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sábado, fevereiro 06, 2021

Família Barbalho não comentou nada sobre Priante ser o novo presidente do MDB no Pará

 José Priante é o vice-presidente estadual do MDB e deveria ser anunciado como sucessor de Jader Filho, ou por alguém do comando partidário, ou até da família Barbalho, da qual Priante também faz parte, mas até agora nada disso aconteceu.

Por Diógenes Brandão

O anúncio de que Jader Filho deixou a presidência do MDB no Pará não veio seguida da notícia de que o deputado federal José Priante (MDB) assumirá o comando do partido. Foi este blog que teve que ir em busca da informação de que o vice-presidente do partido é o primo do ex-presidente, que pediu a licença temporária  do cargo, alegando problemas pessoais para tal.

A decisão é cercada de estranhezas, dúvidas e falta de esclarecimentos, mas o pior mesmo é que após o anúncio feito pelo irmão do governador Helder Barbalho,  o nome do novo presidente da legenda não foi revelado pelos veículos de comunicação da família Barbalho e nem por nenhum de seus membros, os quais sempre utilizam rapidamente as redes sociais, quando a informação é do seu interesse.

Para muitos leitores do blog, tem muita coisa estranha e complexa, não revelada nessa história.

A saída do irmão do comando do partido, logo após Helder ter decidido sozinho, apontar a deputada tucana, Cilene Couto para ser a nova líder do governo na ALEPA, não agradou ninguém no MBD, nem mesmo o pai e o irmão. Ninguém do partido ou da família Barbalho a parabenizou, como geralmente acontece.

O blog continuará tentando entender a crise no seio do maior partido do estado, o qual é controlado sob mãos de ferro pela família mais poderosa do Pará, a qual trocou o comando estadual partidário e ainda não comentou nada a respeito, mesmo tendo diversos assessores, funcionários e jornalistas muito bem pagos na imprensa paraense para darem uma satisfação e transparência sobre o que ocorreu e quais os motivos. 

Ou pelo menos apresentar o nome comandante deste navio, se é que ele não está acéfalo.

Leia também: Jader Filho pede licença do comando do MDB e não diz se fará o mesmo nas empresas de comunicação da família Barbalho





quinta-feira, dezembro 03, 2020

Quem poderá deter Helder mantendo a ALEPA sob seu controle e sem oposição e concorrentes?

A saga de Helder Barbalho em dominar a política segue sem adversários. Sua reeleição é tida como certa e sem desafiadores. Só a Justiça Federal pode detê-lo. Será que a tempo de impedi-lo de concorrer à presidência da República?

Por Diógenes Brandão 

A sucessão do Dr. Daniel Santos (MDB), atual presidente da ALEPA e que foi eleito prefeito de Ananindeua nas eleições deste ano, tende a manter a casa sob o controle do MDB e do governador Helder Barbalho

A esmagadora maioria que Helder tem na ALEPA fará com que eleja o Deputado Chicão, atual líder do governo na casa, para ser o novo presidente da casa pelo biênio 2020/2022. Nenhum outro partido oferece qualquer ameaça de abrir uma disputa e a estratégia do governador de contar com o controle do legislativo para sua reeleição é dado como certo.

Mas, o blog AS FALAS DA PÓLIS não poderia deixar de resgatar que antes de Helder ser eleito governador, Chicão era o deputado mais próximo e devoto da família Barbalho e por isso, o mais cotado para ser o presidente da ALEPA, mas isso mudou com a necessidade do "tudo ou nada", no segundo turno das eleições de 2018, quando Helder viu a possibilidade de perder sua segunda eleição consecutiva. 

Ainda vereador, Dr. Daniel Santos estava no PSDB com o prefeito de Ananindeua, Manoel Pioneiro apoiando o candidato apontado por Simão Jatene para ser seu sucessor, mas logo depois do 1º turno, abraçou a campanha de Helder Barbalho e tornou-se o presidente da ALEPA. Dois anos depois, Daniel é prefeito de Ananindeua.


Foi então que pediu e obteve o apoio de Dr. Daniel Santos, no final do primeiro turno, quando este deixou a campanha de Márcio Miranda (DEM), candidato apoiado pelo governador Simão Jatene, do PSDB, o mesmo partido de Daniel, que por sua vez criou um imbróglio, que resultou até em sua expulsão, anulada e reiterada por este ter aderido à campanha de Helder no 2º turno, que foi eleito a partir de uma estratégia fulminante, iniciada e consolidada em Ananindeua e que acabou contaminando o estado como um todo, com uma revoada de tucanos e outras figuras políticas aliadas do tucanato, já desgastado pelo tempo, rachas e muitos impropérios. 

Eleito governador, Helder Barbalho chamou Chicão pro canto e avisou-lhe que aguardasse mais um pouco, pois ele, o governador precisaria cumprir o acordo feito com Daniel: A presidência da ALEPA em troca do apoio, no momento decisivo das eleições de 2018.

Na época, Chicão se isolou e ficou alguns dias sem participar de reuniões, aborrecido por ter sido novamente preterido, já que em 2016 havia sido convencido a recuar de sua intenção de disputar a prefeitura e acabou apoiando Jefferson Lima, como candidato a prefeito de Ananindeua, pelo então PMDB, no qual Jader e Helder mandam e ponto final. 

Jefferson Lima apoiou Helder Barbalho no 2º turno das eleições de 2014 e em 2016 foi lançado candidato a prefeito de Ananindeua, quando foi derrotado por Manoel Pioneiro. Chicão queria ser o candidato, mas foi preterido pela estratégia de Jader e Helder.

Fiel e tido como homem de confiança e da cozinha da família Barbalho, Chicão acabou aceitando dar a vez e ser ultrapassado pelo apresentador de TV e só voltou à mesa de negociação, após Helder oferecer-lhe a liderança do governo, com a promessa de ser presidente da ALEPA, dois anos depois, o que se dá agora, com a eleição municipal finalizada, onde Dr. Daniel conseguiu o que pretendia: A prefeitura de Ananindeua. 

Setores evangélicos e partidos da base aliada estão insatisfeitos com o tratamento dado pelo governador, nesses dois anos de mandato. A falta de espaços prometidos em secretarias, autarquias e até para prefeitos ligados a esses partidos, tem criado um embaraço e tensionado a articulação do governo, mas tudo parece não atrapalhar com que Helder siga em seu mandato de "Rei do Norte". 

Pelo menos entre a classe política e seus partidos, incluindo aí um destaque especial ao PSDB, que com sua bancada de 4 deputados estaduais - Ana Cunha, Luth Rebelo, Cilene Couto e Victor Dias - votou a favor da reprovação das contas do ex-governador Simão Jatene, no dia 1º de Setembro deste ano. Leia em Tal como previsto, Deputados reprovam contas de Simão Jatene

PRESENÇA, NEGOCIAÇÃO DIRETA E PRAGMÁTICA

Uma das diferenças cruciais apontada pelos deputados estaduais, em uma comparação do tratamento do governador Simão Jatene e de Helder Barbalho é a recepção e escuta, seja por telefone ou em encontros pessoais. 

