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segunda-feira, março 29, 2021

Recusa em apoiar Estado de Sítio levou à demissão do ministro da Defesa

Governo Bolsonaro troca quatro ministros em duas semanas. Imagem: Raul Spinassé/Folhapress.


Via Balaio do Kotscho, no UOL Notícias

A falta de apoio das Forças Armadas na sua tentativa de decretar o Estado de Sítio foi a principal razão para Bolsonaro demitir sumariamente o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, segundo fontes militares ouvidas pela coluna. 

Bolsonaro queria que os militares pressionassem o Congresso a aprovar o estado de exceção, que suspende garantias individuais e dá plenos poderes ao presidente. Há várias semanas o capitão já vinha preparando o terreno para adotar essa medida extrema, ao fracassar no combate à pandemia e anunciar que "o caos vem aí".

Azevedo e Silva ainda tentou argumentar que as Forças Armadas são instituições de Estado e não de governo, mas o presidente estava decidido a tocar em frente seu plano para dar um autogolpe. 

Foi o mesmo motivo da demissão do advogado Geral da União, José Levi do Amaral Junior, que se recusou a assinar a ação de Bolsonaro contra os governadores no STF. A ação, recusada pelo Supremo, foi entregue na semana passada só com a assinatura do presidente da República. Para o lugar dele na AGU, o presidente quer levar de volta André Mendonça, que tinha ido para o Ministério da Justiça. 

Para o Ministério da Justiça foi o delegado da Polícia Federal Anderson Torres, que era Secretário Nacional da Segurança Pública e deve coordenar as Polícias Militares (ver final da coluna). 

De forma secundária, outra recusa contribuiu também para a saída de Azevedo e Silva, que se negou a assinar a promoção do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello para general de quatro estrelas.

Bolsonaro simplesmente não admite ser contrariado e, quando isso acontece, age por impulso, o que já vinha preocupando a alta cúpula militar. O objetivo do presidente, nesta louca dança das cadeiras que desencadeou hoje, é se cercar apenas de fiéis aliados terrivelmente submissos como eram Pazuello e Araújo.

O que os militares não conseguem entender é com qual apoio o capitão pretende contar agora para levar adiante seu plano golpista, depois dos atritos com o Congresso, o STF e o mercado, sendo demonizado pela maior parte da grande mídia e com a perda de poder dos seus fanáticos seguidores nas redes sociais. 

Cada vez mais só e isolado, o capitão tornou-se incontrolável. 

Desde a decisão do STF de cancelar as condenações de Lula pelo ex-juiz Sergio Moro na Lava Jato, Bolsonaro entrou em parafuso, começou a atirar para todo lado e acabou promovendo o desmanche do seu próprio governo, que derrete a olho nu. 

Acabou o governo Bolsonaro que tomou posse no dia 1º de janeiro de 2019. 

O que se sabe é que o presidente vem há tempos trabalhando para garantir o apoio das Polícias Militares estaduais, que, somadas, têm o dobro do contingente das Forças Armadas, tirando-as do comando dos governadores contra os quais já apontou sua artilharia. 

É nesse contexto que se insere o movimento do que sobrou das forças bolsonaristas no Congresso e nas redes sociais para atiçar um motim da Polícia Militar contra o governador da Bahia, Rui Costa, após um conflito na corporação neste fim de semana. 

Os próximos dias, enquanto o presidente não for contido em sua escalada autoritária, prometem fortes emoções. E tudo isso está acontecendo na antevéspera de mais um 31 de Março, aniversário do Golpe Militar de 1964 sempre defendido por Bolsonaro. 

Preparem-se. 

Vida que segue

domingo, março 07, 2021

PMs presos por tiros contra batalhão da polícia passarão por Audiência de Custódia

 

Por Diógenes Brandão 

Dois policiais militares de Soure, embriagados e à paisana foram presos na noite deste sábado, 7, e deverão ser expulsos da PM, após terem atirado em frente a um Quartel da Polícia Militar, em Belém. Eles estavam na companhia de outro homem, em um veículo Hyundai Tucson prata e em uma moto, quando atiraram no Batalhão da Polícia Ambiental, que fica na Av. João Paulo II. 

A Promotoria Militar promete não deixar a irresponsabilidade passar batida. 

Os dois PMs acusados foram presos em flagrante e estão na corregedoria da Polícia Militar, onde hoje deverão responder pelo crime, em Audiência de custódia ainda neste domingo. O outro homem que acompanhava os PMs segue foragido.


“Não sei nem como eles estão vivos. Mataram um policial penal ainda a pouco e eles fazem isso na frente do quartel. Quem estava dentro do BPA entendeu que estavam tentando invadir o local. Os militares envolvidos na abordagem merecem parabéns pelo profissionalismo que demonstraram, com cabeça fria e serenidade. Essa resposta imediata, graças a Deus, evitou uma tragédia”, disse Armando Brasil, promotor de justiça militar se referindo ao pânico após o assassinato de mais um agente penitenciário,  que levou tiros no conjunto Cordeiro de Farias, no bairro do Tapanã. Adryell Gonçalves de Borborema, de 34 anos, que trabalhava no PEM-I  (Presídio Estadual Metropolitano), em Marituba.  

