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domingo, março 15, 2020

A ponte do lucro


Por Diógenes Brandão

A reforma de um trecho de 268 metros da ponte que atravessa o rio Moju, no Pará, é usada até agora pela farra com o dinheiro público, gasto com a propaganda paga aos veículos de imprensa do estado, que o governador Helder Barbalho usa para mantê-los submissos.

Além de chamar de construção, uma reforma paga pela VALE, empresa responsável pela balsa que a derrubou, a ponte continua sendo usada como uma espécie de atestado de realização por parte do governo, que depois de quase um ano e meio, ainda não entregou nenhuma obra de relevância ao povo paraense. 

Pra piorar, a turma do marketing criou uma Fake News hilária, dizendo que a reforma poderia levar o nome de Helder ao Guiness Book, o livro que registra os recordes mundiais.

Não satisfeitos em gastar dinheiro público de forma irresponsável, pensando apenas em ludibriar a população paraense, a família barbalho, continua gastando nosso dinheiro para exibir a propaganda da ponte "Emendão", termo utilizado pelo jornalista Ronaldo Brasiliense, que lembrou que a ponte no Rio Moju, foi inaugurada por Almir Gabriel, ex-governador do Pará, que  mesmo sob fortes críticas do jornal Diário do Pará e da Tv RBA, assim como as rádios da família Barbalho, construiu um complexo complexo de pontes e estradas que totalizam mais de 74 km de rodovias e 4,5 km de pontes, construídas para integrar a Região Metropolitana de Belém ao interior do estado.

Para a família Barbalho, construir 4 pontes, e rasgar a mata para integrar o Pará, foi um erro. Já para reformar um pedaço, com dinheiro da VALE, é um feito revolucionário.

quarta-feira, agosto 28, 2019

Helder supera Jatene em gastos com propaganda e RBA fica com a maior parte

Em 7 meses, Helder já torrou o que Jatene gastou em um ano e por isso pediu mais 10 milhões para investir em propaganda, onde a maior parte deste dinheiro vai para as empresas de comunicação da sua família.

Por Diógenes Brandão


Em meio à tantas queimadas, o governador Helder Barbalho torrou nos primeiros 07 meses, do primeiro ano do seu primeiro mandato, mais dinheiro que Simão Jatene gastou em todos os 12 meses do último ano do seu mandato de governador.

Quem diria?!

Já no primeiro ano de governo, Helder Barbalho suplementa verba de publicidade em mais 10 milhões de reais.


Isso significa 33%, ou seja, 1/3 a mais dos 30 milhões de reais do orçamento previsto para o ano de 2019. Assim, Helder terá gastos só do orçamento da Secretaria de Comunicação, quando dezembro chegar, um total de 40 milhões de reais. Será um recorde de gastos. 

E tem um fato inusitado: pela primeira vez um governo aumenta os custos de publicidade durante o exercício do ano. 




Nunca antes na história dos governos anteriores, desde quando a Constituição Estadual impôs a condição de aprovar na Alepa qualquer suplementação orçamentária de publicidade, um governador teve a iniciativa de suplementar o valor da verba  com propaganda. 


Nunca é demais lembrar que o grupo de comunicação RBA, da família Barbalho, fez durante os governos tucanos dezenas de reportagens denunciando o que eles chamavam de a “farra da publicidade”, para atacar tanto os governos de Almir Gabriel e, principalmente, de Simão Jatene.

Só que o que era uma “farra” pro grupo político do atual governador, está se transformando agora num grande “pileque”, já que os números mostram que Helder Barbalho, já no primeiro ano de governo, está gastando em propaganda bem mais que o governo tucano.


Uma rápida consulta ao Portal da Transparência demonstra isso bem claramente.


Como exemplo, no ano passado, último ano do governo de Jatene, foi gasto um total de R$ 30.569.022,18. Nos últimos  anos, também no portal, não há registros de se ter chegado ao valor agora pretendido pelo atual governo.


Nunca é demais lembrar que uma considerável parte dessa dinheirama toda vai para os bolsos da família Barbalho, onde o próprio governador Helder Barbalho, juntamente com seu irmão Jader Filho e mais os pais, senador Jader e deputada Elcione, são os proprietários do grupo de comunicação RBA.



As empresas da família do governador são as mais bem contempladas com as mídias do Governo do Estado, fato esse perceptível a olhos nus e ouvidos atentos, já que as rádios, jornal e emissoras de televisão recebem farta mídia governamental. 


A aprovação deste plus na Alepa feita pelas comissões de Finanças e de Orçamento, a partir de um pedido de suplementação orçamentária encaminhado pelo executivo e aprovada por 11, dos 15 votos de membros da comissão, neste terça-feira quando a maioria da população assistia a mídia paraense falar de diversos assuntos, menos desse.

Votaram a favor da suplementação  os deputados Kaveira, Gustavo Sefer, Chicão, Ana Cunha, Heloísa Guimarães, Ozório Juvenil, Júnior Hage, Antônio Tonheiro, Galileu, Chamonzinho e Luth Rebelo.


Contra, somente os deputados Toni Cunha, Thiago Araújo, Fábio Filgueiras e Eliel Faustino.




A informação trazida por Lúcio Flávio Pinto entra para os anais da história do estado do Pará. 