Segundo alguns parlamentares relataram ao blog, Jatene era muito "estrela", não gostava de receber prefeitos e viaja muito pouco ao interior do estado, deixando prefeitos e deputados sem a interlocução para debater problemas, demandas e até pedidos de cargos e empregos para suas bases.

Helder é bem mais ativo e pragmático. Senta, dialoga, acolhe pedidos - dos mais variados - e faz o que pode para manter seus aliados em estado de letargia política, para que não o oferecem qualquer tipo de ameaça e, nem tão pouco, concorrerem em áreas que ele julga serem dele, como a de líder supremo do Pará. 

O mesmo ocorre com seu secretariado: Nenhum secretário estadual pode aparece muito e nem sequer ousar tomar qualquer atitude de divulgação de políticas públicas, em suas referidas pastas, sem que ele, Helder, seja consultado, apresente e ganhe os louros por elas.

Quem lembra dele coordenando todas as coletivas de imprensa durante a Pandemia? 

E a recepção dos respiradores chineses que nunca funcionaram, ao contrário do que a SESPA mentiu, afirmando que estavam sendo usados no Hospital de Campanha do Hangar? Leia em Governo Helder torra dinheiro público para se defender na mídia, mas não explica irregularidades 

Se Hélio Gueiros ficou famoso por dizer que era tarado pela Doca, Helder já pode ser considerado tarado por placas de inauguração em obras e por holofotes da mídia. Leia em Helder Barbalho: Tarado por placas de reinauguração de obras já inauguradas.

A "fissura" do jovem, que desde criança frequenta palanques políticos, é tanta, que antes de ser processado pelo STJ e investigado pela Polícia Federal - acusado de chefiar uma organização criminosa - ainda alimentava o sonho, considerado por alguns como megalomaníaco, de ser candidato a presidente da República. Leia +

Se desistiu, ninguém sabe, mas o certo é que depois destas eleições municipais, se nada ocorrer nas instâncias superiores, ou, para ser mais claro, se a Justiça Federal não for célere, Helder Barbalho deverá ser o candidato favorito em 2022, quando disputará a reeleição ao governo do Pará. 

Neste momento ainda sem nenhum outro adversário apresentado e com chances de enfrentá-lo e derrotá-lo, Helder controla também praticamente todos os veículos de imprensa e mantém jornalistas e líderes políticos e religiosos, tanto da direita, quanto da esquerda, de joelhos.

Leia também: Helder Barbalho e seu governo de coalizão e sem oposição. Até quando?

sexta-feira, julho 19, 2019

Bolsonaro nomeia Coronel Neil para dirigir o INCRA no Pará



Por Diógenes Brandão

O ex-deputado estadual Coronel Neil (PSD) foi nomeado pelo governo federal como Superintendente Regional do Incra no Pará.

Essa é a primeira nomeação de indicação política do presidente Jair Bolsonaro no Pará, desde que tomou posse em janeiro deste ano. Com ela, espera-se que outros órgãos federais também comecem a ter novos dirigentes, indicados por partidos da base aliado do governo federal.

Veja a portaria de nomeação de Coronel Niel:





terça-feira, janeiro 23, 2018

Lula errou e deve ser condenado a pagar o que deve ao povo brasileiro



Por Diógenes Brandão*

Passam os anos e a história se repete: Nesse país os poderosos nunca pagam pelos seus crimes.

Afinal de contas, Fernando Henrique Cardoso que aprovou a lei da reeleição e por isso foi presidente por oito (08), privatizou o que bem entendeu e impediu a abertura de dezenas de CPIs que  poderia ter investigado o seu governo, que deixou o país de joelhos ao FMI e ao Banco Mundial, com desemprego e juros de 45%, mesmo assim quando deixou a presidência pôde comprar um apartamento de luxo em Paris. Da mesma forma que Joaquim Barbosa depois de julgar e condenar diversos políticos no "Mensalão", abriu empresas offshore em paraíso fiscal, para comprar um apartamento em Miami, livrando-se assim de pagar os impostos que qualquer cidadão comum pagaria ao realizar tal compra.

Mas isso jamais os fez serem investigados e nem há algum brasileiro sóbrio que imagine que isso seja possível acontecer. Por que? São deuses? Ou gozam de imunidade por não serem petistas ou aliados de Lula?  

E a riqueza e impunidade dos juízes? E as outras lideranças políticas, como José Serra, Aécio Neves e Geraldo Alckmin, o que os torna acima da lei e nenhuma investigação de diversas denúncias vai em frente? Isso só para citar aqueles com quem Lula disputou as eleições presidenciais. Até Fernando Collor, que após o impeachment que sofreu - hoje ostenta mansões e carros de luxo - jamais foi condenado por seu vasto patrimônio e pela riqueza que acumulou e tem dito que será candidato novamente

Mas ele, o nordestino que chegou a São Paulo em um pau de arara e tornou-se operário e lá perdeu um dedo de uma mão - em uma fábrica de automóveis onde trabalhava no ABC paulista - não gostava de política, mas logo tornou-se líder sindical, não pode. 


Depois de disputar e perder 03 eleições, tornou-se presidente do Brasil em 2002 e foi reeleito em 2006, batendo recorde histórico de popularidade durante seu mandato. Mesmo com sua vida revirada de cabeça pra baixo, a verdade é que nunca encontraram provas materiais de que seja dele qualquer propriedade ou recurso adquirido de forma ilegal.   

Mas Lula errou. E pelos erros de Lula, eu também o condeno. 

Condeno-o principalmente por não ter feito o que deveria enquanto pode e agora promete fazer caso seja reeleito pela 3º vez: Regular a mídia brasileira.


José Sarney, Jader Barbalho, ACM e tantos outros políticos se tornaram poderosos ao se apropriarem de concessões de rádios e TVs e desde então, nunca mais suas famílias deixaram o poder. Com isso, políticos se tornaram empresários e empresários se tornaram políticos, num ciclo que nos escraviza e mantém a corrupção viva, ascendente e no controle inclusive do poder legislativo, executivo e judiciário.    

Por nunca ter feito questão de enfrentar essa chaga, em seus 08 anos enquanto presidente do Brasil, Lula errou e precisa pagar pelo seu erro! Para tal, se disputar as próximas eleições e for eleito, precisa pagar sua dívida para com o povo brasileiro.  

E antes que algum acéfalo venha dizer que a regulação da mídia é para cercear a liberdade de imprensa, ou implantar uma ditadura socialista, saibam que países capitalistas como os EUA, França e Inglaterra regulamentaram os seus meios de comunicação e colocaram ordem na casa, onde alguns empresários fazia o que bem entendiam, em nome da tal liberdade de empresas e não de imprensa. 

O link acima leva ao site da BBC Brasil, filiada à BBC de Londres, TV estatal Inglesa, berço do capitalismo mundial.

