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terça-feira, junho 13, 2017

A polêmica de Miriam Leitão com os petistas. Quem está falando a verdade?

Sem nenhuma foto ou vídeo que comprove o fato, jornalista diz ter sido agredida verbalmente por petistas durante um vôo.

Por Diógenes Brandão

Sob o título "O ódio a bordo", a jornalista que é funcionária das empresas da Organização Roberto Marinho, Miriam Leitão diz ter sido vítima de violência verbal, segundo ela, durante um vôo da Avianca, saído de Brasília com destino ao Rio de Janeiro. 

O fato gerou muita polêmica na internet, depois que diversos outros jornalistas e blogueiros questionaram alguns trechos do relato da colega. Entre solidariedade e críticas, até a informação de um dos passageiros do vôo que afirmou que Miriam Leitão faltou com a verdade, muitos internautas acabaram deixando de lado outros fatos marcantes do início da semana, para debater o acontecido com a jornalista que escreve para o jornal O Globo e tem espaço como comentarista na TV Globo e na Globo News.

Estranho também é o fato da jornalista só publicar 10 dias após o vôo, a suposta agressão recebida. O presidente do do PT Carioca, Bob Calazans, também se manifestou sobre o ocorrido.

"Miriam Leitão falta com a verdade.Estive no voo de volta do 6º congresso do PT, com a delegação do Rio e de outros estados que iria fazer escala para outros estados. E sentei ao lado da jornalista na poltrona 15D e posso afirmar categoricamente: Ela faltou com a verdade na coluna dela do jornal.Acredito que ela tenha criado essa “Fanfic” por falta e matéria jornalística tendo em vista que a viagem já ocorreu há mais e 10 dias. Esse voo inclusive já tinha sido alvo de matérias da Revista Fórum, há mais de uma semana. Por ter sido filmado, a todo momento pelos comissários de Bordo e Policia Federal ter constrangido Militantes do PT. 

Um agente inclusive estava presente em todo o momento pois viajou conosco de terno e à paisana.Em momento nenhuma essa senhora foi xinga, ofendida e muito menos empurrada como falsamente afirma em sua coluna. O único membro da delegação do PT que se dirigiu a jornalista foi eu. Isso ocorreu quando a uma comissária segundo ela a pedido da PF, pediu para que a jornalista sentar na frente no voo, e eu a tranquilizei falando que não seria necessário. Me causa surpresa ela vir com essa versão agora. Não sou adepto a teorias de conspiração, mas tudo parece estranho, ela por coincidência ter pego um voo no fim do congresso do PT com mais de 100 Petistas", concluiu.

Em seu perfil no Facebook, o jornalista Leandro Fortes questiona o fato de não haver nenhuma prova de que Miriam Leitão tenha falado a verdade.


Já a jornalista e blogueira do Socialista MorenaCynara Menezes repreende aqueles que Miriam Leitão acusa de violentos.


O jornalista e blogueiro do Portal Fórum, Renato Rovai condena o escracho supostamente ocorrido e corrige uma informação dita por Miriam Leitão sobre a Globo.

Já no blog do Éden Valadares, a afirmação sem vacilos: "Quem semeia vento, sem erro, colhe tempestade". Vale a pena ler aqui.

Agora leia o artigo de Miriam Leitão e tire suas conclusões.

O ódio a bordo

Sofri um ataque de violência verbal por parte de delegados do PT dentro de um voo. Foram duas horas de gritos, xingamentos, palavras de ordem contra mim e contra a TV Globo. Não eram jovens militantes, eram homens e mulheres representantes partidários. Alguns já em seus 50 anos. Fui ameaçada, tive meu nome achincalhado e fui acusada de ter defendido posições que não defendo. 

Sábado, 3 de junho, o voo 6237 da Avianca, das 19h05, de Brasília para o Santos Dumont, estava no horário. O Congresso do PT em Brasília havia acabado naquela tarde e, por isso, eles estavam ainda vestidos com camisetas do encontro. Eu tinha ido a Brasília gravar o programa da Globonews.  

