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quinta-feira, agosto 27, 2020

Morre de COVID, o prefeito que com Helder Barbalho ficou de construir um Hospital de Campanha

Em Maio, Iavé assinou um convênio com o governador Helder Barbalho para juntos construírem um Hospital de Campanha em Redenção, mas ele nunca saiu do papel. Três meses depois, o prefeito contraiu a COVID-19 e foi se tratar em Palmas (TO), onde faleceu na noite desta quarta-feira, 26. 

Por Diógenes Brandão

Redenção, município do Sul do Pará perdeu mais um prefeito sem terminar o mandato. 

Reeleito pelo MDB, Carlos Iavé Araújo (59) nasceu em Itaiópolis (SC), mas fez sua carreira no Pará, onde além de prefeito era pecuarista, comerciante e empresário de diversas áreas, entre elas, a de concessionárias de veículos de passeio à máquinas pesadas, empresas de comunicação e de implementos agrícolas, entre outras. 

Sua morte foi causada por um infarto em um hospital particular na cidade de Palmas, capital do Estado do Tocantins, onde se tratava junto com a esposa e primeira dama de Redenção, Vilma Warkentin, que junto com o marido foi diagnosticada com a COVID-19.

Prefeito reeleito de Redenção, município localizado na região sul do Pará, Iavé - como era chamado - era hipertenso e estava se recuperando da doença causada pelo novo Coronavírus e havia inclusive recentemente tido uma melhora de seu quadro clínico, mas teve uma parada cardíaca na noite desta quarta-feira, 26, e faleceu. 

Com a morte do prefeito, Redenção registra 42 pessoas mortas pela COVID-19, sendo 2.290 casos confirmados e 7.412 casos descartados.

"Segundo o último boletim médico, o prefeito estava melhorando progressivamente e os médicos que o acompanhavam já falavam até em alta da UTI. A cidade de Redenção está em choque, em menos de cinco anos o município perdeu dois prefeitos. Em 2016 Wanderley Coimbra faleceu vítima de acidente automobilístico, e em seu lugar assumiu o vice Carlo Iavé, que seria reeleito um ano depois. Natural de Itaiópolis-SC, o empresário ficou conhecido pelo empreendedorismo. De simples funcionário, Iavé comprou a empresa do seu patrão. A partir dai criou um império com concessionárias, empresas de comunicação, máquinas pesadas e implementos agrícolas, além de propriedades rurais. Iavé deixa esposa, quatro filhos e quatro netos", informou Maurício Boloni, nas redes sociais do Sul do Pará. 

No início deste mês, o prefeito de Redenção postou um vídeo já na UTI do hospital onde havia se internado, já que em sua cidade não havia estrutura de saúde capaz de lhe garantir a segurança que ele precisava para seu tratamento. 

O HOSPITAL QUE NÃO SAIU DO PAPEL E DAS PROMESSAS

Conforme noticiado pelo blog do portal Amazon Live, há pouco mais de quatro meses, no dia 19 de Maio, o governador do Estado, Helder Barbalho, assinou um convênio com a prefeitura municipal de Redenção para a construção de um Hospital de Campanha na cidade. A unidade deveria atender a população do sul do Pará, com 60 leitos, sendo 10 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).   

O Hospital de Campanha seria um reforço no atendimento aos pacientes dos 15 municípios da região do Araguaia, ampliando o número de leitos exclusivos para o combate ao novo coronavírus. Segundo matéria do portal Agência Pará, o Hospital de Campanha de Redenção atenderia os moradores dos municípios de Água Azul do Norte, Bannach, Conceição do Araguaia, Cumarú do Norte, Floresta do Araguaia, Ourilândia do Norte, Pau D’Arco, Redenção, Rio Maria, Santana do Araguaia, São Félix do Xingu, Sapucaia, Tucumã, Xinguara e Santa Maria das Barreiras.  

Naquele dia, Helder Barbalho disse que a instalação do Hospital de Campanha em Redenção seria uma medida preventiva, enquanto os números estavam sob controle e reduzidos nessa região.  

“Estamos aqui para cumprir um passo importante e que garante condições para o enfrentamento ao coronavírus e proteção a vida da nossa população. A assinatura do convênio ocorreu no Parque Ambiental da cidade, com a presença do governador do Estado, Helder Barbalho, do prefeito de Redenção Carlo Iavé, do prefeito de Conceição do Araguaia, Jair Martins, do deputado estadual Alex Santiago, do Secretário Estadual de Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas Ruy Cabral, e do Secretário Estadual Executivo de Transportes Pádua Andrade.   

“É com muita alegria que recebemos esse Hospital de Campanha aqui em Redenção. Um local que dará apoio a cerca de 700 mil pessoas de 15 municípios da região sul do Estado. Nós sabemos que esse hospital vai salvar inúmeras vidas. Nós estamos muito felizes com a instalação desse hospital. É essencial saber que temos um loca de apoio, principalmente se houver um surto na região”, disse Carlo Iavé, prefeito de Redenção.  

quinta-feira, abril 02, 2020

1ª morte por COVID-19 no Pará é questionada

Enterro da idosa que a SESPA diz ter morrido com a COVID-19 reuniu muitos populares.

Por Diógenes Brandão

A fotografia acima registra o enterro, em Alter do Chão, no oeste do Pará, da senhora de 87 anos que, teria sido a primeira vítima fatal da pandemia do novo coronavirus - Covid 19 - no Pará, segundo anunciaram ontem, primeiro de abril, o governador Helder Barbalho e o prefeito de Santarém, Nélio Aguiar, que são aliados. 

