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sexta-feira, novembro 28, 2014

Por mais mudanças e mais futuro no segundo mandato Dilma

Wladimir Pomar, um dos líderes da Articulação de Esquerda, tendência interna do PT é contra algumas indicações ministeriais para o segundo mandato de Dilma.

Nos dias 28 e 29 de novembro, o Diretório Nacional do PT realizará sua primeira reunião após a reeleição da companheira Dilma Rousseff.

A tendência petista Articulação de Esquerda defenderá as posições contidas na resolução da Comissão Executiva Nacional do PT do último dia 3 de novembro por considerá-la em sintonia com os desafios do momento político e as tarefas inadiáveis de organização e mobilização do Partido dos Trabalhadores.

A resolução da CEN comemora a grande vitória que representou a reeleição de Dilma para presidir o Brasil registrando a dura disputa que se travou contra o conservadorismo, o oligopólio da mídia, o grande capital e seus aliados internacionais e as intenções golpistas que ainda grassam em setores da oposição, a despeito da vontade popular.

Além disso, aponta como tarefa prioritária do PT a construção de uma nova estratégia e padrão de funcionamento partidário. Fazem parte dessa agenda, a disputa de hegemonia na sociedade e a realização de profundas reformas estruturais, a exemplo da reforma política, tributária, urbana, agrária e a democratização da mídia.

No discurso da vitória do dia 26 de outubro, a presidenta Dilma reafirmou seus compromissos com o diálogo com a sociedade e a realização de mudanças e reformas mais profundas.  Nesse sentido, as prioridades do mandato e a composição do novo governo devem estar alinhados com o programa e a mobilização da sociedade que venceu as eleições de outubro.

A ênfase na defesa da reforma política, da participação popular e do combate sem tréguas à corrupção pela presidenta Dilma nos últimos dias tem sido coerente com este programa vitorioso. A indicação ministerial de Joaquim Levy e a possível indicação de Katia Abreu, por sua vez, indicam concessões desnecessárias e equivocadas ao campo conservador que foi derrotado nas últimas eleições e são uma sinalização contraditória em relação a um ministério comprometido com o fortalecimento do Estado para um desenvolvimento ambiental e socialmente orientado, com a realização de reformas estruturais, o aprofundamento da democracia e a ampliação da soberania nacional, da integração regional e das políticas públicas voltadas ao bem estar social.

27 de novembro de 2014

Direção nacional da Articulação de Esquerda, tendência petista.

sexta-feira, novembro 07, 2014

#ChacinaEmBelém: O medo de refletir




Essa semana a pauta em quase todas as conversas em Belém é a violência. Acompanhei todos os debates nas ruas, na tv, nos Jornais e nas redes sociais e, sinceramente, indaguei-me: qual a novidade?

Quem passou a infância e grande parte da sua vida na periferia de Belém como eu sabe que a contagem de corpos não é novidade. 

Lembro que quase 20 anos atrás, no bairro em que eu cresci, em uma semana, tivemos mais de 10 mortos. Lembro que faz quase 3 anos que novamente “acordamos chocados” com a chacina de 6 jovens em Icoaraci, e se você quiser ficar chocado leia os cadernos policiais dos jornais da semana passada, do mês passado ou de qualquer outro dia....

A guerra urbana em Belém não é novidade, a grande novidade aqui é o clima de “tensão solidaria” que tomou conta da cidade, alguns devem ter achado emocionante a sensação de cidade sitiada. Agora serão uma infinidade de reuniões, GT’S, declarações, indignações e daqui a pouco tudo volta a boa e velha invisibilidade útil nossa de cada dia.

No Pará o que vemos é a banalização das chacinas promovidas pelos grupos de extermínio que já não são por aqui uma novidade. As milícias agora avançam para um campo que lhes garantirá mais ainda o direito à invisibilidade, hoje os justiceiros deixaram apenas de sustentar políticos que lucravam com o sistema, agora a nossa milícia papa-xibé também tem poder político, os nossos Batmans-carimbó são 
aplaudidos nas mesmas periferias em que vão buscar sua gloria à bala.

Não é novidade para absolutamente nenhum morador da grande Belém os números de guerra que ostentamos, não digo que não acho válido o sentimento de indignação e as iniciativas que irão surgir por conta do ocorrido mais recente, mas o que realmente pode mudar alguma coisa por aqui é se toda reunião, declaração e indignação vier acompanhada de mobilização. Não falo apenas de irmos às ruas exigir políticas eficientes para alterar a realidade das nossas periferias, falo de mobilização de esforços e atitudes, coletivas e individuais. 

