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segunda-feira, janeiro 08, 2018

Ex-querda goza com artigo da FSP que a Rede Brasil Atual publicou ainda em 2016


"Palavras verdadeiras podem não ser agradáveis" - provérbio chinês

Sim! Estamos cada vez pior. A ex-querda reproduz feliz, em tom de crítica, mas gerando audiência para o PiG, artigo sobre o enriquecimento da família Bolsonaro publicado hoje, 07/01/2018, pela FSP, quando o mesmo assunto já havia sido tratado em 30 de março de 2016 nas páginas da Rede Brasil Atual.  

Não me recordo de ter sido assunto nas redes digitais estrangeiras.  

Aqui está o link do artigo publicado por Helena Sthephanowitz em seu blog na Rede Brasil Atual. 


Mas, para variar, a ex-querda só se excita com as publicações do PiG e com as das redes digitais estrangeiras.  

Nada que seja nacional, soberano ou alternativo, que sobreviva dos esforços e do trabalho dos brasileiros, recebe atenção da ex-querda e dos tais ativistas digitais pós tudo de nada. Ao contrário, são violentamente boicotados por estes em nome de uma pós-modernidade e de um certo internacionalismo sem classe.  

Por que será?  

Soros explica?  

Ford Explica?  

O que está acontecendo?  

Por que nos deixamos enganar?  

O que diferencia essa parte da esquerda (que acredita em falsos esquerdistas) de certos cristãos que acreditam em falsos pregadores, em falsos profetas.  

Pense! Reflita!  

E divirta-se com o artigo da Sthephanowitz abaixo, caso esteja com preguiça de acessar o site da Rede Brasil Atual, onde o artigo foi publicado originalmente.

TELHADO DE VIDRO  

Bolsonaro e o milagre da multiplicação do patrimônio 

Deputado compra duas mansões de frente para o mar em área nobre do Rio com "descontos" graciosos sobre o valor de mercado. E declara patrimônio incompatível com sua renda.

Jair Bolsonaro, deputado em sexto mandato consecutivo, mostra declaração de bens que levanta dúvidas. Foto: Gilmar Félix.




Você conseguiria comprar uma casa que custa, a preço de mercado, alguns milhões por "apenas" R$ 400 mil? 

O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) conseguiu esse, digamos, milagre. E recebeu a graça na compra não só de uma, mas de duas mansões. Em termos terrenos, com um abatimento de pelo menos 75% nos preços dos imóveis, foram verdadeiros negócios da China.  

Para entender o caso: Jair Bolsonaro – que está em seu sexto mandato consecutivo como deputado federal – declarou à Justiça Eleitoral possuir, no ano de 2010, bens que totalizavam o valor de R$ 826.670,46. Naquele ano, os dois imóveis não constavam da declaração de patrimônio.  

Quatro anos depois, nas eleições de 2014, o patrimônio declarado pulou para R$ 2.074.692,43. Façamos as contas: a variação patrimonial é maior do que a soma dos salários líquidos que ele recebeu como deputado. Significa que, mesmo se Bolsonaro não tivesse gasto um único centavo de seus salários nos quatro anos de mandato entre 2010 e 2014, ainda assim o montante acumulado não lhe permitiria chegar ao patrimônio de mais de R$ 2 milhões. A conta não fecha.

E como ele não declara, entre seus bens, ser proprietário ou sócio de nenhuma empresa, é inevitável perguntar: qual é a fonte de renda de Bolsonaro para cobrir tamanha variação patrimonial?  

Mas a estranheza sobre o patrimônio não para por aí. Jair Bolsonaro continua, segundo ele mesmo declara, com todos os imóveis que tinha em 2010 e aparece em 2014 com duas mansões na Avenida Lúcio Costa, de frente para o mar da Barra da Tijuca, reduto carioca da classe média alta e de parte de sua elite.  

Os valores atribuído aos imóveis são piada e escárnio: o valor de compra declarado de uma das propriedades é de R$ 400 mil e a outra, de R$ 500 mil. Uma simples consulta a qualquer imobiliária da capital fluminense, ou às sessões de classificados dos jornais e sites do Rio, mostra que as mansões foram declaradas com valores muito abaixo dos praticados no mercado. Ninguém conseguiria comprar um imóvel como os de Bolsonaro, naquela localização, por esses preços entre 2010 e 2014 – período em o país chegou a viver uma "bolha imobiliária", com os preços dos imóveis dispararam.

Bolsonaro oculta o endereço completo na declaração de bens apresentada à Justiça Eleitoral, mas descobrimos que o deputado tem endereços em seu nome no Condomínio fechado Vivendas da Barra, na referida avenida. Em anúncios classificados, o menor valor que encontramos para casas à venda naquele condomínio foi de R$ 1,65 milhões. Mais de 4 vezes o valor menor declarado por Bolsonaro.  

Em época de alguns políticos terem de explicar até o que não têm e nunca compraram, o que o deputado Jair Bolsonaro, useiro e vezeiro em atirar pedras nos telhados alheios, tem a dizer a seus seguidores sobre seus telhados de vidro?

sábado, novembro 26, 2016

Fidel Castro e os vira-latas da mídia



A mídia brasileira, com o seu complexo de vira-lata, sempre reproduziu a visão imperial dos EUA de satanização do líder cubano Fidel Castro. Agora, com o anúncio da sua morte, ela promove uma festa macabra. Na Globonews, os “calunistas” de plantão não se cansam de repetir a palavra “ditador”. No site da Folha, a manchete garrafal: “Ditador Fidel Castro morre em Cuba aos 90 anos”. Já a asquerosa Veja destaca os “10 fatos sobre a vida do ex-ditador”. E a revista Época segue a toada emburrecedora: “Aos 90 anos, morre o ditador cubano Fidel Castro”. Uma rápida olhada nos sites dos principais veículos internacionais evidencia como a mídia nativa afundou de vez no jornalismo rastaquera.

