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quinta-feira, julho 06, 2017

Petista diz que aprovou homenagem a Doria sem ler e que vai retirar apoio

Deputado petista disse que vai checar se assinou a homenagem e caso tenha feito, vai retirar a assinatura do PL que dá título de Cidadão do Pará ao prefeito João Doria (PSDB).

Por Diógenes Brandão

O deputado estadual Airton Faleiro disse que vai averiguar e caso tenha assinado, vai retirar sua assinatura do Projeto de Lei que visa oferecer o título de "Cidadão do Pará", ao prefeito de SP, João Doria, sem que haja qualquer outra explicação, que não seja a da bajulação mais vira-lata possível.

A reação do parlamentar foi uma resposta à postagem que repercutiu nas redes sociais e muitos petistas cobraram coerência do deputado petista, já que Dória foi responsável pela perda da principal prefeitura do PT no país e tornou-se desde então, pré-candidato do PSDB à presidência da república e um dos principais adversários de Lula.

Sem saber dizer que assinou ou não o pedido para agraciar o prefeito tucano com tal honraria, o deputado petista justificou: "É comum as assessorias de um parlamentar procurarem outro parlamentar, solicitando que subscreva um Projeto de Lei, para que este tenha o número mínimo de assinaturas, para dar entrada na mesa diretora. Quando se trata de indicação de homenageados, como a indicação é de iniciativa do parlamentar, nem sempre atentamos muito para quem está sendo indicado.

Mas em se tratando de tal indicação, se eu confirmar que subscrevo o Projeto, vou solicitar a retirada de meu nome. Não que isso altere a indicação, pois como disse anteriormente, não é de minha iniciativa e sim de um outro parlamentar, no entanto, se trata de uma personalidade que considero não merecer que um petista subscreva sua indicação", concluiu.

Logo em seguida, o advogado Ricardo Corrêa, disparou: "É o nível de políticos que temos na ALEPA. Deputado Airton Faleiro assina sem ler o que está assinando?

Leia abaixo a publicação que motivou a resposta do parlamentar petista e a reação de dezenas de internautas:

domingo, fevereiro 26, 2017

Carnavalesco se irrita e dá bronca em jornalista “globeleza”

Chico e Monalisa ficaram sem saber o que dizer após a reação do carnavalesco.

Por Diógenes Brandão

Faltando apenas duas escolas se apresentarem para o fim do desfile das escolas de samba de São Paulo, uma grande confusão levou mais de uma hora para ser resolvida. Sentindo-se prejudicado pela pista molhada no desfile da Vai-vai, após a escola ter jogado água do alto de um carro alegórico, Mantega, presidente da Nenê de Vila Matilde, não permitiu que sua escola entrasse na avenida do samba, antes da LIGA enxugá-la e deixá-la em plenas condições de receber os brincantes.

Ocorre que ao ser provocado por uma repórter que repassou de forma insistente a pergunta da jornalista Monalisa Ferrone, que apresentou o carnaval Globeleza ao lado do jornalista Chico Pinheiro, do alto do estúdio da Globo, na dispersão do sambódromo, o presidente da Nenê de Vila Matilde "pagou o sapo" e mandou Monalisa descer do estúdio da Rede Globo para ir ver como a pista estava escorregadia. 

O “climão” deixou todos de saia justa, enquanto os repórteres de chão se esforçavam para buscar informações sobre quanto tempo demoraria para o reinício do desfile da escola, que calou a boca de um time inteiro de jornalistas globais.

O desfile então seguiu sob o amanhecer de um novo dia e nos mostrou que quem sabe faz ao vivo e não permite que a toda poderosa mídia se meta no trabalho alheio.

Assista o vídeo.




quarta-feira, janeiro 25, 2017

Prefeito paulista pratica vandalismo e pode ser processado

Eleito prefeito de SP, Dória se fantasia de gari e vai varrer ruas e vandalizar paredes grafitadas. 

Por Liana Cirne Lins

Aos amigos e amigas de São Paulo: o que o prefeito João Dória está fazendo ao cobrir os grafites da cidade é se apropriar do patrimônio cultural que é da coletividade não como se fosse seu gestor, mas sim como se fosse seu único proprietário e titular.

O que ele fez, ao dilapidar o patrimônio artístico considerado como uma das mais relevantes 'street art' do mundo, enquadra-se no parágrafo 1o do art. 1o da Lei n. 4.717/65, Lei da Ação Popular, que determina que se consideram patrimônio público os bens e direitos de valor econômico, artístico, estético, histórico ou turístico.

Do mesmo modo, pode ser interpretado como crime de dano qualificado, nos termos do art. 163, parágrafo único, inciso III, do Código Penal:

"Art. 163 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia:
Dano qualificado
Parágrafo único - Se o crime é cometido:
III - contra o patrimônio da União, Estado, Município, empresa concessionária de serviços públicos ou sociedade de economia mista."

A lei de ação popular protege os bens públicos de lesão por parte dos seus administradores e pode ser impetrada por qualquer cidadão com título de eleitor.

Isto significa que os grafiteiros, artistas ou cidadãos que se sentiram prejudicados pelo enfeiamento da cidade, provocado pela destruição das obras de arte urbana, podem denunciar o prefeito por crime de dano qualificado junto à delegacia de danos contra o patrimônio público competente.

Também podem propor ação popular pleiteando indenização por dano moral coletivo, obrigação de restaurar as obras de arte urbana e obrigação de se abster de propagar a destruição do patrimônio artístico da cidade.

Registros fotográficos e pareceres técnicos de professores de arte e artistas do Brasil e do mundo servem para embasar documentalmente a ação.

Quem sabe assim o João Doria se fantasia de grafiteiro? Ou quem sabe até de presidiário?

sábado, janeiro 14, 2017

O mimimi do "ministro da justiça": por que xingar não é melhor que argumentar ou calar

Temer escolheu para o Ministério da Justiça, o ex-advogado do PCC e que com Alckmim agiu com truculência em SP.

Esconder um erro com uma mentira é o mesmo que
substituir uma mancha por um buraco (Aristóteles)

Via Conversa Afiada

Meu sucessor, que a convenção - uma mera convenção, nada mais - manda chamar "ministro da justiça", costuma ser homem de muita lábia - que, no seu caso, não é sábia. Afinal, sua retórica até hoje não foi nada convincente. Inúmeras são suas iniciativas que ultrapassam o limite da prudência e do bom-senso, quando não beiram o mais tosco populismo. Vãs e voláteis são suas palavras, "dust in the wind". Uma vez ditas, não resolvem o problema, mas geram uma pletora de novos problemas, constrangendo seu autor à exposição continuada e à defesa do indefensável.

Ao mesmo tempo, o Sr. Alexandre de Moraes (esse é seu nome, para quem compreensivelmente não consegue vinculá-lo ao cargo) é pessoa de posições duras. Não foge do uso da força bruta contra democratas que desafiam a autoridade de seu grupo. Tout court: as palavras são ocas, mas o cassetete é maciço e de uso frequente.