O Pará é um dos piores estados para a juventude viver ou tentar sobreviver, e a única solução viável para a violência é POLITICA PUBLICA. Chega da presença do Estado na periferia ser a ROTAM ou o IML, a nossa juventude deve ser tratada com respeito, a nossa segurança deve ser a segurança da cidadania e dos direitos. Precisamos de políticas públicas efetivas, precisamos de ações de deem oportunidade econômica, sem deixar de atender à necessidade que as juventudes da periferia têm de acesso à cultura, educação e mobilidade. 

Devemos elevar as nossas bandeiras, da inclusão à emancipação. O negro, o jovem e o pobre precisam sentir que têm o mesmo direito à cidade que os jovens da classe média, e ao Estado cabe a obrigação de garantir esse direito. Sem o pertencimento é impossível uma interação social saudável, já que para uns ficam as balas e para poucos a ilusão da segurança.

O fato é que a omissão coletiva contribuiu para esse triste quadro que hoje nos deparamos de forma assustada, como se essa exclusão social e política da nossa juventude da periferia não estivesse sendo construída há décadas, como se os valores consumistas que norteiam o nosso cotidiano capitalista não colaborassem para a criação de um exército de excluídos, como se a nossa conivência com a criminalização da pobreza por parte dos governos não tivesse contribuído para não vermos que os mandantes da Barbárie não estão nas áreas de ocupação e favelas, e sim nos gabinetes.

O Estado deve de entender que as engrenagens do crime organizado têm a pobreza como dente, mas não são os pobres o seu motor. Nenhuma morte é banal, a violência nunca será a solução para nenhum conflito, mas não podemos deixar buscar as causas e punir os responsáveis, além de refletir e agir, por mais que nessa reflexão todos nós encontrarmos um pouco a nossa responsabilidade.

Não podemos discutir segurança, se ela realmente não for pública, e não se faz segurança pública sem controle social. E, não podemos exercer o controle social sem mudanças de atitudes e valores.

Patrick Paraense – Membro do Diretório Estadual do PT-Pará.

terça-feira, maio 13, 2014

Dia da Abolição da Escravatura: A mídia continua chicoteando

126 anos se passaram e o Brasil continua com a sombra escravocrata.
Apresentadores de telejornais da TV brasileira, os ditos "formadores de opinião", pessoas que deveriam zelar pelo Estado Democrático de Direito acabam ignorando a Constituição e incentivando crimes como os que temos presenciado ultimamente, mostrando-nos que a abolição da escravatura criou uma massa de infelizes que continua sendo chicoteada nas grandes senzalas que as periferias das grandes cidades se transformaram. 

126 anos depois da Lei Auréa, que disse por fim na escravatura no Brasil, vemos que o Estado tem feito esforços para que haja mudanças estruturais. Programas de transferência de renda, cota para negros e pobres para seu acesso à universidade, entre outras iniciativas sinalizam isso, mas na cabeça de muitos escravocratas que tornaram-se os barões da mídia, monopolizam os meios de comunicação e influenciam milhões de brasileiros, quase nada mudou ou deveria mudar.

Leia o breve artigo Dia da Abolição da Escravatura, escrito por Rainer Sousa e publicado no Brasil Escola.

A partir da segunda metade do século XIX, vários intelectuais, escritores, jornalistas e políticos discutiam a relação existente entre a utilização da mão de obra escrava e a questão do desenvolvimento nacional. Enquanto as nações europeias se industrializavam e buscavam formas de ampliar a exploração da mão de obra assalariada, o Brasil se afastava desses modelos de civilidade ao preservar a escravidão como prática rotineira.

De fato, mais do que uma questão moral, a escravidão já apresentava vários sinais de decadência nessa época. A proibição do tráfico encareceu o valor de obtenção de uma peça e a utilização da força de trabalho dos imigrantes europeus já começava a ganhar espaço. Com isso, podemos ver que a necessidade de se abandonar o escravismo representava uma ação indispensável para que o Brasil viesse a se integrar ao processo de expansão do capitalismo.

sexta-feira, novembro 25, 2011

A pergunta que não quer calar: Jatene tem pacto com o MP?

Material publicitário de Jatene leva texto e foto do mesmo.