A guerra fria acabou e o mundo mudou. Mas a mídia brasileira mantém sua linha editorial colonizada e replica as piores posições dos falcões do império. Na prática, ela corrobora com o pensamento fascista de Donald Trump. Logo após o anúncio do falecimento, o magnata corrupto festejou “a morte do ditador brutal que oprimiu seu próprio povo por quase seis décadas... Enquanto Cuba continua sendo uma ilha totalitária, é minha esperança que hoje marque um afastamento dos horrores suportados por muito tempo, para um futuro em que o maravilhoso povo cubano possa finalmente viver em liberdade”. A imprensa nativa segue o pensamento do psicopata que presidirá os EUA!

A guinada direitista de Clóvis Rossi

O triste em mais este episódio é acompanhar a conversão de certos jornalistas que já tiveram um papel mais digno na imprensa nativa. É o caso de Clóvis Rossi, colunista e membro de conselho editorial da Folha. Sua relação conjugal com os tucanos fez com ele adotasse a mesma trajetória do PSDB. De socialdemocrata a conservador. No artigo publicado neste sábado, intitulado “A esquerda morre com Fidel Castro”, ele confirma sua guinada à direita. Para ele, com o falecimento do líder cubano, “morre na verdade a esquerda que poderia ter sido e não foi, a que poderia ter sido uma utopia libertária e acabou sendo uma ditadura como tantas outras que ensanguentaram a América Latina”.

O jornalista da Folha – o jornal que apoiou o golpe militar de 1964 e os generais “linha dura” que prenderam, torturaram e mataram tantos brasileiros – pousa de teórico ao analisar as vicissitudes das esquerdas e ao menosprezar “um punhado de militantes comunistas e intelectuais seduzidos pela promessa do socialismo”. Ao final, ele conclui: “A morte do ícone dessa utopia fracassada encontra a esquerda numa tremenda crise... Cuba não aceitou (ainda) o liberalismo mas está aceitando o capitalismo, com imensas dificuldades. Sem Fidel, torna-se ainda menos farol para a esquerda”. 

Sua tese “acadêmica” talvez ajude a diminuir sua depressão e a justificar sua conversão. Clóvis Rossi há muito tempo “aceitou” o capitalismo e hoje namora com o liberalismo destrutivo do PSDB, o mesmo que ergueu a “pinguela” para o Judas Michel Temer tomar de assalto o poder no Brasil.

segunda-feira, maio 25, 2015

Marcha dos riquinhos para em shopping, antes de chegar em Brasília para protestar

Um punhado de afortunados, que pelo jeito não precisam trabalhar, protestam contra o governo e pedem a saída de Dilma.

Vejam só como são as coisas!

Começou sendo chamada de marcha pelo Impeachment da presidenta Dilma e mudou de nome. Agora é a marcha anti-PT. 

Qualquer cidadão sério, não consegue entender como a mídia brasileira esconde marchas simbólicas e volumosas, como as que acontecem pela Reforma Agrária e pelo direito à moradia e exalta um grupelho de jovens - que pelo que tudo indica nunca precisaram trabalhar - em sua busca por notoriedade.

O jornal espanhou "El Pais", já havia traçado o perfil dos playboys, com a matéria "Não é uma banda de indie-rock, é a vanguarda anti-Dilma" e agora vemos a clara demostração do escárnio que ganha rapidamente espaço nos principais veículos de comunicação de nosso país.

Fique com a matéria "Após 1.000 km e acidente, marcha anti-PT chega ao Distrito Federal" de Aguirre Talento e Pedro Ladeira, na Folha.

Após quase 1.000 km a pé, de carro e de ônibus, a maior parte sob sol quente, cerca de 30 manifestantes da marcha contra a presidente Dilma chegaram ao Distrito Federal no domingo (24) para protesto na quarta (27) em Brasília.

O último trecho foi o mais tenso: um acidente entre dois carros na BR-060 atingiu dois manifestantes na noite de sábado (23) –sem gravidade.

Com roupas, relógios, tênis e acessórios de grifes caras e famosas, o grupo que pede o impeachment não esconde que é rico.

O grupo saiu de São Paulo em 24/4 com 23 pessoas, mas o número flutuou ao longo da marcha, concebida pelo Movimento Brasil Livre (MBL).

A Folha acompanhou o percurso entre as cidades de Abadiânia (a 97 km de Goiânia) e Alexânia (a 120 km de Goiânia), já perto do DF.

O grupo teve ajuda de carros de apoio e tem sido acompanhado por dois ônibus nas cidades. Usam camisetas verdes e amarelas, com frases pelo impeachment da presidente e criticando o PT, e levam bandeiras do Brasil.

Na estimativa do coordenador nacional do MBL, Kim Kataguiri, 19, o custo da marcha é de cerca de R$ 40 mil –segundo ele, bancados com contribuições voluntárias. Os integrantes dizem que não pagaram hospedagem, alojando-se gratuitamente com moradores, com a ajuda de membros locais do MBL.

ADESÃO

Em Goiás, ganharam o reforço de cerca de 15 pessoas, entre elas a médica Claudina Caiado, 36, prima do senador Ronaldo Caiado (DEM). Na opinião dela, Dilma "está acabando com o país" e cita o petrolão e o mensalão.

