para exterminar uma gangue de traficantes em uma favela próxima à casa do arcebispo do Rio, pouco antes de uma visita do papa João Paulo ao Brasil, em 1997.


Com uma população sobressaltada com a onda de violência descomunal e totalmente fora de controle, onde até policiais armados e autoridades da segurança pública sofrem atentados, chacinas acontecem toda semana e ninguém sente-se seguro, cabe a pergunta: Se o Papa topar e o Vaticano aceitar o convite do tucano que governa o Estado pela 3ª  vez, qual seria a infraestrutura que seria articulada para garantir a segurança ao pontífice da igreja católica mundial, na maior manifestação de fé católica do mundo, que inunda as ruas da capital paraense, todo mês de Outubro?

Com a onda de greves de policiais militares, que acontece em alguns estados e já se articula para acontecer por aqui, com que condições o governador Simão Jatene se deu ao luxo de ao lado da primeira-dama, Ana Jatene ir até Roma, na Itália, propor um convite tão ousado?

A primeira e única visita do Papa Francisco ao Brasil, foi em Julho de 2013, durante a Jornada Mundial da Juventude. Não seria interessante agora ver o PCC, a Família do Norte ou as milícias que agem livremente no estado, causando problema ao nosso tão carismático e ativista papa Francisco. 

Ou ninguém pensou nisso?

terça-feira, dezembro 15, 2015

Pará da insegurança: Assassinato de PM gera comoção e outras mortes em Santarém

Sílvia morreu aos 44 anos de idade, 20 destes dedicados à policia. Outras pessoas também foram baleadas e morreram após a sua morte, mas poucos se importarão, afinal vivemos em um Estado sem lei, justiça e segurança, onde prevalece a impunidade e a barbárie.

Por Diógenes Brandão

A morte da subtenente Sílvia Margarida Lima Sousa, mãe de dois filhos, um de 8 e outro de 14 anos, ocorrida na manhã de ontem (14), chocou não só o município de Santarém, localizado na região do baixo Amazonas, mas todo o Estado do Pará. Além dela, seu marido e três irmãos também são policiais.

Silvia cantava no coral de uma igreja católica, onde ocorrerá seu velório, nesta terça-feira (15). Após a sua morte, outras pessoas foram mortas na periferia de Santarém (Leia aqui).

Os crimes que sucederam o assassinato da policial tem muita semelhança com outros praticados em Belém, capital do Estado do Pará, onde toda morte de agentes da policia é retaliada com a matança aleatória de pessoas em bairros pobres, geralmente inocentes que nada tem a ver com a criminalidade, conforme já foi comprovando na maioria destes casos. (Leia Guerra entre milicianos e assaltantes retoma o terror e a violência em Belém)

Não precisamos de muita imaginação para supor que seus colegas de farda mataram alguns "suspeitos", na busca pelos responsáveis pelo crime cometido contra a policial. A vingança, neste tipo de caso, já se tornou comum em nosso Estado.

A CAÇADA

Um homem de 35 anos, foi preso no município de Rurópolis. Railson Bentes de Lira é suspeito de ser o autor do tiro que acertou a cabeça da policial e tirou sua vida. Vários policiais de Belém e cidades próximas se dirigirem para Santarém, onde um forte aparato de segurança está sendo montado para o suspeito prestar seu depoimento na delegacia da cidade. A mega ação do Sistema de Segurança Pública do Estado, lembra o ditado popular: "Depois da casa arrombada.."

Cenas do local próximo ao crime cometido contra a PM foram registrado por uma câmera de vídeo. No entanto, as apurações jornalísticas dos dois maiores veículos de imprensa do Pará, não batem. O jornal Diário do Pará diz que a policial reagiu e quis evitar um assalto a uma farmácia. Já OLiberal afirma que ela foi assaltada e morta com sua própria arma. 

O fato concreto é que nas cenas que estão em poder da polícia civil é possível ver dois homens montados em uma moto e conforme relatos coletados, a vítima foi alvejada e faleceu a caminho do hospital. Antes de fugirem, os assassinos levaram sua arma, o que configura a suspeita de latrocínio, o que não descarta outras linhas de investigações que a polícia está levantando.

Os motivos dos outros baleamentos e assassinatos, ocorridos logo após a morte da policial, continuam sendo um mistério e os corpos deverão ser enterrados pelos seus familiares, sem chamar muita atenção da mídia local, pois independente de quem eram, o que faziam e quem os matou, tudo o que importa agora, para a maioria dos órgãos de segurança e da imprensa, é falar da morte, cruel e inaceitável da policial, até que outra aconteça e mais outra e mais outra.