*Diógenes Brandão é redator publicitário e membro da Comissão Organizadora do Encontro Nacional de Blogueiros e Ativistas Digitais.

segunda-feira, janeiro 22, 2018

Quase metade dos presidentes dos EUA tinha doença mental

Abraham Lincoln tinha depressão grave e surtos psicóticos. 


Abraham Lincoln tinha depressão grave e surtos psicóticos. Lyndon Johnson era bipolar. Richard Nixon sofria de alcoolismo. Mas nem por isso eles eram incapacitados para ser presidentes dos EUA, diz Marvin Swartz, professor do Departamento de Psiquiatria da Universidade Duke.  

"Quase metade dos presidentes americanos tinha algum tipo de doença mental, mas isso não significa que eles não pudessem governar", afirma à Folha Swartz, coautor do estudo "Doenças Mentais em Presidentes dos EUA entre 1776 e 1974". O estudo analisa possíveis doenças psiquiátricas dos presidentes, com base em pesquisa biográfica, e voltou a ficar em evidência com a discussão sobre o estado mental do atual mandatário, Donald Trump. Abaixo, trechos da entrevista que Swartz concedeu por telefone. 

Folha - Presidentes são mais predispostos a doenças mentais que a população em geral? Marvin Swartz - Não. Concluímos em nosso estudo que as taxas são similares, de 49%. Mas muitos não tiveram episódio de doença mental enquanto estavam na Presidência. Tiveram depressão em algum momento da vida, mas não voltaram a ter durante o mandato.  

Qual era a doença psiquiátrica mais comum entre os presidentes? 
Depressão, atingindo nove presidentes, seguida de ansiedade, com três, e alcoolismo, com três.  

É legítimo que o público e a imprensa discutam o estado de saúde mental de Trump? 
A discussão é legítima. O problema é que é muito difícil diagnosticar pessoas à distância, sem examiná-las. Para nosso estudo, lemos todo o material biográfico disponível e analisamos o que se encaixava de alguma forma nos critérios estabelecidos para diagnóstico de cada doença mental. E mesmo assim foi bem difícil.  

O sr. acha que os médicos devem respeitar a Regra de Goldwater (segundo a qual só se pode diagnosticar pessoas públicas após examiná-las e só se deve divulgar o diagnóstico com autorização delas)? 
Algumas vezes essa regra não se aplica. Por exemplo, um psiquiatra foi convocado pelo governo para fazer um perfil psiquiátrico do ditador Saddam Hussein, e ele não se negou, estava ajudando a reunir informações para a inteligência americana. Mas acredito que psiquiatras simplesmente saírem falando que tal pessoa tem tal diagnóstico é muito problemático, pois na maioria das vezes eles estão fazendo isso por motivos políticos. Na realidade, acham que o sujeito é um imbecil e não deveria ser presidente.  

Uma pessoa pode ter uma doença mental e ser presidente? 
Claro. Quase metade dos presidentes americanos tinha algum tipo de doença mental, mas isso não significa que eles não pudessem governar, não está diretamente relacionado à capacidade de cumprir suas obrigações no mandato presidencial. E é preciso evitar a estigmatização das pessoas. O melhor exemplo é Lincoln. Apesar de ter depressão severa e surtos psicóticos, ele cumpriu todas as tarefas necessárias durante sua passagem pela Presidência.  

Que tipo de doença mental seria suficiente para afastar um presidente? Woodrow Wilson é o melhor exemplo. Ele sofreu um derrame e ficou seriamente incapacitado. Sua mulher desempenhou as funções da Presidência durante um período, sem que isso fosse público. Ainda não existia a 25ª Emenda [que permite afastar um presidente que for considerado incapaz]. E, de qualquer maneira, quem decide se a 25ª Emenda será invocada é o gabinete do próprio presidente. O chefe de gabinete de Ronald Reagan suspeitava que ele estivesse com demência, mas resolveu não fazer nada a respeito. Em retrospecto, se um grupo de especialistas tivesse examinado Reagan, certamente teria chegado à conclusão que ele já estava em algum estágio de Alzheimer.  

No início da semana, um médico da Casa Branca afirmou que Trump teve um resultado perfeito no teste cognitivo e que isso prova que ele não sofre de nenhuma doença mental que o impeça de governar. É possível tirar essa conclusão de um teste de cognição? 
Não. Esse teste avalia apenas se há algum problema cognitivo, detecta demência, por exemplo. Não tem nada a ver com impulsividade, discernimento, doenças mentais. 

sexta-feira, dezembro 29, 2017

Cenários para as eleições de 2018 no Brasil



Por Edir Veiga*, em seu blog Bilhetim

As eleições de 2018 no Brasil será diretamente influenciada pelos acontecimentos políticos que emergiram nos últimos quatro anos no mundo ocidental e no Brasil tendo como pontos de referências, no plano externo, a mundialização das relações econômicas e políticas e seu reflexo nos Estados nacionais e a crise do ciclo dos governos sociais na Europa, EUA e América do Sul.  No plano interno, a operação Lava Jato, o golpe parlamentar contra a presidente Dilma e a ascensão de Michel Temer ao governo central.  

Nenhum projeto nacional pode estar desvinculado das novas interações e processos que vem se consolidando nas relações internacionais consubstanciados nas estruturação de relações de poder mundial impulsionado por dois processos concomitantes: a mundialização de decisões econômicas que incidem diretamente sobre Países da periferia do capitalismo mundial e a transformações nas relações sociais a partir da emergência de sociedades estruturadas em redes sociais fundada na individualização extrema de vida e valores.  

Efetivamente, decisões estratégicas para as sociedade nacionais têm sido tomadas por atores e instituições financeiras. Assim, Banco Mundial, Organização Mundial do Comércio, Banco Central Americano, organizações financeiras e econômicas regionais, corporações transnacionais tomam decisões que estão desprovidas de controle social e que tem efeitos avassaladoras para os Estados nacionais.   

A formação do preço do câmbio, os preços das commodities a exemplo do petróleo, soja etc, protecionismo de base sanitária, decisão de investimento em energias que geram impacto ambiental são exemplos marcantes de tomada de decisões que impactam negativamente os governos nacionais.  

Qualquer governo ou candidatos a governar um País deve apresentar esta discussão à sociedade. Efetivamente, precisa-se de articulações supra nacionais, tanto dos Estados nacionais, como das sociedades civis. Para controlar decisões que afetam diretamente cada País é fundamental que a sociedade civil se articule no plano regional e internacional para atuar decisivamente no enfrentamento de decisões de instituições que impactam diretamente as sociedades nacionais.  

No plano dos Estados nacionais é decisivo a definição de uma política local (Merco Sul), regional (das Américas) e global (relação Sul-Norte e Sul-Sul) para que o Brasil tenha força a partir de organizações estatais regionais e mundial na tomada de decisões econômica, sociais, políticas, ambientais e Humanitárias que repercutem decisivamente na vida dos povos.  