Antes de chegar ao portão, fui comprar água e ouvi gritos do outro lado. Olhei instintivamente e vi que um grupo me dirigia ofensas. O barulho parou em seguida, e achei que embarcariam em outro voo.

Fui uma das primeiras a entrar no avião e me sentei na 15C. Logo depois eles entraram e começaram as hostilidades antes mesmo de sentarem. Por coincidência, estavam todos, talvez uns 20, em cadeiras próximas de mim. Alguns à minha frente, outros do lado, outros atrás. Alguns mais silenciosos me dirigiram olhares de ódio ou risos debochados, outros lançavam ofensas.  “Terrorista, terrorista”, gritaram alguns.  

Pensei na ironia. Foi “terrorista” a palavra com que fui recebida em um quartel do Exército, aos 19 anos, durante minha prisão na ditadura. Tantas décadas depois, em plena democracia, a mesma palavra era lançada contra mim.  Uma comissária, a única mulher na tripulação, veio, abaixou-se e falou:  “O comandante te convida a sentar na frente”.  “Diga ao comandante que eu comprei a 15C e é aqui que eu vou ficar”, respondi.  

O avião já estava atrasado àquela altura. Os gritos, slogans, cantorias continuavam, diante de uma tripulação inerte, que nada fazia para restabelecer a ordem a bordo em respeito aos passageiros. Os petistas pareciam estar numa manifestação. Minutos depois, a aeromoça voltou:  “A Polícia Federal está mandando você ir para frente. Disse que se a senhora não for o avião não sai”.  “Diga à Polícia Federal que enfrentei a ditadura. Não tenho medo. De nada”.  Não vi ninguém da Polícia Federal. Se esteve lá, ficou na porta do avião e não andou pelo corredor, não chegou até a minha cadeira. 

Durante todo o voo, os delegados do PT me ofenderam, mostrando uma visão totalmente distorcida do meu trabalho. Certamente não o acompanham. Não sou inimiga do partido, não torci pela crise, alertei que ela ocorreria pelos erros que estavam sendo cometidos. Quando os governos do PT acertaram, fiz avaliações positivas e há vários registros disso.  

Durante o voo, foram muitas as ofensas, e, nos momentos de maior tensão, alguns levantavam o celular esperando a reação que eu não tive. Houve um gesto de tão baixo nível que prefiro nem relatar aqui. Calculavam que eu perderia o autocontrole. 

Não filmei porque isso seria visto como provocação. Permaneci em silêncio. Alguns, ao andarem no corredor, empurravam minha cadeira, entre outras grosserias. Ameaçaram atacar fisicamente a emissora, mostrando desconhecimento histórico mínimo: “quando eles mataram Getúlio o povo foi lá e quebrou a Globo”, berrou um deles. Ela foi fundada onze anos depois do suicídio de Vargas.  

O piloto nada disse ou fez para restabelecer a paz a bordo. Nem mesmo um pedido de silêncio pelo serviço de som. Ele é a autoridade dentro do avião, mas não a exerceu. A viagem transcorreu em clima de comício, e, em meio a refrões, pousamos no Santos Dumont. A Avianca não me deu - nem aos demais passageiros - qualquer explicação sobre sua inusitada leniência e flagrante desrespeito às regras de segurança em voo. Alguns dos delegados do PT estavam bem exaltados. Quando me levantei, um deles, no corredor, me apontou o dedo xingando em altos brados. Passei entre eles no saguão do aeroporto debaixo do coro ofensivo.  