Isso é muito comum em indivíduos adestrados ("educados" aqui talvez não caiba) com violência física. Crianças que apanham dos pais costumam ser violentas com amiguinhos e até com estranhos. A surra é uma linguagem primitiva: na falta de argumentos convincentes, parte-se para a "porrada", o argumento baculino. Eis a mensagem que muitos pais passam aos filhos, que seguem e transmitem-na como um atavismo pela vida afora.

Ontem fui surpreendido por uma dessas mensagens. O Sr. Moraes, que em menino deve ter levado muita palmada no bumbum, andou espalhando que me processaria para eu "aprender a calar a boca" (secundado, claro, por certo sítio de pornografia política, que na esteira do livro de Diogo Mainardi, um dos seus criadores, mais mereceria o nome de "A Anta onanista").

Inicialmente pensei em lhe escrever mais uma dessas cartas abertas. Depois pensei: para quê jogar pérolas aos... ops, a quem não as merece? Cartas escrevemos aos que possam ter profundas divergências conosco, mas que animam o discurso horizontal direto. Ao Dr. Janot e ao colega Dallagnol, por exemplo. Embora discorde do seu modo de agir, busco publicamente o diálogo, sem deixar de me colocar como vitrine, possível alvo de alguma iniciativa mineral, mas que possa abrir um debate transparente. Nele, a regra é: vença quem convença! Os destinatários são pessoas, cada uma com sua visão institucional. Posso sugerir que baixem a bola, que ajam mais discretamente para fazer o que tenham de fazer. Mas essas pessoas fazem. Gostemos delas ou não, elas são atores centrais do momento político - e merecem, mesmo na saudável divergência, nossa reverência. Cartas são, portanto, uma manifestação de deferência.

Com o Sr. Moraes é diferente. Ele até agora não fez e só é ator se o tal "ministério" que presume dirigir for confundido com um picadeiro. Dizem os repórteres investigativos que é campeão em usar voos da FAB para ir a São Paulo, sua casa; que gosta de despachar mais lá do que cá. Visitou em Curitiba um juiz federal à frente de um complexo de investigações que atinge em cheio vários cúmplices do "governo" por ele integrado. Fez salamaleques ao magistrado, não condizentes com a divisão dos poderes, prevista na Constituição Federal, nem com a estatura que o cargo de ministro de Estado lhe exigiria, pressuposta a seriedade e legitimidade da investidura. As conversas nessa visita não foram públicas. Ensejaram ilações sobre conteúdos nada republicanos.

Depois, em São Paulo, reuniu-se com policiais federais que atuam em operações do mesmo complexo investigativo de Curitiba, também sem qualquer esclarecimento convincente sobre o convescote. A seguir, foi fazer campanha para o candidato de seu partido a prefeito em Ribeirão Preto, terra do ex-ministro Palocci, onde, em diálogo com militantes locais do MBL, anunciou, para a semana em curso, impactante operação. O Sr. Moraes, que se recusa a fazer media training por se achar muito sagaz no trato com os meios de comunicação, chegou a gabar-se: "Teve [operação] [n]a semana passada e esta semana vai ter mais, podem ficar tranquilos. Quando vocês virem esta semana, vão se lembrar de mim”. Não deu outra: naquela semana realizou-se a operação policial lá mesmo, a culminar na prisão de Palocci, adversário político do prefeito apoiado pelo "ministro". Foi um desastre comunicativo, para dizer o mínimo.

Claro, como sugeriria o ministro Gilmar Mendes, mera coincidência! Não teria sido nada mais do que uma previsão do tempo! Haja cinismo! Em verdade, é mais do que legítimo vislumbrar-se no episódio uma politiqueira violação de sigilo funcional para fins de promoção pessoal. E as desculpas que se sucederam não foram nada convincentes.

Hilário foi filmete viralizado na rede, em que o Sr. Moraes, que não deve ser muito afeito a facões (também não sou, mas não poso com elas), capina pés de maconha na fronteira do Paraguai. Lá se vê, sob um sol escaldante, o burocrático lavrador, calvície à mostra, um típico egghead, como diriam os ingleses, cheio de determinação para acabar com a nociva diamba! (Deveria usar um chapéu de palha, para se proteger). Num momento em que o país vive profunda crise de credibilidade das instituições e das autoridades, em que prevalece perplexidade sobre a falta de agenda positiva do que a convenção antes mencionada denomina "governo Temer", o Sr. Moraes brinda a sociedade com populismo barato e investe com desajeitado denodo contra o cultivo da maconha, cujo consumo está prestes a ser liberado por maioria significativa dos ministros do STF. Como diriam os jovens: "sem noção"!

Mas as estripulias não param por aí. O Sr. Moraes tem sido intensamente criticado na mídia por promover uma gestão de ação violenta da polícia e pelo tipo de advocacia a que se dedicou nos intervalos de sua vida pública. Do insuspeito Jornal Extra, do grupo Globo, extrai-se:

"Eduardo Cunha, PCC (Primeiro Comando da Capital) e ocupação estudantil: o que estas três esferas têm em comum? A resposta está em Alexandre de Moraes, escolhido por Michel Temer para ser o novo ministro da Justiça. À sua pasta serão incorporadas as secretarias da Mulher, Igualdade Racial e Direitos Humanos. Sendo assim, Alexandre comandará o Ministério da Justiça e Cidadania.
Em dezembro de 2014, ele assumiu a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, prometendo o fortalecimento da legislação estadual no setor. No entanto, sua passagem como secretário foi colocada em xeque diversas vezes por conta da violência supostamente excessiva diante de protestos e atos políticos, como, por exemplo, as ocupações estudantis das escolas estaduais, que vêm ocorrendo desde o ano passado.
Em janeiro deste ano, um protesto realizado pelo MPL (Movimento Passe Livre) contra aumento de tarifas foi reprimido de forma ostensiva, o que reservou ao papel de Alexandre uma repercussão negativa diante da opinião pública. Sob sua gestão na secretaria foram utilizados, pela primeira vez, blindados israelenses para enfrentar manifestações. De acordo com dados levantados pela TV Globo, a Polícia Militar foi responsável pela morte de uma em cada quatro pessoas assassinadas no estado paulista em 2015.
Ainda em 2015, reportagem do “Estado de S. Paulo” afirmou que Alexandre constava no Tribunal de Justiça de São Paulo como advogado em pelo menos 123 processos da área civil da Transcooper. A cooperativa é uma das cinco empresas e associações que está presente em uma investigação que trilha movimentações de lavagem de dinheiro e corrupção engendrado pela organização criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). À época, Alexandre disse, por meio de nota, que “renunciou a todos os processos que atuava como um dos sócios do escritório de advocacia” e que estava de licença da OAB durante o período investigado.
No fim de 2014, pouco antes de assumir a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, o novo ministro da Justiça pouco defendeu Eduardo Cunha, presidente afastado da Câmara dos Deputados, em uma ação sobre uso de documento falso em que conseguiu a absolvição do peemedebista."