Neste momento, o governo Temer parece não entender a determinação que a as relações externas têm nos destinos das políticas internas. Ou seja, os ajustes fiscais internos, representam apenas um aspecto relacionado ao complexo sistema que incidem sobre as relações comerciais no plano internacional, e que não é o central para o fluxo positivo da presença do Brasil no mundo dos negócios e da política.

A enorme crise econômica e política enfrentada no início do segundo governo Dilma está diretamente relacionada à incidência de variáveis externas sobre a economia brasileira.  A queda dos preços no mercado internacional  do petróleo e dos produtos agrícolas no curso do primeiro governo Dilma, produziram enorme queda das receitas da fazenda nacional produzindo o início de um gigantesco déficit público.  

Todo este complexo processo de formação de preços a partir de variáveis internacionais começou a ocorrer no curso do primeiro governo Dilma, como houve a decisão de ampliar os gastos públicos em função da eleição presidencial que se aproximava, estes gastos ampliaram-se no curso do ano de 2014, produzindo um enorme déficit nas contas públicas.  É neste contexto de início de uma aguda crise econômica que se inicia o segundo governo Dilma em 2015. Agora temperado com o enorme escândalo envolvendo o Partido dos Trabalhadores, a partir de outubro de 2014.  

O governo Dilma, a partir de janeiro de 2015, foi marcado, desde a sua segunda posse por uma grave crise econômica impulsionada pelo déficit das contas públicas e pela crescente crise política que, efetivamente se instaurou com a eleição de um oposicionista extremado para presidir a câmara do deputados, que foi o deputado Eduardo Cunha.  

O segundo governo Dilma inicia com a necessidade premente de tomar medidas contracionista na economia  para enfrentar o grave déficit público acumulado no curso do final do seu primeiro mandato. Estas medidas passavam pelo corte de gastos sociais, contenção dos salários dos servidores públicos e  reforma previdenciária.  

Neste momento, os escândalos envolvendo a cúpula do Partido dos Trabalhadores estavam em franco processo de ampliação. O presidente da câmara do deputados, Eduardo Cunha, aliado ao centro político conservador desta instituição, iniciou a produção da chamada “pauta bomba”, que objetivava ampliar os gastos públicos num contexto de grave déficit público, inviabilizando, sistematicamente as iniciativas políticas do governo Dilma.  

É neste contexto que entra em ação o vice-presidente da república, Michel Temer que se alia ao presidente da câmara e conduz o PMDB e seus satélites conservadores para a política da pauta bomba de Cunha, gerando uma ingovernabilidade política que durou todo o ano de 2015 e parte do ano de 2016.  

Com a paralisia congressual estavam dadas as condições para o golpe parlamentar contra a presidente da república. Os defensores do impeachment utilizaram uma ferramenta legal para dar início à derrubada de Dilma. Assim, o impeachment, veio a afastar e posteriormente cassar o mandato da presidente Dilma.  

Deve-se registrar que a presidente Dilma jamais foi acusada ou envolvida com as denúncias da operação Lava Jato contra o Partido dos Trabalhadores. O argumento utilizado para afastar a presidente foi de ordem administrativa, ou seja a presidente Dilma foi acusada de pedaladas fiscais, qual seja, fazer deslocamento de receitas públicas para pagar o programa Bolsa Família. Deslocamento orçamentário este, que não foi  autorizado pelo congresso nacional. 

Deve-se registrar que o Supremo Tribunal Federal legitimou todo este processo de golpe parlamentar a partir de uma provocação do próprio Partido dos Trabalhadores. Ou seja, quando o presidente da câmara dos deputados conduziu a aprovação do rito do impeachment, o PT recorreu ao STF solicitando que o rito fosse alterado, no que o foi atendido pela corte suprema. A partir deste momento o rito do impeachment estava legalizado.  

Pois bem, com a queda da presidente Dilma, ascendeu à presidência da república o vice-presidente Michel Temer, que construindo uma ampla maioria parlamentar vem enfrentando a crise econômica com políticas ortodoxas consubstanciadas em políticas de contingenciamento do orçamento público, notadamente para saúde, educação, segurança, corte de gastos de programas sociais , arrocho salarial do funcionalismo público e reformas administrativas que vêm penalizando o trabalho e protegendo o capital.  

O resultado de toda esta política contracionista e antipopular é a rejeição estratosférica do presidente da república pela sociedade brasileira, que chega a 80% e aprovação que não passa de 3%. Neste contexto de arrocho contra a classe trabalhadora e os setores médios da população observa-se o crescimento da popularidade do ex-presidente Lula, que hoje é apontado pelos institutos de pesquisas, como favorito para ganhar as eleições presidenciais de 2018, caso venha a ser candidato.  

É neste contexto que passo a analisar os possíveis cenários para as eleições de 2018 no Brasil. Eu diria que este cenários serão nebulosos até meados de 2018, tendo em vista a possível condenação, em segunda instância, do ex-presidente Lula no dia 24 de janeiro pelo Tribunal Regional Federal da quarta região.  

Com efeito, Lula tem sido o personagem central da sucessão presidencial de 2018. Como existe grande probabilidade de sua condenação no dia 24 de janeiro de 2018, os desdobramentos poderão ter incidência sobre os rumos da sucessão presidencial de 2018 no Brasil. Mas vamos aos prováveis cenários para 2018 no Brasil.  

As forças políticas que estarão no centro das disputas eleitorais no Brasil nas eleições de 2018 deverão estar representada no centro: Geraldo Ackmin, Lula, Marina Silva e Álvaro Dias. Pela direita, Jair Bolsonaro e pela esquerda Ciro Gomes.  Muitos outros candidatos, portadores de diversas matizes ideológicas deverão se lançar à presidência mas com baixo poder de polarização política, a exemplos dos candidatos do PC do B, PSOL e PPS.  

Cenário 1 com a presença de Lula candidato (cenário improvável) -  Lula e Alckmin ocuparão o espaço do centro, Alckmin atingindo boa parte da direita e Lula boa parte da esquerda. Diria eu, este dois candidatos esvaziarão candidatos pelo centro e pela esquerda. Os candidatos com perfil de centro como Marina Silva, Álvaro Dias e Cristovam Buarque tenderão a ser esvaziados. Pela esquerda, candidatura como a de Ciro Gomes perderá potencial de crescimento.  

Creio que neste cenário, Lula. Alckmin e Jair Bolsonaro travarão uma dura batalha pelo segundo turno. Caso venham a passar Alckmin e Lula, o tucano a partir da migração maciça dos votos de Bolsonaro tenderia a sair vitorioso. Caso venha a passar Alckmin e Bolsonaro, a maioria dos votos de Lula dariam a vitória ao tucano em segundo turno. Caso venha a passar Lula e Bolsonaro, Lula sairia vitorioso a partir da migração dos votos de Alckmin para Lula em segundo turno.  