Não acho que o PT é isso, mas repito que os protagonistas desse ataque de ódio eram profissionais do partido. Lula citou, mais de uma vez, meu nome em comícios ou reuniões partidárias. Como fez nesse último fim de semana. É um erro. Não devo ser alvo do partido, nem do seu líder. Sou apenas uma jornalista e continuarei fazendo meu trabalho.

sexta-feira, novembro 25, 2016

A nova crise política só tem um pai: Temer

Assim como Cristina Lobo, comentarista da Globo News, Noblat abandona Temer e o joga aos lobos. 
No blog do Ricardo Noblat, em O Globo

O artigo nono da lei 1.079 de 10 de abril de 1950, invocada para tirar Dilma Rousseff do cargo, define os crimes de responsabilidade que podem levar um presidente a julgamento e à perda do mandato.

Diz o inciso três do artigo que é crime “não tornar efetiva a responsabilidade dos seus subordinados, quando manifesta em delitos funcionais ou na prática de atos contrários à Constituição”.

Diz o inciso sete do mesmo artigo que é crime “proceder de modo incompatível com a dignidade, a honra e o decoro do cargo”.

Haverá certamente quem encontre em tais disposições amparo bastante para propor o impeachment do presidente Michel Temer caso reste provado que ele fez o que o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero lhe imputa.

Disse Calero a certa altura do seu depoimento à Polícia Federal sobre a pressão que sofreu do ministro Geddel Vieira Lima, secretário do governo, para que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) liberasse a construção de um prédio em Salvador onde ele comprara um apartamento:

"Que na [última] quinta, 17, o depoente foi convocado pelo presidente Michel Temer a comparecer no Palácio do Planalto; que nesta reunião o presidente disse ao depoente que a decisão do Iphan havia criado 'dificuldades operacionais' em seu gabinete, posto que o ministro Geddel encontrava-se bastante irritado; que então o presidente disse ao depoente para que construísse uma saída para que o processo fosse encaminhado à AGU [Advocacia-Geral da União], porque a ministra Grace Mendonça teria uma solução";

"Que, no final da conversa, o presidente disse ao depoente 'que a política tinha dessas coisas, esse tipo de pressão'”.

A revista VEJA publicou, ontem à noite, em seu site, que Calero entregou à Polícia Federal gravações de conversas que teve com Temer, mas também com Geddel e o ministro Eliseu Padilha, da Casa Civil. E que elas provariam tudo o que ele afirmou no depoimento.

O governo obteve a confirmação da existência dos áudios. “As gravações não são de boa qualidade, porque foram feitas com um aparelho que aparentemente estava no bolso do Calero”, informou à VEJA um ministro com gabinete no Palácio do Planalto.

O episódio que pôs Calero em rota de colisão com Geddel, e que o levou a pedir demissão, foi promovido à condição de uma robusta crise política por envolver agora o presidente da República e alguns dos seus mais prestigiados auxiliares.

Nunca antes na história do país um presidente teve conversas gravadas por um dos seus ministros. Nunca antes um ministro foi à polícia e relatou as causas de sua saída do governo. A polícia agiu as pedido da Procuradoria Geral da República, que pensava em abrir inquérito para investigar Geddel.

Pensará em fazer o mesmo com Temer depois do que contou Calero, o mais novo homem-bomba da República?

A oposição ao governo lambe os beiços diante do que lhe foi servido de graça. O governo balança como uma vara fina sujeita a ventos fortes. O estado delicado da economia não passará ileso pela mais nova crise política que tem um único pai: Temer com suas fraquezas.

domingo, julho 24, 2016

Caneta desmanipuladora revela intenção privatista de OGlobo



Via Caneta Desmanipuladora  - Acompanhe esta página. Ela é simplesmente demais!

O editorial é feio. Feio mesmo, além de sofismático, forçado. Óbvio que nosso ensino superior é injusto, mas sabemos que o mesmo jornal foi contra todas as medidas que podem ampliar o acesso dos mais pobres ao ensino superior.

O Globo usa como exemplo uma universidade para dar os números de quem poderia pagar, e usa não por acaso a mais desigual das universidades brasileiras no que tange o acesso.

