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sexta-feira, janeiro 10, 2020

Helder nega, mas é investigado por pedir e receber doações legais e ilegais em 2014

Helder Barbalho (MDB) e Paulo Rocha (PT), foram candidatos a governador e senador, respectivamente, nas eleições de 2014,  quando estiveram juntos com João Salame, ex-prefeito de Marabá e o ex-senador Luiz Otávio Campos (MDB), em SP, para pedir 30 milhões de reais, via doação ilegal, afirmaram os delatores da Odebrecht, no âmbito das investigações de uma das etapas da operação Lava Jato. 

Por Zé Carlos Lima

A noticia e as explicações do governador Helder Barbalho postada no Twitter ontem. 



Destaco duas frases centrais da nota do Governador: "afirmo que não sou alvo da ação" e "as doações oriundas da empresa Odebrecht foram integralmente declaradas ao TRE".

Realmente o Governador não foi alvo da ação, pois a Juíza não aceitou o pedido de busca e apreensão em sua residência, mas o Governador está no processo e é um dos investigados.

As doações, segundo o delator, foram feitas de duas formas, as legais, estas prestadas contas ao TRE e uma doação de R$ 1,5 milhão através de caixa dois, pois é justamente isso que o processo investiga.

Devemos aguardar o fim das investigações para ter um conclusão sobre o caso. 

Enquanto isso, o Pará sofrerá graves prejuízos, uma vez que as empresas sérias e com compliance evitarão, com certeza, negociar com o nosso Estado.

Veja a reportagem da Tv Liberal, com o vídeo em que executivos da Odebrecht confirmam as denúncias de recebimento de dinheiro via Caixa 2, o que confirma o crime eleitoral na campanha de 2014.





quinta-feira, junho 28, 2018

Odebrecht: STF determina que TRE-PA avalie se Helder Barbalho e Paulo Rocha cometeram crime eleitoral

TRE-PA decidirá se Helder Barbalho e Paulo Rocha cometeram crime eleitoral (propina/caixa 2) nas eleições de 2014.

Por Diógenes Brandão

As investigações que ocorrem no STF e na Polícia Federal que apuram se houve repasses de cerca de R$ 40 milhões da J&F (JBF/FRIBOI) a políticos do MDB durante a campanha eleitoral de 2014 tiveram um novo desdobramento e pode acabar tirando Helder Barbalho (MDB) e Paulo Rocha (PT) das eleições deste ano. 

É que o ministro relator do processo no STF, Alexandre de Moraes, determinou que o processo seja remetido ao TRE-PA para apreciação do que a suprema corte entendeu ser crime eleitoral. 


Segundo o advogado João Eudes, especialista em direito eleitoral, a decisão do STF autoriza o TRE-PA a concluir a investigação iniciada no supremo, competindo agora à procuradora regional eleitoral denunciar a dupla de investigados e aos sete julgadores do TRE avaliar se houve crime eleitoral e por consequência aplicar as penalidades a Helder Barbalho e Paulo Rocha, que podem variar de acordo com o que for apurado nas investigações, podendo até serem barrados pela lei da ficha limpa e tornarem-se inelegível por 08 anos.

Veja o despacho do Supremo Tribunal Federal que acaba de chegar com exclusividade ao blog:




Entenda o caso 

A delação dos ex-executivos da construtora Odebrecht, Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis e Mário Amaro da Silveira incendiaram o Pará.  

Réus confessos, os delatores disseram que o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho (PMDB), pediu R$ 30 milhões em propinas à empreiteira Odebrecht para utilização em sua campanha eleitoral ao Governo do Pará e ao senado, em 2014.  

Conforme a delação, a doação não contabilizada teria sido solicitada por Helder Barbalho e também pelo senador Paulo Rocha, bem como pelo prefeito de Marabá, João Salame. A doação de R$ 1,5 milhão via caixa dois teria sido feita em três parcelas. 

Na lista da Odebrecht, o beneficiário dessa doação tem o apelido de “Cavanhaque”. 

A contrapartida seria através de contratos de prestações de serviços, hoje executados pela COSANPA.  

O dinheiro foi repassado em 03 (três) parcelas de R$ 500 mil, entregues ao ex-senador Luiz Otávio Campos, conhecido no meio político como "Pepeca".  

Segundo a delação, o encontro com Helder Barbalho, Paulo Rocha e João Salame teria acontecido em São Paulo. "Ao final dessa conversa, eles explicitaram as dificuldades econômicas da campanha e fizeram um pedido de R$ 30 milhões. E falei: 'Vou levar isso até a nossa presidência lá por dever de ofício, mas acho que é uma coisa totalmente fora de cogitação'", relatou Mário Amaro.  

De acordo com o delator, o valor originalmente pedido de 30 milhões foi sendo reduzido "pelo menos 20, pelo menos 10, pelo menos R$ 5 milhões". "A gente até cogitou de não dar nada, um cara que pede R$ 30 milhões, né, mas depois, o Fernando (o ex-presidente da Odebrecht Ambiental Fernando Reis) falou assim: 'Vamos oferecer o que a gente tem conta de oferecer'", assegurou.  