Com efeito, na condição de Secretário de Segurança Publica do Estado de São Paulo tornou-se notório defensor do uso desproporcional da força pela polícia que dirigia. Foi nesse período que se deu a violentíssima repressão às manifestações do movimento pelo passe livre. Numa delas, perdeu a vista, atingido no olho por bala de borracha, o midiatista Victor Araújo, que estava, em 7 de setembro de 2013, filmando a repressão policial a movimento de rua em São Paulo. Não se ouviu nenhuma palavra de satisfação ou desculpa. Pelo contrário, a violência excessiva era estimulada pela Secretaria de Segurança Pública dirigida pelo Sr. Moraes. E foram os excessos em São Paulo que espalharam os protestos Brasil afora naquele ano. Mas o autor de "Direitos Humanos Fundamentais" (1ª ed. 1997, 11ª ed. 2016) não se incomodou. Sabe que a teoria na prática é outra. Continuou na linha de ação prepotente de desrespeito aos mais comezinhos direitos fundamentais, ao direito de manifestação e ao direito à integridade física e moral. E viu-se apoiado pela população, quando até a imprensa conservadora tecia ácidas críticas à sua administração. Da igualmente insuspeita Folha de São Paulo de 13 de janeiro do ano passado colhe-se o seguinte:

"O MPL (Movimento Passe Livre) criticou nesta quarta-feira (13) a ação policial que reprimiu o protesto contra o aumento da tarifa nos transportes da capital realizado nesta terça.
Em nota publicada nas redes sociais, o movimento afirmou: "A violência da polícia, que deixou mais de dez presos e dezenas de feridos, mostra a verdadeira política de Alckmin e Haddad: defender o lucro dos empresários a qualquer custo."
"Da mesma forma, defenderemos nosso direito à cidade e à manifestação. Se a polícia aumenta a repressão, aumentamos a resistência", afirmou o grupo.
O segundo ato expressivo contra a alta das tarifas de transporte foi marcado pela nova estratégia da polícia, que reprimiu a passeata com mais intensidade antes mesmo dela começar e de haver confronto com "black blocs".
O secretário de Segurança de São Paulo, Alexandre de Moraes, disse nesta quarta ter recebido "só elogios à atuação da polícia" para conter o protesto. Ele disse ainda que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) achou "ótima a alteração da estratégia" para conter os manifestantes.
O secretário afirmou que a polícia continuará a tipificar as prisões de manifestantes como dano ao patrimônio público, como agressões e, em se tratando de "black blocs", o "manifestante será tipificado como organização criminosa".
Segundo Moraes, desde 2013 a polícia dispõe de imagens, de dados da internet das manifestações que vão ajudar a "constituir em uma organização criminosa que quer o vandalismo, que quer depredar e atacar a polícia".
A polícia decidiu bloquear a avenida Paulista e revistar manifestantes antes do começo do protesto e impedir que eles avançassem pela avenida Rebouças. Após empurra-empurra, lançou bombas de gás, o que acabou dividindo os grupos por diferentes ruas e provocando correria. Questionado sobre críticas a seu trabalho, Moraes afirmou: "Até agora, por parte da população, só elogios à atuação da polícia"."

Para quem é apoiado por sítio de pornografia política, dá para imaginar quem são esses indivíduos que lhe fizeram os tais "elogios à atuação da polícia"!

Não só a autocrítica não parece ser o forte de nosso Narciso, ora ministro. Tem-se em alta conta. A última bolacha do pacote. E muito mais haveria de contar a respeito, para mostrar cabalmente sua falta de vocação para o serviço público, sua pequenez diante das exigências das funções que lhe foram temerariamente cometidas. Se quisesse estender o assunto, bastaria cavar no Google.

Ao que tudo indica, administrar o dia-a-dia da pasta não é com ele. Em agosto suspendeu todas as ações do ministério por noventa dias e em dezembro prorrogou a suspensão por mais noventa dias, até março de 2017. Refugiados? - Tanto faz. Consumidor? - Sossega o facho! Cooperação jurídica internacional? - Deixa isso com o MPF! Entorpecentes? - Vamos capinar maconha! Estrangeiros? como é que é? Anistiados? - Deixemos esse assunto morrer! Polícia federal? - Opa, vamos conversar! Arquivo nacional? - O que? Você queria dizer “salas-cofre”? Sistema penitenciário...? Ah, o sistema penitenciário!

O derradeiro episódio protagonizado pelo Sr. Moraes parece ser a gota d'água. Nele, o "ministro" deu com os burros n'água.

É sempre bom lembrar que crises penitenciárias no Brasil escravocrata são recorrentes. Essa não é culpa do Sr. Moraes. É culpa de nossa mentalidade retrógrada, que vê no preso o lixo da sociedade, a merda a ser decantada num reservatório de estação de tratamento de esgoto. Somos incapazes de ver no outro mais fraco, por mais que erre, nosso par e concidadão. Constituímos uma sociedade cada vez mais despida de empatia.

Direitos humanos? Não para bandidos! Só para nós. O Brasil torna-se um país em que o filho pródigo não é acolhido pelo pai. É depositado por seus pais e irmãos desnaturados nas masmorras ou entregue aos esquadrões da morte. Não temos compaixão nem pela família do errante! O errante paga contribuição social que garante a seus entes queridos pensão em caso de morte e em caso de incapacitação para o trabalho, aí incluída a hipótese da sua prisão. Mas nossos escribas e fariseus querem que a família morra de fome, ignorando preceito constitucional que veda ultrapasse a pena a pessoa do inculpado. Esquecem-se que o pagamento da pensão não é favor, mas obrigação pactuada ex lege.

Claro que numa sociedade há séculos governada, quase sempre, pelos escribas e fariseus o massacre do lixo humano não tem nada de mais. "Não tem nenhum santo" entre os massacrados, disse o governador do Amazonas sobre os concidadãos trucidados na sua penitenciária.

Os governos dos últimos 13 anos antes do golpe de 2016 fizeram uma diferença, sim. Mas nunca conseguiram aplacar a ira dos fariseus e escribas, que promoveram, contra seus agentes, perseguição implacável, seja pela mídia, seja pela justiça, seja pelo estamento político. Não se conformaram com a subida dos que consideravam "pecadores" ao poder. Fariseus e escribas sempre viveram no self-understanding de que pecar é algo que só se faz ao abrigo de suas leis. E estas são as leis da hipocrisia, do disfarce, do engodo e, quando necessária para garantir seu status quo, da violência também.

Foram os governos dos últimos 13 anos que nos trouxeram a política mais inclusiva desde o "descobrimento" do Brasil, cheia de falhas e, muitas vezes, sob severas limitações de sua impotência. Mas esses governos construíram cinco penitenciárias federais para abrigar líderes de facções sob regime de segurança diferenciado. Repassaram rios de dinheiro aos estados para o aumento de vagas no sistema. Passamos a ter nacionalmente um índice relativamente baixo de 1,67 de superpopulação carcerária, o que significa que a cada vaga correspondem 1,67 apenados. Esse índice nos coloca mundialmente em 38° lugar em superpopulação carcerária - distantes do ideal, mas igualmente distantes da posição de lanterninha.