Barbalho governando em causa própria


Mesmo tendo anunciado que por orientação médica, ele reduziria a escrita - seu maior talento e por ele reconhecido no mundo - Lúcio Flávio Pinto não se conteve e opinou sobre a "queima de dinheiro", em seu blog,  a matéria Dinheiro bumerangue, onde destaco o seguinte trecho:

"Parte considerável dessa verba tem sido destinada aos veículos de comunicação, do grupo RBA, dos quais o governador é um dos donos. Como seu pai, o senador Jader Barbalho, o governador criticou muito o uso da publicidade oficial como instrumento político e de interesse pessoal, quando Simão Jatene concentrava a verba com o grupo Liberal, que há muitos anos combatia a família Barbalho. 

A partir de 2017, com o afastamento de Rômulo Maiorana Jr. do cargo de principal executivo do grupo Liberal, no exercício do qual atrelou a corporação ao PSDB e hostilizava os rivais e inimigos, o jornal O Liberal passou a receber o mesmo valor destinado ao Diário do Pará e passou a apoiar os Barbalho" finaliza a matéria de Lúcio Flávio Pinto, que o blog AS FALAS DA PÓLIS não poderia deixar dizer, que faz questão de acompanhar.


terça-feira, maio 21, 2019

Concurso da PM não aumenta a tropa, como disse governador




Em solenidade realizada no dia 22 de abril de 2019, no Comando-Geral da Policia Militar, o jovem governador Helder Barbalho, o "midiático" , ratificou a abertura de Concurso Público para a PMPA, com previsão para o 2º semestre deste ano e oferta de 7.000 vagas, entre praças e oficiais.  

Disse o governador, conforme matéria publicada no jornal Diário do Pará, de propriedade de sua família, de 23/04/2019, página A4, que "o objetivo é iniciar a correção do déficit de PMs, que hoje chega a quase 50%".

Leia:


  

Afirma HB que "atualmente existem 16 mil homens e mulheres atuando na PM, quando este número deveria ser de 31 mil".  

Até aí, tudo bem. 

De se louvar a iniciativa do jovem Governador Helder Barbalho em, pretensamente, aumentar o efetivo da PMPA em quase 44%. 

Passaria de 16.000 para 23.000 PMs.  

Porém, e como sempre tem um porém, a Presidente da Associação dos Cabos e Praças da Polícia Militar e Bombeiros do Pará, em entrevista concedida ao Bom Dia Pará (BDP), na sexta-feira, 17/05/2019, disse que o efetivo da PMPA é da ordem de 16.000 policiais militares e que 40% está com tempo para aposentadoria ou a completar ainda este ano. 

Ou seja, 6.400 pessoas vão pendurar as chuteiras.  

Cai por terra, assim, mais uma propaganda enganosa do jovem governador, aliás, amplamente explorada (e comercializada) nos vários veículos do Grupo de Comunicação de que ele é um dos donos.  

E agora, governador?? 

E ainda tem a questão orçamentária, pois o ingresso de 7.000 novos praças elevará a Folha de Pagamentos da PMPA em: R$2.921,90 X 7.000 = R$20.453.300 X 13 = R$265.892.900/ano, sem os encargos sociais.

quinta-feira, maio 02, 2019

Sem cumprir promessas, Helder ignora concursos e segue contratando temporários



Por Diógenes Brandão

Um levantamento inédito realizado com exclusividade pelo blog AS FALAS DA PÓLIS, conforme atos administrativos publicados e disponíveis no Diário Oficial do Estado, revelam que o governador Helder Barbalho prometeu uma coisa e fez outra totalmente ao contrário. 

Vejamos:

No dia 03 de Janeiro deste ano, logo após tomar posse, o governador lançou o Decreto nº 1, de 02/01/2019 (DOE/PA de 03/01/2019, página 5), determinando, entre outras medidas, a redução de 20% de todos os contratos de temporários e o corte orçamentário de 20% do pagamento de servidores públicos ocupantes de cargos em comissão. 

Clique para ampliar e veja o decreto publicado no Diário Oficial do Estado:




Pelo que se vê, a determinação era enxugar a máquina, economizando dinheiro público com demissões e cortes orçamentários.

Ocorre que, cinco dias depois, no dia 08 do mesmo mês, o jornal da família Barbalho anunciou em sua manchete, uma chamada radical, que reforçava o esforço da propaganda política que guia o midiático governador: A exoneração de 2.500 DAS.




Como se pode ler abaixo, na matéria interna do jornal Diário do Pará, que anunciava até mesmo antes dos meios de comunicação oficiais do governo do Estado, a propaganda do governo tinha uma meta ousada: A economia de R$ 52 milhōes/ano


Acontece que um monitoramento realizado pelo blog AS FALAS DA PÓLIS, nestes quatro (04) meses de governo, revela que nada disso aconteceu. Muito pelo contrário, o governador demitiu 2551, mas contratou outros 2.839.

Veja o números coletados do Diário Oficial do Estado:
















Perceba que as 2.551 exonerações realizadas no mês de Janeiro, foram todas repostas com 2.839 novos DAS. 

Ou seja, a promessa  da propaganda oficial do governo de Helder Barbalho, de economizar R$52 milhões foi pro ralo.

Todos os cargos dos servidores comissionados contratados pelo governo de Simão Jatene e que foram foram exonerados por Helder Barbalho, foram preenchidos por novos assessores de sua confiança, agora escolhidos pelo novo governo e seus apadrinhados. 

Ou seja, Helder prometeu enxugar a folha de pagamento do Estado e não fez nada disso. Pior: repetiu a velha política de fazer do governo, um cabide de emprego para seu partido e demais aliados.