Cenário 2- sem Lula:  Neste cenário haveria uma grande fragmentação eleitoral ao centro e à esquerda. No centro, que tem potencial de 50% de votos, Alckmin, Marina, Cristovam Buarque e Ávaro Dias dividiriam o voto ao centro, com tendência de que o tucano passasse ao segundo turno. Pela esquerda o candidato do PT, Ciro Gomes, Manuela D’avila  do PC  do B e o candidato do PSOL, dividiriam os votos à esquerda, cujo potencial é de 30%, perdendo poder de passagem ao segundo turno. Neste cenário, o candidato de direita, Jair Bolsonaro, com potencial de 20% de votação passaria ao segundo turno.  

Num confronto entre Alckmin e Bolsonaro, a tendência seria de vitória de Alckmin, ou qualquer outro candidato que viesse do centro político, haja vista que a maioria dos eleitores de esquerda, dariam um voto anti Bolsonaro no segundo turno das eleições de 2018.   

A presença de Lula, como cabo eleitoral poderá alterar a dinâmica deste eventual cenário. A entrada de um outro candidato petista na disputa presidencial poderá retirar qualquer chance de um candidato de esquerda vir a disputar a passagem ao segundo turno nas eleições de 2018. Creio que o voto de Lula é somente de Lula e os votos da legenda do PT, são outra coisa, perante as massas, nesta eleição vindoura. Creio que o PT, como partido, só começa sua recuperação eleitoral nas eleições seguintes, quando passar a penitência decretada, desde 2016 pelo eleitorado brasileiro.  

Mas, o que é improvável, caso Lula e o PT resolvam apoiar uma candidatura, como a de Ciro Gomes, desde o primeiro turno, o cenário se transformaria favoravelmente para a esquerda. Como Ciro Gomes tem de saída 10% de intenção de votos, Lula tenderia a transferir mais 10 ou 15% por cento, o que colocaria esquerda em condições de disputar o segundo turno de 2018 no Brasil. Neste cenário Ciro só tenderia a sair vitorioso se viesse a enfrentar Jair Bolsonaro, pois a maior parte dos eleitores do centro político tenderiam a dar um voto anti Bolsonaro, desde que Ciro Gomes moderasse seu discurso, seu programa e fizesse um aceno ao centro político.  

O fenômeno Bolsonaro representa a negação da política e dos partidos e este candidato está em ascensão devido ao sentimento genérico de rejeição do sistema político como um todo, seja a negação dos poderes da república seja a descrença nas próprias instituições democráticas no Brasil. Somado a tudo isso, temos a terrível conjuntura da violência urbana e a falência dos serviços públicos básicos. A duplicação de votos brancos e nulos, em relação às eleições de 2014, deverá marcar este sentimento de rejeição da política por grande parte do eleitorado esclarecido brasileiro.  

Portanto, as eleições de 2018 é propícia a emergência de outsiders. Existe um sentimento genérico de renovação política nas disputa para os cargos majoritários nas eleições de 2018, a exemplo das disputas para os cargos de presidente, governador e senador. Nestas disputas majoritárias o eleitor terá maiores chances de realizar a operação “degola”.  

Dados mais recentes publicados pelos institutos de pesquisa, notadamente o DataPoder, analisando o potencial de votos de cinco candidaturas presidenciais: Lula, Bolsonaro, Alckmin, Marina e Ciro revelaram um dado enigmático, em média 50% do eleitorado brasileiro rejeita todas estas cinco candidturas.   

O desejo de mudança política se anuncia nas disputas majoritárias, porém esta renovação fica muito difícil nas disputas proporcionais porque o eleitorado não compreende como se elege deputados, devidos as regras eleitorais do sistema proporcional de lista aberta que preside as disputas para os assentos parlamentares no Brasil. Portanto, os deputados acusados de corrupção, mas com poder administrativo ou financeiro tenderão a continuar na vida pública, apesar da operação Lava Jato.

*Edir Veiga é Dr. em ciência política e professor da UFPA.

Obs: O editor do blog As Falas da Pólis identificou alguns pequenos erros de ortografia e/ou digitação, mas manteve o texto e o título fiéis aos originais, limitando-se apenas e inserir a imagem ilustrativa desta postagem, já que a original não possui.

sábado, agosto 05, 2017

DOXA pesquisas: Lula e Bolsonaro estão empatados



Por Dornélio Silva, com informações da DOXA pesquisas

Pesquisa realizada pela DOXA no Pará, entre os dias 20 a 25 de julho, abrangendo as seis mesorregiões, com uma amostra de 1937 entrevistas, mostra Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PSC) empatados. A margem de erro é de 3,5% e o nível de confiança de 95%.


Espontânea 

Na questão espontânea, Lula aparece com 18,2% e Bolsonaro com 18,5%. Marina vem com 4,5%. FHC aparece com 3,5%; Joaquim Barbosa vem com 2,7%; Temer tem 2,5%; João Dória, 2,4%; Geraldo Alckimim, 1,4%; Sérgio Moro, o,3% e Álvaro Dias, 0,1%. Os números de indecisos, votos brancos e nulos somam 43,7%. 

Veja o gráfico:



Estimulada 

Quando se estimula, Lula vai para 23,8% e Bolsonaro para 22,9%. Marina permanece em terceiro lugar com 9,5%; João Dória vem com 6,2%; Geraldo Alckmim com 5,5%; Joaquim Barbosa com 4,9%; Ciro Gomes com 3,4% e Álvaro Dias com 0,3%. Os indecisos e os que pretendem anular ou votar em branco somam 23,5%. 



Rejeição 

Em se tratando de rejeição, o ex-presidente Lula é o mais rejeitado, aparecendo com 34,7%. O segundo mais rejeitado é Bolsonaro com 9,6%. Depois aparece Marina Silva com 7,0%, seguida de Geraldo Alckimim, 6,4%. Ciro Gomes tem 5,1% de rejeição. Joaquim Barbosa com 3,8%; João Dória tem rejeição de 2,5% e Álvaro Dias aparece com 2,2% de rejeição. 




Intenção de votos nas Mesorregiões

Ao analisar as intenções de voto pelas Mesorregiões do estado, identificamos que no Baixo Amazonas, Lula aparece com 21,0% e Bolsonaro com 17,8%; no Marajó, Lula vem com 51,4% e Bolsonaro com 4,1%; na Metropolitana, Lula aparece com 18,3% e Bolsonaro com 12,7%; no Nordeste Paraense, Lula está com 37,2% e Bolsonaro com 10,1%; no Sudeste paraense, Lula aparece com 5,0% e Bolsonaro com 53,6%; no Sudoeste, Lula vem com 39,8% e Bolsonaro com 37,9%. 

sábado, julho 22, 2017

DOXA: Bolsonaro lidera entre os mais jovens e com nível superior

Bolsonaro e Lula são pré-candidatos de projetos antagônicos para o Brasil. Imagem: Arquivo do blog.