O que o Sr. Moraes não se deu ao trabalho de estudar é que o problema central do sistema nem é tanto de vagas, mas de excesso de demora em investigações e instrução criminal que faz com que 40% dos nossos presos não tenham ainda condenação transitada em julgado. Em muitos rincões do país a prisão pré-processual é regra e não exceção, sobretudo quando se lida com os mais fracos e desassistidos. Para eles, a presunção de inocência não vale nada. A prisão preventiva passa a ser a forma de antecipação da pena numa justiça que não merece esse nome, porque tarda e falha por seletividade.

Ademais, temos um sério problema de gestão penitenciária. Desde sempre. A sociedade não gosta de investir no "lixo" social. Acha que é dinheiro jogado fora. Há autoridades que gostam de apontar para o truísmo de que um preso custa 13 vezes mais do que um aluno no ensino público. A comparação é demagógica. É como dizer que o Brasil não devesse estar no Haiti, porque lá gasta em ação humanitária mais do que na segurança pública de muita cidade grande conflagrada. É uma mania de ficar comparando hélice de navio com piano de cauda, âncora com berimbau ou trilho com picolé! São ações que tem entre si tanto em comum quanto os glúteos com as calças.

Em qualquer país do mundo, preso é mais caro que aluno, assim como uma âncora de petroleiro é mais cara que um berimbau de roda de capoeira. Se o sistema leva a sério sua missão, o apenado é um aluno em condições especialíssimas, num curso de re-viver. E gastamos pouco com eles, porque em Pindorama se convencionou que prisão é só um amontoado de tijolos, cimento e ferragens. Lá se soca gente até não caber mais. É como fazer a mala jogando infinitas roupas e utensílios nela e depois, para fechar, pular na tampa, deixando à mostra, nas bordas, partes de meias, cuecas e calcinhas.

Prisão, na contemporaneidade, é muito mais que uma masmorra. É, nas nações civilizadas, um conceito complexo. A pena não expia. Não se trata de retribuir o mal pelo mal. A retribuição, diria o penalista alemão de saudosa memória, Winfried Hassemer, é como dar um chute num móvel que nos causou dor quando nele esbarramos. O móvel continuará lá. Imóvel, se não inamovível. Por isso, punir só faz sentido olhando para o futuro. Fala-se, então, em funções preventiva geral e preventiva especial do direito penal. O escopo é buscar que o crime não se repita. Por isso, estatui-se um exemplo para a sociedade (o efeito dissuasório, em alemão Abschreckung), de eficiência do aparato persecutório, deixando clara a mensagem de que quem delinqüe paga. Já no campo individual, esforça-se o Estado por ensinar ao apenado a levar uma vida digna. Reabilita-o, cuida de suas feridas n'alma e procura dar-lhe uma nova chance. Estar privado de liberdade é a punição maior. Entrega, o apenado, parcela do seu tempo de vida ao Estado, como diria Foucault, para que seja bem aproveitado em favor da inclusão social. Estigmatizar não ajuda em nada esse processo, porque causa resistências à sua implementação.

Por isso os países mais adiantados nessa agenda garantem acomodações individuais a quem tem mais de um ano de pena a cumprir. Lá, o preso recebe roupa limpa, de cama e pessoal, e é estimulado ao asseio. Em muitas penitenciárias costuma-se entregar-lhe um cartão magnético que permite a circulação limitada no estabelecimento, de acordo com seu grau de progressão disciplinar. Ocorrendo um motim, todos os cartões são instantaneamente cancelados e o preso fica onde está, mapeado por sistema de rastreamento feito pelo cartão. Isso, é evidente, facilita táticas antimotim.

Mas, no nosso Brasil, estamos longe disso. Temos toda a tecnologia, mas achamos que gastar com ela não é prioridade. Não temos cursos de arquitetura penitenciária nem escola de gestão de estabelecimentos prisionais. Construímos prisões novas, de padrão velho. Algumas ficam baldias, pois os estados estão sem dinheiro para realizar concurso, contratação e treinamento de agentes penitenciários. Por isso sugeri a criação de uma Escola Nacional de Gestão Penitenciária e de um sistema único de distribuição de vagas, para equilibrar a lotação nos estabelecimentos. Infelizmente não foi possível levar a ideia adiante. O golpe não deixou.

Transferir recursos para construção de novas penitenciárias é uma solução simplória. Talvez o Sr. Moraes devesse ler o relatório do INFOPEN 2014, obra da dedicada equipe do Doutor Renato Vito, publicada na minha gestão. Tem dados que demonstram claramente o que foi dito aqui. Mas, quando se glorifica a violência e se recusa a compaixão com as brasileiras e os brasileiros que perderam seus entes queridos num massacre quando estavam sob a custódia do Estado, e quando se mente para fugir da responsabilidade, falar e mostrar o que pode resolver não basta. É preciso gritar para ser ouvido.

Por isso, Sr. Moraes, saiba que não me fará calar. Tenho responsabilidade para com nossa sociedade como derradeiro Ministro da Justiça de um governo legítimo, derrubado por um arrastão de trombadinhas que queriam reimpor a política ímpia dos escribas e dos fariseus. Na próxima comichão insopitável de me intimidar e cassar a palavra dita no livre direito de crítica e manifestação, pense três vezes. Responda com argumentos ou se recolha. A "porrada" aqui não cola, pois papai e mamãe, que nunca precisaram me dar palmadas no bumbum, me ensinaram que quem usa a inteligência usa a boca, e quem dela é desprovida usa o punho.

sexta-feira, março 11, 2016

Depois de Sérgio Moro negar ser tucano, Ivete Sangalo nega ser cantora

Ivete Zangado e Sérgio Moro são acusados de serem o que são, mas ambos negam.

Sátira do dia, por Diógenes Brandão

Depois de descobrir que Sérgio Moro, juiz da operação lava jato falou sem tremer nenhum músculo facial, de que não tem motivações partidárias, a cantora Ivete Zangalo resolveu fazer o mesmo e declarou que não tem qualquer intensão de ser cantora e continuar lucrando com seus shows e venda de milhões de discos e produtos trazidos após a fama conquistada por sua voz e a marcante e rentável presença nos palcos.

"Assim como Sérgio Moro disse, esse tipo de coisa também me incomoda”, declarou Ivete em uma sofisticada barraca de acarajé em Salvador, Bahia, ao responder como se sentia ao ser venerada com uma grande cantora, por uma multidão de fãs.

"Não sou do PSDB" diz Moro, em evento do principal candidato do partido em SP

A frase do juiz da principal operação de combate à corrupção no Brasil, foi feito na palestra de abertura de um evento para para 100 magnatas da Lide Paraná, organização empresarial de João Dória Jr, pré-candidato tucano à prefeitura de São Paulo pelo PSDB. Lá, o juiz federal Sergio Moro disse estar incomodado sobre as especulações que giram em torno de sua atuação no âmbito da Operação Lava Jato.