Fala de dificuldades de pagamento dos custos, mas se posicionou contra as medidas que garantiriam recursos veiculados a receita do petróleo e do PIB para a educação (junto com a saúde).

Cita países desenvolvidos como modelo de ensino superior pago, mas não cita quais. Se for pensar nos Estados Unidos, os empréstimos e as dívidas contraídas pelos mais pobres que conseguem entrar em uma universidade, são dívidas para uma vida inteira! Se pensarmos o modelo alemão, ele vai no 
sentido oposto com ampliação do ensino público gratuito...

Não há uma formula de sucesso para financiamento de ensino superior, existem modelos de sucesso como o nosso em países subdesenvolvidos, coisa que o editorial ignora. O problema não está no modelo do financiamento, está em não sermos desenvolvidos.

O jornal esquece que ensino superior público não é feito para dar lucro! Ele é feito para garantir maior especialização e grau de instrução da população. Quanto mais instruído um povo, mais igualitário é o país. Esse é só um dos motivos de ser necessário o maior acesso, gratuito, irrestrito e de qualidade a universidade.

De maneira ridícula, o jornalista responsável tentou construir uma argumentação falaciosa para forçar um modelo que ele já defende há décadas. A crise, nesse contexto, entra somente como uma desculpa do momento. 

quinta-feira, março 24, 2016

Globo brinca com fogo. Pode se queimar!


Por Altamiro Borges, em seu blog

Nesta quinta-feira (24), a Frente Povo Sem Medo, que reúne diversos movimentos sociais, fará um ato em São Paulo com o slogan "Em defesa da democracia. A saída é pela esquerda". Segundo Guilherme Boulos, da coordenação do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), a marcha deverá reunir mais de 50 mil pessoas e terá o seu desfecho na porta da Rede Globo, na zona sul da capital paulista. "Este monopólio midiático comanda o golpe e o retrocesso no Brasil", afirmou durante entrevista coletiva concedida na sede do Centro de Estudos Barão de Itararé nesta terça-feira.

A empresa da bilionária famiglia Marinho, que explora concessões públicas de rádio e televisão, está brincando com fogo e pode se queimar. Nos últimos dias, cresceram os protestos contra a TV Globo, que assumiu o papel de liderança da conspiração pelo impeachment de Dilma. No gigantesco ato pela democracia na última sexta-feira (18), que tomou a Avenida Paulista, duas palavras de ordem foram as mais gritadas pelos participantes: "Não vai ter golpe" e "Fora Rede Globo". Em outras capitais, os mesmos bordões foram entoados por centenas de milhares de pessoas.   

Segundo relato terrorista da Folha - que tem um pacto mafioso com a famiglia Marinho e, inclusive, é sua sócia no jornal Valor - "em Brasília, manifestantes chutaram e bateram em um carro da emissora que parou em frente ao museu Nacional. Alguns militantes pediram para que os outros parassem o ataque... ⁠⁠⁠⁠Em Vitória, Aracaju, Belém e Campo Grande, os manifestantes protestaram em frente às afiliadas da Globo, e uma equipe da emissora TV Verdes Mares, uma dessas afiliadas, foi hostilizada durante protestos em Fortaleza. Na avenida Paulista, em São Paulo, foram distribuídos panfletos em que um quepe militar aparece sobre o logo da emissora, onde está escrito 'TV Golpe'".

Com o agravamento da crise política, a manipulação do império global se tornou ainda mais explícito e agressivo. Ela usou todo seu aparato e seus jagunços de plantão para insuflar as manifestações pelo impeachment de Dilma no domingo retrasado (13) - conforme provaram as jornalistas Bia Barbosa e Helena Martins em reportagem imperdível na revista CartaCapital. Já no ato contra o golpe, na sexta-feira (18), ela se recusou a transmitir a Avenida Paulista ocupada por milhares de manifestantes. Na sequência, as emissoras de rádio e televisão do Grupo Globo deram guarita para os inúmeros atos de intolerância de grupelhos fascistas que espalham o ódio na sociedade.

