Mostrando postagens com marcador PED. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador PED. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, setembro 09, 2019

Eleições do PT-PA: Sem renovação, "novo" presidente será escolhido em 2º turno



Por Diógenes Brandão

Em uma eleição apertada e com quatro candidatos na disputa pela presidência estadual do partido, o PT-PA terá 2° turno entre Beto Faro e Zé Geraldo.   

Bira Rodrigues e Paulo Gaya disputarão a presidência do PT Belém.   

Denominado de PED - Processo de Eleições Diretas, as eleições escolhem os presidentes distritais, municipais, estaduais e nacional, além das chapas que dirigem o partido através dos diretórios. Após as eleições diretas, as chapas somam seus votos para conferir quantos delegados participarão o Congresso o partido, que aí sim definem quem serão os presidentes que comandaram o PT pelo próximos anos.

Marcado por denúncias e acusações de submissão e até patrocínio de chapas por partidos como o MDB e o DEM, o resultado destas eleições internas demorou quase 30 horas para ser anunciado, pois a contagem de votos é manual e feita por comissões formada por militantes indicados por suas respectivas tendências, em um exercício democrático raro de se ver nos demais partidos brasileiros.

Dos 77.901 petistas aptos a votar, apenas 16.718 compareceram às urnas, o que representa 21,5%. 

Ou seja, 61.183 não foram votar, totalizando 78,5% do universo de eleitores petistas que e se abstiveram do processo eleitoral interno.

Veja o resultado: 

Presidência Estadual 

Beto Faro  - 8.218 - 49,2%
Zé Geraldo  - 6.287 - 37,6%
Karol Cavalcante - 1.705 - 10,2% 
Nonato Guimarães - 508 - 3,0%

Presidência Municipal Belém

Bira Rodrigues - 755  - 43,1%
Paulo Gaia - 553 - 31,6%
Leirson Azevedo- 444 - 25,3%

Leia logo mais todos os demais números e informações deste processo eleitoral no blog AS FALAS DA PÓLIS

sexta-feira, abril 21, 2017

Troika do CNB: Eles querem rachar o PT?

Rochinha, Florisvaldo e Farina: CNB orienta tratar os adversários internos como inimigos do Partido.

Por Valter Pomar*, em seu blog e na Tribuna de Debates

Participei no dia 17 de abril de um debate sobre a reforma da previdência. 

Neste debate, um dos participantes afirmou que a reforma da previdência seria um "tiro no pé" do capitalismo brasileiro, pois estaria nos levando para um capitalismo sem consumidores. 

É uma tese sedutora, mas incorreta, sustentada na fantasia de um capitalismo harmônico, equilibrado, baseado na produção e venda de mercadorias a consumidores cujos salários provém das empresas produtoras das tais mercadorias.


A íntegra do texto assinado pela troika pode ser lida ao final destes comentários.

Qual a relação entre uma coisa e outra? 

Explico. 

Os três integram uma tendência chamada "Construindo um novo Brasil". 

Esta tendência é atualmente majoritária na direção nacional do PT. 

Logo, deveria ser a maior interessada no sucesso do Congresso do Partido. 

Sucesso que supõe enfrentar com o rigor do regimento as inúmeras denúncias de que teria havido fraudes na eleição partidária dia 9 de abril. 

Especialmente na situação política que estamos atravessando, não pode pairar nenhuma dúvida sobre a legalidade e a legitimidade do processo de eleição dos delegados e delegadas, bem como das direções e presidências partidárias.

Entretanto e contraditoriamente, em muitos dos estados em que há denúncias de fraude, tem prevalecido o desprezo olímpico pelas provas e evidências (por exemplo, cidades com 100% de participação e 99% de votos numa determinada chapa), a desatenção com os procedimentos e principalmente uma atitude burocrática e desatenta às consequências políticas disto tudo. 

Por exemplo, o risco de que o Congresso nacional seja contaminado pelo debate acerca das fraudes.

Frente a isto, a primeira reação é acreditar que alguns dirigentes da CNB estariam dando um tiro no pé, ou seja, estariam agindo contra seus próprios interesses.

Infelizmente, como no caso da reforma da previdência, esta é uma tese sedutora, mas errada. 

A leitura do texto da troika (que, curiosamente, é escrito na primeira pessoa) mostra que o que está ocorrendo é perfeitamente compatível com a concepção que os signatários -- e, portanto, de um setor da tendência hoje majoritária -- têm acerca da política e do Partido. 

Vamos aos pontos que revelam isto.

O texto comemora o "comparecimento de quase 300 mil filiados" e a realização de "encontros municipais em quase quatro mil municípios".

Na verdade, encontros não houve em lugar nenhum. Houve votação em urnas, algo bem diferente. Além disso, se é verdade que o comparecimento deve ser comemorado, também é verdade que foi o menor comparecimento relativo desde 2001.

O texto afirma, então, que "o jogo está só começando. Temos que ter a grandeza e deixar exigências pontuais de lado, pensar no Brasil que passa por um momento extremamente difícil e preservar a unidade da corrente CNB no partido, porque ela é a principal ferramenta para a assegurar e legitimar a democracia interna do PT".

Repito: "preservar a unidade da CNB no partido", porque ela é "a principal ferramenta para a assegurar e legitimar a democracia interna do PT".