Na época que a notícia veio ao conhecimento do público, Helder Barbalho e Paulo Rocha usaram suas redes sociais, emitindo notas de esclarecimentos, onde negaram todas as acusações. João Salame não se manifestou.

Leia também: 






quinta-feira, junho 07, 2018

Antes da grande mídia, DCM já havia revelado: Lava Jato ignora e-mail em que FHC pede doação à Odebrecht

Sérgio Moro: Para FHC e o PSDB, doação de empreiteiras é legal e normal. Para Lula e PT é ilegal e punida com prisão.

Por Joaquim de Carvalho, no DCM em 05 de Maio de 2018.

Desde que Lula começou a ser investigado, não se encontrou com o ex-presidente uma mensagem, gravação, documento ou qualquer coisa que lembre remotamente prova que o incrimine. É tudo ilação, delação premiada ou depoimento de réu.  

No entanto, ele foi condenado a 12 anos e 1 mês de prisão e, ainda que tenha direito a novos recursos, já se encontra na cadeia.  

Mas bastou ao empresário Marcelo Odebrecht apresentar os e-mails que tinha arquivados para aparecer mensagens comprometedoras de Fernando Henrique Cardoso.  

Entre os emails, existem duas mensagens que, se tivessem a assinatura de Lula, o Ministério Publico Federal pediria a sua prisão perpétua — se houvesse esse tipo de pena no Brasil.  

Em uma das mensagens, Fernando Henrique Cardoso solicita diretamente a Marcelo Odebrecht doação para seu instituto.  

Em outra, Fernando Henrique indica um candidato a deputado federal para receber recursos da empreiteira.  

Os e-mails foram relacionados em um pedido da defesa do ex-presidente Lula para que sejam juntados no processo do sítio de Atibaia.  

Pela decisão de Moro, os advogados puderam ter acesso aos e-mails de Marcelo Odebrecht, como queriam, mas deveriam apenas indicar as mensagens. Foi o que fizeram.  

A Moro, caberá decidir se esses e-mails devem ou não ser incluídos no processo.  

Até agora, Moro não decidiu.  

O objetivo da defesa é mostrar que, no caso de institutos, não há crime algum solicitar doação.  

Pelo jeito, o Ministério Público Federal pensa assim.  

Mas apenas quando o destinatário da doação é do PSDB. Se pensasse diferente, não teria ignorado os e-mails de Fernando Henrique.  

A Lava Jato trabalha com duas balanças — uma é para Lula e o PT. A outra é para os tucanos.  

E no Brasil essa prática de dois pesos e duas medidas por parte de setores do Ministério Público e do Judiciário se tornou normal.  

Como disse o relator do recurso apresentado ao Tribunal Regional Federal da 4a. Região, João Pedro Gebran Neto, em que Lula teve a condenação confirmada, processos por corrupção devem ser analisados “caso a caso”.  

Disse ele:  

“As corrupções envolvendo agentes políticos ganham contornos próprios, e a solução deve ser buscada caso a caso. Não há como definir, portanto, uma fórmula de ouro aplicada a todo e qualquer processo, pois a atividade política transborda muitas vezes os estritos limites do cargo, inclusive temporais, podendo interferir nos mais variados órgãos da administração pública direta ou indireta.”  

Em outra palavras, o que vale para Lula não vale para Fernando Henrique.  

Ou vice-versa.

O nome do deputado a quem Fernando Henrique Cardoso solicita doação está sendo mantido em sigilo, mas não é ninguém do primeiro time dos tucanos.

Lava Jato chega a pedido de dinheiro de FHC à Odebrecht para campanha do senador Flexa Ribeiro (PSDB)

Senador paraense é citado em pedido de dinheiro de FHC à Odebrecht, para sua campanha em 2010.

Por Diógenes Brandão

Ao investigarem o ex-presidente Lula, peritos da Polícia Federal descobriram emails onde o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso pedia e insistia no pedido de dinheiro a Marcelo Odebrecht

As "doações" teriam sido para as campanhas de tucanos em 2010. As provas foram localizadas pela PF nos discos rígidos do computador do empresário preso no escândalo que acabou no impeachment da ex-presidente Dilma Rouseff e na prisão de Lula e de diversos parlamentares e empresários.

A informação foi revelada pela revista Veja e confirmada pela Folha e segundo as reportagens, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso recorreu a Marcelo Odebrecht para angariar fundos para a campanha ao Senado de dois tucanos em 2010: Antero Paes de Barros (MT) e Flexa Ribeiro (PSDB-PA).

As investigações de esquemas de propina e caixa 2 praticados pela Odebrecht, já levaram diversos outros políticos e empresários para a cadeia. No caso destes pedidos de FHC ao mato-grossense Antero Paes,  Já o senador paraense Flexa Ribeiro conseguiu eleger-se senador em 2010 e tenta a reeleição em Outubro.