Por Diógenes Brandão

Segundo o cientista político da DOXA, Dornélio Silva, Bolsonaro tem apelo maior entre jovens e eleitores de nível superior. Levantamento feito no Estado do Pará mostra que o deputado federal carioca se destaca e supera o ex-presidente Lula em segmentos importantes da sociedade.

Veja o que ele disse em seu perfil no Facebook.

"Analisando o perfil dos dois principais pré-candidatos a presidente da República a partir de pesquisas nacionais e da própria Doxa, percebemos que o perfil do voto de Bolsonaro é mais masculino; o de Lula é mais equilibrado entre os gêneros.

Agora, quando se trata de faixa etária, Bolsonaro tem apelo maior entre os jovens. Já Lula é o contrário, quanto mais aumenta faixa etária melhora sua performance. 

Em se tratando de nível de escolaridade, Bolsonaro tem melhor desempenho entre os eleitores de nível superior, índices que chegam a mais de 45%. Lula, por sua vez, está bem posicionado entre os de nível fundamental e médio, 21% e 37%, respectivamente. 

Entre o extrato religião, Bolsonaro, apesar de seu voto ser mais católico, seu desempenho entre os evangélicos ultrapassa a 40%. Os eleitores de Lula são mais de católicos, em torno de 67%; os eleitores lulistas evangélicos chegam a um pouco mais de 24%", conclui Dornélio Silva.

Veja os gráficos:

Bolsonaro lidera a preferência dos eleitores com até 44 anos. De 45 anos em diante, Lula é o preferido.

Bolsonaro lidera a preferência dos eleitores com formação superior. Lula lidera entre os que tem pós-graduação e demais faixas de escolaridade.

Lula lidera a preferência dos eleitores católicos e Bolsonaro tem mais apelo entre os evangélicos.

terça-feira, julho 04, 2017

LULA LIDERA PESQUISA NO PARÁ COM 28,1% DOS VOTOS; BOLSONARO TEM 16,8%. TEMER É REJEITADO POR 82,4%

O resultado da checagem foi divulgado nesta segunda-feira (03), pela TV Record.


Levantamento do Paraná Pesquisas no Pará mostra que o ex-presidente Lula (PT) lidera a corrida pela disputa presidencial com 28,1% das intenções de voto contra 16,8% do deputado Jair Bolsonaro (PSC). Em terceiro aparece Marina Silva (Rede) com 12,7%, seguida pelo ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa com 10,6% e pelo prefeito de São Paulo, João Dória (PSDB), com 8,3%. Ciro Gomes (PDT) aparece em sexta com 5,7% e o senador Alvaro Dias (PV) teria 2,4%, em sétimo. Para 10,4% dos eleitores, nenhum dos candidatos deveria ser votado e 5,1% não souberam responder.

Em um segundo cenário, com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, como candidato do PSDB, Lula teria 28,4% contra 18,2% de Bolsonaro. Marina apareceria em terceiro com 12,6%, seguida por Barbosa (11,5%), Ciro (5,7%), Alckmin (5,1%) e Dias (3,1%). Nesse caso, 10,6% não votariam em nenhum dos candidatos e 4,7% não souberam responder.

A pesquisa também questionou em quem o eleitor não votaria "de jeito nenhum". Nesse quesito, Lula é rejeitado por 46,5% dos eleitores, Alckmin aparece em segundo com 22,4% e Bolsonaro 20%. Marina Silva é rejeitada por 19,7% dos parenses, seguida por Ciro (16,9%), Dória (13,1%), Dias (12%) e Barbosa (10,8%). Apenas 3,8% dos entrevistados disseram que poderiam votar em qualquer dos candidatos e 6,4%.

Governo Temer

Questionados se aprovam ou desaprovam o governo do presidente Michel Temer, 82,4% dos entrevistados disseram desaprovar a administração do peemedebista e 14,5% aprovam a maneira de Temer governar o país. Apenas 3,1% não souberam ou não quiseram opinar.

sábado, janeiro 28, 2017

Dilma põe o pé na estrada para denunciar ao mundo o golpe no Brasil


Via Sul21

A presidenta deposta, Dilma Rousseff (PT), iniciou neste mês uma série de viagens ao exterior para denunciar o golpe que levou Michel Temer e sua turma ao poder. A viagem, que vai até o dia 5 de fevereiro, começou pela Espanha, na terça-feira (24), quando Dilma esteve em Sevilha, no seminário organizado pelas universidades da Espanha e Portugal. De acordo com a programação, Dilma abriu o evento com a palestra inaugural “O ataque à democracia no Brasil e na América Latina”.

Depois do evento, em entrevista coletiva Dilma falou sobre o processo que uniu centristas, direita, ultraconservadores e oligarquia para aplicar no Brasil a estratégia política do “quanto pior, melhor”, à qual se somou a criminalização de sua gestão fiscal. “Perdemos a batalha, mas não podemos perder a democracia”, disse Dilma, que falou também sobre sua preferência por Lula como candidato do PT para as eleições de 2018. “Acredito e quero que seja Lula o candidato. As pesquisas dizem que ele seria um forte candidato, mas a decisão depende dele”, disse a jornalistas europeus.

Dilma aproveitou ainda para criticar a política distorcida contra Lula no Brasil denunciado a acusação de corrupção sem provas, mas com convicção – fazendo referência a uma frase de Deltan Dellagnol, procurador do Ministério Público Federal e coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato.

Da Espanha, Dilma viaja hoje (26) para Lecce (Itália) e Paris (França) onde dará palestras sobre o golpe no Brasil e participará do seminário Capitalismo Neoliberal, Democracia Sobrante.

A presidenta, está acompanhada pelo ex-ministro de Justiça José Eduardo Cardozo, o advogado do ex-presidente Lula, Cristiano Zanin Martins, e Baltasar Garzón, juiz da Audiência Nacional da Espanha.

Com o pé na estrada, Dilma também fará palestras na terceira edição da Brazil Conference at Harvard and MIT, a convite de estudantes de doutorado brasileiros das duas instituições, a ser realizada em abril, em Cambridge, Massachussetts (EUA).

Em sua última passagem por território americano, em abril de 2016, Dilma Rousseff planejou denunciar o golpe na conferência da ONU, em Nova York. Com medo de que Dilma revelasse ao mundo que estava sendo vítima de um golpe, Michel Temer escalou  seus aliados com a missão de desmentir a presidenta.

Antes mesmo de ela confirmar a viagem, o senador tucano Aloysio Nunes pousou em Washington para pedir o apoio de autoridades americanas ao “impeachment”. Em breve discurso, Dilma trocou a palavra golpe por “retrocessos” e deixou muita gente frustrada.

Mas para a imprensa estrangeira mais influente meia palavra bastou. Todos entenderam o que ocorria no Brasil. Em editorial, o britânico The Guardian descreveu o impeachment como “uma tragédia e um escândalo”.