Dito de outra maneira: o que é bom para a CNB é bom para o PT. 

Eis o porquê da atitude desassombrada e sobranceira frente às fraudes.

Eis o porquê, também, da confusão entre o Partido e a tendência, explícita na seguinte frase: "Peço aos dirigentes e delegados/as da CNB que se apressem em resolver pendências políticas que ficaram dos encontros municipais, para que a Secretaria Nacional de Organização possa concluir rapidamente os seus trabalhos".

Não é genial? Um artigo escrito ou pelo menos assinado pelo secretário nacional de organização do Partido, o companheiro Florisvaldo, deixa claro que para que a Sorg (uma instância do Partido) possa "concluir rapidamente os seus trabalhos", é preciso que a CNB (uma tendência) se apresse em resolver suas "pendências políticas".

O texto fala, também, que os dirigentes e militantes da CNB foram orientados a "procurar não errar para não dar munição àqueles que historicamente em todos os PED´s tentam ganhar no tapetão, se utilizando de usinas de recursos". 

Ao assinar este texto, o secretário nacional de organização destrói a legitimidade de sua atuação na Câmara de Recursos. 

Pois está clara qual sua posição sobre os recursos que porventura afetem a votação de chapas vinculadas a CNB: "Tapetão" e "Usina de recursos".

Mas o grande momento do texto da troika está ao final: "o momento é grave e exige paciência, tolerância e tomada de decisões firmes. O mundo externo tenta nos eliminar".

O mundo externo tenta nos eliminar???

Não é a classe dominante, o empresariado, a direita, a mídia, os coxinhas.

É o "mundo externo". O mundo!!!

Paranoias a parte, quem acredita nisto é levado a tratar, da mesma forma, o inimigo de classe e o adversário interno.

Por isto, as fraudes não são um tiro no pé. 

São consequência direta de uma orientação que trata os adversários internos como inimigos do Partido. Mesmo que o preço seja colocar em questão a legitimidade das instâncias e, no limite, rachar o Partido.

Já que a troika falou do "mundo externo", eu concluo citando Snoopy, que num quadrinho célebre afirmou: "desisti de tentar entender o mundo, agora ele que tente me entender".

Eu entendi a troika e até onde ela pretende chegar. E não gostei nada do que entendi. 

Espero que o restante da CNB discorde publicamente da troika, desautorize o fracionismo e garanta a unidade partidária.

*Valter Pomar é gráfico e historiador. Foi dirigente nacional do Partido dos Trabalhadores e secretário-executivo do Foro de São Paulo entre 2005 e 2013. 



terça-feira, abril 11, 2017

Eleições PT Belém: Candidato denuncia fraude. A eleita agradece os votos

Em meio a maior crise da história do PT, Paulo Gaya e Milene Lauande ofereceram seus nomes para presidir o PT.

Por Diógenes Brandão

Tal como havia sido dito aqui, as eleições internas do PT agitaram o domingo (09) em diversos municípios brasileiros. Ao todo 200 mil petistas foram às urnas e elegeram os novos presidentes, presidentas e chapas zonais e municipais, assim como os delegados e delegadas que participarão dos Congressos Estaduais, de 05 a 07 de Maio e do Congresso Nacional, que acontecerá de 1 a 3 de Junho deste ano.

Em 2013, mais de 420 mil eleitores foram votar enquanto agora apenas 200 mil, ou seja, menos da metade. Diante deste resultado, parte do PT comemora, enquanto outra parte lamenta os números deste pleito, que no Pará, levou em média de 10 mil votantes, enquanto que nas eleições de 2013, foram 20 mil eleitores, sendo que em Belém, apenas 1.233 petistas compareceram às urnas, ou seja 7% do total de filiados.

Em Belém, Milene Lauande e Paulo Gaya disputaram a presidência do PT municipal. 12 horas depois do fim da votação, com uma apuração sob fortes denúncias de diversas irregularidades, o atual presidente municipal do partido, Apolônio Brasileiro, anunciou o resultado: Milene obteve 758 votos, enquanto Gaya obteve 475, ou 61,5% e 38,5%, respectivamente. Uma diferença de 283 votos, ou de 23%.

Com o resultado totalizado, o candidato Paulo Gaya publicou a seguinte mensagem em seu perfil no Facebook:



Milene Lauande, candidata que venceu o pleito, publicou em sua fanpage, o seguinte:



Em apoio à Milene Lauande, a ex-governadora Ana Júlia emitiu a seguinte mensagem:


Já em apoio a Paulo Gaya, o ex-secretário de Educação, no governo de Ana Júlia, Luis Cavalcante disparou:


Lindbergh Farias e Paulo Rocha não estão aptos a votar no PT

Pré-candidato a presidente do PT nacional, Lindbergh Farias e o pré-candidato ao governo do Pará, Paulo Rocha não puderam votar no PED 2017. Falta de pagamento de suas obrigações partidária tirou os inadimplentes das eleições internas.

Por Diógenes Brandão

Matéria da Folha de São Paulo, "Baixa participação em eleição interna leva a troca de acusações no PT", confirma que o clima eleitoral esquentou neste PED, realizado em todo o país neste domingo (09). 

Leia e depois voltaremos..

Mesmo sem a conclusão da apuração, a primeira etapa da eleição do novo comando do PT já é alvo de divergências internas dentro do partido.