As pistolas dos policiais militares foram apreendidas e eles deverão passar por audiência de custódia e depois expulsos da corporação.

sábado, janeiro 30, 2021

PERSEGUIÇÃO: Militares são punidos por criticarem o governador Helder Barbalho

Não foi a primeira vez que policiais são perseguidos e afastados da PM por criticarem o governador do Pará, Helder Barbalho.


Por Diógenes Brandão

Ainda em sua campanha, um morador da Marambaia acusou Helder Barbalho e seus seguranças de agressão e roubo de celular

Segundo o jovem Samuel Benassuli Pinheiro, ele estava na frente de sua casa, quando Helder Barbalho passava com apoiadores em frente de sua casa e sua mãe foi abordada por assessores e orientada para que falasse com o candidato. Logo, o jovem pegou o celular para fotografar a mãe e depois pediu para fazer uma pergunta em vídeo para Helder. 

Então perguntou: "Candidato, como você vai se livrar das investigações da Lava Jato e como está o dinheiro da SUDAM?"

Após isso, Helder teria chamado seguranças para ajudar-lhe a arrancar o celular de suas mãos, quando o jovem tentou transmitir ao vivo a entrevista com o candidato.     

Ainda segundo o jovem, ele teve sua casa invadida e foi tanto por Helder Barbalho, quanto  por seus seguranças, que chegaram a ameaçá-lo, dizendo: "Toma cuidado com a tua vida".  Humilhado por ter seu celular roubado, ele teme por sua integridade física e de sua família, pois teve seu rosto e a frente da sua casa fotografada.      

Após ter seu celular levado pela equipe de Helder, PMs apareceram e conseguiram presenciar algumas ameaças e a admissão de que o celular foi realmente tomado à força das mãos do jovem. 

A postura agressiva e autoritária não foi a primeira e pelo jeito não será a única. 

Vai fazer um ano que Helder Barbalho solicitou e o juiz Heyder Tavares determinou que delegados da Polícia Civil e policiais invadissem as casas de jornalistas que denunciaram contratos fraudulentos, que resultaram em investigações da Polícia Federal, a pedido do MPF e do STJ, que confirmou indícios de que o governador chefia uma organização criminosa, que se beneficiou de transações ilegais durante o auge da primeira onda da COVID-19. 

Meses depois, denúncias de uma milionária compra superfatura de álcool em gel e de indicar e conseguir a nomeação da cunhada e a esposa para a Casa Civil do Estado e na Polícia Civil, respectivamente, o ex-delegado-geral da Polícia Civil Alberto Teixeira ainda encontrou uma maneira da ex-esposa dele, Márcia do Socorro Pimentel Moura - mãe do casal de filhos mais velhos do delegado - ter um cargo na Polícia Civil. A denúncia trouxe informações de que Márcia não frequentava o lugar onde estava lotada, sendo assim o que se chama de ‘funcionária fantasma’, e ainda recebia indevidas diárias de viagens na Polícia Civil.

Com o escândalo, Alberto Teixeira foi substituído e diversos delegados envolvidos na operação de perseguição aos jornalistas foram exonerados. Um dos delegados recebeu mais de 90 mil reais em horas extras, pagos pelo governo de Helder Barbalho.

O esquema fraudulento dos “plantões remunerados” para alguns policiais civis, lesou os cofres públicos do estado do Pará em mais de R$ 670 mil, apenas no período de janeiro de 2019 a junho de 2020.

PM's SÃO PERSEGUIDOS POR CRITICAREM O GOVERNADOR

Não foi a primeira vez que policiais são perseguidos e afastados da PM por criticarem o governador do Pará.

O portal Agora Pará trouxe a notícia, que o blog reproduz abaixo:

Uma punição a militares que se manifestaram contra o governo do Estado, está causando revolta em parte da tropa.  Por conta de uma entrevista contra o governador do Pará, no dia 01/05/2020, para um jornal do Estado, a PM Karla Cristina Mota de Souza, teve a sua punição de 30 dias decretada, nesta quinta-feira, 28.  

Na sua fala, a PM reclamou de promessas não cumpridas, alegando desprezo por parte do governo para com a tropa. Ela também apresentou uma petição dando 48h para que o governo se manifestasse. A policial militar é também presidente da Associação de Cabos e Soldados da PM, e alega estar exercendo o seu direito da liberdade de expressão, defendendo a classe.  

A PM Karla não foi a única, o Sub. Ten. da PM Raimundo Dias, também foi punido, sendo excluído do quadro remunerado da PM. Ele havia postado em seu perfil em uma rede social, pedido de impeachment do governador Hélder Barbalho e uma hashtag #ForaHelder. 

“Vamos compartilhar meus amigos nas suas redes sociais, vamos mostrar para esses deputados que o povo está de olho neles no impeachment desse governo corrupto, #ForaHelder” e continuou “vamos compartilhar meus amigos para mostrar a corrupção desse governo em nosso Estado do Pará, vamos compartilhar com os nossos amigos nas suas redes sociais, não podemos ficar calado #ForaHelder”. 

Os militares possuem o direito de entrar com recurso, o que segundo informações, será feito através da justiça comum.     