Enquanto isso, internautas usam as redes sociais para fazer entre outras perguntas: Por onde anda o governador Simão Jatene? Ele já teria ele voltado do encontro com FHC, Aécio Neves e a cúpula nacional do PSDB, onde debateram a polêmica tentativa de impeachment contra Dilma?

quinta-feira, outubro 29, 2015

Nos bairros nobres do Rio, milicianos ganham o nome de "seguranças"



Reportagem deste sábado (24) do jornal "O Globo" informa que o sistema Fecomércio (Federação do Comércio do Estado do Rio) patrocinará o policiamento de seguranças privados no entorno da Lagoa Rodrigo de Freitas e do Parque do Flamengo. Ao todo, 363 policiais militares da reserva e jovens que acabaram de deixar as Forças Armadas vão patrulhar as áreas apé, de carro, em bicicleta ou moto. O serviço, que terá duração inicial de dois anos, custará à Fercomércio R$ 44 milhões. O governo estadual entrará com investimento em armas e veículos.

A Fecomércio acaba de criar "protetores" dos comércios de primeira classe e de moradores das áreas mais abastadas da capital fluminense. Nas favelas e nas áreas menos favorecidas e mais afastadas do centro turístico da cidade o patrocínio de "seguranças" por iniciativa privada já existe há alguns anos e recebe o nome de milícia. Na zona sul, porém, estes guardadores da segurança pública aparecem, inclusive aos olhos do Estado, como colaboradores. Na reportagem do "Globo", o governador do Rio acrescenta que "quem sai ganhando é a população", sem detalhar a qual parcela da população serão creditados os benefícios da segurança. Sabe-se que não são os das favelas, acossados pela segurança privada viabilizada pelo tráfico.

Essas milícias da Fecomércio estão sendo legitimadas e reconhecidas pelo Estado, o que significa dizer que o governo está admitindo, enfim, que não tem competência e, por isso, aplaude a iniciativa privada. Caso se transformem em protetores eficientes num futuro próximo, eles poderão servir à Segurança Pública, além de se transformarem num grande centro de alavancagem política, algo que já acontece nos países em guerra do Oriente Médio e aos quais poderemos nos equiparar.

terça-feira, outubro 27, 2015

Guerra entre milicianos e assaltantes retoma o terror e a violência em Belém



O site do governo do Estado informa mais uma ação criminosa por parte de uma possível quadrilha de milicianos, que deixou a capital paraense em pânico, na noite desta segunda-feira, (26). 

Oito homens encapuzados e fortemente armados invadiram um hospital em Belém, causando terror entre funcionários e pacientes e fuzilaram Jaime Tomas Nogueira, conhecido como “Pocotó”, que estava internado sob custódia de um agente prisional e dois policiais militares. Ele foi preso em flagrante no domingo, 25, após uma tentativa de assalto que resultou na morte do policial militar Vitor Cezar de Almeida Pedroso.  

Além deste assassinato, ainda no domingo, outros pontos da cidade tiveram a visita de pessoas igualmente encapuzadas, que chegaram em motos e mataram pessoas, que tudo indica serem inocentes, na periferia de Belém. Segundo o jornal Diário do Pará, em apenas 4 dias, mais de 60 pessoas foram assassinadas no Estado do Pará, enquanto que em menos de dois meses, 15 policiais militares foram assassinados

O Jornal OLiberal também noticiou o fato, na matéria: "Suspeito de envolvimento em morte de PM é morto dentro de hospital".

Este tipo de "justiceiro" é diariamente citado e ovacionado em um programa policial na TV paraense, como sendo o "motoqueiro fantasma". Logo após a execução de "Pocotó", um vídeo circulou através de grupos do whatsapp. O material editado de forma amadora, mostra uma caveira com uniforme policial e uma faca em uma das mãos e uma cabeça degolada na outra. No fundo, um símbolo com o nome de possível organização denominada Heróis de Farda - Polícia Militar. 

O vídeo exibe fotos de "Pocotó" já morto e com amigos e finaliza com uma imagem com a seguinte frase: "Não se vai ao velório do amigo, sem antes promover o velório do inimigo". A "produção" dura 30 segundos e tem como fundo musical o funk "eguinha pocotó", em uma clara alusão ao apelido do suspeito de assassinar o policial da ROTAM.


Pra piorar, o fato gerou inúmeros comentários nas redes sociais, do tipo "bandido bom, é bandido morto", justificando a existência de criminosos entre os servidores da segurança pública, pagos com o dinheiro de nossos impostos para cumprirem as leis e acabam optando por decretar pena de morte contra quem bem entendem. 