Um dos líderes do movimento de oposição interna, o Muda PT, o secretário nacional de Formação, Carlos Henrique Árabe, responsabilizou nesta segunda-feira (10) a corrente majoritária –CNB (Construindo um Novo Brasil)– pela baixa participação de militantes nas eleições ocorridas neste domingo (9).

"Essa queda geral a 50% é de responsabilidade da CNB", acusou Árabe, para quem o atual comando não faz uma autocrítica acerca de seus procedimentos.

"Eles se negam a reconhecer que existe uma crise", acrescentou.

CANDIDATO A PRESIDENTE

Árabe reclama também do fato de o senador Lindbergh Farias (RJ) não ter votado na véspera porque pagou sua contribuição partidária no dia 28 de março.

Para ter direito a voto, os detentores de mandato, ocupantes de cargos comissionados e candidatos nas eleições internas teriam que pagar sua contribuição partidária até o dia 20 de março. Do contrário, não poderiam votar.

Candidato à presidência do PT, Lindbergh não pode votar e alega não ter sido avisado dos prazos para participação no PED.

"Como eles querem falar de unidade usando esse tipo de artifício?", queixa-se Lindbergh.

Irritado com a divulgação de boatos de que Lindbergh não poderá concorrer à presidência do PT, Árabe chama a proibição de "mais um aspecto vil da burocracia petista".

Presidente do PT do Rio, Washington Quaquá diz que os prazos para participação no PED eram públicos e rebate: "Jogo sujo é jogar a culpa numa suposta burocracia quando se é pego no erro. Ele diz que quer mudar o partido, quer ter um partido militante, orgânico, socialista. E sequer paga suas obrigações estatutárias com o partido".

Leram? Pois é, aqui no Pará, outro senador petista também incentivou a militância, mas também não foi votar. 

Após a pergunta de um leitor do blog, que estranhou o motivo do senador Paulo Rocha não ter exibido foto, votando nestas eleições internas do seu partido, fomos averiguar  e constatamos que mesmo se quisesse, não poderia, pois não estava apto para tal. Só há dois motivos para que isso aconteça: Ou o petista não está mais filiado, ou o mesmo não está com suas contribuições em dia, o que o deixa na lista de inadimplente, perdendo, portanto, o direito de votar e ser votado em qualquer pleito partidário.


A informação pode ser obtida por qualquer cidadão no site do PT, que por uma questão de transparência, disponibilizou acesso de todo o processo eleitoral, incluíndo as teses, a composição das chapas e a situação de todos os filiados, inclusive os aptos e não aptos a votar.

Considerado a maior liderança do PT no Pará, o senador Paulo Rocha dialoga com partidos e lideranças como pré-candidato ao governo do estado, para as eleições do ano que vem.

sábado, abril 08, 2017

PT escolhe neste domingo se muda ou fica do jeito que está

Eleições acontecem neste domingo (09), das 09 às 17h. Na disputa, duas chapas com propostas distintas para o futuro do PT: A CNB e a Esquerda Petista.

Por Diógenes Brandão

As eleições internas do PT que escolherão os nov@s dirigentes do partido acontecem amanhã (09), em todos os estados brasileiros. Dessa vez, os filiados não escolherão os presidentes nacionais e estaduais, cabendo aos delegados eleitos de forma indireta através do Processo de Eleição Direta (PED), participarem dos Congressos Estaduais e depois do Nacional, onde poderão eleger os novos presidentes estaduais e nacional do partido.

O PED (Processo de Eleição Direta) municipal acontecerá no dia 09 de Abril (Domingo) e renovará as direções municipais e escolherá os delegados e delegadas estaduais, que serão eleitos através de chapas estaduais, por cédulas e voto secreto realizada em todo o País das 9h às 17h, de acordo com o horário de cada região. Os municípios com Diretórios Zonais organizados, realizarão, no mesmo dia e horário, eleição para renovação das Direções Zonais, do Diretório Municipal e escolha dos delegados e delegadas para o Congresso Estadual.

Os Congressos Estaduais serão realizados simultaneamente, nos dia 5, 6 e 7 de maio de 2017, enquanto o Congresso Nacional do PT acontecerá nos dias 1, 2 e 3 de junho de 2017.

O PT PRECISA SAIR DA LONA EM QUE FOI COLOCADO

Desde que foi fundado em 1980, o PT já teve 18 anos com eleições (82, 85, 86, 88, 89, 90, 92, 94, 96, 98, 2000, 2002, 2004, 2006, 2008, 2010, 2012, 2014) e foi se tornando aos pouco numa máquina eleitoral azeitadíssima. 

Em 2004, embalado pela vitória de Lula em 2002 e antes do escândalo do mensalão, o partido elegeu 411 prefeitos. O número continuou crescendo nas eleições seguintes, até os 644 do penúltimo pleito. No entanto, se em 2012 elegemos 630 prefeitos, em 2016, foram 256. Um encolhimento de 59,4%.

MULHERES AINDA TEM MUITO A CONQUISTAR

No 4º Congresso Nacional do Partido dos Trabalhadores, foi realizada uma reforma no estatuto do partido que garante a paridade de gênero, prevendo participação feminina de 50% na composição das direções, delegações, comissões e cargos com funções específicas de secretarias.