Veja os documentos na íntegra:






Leia também:







domingo, janeiro 24, 2021

Populares impedem PMs de prender jovem negro em Ananindeua

O jovem foi engravatado, jogado ao chão por PMs, mas recebeu o apoio de populares que reclamaram e exigiram a libertação do mesmo, alegando ser um pai de família e trabalhador.

Por Diógenes Brandão 

Populares criticaram a violência policial e tentaram impedir a prisão de um jovem negro, por que segundo relatos apanhou de policiais militares, no bairro do Icuí, em Ananindeua.

No vídeo enviado ao blog AS FALAS DA PÓLIS é possível ver diversas pessoas que tentaram evitar a prisão do cidadão que não foi identificado. 

Além de levar uma gravata, o jovem foi jogado ao chão, mas conseguiu desvencilhar-se de três policiais, que até onde foi possível ver acabaram cedendo à pressão dos populares, que também denunciaram que a viatura da PM estava sem a placa e que os policiais estavam batendo em um pai de família e trabalhador.

 

"Tem que conversar direito com a pessoa. Os caras chegam e querem jogar spray de pimenta na cara das pessoas. O cara tava sentado de boa aqui, não tava mexendo com ninguém. O cara é pai de família, trabalhador, aí os caras chegam desse jeito. Isso que é a polícia de Ananindeua?", indaga o homem que gravou as cenas da confusão.


"Cadê a Comissão dos Direitos Humanos da ALEPA e da OAB-PA, que eram tão atuantes até a chegada deste governo?", indagou a fonte que enviou o vídeo e as informações ao blog.

segunda-feira, janeiro 18, 2021

Morre o PM atacado por homem com barra de ferro e em surto psicótico

Assim como trouxemos em primeira-mão, a notícia do ataque e morte do agressor, o blog AS FALAS DA PÓLIS traz o triste desfecho do caso que assustou a todos que tomaram conhecimento do fato.  


Por Diógenes Brandão

Morre o cabo Elder Vilhena dos Santos, da Polícia Militar do Pará, que estava internado em estado grave desde a segunda-feira passada (11), após ser atingido na cabeça com uma barra de ferro por um homem de 44 anos, em Belém.  

Conforme o Ministério Público Militar, o agressor estaria em surto psicótico e resistiu a 17 disparos de balas de borracha. A PM foi acionada por moradores que relataram ameaças de um homem que estava “transtornado” e armado com uma barra de ferro na rua.  

Um vídeo da ação dos policiais mostra o momento em que quatro policiais atiram com balas de borracha contra o suspeito, que continua avançando contra os militares. Nas imagens, Elder corre de costas com a arma não mão quando cai no chão e é agredido pelo homem. O militar foi atingido por golpes de barra de ferro na cabeça e sofreu traumatismo craniano.

O cabo Elder Vilhena dos Santos tinha 36 anos e deixa mulher e filho pequeno. 


O caso está sendo investigado pelo Ministério Público Militar.  

A equipe reagiu e atirou com munição letal contra o homem, que morreu no local do crime. O cabo foi socorrido e levado para o Hospital Regional Metropolitano de Ananindeua.

Conforme o promotor de Justiça Armando Brasil, a morte do suspeito é considerada um ato de legítima defesa pelos militares, pois a continuação dos golpes com a barra de ferro poderia levar o policial à morte e atacar outras pessoas.

Leia também - URGENTE: Em surto esquizofrênico, homem é morto após golpear PM

quinta-feira, novembro 21, 2019

SINTEPP dizem que Helder dá com uma mão e tira com a outra

Com sindicalistas do SINTEPP ligados ao PT e o PSOL, o então candidato a governador assinou a Carta Compromisso, entre eles, o pagamento do Piso Salarial Nacional para os trabalhadores da Educação. Passado quase um ano, nada foi cumprido e o sindicato segue aceitando de cabeça baixa, de forma muito educada e pacífica, tal como nunca havia sido, tudo que o governo empurra goela abaixo da categoria.

Por Diógenes Brandão

Mantendo a postura de ignorar as promessas que fez durante a campanha eleitoral de 2018, entre elas, a de pagar o Piso da Educação para os professores e professoras da rede estadual de ensino, assim como de pagar o reajuste do soldo para os policiais militares, o governador Helder Barbalho convocou um grupo de sindicalistas que representam alguns setores dos servidores públicos do Pará, apenas para comunicar o envio à ALEPA do seu mais novo Pacote de Maldades.

Entre as maldades, para os pensionistas da PM, a maldade é grande e inédita: Pela primeira passarão a ter um desconto previdenciário de 14% nos seus contra-cheques, enquanto os demais PMs da ativa, de 11% para 14%.

Os demais servidores públicos da ativa e inativos, pela proposta de Helder Barbalho, enviada à ALEPA, podem ter taxas em seus contra-cheques, que chegarão a 23% de desconto em seus salários e rendimentos.

E O PISO DA EDUCAÇÃO E DEMAIS MELHORIAS QUE O SINTEPP SEMPRE COBROU?