Os emails revelam que como presidente de honra do PSDB, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso continuou fazendo lobby, junto à principal empreiteira e a que mais lucrou com a corrupção brasileira. Em seus pedidos ele fala em SOS e aquilo que chama de "o de sempre".

O que dizem os citados?  

Para a Folha de São Paulo, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse que pode ter feito o pedido para Marcelo Odebrecht, mas reforçou que eram legais. Fernando Henrique disse ainda que não se recorda se as doações (aos dois tucanos, de dois estados) foram feitas, mas que elas não se deram em troca de nenhuma decisão dele, já que na época não ocupava cargo no governo.

O senador Flexa Ribeiro e Antero Paes de Barros, atualmente sem partido, disseram que desconhecem a troca de e-mails e que as campanhas deles em 2010 não receberam qualquer contribuição da Odebrecht.   

A Odebrecht voltou a declarar que está colaborando com a Justiça no Brasil e nos países em que atua, e implantou um sistema para prevenir, detectar e punir desvios ou crimes.   Segundo a defesa de Marcelo Odebrecht, os e-mails são autoexplicativos e se referem a pedidos que sempre foram normais e comuns por parte de políticos.   A direção do PSDB Nacional diz que desconhece os supostos pedidos e defende rigor no cumprimento da legislação eleitoral.

Leia na Folha, VejaEstadão, GGN e Globo.



segunda-feira, outubro 16, 2017

Exclusivo: Primo de Jader Barbalho, Priante era um dos deputados comprados por Cunha

Primo do senador Jader Barbalho, o dep. fed. José Priante era um dos deputados comprados por Eduardo Cunha. Assim como os demais da lista, ele também votou pelo impeachment de Dilma.

Por Diógenes Brandão

Assim como Wladimir Costa (SD-PA), o deputado federal José Priante (PMDB-PA) também foi citado na deleção premiada que sacudiu Brasília e deixou Michel Temer com receio de uma reviravolta na votação da segunda denúncia que pode afastá-lo da presidência, prevista para a próxima quarta-feira (18). 

Em depoimento para homologação de sua delação premiada, o operador financeiro Lúcio Funaro afirmou à Procuradoria-Geral da República, que repassou R$ 1 milhão para o ex-deputado federal Eduardo Cunha “comprar” votos a favor do impeachment de Dilma Rousseff, em 2016. Leia aqui a matéria da Folha de São Paulo.



O nome do deputado paraense José Priante pode ser encontrado na página 50, do bombástico depoimento de Funaro, que disse em sua delação premiada que o impeachment de Dilma foi comprado.

Na prefeitura de Belém, Eduardo Cunha conversava com o prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho e aliados.
Como sempre acontecia antes de ter seu mandato cassado e ter sido preso, em Outubro do ano passado, Eduardo Cunha foi trazido a Belém por Priante e aqui reuniu-se na prefeitura com Zenaldo Coutinho e depois com o governador Simão Jatene, ambos do PSDB, partido que ajudou no impeachment e agora garante a permanência de Michel Temer no poder, apesar dos pesares. 
 
Ano passado, o governador do Pará, Simão Jatene (PSDB) voltava a receber com entusiasmo Eduardo Cunha, com Priante e Wladimir Costa, ambos citados como operadores que foram comprados por Eduardo Cunha, quando este esteve como presidente da Câmara dos Deputados. 

Priante iniciou sua carreira política como vereador em Belém, foi deputado estadual e está no quinto mandato de deputado federal. Primo do senador Jader Barbalho (PMDB-PA), ele tem o controle do diretório municipal do PMDB em Belém, tendo votado pelo impeachment da ex-presidente Dilma, contrariando a orientação do Diretório Estadual do seu partido, controlado por Jader e seu filho, o Ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho.

Leia as íntegras dos principais documentos da delação do operador:  








Assista aqui o depoimento de Funaro:


domingo, maio 28, 2017

Edmilson saiu do PT, mas o PT continua com Edmilson

Edmilson Rodrigues (PSOL) ao lado de seu fusquinha, na campanha eleitoral de 2016.

Por Diógenes Brandão

"Enquanto o Paulo Rocha era vaiado e impedido de falar, o "Ed" tirava selfies e falou o que queria, o tempo que quis".

Foi exatamente assim que o blog foi informado (e confirmou com diversas outras pessoas presentes, a veracidade dos fatos) sobre um acontecimento histórico, ocorrido durante a última Greve Geral, realizada em Belém e no restante do país, no dia 28/04. 

Digo que é um acontecimento histórico, pelo fato de nunca termos presenciado uma liderança da esquerda paraense ser vaiada em público. Ainda mais em uma manifestação convocada pela própria esquerda, leia-se: PT, PCdoB, PSOL, CUT, CTB e outras centrais sindicais e seus sindicatos filiados, sob a égide da "Frente Brasil Popular" e "Frente Povo Sem Medo".