A forma que foi investigada e confirmada da causa da morte da idosa, ocorrida em 19 de março, provocou polêmica no Pará, pela sucessão de erros na divulgação. Ela era muito querida em Alter do Chão, uma praia de rio no Tapajós, conhecida como Caribe da Amazônia, pelos seus encantos naturais e, por isso, bastante procurada por turistas de todo o Brasil e do mundo. 

A idosa foi sepultada com grande acompanhamento, pois, àquela altura, as pessoas não tinham conhecimento de que ela já seria um caso suspeito de Covid-19. O óbito supostamente teria ocorrido por infecção pelo coronavírus, o que a família nega, com veemência.

Diante de documentos que circularam nas redes sociais e grupos de WhatsApp, expondo o nome da falecida pelo próprio governo do estado, surgem várias perguntas que não querem calar.

A primeira pergunta refere-se à uma alegada coleta de sangue da senhora - que os familiares também negam ter ocorrido - que teria sido feita por um médico particular. Se ele realmente o fez, deixou de cumprir seu dever e não comunicou a suspeita que ele próprio alegou, de ser um caso de coronavírus, nem à Secretaria de Estado de Saúde e nem à Secretaria de Saúde de Santarém, nem aos familiares, embora tenha usado formulário oficial - receituário do SUS - e um carimbo de uma unidade de saúde pública, sendo que ele, o médico, não é da rede pública de saúde, o que já configura crime de falsidade ideológica. Além disso, o médico negligenciou informações médicas e tem tudo para responder processo e até ser preso por agir totalmente contra o que pregam os protocolos para o procedimento médico em relação aos casos suspeitos de COVID-19.

Outra pergunta intrigante, ainda sem resposta: porque o médico teria encaminhado o sangue - supostamente coletado - para um laboratório em Belo Horizonte, Minas Gerais, e não para o gabaritado Instituto Evandro Chagas, em Belém do Pará, ou para o LACEN - Laboratório Central do Governo do Pará, que são referências para realizar os testes para o COVID-19?

O que mais intriga a maioria das pessoas, profissionais da saúde e leigos, é: porquê, depois de tanto tempo, ainda não há familiares infectados com o coronavirus, que tem grande poder de propagação, ainda mais em ambientes pequenos e com tanta gente cuidando da anciã?

Outra: porquê a Sespa demorou quase uma semana para divulgar a primeira morte por coronavirus no Pará e o fez pelo Twitter, sem antes se comunicar com os familiares da vítima? Teria sido um gesto esperado tanto pelos protocolos de segurança sanitária, quanto principalmente um ato humanitário. 

São perguntas que exigem respostas, a bem da verdade e do esclarecimento completo de fatos que podem ter implicações previsíveis na saúde pública. Há um reboliço em Alter do Chão e a família exige ser poupada de mais problemas.

Por ora é isso. Logo mais traremos outras informações, sempre com o objetivo de esclarecer as dúvidas de nossos leitores e leitoras, e trazer à luz os motivos que levaram o governador e a SESPA a omitirem todos esses problemas e vícios no processo, que tem tudo para ser reformulado por quem o chancelou e deu fé.


O que vc acha disso tudo?

quinta-feira, setembro 19, 2019

Tucuruí clama por justiça e o fim do mandato do prefeito Artur Brito

Governo de Artur Brito é acusado de manter o caos e de atacar adversários para se manter no poder, mesmo respondendo a diversos processos e pedidos de afastamento.


Diógenes Brandão

A poucos dias de completar dois anos e dois meses do assassinato de Jones Willian, na época prefeito de Tucuruí, que foi morto a tiros no dia 25 de julho de 2017, enquanto fiscalizava uma obra de tapa-buracos na estrada do aeroporto, ainda paira sobre a cidade, o clima de insegurança, injustiça e descaso.

Isso porque, depois do assassinato de Jones Willian, várias pessoas, com algum tipo de  ligação com o caso, foram assassinadas, inclusive o pistoleiro Bruno Venâncio, que morreu no dia 11 de abril de 2018, em uma rebelião no Centro de Recuperação Penitenciária do Pará III, no Complexo de Santa Izabel, onde estava preso.

Como se não bastasse, Artur de Jesus Brito, que era vice prefeito e assumiu o cargo, após a morte do titular da vaga, o vereador Lucas Michel Silva Brito, que é  irmão do atual prefeito e a mãe deles, Josenilde Silva Brito, que durante as investigações chegou a ser presa, além do chefe de gabinete Wilson Wischansky,  foram todos denunciados como  suspeitos de terem  planejado o crime e hoje são réus no processo de assassinato de Jones Willian, juntamente outras pessoas indiciadas, com a conclusão do inquérito.      
                                                                                Os familiares e amigos do prefeito morto, reclamam da morosidade na conclusão do caso. O  vereador Weber Galvão, irmão do prefeito assassinado, afirma que Artur Brito tem usado de  todos os artifícios,  para protelar o resultado do processo e se manter no cargo. ”Já foram aplicadas a eles medidas cautelares e, gastando muito dinheiro, ele  conseguiu derrubar a decisão do juiz. Agora ele tenta em todas as instâncias anular as provas que existem contra eles no processo, e deixar de ser réu, alegando foro privilegiado”, afirma o vereador.    

                                                                                Com tantos fatos obscuros, não é pra menos que a cidade viva hoje uma situação de instabilidade política e econômica. O comércio está enfraquecido, com as lojas fechando as portas, o funcionalismo  público com os salários atrasados, servidores municipais sendo demitidos, direitos sendo retirados de várias categorias. Recentemente aconteceram grandes manifestações na cidade, em protesto aos atos do prefeito que prejudicava os funcionários.

Como se não bastasse, falta merenda nas escolas, falta  transporte para os alunos, os médicos estão pedindo desligamento dos cargos por não receberem os salários atrasados e nas unidades de saúde, não tem remédios, ou quando tem, estão vencidos.