Isso sem contar com os contratos de servidores temporários que estão entrando via nove (09) Processo Seletivos Simplificados (PSS) realizados neste período: 

SUSIPE (343 vagas)
GASPAR VIANA (2 PSS, 110 e 68 vagas, total de 178) 
UEPA (2 PSS, 66 vagas + CR para professor)
FASEPA (117 vagas) 
RENATO CHAVES (71 vagas) 
SEAD (14 vagas para médicos)
SESPA (106 vagas), 

TOTAL: 895 novos contratos temporários. 

Enquanto isso, nenhum concurso público prometido em seu Plano de Governo, foi sequer anunciado e milhões de paraenses aguardam que Helder Barbalho, não faça como fez em Ananindeua, quando foi prefeito por 08 anos e só realizou dois (02) concursos públicos.


quarta-feira, junho 20, 2018

Campanha eleitoral antecipada na Internet, o que pode fazer?


Por Diógenes Brandão

A pré-campanha eleitoral deste ano tem sido repleta de dúvidas e incertezas, as quais eu venho buscando respostas e superações e por isso, resolvi dividir com os leitores do blog AS FALAS DA PÓLIS, o que tenho avaliado ser a síntese do que tenho lido, conversado com especialistas em direito eleitoral, assim como com os profissionais do marketing digital e do webmarketing eleitoral, neste período em que estou tocando os projetos e consultorias através do Comitê Digital Pará, empresa pioneira neste ramo e que se prepara para mais um processo eleitoral desafiador.

O que pode ser feito durante a pré-campanha? O que é considerado propaganda eleitoral antecipada na Internet? Como usar as Redes Sociais? Posso fazer o impulsionamento das postagens? 

Essas e diversas outras perguntas são feitas a mim diariamente, tanto por clientes, como por colegas que atuam na assessoria de comunicação de mandatos, ou na coordenação de campanhas, muitas delas ainda em fase de organização.

Não é preciso ir muito a fundo para concluir que o uso de redes sociais nas eleições de 2018 ainda gera muita dúvida na maioria dos profissionais que nela atuarão.  

Entre as novidades das eleições 2018, certamente, a regulamentação do uso de ferramentas digitais para a comunicação junto ao eleitor é uma delas. Segundo Marcelo Vitorino, especialista e professor de marketing político digital, “a grande diferença nesta eleição é a possibilidade de impulsionamento de conteúdo, isto é, será possível para o candidato comprar mídia digital”.  

Mas essa novidade pode resultar em algumas armadilhas para as campanhas eleitorais que se aventurarem por esse caminho sem o devido cuidado. É preciso conhecimento jurídico e técnico para realizar uma campanha digital com bons resultados e sem multas e problemas jurídicos, como a cassação da candidatura pelo Tribunal Regional Eleitoral ou pelo Ministério Público Eleitoral.

Por um lado, se as equipes dos pré-candidatos não compreendem os conceitos de mídia utilizados pela legislação e as limitações impostas, o resultado pode ser a impugnação do candidato que inflingir alguma lei ou regulamentação vigente. De outro lado, se a equipe não tem conhecimento técnico para utilizar as inúmeras ferramentas que a mídia e as redes sociais oferecem, o dinheiro investido vai ser jogado fora.

Marqueteiros buscam especialização 

Atuando em campanhas eleitorais há mais de 20 anos, o jornalista paranaense Regis Rieger, buscou nos últimos anos especializar-se no marketing político digital. Para ele, “a lógica da comunicação digital difere do que nós, jornalistas do off-line. Os cursos de marketing digital mudaram a minha forma de fazer a comunicação”.  

Ana Lúcia Dias, estudante de publicidade, também optou por expandir o mercado investindo em cursos de comunicação política. Para ela com a regulamentação no uso da internet para impulsionamento de anúncios, um novo mercado surge. “Quero aproveitar que hoje tem poucos profissionais da publicidade digital atuando nas campanhas. Tem muito jornalista, publicitários ainda são poucos”, explica.

No vídeo abaixo, a especialista em Direito Eleitoral Karina Kufa explica como ninguém fez até hoje, tudo sobre as novas regras do TSE e o seu impacto nas campanhas eleitorais feitas na Internet. 

quinta-feira, outubro 12, 2017

As famílias de bem na propaganda nazifascista



Por Rômulo Martins

Há uma cena emblemática, no filme Billy Jack, que eu gosto muito. Embora seja um filme de 1971, ele diz muito da intolerância, dos preconceitos e discurso de ódio, reproduzidos pelas massas mal informadas. A cena se passa num tribunal, onde, chamada para depor, uma criança profere um discurso contra o comunismo, o marxismo, o anarquismo, as práticas subversivas; exalta deus, a família, a ordem, a moral e os bons costumes; passando a ser aplaudida e ovacionada; o próprio juiz que preside o tribunal a aplaude. Ela então os interrompe, e questiona_ "...vocês sabem quem proferiu essas "belas' palavras". Diga-nos adorável criança_ exclamou a plateia. Ela respondeu _ Adolf Hitler! Passando então a ser hostilizada pela maioria presente.  

A propaganda é a alma do nazifascismo, o seu sucesso dependente de uma massa amorfa, vazia, que absorve acriticamente tudo que lhe é repetido. Quando posto reflexões, análises, críticas, sugestões e alternativas utópicas ao descaminhos que se apresentam à civilização ocidental; não o faço pensando que vamos mudar o mundo a partir de publicações, compartilhamentos e comentários na rede mundial de computadores; mas como uma pequena colaboração à contra propaganda.

sexta-feira, fevereiro 10, 2017

Belém recebe sinalização de todas as ruas, relógios e medidores de temperatura. Tudo sem custos para a prefeitura


A prefeitura de Belém vem implementando um projeto, que além de modernizar a cidade, ajuda turistas, motoristas e pedestres a se localizarem, saberem as horas e a temperatura pelas ruas de Belém. Iniciada na metade do ano passado, a iniciativa vem mudando a cara da capital paraense, com novas placas de identificação em todas as ruas da grande Belém e dos distritos de Icoaraci, Outeiro e Mosqueiro.