Ao lado do principal candidato do PSDB a prefeito da maior e mais rica cidade do país, Sérgio Moro disse que não tem qualquer relação partidária e parece que esqueceu que João Doria foi acusado de compra de votos nas prévias do partido e de ter feito negócios milionários com o governo do PSDB de SP.

Em uma matéria publicada no dia 13 de Setembro, pelo jornal Folha de S. Paulo, foi revelado que a gestão do governador tucano Geraldo Alckmin pagou R$ 1,5 milhão ao empresário João Dória por anúncios veiculados em sete revistas da Doria Editora, entre 2014 e abril deste ano.

Um dos pagamentos, segundo a reportagem, totalizou R$ 501 mil por um publieditorial – formato em que o anúncio é semelhante a uma reportagem – de nove páginas na revista “Caviar Lifestyle”. Ainda de acordo com a Folha, “há casos em que os valores pagos pelo governo foram proporcionalmente maiores em anúncios da editora do que em revistas consolidadas”.
O magistrado participou de um evento com empresários do Paraná na noite desta quarta-feira (9), no luxuoso Castelo do Batel, palácio usado como palco de eventos da alta elite de Curitiba. Lá, Sérgio Moro admitiu para um seleto grupo de investidores, entrará para o ramo das palestras, pois viu que o negócio é rentável. Na oportunidade, Moro recebeu aplausos de personalidades como, Gareth Moore e Alex Ellis, respectivamente cônsul e embaixador do Reino Unido. Todos de olho na desvalorização da Petrobrás e na promissora exploração do pré-sal, claro.

Segundo um dos empresários presentes e que preferiu não ser identificado, a rede Globo fez um acordo com o juiz, onde sua parte cabe vazar tudo que for encontrado contra o PT, assim como torturar física e psicologicamente, todos os que foram presos por desviar dinheiro da Petrobras. "Basta que um diga que Dilma ou Lula sabiam de algo ou de tudo e eu cumpro a minha palavra com a família Marinho", teria supostamente revelado o juiz Sérgio Moro a um grupo de investidores internacionais que o grupo Lide atrai para lucrar no Brasil.

Da parte da rede Globo no acordo, a emissora ficaria responsável de pedir ajuda das demais emissoras, revistas e jornais para desgastar a imagem do ex-presidente, insistindo para que a sociedade brasileira se convença de que ele é responsável por todos os indícios, suspeitas e possíveis envolvimentos com fraudes e desvios e que Sérgio Moro é capaz de dar uma palestra para empresários, muito melhor do que Lula.

Negando com veemência que a notícia de que seu pai seria um dos fundadores do PSDB em Maringá, Moro ressaltou que nunca teve motivações partidárias para condenar ou inocentar réus, mas nada disse sobre os processos contra Aécio Neves e demais membros do PSDB, os quais nunca foram sequer investigados pelo juiz e preferiu não falar sobre o fato de que sua esposa, a advogada Rosângela Wolff de Quadros Moro ter sido assessora do vice-governador do Paraná, o tucano Beto Richa.

segunda-feira, fevereiro 29, 2016

Bebida, roubo de urna, polícia e agressões marcam as prévias do PSDB em SP


Na Folha, sob o título Prévias do PSDB no Tatuapé têm invasão e briga; polícia é acionada.

O ponto de votação do Tatuapé (zona leste de São Paulo) nas prévias do PSDB que vão decidir quem será o candidato do partido à prefeitura foi invadido por um grupo de homens que quebrou computadores e tentou roubar uma urna.

Disputam as eleições internas do PSDB o empresário e apresentador de TV João Doria, o vereador Andrea Matarazzo e o deputado federal Ricardo Tripoli.

Após a primeira confusão, houve uma nova briga entre apoiadores de Tripoli e de Doria, que resultou em feridos. A Polícia Militar foi ao local e a votação teve de ser encerrada.

"Eu tinha acabado de votar quando começou a discussão na mesa. Uns moleques que estavam aqui fora entraram, quebraram o computador e a impressora e tentaram roubar a urna", contou Beatriz Cerqueira, cuja família apoia Doria.

"Eu estava com meu filho de dois anos e eles vieram para cima de mim. Precisei me defender com uma cadeira."

Segundo ela, os homens que entraram no local de votação eram comandados por um morador da área conhecido como Geleia, supostamente simpatizante de Tripoli.

A Folha não conseguiu localizar Geleia, pois, após a confusão, ele havia fugido.

O segundo momento de tensão ocorreu quando a presidente do zonal do Tatuapé, Vânia Alves, foi levar a urna com os votos impressos a um carro que seguiria para a apuração na Câmara Municipal. Apoiadores de Doria a acusaram de ser favorável a Tripoli. Ela está fazendo boletim de ocorrência.

Os dois grupos trocaram chutes, socos e empurrões na rua em frente ao local de votação. Na confusão generalizada, um apoiador de Doria caiu e chegou a perder a calça. Ao menos um homem, um adolescente e duas mulheres se feriram.


A pancadaria havia sido precedida por uma discussão sobre a realização de um churrasco com cerveja no ponto de votação –onde funciona um clube. Opositores haviam acusado o grupo pró-Doria de ter bancado a cerveja, o que os militantes negaram.

A militante tucana Maria de Lourdes Silva, a Lurdinha, que atuava no local como fiscal de Doria, disse estar inconformada. "Tenho 73 anos, fundei este partido. Aí entra um monte de bandidos agredindo as mulheres fundadoras do partido", reclamou.

Lurdinha atribuiu o clima acirrado à disputa entre o governador Geraldo Alckmin e o senador José Serra pela candidatura do PSDB à Presidência em 2018. O primeiro apoia Doria nas prévias deste domingo (28); o segundo, Matarazzo.

"Eles ficam disputando 2018 e a gente, apanhando aqui."

Às 14h40, a polícia estava no zonal do Tatuapé registrando a ocorrência.

Procurada, a assessoria da pré-campanha de Ricardo Tripoli afirmou que o deputado "desconhece e condena qualquer tipo de agressão". "Tripoli é o candidato da união", afirmou.

Já o empresário João Doria disse que a briga foi "um momento triste". "Lamentável o que aconteceu, mas se você considerar que em 57 outros pontos [de votação] se fez democracia com valor, com otimismo, com entusiasmo, isso supera essa situação momentânea, ruim."

Segundo o presidente do diretório municipal do PSDB, Mario Covas Neto, todos os votos do zonal do Tatuapé foram invalidados.

terça-feira, fevereiro 16, 2016

Audiência de Lula e esposa, que seria realizada em Fórum de SP é cancelada


A notícia agitou redes e mídias sociais no meio da noite desta terça-feira.

A velha imprensa novamente foi superada pelos blogueiros e ativistas digitais, que rapidamente trouxeram ao conhecimento do país que o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) suspendeu a audiência que ouviria os depoimentos do ex-presidente Lula e sua esposa D. Marisa, que seria realizada amanhã (17), no Fórum da Barra Funda, em São Paulo.