Ao ler o blog da ex-governadora Ana Júlia, fiquei sabendo que a justiça acatou uma ação de Improbidade Administrativa contra ela, movida por um promotor público do Estado, o qual misturou alhos com bugalhos e fez referencia à polêmica dos Kits Escolares entregues em 2009, durante seu governo.

Vale lembrar que os Kits e Uniformes Escolares incomodaram meia dúzia de ricos adversários do PT porque ajudaram milhares de famílias pobres deste imenso Estado ao possibilitar que, pela primeira vez, pudessem receber uniformes e materiais escolares de forma gratuita, numa ação inédita de inclusão social que foi muito bem recebida pelo povo necessitado.

Indignada com a confusão feita para mantê-la ocupada sobre o caso, a ex-governadora defende-se: “O que a matéria não explica, é que a Ação contra mim é pelo fato de ter uma foto oficial e uma mensagem na Revista publicada pela SEDUC, e que nada tem a ver com os Kits. O processo em relação aos Kits é contra a ex Secretária de Educação, Iracy Gallo, que confio que provará ser inocente também, até porque a política de distribuir uniforme e material escolar foi justa e necessária para os alunos, especialmente para mais pobres deste Estado.”

Já que o Procurador Geral do Ministério Público, Sr. Geraldo de Mendonça Rocha já inocentou a ex-governadora Ana Júlia de qualquer ato ilegal na aquisição e distribuição dos Kits, afirmando que não pesa contra ela nenhuma responsabilidade sobre este processo e como só resta agora uma ação por conta de uma mensagem com foto oficial em uma Revista publicada pela SEDUC, a pergunta que não quer calar é: Porque o Ministério Público Estadual ainda não moveu a mesma ação contra o governador Simão Jatene, já que este ao completar 100 dias de governo, lançou uma revista para divulgar a Agenda Mínima para o período de 2011 à 2014 e tal como podem ver, contém igualmente uma foto e uma mensagem do atual Governador.



quarta-feira, maio 25, 2011

Terra de Negro






A falta de políticas públicas específicas é um dos motivos para a demora na regularização fundiária de territórios para os povos quilombolas, levando em consideração esse fator, o Deputado Estadual Chico da Pesca (PT) solicitou uma Audiência Pública na Assembleia Legislativa do Estado do Pará, que acontecerá no dia 27 de Maio de 2011. 


O último levantamento feito pelo ITERPA mostra 401 comunidades quilombolas identificadas no Estado. Somente 118 são tituladas e possuem seu território delimitado pela a mesma instituição. Esta foi uma das razões que motivou o Deputado Estadual Chico da Pesca, a solicitar uma  Audiência Pública para debater esta situação.

A Audiência Pública contará com a presença da Dra. Ivonete Carvalho, atual Secretaria de Políticas para Comunidades Tradicionais, que representará a Ministra Luiza Bairros  da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, da Presidência da República e terá como tema principal o processo de regularização fundiária, a titulação das áreas quilombolas tanto no âmbito Estadual quanto Federal. 

A audiência também discute o georeferenciamento das terras quilombolas, que trata do levantamento de dados, cálculos, análises e tornar suas coordenadas conhecidas num dado sistema de referência, e os arranjos produtivos para os quilombolas, isto é, um apoio produtivo: como agricultura, pecuária e qualquer outra ajuda necessária. 

 

Foram convidados para a Audiência Pública os representantes do ITERPA, SEMA, SAGRI, IDEFLOR, SPU-PA, MDA, INCRA, MPF, AGU, MPE, SEJUDH, SUDAM, e entidades populares e ONGs que abordam a temática.

Fonte: ASCOM - Chico da Pesca.

sábado, fevereiro 19, 2011

Consolidar e fortalecer a CMS

Por Renato Simões*

No site do PT.
O esperado salto de qualidade na relação dos movimentos sociais brasileiros com o governo de Dilma Rousseff, qualificando-os como protagonistas de reformas democráticas e populares no próximo período, passa pela construção de programa e unidade das mais variadas formas de organização popular e por sua mobilização nacional.



No atual cenário, a Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS) é o espaço mais representativo e unitário para a construção dessa identidade programática e unidade de ação dos movimentos populares urbanos e rurais, sindicais, estudantis, feministas e pela igualdade racial, que constituem a base de sua atual existência.