O projeto traz a instalação de totens publicitários e relógios eletrônicos, deixando a cidade mais bonita, além de ajudar no turismo e melhorar a mobilidade de motoristas e pedestres que passam a se locomover com mais facilidade pelas ruas da capital paraense.


“Uma das coisas que mais empolga o cidadão de uma cidade como Belém é ele saber que a prefeitura não vai gastar nenhum centavo com o projeto e a manutenção que é garantida pelos nossos anunciantes, disse ao blog o representante comercial da MC mensagens, empresa responsável pelo projeto de Mobiliário Urbano, que além de Belém já foi implantado em outras capitais, como Fortaleza (CE), Aracajú (SE), Natal (RN), Teresina (PI) e São Luiz (MA).

O projeto é importante para Belém porque nunca teve algo parecido e vai padronizar a cidade trazendo nome das ruas, CEP e bairro. Elaboramos o processo de licitação e a Prefeitura de Belém não fará nenhum pagamento com o contratado. Pelo contrário, vamos receber R$ 105 mil para o Tesouro Municipal, por meio de outorga, a partir da contratação”, afirmou o Secretário de Urbanismo de Belém, Adnaldo Sousa de Oliveira.


A manutenção de todas as placas, totens publicitários e dos relógios eletrônicos é garantida pela empresa ao longo de 10 anos, podendo o contrato ser renovado por mais 10”, explicou o secretário.

quarta-feira, janeiro 18, 2017

A importância do diagnóstico situacional no planejamento da comunicação para as prefeituras

"Quem não se comunica, se trumbica!". Palavras eternizadas pelo grande comunicador, Chacrinha, ainda hoje servem para gestões públicas e empresas.

Por Diógenes Brandão

Recentemente fui convidado a elaborar dois Planos de Comunicação e Marketing para duas prefeituras de municípios paraenses, sendo uma da região do Marajó e outra da região da Transamazônica. Com particularidades e diferenças gritantes, as duas gestões também vivem realidades políticas e eleitorais distintas, sendo que na primeira o prefeito foi reeleito e na outra o prefeito está assumindo pela primeira vez um cargo público. 

Na primeira observação feita aos dois prefeitos, expliquei a necessidade de realizarmos um Diagnóstico Situacional, o que foi logo compreendido e partimos então para o seu detalhamento, onde justifiquei que precisávamos prioritariamente entender o que os servidores públicos, fornecedores e a população esperam do reinício da gestão. Sim, reinicio, pois mesmo no caso de um prefeito reeleito, um novo mandato é, e deveria ser compreendido sempre, como um novo governo. 

O que é o Diagnóstico Situacional?

No Diagnóstico Situacional Interno avaliamos o que pensam os fornecedores e funcionários dos diversos órgãos da prefeitura, em relação ao novo governo. No externo,  colhemos informações do que pensa e qual a expectativa da população em relação à nova gestão. 

Tanto no interno, quanto no externo, o diagnóstico é encontrado através do cruzamento e da análise dos dados coletados através de questionários, onde buscamos traçar o perfil dos fornecedores e servidores do município, bem como seu pensamento sobre as demandas da população. 

Com a população, aplica-se também um questionário com uma amostra representativa do universo populacional do município, onde aferem-se as principais demandas, isto é, o que é prioritário para a cidade. Além disso, medidos o tamanho da expectativa da população em relação ao novo prefeito e sua administração: Se vai ser uma administração boa/excelente, regular, ruim/péssima. Nesse diagnóstico trabalhamos outras variáveis que indicam os rumos para o prefeito produzir um excelente planejamento de gestão.

No caso do prefeito reeleito, a situação fiscal e econômica do município já é do conhecimento do gestor e sua equipe, mas nem sempre é bem comunicada para os servidores e a população. Por mais que haja continuidade política, nem sempre os mandatários se percebem da quantidade de insatisfeitos com o seu governo. 

Quem não se comunica, se trumbica!

Hoje, o noticiário da imprensa registra municípios que não pagaram o 13º salário dos servidores municipais, com prefeitos que não fizeram a devida transição administrativa e uma série de denúncias pipocam sem o devido trato por parte de quem saiu e de quem está chegando ao poder.

Uma das coisas que habita o mundo da incerteza dos novos gestores é o que fazer com a falta de informações da gestão anterior. Inúmeras matérias jornalísticas revelam o sumiço de documentos e uma série de informações antes contidas em arquivos e computadores das prefeituras. Muitos outros somem com objetos, peças de veículos e outros bens que fazem parte do inventário patrimonial dos municípios. Isso geralmente não é divulgado pelos gestores, que muitas vezes preferem abrir processos administrativos e no máximo, auditorias internas e raramente as submetem ao Ministério Público para as devidas apurações.

Estes danos ao erário geram uma descontinuidade em programas e projetos que utilizaram recursos públicos para serem iniciados e o recomeço do zero, traz prejuízos que são vistos como naturais. Os novos gestores devem primar pelo que recebem, mas deveriam também registrar em que estado estes bens públicos e a situação fiscal, econômica e patrimonial estão, no ato de recebimento das chaves da prefeitura pelo seu antecessor.