Chegando ao fim do seu primeiro ano no poder, Helder, que prometeu pagar o Piso Nacional da Educação logo que sentasse na cadeira de governador, até agora não marcou uma data certa para iniciar o pagamento do que prometeu. Sem se pressionado como seus antecessores, o governador fala e pouco escuta. 

O motivo?

Submissos por conta de acordos eleitorais, aos quais seus partidos (PT/PSOL/PCdoB mantêm com o governador, os dirigentes sindicais saíram calados da reunião em que souberam do duro golpe, que terão que explicar às suas bases.

Os servidores que ainda acreditam nesses sindicalistas, podem começar a rever seus conceitos. 

Ao dizer que Helder dá com uma mão e tira com a outra é um ensaio do que o sindicato pode vir a fazer, já que está há quase 11 meses em lua de mel com o governo. Mas o que será que quiseram dizer com Helder dá com uma mão? 

Seria a diminuição da taxa nacional de juros e a renegociação dos juros de suas dívidas e estendendo os prazos para sua quitação? Ora, isso não é doação, afinal os empréstimos consignados são pagos com desconto em folha e o servidor não tem nem o direito de pensar em atrasar ou deixar de pagar a dívida que contraiu. 

Então, o que o SINTEPP diz que Helder dá com uma mão e tira com a outra?

Tirar sim. Mas será que os servidores da ativa e aposentados devem esperar uma mudança desses seus representantes (sindicalistas) e ou devem cobrar-lhes uma reação diante de um dos piores ataques aos salários e direitos dos servidores públicos do Pará. 

As eleições municipais de 2020 vem aí e diversos sindicalistas, sobretudo do SINTEPP/PSOL/PT se lançarão candidatos a prefeito ou a vereador, dizendo para tal, que defendem a sua categoria. A hora é de colocar isso a prova.

Enquanto é tempo!


Leia a matéria do site do SINTEPP:

A reunião chamada na segunda-feira (18) pelo governador Helder com as entidades sindicais e associações de militares no Palácio de Governo foi para muito além de reafirmar a redução das taxas de juros do Banpará. Com a presença de boa parte do staff do governo, estavam presentes o Procurador Geral do Estado, o secretário da Fazenda, a secretária de Administração e Planejamento, o Presidente do IGEPREV, o Comandante da Polícia Militar, e o representante do Delegado Geral da Polícia Civil. A alegria da notícia da redução da taxa de juros, decisão do governo provicada pela diminuição da taxa nacional de juros, além da perda de correntistas do Banpará para outras instituições financeiras, permitirá um fôlego momentâneo nas finanças de muitos/as trabalhadores/as, renegociando juros de suas dívidas e estendendo os prazos para sua quitação, deu logo lugar à apreensão e indignação dos servidores públicos presentes. 

O próprio Helder, que disse que por respeito informaria primeiramente aos/às servidores/as para depois se comunicar com deputados/as, falou da necessidade de se ajustar o déficit na previdência estadual, sobretaxando os servidores públicos na alíquota que passaria de 11% para 14%, além de outras modificações no auxílio funeral e em relação à não incorporação do risco de vida na aposentadoria. Segundo o Procurador Geral – Ricardo Seffer, o Estado é obrigado a elevar o percentual a partir da Reforma da Previdência, mas que as outras alterações só acontecerão após aprovação da PEC paralela que inclui estados e municípios na reforma, e é dada como certa pelo governo. 

quinta-feira, setembro 05, 2019

PM investiga quem atirou contra a jovem que pulou do prédio em Belém

Promotoria Militar abriu inquérito para apurar a responsabilidade de policiais envolvidos na morte da estilista Grazielli Martinelli, que pulou da cobertura de um prédio de 12 andares, em Belém, nesta segunda-feira, 2.  

Por Diógenes Brandão

Matéria do jornal O Liberal - um dos veículos de comunicação da família Maiorana - rompe o silêncio de três dias e finalmente aborda o caso da jovem que pulou do alto de um edifício de 12 andares, na última segunda-feira, 2, em Belém.

O caso estava sendo abafado por setores da imprensa paraense, que evitam mostrar as imagens, assim como evitaram comentá-lo, com receio de responsabilizar os culpados por este crime, neste caso, agentes da SEGUP.

"Segundo informações apuradas pelo portal AmazonLive, o PM que disparou o tiro de choque e correu em direção da jovem, faz parte do COE – Comando de Operações Especiais da Polícia Militar do Pará.  Até agora nenhum órgão público explicou o ocorrido, sobretudo os envolvidos na operação de resgate, como o Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar e a SESMA/192. 

Uma operação abafa tenta impedir que o caso seja investigado e os fatos sejam revelados e apurados.  Responsável pelo comando da Polícia Militar, o governo do estado se cala, mas se o policial tivesse acertado o tiro de choque e imobilizado a jovem que provavelmente sofria uma crise emocional, a imprensa paraense romperia o silêncio e o caso ganharia as capas dos jornais O Liberal, Diário do Pará e Amazônia Jornal estampariam a fotos do governador Helder Barbalho condecorando e homenageado o mesmo pelo feito heróico. 

Como a operação foi um desastre, só o PM – até agora não identificado – deve responder pela barbeiragem", informou o portal AmazonLive que fez uma cobertura completa sobre o caso e recebeu os vídeos e depoimentos que mostraram que ao invés de suicídio, o que houve foi um homicídio culposo.