A CMS, criada em 2005, vem se consolidando com altos e baixos, ocupando o espaço deixado vazio com o fim das atividades do Fórum Nacional de Lutas, que durante o segundo governo FHC teve papel central na articulação entre os movimentos sociais e os partidos de oposição que resistiam à implantação das reformas neoliberais no Estado e na economia.



Há hoje uma disseminada compreensão nos movimentos que compõem a CMS da necessária autonomia entre partidos, movimentos sociais e governos para que os movimentos possam assumir o protagonismo desejado na luta pelas reformas democráticas e populares. O mesmo desafio foi bem enfocado pela presidente eleita mas ainda não empossada à época, Dilma Rousseff, em sua reunião com o Diretório Nacional do PT em dezembro de 2010.



Dilma afirmou que o tema das relações governo, movimentos sociais e partidos no seu governo será central, e registrou a diferença dessas frentes de atuação com uma unidade estratégica, a do projeto de transformação social de nosso país.



Para os movimentos sociais, 2010 marca também dois importantes documentos concebidos para nortear sua ação no processo eleitoral e no governo que dele emergisse: o aprovado pelas sete centrais sindicais e o aprovado pela Coordenação dos Movimentos Sociais.



Suas perspectivas são a afirmação da autonomia dos movimentos sociais em definir uma agenda política para suas mobilizações e para a relação com o governo que ajudaram a construir, e para o qual foram imprescindíveis na polarização produzida com o serrismo e as forças reacionárias que a ele se uniram no 2.º turno das eleições.



Em muitos pontos, governo e movimentos sociais estarão trabalhando juntos para vencer as resistências à direita para implantar medidas de comum acordo, aprovar matérias legislativas, vencer resistências da mídia, combater o pensamento conservador. Acredito mesmo que seja a maioria dos pontos.



Em outros, reivindicações e propostas dos movimentos sociais ultrapassarão ou se chocarão com diretrizes governamentais, e nem por isso podem ser deslegitimadas por governo ou partidos. Neste caso, mobilização social e negociação democrática são essenciais. Com certeza, serão fatores de aumento da participação popular nas questões do Estado, de progresso social e de avanço de consciência e organização.



Para essas tarefas, as lutas específicas e as direções de cada movimento são importantes, mas necessitarão de um laboratório de propostas, projetos e calendários comuns, solidariedade ativa. Esse o papel que a CMS é chamado a ocupar de forma crescente, e que esteve presente na sua primeira reunião de 2011, na ultima semana de janeiro.



Sou otimista quanto a todos esses temas. Acredito que a história e as conquistas acumuladas, a oposição da direita, os limites daquilo que ainda não se efetivou, são condições subjetivas importantes para que governo, partidos e movimentos sociais do campo democrático e popular avancem neste próximo período.



Não será um processo sem tensões, pelo contrário, inclusive pelos fortes interesses contrariados com os seus resultados. Mas o povo brasileiro só tem a expandir seus direitos e conquistas a curto, médio e longo prazos.

* Renato Simões é Secretário Nacional de Movimentos Populares e Políticas Setoriais do PT.

 

quarta-feira, dezembro 29, 2010

Nota da juventude paraense à sociedade

Os movimentos, entidades e organizações juvenis abaixo-assinadas não reconhecem a eleição da representação da sociedade civil e da mesa diretora do Conselho de Juventude do Estado do Pará (Cojuepa), ocorridas no dia 17 de dezembro de 2010, devido aos seguintes elementos:

1- O desenvolvimento das políticas públicas de juventude no Pará, com o fortalecimento do Cojuepa, estão acima das disputas políticas e o caminho nessa direção é o da pactuação, que considere a força, a representatividade diversidade das juventudes políticas e sociais, assim como a legitimidade das urnas.

2- As eleições foram realizadas em curto espaço de tempo, não teve caráter estadual, o envolvimento do conjunto dos movimentos , entidades e organizações do estado, a pactuação política e nem o respeito ao seu regimento interno e à lei que o instituiu. Foi imposta a toque de caixa, o que gerou a fragilidade político-social para sustentar o processo e o pretexto para sua anulação pelo novo governo, inclusive com a justificativa para uma deformação completa da composição do Cojuepa.
 