No sábado (23), saíram de Abadiânia sob o boato de um enfrentamento com um grupo de sem-terra que acampa às margens da estrada para Alexânia, mas nada ocorreu.

A poucos quilômetros de Alexânia, veio o acidente. Uma caminhonete bateu em um carro, cuja lateral atingiu o braço de Kim e arremessou a jovem Amanda contra um carro de apoio, com pancada na cabeça e sangramento.

Em um shopping, antes de chegar em Brasília, o grupo resolveu fazer o que mais gosta: Consumir o que podem.

O grupo caminhou alguns quilômetros de Alexânia para almoçar num shopping na beira da estrada. Na pausa, que durou três horas, alguns aproveitaram para comprar em lojas de marcas famosas. 


O blog pergunta: Alguma dúvida sobre quem financia os meninos do golpe? 

segunda-feira, março 16, 2015

Direita mostra suas garras. E agora?



A direita brasileira, expressão dos interesses dos ricaços, mostrou a sua força nas manifestações deste domingo (15). Os sites dos jornalões e as emissoras de rádio e tevê difundem que mais de um milhão de pessoas participaram dos atos realizados em várias capitais e centros urbanos. Nas fotos e vídeos, imagens assustadoras de suásticas nazistas e pedidos da volta dos militares ao poder e do 'Fora Dilma' - reeleita há menos de cinco meses num pleito democrático. Com as suas diferenças históricas, elas lembraram as fatídicas 'Marchas com Deus pela Família' que prepararam o clima para o golpe militar de 1964. Diante deste cenário, o que fazer? Como dar resposta a essa barulhenta ofensiva da direita?

A tendência natural neste momento é discutir os motivos do afluxo de pessoas neste domingo. Muitos tentam relativizar a força do protesto afirmando que os manifestantes pertencem às classes abastadas - à chamada elite branca - e às egoístas camadas médias da sociedade. Mesmo que fosse verdade, isto não reduz o impacto das marchas. Há também quem acrescente que as manifestações foram induzidas pela mídia hegemônica, que inclusive usou a manhã do domingo para "esquentar" as baterias para os protestos no período da tarde. Isto também não alivia em nada a análise sobre o quadro atual.

Afinal, os barões da mídia há muito apostam na desestabilização dos governos Lula/Dilma. Foi assim no midiático julgamento do "mensalão petista"; na tentativa de pegar carona nas jornadas de junho de 2013; e na Copa do Mundo, quando até a paixão pelo futebol sofreu abalos. É assim, diariamente, nas colunas dos "urubólogos", que espalham o pessimismo sobre a economia. Na campanha presidencial de outubro passado, o partidarismo da mídia ficou ainda mais patente - a capa criminosa da 'Veja' foi a expressão caricata desta agressividade. Mas não adianta reclamar do posicionamento dos barões da mídia. Eles nunca esconderam seus intentos golpistas. Pena que o governo dormiu com o inimigo - e inclusive ajudou a financiá-lo, alimentando cobras! 

Ainda na análise das causas dos protestos deste domingo muitos concentram suas críticas na própria presidenta Dilma. Afinal, ela iniciou seu segundo mandato tentando acalmar o "deus-mercado", com a indicação de ministros ligados ao capital financeiro e a edição de medidas de ajuste fiscal contrárias aos trabalhadores. Com isto, ela afastou os setores que garantiram a sua reeleição - e, de quebra, não acalmou o insaciável "deus-mercado". A presidenta também é criticada por ter abandonado a batalha da comunicação, ausentando-se num período de intensa conspiração golpistas. Estas e outras críticas têm certa procedência, mas também não servem para decifrar o atual contexto político. 

Três personagens políticos decisivos

Mais do que realizar análises e balanços, que exigem maior distanciamento histórico e detalhes sobre os bastidores (internos e externos) da conspiração golpista, o momento exige traçar uma estratégica para enfrentar a ofensiva da direita nativa - antes que seja tarde. Esta é a tarefa mais urgente e requer analisar os personagens em cena. Diante deste cenário, três atores surgem como decisivos para barrar o retrocesso: a esquerda política e social; o ex-presidente Lula; e, principalmente, o governo de Dilma. O futuro da democracia no Brasil está nas mãos destes personagens!

No caso das esquerdas políticas-sociais, compostas por partidos e movimentos populares, a confusão ainda é grande. Numa plenária nacional realizada no sábado passado (7), isto ficou evidente. Ela foi representativa, mas muito polarizada. Alguns setores fazem uma defesa cega, acrítica, do governo e pregam cerrar fileiras em sua defesa - inclusive de suas medidas impopulares. Outros subestimam a força da direita e insistem no discurso - muitas vezes partidista - da oposição frontal ao governo. Os dois extremos estão errados. Talvez o impacto das manifestações deste domingo ajudem a calibrar melhor suas opções. O mais urgente agora é defender a democracia, contra os intentos golpistas da direita, e exigir que o governo Dilma assuma suas bandeiras mudancistas da campanha presidencial.

Já no caso do ex-presidente Lula, ele segue como a maior liderança popular do país - conforme atesta recente pesquisa Datafolha. A direita teme que ele assuma a reação ao golpismo. Não é para menos que ele virou o alvo das mentiras e intrigas dos fascistóides de plantão. Num evento organizado pela CTB da Bahia nesta sexta-feira (13), uma proposta ousada ganhou simpatias. Da mesma forma como Lula liderou a 'Caravana da Cidadania', percorrendo estados e mobilizando milhares de pessoas, não seria o caso de organizar agora uma 'Caravana pela Democracia', alertando a sociedade para os riscos do retrocesso político no Brasil? A partir do Nordeste, base principal de apoio às mudanças em curso nos últimos 12 anos, ele poderia contagiar a militância progressista em todo o país.