Veja também: 

Semi-nua, mulher ameaça se jogar de um prédio em Belém

Vídeo: Após 4 horas semi-nua no terraço de um prédio, mulher pula para a morte

Serei eu a próxima? Perguntou Grazielli, após compartilhar notícia de um suicídio 

Novo vídeo: Jovem pulou após tentativa de contenção

 Vídeo: O erro da PM que resultou em tragédia e segue abafado no Pará 


A matéria do Jornal O Liberal online está repleta de erros. Tanto de digitação, quanto na narrativa dos fatos. A começar por dizer que foram policiais e não um policial que fez o disparo contra a estilista. 

Mas o mais curioso é a justificativa da SEGUP dizendo que a PM foi acionada "depois que todas as todas as possibilidades de diálogo já haviam sido esgotadas".

E por que ao invés de usar um PM fardado e portando uma pistola, não chamaram um profissional, especialista em dialogar com pessoas aparentemente em surto psicótico ou crise emocional, como a jovem aparentava estar sofrendo?

Leia a matéria e tire suas conclusões:

O promotor Armando Brasil requisitou o inquérito (Elielson Modesto / Arquivo O Liberal)

Promotoria Militar vai investigar conduta de policiais em morte de estilista Vídeos que circulam nas redes sociais mostram policiais militares disparando uma arma de choque antes do suicídio

Por Dilson Pimentel, em O Liberal.

O promotor de Justiça Militar Armando Brasil requisitou que a Corregedoria da Polícia Militar instaure um inquérito para apurar "a dinâmica dos fatos" no suicídio de uma estilista, em Belém, na segunda-feira desta semana. "Eu quero investigar tudo. A dinâmica dos fatos. A gente vai investigar de tudo o que aconteceu: por que ela foi para lá cima (do prédio), por que a Companhia de Operações Especiais (COE), da Polícia Militar, foi chamada, por que o Corpo de Bombeiros acionou a COE", explicou.

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram policiais militares disparando uma arma de choque. E, na sequência, a jovem se joga do alto do prédio - de uma altura de 12 andares. "Vamos investigar porque o militar atirou de uma curta distância e não acertou", afirmou. "É uma arma de choque, que, ao atingir o alvo, neutraliza o alvo", acrescentou Armando Brasil.

As imagens mostram que a jovem não foi neutralizada. Nas imagens, ela aparece com uma bolsa. E vai-se apurar se a arma de choque atingiu essa bolsa, não pegando, portanto, na etilista. Os policiais militares da COE e os militares do Corpo de Bombeiros que participaram da operação serão ouvidos durante o Inquérito Policial Militar, que o promotor mandou instaurar nesta quinta-feira (5).

Uma arma não letal, o taser dispara um forte pulso elétrico, que imobiliza o alvo. O promotor Armando Brasil disse que a investigação dura, no máximo, 40 dias. Mas que, se necessário, o encarregado do IPM pode solicitar a prorrogação da investigação. Segundo o www.estudopratico.com.br, a arma emite um impulso elétrico com 50 mil volts a 35 quilômetros por hora. Essa descarga é emitida por meio de sondas contidas em um cartucho localizado na extremidade da pistola. A emissão é disparada graças ao nitrogênio. Para que o alvo seja atingido pela descarga é necessário que as duas ondas elétricas atinjam o alvo. Depois que isso acontece, a descarga fica sendo transmitida por cinco segundos, que é um tempo seguro e necessário para que o corpo fique paralisado.

A Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup) informa que, sempre que acionada, as forças de segurança atuam para tentar coibir situações de suicídio. Os agentes de segurança são capacitados em gerenciamento de crise e atendimento ao suicida. As abordagens levam em consideração o perfil de cada pessoa com a execução de protocolo específico, levando em conta, por exemplo, se a pessoa sofre de depressão, se é um caso pontual por questões passionais ou se o paciente é usuário de drogas. No caso em específico, durante a negociação houve a atuação tanto do Corpo de Bombeiros quanto da Policia Militar, esta última quando todas as possibilidades de diálogo já haviam sido esgotadas.

As instituições de segurança já estão em contato com a Promotoria de Justiça Militar repassando todas as informações necessárias para atender os questionamentos e colaborar para a elucidação dos fatos, acrescentou a Segup.

quarta-feira, agosto 14, 2019

OAB: Helder Barbalho e Justiça Federal jogam 480 famílias na rua

Desocupação do residencial residencial foi feita pelo Choque da PM do Pará.

Por Pedro Cavalero*

Por determinação judicial e intransigência do governador Helder Barbalho 480 famílias estão sendo expulsas desde a manhã dessa terça-feira (13) da ocupação no residencial Ebenézer, no bairro Icuí, em Ananindeua. 

A maioria das 480 famílias é formada por pessoas inscritas no Programa Minha Casa Minha Vida, mas nunca contempladas em sorteio. Em 2017, cansados de esperar, essas pessoas ocuparam o local para dar a finalidade social à propriedade. 

Com um aparato policial digno de filmes, sempre usados contra o povo que luta por direitos, Helder será um dos principais responsáveis por jogar centenas de crianças nas ruas com suas famílias, muitos deles sem terem para onde ir. 