A demonstração de insatisfação com o senador Paulo Rocha (PT), hoje o maior representante político da esquerda paraense contrasta com a empatia com que o "Ed" - abreviação do nome do deputado federal Edmilson Rodrigues (PSOL) nutre entre o mesmo público.

O que construiu essa diferença no imaginário e receptividade popular? 

Cabe lembrar que Edmilson Rodrigues, quando petista, sempre teve um grupo que embora pequeno em número, era potente em capacidade intelectual, o que garantia formulação de estratégias arrojadas, o que o levou a indicá-lo a bater chapa contra Lula, para as prévias em 2002, onde o ex-metalúrgico que tornou-se ícone da esquerda latino-americana foi escolhido candidato a presidente e elegeu-se pela primeira vez, após três tentativas para chegar ao cargo máximo de representatividade na República brasileira.

Se disputou a liderança do país com Lula, quando este vivenciava seu auge político e carismático, o que impediria de Edmilson e seu grupo arquitetarem um "chega pra lá" em Paulo Rocha, que foi eleito em 2014 com mais de 1 milhão e meio de votos, enquanto Edmilson Rodrigues recebeu nesta mesma eleição apenas 11% dos votos do senador petista, ou para ser exato, 170.604 votos? 

Seria esse o resultado de uma investida muito bem formulada de fora para dentro do PT, que fez com que em pouco mais de dois anos, Paulo Rocha seja hostilizado nas manifestações e nas redes sociais, enquanto Edmilson é abraçado pela militância e simpatizantes de todos os partidos da esquerda local?  
É em busca destas respostas que o blog suspeita de uma confirmação que muitos teimam em não admitir: 12 anos depois de sua saída do PT - após o "mensalão", dirigentes petistas e cutistas continuam venerando e idolatrando, aquele que foi durante 8 anos, o chefe dos que atuaram em seus dois mandatos como prefeito de Belém e talvez por isso, muitos destes até hoje sonham em voltar a ter o "micropoder" que um dia tiveram.

Não que devamos achar essa admiração pela liderança que Edmilson representa para a esquerda paraense, seja como um todo descabida ou fruto de interesses pessoais de todos os seus seguidores. Depois dele, quem surgiu ou se destacou com o seu preparo intelectual e sua oratória?

No entanto, lembro da campanha eleitoral da então candidata Maria do Carmo (PT), quando esta disputou com Simão Jatene (PSDB) e quase é eleita como a primeira governadora do estado em 2002, perdendo por R$0,05 centavos - Em uma pegadinha do marketing eleitoral, Jatene perguntou à sua adversária santarena, se ela sabia quanto custava o preço da tarifa urbana do transporte público em Belém e ela respondeu que era R$0,60, sendo que era R$0,65.   

Desde ali, tornou-se perceptível que o discurso inflamado e prolongado de Edmilson havia sido superado pela firmeza daquela voz feminina, vinda do interior do estado e que argumentava com destreza sobre os problemas sociais, enfatizando as diferenças regionais e o abismo geopolítico que se configura neste estado de dimensões continentais. 

Edmilson sempre lançou mão de elementos retóricos revolucionários, evocando para si a herança dos líderes dos combatentes cabanos, mas aquela mulher simples, porém estudiosa, bem vestida e com um poder de síntese incomparável ao ainda colega de partido, revelou-se muito mais preparada para aquele cargo de governadora e até outros, que depois de ser eleita e reeleita prefeita de Santarém, ela não quis disputar. Cabe lembrar que Maria do Carmo é do mesmo grupo do senador Paulo Rocha.

No entanto, a pegadinha criada pelo marqueteiro Orly Bezerra e utilizada pelo tucano Simão Jatene naquele ano, garantiu sua primeira vitória eleitoral e depois disso ele venceu mais três eleições como governador, sempre a peso de muito dinheiro, hoje sabidamente oriundo de "doações" que envolveram empresas como a CERPASA, Odebrechet e a Friboi.  

Mas voltando ao cerne do post, Edmilson segue como deputado federal do PSOL, abraçado por “votos petistas” em todas as eleições que disputa, tanto proporcionais, quantos as duas majoritárias em que disputou com Zenaldo Coutinho (PSDB) e foi derrotado, mesmo com votos oriundos da imensa maioria dos filiados, simpatizantes, eleitorado petista e da esquerda paraense como um todo.  

E esse carisma, embora continue contaminando a maioria esmagadora do PT, não consegue retomar os votos que ele já teve e fazer com que Edmilson tenha êxito nas disputas majoritárias e acaba impedindo que novos nomes se apresentem, tanto no PSOL, quanto no PCdoB, PSTU e no próprio PT, de onde ele saiu e continua alimentando o imaginário de que seja o único nome capaz de retomar a prefeitura de Belém para a esquerda. Tal fenômeno pode ser justificado pela falta de preparo de e nos quadros dos demais partidos?

Marinor Brito (PSOL) é uma excessão, principalmente quando falamos em potencial de votos? 