3- Além disso, vivenciamos um quadro de dispersão das juventudes: a natural de fim de ano, a dispersão pela derrota eleitoral, a dispersão ocasionada por o Cojuepa ter estado com mandatos da mesa e da composição da sociedade civil expirados há um ano, a dispersão derivada do seu esvaziamento decorrente desse mandato vencido, etc. Fazer um processo nos termos em que aconteceu, é uma completa irresponsabilidade com o órgão, com as políticas públicas de juventude, com os movimentos juvenis e com os jovens beneficiados por essas iniciativas e não pode ser aceito por nós.

Por isso, exigimos a realização de novas eleições, democráticas e participativas, de abrangência realmente estadual, que possibilite um Cojuepa valorizado e reconhecido, bem como o desenvolvimento dos direitos e oportunidades para a juventude paraense.

A juventude, pelo bônus demográfico vivenciado pelo Brasil, assentado na quantidade expressiva inédita de jovens na população economicamente ativa, é estratégica para o desenvolvimento e imprescindível num projeto político. E deve ser, portanto, tratada com a seriedade correspondente.

ASSINAM:

1. Juventude do PT
2. Juventude do PMDB
3. Juventude do PR
4. Juventude do PV
5. Juventude da CUT
6. Juventude da União Geral dos Trabalhadores - UGT
7. Pastoral da Juventude - PJ
8. Comissão de Jovens da FETAGRI
9. União Paraense dos Estudantes - UPES
10. FAOR/Grupo de Trabalho da Juventude
11. Instituto Universidade Popular – UNIPOP
12. Fórum Estadual de Juventude Negra
13. Centro de Defesa da Criança e do Adolescente - CEDECA
14. Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua – MNMMR
15. Odem Demolay
16. Revista VIRAÇÃO
17. Rede Sou de Atitude (PA)
18. MOCAMBO
19. Rede de Jovens Vivendo com HIV/Aids
20. Fórum Metropolitano de Hip Hop
21. Núcleo de Educação popular - NEP
22. Grupo GUETO
23. Rede Afro LGBT
24. Conexão Feminina/Hip Hop
25. Associação de Lésbicas e Mulheres Bissexuais
26. Panacéia Jovem Ativa - PANJA
27. Juventude Empreende
28. Juventude Geração Cultura
29. União da Juventude do Campo e da Cidade - UJCC
30. Instituto Juventude - IJ
31. Instituto Social Brasil Amazonia - SBRAM
32. Instituto Nação Jovem
33. Instituto Ação Jovem
34. Instituto Amazônico
35. Instituto para a Educação de Etnia e Diversidade na Amazônia - IEEDA
36. Instituto de Desenvolvimento Humano Integral - DHI
37. Instituto Educacional Jadim Verdejante
38. Instituto Parque das Palmeiras.
39. Associação Beneficiente Fazendo um Amanhã Melhor – FAM
40. Movimento Cultural do Tapanã – MOCULTA
41. Grupo de Mulheres do Benguí - GMB
42. Identidade Humana
43. Pró-grêmio Madre Celeste
44. Associação de Músicos de São Brás
45. Federação dos Atores do Pará
46. Associação de Taekwondo do Pará
47. Torcida Jovem Fla (PA)
48. Torcida “Remista”
49. Torcida “Piratas Azulinos”
50. Juventude Cabocla Socialista do Pará -JCSP
51. Juventude Revolucionária Democrática

quarta-feira, outubro 06, 2010

Dois pesos...

Por Maria Rita Kehl em O Estado de S.Paulo.

Este jornal teve uma atitude que considero digna: explicitou aos leitores que apoia o candidato Serra na presente eleição. Fica assim mais honesta a discussão que se faz em suas páginas. O debate eleitoral que nos conduzirá às urnas amanhã está acirrado. Eleitores se declaram exaustos e desiludidos com o vale-tudo que marcou a disputa pela Presidência da República. As campanhas, transformadas em espetáculo televisivo, não convencem mais ninguém. Apesar disso, alguma coisa importante está em jogo este ano. Parece até que temos luta de classes no Brasil: esta que muitos acreditam ter sido soterrada pelos últimos tijolos do Muro de Berlim. Na TV a briga é maquiada, mas na internet o jogo é duro.

Se o povão das chamadas classes D e E - os que vivem nos grotões perdidos do interior do Brasil - tivesse acesso à internet, talvez se revoltasse contra as inúmeras correntes de mensagens que desqualificam seus votos. O argumento já é familiar ao leitor: os votos dos pobres a favor da continuidade das políticas sociais implantadas durante oito anos de governo Lula não valem tanto quanto os nossos. Não são expressão consciente de vontade política. Teriam sido comprados ao preço do que parte da oposição chama de bolsa-esmola.