Nós, da Comissão de Moradia da OAB-Pa, lutamos, fizemos de tudo, mas infelizmente prevaleceu a ganância e a intransigência dos governos federal e estadual que pouco ligam para o povo trabalhador e seu direito a morar com dignidade. 

Seguiremos nas lutas em defesa do direito humano à moradia! 

Enquanto morar for um privilégio, ocupar é um direito!  









*Pedro Cavalero é presidente da Comissão de Moradia da OAB-PA.

Fotos: Jean Brito e Luana Nascimento

quinta-feira, agosto 01, 2019

PM usa até espada para agredir e torturar jovens

PM age com truculência, em revista a jovens em um bairro periférico. 


Por Diógenes Brandão

Que a polícia paraense é uma das mais violentas do Brasil, isso não é novidade. Estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas aponta que o aumento da violência por parte da polícia, aumenta o número de assassinato de policiais no país. 

Segundo os números apontados pelo estudo divulgado no início deste ano, o Pará está em 4º lugar entre os Estados com mais civis mortos pela polícia e o 3º Estado com mais policiais mortos por criminosos.

Diante desta realidade, um vídeo divulgado pelo portal de notícias AmazonLive mostra a abordagem de policiais da cavalaria da PM torturando 10 jovens, com diversos tipos de agressões, inclusive com o uso de uma espada. 

A matéria ainda destaca: "As cenas foram gravadas do alto de uma residência e mostram policiais, provavelmente do Agrupamento de Cavalaria da Polícia Militar do Estado do Pará atuando de forma ilegal e arbitrária, com atos de tortura e agressão gratuita contra jovens em revista.  

Os policiais agem com brutalidade em um procedimento que deveria apenas servir para garantir a ordem e a verificação de quaisquer ilegalidade, mas dão tapas, socos, pontapés, empurrões e até viram um dos jovens de ponta-cabeça. Todos recebem golpes de cassetete, inclusive garotas".

Leia e assista o vídeo aqui.



sexta-feira, maio 31, 2019

22º PM é assassinado no Pará



Por Diógenes Brandão


O 22º PM assassinado no Pará foi baleado por volta das 15h desta sexta-feira, 31, em frente à uma agência da Caixa Econômica Federal, no município de Ourilândia do Norte. 

O policial Soldado Rutembergue da Silva Ávila estava transportando um malote de uma Lotérica do município de Tucumã para a agência da Caixa Econômica Federal de Ourilândia do Norte, quando foi abordado por dois indivíduos armados, e ao tentar reagir ao assalto, foi alvejado nas costas por disparos de arma de fogo. 



Os indivíduos levaram a arma do Policial Militar, não tendo conseguido levar o malote. O policial ainda recebeu atendimento médico, mas não resistiu aos ferimentos e veio a óbito. 

Amigos do soldado dizem que a baixa remuneração dos policiais, praticamente os obrigam a procurar outras formas de aumentar a renda familiar. 

Vídeo gravado por populares, mostra o momento em que o policial tinha acabado de ser baleado.



quinta-feira, maio 30, 2019

PM Miliciano preso no Distrito Federal é tio de Michelle Bolsonaro

        O 1º sargento João Batista Firmo Ferreira foi preso na Operação Horus. O Palácio do Planalto informou que não se pronunciará sobre o assunto. 

Por Ana Viriato e Helena Mader, no Correio Brasiliense

Um dos sete policiais militares presos nesta quarta-feira (29/05) por integrarem uma milícia com atuação na região do Sol Nascente, em Ceilândia, é tio da primeira-dama do Brasil, Michelle Bolsonaro. O 1º sargento João Batista Firmo Ferreira foi um dos alvos da Operação Horus, que investiga PMs por crimes de loteamento irregular do solo, extorsão e até homicídio, relacionados à grilagem de terras. O militar reformado é irmão de Maria das Graças, mãe de Michelle. A família da primeira-dama mora na região do Sol Nascente.     

A operação foi realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Distrito Federal, em parceria com a Coordenação Especial de Repressão à Corrupção, ao Crime Organizado e aos Crimes contra a Administração Pública e contra a Ordem Tributária da Polícia Civil DF e com a Corregedoria Militar do Distrito Federal.     

Os sete sargentos presos são lotados ou já atuaram no 8º e no 10º Batalhão da Polícia Militar, unidades responsáveis pelo policiamento ostensivo na região do Sol Nascente. Além de Jorge Firmo Ferreira, foram presos e denunciados pelo Ministério Público do DF os sargentos Jorge Alves dos Santos, Agnaldo Figueiredo de Assis, Francisco Carlos da Silva Cardoso, José Deli Pereira da Gama, Paulo Henrique da Silva e Jair Dias.     

As investigações começaram em 2011, mas avançaram graças à participação de um colaborador, que integrou e liderou a quadrilha, mas resolveu ajudar na apuração para receber o benefício da redução da pena. Ele procurou a Delegacia de Repressão ao Crime Organizado da PCDF e detalhou o funcionamento da organização criminosa.     