A decisão do Conselheiro que analisou a questão, avaliou que o promotor Cassio Conserino, o qual é alvo de uma representação no Conselho Nacional do Ministério Público, apresentada pelo Deputado Federal Paulo Teixeira (PT-SP), abusou de suas prerrogativas ao abrir um inquérito de uma área que não era a sua. Além disso o promotor já teria feito um pré julgamento do ex-presidente e inclusive externado sua posição em uma revista semanal. A decisão de suspender o depoimento foi do conselheiro do CNMP, Valter Shuenquener.

O ex-presidente teria que dar explicações sobre o tríplex no Guarujá, litoral paulista. O inquérito apura irregularidades na transferência de obras inacabada da Bancoop para a OAS e a suposta ocultação de propriedade do ex-presidente e de sua mulher, Marisa Letícia.

Clique na imagem para abrir o PDF com a íntegra da decisão liminar.



Momento Sensacionalista

Coxinhas em  provocação aos petistas nas redes sociais perguntam o que estes farão com todos os pães com mortadela que já estavam sendo preparados para serem distribuídos para diversas caravanas estaduais estão se dirigindo para a capital paulista, onde farão um ato em desagravo e apoio ao ex-presidente Lula e que a suspensão só reforça a unidade dos partidos aliados, centrais sindicais e demais movimentos sociais que junto com a população do país, não aceitam que Lula seja difamado sem provas, tal como está acontecendo. 

terça-feira, dezembro 22, 2015

Acordo livra multinacional que pagou propina aos governos do PSDB

Corrupção passou pelo governo de José Serra (à esquerda) e Geraldo Alckmin (à direita). Campanha de Aécio Neves (Centro) pode ter recebido parte da propina milionária. Processo segue em segredo de justiça.
Por Diógenes Brandão

Com o tímido título Alstom vai pagar R$ 60 mi para se livrar de processo sobre propina, a matéria publicada no jornal Folha de São Paulo, escondeu o nome do partido, que tem como ícones nacionais, os senadores Aécio Neves, José Serra e do governador de SP, Geraldo Alckmin, o qual exerce o 5º governo do PSDB, totalizando 21 anos deste grupo político no poder do mais rico e populoso estado brasileiro. 

A malandragem foi em 1998, ainda no primeiro governo de Mário Covas, que iniciou a "ditadura" (?) tucana em SP e só foi revelada em 2008 pelo jornal americano "Wall Street Journal". Segundo o processo, que corre em segredo desde então, a multinacional francesa foi acusada de pagar 17% de propina para os tucanos e assim garantir a vitória na licitação de um contrato de 317 milhões, pelo fornecimento de energia. 

A empresa é acusada ainda de operar outro método de corrupção com o PSDB, só que de forma mais sofisticada, através do cartel com outras empresas, entre elas, a Siemens. Nesta operação, as empresas teriam feito pagamentos de propina a altos funcionários e autoridades públicas de São Paulo para operar contratos com a CPTM e no Metrô paulista. O escândalo ficou conhecido como "trensalão".

Os pagamentos teriam começado em 1997, e atravessaram os governos tucanos de Mário Covas, José Serra e Geraldo AlckminSó neste escândalo, guardado nas gavetas da justiça paulistana, as estimativas apontam que o prejuízo com o cartel chegue a R$ 1 bilhão

MENSALÃO TUCANO FOI COMPROVADO

Na semana passada, o Brasil soube da condenação há 20 anos de prisão do ex-governador de Minas Gerais e x-presidente nacional do PSDB, Eduardo Azeredo. O tucano foi condenado pelos crimes de lavagem de dinheiro e peculato (desvio de dinheiro) devido ao seu envolvimento no esquema que ficou conhecido como mensalão tucano, envolvendo desvio de dinheiro de estatais mineiras para sua campanha à reeleição ao governo de Minas em 1998. 

domingo, dezembro 06, 2015

Há 20 anos no governo de SP, PSDB tem a primeira derrota

Durante greve de 90 dias, professores denunciaram mazelas do ensino paulista, como a superlotação das classes.


Longe de significar o fim da reorganização da rede estadual de ensino reivindicada por alunos que ocupam escolas há 25 dias, a suspensão do projeto do governo de Geraldo Alckmin (PSDB), anunciada hoje (4) em meio a protestos e repressão policial, parece apontar para a primeira derrota em mais de 20 anos de gestão tucana.

“O debate sobre a situação da educação paulista acabou sendo feito por vias tortas, em meio às manifestações. O governo tentou colocar na agenda a seu modo, mas foram os movimentos que acabaram agendando a educação”, disse a presidenta do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo (Apeoesp) Maria Izabel Azevedo Noronha, a Bebel, em entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira.

Segundo a dirigente, a desvalorização do trabalho docente e as classes superlotadas, que prejudicam a qualidade do ensino e que estão no centro do debate estudantil apoiado por pais, professores e movimentos sociais, são os mesmos pontos da pauta de reivindicações do movimento grevista dos professores que em 2015 durou três meses sem que o governo apresentasse uma proposta sequer. "Tivemos zero de correção salarial e estamos com uma série de pendências que serão transferidas pelo novo secretário da Educação", disse.

A suspensão do projeto que inclui o fechamento de mais de 90 escolas e a extinção do ensino médio, principalmente noturno, em muitas unidades, bem como a saída do secretário da Educação Herman Voorwald, foram recebidas como "necessárias".

"Era preciso voltar atrás. O bom senso dizia que não se pode impor com força policial aquilo que a sociedade não está aceitando", disse Bebel. "Estamos esperando que o próximo secretário tenha o perfil prometido pelo governador em 2011, de que teria disposição para o diálogo, mas que não aconteceu na prática". Ainda segundo a dirigente, a luta dos professores ganha força com o movimento dos alunos. "Mesmo assim, governo Alckmin deverá seguir com a tentativa de quebrar a Apeoesp".

A presidenta da União Paulista dos Estudantes Secundaristas Ângela Meyer, avalia como importante e significativa a queda de Voorwald. "Sua gestão foi marcada pela falta de diálogo desde o princípio. É uma felicidade a saída dele". No entanto, conforme a líder estudantil, a luta não acabou. "A escola pública deve ter outro objetivo, os professores devem ser valorizados e o governo tem de cumprir sua obrigação com a educação".

Acertada, porém tardia

O diretório estadual da Rede Sustentabilidade se manifestou sobre o recuo do governo de Geraldo Alckmin. Em nota oficial, destacou que a decisão do governo de suspender o processo de reorganização escolar é acertada, porém tardia e claramente motivada pela queda na popularidade de Alckmin anunciada hoje.

"É preciso deixar claro que a decisão de suspender o fechamento das escolas não exime o estado da apuração acerca da conduta violenta por parte da Polícia Militar contra as manifestações", diz a nota oficial. "É grave notar que a declaração de guerra aos estudantes anunciada na semana passada pelo chefe de gabinete da Secretaria Estadual de Educação tenha se concretizado em cenas de truculência contra os adolescentes, como assistimos mais uma vez na manhã desta sexta-feira, com o uso da tropa de choque e promoção de uma verdadeira “chuva de bombas”.