Em relação aos que deixam o cargo para seus sucessores, além de aderirem ao processo de transição democrática e republicana, abrindo arquivos com a devida transparência e mostrando a real situação do município, estes prefeitos e suas equipes de governo deveriam também registrar e criar cópias de todos os processos de sua gestão, criando um site ou blog para difusão do que foi feito, já que podem ser injustamente acusados de não terem feito nada, ou até mesmo de terem feito algo errado, ilegal ou imoralmente falando.

Lembro que foi isso que fez a ex-governadora Ana Júlia em 2011, tão logo deixou o governo do estado do Pará.

Bombardeada por uma máquina institucional bancada com dinheiro público, o jornalista Ney Messias foi nomeado secretário de comunicação do governo de Simão Jatene. Recém eleito à época, o governador manteve-se no palanque eleitoral, mesmo depois de sua vitória e deflagrou uma campanha de "queimação" do nome de sua antecessora, numa clara medida de sangrá-la politicamente e diminuir sua popularidade, já que ela obteve 44,26% dos votos válidos, na disputa em que foi com Jatene para o segundo turno.

O plano era claro: Era preciso desidratar Ana Júlia perante a opinião pública e ao mesmo tempo jogar para suas costas a inoperância dos primeiros meses do governo Simão Jatene, como de fato aconteceu.

Como estratégia deste plano que deixaria Maquiável de queixo caído, Ney Messias comandou por dentro da Secretaria de Comunicação do Estado, um forte aparato de comunicação e marketing, criando um site denominado "Diagnóstico Pará" (hoje desativado), onde difundia fotos, vídeos e textos pseudo-jornalísticos, até o mato que crescia em frente aos órgãos públicos, vassouras e lâmpadas  quebradas nos almoxarifados das secretarias estaduais, entre outros detalhes que tinham como objetivo desqualificar o legado positivo do governo anterior.

Já fora do cargo, sem os assessores de outrora e com poucos recursos pessoais, Ana Júlia me contratou para reunir as principais informações de seu governo e com uma pequena equipe, arquitetamos um site (http://governopopularpa.com.br/), onde até hoje a ex-governadora indica para mostrar o que fez, enquanto esteve no cargo máximo do estado do Pará.

Com dados precisos sobre os repasses recebidos e aplicados nas áreas estratégicas e em cada município, o site foi estruturado com uma moderna interface, que facilita a navegação e o acesso às informações de recursos repassados e aplicados nos quatros ano em que Ana Júlia foi governadora do Pará.

Planejada de forma racional e com baixo custo operacional, a estratégia comunicacional utilizada neste caso foi uma pá de cal sobre as mentiras e ilações que eram distribuídas pela internet, principalmente nas redes sociais.

quinta-feira, outubro 27, 2016

Juiz determina suspensão de propagandas de Zenaldo Coutinho


Via Diário Online.
Uma decisão liminar da Justiça Eleitoral em favor do candidato Edmilson Rodrigues e da coligação Juntos pela Mudança determinou que o candidato Zenaldo Coutinho suspenda a veiculação de propagandas eleitorais que utilizem a imagem do Governo do Estado do Pará, em especial, a do cheque moradia no horário eleitoral gratuito.
De acordo com a decisão, proferida pelo juiz da 97ª Zona Eleitoral, Antônio Cláudio Von Lohrmann Cruz, se a coligação de Zenaldo Coutinho descumprir a liminar, deverá pagar multa única no valor de R$ 200 mil para o caso de descumprimento, a partir da notificação.
Além disso, o juiz requisitou que o Secretário Municipal de Habilitação de Belém uma “relação com os nomes dos beneficiários do programa Viver Belém - Cheque Moradia, com os valores liberados, empenhados, com citação da fonte de recursos públicos”.
AÇÃO
Segundo os autos da ação de investigação judicial eleitoral, há diversas provas de que o candidato à reeleição para prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho, está se utilizando de ações do Governo do Estado do Pará, considerando que o Governador também é do PSDB, para promover a gestão municipal.
No processo, são citados os casos dos programas eleitorais dos dias 20 de outubro (noturno), 22 de outubro (noturno) e 23 de outubro (vespertino), que anunciaram parcerias com o Governo do Estado como o Ginásio de Esportes, recém inaugurado (Mangueirinho), cheque-moradia; a macrodrenagem na bacia do Tucunduba e o prolongamento da avenida João Paulo II.
De acordo com o magistrado, “o problema está em que o Mangueirinho já está concluído há muito tempo e foi inaugurado às vésperas do pleito como forma de beneficiar o candidato Zenaldo Coutinho, violando o princípio da igualdade entre os competidores”.
O juiz entende que “é evidente que o uso da marca pelo Governo do Estado tem o condão de identificar a atual gestão municipal, realizando, assim, uma propaganda institucional em período vedado por lei e visa beneficiar o candidato Zenaldo Coutinho, ‘colando’ sua imagem nas realizações daquele ente estadual”.

quinta-feira, dezembro 31, 2015

Por um ano cheio de vitórias!



Um agência de comunicação digital que sabe como expressar a ansiedade pela campanha eleitoral, que já começa a partir de amanhã. 

Vem aí um ano de fortes emoções! Você já está preparado

sexta-feira, julho 03, 2015

É grave: Eduardo Cunha age no Brasil, como Hitler na Alemanha


Por Sergio Amadeu da Silveira*, em seu Facebook.