Em nota, o governador Simão Jatene (PSDB) deu ordens para que a polícia civil apure as circunstâncias do homicídio e a corregedoria da PM já abriu sua própria investigação e deverá punir com rigor os que se acham acima das leis e querem impor um estado paralelo, seguindo a insanidade pregada por apresentadores de programas policialescos, os quais fazem apologia ao crime, todo santo dia, em diversas emissoras de rádio e TV.

CPI DAS MILÍCIAS INDICIOU, MAS NÃO PRENDEU TODOS OS CRIMINOSOS

A audácia criminosa acirra ainda mais a guerra entre policiais honestos e criminosos e coloca em risco a vida de pessoas inocentes, que são atingidas por tiros, a exemplo da chacina que matou 11 pessoas em novembro do ano passado e foi investigada através da CPI das Milicias, instalada na ALEPA, que durante 44 dias investigou e apurou o envolvimento de policiais e ex-policiais que agem, no controle do tráfico de drogas, em áreas comandas pelas milícias; assassinatos por encomenda; "contratos" de segurança privada, feita por policiais e ex-policiais de forma clandestina; venda de "proteção" para traficantes venderem suas drogas tranquilamente; apropriação e revenda de drogas roubadas de outros traficantes e usuários de drogas; roubos; assaltos e até desvio de recursos públicos, seja através do financiamento de candidaturas e depois fraudes em licitações, além de outras ações ilegais e corruptas, junto à prefeituras e mandatos parlamentares. 

Esta CPI indiciou mais de 60 pessoas que estão respondendo na justiça e contribuiu nas investigação instauradas pela corregedoria da PM, que confirmou a existência do crime organizado pelas miliciais. 

Pelo jeito, ainda falta prender muita gente, tanto os que são chamados de bandidos e estão nas ruas praticando crimes, quantos os polícias honestos e desonestos.

quinta-feira, janeiro 29, 2015

CPI das Milícias indiciará +60 pessoas pela "Chacina em Belém"

Edmilson Rodrigues (PSOL), Tetê Santos (PSDB), Augusto Pantoja (PPS), Cláudio Bordalo (PT e 


Lembram da ‪#‎ChacinaemBelém‬?

Amanhã, a partir das 10h da manhã na ALEPA, será entregue o relatório final da CPI criada na casa para investigar o caso de forma paralela e em menos 3 meses, o trabalho cuminou em um documento produzido pela relatoria com cerca de 300 páginas que além de outras 30 recomendações de providências aos poderes constituídos e ao Ministério Público deverão resultar no indiciamento de mais de 60 pessoas, tanto de PMs, quanto de outros criminosos citados em depoimentos de testemunhas e familiares das vítimas daquela trágica madrugada do dia 05 de Novembro de 2014.

Para o relator da CPI, deputado Carlos Bordalo (PT), assim como o presidente, o deputado Augusto Pantoja (PPS), estão convencidos de que o trabalho realizada pela CPI colabora com as investigações em curso, feitas pelo Promotor da Justiça Militar Armando Brasil, o qual também realiza investigações que podem esclarecer ainda mais como agem grupos criminosos, agentes da polícia e ex-policiais, no crime organizado no Estado do Pará.

Resta saber se assim como no filme Tropa de Elite 2, há o envolvimento de pessoas ligadas à imprensa e a política paraense. Quem duvida?

Enquanto isso, o governador do Estado tem o tema como assunto quase que secreto e pouco se manifesta sobre mais este caso que manchou de sangue o Pará e repercutiu negativamente, mas mesmo assim, os investimentos em segurança e inteligência, continuam pífios e as mortes nas periferias das cidades paraenses continuam nos colocando no topo dos rankings da violência no Brasil e no mundo.

Relembre o caso http://migre.me/om8Ig

quarta-feira, novembro 05, 2014

Chacina em Belém mostra a necessidade da desmilitarização da PM e o fim das milícias

Morte do cabo Figueiredo revoltou policiais militares, que ocuparam as ruas. A população - com medo - ficou dividida. (Foto: Reprodução/Facebook)

Tal como no filme “Tropa de Elite”, a Ronda Ostensiva Tática Metropolitana (Rotam) da Polícia Militar do Pará, se compara ao Batalhão de Operação Especiais (BOPE) do RJ e há fortes indícios que este agrupamento protagonize atos de violência e extermínio no Estado.