Ao alcançar a terceira maior votação para o senado em 2010, Marinor tornou-se senadora após o senador Jader Barbalho (PMDB) ter sido impedido de ser diplomado, logo depois de ter sido o mais votado entre os candidatos ao senado, mas foi impedido por uma interpretação equivocada da Lei da Ficha Limpa, retornando para assumir sua vaga dois anos depois, já que o STF decidiu que a lei não poderia retroagir e atingir os eleitos em 2010.

Marinor, que ficou dois anos no senador, esbravejou mas voltou à Belém e em 2016 conseguiu ser reeleita como a vereadora mais votada na capital do estado. 

Seus aliados dizem que em 2018, Marinor possa tentar novamente uma vaga ao senado e ter êxito, tendo para tal um campo aberto pela maior crise política já existente no Brasil, após as delações feitas contra seus principais adversários do PMDB e PSDB.  

Edmilson por sua vez não deverá arriscar sua permanência na Câmara dos Deputados e seu grupo político no interior do PSOL, já cogita que com ele mantido na disputa como deputado federal e Marinor disputando o senado, o partido poderia voltar a ter uma cadeira, ou duas, na ALEPA.  

Essa possibilidade pode ser considera prematura, mas pelo que temos visto nas ruas, toda vez que Edmilson e Marinor se apresentam, diante do público presente nas manifestações que agregam os partidos, centrais sindicais e movimentos sociais e populares, são eles que brilham. Com destaque muito maior para Edmilson.

Entre um selfie e outro, o deputado do PSOL surfa em meio aos seus fãs que controlam o microfone dos atos políticos, tendo o tempo e o momento estratégico que bem entender para discorrer seus famosos discursos intermináveis. Embora esse comportamento seja criticado por algumas lideranças, para a grande parte da nata burocrata, isso não lhe retira o direito de falar mais do que os demais.

Conforme afirmei no título, a falta de preparo de outras lideranças petistas e a manutenção desta áurea de superioridade que insistem em manter sobre a cabeça de Edmilson, como o nome mor da esquerda para disputar as últimas eleições para a prefeitura de Belém e tem sacrificado o PT e este vem sendo desidratado ano a ano.

A tese se confirma ao olharmos as duas últimas eleições onde o partido obteve apenas 3% e 1,5% de votos válidos, quando disputou a prefeitura de Belém com Alfredo Costa (2012) e Regina Barata (2016), respectivamente. Isso sem falar que após as eleições de 2014, onde o PT apoiou o PMDB ao governo do Pará e perdeu 02 dos 04 deputados federais que tinha em Brasília e dos oito (08) deputados estaduais eleitos, ficou apenas com três (03).

sábado, maio 27, 2017

Diante da crise política, novos nomes podem surgir em 2018



Por Diógenes Brandão, com informações da DOXA Pesquisas

Se as coisas já não andavam bem para tucanos e pmdebistas, com o novo “Tsunami” em Brasília, as ondas provavelmente chegarão com força ao Pará, abalando os palanques que muitos já davam como certos e montados, tanto para a eleição de Helder Barbalho para o governo, quanto de Simão Jatene para o Senado.

Além do clima fúnebre que a cúpula do PMDB enfrenta por causa da delação do dono da Friboi, Helder foi delatado por um ex-executivo da Odebrecht e Jatene enfrenta a reta final do processo da CERPASA, empresa que teve dívidas perdoadas pelo tucano e hoje se encontra próximo de um desfecho negativo para o atual governador, que já teve seu diploma cassado por abuso de poder econômico nas eleições de 2014 e perdeu os direitos políticos, segundo o TRE-PA. No entanto, o processo que pode condenar o governador ainda está sub judice, com recursos impetrados pelos seus advogados. 

Com o quadro indefinido, o horizonte é visto promissor para nomes que observam os reis ficando nus e os outros players começam a vislumbrar oportunidades de serem novos protagonistas, ao invés de meros coadjuvantes.

Pesquisa indicam nomes com potencial

O blog consultou o cientista político Dornélio Silva, que através de estudos realizados pelo Instituto DOXA está aferindo como o eleitorado paraense está avaliando o cenário político e qual a sua intenção de voto para 2018. 

Os últimos números trazidos por pesquisa realizada durante este mês em todo o Estado, trouxeram um quadro surpreendente, até mesmo para os mais céticos integrantes, tanto dos partidos da esquerda, quanto da direita paraense. 

Já no terceiro mandato como presidente da ALEPA, Márcio Miranda (DEM) é um destes nomes que despontam como terceira via na linha sucessória de Simão Jatene. Outro nome é do deputado estadual Sidney Rosa (PSB) e o do secretário de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia do Pará, Adnan Demachki (PSDB), ambos ex-prefeitos de Paragominas e em disputa visceral por apoio do setor produtivo do Pará. O vice-governador Zequinha Marinho (PSC) também aparece, mas não no topo da preferência do eleitorado.