Não é verdade que Eduardo Cunha representa a maioria da população. Ele representa um estado de manipulação e de disseminação do ódio. 

Em 19 de agosto de 1934, Adolf Hitler obteve 89,9% do eleitorado alemão em um plebiscito que confirmou a concentração do poder de Estado em suas mãos. Hitler se autointitulou Führer, líder em português. 

Hitler propunha saídas baseadas no ódio e no preconceito. Arregimentou um punhado de pequenas mentiras ditas há muito tempo nos lugarejos da Alemanha. Arregimentou os recalcados, os invejosos e foi financiado pelas grandes corporações. 

Hitler dizia que um dos maiores problemas da Alemanha era sua submissão aos judeus. Assim, era fácil persegui-los e explicar que aquilo que não ia bem era por culpa dos comunistas e dos judeus. 

Hitler perseguia homossexuais e deficientes físicos. Eles eram um estorvo para a raça pura. Pois bem, as explicações de Hitler e sua proposta de eliminar os inimigos do bem pela violência gerou um dos maiores crimes contra a humanidade. Hitler e seu propagandista Joseph Goebbels, calavam os descontentes e faziam propaganda baseada nas então novas técnicas de manipulação de massas. 

Para aqueles que dizem que o povo brasileiro apóia a redução da maioridade penal, digo que esta tese não resistiria a um conjunto de debates e a uma campanha séria de esclarecimento. Exatamente por isso, Eduardo Cunha corre. Tem pressa. Quer se mostrar um sub-Führer do Brasil.

Na tramitação do Marco Civil, Eduardo Cunha alegou que a neutralidade da rede seria contra a inclusão digital dos pobres. Veja você, Cunha lobista das empresas de telecom, se dizendo preocupado com os pobres. O cinismo é sua estratégia política. 

Dizia que os pobres só querem a web e o email. Quando mostramos as pesquisas do CGI de uso da Internet no país ele mudou de argumento, como se nunca tivesse falado os absurdos que falou. 

O Führer é um espertalhão. Com a cobertura do Judiciário continuará livre do processo da Petrobras. Sérgio Moro não está preocupado com Cunha. A missão de Moro é acabar com o PT. Justiça é outra coisa.

A manipulação dos fatos, a explicação simplista e o exagero apresentado pelos programas estilo Datena levam boa parte da população a acreditar em absurdos como a redução da maioridade penal. Explorando o desespero e o medo das pessoas humildes, Eduardo Cunha, Reginaldo Azevedo, Bolsonaro e Malafaia destilam preconceitos como se o ódio e a vingança pudessem organizar uma sociedade de paz e desenvolvimento.

Dizem que a maioria do povo os apóia. Este argumento é falacioso. Vamos debater racionalmente, sem agressões verbais, sem mentiras, a realidade do crime no Brasil. Se tivéssemos um programa como Datena tem o seu, todos os dias, o cenário seria outro. Se ao invés da manipulação praticada por Willian Bonner tivessemos jornalismo de fato e de contexto, boa parte da desinformação sistematicamente praticada pelas elites seria desmascarada.

Por fim, considero que o que está ocorrendo, hoje, no Congresso sirva de lição para todos nós que deixamos as bobagens e os preconceitos serem ditos sem nossa reação e sem nosso esclarecimento imediato. 

Vamos nos lembrar que atos de ignorância e preconceito foram responsáveis pelo Apartheid, pela morte do gênio da computação Alan Turing, entre outros absurdos. Não vamos esquecer que agora o subFührer vai querer mais retrocesso. 

É hora de mostrar que o cinismo não vencerá a razão.

*Sergio Amadeu da Silveira Sérgio Amadeu da Silveira é graduado em Ciências Sociais (1989), mestre (2000) e doutor em Ciência Política pela Universidade de São Paulo (2005). É professor adjunto da Universidade Federal do ABC (UFABC). Integra o Comitê Científico Deliberativo da Associação Brasileira de Pesquisadores em Cibercultura (ABCiber). Consultor de Comunicação e Tecnologia. Foi professor do Programa de Mestrado da Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero (2006-2009). Presidiu o Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (2003-2005). Integrou o Comitê Gestor da Internet no Brasil (2003-2005 e 2011-2013). Pesquisa as relações entre comunicação e tecnologia, sociedades de controle e privacidade, práticas colaborativas na Internet e a teoria da propriedade dos bens imateriais. Autor dos livros: Exclusão Digital: a miséria na era da informação e Software Livre: a luta pela Liberdade do conhecimento. Desenvolve trabalhos nos seguintes temas: exclusão digital, tecnologia da informação e comunicação, sociedade da informação, economia informacional, cidadania digital e Internet. É parecerista AD-HOC da FAPESP-SP.



segunda-feira, maio 25, 2015

A situação da greve da educação no Pará e as eleições no SINTEPP

Material publicitário do SINTEPP mistura convocação para assembleia grevista e eleições do sindicato.


Consultas e diálogos com lideranças do movimento sindical, nos fazem acreditar que as eleições do SINTEPP, previstas para esta semana, deverão entrar para a história deste importante sindicato, como a de menor participação de sua base: os educadores paraenses. 

A possível ausência destes eleitores perante às urnas é nítida nas campanhas das quatro (04) chapas que disputam este pleito, marcado por atropelos entre os concorrentes e um prejuízo enorme nos contra-cheques dos professores grevistas, descontados pelos dias de paralisação. 


Há quem diga que por conta da inabilidade política, tanto de representantes do governo, quanto dos líderes sindicais, esta é outra greve que frusta os sonhos de uma educação já degradante, onde os maiores prejudicados nesta guerra entre sindicato e governo são os 700 mil estudantes da rede pública e os milhares de educadores e educadoras. 