De 2011 para cá, o Partido dos Trabalhadores entrou para a história como o primeiro partido político do Brasil a implementar a paridade entre homens e mulheres nos cargos de direção. Dentre as deliberações, também foi aprovada cotas mínimas de 20% para negros e negras e 20% para jovens – com menos de 30 anos.

Em 2016, o PT elegeu conquistou 256 prefeituras , sendo que apenas 31 tem mulheres como prefeitas e tão somente 439 vereadoras dos 2.795 eleitos pelo partido.

Em vídeo, o senador Paulo Rocha (PT-PA) fez uma convocação para que os filiados e filiados votem neste domingo, em CANDIDATOS do PT. A insistência com a palavra CANDIDATO pode ser uma mera forma politicamente incorreta de se expressar, desconectada da luta feminista que muitas companheiras do PT protagonizam, mas em tempos de luta contra misóginos, que dominam a cena pública, no alto de sua liderança política, o senador bem que poderia adotar um discurso de rompimento com a cultura hegemônica masculina, que também contamina o PT, mas já deveria ter sido superada. 



No Pará, o ex-campo majoritário, que teve grande parte de seus dirigentes atingidos pelo "Mensalão" e a "Lava Jato", apresentam como pré-candidato ao PT estadual, o nome do veterano João Batista, o qual já esteve durante muitos anos na presidência do partido, sempre defendendo alianças como partido com o PMDB e faz parte do setor que ainda concorda com a manutenção de petistas nos cargos de confiança de Ministérios do governo Temer, como o da Integração Nacional, onde o ministro Helder Barbalho (PMDB), mantém dirigentes estaduais da chapa de João Batista, no alto comando da SUDAM.

Sem nomes para apresentar na capital, o campo majoritário, hoje denominado de CNB (Construindo um Novo Brasil) foi obrigado a apoiar uma candidatura que não faz parte das tendências alinhadas com o grupo e até outro dia era da DS - Democracia Socialista. O nome de Milene Lauande para presidenta municipal do PT Belém é um desafio para o CNB, já que a mesma declara apoio ao pré-candidato a presidente nacional da Esquerda Petista, o senador Lindbergh Farias, que no Pará está sendo apoiado e representado pela chapa que está na disputa com o CNB.

A Esquerda Petista, que em sua maioria é formada por militantes e dirigentes ligados aos movimentos sociais e setores de base do PT, posiciona-se e contesta a aliança ainda mantida pela atual direção do PT-PA com o PMDB e apresenta Paulo Gaya como candidato a presidente do PT Belém e Socorro Coelho como pré-candidata à presidência do PT paraense.

Segundo Rui Moreno, presidente zonal do maior colégio eleitoral da capital paraense, o DAGUA, "A militância petista não pode perder a oportunidade de mudar os rumos do partido, neste domingo. Como a eleição de 2018 está na porta, o PT não pode continuar sendo dirigido por aqueles que não pensam duas vezes antes de direcionar o partido para compor chapas municipais e estaduais com partidos fisiológicos e até golpistas".

Para quem esteve no último debate entre as chapas municipais, realizado Belém, na última quinta-feira (06), militantes feministas manifestaram-se em apoio à candidatura de Milene Lauande, dizendo que era a hora e a vez do PT ser presidido por uma mulher. Paulo Gaya, devolveu-lhe a provocação, incentivando que estas mesmas militantes não esqueçam dessa necessidade de afirmação de gênero e sejam coerentes, votando no Congresso Estadual em outra mulher, a candidata à presidenta estadual do PT-PA, a professora Socorro Coelho.

Em vídeo gravado há duas semanas atrás, Socorro Coelho explicou a necessidade de renovar o partido e para tal precisa ter uma direção que traga de volta aos ideais da esquerda e no enfrentamento permanente ao golpe e todos que estão condenando o futuro do país.


segunda-feira, fevereiro 27, 2017

PT: Entre a juventude e os caciques burocratas




Por Diógenes Brandão

Realizada nesta última quinta-feira, a transmissão ao vivo, em uma rede social, recebeu muitos elogios e deu uma demonstração de que o PT está finalmente se encontrando com a atualidade e a dura realidade.

A iniciativa da secretária-geral do PT-PA, Karol Cavalcante, de fazer um live no Facebook para tirar dúvidas dos filiados sobre o Processo de Eleição Direta (PED) - no qual serão eleitos os novos dirigentes do partido, em Abril deste ano, foi muito bem recebida e elogiada por militantes e dirigentes nacionais e municipais.

Karol vem sendo indicada para ser a futura presidente do PT paraense e isso está incomodando setores mais conservadores do partido. Se aceitar o desafio, seu concorrente será o ex-presidente João Batista, indicado pelo senador Paulo Rocha e os deputados Zé Geraldo e Beto Faro, que tentam a todo custo manter o comando petista no Pará. 

Hoje com mais de 70 anos, João Batista tem 40 anos a mais do que a jovem dirigente, que pode ser uma alternativa para tirar o PT da situação em que se encontra, já que a velha burocracia do partido distanciou-se dos movimentos sociais e da juventude e mesmo depois de tudo que aconteceu, submete o partido a um processo que não pensa em outra coisa que não seja a manutenção de alguns mandatos parlamentares e seus interesses individuais.