Por último, com relação ao governo Dilma, o papel da presidenta é decisivo. Qualquer subestimação das forças golpistas ou visão tecnocrática podem ser fatais para o seu futuro. O momento exige deixar a "bolha" do Palácio do Planalto, percorrendo o país; maior disposição para travar a "batalha da comunicação", enfrentando as polêmicas e desmascarando os golpistas; e, principalmente, a urgente apresentação de uma agenda positiva, que corresponda aos anseios de mudanças expressos na disputa presidencial do ano passado. Num país de tradição presidencialista, o papel de Dilma Rousseff é o mais decisivo de todos. Não há tempo a perder. O momento exige pressa e ousadia!   

domingo, março 15, 2015

Mais um site apócrifo é desmascarado


A dúvida é o princípio da sabedoria.
Aristóteles.

www.folhapolitica.org é um site que afirma fazer jornalismo independente, mas é explicitamente uma daquelas artimanhas utilizadas pelo sub-mundo da política para fazer o trabalho sujo, o chamado jornalismo marrom, que calunia e difama alguns políticos e partidos em favor de outros. Com o nome de um grande jornal para dar um ar de credibilidade, a "Folha Política" não passa de mais um, entre os vários instrumentos que não fazem jornalismo e sim propaganda contra a Dilma, o Lula, o PT, os partidos aliados, o governo e a esquerda e faz isso todo santo dia, publicando e replicando matérias e artigos que  buscam"queimar" seus parlamentares e seus governos.

Na sexta-feira, como era de se esperar, o site publicou outra de suas matérias sem fundamentação alguma. Na foto que ilustra a publicação, a presidenta Dilma aparece rodeada de duas mulheres e um homem, com camisas da CUT e o confuso texto, induz o eleitor a entender (?) que essas pessoas receberam R$35,00 para participarem da manifestação que percorreu a Avenida Paulista e todas as principais avenidas das capitais brasileiras. 


O texto – por sinal, muito mal redigido – insinua que pessoas de outros países e da periferia de São Paulo teriam sido recrutadas para participar do ato e que ônibus teriam lhes levado até a Avenida Paulista, onde a possibilidade de confronto com “grupos contra o governo”, que segundo a matéria, deveriam ir ao ato e por isso as chances de ter confusão eram enormes. 

Acontece que tudo não passou de mais uma mentira deslavada. Como se sabe, o ato organizado por centrais sindicais e movimentos sociais, superou a expectativa até daqueles que achavam que o pouco tempo e a falta de uma mobilização mais articulada, poderia fazer com que a manifestação fosse um fiasco. E não foi.

Voltando ao ponto central e à verdade dos fatos, a foto usada pela matéria é de Fevereiro de 2013, ou seja, tem mais de 02 anos e as 03 pessoas que estão com a presidenta Dilma, são na verdade sindicalistas no Pará. 

O homem é presidente da CUT e se chama Martinho Souza. As duas mulheres se chamam Vera Paoloni e Rosalina Amorim, ambas são bancárias e sindicalistas ligadas à CUT. Os três estavam entregando um documento à Dilma, na cidade de Castanhal, no Estado do Pará, durante sua visita para entrega de um conjunto habitacional do Minha Casa, Minha Vida, conforme você pode confirmar no vídeo do portal G1 Pará.

Casos como esse são cada dia estão se tornando mais comuns e frequentes na internet, sobretudo nas redes sociais, onde muitas pessoas acabam compartilhando matérias caluniosas, difamatórias e mentirosas, apenas por acharem que são sérias, sem se darem o mínimo trabalho de averiguar as informações que são jogadas sem o mínimo de compromisso com a verdade. 

Para evitar pagar mico e ter complicações com isso, leia Como identificar notícias falsas

Bomba: A mídia golpista está toda na lista do HSBC

Vários empresários da mídia brasileira enviaram dinheiro para paraísos fiscais da Suiça. Corrupção, sonegação?

No blog do Rovai.

Começam a aparecer os indícios que levaram o jornalista Fernando Rodrigues a tratar a lista do HSBC como algo a ser investigado e a não revelar de imediato, como fazem com qualquer investigação onde apareça um nome de petista, os nomes dos 8.667 brasileiros que, entre 2006 e 2007, tinham contas numeradas no HSBC da Suíça.

Evidente que manter uma conta no exterior não é crime, mas é absolutamente suspeito fazê-lo num banco da Suiça que operava como um bunker do dinheiro sujo do planeta.

Nos documentos, revelados hoje pelo O Globo, mas que já estavam para ser vazados por pessoas que trabalharam na investigação internacional se Fernando Rodrigues não os divulgassem, constam os nomes de proprietários do Grupo Folha/UOL, a quem Fernando Rodrigues que dormiu com a lista é vinculado.

Octavio Frias de Oliveira e Carlos Caldeira Filho, ambos falecidos, tiveram conta conjunta na instituição. Luiz Frias aparece atualmente como beneficiário da mesma conta, que foi criada em 1990 e oficialmente encerrada em 1998. Em 2006/2007, os arquivos do banco ainda mantinham os registros, mas, no período, segundo o jornal, ela estava inativa.