Como foi amplamente divulgado recentemente nas redes sociais e veículos de comunicação de todo o estado, um caso grave de distribuição de remédios vencidos, ocorrido na saúde pública de Tucuruí.                                                                                  Mesmo com uma administração em colapso total, tudo indica que o atual prefeito tenha pretensões políticas para as próximas eleições,  e já declarou guerra aos dois pré candidatos que lideram as pesquisas no município: Alexandre Siqueira e Jairo Holanda.

Uma espécie de  jogada ensaiada é articulada através de um grupo que produz e espalha fake news, que segundo alguns moradores da cidade, que preferem não se identificarem, pois temem represálias, recebem dinheiro ilegalmente da prefeitura  o empara atacar o empresário Alexandre Siqueira, e quem mais se apresentar como oposição a atual gestão, enquanto um outro grupo persegue Jairo Holanda, que é servidor público concursado, tentando inclusive invalidar seu concurso.  
                                                                              Ao consultarmos quem mora em Tucuruí, percebemos um desejo coletivo, para que os responsáveis pela morte do prefeito Jones Willian paguem pelo crime, e que já sonham com o fim desse mandato, que pra eles representa retrocesso, abandono e insegurança.

quarta-feira, agosto 21, 2019

Quem acredita que o governo do Rio comemorou a preservação de 37 vidas?



No Espaço Aberto

O governador Wilson Witzel pode passar o resto da vida dizendo que, em vez de comemorar a morte do sequestrador de um ônibus, na manhã desta terça-feira (20), na ponte Rio-Niterói, comemorou a preservação de 37 vidas. 

Pois eu devo passar os próximos 350 anos achando que não. 

Acho que ele, em verdade, comemorou a morte do sequestrador, e não o fato de que os 37 reféns que estavam no ônibus saíram sãos e salvos.

Essas imagens aí, do governador do Rio, são ridículas. 

São horríveis.

São tenebrosas. 

São ridículas, horríveis e tenebrosas porque espera-se de um governante moderação, comedimento, racionalidade, sensatez e contenção de ânimos, sobretudo e principalmente em momentos extremos, como os que se viram durante as três horas em que o sequestrador manteve os passageiros reféns dentro do ônibus. 

Estávamos diante de uma iminente tragédia, que ocorreria caso o homem, por exemplo, tocasse fogo no ônibus? 

Sem dúvida que sim. 

A polícia, tecnicamente, desincumbiu-se a contento de sua missão, acertando os tiros apenas no sequestrador? 

Sim. 

Desincumbiu-se. 

Devemos todos, de fato, festejar o fato de que todos os passageiros no interior do ônibus tiveram sua integridade física absolutamente preservada? 

Mas é evidente que sim. 

A ação dos snipers foi decisiva para salvar essas 37 vidas? 

É claro que sim. 

Mas a atitude extrema (neutralizar, ou seja, matar o sequestrador), adotada naquele momento, era a recomendável? 

Ninguém sabe. 

Já haviam sido esgotadas todas, absolutamente todas as alternativas para que o homem se entregasse? 

Não sei. 

Ninguém sabe ainda. 

Nem Wilson Witzel, esse que diz ter comemorado a preservação de 37 vidas. 

Mas eu acho mesmo é que comemorou a morte do sequestrador.

terça-feira, junho 11, 2019

Líder sindical é assassinado um dia após Helder Barbalho lançar "Territórios pela Paz"



Por Diógenes Brandão 


O presidente do Sindicato Rural do município de Rio Maria, sudeste do Pará, Carlos Cabral, 58 anos, foi assassinado com 4 tiros na cabeça, disparados por 2 homens em uma moto. Os assassinos fugiram  logo após o crime e a polícia não tem suspeitas de quem sejam e muito menos onde estejam os criminosos. 

A vítima ainda foi socorrida e levada ao hospital municipal da cidade, mas veio a óbito logo em seguida devido a gravidade dos ferimentos.  

Com uma vida marcada pela coragem e luta em defesa dos interesses dos trabalhadores rurais, Carlos dirigiu o Sindicato dos Trabalhadores Rurais por muitos anos e já havia sido ameaçado e teve várias tentativas de assassinato, mas como a maioria dos que estão nessa situação, sem a proteção do Estado, hoje o eliminaram de vez.

O caso é mais um grave atentado aos defensores da classe trabalhadora na Amazônia, que assim como Chico Mendes, morto em dezembro de 1988, Dorothy Stang, morta em fevereiro de 2005 e o casal de extrativistas José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo, mortos na manhã de uma terça-feira, de Maio de 2011, soma-se a milhares de outros defensores dos Direitos Humanos e do Meio Ambiente na Amazônia, que tiveram suas vidas interrompidas pela ganância de latifundiários e grileiros de terras, assim como pela covardia dos gestores públicos em enfrentar o problema que se arrasta por décadas.

O atentado mancha de sangue o lançamento do programa governamental denominado de "Territórios Pela Paz", apresentado na manhã desta segunda-feira, 10, no Teatro Margarida Schivasappa. Segundo uma fonte do blog que participou do evento de lançamento, a ideia não passa de um conjunto de ações que fazem uma releitura do programa "PROPAZ", lançado pelo ex-governador Simão Jatene, em 2011.

Para um leitor do blog, a diferença do governo de Simão Jatene para o de Helder Barbalho é que o atual aliou-se e nomeou para diversos cargos no seu governo, membros de partidos de esquerda e com isso consegue silenciar as entidades sindicais e demais movimentos sociais, como aqueles que atuam como defensores dos Direitos Humanos, que não o responsabilizam pelo atentado de hoje, como acontecia durante os governos de seu antecessor, sempre acusado de ter as mãos manchadas pelo sangue que escorria dos conflitos por terra no Pará.



sexta-feira, maio 31, 2019

22º PM é assassinado no Pará



Por Diógenes Brandão


O 22º PM assassinado no Pará foi baleado por volta das 15h desta sexta-feira, 31, em frente à uma agência da Caixa Econômica Federal, no município de Ourilândia do Norte. 