Infelizmente, segundo Dornélio, os levantamentos feitos pela DOXA são de consumo interno e não há pretensões de divulgá-los por enquanto. "No entanto, muitas supressas ainda devem surgir no cenário político nacional e refletir ou não aqui no Pará", conclui sem indicar verdades absolutas e previsões mirabolantes, como fazem muitos outros profissionais da área.

sábado, abril 15, 2017

Delator explica como Odebrecht operou caixa 2 para Helder Barbalho e Paulo Rocha



No vídeo, o depoimento do ex-diretor da Odebrecht Ambiental, Fernando Reis, que delatou o esquema de repasse de caixa 2 de R$ 1,5 milhões de reais, que segundo o ex-executivo da empreiteira, teriam sido repassados em 03 (três) parcelas e irrigaram a campanha de Helder Barbalho (PMDB) a governador e Paulo Rocha (PT) senador.

Conforme a delação, a doação não contabilizada teria sido solicitada por Helder Barbalho e também pelo senador Paulo Rocha, bem como pelo prefeito de Marabá, João Salame. A doação de R$ 1,5 milhão via caixa dois teria sido feita em três parcelas. Na lista da Odebrecht, o beneficiário dessa doação tem o apelido de “Cavanhaque”. A contrapartida seria através de contratos de prestações de serviços, hoje executados pela COSANPA.

Segundo a delação, o encontro com Helder Barbalho, Paulo Rocha e João Salame teria acontecido em São Paulo. "Ao final dessa conversa, eles explicitaram as dificuldades econômicas da campanha e fizeram um pedido de R$ 30 milhões. E falei: 'Vou levar isso até a nossa presidência lá por dever de ofício, mas acho que é uma coisa totalmente fora de cogitação'", relatou Mário Amaro.

Helder Barbalho usou sua fanpage para novamente negar todas as acusações. 




Odebrecht pagou pela privatização da COSANPA e contou com apoio de petistas



Por Diógenes Brandão

Há pouco menos de 02 anos atrás, em reunião realizada no hotel Goldmar, em Belém, o diretório do PT-PA aprovou uma moção onde repudiava a intenção de privatização dos serviços de tratamento de água e esgoto em Marabá, na região sudoeste do estado, na época sob a gestão do prefeito João Salame e que tinha como vice-prefeito, o petista Luiz Carlos Pies (marido da ex-deputada estadual Bernadete Ten Caten e pai do atual deputado estadual Dirceu Ten Caten).

Naquele momento, o diretor de comunicação do Sindicato dos Urbanitários, Otávio Pinheiro, que também já foi vereador do PT em Belém, apresentou os motivos para que o partido se mantivesse coerente com sua história de lutas contra a privatização da COSANPA. O pedido foi acatado e o Partido dos Trabalhadores se posicionou como esperava o sindicalista.

No entanto, o blog do jornalista marabaense Hiroshi Bogéa (imagem acima), revelou à época de que o prefeito João Salame, com apoio dos petistas em seu governo, estava realmente inclinado a operar aquilo que agora ficamos sabendo, como sendo o interesse da Odebrecht em abocanhar os serviços realizados pela COSANPA, ou seja: Privatizando, como revelou recentemente a delação de dois ex-executivos da empreiteira à Lava Jato.

Enquanto o PT, reunido com seus membros do diretório estadual condenava a privatização da COSANPA, Paulo Rocha (PT), Helder Barbalho (PMDB) e João Salame (ex-PPS) já haviam negociado com a empresa que seria a beneficiada pelo esquema de terceirização do serviço público, pelo valor de R$ 1 milhão e meio de reais, que teriam sido usados em suas campanhas eleitorais em 2014, segundo a denúncia apresentada nos autos dos inquéritos abertos por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin.


Na última quinta-feira (13), após a repercussão da lista de Fachin, o blog de Hiroshi Bogéa voltou a tocar no assunto, agora dizendo que a defesa de João Salame o informou que: “O ex-prefeito de Marabá não intermediou, não recebeu e nem repassou recursos financeiros para ser aplicado em caixa 2. Basta assistir o que disse o colaborador em suas declarações aos investigadores. A participação do João Salame no evento se limitou a agendar a reunião com o então candidato do governo do Pará, Helder Barbalho”.

Emilio Odebrecht: "A imprensa sabe de tudo isso há 30 anos. Por que agora?"



Por Diógenes Brandão

Ao prestar depoimento em dezembro do ano passado a procuradores da Operação Lava Jato, o empresário Emilio Odebrecht foi questionado pelos investigadores sobre o sistema de relações da empreiteira com o poder público. Ele, então, respondeu:

"O que nós temos no Brasil, não é um negócio de cinco anos, dez anos atrás. Nós estamos falando de 30 anos atrás. [...] Então, tudo que está acontecendo era um negócio institucionalizado. Era uma coisa normal." 