Este "jornalismo do esgoto" gerou desconforto entre os próprios profissionais da empresa, que não se acovardaram diante do assédio moral da famiglia Marinho. Artistas vieram a público para criticar a cobertura distorcida e partidarizada. A atriz Monica Iozzi, por exemplo, ironizou "os que se informam apenas pelas manchetes do JN". Jornalistas relataram ao blog DCM que as redações do império estão tomadas por partidários do golpe, que não têm qualquer compromisso com a ética e com o verdadeiro jornalismo. O clima é de terror, o que indica que a famiglia Marinho decidiu apostar todas suas fichas na desestabilização econômica e política do país. Seria um caminho sem retorno!

Em outros momentos dramáticos da história do Brasil, como no golpe militar de 1964, o império de comunicação da famiglia Marinho já havia adotado a mesma postura irresponsável e criminosa. Nas ruas de várias cidades, pessoas indignadas com as manipulações queimaram os veículos da empresa. Agora o clima é novamente de revolta contra o golpismo. Além do protesto de quinta-feira, agendado pela Frente Povo Sem Medo, outros atos já estão sendo marcados diante das sedes da emissora e das suas afiliadas no país. Espontaneamente, internautas inclusive já propõem o boicote aos anunciantes da emissora. A Rede Globo está brincando com fogo e pode se queimar!

terça-feira, dezembro 15, 2015

Pelo golpe, jornalões descartam Cunha!




Há ainda quem discorde da tese de que a mídia hegemônica funciona como um partido político. Na verdade, o principal partido da direita na atualidade. A situação do correntista suíço Eduardo Cunha, que ainda preside a Câmara Federal, serve perfeitamente para convencer os mais reticentes. Num primeiro momento, toda a imprensa privada apoiou o achacador. O objetivo maior era desgastar e – se possível – derrubar a presidenta Dilma. De forma articulada, a mídia seletiva simplesmente omitiu o seu passado mais sujo do que pau de galinheiro. Agora, quando não dá mais para esconder as suas sujeiras –, ela simplesmente decide descartá-lo como bagaço. Os editoriais do Estadão, Globo e Folha deste final de semana confirmam que a mídia – apesar da concorrência no mercado – age como uma direção central nos seus intentos políticos.

Na sexta-feira (11), o jornal Estadão – da famiglia Mesquita, que redigiu o primeiro projeto de poder dos militares golpistas em 1964 – publicou o editorial “O circo de Cunha”. Após criticar o lobista e sua “tropa de choque”, o diário exige: “O mínimo que se espera de seus pares é que afastem Cunha da presidência da Câmara, para que o processo possa ter seu curso normal e que se restabeleça um pouco de decência num conselho que tem a palavra 'ética' em seu nome". 

Como num acerto da máfia, no dia seguinte (sábado), o jornal O Globo – da famiglia Marinho, que construiu o seu império graças às benesses da ditadura militar – publicou o editorial intitulado “Venceu o prazo de validade de Eduardo Cunha”. Após garantir tantos holofotes ao presidente da Câmara Federal – que antes de ser eleito foi pedir as bênçãos aos filhos de Roberto Marinho –, O Globo faz um apelo patético a sua criatura. “Ele deveria renunciar ao cargo, para se dedicar à sua defesa, sem atrapalhar os trabalhos da Casa. Seu tempo acabou”. 

Um dia depois, no domingo (13), a Folha – da famiglia Frias, que apoiou o setor linha dura da ditadura militar e até cedeu os seus veículos para o transporte de presos políticos – enterra Eduardo Cunha. No editorial intitulado “Já chega”, publicado em sua capa, o diário paulista afirma que o achacador “está com os dias contatos" e explicita os motivos. “Valendo-se de métodos inadmissíveis a alguém posicionado na linha de sucessão da Presidência da República, o peemedebista submeteu a questão do impeachment de Dilma a um achaque em benefício próprio... É imperativo abreviar essa farsa, para que o processo do impeachment, seja qual for seu desenlace, transcorra com a necessária limpidez".