O policial Soldado Rutembergue da Silva Ávila estava transportando um malote de uma Lotérica do município de Tucumã para a agência da Caixa Econômica Federal de Ourilândia do Norte, quando foi abordado por dois indivíduos armados, e ao tentar reagir ao assalto, foi alvejado nas costas por disparos de arma de fogo. 



Os indivíduos levaram a arma do Policial Militar, não tendo conseguido levar o malote. O policial ainda recebeu atendimento médico, mas não resistiu aos ferimentos e veio a óbito. 

Amigos do soldado dizem que a baixa remuneração dos policiais, praticamente os obrigam a procurar outras formas de aumentar a renda familiar. 

Vídeo gravado por populares, mostra o momento em que o policial tinha acabado de ser baleado.



quarta-feira, maio 15, 2019

17º PM morto por bandidos no Pará. 'É uma caça', diz esposa de sargento

O crime revela a realidade escondida pela propaganda do governo do Estado: Existe uma caça aos PMs, por parte de criminosos.



Por Diógenes Brandão

No fim da noite desta terça-feira, 14, um mês e meio após a chegada da Força Nacional de Segurança ao Pará, o Sargento Josevaldo Andrade Silva, de 49 anos, morador de Outeiro, teve a casa invadida e crivada de balas, sendo que levou oito tiros, quatro na cabeça.

Lotado no Batalhão de Policiamento Ambiental, ele ainda foi atendido na UPA de Icoaraci, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

Ele é 7º policial militar assassinado no Estado, só nestes cinco primeiros meses do ano. 

A situação não vem sendo admitida e isso tem tornado a vida de milhares de famílias de policiais, um verdadeiro inferno. Pelo menos é isso que revela a esposa de um sargento que está de plantão em uma viatura e preferiu não se identificar, mas nos encaminhou as primeiras informações sobre o crime. 

Ainda segundo ela, o PM baleado teve uma parada cardíaca e morreu. 'É uma caça aos PMs', conclui na mensagem enviada ao blog. 

Josevaldo estava com a família, que agora chora por sua morte abrupta e covarde, sem que nada mais possa ser feito para reparar a perda de mais um policial paraense.

Em respeito à família, não iremos exibir as fotos recebidas do corpo do PM caído ao chão, todo ensanguentado.

GOVERNO HELDER DIZ QUE VIOLÊNCIA DIMINUIU

O Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), informou semana passada, que a violência vem reduzindo bastante desde que o governador Helder Barbalho tomou posse, em Janeiro de 2019. Segundo os números apresentados pelo governo, os casos de homicídio durante o mês de abril no Pará caíram 38% se comparados aos registrados em abril de 2018. De acordo com os dados divulgados pela Segup, em abril de 2018 foram registrados 380 homicídios contra 237 em abril deste ano. 

'Essa é a redução mais significativa registrada da taxa de homicídios no mês de abril desde o ano de 2010. Já o crime de latrocínio, (roubo seguido de morte) apresentou redução de 39% no Estado. No ano de 2018, o número correspondeu a 23 ocorrências. Neste ano, foram 14 registros'.

Essa é a narrativa da propaganda compartilhada por praticamente toda a imprensa paraense, paga através de anúncios, que consomem a verba publicitária do governo, inclusive destinada a blogs, que antes se mostravam imparciais e hoje reproduzem as informações que lhes são enviadas pela SECOM - Secretaria de Comunicação do Governo do Pará.

QUEDA DA VIOLÊNCIA É NACIONAL, MAS NO PARÁ AINDA É ALTA

Parceria do Portal da Globo (G1) com o Núcleo de Estudos da Violência da USP e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Monitor da Violência revela que houve 3.228 mortes a menos no 1º trimestre de 2019 e em todos os estados do país apresentaram redução de assassinatos. No 1º trimestre quatro estados tiveram quedas superiores a 30%: Ceará, Amapá, Sergipe e Rio Grande do Norte. Em números absolutos, o estado com a maior redução foi o Ceará, com 691 vítimas a menos.


domingo, setembro 30, 2018

A embriaguez, as mortes no trânsito e o pacto de silêncio das elites no Pará

Com exclusividade, a história que muitos tentam ocultar sobre a injustiça imposta pelos poderosos no Pará.

Por Diógenes Brandão

A morte de Gabriela Cristina Jardim da Costa, de apenas 19 anos e de Alessandro Guedes da Silva, após serem atropelados pelo filho de Rômulo Maiorana Jr, o empresário Giovanni Maiorana, que segundo a polícia foi preso embriagado, mas se recusou a fazer exames para confirmar o crime e foi solto logo em seguida, após pagar meio milhão de reais em fiança, hoje só se encontra registrada em alguns sites, blogs e redes sociais do Pará. Mas o caso ganhou repercussão em parte da imprensa brasileira, por ter o envolvimento indireto de uma 'celebridade nacional', conhecida como 'Gominho'.

Assista a matéria da TV Record Belém, um dos poucos veículos da imprensa paraense que noticiou o grave acidente:


A sentença de soltura após pagamento da fiança foi assinada pelo juiz da Vara Penal de Belém, Heyder Tavares, e após paga, o herdeiro da Roma News (Racha das ORMs, que controlam a TV Liberal, o jornal OLiberal e diversas rádios no Pará), já está em liberdade.