Estudo e realidade petista no Pará

É da Karol, o estudo inédito realizado pelo partido no Pará, logo depois do resultado das urnas, o qual mostrou a real situação da legenda, que amarga o pior desempenho entre os partidos que mais perderam prefeituras no Estado, nas eleições de 2016. Para se ter uma ideia do estrago causado pelos erros de estratégia política; más gestões; mas, sobretudo, dos ataques que sofreu da mídia e dos partidos adversários, o PT-PA perdeu 17 prefeituras, já que tinha 23 e agora só tem 06, restando a administração de apenas 3% do eleitorado paraense, ao tempo que o PSDB tem 38% e o PMDB 24%, seguidos do DEM com 11% e o PR que ficou com 6%. 

Cacique desmente jornalista e sonha alto

Mesmo como os números desfavoráveis, o cacique petista no estado, senador Paulo Rocha, respondendo a um post do jornalista Carlos Mendes, em seu blog ver-o-fato - o qual lhe acusou de estar ligado ao PMDB por puro oportunismo - ligou para o blogueiro e negou tudo. O senador petista ficou incomodado com a publicação e aproveitou para afirmar que o partido terá candidatura própria em 2018. No entanto, um dirigente petista de Ananindeua, perguntou ao blog: “O partido já reuniu seus filiados para definir democraticamente a estratégia eleitoral, ou o senador “de todos” falou novamente aquilo que veio à sua cabeça, sem consultar a militância, tal como reza o estatuto e a história petista?”. 

Deputado Beto Faro e Senador Paulo Rocha investem alto para manter o controle do PT e seus indicados no governo Temer.

O blog prometeu publicar a pergunta e manter a fonte preservada, tal como foi pedido. O blog AS FALAS DA PÓLIS lembrou ao petista que já noticiou a estranha manutenção de diversos petistas em cargos de DASs, os quais foram indicados pelo senador Paulo Rocha e o deputado federal Beto Faro para a SUDAM, desde os governos Lula/Dilma, e que mesmo depois do impeachment, continuam ocupando diretorias e cargos de confiança, com a benção de Jader, Helder e Temer, chamado de “golpista” por 10 entre 10 petistas.

quarta-feira, janeiro 29, 2014

A retomada do blog para as eleições de 2014



Venho aos poucos retomando a assiduidade nas postagens deste blog e confesso que já poderia ter feito algumas considerações sobre as eleições deste ano, pois quem conhece este espaço, sabe o quanto ele prefere debater política local e nacional, em detrimento de outros temas. Muitas vezes, a falta de atualizações pode parecer que é só preguiça mental o que nos impede de sentar e escrever um post. Não, não é só isso.

No meu caso, tem algo a mais. 

No final do ano passado saí derrotado de um processo eleitoral do PT, chamado PED, com uma convicção: O partido dos Trabalhadores de minha cidade perdeu a oportunidade de ter um militante engajado nas lutas dos movimentos sociais e disposto a fazer uma série de atividades bem planejadas e pactuadas com os diferentes grupos internos a fim de fortalecê-lo, mas a imensa maioria dos filiados de Belém, seguiram a lógica que merece ser colocada em xeque, com uma reforma política interna, a qual ponha os candidatos que disputam as eleições internas do PT em pé de igualdade, tal como o partido propõe na Reforma Política no Congresso Nacional. 

Traduzindo: Disputei contra um candidato que vinha para a reeleição contando com o apoio financeiro e estrutural de 03 deputados federais, 07 deputados estaduais e inúmeras prefeituras. A outra candidata contava com apoio de 01 deputado federal, 01 deputado estadual e algumas entidades e ONGs. Eu contava apenas com um grupo de militantes do movimento popular, sem liberação e nem dinheiro pra subsidiar as nossas ações cotidianas.

Por fim, no final do pleito, o resultado não poderia ter sido outro: O PT-Belém manteve-se alinhado à forma de gestão burocratizada e burocratizante. A pequena mudança que ocorreu no diretório municipal do partido, não lhe oferece as condições de dar o salto necessário para tirá-lo dos 3% de votos que o atual presidente traz de herança das últimas eleições municipais. 

Com essa afirmação, dou por encerrada minha avaliação deste Processo de Eleições Diretas de 2013, tão demorada de ser publicizada, mas ao mesmo tempo, fruto de um processo de amadurecimento político que me fez perceber que eu não posso deixar de opinar e colocar pra fora o que percebo. Ou seja, de ser fiel ao que acredito e quais são minhas críticas e sugestões para fazer com que o partido que tanto me dedico, em todos estes anos, saia do ostracismo que se meteu.

Com relação a minha posição sobre as eleições estaduais, tenho sido muito provocado para opinar sobre meu ponto de vista a cerca da estratégia eleitoral que deverá ser discutida e aprovada em um Encontro Estadual ainda com data indefinida.

Bom, isso não cabe mais aqui neste post e por isso, vou amadurecendo minha posição acumulada até o "dia D", partindo sempre da premissa de que preciso ouvir meus companheiros e dirigentes e só depois então, declarar minha bandeira para esta eleição.