Com diversas derrotas nos tribunais paraenses, o sindicato pode entrar em uma crise financeira semelhante ou pior do que a que atravessa os seus associados, se nesta terça-feira (25), o julgamento dos recursos contras os descontos dos dias parados forem rejeitados pelo Tribunal de Justiça do Estado, que já havia dado ganho de causa para o governo e autorizado o desconto.


Para piorar, as multas processuais por desobediência às decisões judiciais podem recair sobre a futura gestão, que provavelmente se manterá nas mãos de grupelhos ligados majoritamente ao PSOL, que há décadas hegemonizam e controlam o SINTEPP.

O descrédito de certas lideranças do movimento sindical é um sintoma do quanto o discurso precisa se ajustar à prática e o sindicato precisa deixar de ser pautado como instrumento partidário e mero trampolim eleitoral. Muitos educadores reclamam dos recursos de comunicação e das peças publicitárias que o sindicato utiliza, dizendo que são amadoras e que estranham que o maior sindicato do Estado do Pará e um dos que mais arrecadam com a contribuição sindical dos seus associados, não possa investir em uma comunicação profissional, o que se torna vital para a "guerra" que trava com o governo. (Veja a última convocatória para a categoria aqui).


De fato, raramente o SINTEPP utiliza-se dos veículos de comunicação de massa como outdoors, anúncios publicitários nas emissoras de rádios e TVs e até mesmo com suas ações panfletárias nas redes sociais, são limitadas e quase inócuas, atingindo um percentual muito pequeno de sua própria base. "É preciso se comunicar com a sociedade como um todo e de forma eficiente", declara uma fonte do blog que prefere não ser identificada.


Talvez por isso, o governo tenha conseguido convencer muitos trabalhadores a voltarem às salas de aula e abandonarem a greve, sem falar da sociedade que acaba sendo levada a acreditar que a SEDUC e Simão Jatene estão fazendo sua parte e que o sindicato é que é intransigente e se nega a negociar dentro da racionalidade. Para isso, Orly Bezerra, marqueteiro do PSBD é um verdadeiro ilusionista.

Não que seja ilegal, mas as causas da classe trabalhadora não podem ser subjugadas pelos interesses de grupelhos que só vivem disso (militância partidária e sindical), enquanto uma categoria inteira agoniza com perdas salariais, péssimas condições de trabalho e uma representação política que não faz jus aos anseios e necessidades de defesa dos direitos dos trabalhadores da educação pública do Estado do Pará.


quinta-feira, março 19, 2015

Depois de mentir novamente, governo enfrenta novos protestos


Melhor é o pobre que anda na sua integridade do que o perverso de lábios e tolo. Provérbios, 19:1.
O governo do Estado do Pará é bom de papo e pra isso paga uma fortuna para seu marketeiro, o melhor do Pará em enrolação e 171, o publicitário Orly Bezerra, aquele que fez o Pará continuar inteiro e repleto de desigualdades e problemas, entre eles a falta de Defensor Público em Altamira, o maior município do Brasil e o 5º maior do mundo, mas que mesmo assim Simão Jatene disse que não sabia da absurda carência. 

"Claro, Jatene é um preguiçoso", repetiria o ex-governador Almir Gabriel, responsável pela 1ª eleição de Jatene, depois de Jader Barbalho que o pôs no mundo (da política).

Simão Jatene é daqueles labiadores que não tem jeito. Disse que era o melhor para o Pará, pois a família que lhe acolheu e o fez crescer profissional e políticamente, foi a mesma que ele disse que com sua empresa de comunicação havia manipulado a campanha eleitoral de 2014, e nesse período quente da política paraense, disparou em um debate contra seu adversário: Eu não aceito a audácia dos canalhas.

Com a história contada, volto ao assunto do título do post para informar que hoje, 19/03, a educação pública do estado do Pará pára, mas não cruza os braços. 

Servidores públicos de todos os municípios, inclusive os da UEPA vai pras ruas denunciar a situação insustentável em que se encontram. 

Nada impedirá que professores, técnicos de educação, gestores e equipe de técnicos e auxiliares que trabalham nas escolas e campus paraenses, estejam amanhã nas ruas, em mais uma manifestação contra as negativas de investir na educação, tal como prometeu novamente em sua campanha de reeleição.


A denúncia de uma ata mentirosa que a SEDUC tentou na malandragem enfiar no SINTEPP, que misteriosamente pega leve como o mesmo, só piorou as coisas.

A presepada teria sido obra de sua equipe na SEDUC, que deu agora de falsificar os documentos da última reunião que teve com o sindicato da categoria, afim de se proteger posteriormente na justiça, para onde geralmente leva as negociações e apela para a ilegalidade das greves. A tática às vezes funciona, pois a justiça paraense, como dizem alguns evangélicos, é uma benção!

Que feio, governador! Logo o senhor que vive falando de ética!

Por sua vez, os servidores da educação universitária, também estarão no ato e marcha de paralização, convocada pelo sindicato e em um manifesto contundente denunciam o estado caótico em que se encontra a educação pública dos universitários da Universidade Estadual do Pará. Uma vergonha!, diria o Boris Casoy. 


MANIFESTO DOS COORDENADORES DOS CAMPI DO INTERIOR - UEPA

Belém, 17 de março de 2015.