Lily de Carvalho, viúva de Roberto Marinho, aparece na lista. Mas como ela também foi casada com Horácio de Carvalho, proprietário do extinto “Diário Carioca”, a reportagem “esclarece” que o nome de Lily surge nos documentos com o sobrenome de Horácio, seu primeiro marido, e que o representante legal da conta junto ao HSBC é a Fundação Horácio de Carvalho Jr. O saldo registrado em 2006/2007 era de US$ 750,2 mil. Lily morreu em 2011.

Quatro integrantes da família Saad, dona da Rede Bandeirantes, também estão na lista do HSBC. Constam entre os correntistas os nomes do fundador da Bandeirantes, João Jorge Saad, da empresária Maria Helena Saad Barros e de Ricardo Saad e Silvia Saad Jafet, filho e sobrinha de João Jorge.

Do Grupo Edson Queiroz, dono da TV Verdes Mares e do “Diário do Nordeste”, estão Lenise Queiroz Rocha, Yolanda Vidal Queiroz e Paula Frota Queiroz (membros do conselho de administração). Elas tinham a módica quantia de US$ 83,9 milhões em 2006/2007. Edson Queiroz Filho também surge como beneficiário da conta. Ele morreu em 2008.

Luiz Fernando Ferreira Levy (1911-2002), que foi proprietário do jornal “Gazeta Mercantil”, que não existe mais e que deixou quase todos seus ex-empregando sem receber quando faliu, teve conta no HSBC em Genebra entre os anos de 1992 a 1995.

Dorival Masci de Abreu (morto em 2004), que era proprietário da Rede CBS de rádios (Scalla, Tupi, Kiss e outras), foi correntista da instituição financeira na Suíça entre 1990 a 1998.
João Lydio Seiler Bettega, dono das rádios Curitiba e Ouro Verde FM, no Paraná, tinha conta ativa em 2006/2007. O saldo era de US$ 167,1 mil.

Fernando João Pereira dos Santos, do Grupo João Santos, que tem a TV e a rádio Tribuna (no Espírito Santo e em Pernambuco) e o jornal “A Tribuna” tinha duas contas no período a que se refere os documentos. O saldo delas era de US$ 4,4 milhões e US$ 5,6 milhões.

Anna Bentes, que foi casada com Adolpho Bloch (1908-1995), fundador do antigo Grupo Manchete, fechou sua conta no ano 2000.

O apresentador de TV Carlos Roberto Massa, conhecido como Ratinho e dono da “Rede Massa” (afiliada ao SBT no Paraná) tinha uma conta com sua mulher, Solange Martinez Massa, em 2006/2007. O saldo era de US$ 12,5 milhões.
Aloysio de Andrade Faria, do Grupo Alfa (Rede Transamérica), tinha US$ 120,6 milhões.

Há ainda sete jornalistas que aparecem nos registros do HSBC são Arnaldo Bloch (“O Globo”), José Roberto Guzzo (Editora Abril), Mona Dorf (apresentadora da rádio Jovem Pan), Arnaldo Dines, Alexandre Dines, Debora Dines e Liana Dines, filhos de Alberto Dines. Fernando Luiz Vieira de Mello (1929-2001), ex-rádio Jovem Pan, teve uma conta, que foi encerrada em 1999. As contas de Bloch e Guzzo estavam encerradas. Mona tinha US$ 310,6 mil. Os quatro jornalistas da família Dines guardavam US$ 1,395 milhão.

A quem interessar possa, não foi divulgado o nome de nenhum blogueiro ou jornalista do campo progressista.São os que gritam contra a corrupção e que pedem moralidade no país que depositam dinheiro num banco com sede na suíça e especializado em lavagem de dinheiro sujo. Mas os sujos somos nós…

quinta-feira, fevereiro 20, 2014

‘O Liberal’: falido


Por Lúcio Flávio Pinto em Observatório da Imprensa.

Delta Publicidade, que edita o jornal O Liberal e faz parte do império de comunicação da família Maiorana, afiliado à Rede Globo de Televisão, continua a ser uma empresa falida que sobrevive não se sabe exatamente como. Seu patrimônio total (a soma de todos os bens e direitos) em 2011, o último exercício financeiro com balanço divulgado, duas semanas atrás, era de 135,6 milhões de reais. Já suas dívidas de curto e longo prazo totalizavam R$ 144,2 milhões, ou R$ 8,6 milhões acima de tudo o que a empresa dispunha, em dinheiro vivo, direitos a receber e bens patrimoniais tangíveis e intangíveis.

Nessa condição, mesmo que a Delta recebesse todos os seus direitos junto aos seus devedores e vendesse todos os seus bens pelo valor com que se acham contabilizados (e que, supostamente, é o que esses bens realmente valem, já que o ativo permanente é sistematicamente reavaliado, na forma da lei), ainda assim, o que ela arrecadasse seria insuficiente para pagar todas as suas dívidas. Ficaria devendo ainda R$ 8,6 milhões (que é o valor do Patrimônio Líquido Negativo). Trata-se, portanto, de uma empresa insolvente, ou falida.


terça-feira, fevereiro 11, 2014

A falência e o declínio do jornalismo paraense


Não é de hoje que o jornalismo paraense não revela mais nenhum nome de destaque nacional. Profissionais que estudaram às custas do dinheiro público, consideram-se melhores do que aqueles que vieram das faculdades privadas e quase sempre a soberba é revelada sutilmente com uma piadinha nas redações e disputas por espaço, no acirrado e precário mercado de trabalho.

Não há debates sobre o fazer comunicação na Amazônia e nem tampouco eventos que envolvam a multiplicidade de temas correlacionados e/ou transversais. 