O partido cobra ainda transparência com abertura do diálogo com a sociedade, para a construção de alternativas para a educação no Estado de São Paulo e que as ações policiais estejam a serviço da proteção à comunidade e não contra ela.

terça-feira, novembro 24, 2015

O lento trem do PSDB - ou só vai pra frente se for contra o PT




No editorial da Folha

Diante da celeridade com que transcorreram investigações do mensalão e do petrolão, causa espécie a modorra com que são apuradas as alegadas fraudes em serviços ferroviários metropolitanos no Estado de São Paulo.

Como estas atingem governos do PSDB, se cristaliza em parte da opinião pública a suspeita de que os processos andam mais rápido quando na mira se acha o PT.

A Polícia Federal (PF), o Ministério Público Federal (MPF) e a Justiça têm a obrigação de demonstrar que esse não é o caso. Os sinais, no entanto, não são alentadores.

Completou-se um ano, afinal, desde que a PF concluiu o alentado inquérito criminal sobre o cartel que manipulou licitações de trens nas administrações dos tucanos Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin, de 1998 a 2008. O processo, contudo, estacionou no MPF.

Ao todo, 33 pessoas foram indiciadas pela PF por diversos crimes, como corrupção ativa e passiva, formação de cartel e fraude a licitações. Entre elas figuram ex-dirigentes da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e das suas fornecedoras Siemens, Alstom, CAF, Bombardier, Daimler-Chrysler, Mitsui e TTrans.

Para o procurador da República encarregado do caso, Rodrigo de Grandis, a demora em apresentar denúncia à Justiça decorre da necessidade de aguardar documentos de países estrangeiros que comprovem lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Faltariam provas para fechar o cerco a contas bancárias no exterior e empresas offshore.

O procurador, evidentemente, não deve atropelar procedimentos. O problema é que Grandis já esteve na berlinda, inclusive com processo disciplinar na corregedoria do MPF depois suspenso pelo Supremo Tribunal Federal, por atrasar por quase três anos resposta a pedido da Suíça para colaborar na investigação da companhia Alstom.

Para a PF, já há indícios suficientes para uma ação penal. A inclinação da Justiça a instaurá-la já teria sido evidenciada com sua decisão de decretar o bloqueio de R$ 600 milhões das empresas envolvidas.

A precipitação nunca garantiu –ao contrário– que um processo será bem instruído e levará à condenação dos culpados e ao ressarcimento dos prejuízos. O mesmo, ou ainda mais, se deve dizer da morosidade na investigação, sobretudo quando pode ser entendida como proteção a certo partido político.

terça-feira, outubro 07, 2014

A necessária renovação do PT e o vexame no Estado de São Paulo

Maluf declarou apoio do PP à candidatura de Padilha ao governo de São Paulo, mas na última o abandonou e apoiou Skaf.

Por Laura Capriglione no Yahho!

A eleição de Geraldo Alckmin (PSDB) em primeiro turno, a vitória acachapante de José Serra sobre Eduardo Suplicy, o inchaço da “bancada da bala”. É fácil falar sobre o conservadorismo dos paulistas. Acabo de pescar na rede essa análise: “Os paulistas ainda choram a derrota de suas oligarquias no movimento constitucionalista de 1932. Desde então, votaram contra Getúlio, ajudaram a derrubar Jango, votaram contra Lula e Dilma e continuarão votando contra qualquer candidatura progressista”.

Pois eu acho que o problema não são “eles”.

É preciso reconhecer. O Partido dos Trabalhadores jogou mal em SP. Fez um joguinho indigno naquele que é o seu berço histórico. Não se deve nunca esquecer que a mesma terra bandeirante que se bateu contra Getúlio foi onde renasceu o movimento estudantil que ajudou a por a pique a Ditadura Militar e foi onde surgiram as grandes greves operárias que criaram Lula e o próprio PT, além de um imenso cordão de movimentos sociais.

Se fosse um atavismo de São Paulo ser esse matadouro de utopias, não seria neste solo que nasceria o sonho de um país de todos, sem miséria. Nem Fernando Haddad teria sido eleito. Nem Marta ou Erundina teriam se criado.

No entanto, o PT, nesta eleição, teve a sua pior performance em anos.

E não foi no interior conservador que aconteceu a debacle. Foi no chamado cinturão vermelho da cidade de São Paulo.

Bairros pobres e históricos redutos do PT, como o Campo Limpo, na zona Sul, terra onde vive Mano Brown, por exemplo, ou Itaquera e São Miguel Paulista, na zona Leste, sufragaram mais Aécio do que Dilma. Capela do Socorro, lar do sarau da Cooperifa, do poeta Sergio Vaz, também. E a Pedreira, Ermelino Matarazzo e Cangaíba…

Vai falar lá que aquela gente morena, parda e preta, que eles são a elite branca, fascista, oligarca ou coisa que o valha.

Quem errou foi o PT vacilão paulista.

Que, durante os últimos quatro anos, deixou o tucano Alckmin mais do que à vontade, mesmo sendo o governo dele um desastre completo. Veja a Suíça revelando as contas secretas dos operadores do escândalo do metrô; a Cetesb (estatal do próprio governo paulista) mostrando que a USP Leste foi implantada sobre um lixão tóxico; o Estado perdendo a guerra com o crime; as universidades estaduais falidas (o reitor imposto por Serra conseguiu o impossível: destruir a economia milionária da maior universidade paulista); as torneiras secas…

E cadê os deputados estaduais do PT para denunciar tantas mazelas e apresentar alternativas? Na maior parte dos casos, serviram apenas para reclamar que a base de apoio de Alckmin não deixa instalar nenhuma CPI. Queriam o quê?

O PT não disse a que veio. Mas o pior foi ter-se desplugado dos movimentos sociais. O PT de São Paulo, que sempre se aliou aos movimentos sociais, passou a ter medo deles… Por que é que até agora não foi usada a cláusula do Estatuto das Cidades que permite taxar até a quase expropriação os imóveis vazios por anos?

E o PT sem os movimentos sociais é como avião sem asa, Piu-piu sem Frajola, Romeu sem Julieta, Claudinho sem Buchecha.

O problema não é o PT dançar. O problema é o que vem junto. Para ficar em um exemplo: cresceu a chamada “bancada da bala”, aquele grupo dos deputados identificados com o slogan “Bandido Bom é Bandido Morto!”

O medo é sempre um mau conselheiro. Mas, sem alternativas, até mesmo um mau conselho é melhor do que nenhum. Quando a “Revista da Folha” perguntou ao candidato petista Alexandre Padilha como ele pretendia combater o crime organizado, a resposta foi pífia. “Não pode permitir que facções tomem conta das penitenciárias e as transformem em escritório, com celulares à solta.”

Sabe de nada, inocente.

O PT fez uma campanha coxinha em São Paulo, para não assustar o eleitor tucano. Como resultado, ficou sem o eleitor tucano e sem o eleitor petista. E o entregou para um aventureiro como Paulo Skaf.

Até o Aloízio “Carisma Zero” Mercadante, em 2010, teve mais votos para o governo do Estado do que Padilha. Quase o dobro. 35,23% contra 18,20% do total de votos válidos.