Com autorização judicial, as ligações telefônicas dos suspeitos foram interceptadas e as conversas revelaram a forma de atuação dos policiais militares responsáveis pela grilagem na região do Sol Nascente. A denúncia destaca que os dados obtidos com a quebra do sigilo bancário de João Firmo, autorizada pela Justiça, reforçam a ligação do PM com a organização criminosa. O órgão identificou duas transferências dele para Francisco Cardoso, outro integrante da suposta quadrilha de milicianos, em 27 de julho de 2015, que totalizaram R$ 8 mil.     

O 1º sargento entrou na reserva da Polícia Militar em 16 de janeiro de 2017. Conforme o Portal da Transparência, a remuneração mensal dele é de R$ 8.227,68, fora benefícios.     

Outro lado  

Em nota, a Polícia Militar alegou ter colaborado com as investigações por meio da Corregedoria. A corporação acrescentou que instaurou procedimentos internos para apurar a conduta dos policiais. “Mas todos correm sob segredo de Justiça. Portanto, não podemos dar mais detalhes”, informou.     

O Palácio do Planalto informou que não se pronunciará sobre o assunto. O Correio não conseguiu contato com a defesa de João Firmo Ferreira e dos outros acusados presos. O processo tramita em segredo de Justiça.  

Colaboraram Alexandre de Paula e Roberta Belyse

sexta-feira, maio 24, 2019

2 PMs estão foragidos e dois foram presos por participação na chacina do Guamá





Por Diógenes Brandão

A partir do depoimento de dois presos nesta terça-feira, 21, os delegados e investigadores da Polícia Civil, conseguiram conhecer os outros nomes que integraram a quadrilha responsável pelo assassinato de 11 pessoas, em um bar, no bairro do Guamá, no último domingo, 19.

Os civis, Edivaldo dos Santos Santana e Aguinaldo Torres foram presos em uma oficina no bairro da Pedreira, no momento em que desmontavam o veículo usado no crime, que entrou para a história do Pará. Além deles, o proprietário de uma padaria também foi preso e todos prestaram diversos depoimentos, até entregarem os demais envolvidos naquilo que ficou conhecido como Chacina do Guamá.

Fotos dos acusados de participarem do grupo de extermínio, responsável pelo assassinato cruel e sanguinário de 11 pessoas, no bairro do Guamá, no dia 19 de Maio de 2019, que ficou conhecido como a Chacina do Guamá.


Os PMs integrantes da milícia que atuou no crime, são:


Cabo José Maria da Silva Noronha - foragido

Cabo Leonardo Fernandes de Lima - foragido 

Cabo Pedro Josimar Nogueira da Silva - foragido 

Cabo Wellington Almeida Oliveira - preso


Já os outros civis suspeitos de participarem do grupo de extermínio são:


Aguinaldo - preso 

Diel - foragido

Jailson - preso

Santana - preso 


terça-feira, maio 21, 2019

Com tiro na cabeça e no segundo atentado em 02 meses, morre mais um PM paraense



Por Diógenes Brandão

Lotado no 31º batalhão da PM, o policial militar Livaldo dos Santos Reis levou três tiros, sendo um na cabeça e precisou ser trazido de Abaetetuba à Belém, em um helicóptero, mas não resistiu as ferimentos e morreu.

O crime aconteceu na manhã desta terça-feira, 21, no município de Abaetetuba, localizado no nordeste paraense. 

Amigos do policial informaram ao blog que Livaldo já havia sofrido outro ataque, há cerca de dois meses, sendo gravemente ferido, mas havia voltado recentemente ao trabalho nas ruas.

'Todos os suspeitos de atentaram contra a vida do policial, pela primeira vez, estão soltos', revela fonte do blog AS FALAS DA PÓLIS.


MORADOR DE ZONA VERMELHA 

Morador de um bairro considerado 'Zona Vermelha', o sargento Livaldo dessa vez não sobreviveu aos tiros que levou em uma emboscada, quando por volta das 06:40 da manhã, saía de sua residência, no bairro Angélica, periferia de Abaetetuba, quando dois indivíduos com vestimenta de operários, se aproximaram numa motocicleta e efetuaram os disparos. 

Segundo as primeiras informações repassadas pela polícia, os criminosos se evadiram do local logo após o crime, realizado com tamanha covardia, no bairro Angélica, considerado o mais periférico de Abaetetuba, reduto de criminosos ligados à facção denominada CV.

Além do tiro na cabeça, mais 2 disparos atingiram o policial no abdômen. A vítima estava de folga e levaria sua esposa para um atendimento médico.  

Com a morte de Nivaldo, sobe para 21 o número de agentes policiais mortos, só nestes quatro primeiros meses de 2019.

ATUALIZAÇÃO


Após a morte do policial, mais três (03) pessoas morreram em diferentes bairros de Abaetetuba. Em breve, mais informações.

quarta-feira, maio 15, 2019

17º PM morto por bandidos no Pará. 'É uma caça', diz esposa de sargento

O crime revela a realidade escondida pela propaganda do governo do Estado: Existe uma caça aos PMs, por parte de criminosos.