Ontem a noite não foi diferente, foi pior. Após a morte de um de seus integrantes, o cabo Antônio Figueiredo, provavelmente executado por bandidos e suposto membro de uma milícia que age nas áreas periféricas da capital do Estado, vários assassinatos aconteceram próximo e em bairros da redondeza ao fato, promovendo um banho de sangue nas áreas periféricas de Belém do Pará, onde ainda não se sabe quem saiu caçando, julgando e matando jovens na noite desta terça-feira (05). 

Entre as nove vítimas (dez, incluindo o PM), oito já foram identificadas e seus corpos liberados pelo IML. Entre elas, há um cadeirante que estava visitando a namorada em Guamá, o jovem Eduardo Felipe Galucio Chaves de 16 anos, que voltava da escola e um homem com problemas mentais que saiu correndo durante o ataque promovido pela PM-PA. Ele tomou cinco tiros a queima roupa.

“Nenhum dos mortos tinha ligação com o assassinato do policial. Pode ser que até tivessem ligação com outros crimes, mas não com esse. Deram cinco tiros em um doente mental que ficou assustado com o barulho e correu. Covardia! Quem matou o cabo ainda não foi encontrado, mas disseram que vão abrir investigação”, disse o coordenador da Comissão de Justiça e Paz da Igreja Católica, Francisco Batista que é morador do bairro da Terra Firme, um dos mais violentos e onde houveram diversas mortes.

“O policial morto era conhecido pela atuação dele como miliciano, justiceiro nos bairros pobres de Belém. Depois da morte dele deu pra ouvir muitos fogos de artifício. Todo mundo ficou feliz com a notícia, pra você ter uma ideia de como ele agia na região”, conta Francisco.

A Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Pará (OAB), promoveu uma coletiva para tratar das execuções e contou com a presença de Ana Cláudia Lins, da Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH), que destacou que não está descartada a hipótese de represália de policiais por causa da morte do cabo Antonio Figueiredo, da Ronda Ostensiva Tática Metropolitana (Rotam).

Também participou da coletiva o sargento Rossicley Silva, da Polícia Militar, e presidente da associação de militares, que sustentou que a série de mortes teria ocorrido por confronto entre facções rivais dos bairros da Terra Firme e do Guamá.

A posição do militar, no entanto, foi refutada por membros dos órgãos de Direitos Humanos devido às características dos homicídios - mais próximas de uma execução ao invés de brigas e conflitos. Porém, Rossicley argumentou que seis pessoas foram mortas por um mesmo grupo, de uma única facção, sem a participação de policiais.

Sargento nega, mas entidade de Direitos Humanos e OAB irão investigar o envolvimento dele e demais policiais na chacina.

Em coletiva realizada na manhã desta quarta-feira (05), no Comando Geral da Polícia Militar, em Belém, o Secretário de Segurança do Estado do Pará disse que nenhum confronto entre policiais e bandidos foi registrado ao longo da noite - inclusive do cabo Figueiredo, visto que não estava em serviço.

Segundo Luis Fernandes, a população não precisa temer por novos atos de violência. "As pessoas podem sair de casa sem medo e ir a locais públicos. Estamos trabalhando para continuar garantindo a segurança", destacou.

Apesar do depoimento do secretário de Segurança, a direção da Universidade Federal do Pará (UFPA) teria liberado os alunos e suspendeu suas atividades, assim como várias escolas e empresas que também funcionam próximo de onde ocorreram os assassinatos.

O promotor de Jusiça Armando Brasil não concorda com a opinião do secretário Luis Fernandes e destacou o medo da população na capital paraense. “Temos que tratar toda esta situação com bastante cuidado, não sabemos o que pode ocorrer e não podemos descartar a hipótese de policiais estarem envolvidos nos crimes. Até mesmo postagens com possíveis ameaças e retaliações de criminosos não podem ser ignorados”, disse.

Armando Brasil lembrou que o cabo Figueiredo era combatente e temido pelos criminosos. Em 2007, foi considerado suspeito de executar uma pessoa e respondia a inquérito na Polícia Civil e na corregedoria da SEGUP.

Também esteve presente na coletiva Francisco Xavier, presidente da Associação de Cabos da Polícia Militar e Bombeiros do Estado do Pará. Segundo ele, a morte de "Pet", como era conhecido o cabo Figueiredo, confirma ainda mais a insegurança a que todos estão submetidos no estado.

“Pedimos providências para o governo. O pai de família sai pra trabalhar, para garantir a segurança da população, mas ele mesmo não tem segurança. Precisamos de medidas mais concretas”, desabafou o presidente, que não informou se alguma paralisação ou ato deve ser organizado para os próximas horas ou durante a semana.

Entidades e a Sociedade Civil esperam por investigações sérias e punição dos envolvidos.