Ou seja: para a Folha – assim como para o Estadão e para O Globo – Eduardo Cunha atualmente é um estorvo. Ele prejudica a cruzada golpista pela derrubada da presidenta eleita por 54 milhões de brasileiros. Pesquisas qualitativas confirmam que o atual presidente da Câmara Federal agora atrapalha o plano dos golpistas. Esse seria um dos principais motivos do fiasco das marchas pelo impeachment deste domingo. Nem o “midiota” mais tacanho acredita nos propósitos destes oportunistas. Como diz o editorial de O Globo, o tempo acabou para estes embusteiros que desrespeitam as urnas e a democracia no Brasil. Eduardo Cunha virou bagaço... Eles agora precisam de outros personagens!

sábado, agosto 22, 2015

Oposição sela aliança espúria com Cunha pelo golpe



Principais partidos de oposição pretendem aproveitar o momento ainda mais tenso na relação entre o Planalto e o presidente da Câmara para dar seguimento ao golpe contra a presidente Dilma Rousseff; PSDB, DEM, PPS e SD se reunirão na próxima semana para unificar o discurso em torno da defesa do impeachment; acordo prevê que Eduardo Cunha (PMDB-RJ) rejeite pedido na Casa, mas que oposicionistas entrem com recurso, a fim de dar caráter coletivo à ação; desde que Cunha foi denunciado, o presidente do PSDB, Aécio Neves, não se manifestou; já o líder tucano Carlos Sampaio (SP) pediu cautela e lembrou da presunção de inocência do peemedebista.

Os líderes dos principais partidos de oposição devem selar uma aliança espúria com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para dar sequência ao golpe contra a presidente Dilma Rousseff na Casa.

A ideia é aproveitar o momento ainda mais tenso na relação entre o Planalto e Cunha, que acaba de ser denunciado pela Procuradora-Geral da República por suposto envolvimento na Lava Jato e acusa o governo de fazer um 'acordão' para atingi-lo, para avançar em um pedido de impeachment.

Desde que Cunha foi denunciado, na última quinta-feira, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), não se pronunciou. O líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), pediu cautela e lembrou que Cunha é inocente até que se prove o contrário.

Nota do colunista Ilimar Franco, do Globo, neste sábado 21, aponta "indignação na oposição com o PSDB". Segundo ele, as siglas se reuniram para ver como tratar a denúncia contra Cunha e, enquanto o presidente do DEM, Agripino Maia, e seu líder na Câmara, Mendonça Filho, foram à TV, "os tucanos sumiram". 

PSDB, DEM, PPS e SD devem se reunir na próxima terça-feira para unificar o discurso em torno da defesa do afastamento da presidente, de acordo com reportagem da Folha de S. Paulo.

O acordo prevê que Cunha rejeite inicialmente um pedido de impeachment, mas oposicionistas entrem em seguida com um recurso, para que ele seja votado em plenário. O objetivo é não deixar apenas com o peemedebista a responsabilidade da decisão, além de dar caráter coletivo à ação.

terça-feira, junho 02, 2015

Para quase metade dos brasileiros, imprensa é pessimista

Florestan: Minha dúvida é saber quem vai acabar primeiro: a indústria da comunicação ou o partido que eles tanto odeiam.

Confira o artigo "Ibope confirma terrorismo da mídia" no blog do Altamiro Borges.