Por Diógenes Brandão

No fim da noite desta terça-feira, 14, um mês e meio após a chegada da Força Nacional de Segurança ao Pará, o Sargento Josevaldo Andrade Silva, de 49 anos, morador de Outeiro, teve a casa invadida e crivada de balas, sendo que levou oito tiros, quatro na cabeça.

Lotado no Batalhão de Policiamento Ambiental, ele ainda foi atendido na UPA de Icoaraci, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

Ele é 7º policial militar assassinado no Estado, só nestes cinco primeiros meses do ano. 

A situação não vem sendo admitida e isso tem tornado a vida de milhares de famílias de policiais, um verdadeiro inferno. Pelo menos é isso que revela a esposa de um sargento que está de plantão em uma viatura e preferiu não se identificar, mas nos encaminhou as primeiras informações sobre o crime. 

Ainda segundo ela, o PM baleado teve uma parada cardíaca e morreu. 'É uma caça aos PMs', conclui na mensagem enviada ao blog. 

Josevaldo estava com a família, que agora chora por sua morte abrupta e covarde, sem que nada mais possa ser feito para reparar a perda de mais um policial paraense.

Em respeito à família, não iremos exibir as fotos recebidas do corpo do PM caído ao chão, todo ensanguentado.

GOVERNO HELDER DIZ QUE VIOLÊNCIA DIMINUIU

O Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), informou semana passada, que a violência vem reduzindo bastante desde que o governador Helder Barbalho tomou posse, em Janeiro de 2019. Segundo os números apresentados pelo governo, os casos de homicídio durante o mês de abril no Pará caíram 38% se comparados aos registrados em abril de 2018. De acordo com os dados divulgados pela Segup, em abril de 2018 foram registrados 380 homicídios contra 237 em abril deste ano. 

'Essa é a redução mais significativa registrada da taxa de homicídios no mês de abril desde o ano de 2010. Já o crime de latrocínio, (roubo seguido de morte) apresentou redução de 39% no Estado. No ano de 2018, o número correspondeu a 23 ocorrências. Neste ano, foram 14 registros'.

Essa é a narrativa da propaganda compartilhada por praticamente toda a imprensa paraense, paga através de anúncios, que consomem a verba publicitária do governo, inclusive destinada a blogs, que antes se mostravam imparciais e hoje reproduzem as informações que lhes são enviadas pela SECOM - Secretaria de Comunicação do Governo do Pará.

QUEDA DA VIOLÊNCIA É NACIONAL, MAS NO PARÁ AINDA É ALTA

Parceria do Portal da Globo (G1) com o Núcleo de Estudos da Violência da USP e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Monitor da Violência revela que houve 3.228 mortes a menos no 1º trimestre de 2019 e em todos os estados do país apresentaram redução de assassinatos. No 1º trimestre quatro estados tiveram quedas superiores a 30%: Ceará, Amapá, Sergipe e Rio Grande do Norte. Em números absolutos, o estado com a maior redução foi o Ceará, com 691 vítimas a menos.


terça-feira, abril 23, 2019

Concurso não resolve os problemas dos policiais, que esperam por aumento e moradia prometido

Governador Helder Barbalho vem enrolando para não pagar e nem garantir a moradia prometida em campanha.
Foto: Agência Pará.

Por Diógenes Brandão

Passados 122 dias desde que assumiu o poder, o governador Helder Barbalho continua sendo o grande marqueteiro de sua própria gestão. Sem cumprir a promessa de que faria o pagamento do piso salarial nacional da educação, logo que tomasse posse, o SINTEPP entrou em Estado de Greve e promete paralisar as escolas, se as secretarias de Administração e de Planejamento do governo continuarem enrolando a categoria.

Cabos, policiais e oficiais da PM, bombeiros e policiais civis também estão 'porraqui', com as desculpas apresentadas pelo comandante-geral da Polícia Militar, coronel Dilson Júnior. Usado como escudo e porta-voz do governador é ele quem vem escutando as críticas pela falta do cumprimento da promessa feita durante a campanha eleitoral, de que a tropa teria o aumento de seu soldo.

Para tentar acalmar os ânimos, o governo anunciou nesta segunda-feira (22), que pretende realizar um concurso público para contratar sete mil novos policiais militares, ofertando vagas para oficiais e praças da PM. Programado para o segundo semestre, o anúncio do concurso não agradou quem já é policial e espera pela promessa de ter moradia em um conjunto habitacional seguro para viver e pelo aumento de seu salário, considerado um dos piores do país.

Sabendo que 58% do Orçamento do Estado já estão comprometidos com pagamento da folha de pessoal e que o limite constitucional da  Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) é de 60%, como é que o governador vai absorver mais 7 mil policiais, se anda mandando dizer que não paga o aumento do soldo para os policiais, para não ultrapassar os limites impostos pela lei?

O blog AS FALAS DA PÓLIS realiza um estudo, com cálculos sobre os dados oficiais e as promessas de campanha, para verificar o impacto desse concurso anunciado pelo governador, juntando com a promessa de aumento do soldo dos policiais e o pagamento do piso dos professores, para verificar se, o que tem sido dito não passa de uma grande potoca para dar tempo e continuar empurrando com a barriga, as reivindicações daqueles que há décadas esperam por respeito e dignidade aos que exercem seu dever no serviço público do Estado do Pará.

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...