O The New York Times disse que a Câmara fez um plebiscito sobre o PT, em vez de julgar a acusação baseada nas pedaladas fiscais.

Agora, Dilma está livre para denunciar ao mundo que Temer se valeu de um golpe para chegar ao poder.

segunda-feira, dezembro 05, 2016

Extra: Renan cai e PT volta a assumir a linha de sucessão presidencial


Com o afastamento de Renan Calheiros, o PT volta a ocupar a linha sucessória presidencial. O senador petista do Acre, Jorge Viana, será o presidente do Senado no lugar de Renan.

Leia a matéria do Estadão, que esqueceu de falar quem assume a presidência do senado e a linha de sucessão presidencial.

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Ministro do STF decide afastar Renan da presidência do Senado

Decisão foi tomada no âmbito de uma ação ajuizada pela Rede que pede que réus não possam estar na linha sucessória da Presidência da República.

O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu nesta segunda-feira, 5, ao pedido da Rede Sustentabilidade e concedeu uma medida liminar (provisória) afastando o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) da presidência do Senado. A decisão foi tomada no âmbito de uma ação ajuizada pela Rede que pede que réus não possam estar na linha sucessória da Presidência da República.

“Defiro a liminar pleiteada. Faço-o para afastar não do exercício do mandato de Senador, outorgado pelo povo alagoano, mas do cargo de presidente do Senado o senador Renan Calheiros. Com a urgência que o caso requer, deem cumprimento, por mandado, sob as penas da Lei, a esta decisão. Publiquem.”, diz decisão do ministro divulgada no início desta noite no site do STF. 

Renan virou réu quinta-feira passada (1), quando o STF decidiu, por 8 votos a 3, receber a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o senador pelo crime de peculato. A Rede alega que, com o recebimento da denúncia, “passou a existir impedimento incontornável para a permanência do referido Senador na Presidência do Senado Federal, de acordo com a orientação já externada pela maioria dos ministros do STF”.

O partido pedia urgência na avaliação da matéria porque, se não houvesse uma análise rápida, o Supremo poderia decidir sobre a questão depois do fim do mandato de Renan, que se encerra no dia 1º de fevereiro.

Maioria. Em novembro, o STF formou maioria para que réus não possam fazer parte da linha sucessória do presidente da República, mas o julgamento foi interrompido depois de pedido de vista do ministro Dias Toffoli. Marco Aurélio foi um dos seis ministros do STF que já votaram pelo veto aos réus na sucessão de Michel Temer.

Na última sexta-feira (2), Toffoli e Marco Aurélio se envolveram em uma “guerra de versões” sobre o processo que ameaça a permanência de Renan Calheiros da Presidência do Senado.

Um dia depois de Renan se tornar réu pela primeira vez perante o STF, o gabinete de Toffoli informou, em nota enviada à imprensa, que ainda não havia recebido os autos do processo e que, por essa razão, ainda não havia sido iniciado o prazo para devolução da vista. Segundo o gabinete de Toffoli, os autos do processo, sob relatoria de Marco Aurélio, só chegaram ao gabinete às 17h20 da última sexta-feira.

O gabinete de Marco Aurélio, por sua vez, apresentou uma versão diferente dos fatos e alegou que o processo é eletrônico, não dependendo de deslocamento físico ou formal.

domingo, dezembro 04, 2016

Pediram para não citar o nome do presidente no microfone. A que ponto chegou o Brasil!

Aos 76 anos de idade, ele ostenta o cargo máximo da nação brasileira […] e tem que se esconder!

Por Domênico Gonçalves Garcia – De Bragança/Portugal, via Diário do Brasil

Nasci em Portugal e me naturalizei ‘BRAZUCA’ ao casar com o amor de minha vida, com quem estou há 28 anos.

Hoje presenciei minha pátria irmã sofrendo com o velório das ‘crianças’ da Chapecoense.

Durante meus 68 anos de vida jamais presenciei um país tão unido por uma causa única […] foi lindo!

É uma pena que essa união tenha sido causada por uma tragédia.

Acompanhei (pela TV a cabo) todo o sofrimento de um povo. Por várias horas, eu pude me sentir um verdadeiro brasileiro.

Nunca tinha ouvido falar da cidade de Chapecó até acontecer uma tragédia de proporções mundiais.

A dor do Brasil me doeu na alma.

Orei pelos jovens que se foram tão cedo […] me emocionei com a voz do famoso Cid Moreira citando versos da Bíblia durante a cerimônia de despedida dos heróis da Chapecoense.

De todas as cenas que presenciei diante da TV, a que mais me chamou a atenção foi assistir um Presidente da República encolhido em um canto, como se fosse um nada, um zé ninguém.

Todo povo carece de um líder. Conversei com minha esposa e fiquei desolado ao ver o que fizeram com o Brasil.

De imediato peguei meu celular e liguei para alguns contatos pessoais, já que minha companheira é uma ex-funcionária do Itamaraty.

A resposta que obtive? Leia abaixo …

“Amigo, quando o cerimonial da Presidência da República chegou na cidade de Chapecó, a primeira coisa que fizeram foi procurar as autoridades locais e exigir uma única coisa: Não mencionem o nome do Presidente da República em hipótese alguma”

A tristeza tomou conta de mim e choramos […] eu e minha esposa.

O que fizeram com o Brasil?

sexta-feira, dezembro 02, 2016

O golpe se jogou em uma armadilha


Para Joaquim Barbosa, governo Temer corre o risco de não chegar ao fim

O ex-presidente do STF Joaquim Barbosa.

Na Folha

O ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Joaquim Barbosa assistiu praticamente em silêncio ao impeachment de Dilma Rousseff e aos principais fatos políticos deste ano no Brasil.

Depois de quase um ano sem dar entrevistas, Barbosa, que montou escritório em São Paulo e hoje dá palestra e faz pareceres jurídicos, recebeu a Folha no apartamento de dois quartos que alugou na cidade.

Para o ex-ministro, que comandou o julgamento do mensalão, o impeachment foi "uma encenação" que fez o país retroceder a um "passado no qual éramos considerados uma República de Bananas". Barbosa acha que o governo de Michel Temer corre o risco de não chegar ao fim.

*

Folha - O senhor escreveu há alguns meses em sua conta no Twitter que o afastamento de Dilma Rousseff foi um "impeachment Tabajara". Por quê?

Joaquim Barbosa - Tabajara porque aquilo foi uma encenação. Todos os passos já estavam planejados desde 2015. Aqueles ritos ali [no Congresso] foram cumpridos apenas formalmente.

O que houve foi que um grupo de políticos que supostamente davam apoio ao governo num determinado momento decidiu que iriam destituir a presidente. O resto foi pura encenação. Os argumentos da defesa não eram levados em consideração, nada era pesado e examinado sob uma ótica dialética.

Folha - O que sustentava esse grupo? Porque dez pessoas apenas não fazem um impeachment.

Era um grupo de líderes em manobras parlamentares que têm um modo de agir sorrateiro. Agem às sombras. E num determinado momento decidiram [derrubar Dilma].