O Ibope Inteligência publicou na semana passada os resultados de uma pesquisa que comprovam o poder destrutivo da mídia nativa. O instituto sondou a percepção dos brasileiros sobre a realidade do país. Quase a metade dos entrevistados afirmou estar pessimista com o futuro. O interessante é que a maioria demonstrou profundo desconhecimento sobre a economia, o que levou o insuspeito Ibope a concluir: “Os veículos de comunicação podem ter culpa no sentimento de pessimismo dos brasileiros: 41% acham que a imprensa mostra uma situação econômica mais negativa do que o próprio entrevistado percebe no seu dia a dia, contra 28% que discordam dessa posição”.

Segundo matéria postada no site do instituto na sexta-feira (29), 48% dos sondados “dizem que estão pessimistas com o futuro do Brasil. Os otimistas somam 21%, enquanto 28% não estão nem otimistas nem pessimistas e 2% não sabem ou preferem não responder. Os entrevistados também foram questionados quanto às áreas nas quais o país tem os maiores problemas. A saúde aparece em primeiro lugar, quando somadas às três principais menções dos entrevistados, com 61% das citações. Na sequência estão segurança/violência (37%), drogas (35%), educação (34%) e combate à corrupção (27%)”. Até ai nada de anormal. Afinal, o Brasil não é mesmo um paraíso e padece de inúmeros e crônicos problemas.

O interessante é quando o Ibope pergunta sobre desemprego ou inflação. Demonstrando total desinformação, “boa parte dos brasileiros (43%) acha que a inflação atual é maior do que era no governo de Fernando Henrique Cardoso, contra apenas 22% que pensam o contrário. No fim de 2002, último ano de FHC na presidência, o IPCA foi de 12,5% [bem superior ao do governo Dilma]. A maioria dos brasileiros também desconhece a atual taxa de desemprego do país, que foi de 6,4% em abril”. No triste reinado dos tucanos, o desemprego bateu recordes, beirando os 20% da População Economicamente Ativa. Daí a conclusão do Ibope de que a mídia “pode ter culpa no sentimento de pessimismo dos brasileiros”. Pode?

No governo neoliberal de FHC, jornalões, revistonas e emissoras de rádio e tevê bajularam a política econômica rentista e justificaram os altos índices de desemprego, a regressão trabalhista e o congelamento dos salários. Já nos governos Lula e Dilma, as manchetes sempre são terroristas. Os urubólogos de plantão – alguns deles com notórias ligações com os abutres do capital financeiro – só realçam os aspectos negativos e escondem os avanços na geração de emprego e renda e nas políticas sociais nos últimos 12 anos. Esta onda terrorista amplia o pessimismo na sociedade e afeta o próprio crescimento da economia. Ela atinge inclusive as empresas de comunicação, que perdem anunciantes e demitem jornalistas.

A opção pelo terrorismo econômico é política – em detrimento dos próprios negócios empresariais. Como observou o jornalista Florestan Fernandes Júnior, em postagem em sua página no Facebook nesta segunda-feira (1), esta linha editorial chega a ser suicida. Vale conferir seu texto:

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Segundo o Ibope: 41% dos brasileiros acham que imprensa mostra uma situação econômica mais negativa do que a realidade. Pra não entrar na TPN (tensão pré-noticia) agora sou seletivo no que vejo, leio e escuto. Revistas e jornais, dou uma folhada rápida, rádios só de música, telejornais o Repórter Brasil, o do Heródoto Barbeiro na Record News e às vezes o Jornal da Record. Passeio o dia inteiro pelos portais rindo das manipulações grotescas de alguns deles. 

Nossa imprensa faz tempo abriu mão do bom jornalismo, de maneira geral virou panfletária e presta um desserviço para a Nação. A boa informação é um direito do cidadão em qualquer país civilizado do planeta, menos aqui. Os senhores da comunicação estão atirando no próprio pé, o pessimismo alardeado por eles levou a um corte nas campanhas publicitarias. Resultado: demissões em massa nas redações, empresas de comunicação fechando ou sendo vendida para igrejas evangélicas. Minha dúvida é saber quem vai acabar primeiro: a indústria da comunicação ou o partido que eles tanto odeiam.

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Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...