Uma dessas correntes chegou à minha caixa postal vinda de diversos destinatários. Reproduzia a denúncia feita por "uma prima" do autor, residente em Fortaleza. A denunciante, indignada com a indolência dos trabalhadores não qualificados de sua cidade, queixava-se de que ninguém mais queria ocupar a vaga de porteiro do prédio onde mora. Os candidatos naturais ao emprego preferiam viver na moleza, com o dinheiro da Bolsa-Família. Ora, essa. A que ponto chegamos. Não se fazem mais pés de chinelo como antigamente. Onde foram parar os verdadeiros humildes de quem o patronato cordial tanto gostava, capazes de trabalhar bem mais que as oito horas regulamentares por uma miséria? Sim, porque é curioso que ninguém tenha questionado o valor do salário oferecido pelo condomínio da capital cearense. A troca do emprego pela Bolsa-Família só seria vantajosa para os supostos espertalhões, preguiçosos e aproveitadores se o salário oferecido fosse inconstitucional: mais baixo do que metade do mínimo. R$ 200 é o valor máximo a que chega a soma de todos os benefícios do governo para quem tem mais de três filhos, com a condição de mantê-los na escola.

Outra denúncia indignada que corre pela internet é a de que na cidade do interior do Piauí onde vivem os parentes da empregada de algum paulistano, todos os moradores vivem do dinheiro dos programas do governo. Se for verdade, é estarrecedor imaginar do que viviam antes disso. Passava-se fome, na certa, como no assustador Garapa, filme de José Padilha. Passava-se fome todos os dias. Continuam pobres as famílias abaixo da classe C que hoje recebem a bolsa, somada ao dinheirinho de alguma aposentadoria. Só que agora comem. Alguns já conseguem até produzir e vender para outros que também começaram a comprar o que comer. O economista Paul Singer informa que, nas cidades pequenas, essa pouca entrada de dinheiro tem um efeito surpreendente sobre a economia local. A Bolsa-Família, acreditem se quiserem, proporciona as condições de consumo capazes de gerar empregos. O voto da turma da "esmolinha" é político e revela consciência de classe recém-adquirida.

O Brasil mudou nesse ponto. Mas ao contrário do que pensam os indignados da internet, mudou para melhor. Se até pouco tempo alguns empregadores costumavam contratar, por menos de um salário mínimo, pessoas sem alternativa de trabalho e sem consciência de seus direitos, hoje não é tão fácil encontrar quem aceite trabalhar nessas condições. Vale mais tentar a vida a partir da Bolsa-Família, que apesar de modesta, reduziu de 12% para 4,8% a faixa de população em estado de pobreza extrema. Será que o leitor paulistano tem ideia de quanto é preciso ser pobre, para sair dessa faixa por uma diferença de R$ 200? Quando o Estado começa a garantir alguns direitos mínimos à população, esta se politiza e passa a exigir que eles sejam cumpridos. Um amigo chamou esse efeito de "acumulação primitiva de democracia".

Mas parece que o voto dessa gente ainda desperta o argumento de que os brasileiros, como na inesquecível observação de Pelé, não estão preparados para votar. Nem todos, é claro. Depois do segundo turno de 2006, o sociólogo Hélio Jaguaribe escreveu que os 60% de brasileiros que votaram em Lula teriam levado em conta apenas seus próprios interesses, enquanto os outros 40% de supostos eleitores instruídos pensavam nos interesses do País. Jaguaribe só não explicou como foi possível que o Brasil, dirigido pela elite instruída que se preocupava com os interesses de todos, tenha chegado ao terceiro milênio contando com 60% de sua população tão inculta a ponto de seu voto ser desqualificado como pouco republicano.

Agora que os mais pobres conseguiram levantar a cabeça acima da linha da mendicância e da dependência das relações de favor que sempre caracterizaram as políticas locais pelo interior do País, dizem que votar em causa própria não vale. Quando, pela primeira vez, os sem-cidadania conquistaram direitos mínimos que desejam preservar pela via democrática, parte dos cidadãos que se consideram classe A vem a público desqualificar a seriedade de seus votos.

quinta-feira, agosto 05, 2010

Aceleração do crescimento da conversa fiada... e da Pobreza Planetária

A britânica "The Economist", veja vc., está preocupada com o futuro do programa brasileiro de distribuição de renda Bolsa Família enquanto parte da classe média tupininquim não está nem aí... Por que será?