Alguns defendem a liberdade de imprensa e de expressão, mas quando questionados pelas redes sociais, demostram o despreparo para lidarem com o feedback, tão sonhado por quem estudou e defendeu por anos, a interação através dos meios de comunicação de massa.

Alguns chegam a tratar seus leitores e demais críticos daquilo que publicam como se fossem inimigos, pelo simples fato de serem questionados em algum ponto de vista, exposto naturalmente em textos jornalísticos. Mas isso acontece em qualquer lugar do Brasil e do mundo.

A peculiaridade do jornalismo paraense é mais complexa e nos remete a pensar que é fruto da postura provinciana adotada por acadêmicos e empresários do setor que sempre preocuparam-se mais em ter bajuladores do que seres pensantes e intelectuais promissores.

A baixaria que rola durante os debates eleitorais no Sinjor Pa e na Fenaj, revela o quanto a pseudo neutralidade político-partidária é uma falácia no metiê jornalístico e além disso, há um corporativismo insano e preconceituoso no mercado de trabalho, onde o QI (Quem Indica) é mais comum, do que na gestão pública, tão questionada pelos papas da informação em seus TCCs - Trabalhos de Conclusão de Curso. 

Grande parte da categoria, deveria servir de exemplo para aquilo que não deve ser feito: Profissionais pousam de independentes, mas tomam pra si as dores daqueles que os pagam, muitos se tornam arrogantes por terem uma coluna periódica nos jornalões e por ganharem maiores do que a imensa maioria da redação. 

O estado de pobreza intelectual é tamanho que há um regozijo daqueles que são agraciados com a tarefa de servir de cão de guarda de políticos e empresários com ficha corrida e que naturalmente precisam de bons advogados e assessores de comunicação, dispostos a se esmerarem-se em defendê-los com unhas, dentes e lábios. 

Receber dinheiro público pra servir de puxa-saco do governo de plantão é a tônica de muitos que não servem às duas famílias controladoras das empresas de comunicação no Estado e mesmo assim, ainda há quem faça as duas coisas e preste serviços "por fora", ajudando no implante de notinhas e afagos à seus clientes. 

Os mais inexperientes e iludidos, se contentam com a base da piramide e aceitam os freelas mal pagos e aceitam o "conto da sereia" que lhes impõe vestirem a camisa incolor de partidos, políticos e empresas, tornando-se mais ferozes em defendê-los do que os próprios contratantes.

Há mais coisas para dizer, mas isso fica pra depois.

segunda-feira, novembro 18, 2013

Supremo Tapetão Federal



É inacreditável, mas aconteceu! 

Como perguntou o @rei_lux em seu twitter: Como o Otavinho Frias permitiu que essa barbaridade fosse escrita e publicada? 

Por Ricardo Melo, na Folha de São Paulo.

Derrotada nas eleições, a classe dominante brasileira usou o estratagema habitual: foi remexer nos compêndios do "Direito" até encontrar casuísmos capazes de preencher as ideias que lhe faltam nos palanques. Como se diz no esporte, recorreu ao tapetão.

O casuísmo da moda, o domínio do fato, caiu como uma luva. A critério de juízes, por intermédio dele é possível provar tudo, ou provar nada. O recurso é também o abrigo dos covardes. No caso do mensalão, serviu para condenar José Dirceu, embora não houvesse uma única evidência material quanto à sua participação cabal em delitos. A base da acusação: como um chefe da Casa Civil desconhecia o que estava acontecendo?

A pergunta seguinte atesta a covardia do processo: por que então não incluir Lula no rol dos acusados? Qualquer pessoa letrada percebe ser impossível um presidente da República ignorar um esquema como teria sido o mensalão.

Mas mexer com Lula, pera aí! Vai que o presidente decide mobilizar o povo. Pior ainda quando todos sabem que um outro presidente, o tucano Fernando Henrique Cardoso, assistiu à compra de votos a céu aberto para garantir a reeleição e nada lhe aconteceu. Por mais não fosse, que se mantivessem as aparências. Estabeleceu-se então que o domínio do fato vale para todos, à exceção, por exemplo, de chefes de governo e tucanos encrencados com licitações trapaceadas.

A saída foi tentar abater os petistas pelas bordas. E aí foi o espetáculo que se viu. Políticos são acusados de comprar votos que já estavam garantidos. Ora o processo tinha que ser fatiado, ora tinha que ser examinado em conjunto; situações iguais resultaram em punições diferentes, e vice-versa.

Os debates? Quantos momentos edificantes. Joaquim Barbosa, estrela da companhia, exibiu desenvoltura midiática inversamente proporcional à capacidade de lembrar datas, fixar penas coerentes e respeitar o contraditório. Paladino da Justiça, não pensou duas vezes para mandar um jornalista chafurdar no lixo e tentar desempregar a mulher do mesmo desafeto. Belo exemplo.

O que virá pela frente é uma incógnita. Para o PT, ficam algumas lições. Faça o que quiser, apareça em foto com quem quer que seja, elogie algozes do passado, do presente ou do futuro -- o fato é que o partido nunca será assimilado pelo status quo enquanto tiver suas raízes identificadas com o povo. Perto dos valores dos escândalos que pululam por aí, o mensalão não passa de gorjeta e mal daria para comprar um vagão superfaturado de metrô. Mas como foi obra do PT, cadeia neles.

É a velha história: se uma empregada pega escondida uma peça de lingerie da patroa para ir a uma festa pobre, certamente será demitida, quando não encarcerada --mesmo que a tenha devolvido. Agora, se a amiga da mesma madame levar "por engano" um colar milionário após um regabofe nos Jardins, certamente será perdoada pelo esquecimento e presenteada com o mimo.