É, comigo é assim. Quando sento pra escrever algo para a Pólis, não consigo escrever algumas linhas e ponto. Sei que isso facilita a leitura diária e muitos blogueiros acabam sendo atraídos para este estilo de redação, mas no meu caso, gosto de ir à fundo em minhas afirmação, incógnitas e porque não dizer, divagações?!

No entanto, a partir de hoje, iniciarei uma série de postagens voltadas ao cenário político e eleitoral e não ficarei sozinho. Trarei pra cá, postagens e artigos de outros blogueiros e pessoas que não blogam, mas são ativos nas redes sociais, enquanto outros mandam emails para este escriba que vira e mexe traz pra esse espaço textos de outros autores.

Avante, sem medo de ser feliz!


Siga-me no twitter: @JimmyNight


terça-feira, novembro 12, 2013

PT-PA pode ficar sem 2º turno e consolidar aliança com PMDB



A informação publicada no jornal Diário do Pará desta terça-feira (12) não é novidade pra alguns petistas paraenses. Não realizar o 2º turno nas eleições no Pará, já era cogitado por dirigentes das 3 maiores tendências: UL, PTV e AS.

segunda-feira, novembro 11, 2013

Lula vence no Pará e PMDB terá o apoio do PT

Lula foi o arquiteto da estratégia de eleger Helder Barbalho governador do Pará em 2014.

Independente do resultado do 2º turno, as tendências ligadas ao grupo de Lula no Pará, venceram o PED - Processo de Eleições Internas do PT no Estado do Pará e Helder Barbalho já pode contar com uma parte significativa de votos de quem decidirá no Encontro Estadual do PT-PA, qual será a estratégia eleitoral que definirá se o ex-prefeito de Ananindeua e filho do senador Jader Barbalho, terá o apoio do PT ou se o partido terá candidatura própria nas eleições de 2014.

Muitos podem não gostar, mas se os candidatos que venceram este PED2013 no Pará, defendem a proposta dialogada com Lula para que o PT apoie a candidatura de Helder Barbalho como governador em 2014, então ele foi o verdadeiro vencedor deste processo de eleições internas do partido. Ou não?

Resta agora o encontro estadual para que a maioria dos que foram eleitos na chapas que disputaram este processo, batam o martelo junto com seus líderes e assim tenhamos a estratégia eleitoral debatida e eleita pela conjunto partidário, conforme já tinha sido idealizado em Brasília, quando Lula reuniu as lideranças do PT-PA, afim de convencê-las que só assim pode ser possível derrotar o PSDB no Estado e ajudar a reeleição de Dilma, e pelo que tudo indica, deu certo.

Milton Zimmer e Zé Geraldo vão pro 2º turno no PT-PA

Milton Zimmer e Zé Geraldo disputarão o 2º turno das eleições do PED no PT-PA.

Pelo andar da carruagem, as eleições internas do PT-PA já se configuram com o 2º turno entre o deputado Estadual Milton Zimmer e o deputado federal Zé Geraldo.

Milton é ligado à tendência Articulação Socialista que tem o deputado federal Beto Faro e o deputado estadual Carlos Bordalo. 

Zé Geraldo faz parte da tendência PT pra Valer, que tem os seguintes deputados estaduais: Bernadete Ten Caten, Valdir Ganzer e Airton Faleiro.

O deputado federal Cláudio Puty, ligado à tendência Democracia Socialista, da qual a ex-governadora Ana Júlia e o deputado Edilson Moura fazem parte, não conseguiu alcançar os votos necessários para defender a candidatura própria do PT nas próximas eleições, conforme gostariam.

Com uma votação próxima de Cláudio Put,y está Marquinho Oliveira, coordenador estadual da tendência Unidade na Luta, da qual integram o deputado federal Miriquinho Batista e os deputados estaduais Alfredo Costa e Zé Maria, além do ex-deputado federal e presidente de honra do PT-PA, Paulo Rocha.

CNB saiu novamente vitorioso, porém rachado.

Com a configuração acima, o antigo campo majoritário, hoje denominado de CNB - Construindo um novo Brasil - sai deste PED (Processo de Eleições Diretas) vitorioso na disputa com o bloco denominado "Mensagem ao Partido", o qual conta com o apoio das tendências: Democracia Socialista, PT de Lutas e de Massas, Articulação de Esquerda e o agrupamento Pororoca Vermelha.

No entanto, o CNB que em Belém reelegeu Apolônio Brasileiro como presidente do Diretório Municipal, terá no Estado uma disputa histórica e inédita no PT-PA. Quem viver, verá!

Em Ananindeua, com um único candidato neste PED, o PT municipal não conseguiu alcançar o número de votos necessários para cumprir o quórum eleitoral e deverá ser formada uma comissão provisória para gestar o partido pelos próximos 04 anos.

Com o resultado previsto para ser declarado oficialmente ainda esta tarde, o blog As Falas da Pólis, retornará suas atividades normais, depois de quase dois meses em pausa, por ter seu editor envolvido neste processo eleitoral como candidato à presidência do PT-Belém e este ter optado em manter este instrumento de informação longe desta disputa interna do partido que faz parte.

Mais informações em instantes, via twitter.

quarta-feira, agosto 14, 2013

"A hora e a vez da militância" defende renovação e independência no PT

Capa de O Liberal Jornal destaca a reunião promovida ontem por militantes petistas contrários a aliança com o PMDB já no 1º turno das eleições de 2014, tal como quer alguns dirigentes do partido no Pará.
Em OLiberal.