Acuados por acusações graves, eles tinham uma motivação espúria: impedir a investigação de crimes por eles praticados. Essa encenação toda foi um véu que se criou para encobrir a real motivação, que continua válida.

O senhor acha que ainda há risco para as investigações que estão em curso?

Há, sim, porque a sociedade brasileira ainda não acordou para a fragilidade institucional que se criou quando se mexeu num pilar fundamental do nosso sistema de governo, que é a Presidência. Uma das consequências mais graves de todo esse processo foi o seu enfraquecimento. Aquelas lideranças da sociedade que apoiaram com vigor, muitas vezes com ódio, um ato grave como é o impeachment não tinham clareza da desestabilização estrutural que ele provoca.

O impeachment foi um golpe?

Não digo que foi um golpe. Eu digo que as formalidades externas foram observadas –mas eram só formalidades.

O impeachment não teve o apoio de setores econômicos?

A partir de um determinado momento, sob o pretexto de se trazer estabilidade, a elite econômica passou a apoiar, aderiu. Mas a motivação inicial é muito clara.

E qual é o problema do enfraquecimento da Presidência?

No momento em que você mina esse pilar central, todo o resto passa a sofrer desse desequilíbrio estrutural. Todas as teorias dos últimos 30 anos, de hipertrofia da Presidência, de seu poder quase imperial, foram por água abaixo. A facilidade com que se destituiu um presidente desmentiu todas essas teses.

No momento em que o Congresso entra em conluio com o vice para derrubar um presidente da República, com toda uma estrutura de poder que se une não para exercer controles constitucionais mas sim para reunir em suas mãos a totalidade do poder, nasce o que eu chamo de desequilíbrio estrutural.

Essa desestabilização empoderou essa gente numa Presidência sem legitimidade unida a um Congresso com motivações espúrias. E esse grupo se sente legitimado a praticar as maiores barbáries institucionais contra o país.

Durante alguns meses, em palestras, eu indagava à plateia: vocês acham que, concluído o impeachment, numa democracia dessa dimensão, o país sobreviverá por dois anos e meio à turbulência política que se seguirá?

E qual é a sua resposta?

Nós continuaremos em turbulência. Isso só vai acabar no dia em que o Brasil tiver um presidente legitimado pela soberania popular. Aceito de forma consensual, límpida, tranquila, pela grande maioria da população.

O sr. já disse que talvez o governo não chegue ao fim.

Corre o risco. É tão artificial essa situação criada pelo impeachment que eu acho, sinceramente, que esse governo não resistiria a uma série de grandes manifestações.

Que outros problemas o senhor vê no governo?

Os cientistas políticos consolidaram o pensamento de que o presidente depende do Congresso para governar. E não é nada disso. Uma das características da boa Presidência é a comunicação que o presidente tem diretamente com a nação, e não com o Congresso. Ele governa em função da legitimidade, da liderança, da expressão da sua vontade e da sua sintonia com o povo. Dilma não tinha nenhum desses atributos.

Aí ela foi substituída por alguém que também não os têm, mas que acha que está legitimado pelo fato de ter o apoio de um grupo de parlamentares vistos pela população com alto grau de suspeição. Ele [Temer] acha que vai se legitimar. Mas não vai. Não vai. Esse malaise [mal estar] institucional vai perdurar durante os próximos dois anos.

E na área econômica?

O Brasil deu um passo para trás gigantesco em 2016. As instituições democráticas vinham se fortalecendo de maneira consistente nos últimos 30 anos. O Brasil nunca tinha vivido um período tão longo de estabilidade.

E houve uma interrupção brutal desse processo virtuoso. Essa é a grande perda. O Brasil de certa forma entra num processo de "rebananização". É como se o país estivesse reatando com um passado no qual éramos considerados uma República de Bananas. Isso é muito claro. Basta ver o olhar que o mundo lança sobre o Brasil hoje.

E qual é ele?

É um olhar de desdém. Os países centrais olham para as instituições brasileiras com suspeição. Os países em desenvolvimento, se não hostilizam, querem certa distância. O Brasil se tornou um anão político na sua região, onde deveria exercer liderança. É esse trunfo que o país está perdendo.

Isso é recuperável?

No dia em que a sociedade despertar e restaurar a Presidência através de uma eleição em que se escolha alguém que representa os anseios da nação, isso limpa esse "malaise", essa perda dos grandes trunfos.

O que o senhor achou da aprovação da lei de abuso de autoridade na Câmara?

Tudo o que está acontecendo esta semana no Congresso é desdobramento do controvertido processo de impeachment, cujas motivações reais eram espúrias.

Ou seja: a partir do momento em que se aceitou como natural o torpedeamento do pilar central do sistema presidencialista, abriu-se caminho para o enfraquecimento de outras instituições.

A lógica é a seguinte: se eu posso derrubar um chefe de Estado, por que não posso intimidar e encurralar juízes? Poucos intuíram –ou fingiram não intuir– que o que ocorreu no Brasil de abril a agosto de 2016 resultaria no deslocamento do centro de gravidade da política nacional, isto é, na emasculação da presidência da República e do Poder Judiciário e no artificial robustecimento dos membros do Legislativo.

Tudo isso pode ainda ser revertido pelo Senado, pelo veto presidencial ou pelo STF. O importante neste momento é que cada um faça uma boa reflexão e assuma a sua parcela de culpa pela baderna institucional que está tomando conta do país.

E as medidas de combate à corrupção apresentadas pelo Ministério Público Federal e alteradas na Câmara?

Eu tenho resistência a algumas das propostas, como legitimação de provas obtidas ilegalmente. E o momento [de apresentá-las] foi inoportuno. Deu oportunidade a esse grupo hegemônico de motivação espúria de tentar introduzir [na proposta] medidas que o beneficiassem.

O que o sr. acha da Lava Jato?

Eu acompanho a Lava Jato muito à distância, pela imprensa. Para mim é a Justiça que está dando toda a aparência de estar funcionando.

O que o senhor acha da hipótese de Lula ser preso?

Eu nunca li, nunca me debrucei sobre essas acusações.

Sei que há uma mobilização, um desejo, uma fúria para ver o Lula condenado e preso antes de ser sequer julgado. E há uma repercussão clara disso nos meios de comunicação. Há um esforço nesse sentido. Mas isso não me impressiona. Há um olhar muito negativo do mundo sobre o Brasil hoje. Uma prisão sem fundamento de um ex-presidente com o peso e a história do Lula só tornaria esse olhar ainda mais negativo. Teria que ser algo incontestável.

Para finalizar: o senhor continua na posição de não ser candidato a presidente?

Eu continuo. Seria uma aventura muito grande eu me lançar na política, pelo meu temperamento, pelo meu isolamento pessoal, pelo meu estilo de vida. Eu não tenho por trás de mim nenhuma estrutura econômica, de comunicação. Nem penso em ter. 

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...