Nunca morri de admiração por militantes como José Dirceu, José Genoino e outros tantos. Ao contrário: invariavelmente tivemos posições diferentes em debates sobre os rumos da luta por transformações sociais. Penso até que muitas das dificuldades do PT resultam de decisões equivocadas por eles defendidas. Mas num país onde Paulo Maluf e Brilhante Ustra estão soltos, enquanto Dirceu e Genoino dormem na cadeia, até um cego percebe que as coisas estão fora de lugar.


*Ricardo Melo, 58, é jornalista. Na Folha, foi editor de "Opinião", editor da "Primeira Página", editor-adjunto de "Mundo", secretário-assistente de Redação e produtor-executivo do "TV Folha", entre outras funções. Atualmente é chefe de Redação do SBT (Sistema Brasileiro de Televisão). Também foi editor-chefe do "Diário de S. Paulo", do "Jornal da Band" e do "Jornal da Globo". Na juventude, foi um dos principais dirigentes do movimento estudantil "Liberdade e Luta" ("Libelu"), de orientação trotskista.

domingo, setembro 01, 2013

O Globo admite que errou ao apoiar a ditadura



Em o Globo.

"Os homens e as instituições que viveram 1964 são, há muito, História, e devem ser entendidos nessa perspectiva. O GLOBO não tem dúvidas de que o apoio a 1964 pareceu aos que dirigiam o jornal e viveram aquele momento a atitude certa, visando ao bem do país.

À luz da História, contudo, não há por que não reconhecer, hoje, explicitamente, que o apoio foi um erro, assim como equivocadas foram outras decisões editoriais do período que decorreram desse desacerto original. A democracia é um valor absoluto. E, quando em risco, ela só pode ser salva por si mesma.”

domingo, agosto 11, 2013

Tucanos começam a ser abandonados

A capa da Revista IstoÉ revela que o PIG rachou com o PSDB.
A Folha de S. Paulo e o Estado de S.Paulo não combinaram um desembarque em bloco do apoio ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, como aparentemente indicam as primeiras páginas dos dois jornais na terça-feira (6/8). Mas ele parece não contar mais com uma preferência política que lhe foi, até aqui, de grande utilidade. Há nas capas das edições dos dois diários fotos destacadas de uma paralisação gigantesca do metrô paulistano ao lado de manchetes sobre a investigação de suposta corrupção na contratação de bens e serviços pelo governo do estado, delatada pela Siemens.

Ambas as redações podem estar constatando que:

1. Ficou caro demais passar a mão na cabeça do governante tucano, principalmente depois que ele se mostrou incapaz de controlar a polícia no dia 13 de junho, quando ela deveria, segundo o enredo previsto (ver “Gás de provocação”), ter baixado o sarrafo apenas em manifestantes, mas não poupou jornalistas;
 
2. O governo estadual não se preparou para o aumento da demanda dos serviços sobre trilhos, seja devido a um planejamento inepto, seja por acomodação a um ritmo de trabalho ditado por interesses de empreiteiros de obras e fornecedores de material ferroviário, ou pelas duas razões combinadas e mais algumas que caberá aos responsáveis apresentar;

A matéria completa está no Observatório da Imprensa.

Pra entender melhor o caso, leia também:

Siemens sabia que teria contrato antes mesmo da licitação - No Estadão.

sexta-feira, fevereiro 22, 2013

72% da publicidade do governo pro PIG



Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho e reproduzido por Miro.
“Nós somos o que vocês foram; nós seremos o que vocês são”, era o refrão nacionalista dos esparciatas. Segundo Renan (o filósofo, não o alvo dos udenistas), essa frase, em sua simplicidade, seria o hino resumido de toda pátria. Ela representa uma verdade triste, gloriosa ou feliz, a depender do país e da maneira como seus líderes e seu povo superam os desafios.

Neste momento em que um campo político comemora dez anos de poder, eu acho que, mais importante do que louvar os avanços, é mais consequente, para a nação, discutir os erros. No caso da política de comunicação, e mais especificamente na política de comunicação para a internet, temos um quadro estarrecedor de retrocesso.

Eu passei a tarde inteira analisando os números da Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom), de 2011 e 2012, compilando, editando, tabelando, sintetizando. Os resultados que obtive são surpreendentes. Faço aqui um recorte político, como eu acho que deve ser feito, porque na esfera da comunicação se discutem os valores que forjarão o caráter nacional. Entendam bem: não acho que os debates políticos devam ser liderados ou guiados por governos. Não acho que governos ou mesmos partidos tenham desenvoltura ou criatividade para guiar qualquer debate cultural, moral, político ou ideológico. Eles participam do debate, como qualquer um dos atores do circo social. Mas não o lideram. Isso é uma responsabilidade da sociedade civil.

Entretanto, num país cujo ambiente jornalístico foi devastado por grupos de mídia que apoiaram e sustentaram uma ditadura justamente para isso, para ampliarem seu poder e seu controle sobre o pensamento nacional, cabe ao Estado defender os princípios mais importantes da Carta Magna, o pluralismo político e a liberdade de expressão. É preciso, por assim dizer, reflorestar o meio ambiente jornalístico e cultural.