Cresce dentro do PT a rejeição em relação a uma possível aliança do partido com o PMDB nas eleições de 2014. Ontem, um grupo de militantes, de diversas tendências, entregou à direção estadual da legenda um manifesto que repudia a dobradinha com o partido dos Barbalho e propõe ainda uma oxigenação do partido, por meio da reaproximação com as bases. Para esta ala de petistas, a aproximação com o PMDB vai em sentido oposto aos anseios da população que foi às ruas em junho.

“É mais espantoso, ainda, que essa possibilidade seja cogitada logo após a condenação judicial do senador do PMDB (Jader Barbalho) por desvios de recursos públicos da Sudam e as manifestações de rua ocorridas no mês de junho de 2013, que questionaram as nossas envelhecidas instituições políticas”, expressa o documento subscrito por 51 militantes do PT, e que conta com o apoio de mais de cem filiados nas redes sociais. Para Luiz Carlos Cavalcante, ex-secretário de Educação do Governo Ana Júlia e filiado ao PT há 30 anos, o partido tem condições de disputar as eleições com candidato próprio.

“Não vemos com bons olhos esta aliança com o PMDB já no primeiro turno. Nós temos nomes para disputar uma eleição. Temos que estar atentos ao recado que veio das ruas. O povo não aguenta mais esta velha forma de fazer política. Já tivemos problema com esta aliança em 2006”, reclamou Cavalcante.

O manifesto, de uma maneira geral, propõe uma espécie de retorno às origens e a defesa de uma Reforma Política no País. “Em nome da governabilidade já renunciamos a muitos princípios que sempre foram bandeiras do PT. É preciso uma oxigenação. O PT se institucionalizou e vem se distanciando dos movimentos sociais, da militância, é preciso voltar a ter uma relação mais próxima com o povo, com a sociedade civil organizada.

Há muito, os mandatos dos nossos parlamentares perderam as suas características coletivas”, reclamou. O coro dos descontentes ganhou força pelas redes sociais e hoje petistas das mais diversas tendências políticas estão se posicionando contra os rumos que vêm sendo trilhados pelo partido. “O recado que veio das ruas foi claro: o povo não concorda com este modo antigo de fazer política, e o PT precisa acompanhar estas mudanças, respeitar sua trajetória. 

E dentro do PT temos esta oportunidade de debater isto. Com o PMDB, não. Apesar das alianças nacionais, aqui temos peculiaridades que nos distanciam muito do PMDB”, afirmou o secretário-adjunto da Juventude do Diretório municipal do PT, João Paulo da Silva Moraes. 

PRESIDENTE 

O grupo pretende levar estas questões para o debate no Processo de Eleição Direta (PED) que vai eleger o próximo presidente da legenda e a nova composição do diretório estadual, que será realizado no dia 10 de novembro, e também para o Congresso Estadual do PT, que define as táticas e estratégias eleitorais, previsto para ocorrer em dezembro. 

E por conta da própria heterogeneidade do grupo e da escolha da direção do partido ser dissociada da que escolhe o presidente da Executiva Estadual, uma das deliberações do grupo foi lançar uma chapa avulsa à direção estadual, intituladaA hora e a vez da militância, mas sem vincular esta candidatura a nenhum dos cinco candidatos que estão na disputa à presidência.

“Como somos de diversas tendências, achamos por bem liberar as pessoas para votar em quem quiserem para presidência. Montamos uma chapa independente para concorrer ao diretório estadual, porque acreditamos que é preciso fazer uma renovação”, afirmou Carlos Eduardo de Miranda.

O documento foi entregue ao secretário de Organizações do PT, Advonsil Siqueira, e à vice-presidente da Executiva Estadual do PT, Karoline Cavalcante.

Siqueira explicou que ainda não existe nenhuma resolução do partido sinalizando para uma aliança com
o PMDB, e que o tema só será tratado durante a PED e no Congresso Estadual.

“Este manifesto faz parte do processo de construção coletiva do PT. Como ainda não foi definida esta questão de aliança e da direção, qualquer militante pode propor o debate. O PT não tem dono, é o único partido que tem diretório nos 144 municípios e faz eleição direta. Então, todas as contribuições para o debate são bem-vindas”, afirmou Siqueira.

Lula apoia reeleição de Rui Falcão como presidente do PT

Alinhados, Lula, Dilma e Rui Falcão incomodam os críticos do PT.
"Eles cometem erro infantil de quem não conhece o PT e não conhece o Brasil. O PT é muito mais do que 80 e poucos deputados, 20 e poucos senadores. O PT é um desejo da vontade brasileira de mudar esse país. Houve momentos em que cometemos desvios de comportamento, que pessoas nossas cometeram desvios. Mas as pessoas não compreendem porque, depois de apanharmos tanto, cada vez que fazem uma pesquisa, o partido que tem mais credibilidade na sociedade brasileira é o PT”, afirmou Lula. 
“Eles cometem erro infantil de quem não conhece o PT e não conhece o Brasil. O PT é muito mais do que 80 e poucos deputados, 20 e poucos senadores. O PT é um desejo da vontade brasileira de mudar esse país.” 
Lula, ex-presidente, no lançamento da reeleição de Rui Falcão como presidente nacional do PT.
Leia a matéria no Valor.

domingo, agosto 11, 2013

PED: Chapa de militantes promete agitar os debates internos no PT


Segundo o jornal Diário do Pará, a aliança entre o PT e o PMDB está selada e que não há outro nome mais forte do que o do ex-deputado federal Paulo Rocha para representar o partido que governa há 10 anos o Brasil e no Pará teve revés nas duas últimas eleições.