Giovanni Maiorana foi preso em flagrante após bater seu automóvel luxuoso em um poste. Dentro dele, foram encontradas latas de cerveja e garrafas de bebida alcoólica. O caso fez lembrar um outro caso parecido ocorrido há quase 20 anos atrás.

ACIDENTE COM HELDER TAMBÉM MATOU DUAS PESSOAS EM 1999

O jornal Folha de São Paulo ainda mantém a notícia em seu portal, na qual informa que em 20 de fevereiro de 1999, Helder Barbalho envolveu-se em um acidente voltando da curtição do carnaval em Fortaleza-CE. No veículo, dirigido em alta velocidade, a namorada de Helder e um amigo, que foi cuspido do carro e teve morte instantânea. 



OUTRA MORTE POR EMBRIAGUÊS ENVOLVE AMIGO E EX-ASSESSOR DE HELDER

Para quem não sabe, a namorada de Helder Barbalho na época, ficou com o rosto desfigurado e precisou passar por diversas cirurgias plásticas. Segundo uma fonte do blog, que não quis ser identificada, algum tempo depois, a jovem acidentada casou-se com Marco Antonio Soares Raposo, amigo de Helder e que já foi seu assessor político, tendo inclusive se envolvido em um outro acidente que matou Fábio Anderson Castro Coelho, que morreu na hora, há exatos cinco (05) meses atrás. 

Segundo relatos de policiais que efetuaram a prisão de Marcos Raposo, ele também estava embriagado e em seu carro foram encontradas garrafas de bebida alcoólica, mas tal como aconteceu com Giovanni Maiorana, a justiça decretou o pagamento de fiança, dessa vez de apenas R$30 mil reais e ele foi posto em liberdade. 

Nos laudos do Instituto Médico Legal, a possibilidade de manipulação dos exames, que até hoje não foi explicada, gera a sensação de que no Pará, gente rica e com amigos influentes na política jamais são condenados ou respondem pelos seus crimes como deveriam.

O blog AS FALAS DA PÓLIS apurou que a família Maiorana não permitiu que nenhuma nota fosse divulgada por nenhum dos seus veículos de comunicação e pediu que as demais empresas fizessem o mesmo, tendo o seu principal concorrente, o jornal Diário do Pará retirado - minutos depois de ter publicado em seu portal - a notícia sobre o acidente causado por Giovanni Maiorana.

O portal Roma News, de propriedade de Giovanni Maiorana e seu pai, Rômulo Maiorana Jr, também retirou a matéria onde informava sobre o acidente que envolveu o assessor de Helder Barbalho e tudo já está na mais perfeita ordem entre as famílias que controlam a grande mídia no Estado do Pará.

quinta-feira, julho 26, 2018

Violência no Pará: Político é assassinado no dia do seu aniversário e a 200 metros de uma delegacia

A vítima foi baleada há 200 metros de uma delegacia e morreu no dia em que completava 50 anos.

Por Diógenes Brandão

O ex-vereador de Pau d’Arco, Carlos Eduardo Barbosa Pereira, conhecido como "Neto do Chicão", foi executado a tiros no município de Redenção, sudeste do Pará. 

O crime aconteceu no fim da tarde desta quarta feira 25, por volta das 18 horas, quando “Neto do Chicão” completava 50 anos de idade.

A vítima foi vereador por três mandatos e uma vez candidato a vice-prefeito pelo PP, juntamente com o ex-prefeito Maurício Cavalcanti (MDB), nas eleições de 2016. 

Carlos Eduardo Barbosa Pereira, conhecido como "Neto do Chicão" foi vereador no município de Pau D'arco (PA)

De acordo com a polícia, o ex-parlamentar foi assassinado a 200 metros da delegacia de Redenção, quando chegou a uma casa de jogos no Centro da cidade e foi alvejado quando entrava no prédio. As investigações para identificar e prender os assassinos ainda não tem nenhum suspeito identificado.

Testemunhas que estavam dentro do estabelecimento disseram que ouviram apenas os tiros e que não deu para perceber quem atirou. Segundo informações repassadas pela polícia, tudo indica que a vítima já vinha sendo seguido e que as características apontam para crime de execução.  

Atualmente, "Neto do Chicão" não tinha mandato e nem ocupação definida.

sexta-feira, junho 29, 2018

Suicídio de PM é atribuído à perseguição do comando da polícia

Por Diógenes Brandão

O suicídio do cabo da polícia militar, Ernande Barbosa de Mesquita, lotado no 2ºBPM, causou a reação do vereador Sargento Silvano (PSD) que comentou o caso e disse que vai denunciar ao Ministério Público Militar aquilo que chama de perseguição do comando.

O policial cometeu suicídio no fundos do prédio do BPM. Segundo informações, o policial estava pronto para entrar em serviço, quando se ausentou dos demais parceiros de equipe e se suicidou com um disparo de sua própria arma de fogo contra sua cabeça. 

Assista: 



domingo, maio 06, 2018

A classe média, não! OAB-PA exige um basta na violência após assassinato de advogada



Por Diógenes Brandão

24 horas depois da morte da advogada Alessandra Teixeira Romariz Vasconcelos, de 44 anos de idade, a OAB-PA emitiu nota exigindo medidas enérgicas por parte do Estado, no combate à criminalidade. 

Mesmo sem citar o assassinato da advogada, a Ordem resolveu se pronunciar e cobrou das autoridades estaduais, medidas que garantam a segurança da população. Segundo matéria do portal Diário Online, a Polícia Civil acredita que o crime tenha sido motivado por um eventual desentendimento no trânsito e não por uma tentativa de assalto ou alguma retaliação ao trabalho da advogada.