Infelizmente, não é isso a que estamos assistindo. Segundo a Secom, a maioria esmagadora da publicidade federal veiculada na internet concentrou-se em mãos de grupos de mídia conservadores, o famigerado PIG (partido da imprensa golpista). Se considerarmos que Globo, UOL, Folha, Estadão, Abril, RBS, e também as americanas Microsoft, Fox e Yahoo, podem ser classificadas, sociologicamente, na categoria PIG, então este recebeu, em 2012, nada menos que 72,2% de toda publicidade oficial investida na rede mundial de computadores, ou seja, R$ 4,77 milhões de um universo de R$ 6,6 milhões.



Observe que o site da Fox, um canal ligado à mais extremista direita norte-americana, recebe 40 vezes mais que o blog do Nassif. Apenas o UOL, pertencente ao grupo Folha, recebe 16% de toda publicidade federal voltada para a web. Não sabia que o site da Fox no Brasil era um dos mais visitados do país… Ou mesmo que o fosse, que merecia tantos recursos públicos.

O pior, contudo, ainda está por vir. Os mesmos grupos que drenam para si quase toda a verba federal veiculada na internet são os mesmos que recebem a maior parte dos recursos destinados para outras mídias. O PIB de 2012 pode ter sido fraco, subindo apenas 1,6% sobre o ano anterior (ou 1,35% em números dessazonalizados), mas a publicidade federal destinada às empresas do grupo Globo cresceu 36% em 2012, atingindo R$ 49,64 milhões, ou 43,6% de toda a publicidade federal no ano.

Os números da Secom não incluem estatais e agências reguladoras: referem-se apenas à publicidade da presidência e dos ministérios. A lógica que regula a publicidade das estatais, porém, é a mesma. Se considerarmos a publicidade de prefeituras, governos estaduais, além dos poderes Judiciário e Legislativo, todos seguindo a mesma tendência, pode-se inferir o tamanho do buraco que estamos cavando.



Em 2012, o governo aumentou em 110,2% a verba destinada à internet. Parece muito, mas não é, visto que o aumento da publicidade destinada a jornais cresceu mais, 120%. Ou seja, o único instrumento que a sociedade democrática possui para tentar reestabelecer o equilíbrio no debate de ideias, a internet, tem sido sobejamente negligenciada pelo governo. E uma reforma no direcionamento da publicidade federal não precisa, necessariamente, de uma nova regulamentação da mídia para ser levada a cabo (embora isso fosse o ideal). Precisa sim de vontade política e o senso de que há mudanças que não podem mais ser adiadas.



As verbas federais para internet, se comparadas à participação dos jornais, ainda são muito pequenas. A pluralidade e o alcance da internet hoje são muito superiores aos da imprensa escrita.

Alguém poderia me acusar de estar atuando em causa própria. Estou sim! Francamente, não consigo entender qual o estímulo ao pluralismo político e à liberdade de expressão existe em dar todo o dinheiro para Globo, UOL e Abril e quase nada para a blogosfera. Ao contrário, o governo está contribuindo para a concentração midiática e para a pobreza de ideias. Nesse momento, em que a grande mídia começa a atacar diariamente a blogosfera, com editoriais agressivos, acusações hipócritas de receber dinheiro público (quando ela é que engole quase tudo), e até agressões jurídicas, como a feita por Ali Kamel contra Rodrigo Vianna, e o processo da Folha contra o blog Desculpe nossa Falha, é muito decepcionante que um governo supostamente de esquerda, e que também supostamente representa o campo popular, se posicione, na prática, ao lado de nossos adversários. O preço político por esse erro não será pago apenas pelo PT, mas por todo o povo brasileiro. Este será vítima daquele que talvez seja a pior tipo de injustiça: através da manipulação astuta de informações, imagens, e símbolos, setores da mídia o convencem a agir contra si mesmo.

terça-feira, novembro 13, 2012

A esquerda (derrotada) do jeito que a direita gosta




No twitter da ex-jovem estudante de Porto Alegre (RS), que um dia fez parte do PT e hoje pretende ser candidata à Presidência da República pelo PSOL – junto com Babá (ex-deputado paraense) que foi pro Rio de Janeiro e lá há mais de 10 anos não consegue se eleger nem como síndico predial, representam uma das correntes internas do Partido que leva o socialismo e a liberdade em seu nome, que guarda um rancor visceral contra José Dirceu, capaz de reproduzirem como ventrílocos, todos os jargões da mídia escravocrata de nosso país.

Coitados! No ápice de sua arrogância, não conseguem enxergar que se o povo não os quis nem como vereadores de seus respectivos colégios eleitorais, durante as ultimas eleições, quiça os elegerão governantes do Brasil nas eleições de 2014!

Pensam que os holofotes do Partido da Imprensa - os quais só criticam, quando lhes interessam criticar - darão-lhes o palanque eletrônico necessário para o tão sonhado sonho de ainda serem alguém nessa vida, mesmo que para isso precisem mirar na cabeça de quem conviveram e lutaram em por diversos anos e hoje..

Ah, como dizia o candidato eleito pelo PSDB em Belém, deixa prá lá!

quinta-feira, março 08, 2012

Mas, se move!

Na Ilharga.



Apesar do boicote do PIG(Partido da Imprensa Golpista), o 'Minha Casa, Minha Vida' já entregou 719 mil moradias e contratou a construção de novas para mais 457 mil famílias, incluídas na segunda fase do PAC-2. São mais de R$75 bilhões até aqui investidos, proporcionando drástica redução no déficit habitacional brasileiro, até 2002, autêntica vergonha nacional.

Segundo as projeções da Caixa Econômica, é provável que até o final deste ano tenhamos a entrega de cerca de 2 milhões de moradias, proporcionando à inúmeras famílias a realização de um sonho que, há cerca de dez anos, parecia impossível de realizar-se.

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...