A revista sugere que o Bolsa Família deve se preocupar mais com as favelas de S. Paulo e Rio de Janeiro, que concentram maior número de pobres das metrópoles brasileiras, do que na zona rural do País onde o Bolsa Familia vai indo bem, obrigado.

Sem dúvida, no campo ou na cidade, pobreza é uma praga. Contudo, o que talvez o próximo governo deve fazer além de dar uma acelerada no Bolsa Família em geral é aproveitar a boa maré para botá-lo na vitrine do FOME ZERO MUNDIAL [Lula como embaixador extraordinário junto à delegação brasileira na FAO, por exemplo] para chatear a famosa opinião pública internacional sobre a responsabilidade das economias mais desenvolvidas do mundo.

Já faz tempo que foi proposta a criação da Taxa Tobin para fazer caixa em favor dos pobres do mundo, sem que a ideia evoluisse para o campo da realidade. Durante a eleição presidencial da França, a canditada do Partido Socialista, derrotada por Sarkozy que encarnou o voto contra os imigrantes; levantou a bandeira de um plano Marshall para os países pobres flagelados: evidentemente, os "doadores" condicionariam a "ajuda" a qualquer coisa como um acordo no sentido dos pobres da Terra não atravessarem a zona tórrida Norte-Sul, deixando a zorra do Sul para ir bagunçar o modelito do Norte...

Se a conversa fosse deveras séria, em vez de Marshall, o que os pobres da Terra merecem é de um PLANO MANDELA de abolição do Apartheid Global. Nada a ver com "doações", "ajuda" e empréstimos da Banca BIRD (banco internacional de reconstrução e desenvolvimento)... Na verdade verdadeira, o que é preciso é coragem moral e política para encarar a responsabilidade ética, econômica e socioambiental do desenvolvimento historicamente desigual. Desde Cristóvão Colombo aos nossos dias, quando a ONU oferece o espetáculo do desenvolvimento INSUSTENTÁVEL que se espelha ao raio-X com 80% da renda mundial concentrada em mãos de um 1/5 da população do planeta e no extremo oposto outro 1/5 da humanidade vejeta em miséria contando com menos de 2% (menos de dois por cento!!!) da dita renda.

Ou seja, depois desta, nenhum país rico ou pobre tem lá muita moral para dar lição ao Brasil em matéria de política nacional de distribuição de renda. Mormente a velha imperialista Inglaterra, que tem sido avatar do darwinismo social e neoliberalismo econômico. Pior só os EUA, senhores da guerra e do déficit fiscal, que sempre que podem enfraquecem a ONU em benefício de uma missão auto atribuída de milícia mundial. Em geral, descuidada da política externa, exceto quando afeta os interesses do establishment.

Portanto, Taxa Tobin, plano Marshall para os pobres, Protocolo de Kyoto, Copenhague, etc., nem ouvir falar! Para dar lições aos outros, sempre são os primeiros...

Agora, nosso Bolsa Família vem evoluindo bem lá atrás... cada "artista", mais depressa querendo ser pai da criança; mas vem de berço da esquerda com o "bispo vermelho" Dom Helder Câmara, Betinho e, sem dúvida, o projeto do senador Eduardo Suplicy (PT-PT), bloqueado no Congresso; para um programa nacional de distribuição de renda dando 1 salário-mínimo para cada brasileiro (pobre ou rico, indistintammente)... Simples como um ovo de Colombo: o rico e o remediado, na prática; teria um bônus a mais na DEVOLUÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA (pode-se adivinhar que a mina de isenções e/ou renúncia fiscal teria que ser alterada para satisfazer a esta transferência opcional com títulos da Dívida Pública).

A multidão dos Sem-Renda, nas favelas e nos campos; passaria a ser gente com rendimentos certos, justos e garantidos... Se o Bolsa Família provou sua eficiência como colchão à prova de quedas da BOVESPA, muito mais o desencalhe e aperfeitomento do projeto Suplicy de distribuição de renda terá sucesso em nome da igualdade, dignidade e solidariedade do Povo Brasileiro como exemplo para o mundo inteiro.

Um indicativo para tirar a Taxa Tobin da geladeira da ONU e partir direto para o PLANO MANDELA. Só não vê quem quer ser cego.

Zé Varella sobre a matéria O futuro do Bolsa Família.

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...