O blog se solidariza não só com a família da advogada Alessandra, assim como todas as demais que diariamente tem sido atingidas pela onda de violência e intolerância que assola o Estado e o país, onde a maioria dos cidadãos comuns e policiais - de baixa patente - viram apenas estatística e matéria jornalística para as páginas policiais.

Leia a nota da OAB-PA:

A Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Pará, vem a público exigir das autoridades paraenses um basta na onda de violência que assola o Estado e amedronta todos os cidadãos indistintamente, que não podem contar com o mínimo de segurança para sair de casa sem se esquecer ainda, que o Estado sofre com a atuação de milícias, investidas de violência contra estabelecimentos prisionais, crimes praticados mediante violência ou grave ameaça em plena luz do dia, dentre outros. 

Recentemente, os noticiários têm revelado que o cidadão paraense está lançado à própria sorte, evidenciando que o Poder Público vem sucumbindo diante de uma criminalidade cada vez mais atuante e ousada, sem que se indique medidas concretas e eficientes no sentido de estancar o caos que se instalou no Pará. 

Do campo à cidade, no interior ou nas imediações dos presídios, dentro ou fora de nossos lares, a violência tem acuado e aprisionado a sociedade paraense, que ainda sofre com a deficiência na prestação de serviço público nas mais diversas áreas, esvaindo-se a esperança de se vislumbrar dias melhores por um povo que não mais acredita no poder de reação estatal.  A vida humana vem perdendo o seu valor e, o pior de tudo, quem teria o dever de salvaguardá-la já não dá mais sinais de existência ou resistência, de modo que é hora de se mostrar, a contento e de imediato, medidas reais de preservação e proteção da população paraense, freando o ímpeto dos grupos criminosos que aterrorizam os cidadãos. 

Não conclamamos apenas pela elucidação dos fatos já ocorridos, mas pela implementação  de ações reais que impeçam tais barbaridades. Isso só se dará através da atuação eficiente e enérgica do Estado, sem se olvidar dos valores republicanos que norteiam o nosso Estado Democrático de Direito. 

O que tem sido feito pelo Estado para conter tanta selvageria em detrimento da vida humana? Articulações politicas pensando nas eleições não estão na pauta do momento e é necessário voltar os olhos para o cidadão paraense, que clama por segurança e presença efetiva do Estado, assegurando convívio harmônico e civilizado a todos sem, contudo, instalar-se um estado policialesco e violador de direitos e garantais fundamentais, sendo obrigação do Estado garantir a segurança de todos, sem que para tanto afronte as direitos consagrados em nossa Constituição Federal. 

A OAB-PA estará cobrando, exigindo na condição de porta voz da cidadania a adoção de medidas enérgicas e concretas de combate à criminalidade por parte do Estado, sob pena de voltarmos ao período da vingança privada e permitir que cada qual faça justiça com as próprias mãos, assumindo o Estado a sua plena incapacidade e incompetência na área de segurança pública.

Alberto Campos  
Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional do Pará.

segunda-feira, março 12, 2018

Hydro/Alunorte degrada, PM persegue e mais um ambientalista é assassinado na Amazônia



Por Diógenes Brandão

O assassinato de Paulo Sérgio Almeida Nascimento, com quatro tiros, gera medo e indignação no Pará


O crime aconteceu na madrugada desta segunda-feira (12) e tem indício de ter sido encomendado para silenciar a voz de protesto contra os crimes ambientais da Hydro/Alunorte, com a anuência da Prefeitura Municipal de Barcarena e o Governo do Estado do Pará.


Segundo o jornal Diário do Pará, Paulo tinha 47 anos e era um dos representantes da Associação dos Caboclos, indígenas e Quilombolas da Amazônia (CAINQUIAMA), que desde de 2017 já havia cobrado da prefeitura de Barcarena se a empresa Hydro possuía autorização para construção das bacias de rejeito.  A execução, infelizmente, não surpreende. Em documento protocolado pelo 2° promotor de Justiça Militar Armando Brasil Teixeira em 19 de janeiro, já são pedidas "garantias de vida aos representantes da referida associação" diante das ameaças que estavam recebendo, mas o pedido foi negado pelo Secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social do Pará. 


Leia a matéria de mais um caso que revela como os projetos de mineração eliminam os que ousam a defender os direitos sociais e ambientas dos povos da Amazônia.

sábado, fevereiro 03, 2018

Aos 95 anos, morre Arthur Carepa, pai de Ana Júlia, a primeira e única governadora do Estado do Pará

Na foto, a governadora Ana Júlia Carepa e seu pai, Arthur Sampaio Carepa, com a imagem de Nossa Senhora de Nazaré, durante o aniversário do Clube do Remo, em Fevereiro de 2017.

Por Diógenes Brandão    

Segundo Ana Júlia, seu pai, Arthur Sampaio Carepa faleceu por volta das 23 horas desta sexta-feira (02), após 30 dias em tratamento na UTI do Hospital Adventista de Belém, onde lutava contra uma pneumonia.

Casado com Maria José de Vasconcelos Carepa, Arthur deixa os filhos, Emílio Sérgio, Arthur, João Carlos, Ana Júlia, Luiz Roberto, José Otávio e Santos Estanislau e os netos: Brenda, Júlio, Juliana, Taíssa, Nathalia, André, Marina, Cássio e Letícia, a única bisneta.       

A família nutre uma grande paixão pela natação, tanto que em sua casa ainda existe uma piscina atlética e uma escola da prática esportiva e o nome do pai de Ana Júlia virou o "Troféu Arthur Samapaio Carepa de Natação", que já premiou diversos atletas em eventos da Confederação Brasileira e da Federação Paraense de Deportos Aquáticos.