Apesar de não estar consolidada com a militância petista, a aliança entre os dirigentes do PT e do PMDB não perde tempo e cumpre agendas pelo interior do Estado. A estratégia é combinar com outros russos e depois convencer a base de que a parceria entre os dois partidos é inexorável.

Um PED cheio de novidades.

A DS, tendência interna do PT, encabeçada pelo Deputado Federal Cláudio Puty, faz um movimento intenso pra melar os planos de Paulo Rocha e Beto Faro e fazer com que o PT lance candidatura própria para as eleições de 2014.

Com a chapa "Mensagem ao Partido", o ex-chefe da Casa Civil no governo Ana Júlia disputará a presidência do PT-PA no Processo de Eleição Direta (PED), quando os filiados terão a oportunidade de votar e escolher sua direção. É nessa lógica que Puty visa eleger um número de membros para o diretório Estadual que seja suficiente para inclinar o partido para seu intento.

A proposta de Puty utiliza o dispositivo legal previsto no Estatuto do PT que define o PED como o espaço de debate e decisão sobre a estratégia eleitoral e a aliança com os demais partidos, pode ou não ser aprovada no futuro diretório, que é a instância deliberativa sobre as principais decisões do PT, coisa que o jornal Diário do Pará talvez não saiba, afinal no PMDB, as coisas não são bem assim.

Previsto para o mês de novembro, o próximo PED trará uma novidade aos petistas paraenses, a qual tende influenciar os destinos do partido no Pará: Trata-se de uma chapa independente, formada por militantes históricos do partido, jovens, sindicalistas, ativistas das setoriais e lideranças de diversos movimentos sociais que iniciaram um debate pelas redes sociais criadas para esse fim, já que que a direção partidária já não os promove de forma presencial.


Debate esquenta nas redes sociais.

Segundo organizadores da nova chapa, o PT precisa passar por um processo radical de renovação e fazer com o partido que nasceu dos anseios populares, volte a dialogar com as vozes que vem da rua, dos movimentos sindical, popular e as novas formas de organização, como as vistas nas manifestações de Junho. 

Sobre os motivos que levaram a criação da chapa que será inscrita amanhã para a disputa interna do PT-PA, um dos jovens que está na organização da chapa explicou: "Os PED’s anteriores foram marcados pela polarização entre as tendências e mandatos e a proposta do conglomerado de filiados que reunimos através de inúmeras reuniões em Belém, no interior do Estado e via a internet é fazer com que o PT-PA não cometa mais o erro de traçar seu destino de forma centralizada e com poucos, incluindo os que sempre foram levados à apoiar as decisões tomadas pelos dirigentes, sem que a imensa maioria não participem do debate de concepção da estratégia, levando o PT a ser um partido pragmático e sem projeto político construido pela coletividade e focado apenas na conquista eleitoral.

“Somos a favor de um programa transformador para o Pará e  para derrotar o atual governo do PSDB, o PT precisa estar aliançado com o povo e não com o atraso”, disparou um dos líderes da chapa.

“A Chapa defende um PT independente, horizontal e autônomo, com transparência interna e avalia que a política de alianças e o financiamento de campanha precisam ser pontos de pauta que merecem ser debatidos com todos os militantes do partido e não apenas com os membros do diretório estadual, os deputados e lideranças das tendências", contribuiu um líder da Juventude do PT-Belém que disse em reservado ao blog que o que se esperar com a chapa é permitir que os novos dirigentes evitem os deslizes e desmandos cometidos nas eleições de 2010, que fizeram com que a governadora Ana Júlia não conseguisse se reeleger, assim como não permitir que se repita a humilhante votação do PT nas eleições de 2012, quando o então vereador, hoje deputado Estadual Alfredo Costa obteu apenas 3% dos votos em Belém.

Outro dirigente partidário que integra a chapa e que como os demais, prefere ainda não ser identificado, argumentou num grupo fechado do PT no Facebook: "Temos bons quadros nos movimentos sociais e populares, na academia, além de vereadores, prefeitos, intelectuais e ativistas sociais que finalmente serão ouvidos e farão parte das decisões tomadas pelo partido. Acreditamos que a polarização entre os atuais grupos que disputam a direção do partido não representa o universo e nem a maioria dos filiados. O PT não deve pensar e viver só por conta das estratégias eleitorais e por isso queremos fazer deste PED, um momento de ruptura com o modelo proposto por alguns dirigentes e debater muito além do processo eleitoral de 2014, levando em consideração o programa nacional do PT e assim derrotar o governo PSDB e os demais partidos fisiologistas, adversários do projeto de país que queremos e há 35 anos sonhamos" conclui um dos organizadores da chapa que possui representantes oriundos de diversas tendências internas, presentes em mais de 40 municípios que discordam do modus operandi das demais chapas organizadas e que amanhã serão inscritas para a disputa interna pela direção do partido.

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...