A Anistia Internacional emitiu uma nota nesta quarta-feira (5) comentando sobre a série de execuções ocorridas na madrugada de hoje em pelo menos três bairros de Belém. O órgão classifica o acontecimento como uma “chacina” e pede a investigação imediata.

O texto da instituição afirma que “a chacina foi cometida supostamente por policias militares como vingança pela morte de um cabo membro da ROTAM”, se referindo a morte do cabo Antônio Figueiredo, e que “há indícios de que a ação foi convocada por meio de redes sociais”.

A Anistia ainda afirma que coletou relatos de moradores afirmando que “as entradas e saídas do bairro (da Terra Firme) foram fechadas durante a ação criminosa por veículos oficiais da Polícia Militar, impedindo que moradores retornassem às suas residências” e que “homens encapuzados portando armamento pesado em motos e carros não identificados invadiram casas e assassinaram diversas pessoas”.

A nota ainda afirma que “há suspeitas que o número de vítimas possa ser maior do que as reconhecidas oficialmente pelo governo do Estado” e pede que o  governo federal investigue o caso.

A suspeita da existência de um milicia formada por policiais militares, inclusive o PM morto, assim como fotos, vídeos e áudios espalharam-se nas redes sociais, logo após a morte e a ameaça explícita feita por uma página da ROTAM-PA.

A página não-oficina da ROTAM conclama para a vingança, algo típico quando acontece alguma morte de policial no Pará.

Nas redes sociais, as mensagens supostamente enviadas por policiais avisam aos moradores dos bairros de Guamá e Terra Firme sobre o ataque. No mais expressivo deles, um soldado convoca outros colegas para vingar a morte do cabo. “O nosso irmãozinho Pet (apelido do cabo Antônio Figueiredo) acabou de ser assassinado no Guamá. Estou indo (para o bairro) e espero contar com o máximo de amigos. Vamos dar a resposta”, publicou o sargento Rossicley Silva, da ROTAM, em seu perfil no Facebook. Em outro áudio, espalhado pelo serviço de mensagens por celular, WhatsApp, um suposto policial alerta para que ninguém se dirija ao bairro, pois será feita uma “limpeza na área”. “Ninguém segura ninguém, nem coronel das galáxias”, finaliza o homem.

Se houve realmente uma convocação geral, a polícia militar, a corregedoria da SEGUP, o Ministério Público, a OAB e demais instituições devem averiguar e tomar as devidas providências contra essa barbárie que toma conta das áreas periféricas, onde traficantes, milícias, policiais corruptos e bandidos em geral atormentam a vida e colocam as famílias reféns e acuadas em suas próprias casas.

O caso já sensibilizou a Secretaria Nacional de Direitos Humanos que estará enviando o ouvidor geral nesta madrugada para ajudar nas investigações sobre o caso. 

A ouvidora do Sistema de Segurança Pública do Estado do Pará, Eliana Fonseca, monitora as investigações e ações da polícia, assim como de toda a SEGUP e tem ouvido familiares e populares sobre os fatos ocorridos, sendo que em suas entrevistas, percebe-se claramente as suspeitas, de que há sim, uma milícia agindo em Belém e isso não pode ser colocado para debaixo do tapete, como tenta ser feito pelos representantes do governo do Estado.

O corpo do cabo Antonio Figueiredo, da Ronda Ostensiva Tática Metropolitana (Rotam) da Polícia Militar, foi velado na tarde de hoje, na igreja dos Capuchinhos, no bairro do Guamá, em Belém. 

O sepultamento acontecerá nesta quinta-feira (6), em um cemitério particular, no município de Marituba, região Metropolitana de Belém.

Existe ou não milícias formadas por policiais paraenses?

Em entrevista ao jornalismo da TV Record, o  promotor de Justiça Militar Armando Brasil Teixeira, lembrou que há menos de dois meses atrás ordenou a prisão dos 20 policiais militares denunciados em crimes de concussão, prevaricação, corrupção ativa e extorsão, segundo apurações da "Operação Katrina". 

Os policiais foram acusados de estarem envolvidos em atividades ilícitas como arrecadação de dinheiro proveniente de comércio ilegal de estrangeiros e rede de corrupção instalada no 2ª Batalhão da Polícia Militar.

O promotor de Justiça Armando Brasil requereu a prisão com base nas conclusões do inquérito policial militar. A corregedoria da Polícia Militar efetuou as prisões. O representante do MPPA também já pediu a abertura de procedimento para a expulsão dos envolvidos da corporação.

***Que tal me seguir no twitter? 

@JimmyNight

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...