Emilio Odebrecht é o dono do grupo Odebrecht e deu essa declaração durante depoimento de delação premiada. Ao ser questionado por procuradores a respeito das relações da empreiteira com o poder público e a imprensa, disse: "O que me entristece é que a imprensa sabe de tudo isso há 30 anos, há 30 anos, e nunca disse nada (...). Vocês, procuradores jovens, estão fazendo seu trabalho, mas os procuradores da geração anterior sempre souberam de tudo e nunca fizeram nada. Por que? Nada disso é novidade. Por que antes nada? Por que agora?", indagou.

Ao noticiar o depoimento bombástico, a imprensa brasileira editou o vídeo e só publicou a parte em o empresário fala dos políticos.

Assista:



segunda-feira, abril 10, 2017

Vaza mais um depoimento na Lava Jato contra Lula. Moro nega que tenha sido ele

Em mais um depoimento, Marcelo Odebrecht reafirma que Lula era o "amigo" e vazamento foi imediato. 


O empresário Marcelo Odebrecht confirmou ao juiz Sérgio Moro, em audiência realizada nesta segunda-feira em Curitiba, que "Amigo" era o ex-presidente Luiz Inácio lula da Silva e os ex-ministros Antonio Palocci e Guido Mantega são, respectivamente, o "italiano" e o "pós-italiano" na planilha de pagamentos de propina da empresa. As informações foram confirmadas pelo GLOBO.

A planilha "posição italiano" indica a movimentação de R$ 128 milhões que, segundo a força-tarefa da Lava-Jato, teriam sido destinados ao PT e movimentados por Palocci. O saldo da conta era de R$ 79,5 milhões em 2012. Na planilha, na frente do codinome "pós itália" (Mantega) está anotado R$ 50 milhões.

Moro tem mantido os depoimentos da Odebrecht em sigilo, a despeito dos vazamentos ocorridos na investigação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O juiz argumenta que é preciso esperar que o sigilo seja levantado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Na audiência desta segunda-feira, depois de aceitar o pedido de advogados da Odebrecht para manter o sigilo dos depoimentos, Moro foi surpreendido com o vazamento de informações dadas por Marcelo Odebrecht ao site Antagonista. O aviso foi dado pelo advogado de Palocci, José Roberto Batocchio, logo após o término do depoimento.

Os advogados se dispuseram a mostrar seus celulares ao juiz, na tentativa de provar que não foram eles que vazaram as informações. Nada foi encontrado. O juiz fez constar na ata da audiência que nem ele, nem a servidora da Justiça que acompanhou a audiência, estavam com celulares na sala. Policiais federais que faziam a escolta dos presos e procuradores também apresentaram seus aparelhos. Os advogados têm três dias para requerer medidas que considerem pertinentes.



segunda-feira, março 13, 2017

Lista de Janot mete medo em diversos partidos em Brasília


Via Portal ORM.


O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deverá apresentar amanhã a lista de pedidos de inquéritos com base nas 77 delações da Odebrecht. O assunto foi tema de reportagem da revista semanal “IstoÉ”, divulgada na sexta-feira, 10, no site da revista. De acordo com a publicação, o clima é de tensão entre os políticos em Brasília, em contraste com a tranquilidade que tem apresentado o procurador-geral.

Na última quinta-feira 9, enquanto o meio político aguardava em estado de tensão e pânico a bombástica lista de pedidos de inquéritos com base nas delações dos executivos da empreiteira, Janot almoçava sushi em um restaurante de Brasília, com o terno pendurado na cadeira.

terça-feira, fevereiro 07, 2017

“Estancar a sangria”: Temer escancara, indica Alexandre de Moraes para o Supremo




Por Bob Fernandes, via Jornal da Gazeta

Basta de intermediários e faz de conta. Temer decidiu indicar Alexandre de Moraes para vaga de juiz no Supremo Tribunal.

Alexandre é ministro da Justiça de Temer. Temer foi citado 43 vezes em delação da Odebrecht na Lava Jato.

Temer acaba de tornar ministro o secretário Moreira Franco. O "Angorá", citado 34 vezes em delação da Odebrecht.

Ministro tem foro privilegiado, só pode ser julgado pelo Supremo. Nesse caso, não pelo juiz Moro.

Moro que ordenou gravar conversa da presidente Dilma com Lula quando Dilma nomeou Lula ministro. 

Gravação vazada para impedir que Lula obtivesse foro privilegiado ao ser nomeado ministro.

Gravação ilegal pela captação, divulgação pelo próprio Moro, de conversa da presidente Dilma, que não era investigada.

Alexandre de Moraes foi Secretário de Segurança Pública de Alckmin. O governador de São Paulo, segundo vazamentos, seria o "Santo" em planilhas da Odebrecht.

Novas delações de empreiteiras apontam para propinas pagas em governos do PSDB em São Paulo e Minas.

Alexandre é ministro da Justiça. Noticia-se que o PMDB herdaria a Justiça, que chefia a Polícia Federal. 
 