À sociedade paraense,

A proposta de fazer este Manifesto nasceu da perspectiva de trazer à tona as mazelas estruturais que tanto afligem os campi universitários da Universidade do Estado do Pará (UEPA) no interior. Hoje, já não nos mantemos, apenas sobrevivemos. Sobrevivência vil, pois não conseguimos obter do governo do estado do Pará a atenção que a educação realmente merece.

quarta-feira, dezembro 17, 2014

A desonestidade da mídia ao falar sobre blogs e publicidade estatal

Entrevista de Lula a blogueiros gerou série de ataques da mídia aos blogs.

Por Pedro Muxfeldt, no Trocando Ideia

A luta que a grande imprensa trava contra blogs e outros portais que não rezam sua cartilha neoliberal e conservadora ganhou mais um capítulo na madrugada desta quinta. Após decisão do STF que obrigou o governo a revelar todos os seus gastos com publicidade nos últimos anos, o jornalista Fernando Rodrigues, do UOL, publicou uma série de matérias em seu blog apresentando e questionando algumas cifras do governo federal em propaganda em 2013. 

E o alvo principal do jornalista, é claro, foram os 'blogs sujos' - como a mídia passou a chamá-los após entrevista do ex-presidente Lula a alguns blogueiros no início do ano. Na imagem que segue abaixo, compartilhada por Fernando, as páginas Conversa Afiada, GGN, Carta Maior, Opera Mundi, Brasil de Fato, Brasil 247 e Fórum têm destrinchados os seus valores de publicidade estatal federal revelados e sua audiência.

Aí começa a desonestidade do jornalista. Na imagem, ele apresenta a audiência do mês de dezembro das páginas, que por causa das festas de fim de ano costuma ser um período de baixa em qualquer portal da internet, e a compara com o ganho anual em publicidade que elas tiveram. A tática seria burra se não fosse canalha.

Se dividirmos por 12 a verba obtida pelas páginas, fica mais claro o quanto elas lucraram de verdade. A revista Fórum, por exemplo, recebeu, em média, R$ 4.800 por mês, quase nada para sustentar uma redação. Dono do maior ganho, o Brasil 247, teve cerca de R$ 90 mil por mês para tocar sua estrutura.

Jornalista comparou audiência mensal com ganho anual. Clique na imagem para ler a matéria.

Estes e os demais casos são para Fernando a mostra da farra com dinheiro público feito pelas estatais. Por debaixo dos panos, ele quer também provar que estas páginas defendem o governo federal apenas porque são bancadas por ele.

O que ele se "esquece" é de colocar sua lupa sobre os gastos do governo na mídia tradicional. Aí mora a verdadeira farra. Apesar do crescimento indiscutível da internet no Brasil, o governo segue investindo muito mais em todos os outros meios (TV, jornal, rádio e revista).

E mesmo com a queda vertiginosa de audiência destas plataformas, vide as demissões em massa em redações de jornal em 2014 e o fechamento de muitas revistas do grupo Abril, que deveria pressupor reduções dos investimentos, Fernando Rodrigues se nega a questionar os gastos estatais nestes meios porque sabe que são eles que ainda mantêm Globos, Vejas e Folhas de pé.

Se a torneira que despeja milhões (ou bilhões) de dinheiro público for fechada, a farra que vai acabar é a dos grandes grupos. Para manter seu quinhão intacto e evitar o fim de festa melancólico, essas empresas, hoje representadas por Rodrigues, atacam como podem os pequenos blogs que, tão legitimamente quanto as grandes empresas, recebem dinheiro estatal e têm incomodado sobremaneira o monopólio da informação que a mídia tanto preza.

quarta-feira, novembro 27, 2013

Tucanos adoram o Pravda

Por Jorge Amorim, na Ilharga

Fiquei estarrecido hoje pela manhã ao sintonizar na Rádio Cultura do Pará e tentar ouvir o noticiário das 8hs. Não consegui aturar quinze minutos, dado o conteúdo estritamente oficioso, sem qualquer retoque. Não mudam sequer a linguagem de release e a dinâmica da propaganda, ressaltando os propósitos das ações governamentais, seguidas de uma entrevista para persuadir a respeito do bom andamento dessas ações. No caso, falavam da greve dos policiais civis com ênfase na eficiência(?) da direção da SEGUP em manter as delegacias funcionando, independente do movimento paredista.

Lembro de quando o então petista Edmilson Rodrigues era prefeito de Belém e os tucanos Almir Gabriel, depois Simão Jatene, governadores do estado. Todo dia 12 de janeiro, para falar do aniversário de Belém e dos desafios que enfrentava era chamado o secretário estadual de cultura, o inefável Paulo 'Lenço Branco', que deitava falação a respeito de projetos megalômanos que arrotava, como se fosse essa a plataforma de governo tucano, temperada com críticas covardes a quem não era dado o direito de defesa.

É bem o retrato da visão liberal do que seja o pluralismo da informação, em que tudo é válido desde que passe pelo filtro ideológico dos parâmetros impostos pela classe dominante. E isto vale tanto para o sofisticado sistema estadunidense, que boicota a divulgação em seu território daquilo que questiona, por exemplo, seu cipoal de medidas anti-crise, vide a repressão violenta contra os integrantes do movimento "Ocuppy"; quanto para o chinfrim sistema tucano, que promove aberrações dessa natureza e persegue jornalistas que não rezam por sua cartilha, como ocorre na Fundação 'Padre Anchieta', mantenedora da Rede Cultura de São Paulo, outro veículo custeado com dinheiro público e usado indecentemente como máquina propagandista do PSDB. Lamentável!

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...