Na foto, ao lado esquerdo de Ana Júlia, Arthur Carepa reunido com a família, durante o Dia dos Pais, em Agosto de 2014.
A governadora Ana Júlia recebeu a informação em Brasília-DF, onde participava do Encontro Nacional do PCdoB, seu novo partido. Ao tomar conhecimento do ocorrido, ela interrompe sua participação no evento e retorna à Belém na manhã deste sábado (23), onde ajudará a confortar a família e amigos.  

Arthur era engenheiro, foi Secretário de Obras no Município de Belém, cassado e preso durante a ditadura militar. No dia em que sua filha foi eleita governadora do Estado do Pará, a revista IstoÉ Gente publicou uma matéria, onde contou a seguinte história:      

“Arthur, pai da governadora eleita Ana Júlia, reuniu família e amigos na hora da apuração dos votos. Mandou fazer um almoço típico: maniçoba, moqueca de caranguejo e açaí, com torta de cupuaçu de sobremesa. Estava eufórico e nervoso. Quando saiu o resultado da pesquisa de boca-de-urna dando vitória à sua única filha entre sete homens, passou mal. “Levaram-no para o quarto. Um dos filhos é médico e cuidou dele”, contou a comadre da governadora, Edilza Fontes. Arthur revelou que quando jovem, filiado ao antigo MDB, pensou em ser candidato ao governo. “Minha filha está realizando meu sonho”, disse, entre lágrimas”.      

O autor do blog AS FALAS DA PÓLIS blog solidariza-se à tão estimada família, que teve o privilégio de conhecer e visitar sua casa e registra condolências pelo falecimento do seu patriarca, que viveu e cuidou de sua família com dignidade e dedicação exemplar. 

Leia a nota de pesar publicada por Ana Júlia, em seu perfil no Facebook.

segunda-feira, outubro 30, 2017

Exclusivo: Por que a mãe do prefeito de Tucuruí foi presa?

Josy Brito acusada de ser mandante do assassinato de Jones William é empresária e mãe do atual prefeito de Tucuruí.

Por Diógenes Brandão

Segundo informações obtidas com exclusividade pelo blog, uma queima de arquivo deixou um lastro de outros cinco (05) assassinatos, logo após a morte de Jones William. Os nomes das vítimas são: Zé Davi, Edvaldo, Elden, Juan e Miúdo.   

Uma delação de um parente de Zé Davi, fazendeiro assassinado 02 meses após a morte de Jones William, teria citado o nome da acusada, a empresária Josenilde Silva Brito, mais conhecida com Josy Brito, mãe do atual prefeito Artur Brito (PV), que acabou presa hoje em Tucuruí, após prestar depoimento à polícia.

A acusada é proprietária de uma empresa chamada Fé em Deus empreendimentos.

DELAÇÃO E QUEIMA DE ARQUIVO  

Zé Davi, é como era conhecido o fazendeiro José David de Lucas, de 76 anos, assassinado com cinco (05) tiros na noite do dia 22 de Setembro, na rodovia BR-422, próximo ao município de Tucuruí, no sudeste pararense. 

Uma das hipóteses levantadas pela polícia na época e que serviram para montar o quebra-cabeça que permitiu chegar à conclusão de que o crime tenha sido uma queima de arquivo, foi de que José Davi estava sendo investigado por envolvimento no assassinato do prefeito da cidade, Jones William, em julho deste ano.

Leia também >> Exclusivo: Mãe do prefeito de Tucuruí é presa após prestar depoimento à polícia

O carro do fazendeiro foi encontrado capotado ao lado da pista, apoiado em um poste de energia, com a vítima já morta dentro do veículo. O caso foi inicialmente tratado como um acidente de trânsito, mas após a chegada da polícia militar, foram encontradas as marcas de bala no veículo e no corpo do fazendeiro.

O caso inicialmente foi tratado como um acidente de trânsito, mas policiais encontraram marcas de tiros no veículo e na vítima. (Foto: Reprodução/Sistema Floresta).
Segundo as primeiras informações levantadas pela polícia, José David voltava para casa, localizada na Vila Permanente, dirigindo o próprio carro, quando dois homens de moto o perseguiram e dispararam diversas vezes contra ele, acertando cinco tiros. Baleado, José David perdeu o controle do veículo, batendo no canteiro central da rodovia e capotando em seguida.    

A morte do fazendeiro ocorreu coincidentemente um dia depois da prisão de Bruno Marcos, suspeito de executar o prefeito e capturado em Belém, após tentar embarcar em um vôo no aeroporto internacional Júlio César. Bruno foi identificado como executor de outro crime em Itaituba, onde câmeras de segurança do posto da vítima, registraram o momento em que o matador de aluguel encostou a arma na cabeça dele e atirou.   

Um retrato falado e o vídeo foram peças fundamentais para a polícia chegar ao acusado que permanece preso e deve ter revelado os nomes dos mandantes e contratantes do "serviço", que já ceifou a vida de três prefeitos da mesma região, no período de um ano e meio, tal como esse blog vem apurando. 

Assista: A pistolagem que mata prefeitos e empresários no Pará


quinta-feira, outubro 26, 2017

Paulinho Fonteles morre aos 45 anos e recebe homenagens

Paulinho Fonteles recebe centenas de homenagens póstumas de amigos, partidos, lideranças e veículos de imprensa.

Por Diógenes Brandão

O comunista Paulo Fonteles Filho foi acometido por uma broncopneumonia e faleceu aos 45 anos, vítima de um infarto fulminante, na manhã desta quinta-feira (26). Seu pai, Paulo Fonteles, tinha a vida relembrada através de um dedicado trabalho no Instituto Paulo Fonteles de Direitos Humanos criado por ele. 

Paulinho deixa uma grande lacuna na luta pelos Direitos Humanos e no resgate da história dos movimentos sociais no Pará. 