A PF investiga e prende na Lava Jato. Lava Jato a ser "estancada", segundo célebre pregação do líder do governo Temer, Romero Juca. O "Caju" nas planilhas.

Se Supremo, Senado, Temer e Alexandre levassem em conta a opinião do próprio Alexandre ele não poderia ser ministro do Supremo.

Há 7 anos, para se tornar "doutor" pela USP, Alexandre defendeu uma tese...

"...Quem servisse a um presidente da República "em cargo de confiança" não poderia ser indicado para o Supremo pelo mesmo presidente... 

...Para se evitar "demonstração de gratidão política".

No dia 11 de Maio passado a polícia de São Paulo prendeu Silvonei José de Jesus Souza. 

Silvonei invadiu o celular de Marcela Temer, casada com o presidente. Roubou fotos, áudios, e cobrava para não divulga-los.

Um dia depois da prisão, 12 de Maio, o secretário de segurança de São Paulo, Alexandre de Moraes, foi convidado por Temer para ser ministro da Justiça.

quinta-feira, julho 16, 2015

Por promover o Brasil: MPF abre inquérito para investigar suposto tráfico de influência de Lula

O ex-presidente Lula, durante visita a Angola, conversa com jovens sobre o primeiro objetivo de Desenvolvimento do Milênio (reduzir a fome e a miséria pela metade até 2015) . Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula.

No mundo inteiro, os presidentes dialogam e "vendem" as empresas, produtos e serviços dos seus países, fazem empréstimos para reconstrução de desastres, impactos ambientais, sociais e de combate à fome e epidemias. Sempre foi assim e continuará sendo, só que alguns magistrados de Brasília, acham que Lula não pode.

Enquanto líderes políticos, empresários e pessoas comuns do mundo inteiro, inclusive a ONU e várias universidades de vários países, o aplaudem, uma casta privilegiada no Brasil, o condena e pede seu desaparecimento da vida pública do país. Seria o medo de mais 4 anos com ele na presidência da república ou estão certos em cobrar apenas dele, o que não fizeram com os demais presidentes que ao invés de desenvolverem, endividaram a nossa nação?

No UOL.

O MPF (Ministério Público Federal) do Distrito Federal abriu um inquérito para investigar o suposto tráfico de influência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) junto a políticos de outros países para conseguir contratos para a construtora Odebrecht. As obras investigadas pelo MPF seriam financiadas pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). O inquérito foi instaurado no último dia 8 de julho, mas sua abertura só foi comunicada nesta quinta-feira (16).

Segundo o órgão, o período sob investigação compreende os anos de 2011 e 2014. O inquérito é um desdobramento de uma investigação preliminar que já vinha sendo feita pelo MPF há pelo menos um mês. O MPF-DF informou que as obras sob suspeição teriam sido realizadas em países como Venezuela e Panamá.

Em maio deste ano, o MPF-DF pediu explicações ao Instituto Lula, ao BNDES e à Odebrecht sobre as relações entre o ex-presidente Lula e a empreiteira.

O Instituto Lula afirmou que recebeu a notícia do inquérito "com surpresa" porque havia entregado, na semana passada, as informações solicitadas pela procuradora Mirela Aguiar e considera que houve pouco tempo para análise do material.

"Entendemos que faz parte das atribuições do Ministério Público investigar denúncias e vemos isso como uma oportunidade de comprovar as legalidades e lisuras das atividades do Instituto Lula", afirmou.

Viagens pagas por empreiteira

As relações entre o ex-presidente Lula e a Odebrecht têm estado sob suspeita nos últimos meses. Em abril deste ano, uma reportagem do jornal "O Globo" revelou que a Odebrecht pagou viagens do ex-presidente Lula para três países: Cuba, República Dominicana e Estados Unidos. Segundo a empreiteira, as viagens faziam parte da agenda do presidente na República Dominicana, onde Lula fez uma palestra paga pela Odebrecht.

Entre as pessoas com quem Lula viajou durante esse trajeto estaria Alexandrino Alencar, diretor de Relações Institucionais, preso pela operação Lava Jato e apontado por delatores do esquema como o responsável pelo pagamento de propinas da empresa no exterior. A operação Lava Jato investiga irregularidades em contratos da Petrobras com grandes empreiteiras, entre elas a Odebrecht.

Segundo as investigações, parte do dinheiro desviado por meio de contratos superfaturados era direcionada a partidos e políticos. Os investigadores estimam que os desvios na Petrobras cheguem a R$ 10 bilhões.

No dia 19 de junho, o presidente da empresa, Marcelo Odebrecht, foi preso pela Polícia Federal em uma das fases da Lava Jato.

Ainda em junho deste ano, telegramas divulgados pelo Itamaraty mostraram que o governo Lula fazia gestões junto a governos estrangeiros para beneficiar empreiteiras brasileiras, entre elas a Odebrecht.

De acordo com o MPF, somente ao final do inquérito é que os procuradores federais poderão decidir se oferecem ou não uma denúncia contra o ex-presidente junto à Justiça Federal.

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...