Seu corpo será velado na Assembléia Legislativa do Estado do Pará (ALEPA) e o sepultamento no Cemitério de Santa Izabel.

Em sua última postagem nas redes sociais, Paulinho escreveu no dia 7 de outubro: 


Entre as homenagens e despedidas, o blog destaca a publicação do jornalista Antônio José Soares, no Facebook, que resgatou um pouco do legado do comunista paraense: 

"Paulo Fonteles Filho, o Paulinho Fonteles, 45 anos, ex-vereador de Belém pelo Partido Comunista do Brasil (PC do B). É filho do deputado Paulo Fonteles, assassinado no exercício do cargo, por defender posseiros, e de Hecilda Veiga, militante comunista e dos direitos humanos. Os dois foram presos pela ditadura militar e Paulinho nasceu no cárcere. 

Paulinho vinha dedicando anos de sua vida para esclarecer pontos obscuros da Guerrilha do Araguaia, sendo integrante da Comissão da Verdade. Denunciava tortura, violência contra posseiros etc. Era um verdadeiro comunistas. 

Era filho de Paulo Fonteles, professor, advogado e político do Partido Comunista do Brasil (PC do B), morto em junho de 1987. Eleito deputado estadual em 1982, ao denunciar diversas vezes na Assembleia Legislativa do Pará as listas de marcados para morrer (onde também estava presente), Fonteles atraiu cada vez mais a admiração dos setores das classes populares por sua atuação de oposição a latifundiários, em especial do sul do Pará e ligados à União Democrática Ruralista (UDR). 

Em 1986 foi candidato à Deputado Federal Constituinte, mas não foi eleito. No final da manhã de 11 de Junho de 1987, às proximidades da entrada da Alça Viária, no município de Marituba, região metropolitana de Belém, foi executado com três tiros na cabeça. O crime em 2013 completou 30 anos e o principal acusado de ser o mandante do do assassinato até hoje está em liberdade, mesmo possuindo diversos processos contra si.

Como foi vereador de Belém, a CMB também emitiu nota. Leia: 

"A Câmara Municipal de Belém lamenta a morte do ex-vereador Paulo Fonteles Filho. Paulo tinha 45 anos e era mais conhecido como Paulinho Fonteles. O defensor dos direitos humanos, blogueiro, escritor, poeta e membro da Comissão Estadual da Verdade do Pará faleceu na madrugada desta quinta feira, 26. Há 15 dias, ele estava internado com quadro de pneumonia grave. Como político iniciou a carreira aos 29 anos, participando da 14º e 15º legislatura da CMB, que corresponde aos anos 2001/2008 pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB). O ex vereador deixa esposa e quatro filhos. O velório será realizado na Assembléia Legislativa do Estado do Pará, na Praça Dom Pedro I, na cidade velha, a partir das 11h . O sepultamento será nesta sexta feira, 27, no cemitério Santa Isabel, na av. José Bonifácio, as 10h."

O jornal O LIBERAL publicou em seu portal
"O ex-vereador de Belém, Paulo Fonteles Filho, faleceu na madrugada desta quinta-feira (26), vítima de um infarto fulminante em casa. O corpo do ativista político deve ser velado na Alepa (Assembleia Legislativa do Pará) e o enterro será nesta sexta-feira (27) no Cemitério Santa Izabel. 
O presidente municipal do PC do B, Michel Sodré, lamentou a morte por meio de nota : "O PCdoB está de luto e todas as  nossas atividades suspensas. Paulinho era um dos melhores entre nós, amigo, companheiro, solidário, altaneiro, abnegado, dedicado a luta do povo pondo a sua vida constantemente em risco na defesa dos direitos humanos num Estado dominado pelo latifúndio e pela pistolagem. Sua trajetória nos deixa um legado de sonhos, esperança e luta. A toda sua família, um abraço fraterno e amoroso do PCdoB", diz o documento.
O ex-vereador era filho de Paulo Fonteles, político do PC do B, que foi assassinado à tiros em 1987, no município de Marituba, após denunciar irregularidades fundiárias no Estado. O suspeito de ser o mandante do crime permanece em liberdade."

O deputado Carlos Bordalo (PT-PA) também se pronunciou através da sua fanpage no Facebook, dizendo:

"É com profundo pesar que noticiamos o falecimento de Paulo Fonteles Filho, companheiro incansável de lutas, parceiro na construção de um país democrático e, mais do que isso, pai, marido e irmão amoroso. Nosso querido Paulinho faleceu na madrugada desta quinta-feira, vítima de um infarto fulminante, no Hospital Porto Dias, onde estava internado desde o dia 7 de outubro, após complicações decorrentes de uma broncopneumonia. O velório será realizado no hall principal da Assembleia Legislativa, a partir das 13h, e o sepultamento será amanhã, no cemitério de Santa Isabel. Filho do advogado e ex-deputado estadual Paulo Fonteles, fundador da Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos, Paulinho nasceu no cárcere, onde sua mãe, a socióloga Hecilda Veiga, foi torturada. Foi vereador de Belém e levou adiante o legado do pai, como defensor dos trabalhadores do campo e presidente do Instituto Paulo Fonteles de Direitos Humanos, estando à frente de uma série de projetos, como livro e filme sobre a trajetória do pai, assassinado há 30 anos. Não temos palavras para descrever a enorme tristeza neste momento. Paulinho seguirá vivo em nossos corações e mentes, como exemplo de homem honrado, que dedicou sua vida à construção de uma sociedade mais humana. Nossos profundos sentimentos à família, em especial às queridas amigas Hecilda Veiga e Angelina Di Angelis, à minha companheira Juliana Fonteles, aos irmãos e filhos de Paulinho. Até um dia, camará!".

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