Agora, é juntar os cacos e apostar na renovação dos quadros partidários, que terão de vir, como sempre foi, dos movimentos sociais. Um partido que substituiu José Dirceu, José Paulo Cunha e José Genoino, dirigentes históricos, como seus principais puxadores de votos para deputado, por um cara como o Andrés Sánchez, dirigente do Corinthians, não é muito diferente de outro, que tem o Tiririca. 

Puro oportunismo.

Sem essa renovação, o PT pode até ganhar a eleição presidencial, mas as dores de cabeça e os sustos ainda estarão logo ali na frente, esperando. Búúúú!

terça-feira, setembro 30, 2014

A razão do ódio da imprensa: O modelo de desenvolvimento proposto por Lula e Dilma

A tabela mostra uma impressionante lista de indicadores do êxito social, em matéria de trabalho e renda, transferência e assistência, distribuição de renda e redução da pobreza, evidenciando um novo salto a cada um dos três mandatos.

Hoje estava ouvindo rádio no carro. Ouvi o boletim do Sardemberg para o Milton Young na CBN, um comentário do Alexandre Garcia na Rádio Estadão, outro do impagável "imortal" Nerval Pereira (que entrou para a Academia Brasileira de Letras por um livro só, de qualidade mais que duvidosa, sobre - ou melhor contra - o Lula). Digamos, uns 10 minutos ao todo. Dez minutos de horário eleitoral anti-governo, sem o menor constrangimento.

Números manipulados, conceitos interpretados por um viés específico, muita bobagem. Sardemberg soltou a pérola que, afinal, "o mundo já está saindo da crise" (!!??), refutando o argumento de que, considerando a crise mundial, nossa economia vem sim se portando muito bem.. Como imagino que o jornalista não deixe de tirar suas feriazinhas na Europa, é impossível que não conheça o clima e a crise estrutural que ainda pesam por lá. 

Aliás, a Myriam Leitão, que contestou a presidente em debate na Globo sobre a mesma questão, teve que engolir o fato de que os dados que Dilma lhe apresentou sobre a crise na Alemanha estavam sim certos, e não os seus (que diziam, obviamente, que a Alemanha ia muito bem ao contrário do Brasil). Alexandre Garcia metralhou o governo por todos os lados possíveis, da incompetência à corrupção, e finalizou dizendo que o Brasil não era mais uma "Belínida" porque a Índia estava anos luz à nossa frente, pois mandou uma sonda à Marte (!!?????). Pois é, a confusão permanente entre crescimento econômico (que pode ser concentrado) e desenvolvimento (que significa distribuição da riqueza). 

Garcia evidentemente não cita o fato de que TODOS os especialistas - como foi o caso da Profa. Geeta Mehta, da Columbia University, em palestra na semana passada na FIAM-FAAM, apontam para o fato de que a pobreza na Índia, ou ainda não África, é INFINITAMENTE pior e mais profunda do que a nossa. Nem vou falar do Nerval, porque não merece.

Merece sim a reflexão sobre o papel da mídia no Brasil e a forma como uns poucos grandes veículos (CBN é Globo, Garcia é Globo mas falou para o Estadão, e assim vai) com concessão PÚBLICA se sentem livres para fazer a propaganda que lhes interessa. Esses muitos e muitos minutos de propaganda ilegal não são nem assim suficientes para diminuir as intenções de voto na Dilma. Pelo que soube, Dilma disse aos blogueiros que isso vai mudar em seu novo mandato. Ainda bem.

A mensagem que se quer passar é de um Brasil em crise. Então vale lembrar. FHC entregou o Brasil falido, dependente de um empréstimo de urgência de 20 bi junto ao FMI, que Lula honrou e pagou, com a mais alta taxa de juros do mundo e um recorde de desemprego. Um governo imerso em corrupção, a começar por aquela que comprara a reeleição do presidente, alguns anos antes.Quem associa o sucesso dos governos Lula-Dilma à uma "continuidade" do modelo FHC ou não entende de economia, ou é de má-fé. Se uma coisa pode ter sido herdada, foi a estrutura corrompida que o próprio FHC havia recebido de governos anteriores, mas que sob Lula ganhou transparência graças à uma PF autônoma para atuar.

A inflação era mais alta, e desde então não só baixou como se estabilizou em uma faixa propositalmente variável, que os "especialistas" acima citados ficam martelando que é "descontrolada".

Ao contrário, o Brasil nunca esteve tão bem nem distribui tanto as riquezas (embora muito menos do que o necessário) quanto nos últimos 12 anos. O índice de Gini baixou vertiginosamente, chegando a patamares inferiores aos de 1960 (embora sempre muito alto, obviamente, pois há muito o que caminhar). Passou pela crise internacional com tranquilidade e ainda mantém a economia sob controle e gerando empregos apesar da incerteza geral da economia mundial. Mesmo os aliados do governo previam um 2014 trágico, e ele não foi.

A direitona que esses pseudo-jornalistas pseudo-economistas representam não suporta ver esse avanço, assim como não suporta a Dilma pelo simples fato de que ela fez um governo mais a esquerda, mais estatizante e menos condescendente com o mercado do que o do Lula. Obviamente que há muitos problemas e aspectos ruins, mas não são essas alternativas que estão ai que vão garantir seu fim. Pelo contrário, quase todas (exceto as dos de esquerda, porém sem votos) iriam trazer de volta - por perfil ideológico ou por falta de quadros para fazer outra coisa - justamente todas essas más lembranças do modelo FHC: neoliberalismo, abertura irrestrita ao mercado, concentração da renda, desprezo para com os mais pobres. 

É só ver o Estado de SP e se saberá o que isso significa.

Há os que dizem que o PT muito tempo no poder "se enraíza". Pois se ele tivesse feito em 12 anos 1% do "enraizamento" perverso e politiqueiro que o PSDB fez em SP, estaria surfando nas pesquisas, inexplicavelmente, tendo botado o congresso e a imprensa no bolso, como se fez em SP. Qualquer um pode ver que não é o caso: há espaço para discussão, oposição, e muito.

Está na hora, isso sim, do Governo enfrentar de uma vez por todas a reestruturação não só do sistema político (que depende do Congresso, e a mesma mídia nada deu sobre o resultado do plebiscito popular), mas também do sistema de informação brasileiro. Chega de horário eleitoral gratuíto e permanente para os candidatos da pior elite.

Segue texto importante sobre o modelo econômico que o Sardemberg e amigos tanto odeiam:

segunda-feira, abril 14, 2014

Líder do PT no Senado diz que vai ter CPI e que não entende o temor da oposição


No blog do Humberto Costa.

Durante a sessão desta quarta-feira, a oposição manifestou, mais uma vez, a intenção de investigar apenas a Petrobras, com base no seu requerimento que listava quatro tópicos relacionados à estatal. Ao perceber que a ideia fracassaria, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) ainda tentou encerrar a sessão da CCJ, por meio de uma questão de ordem, antes que o colegiado deliberasse sobre o assunto. Mas o presidente da CCJ, Vital do Rêgo (PMDB-PB) e a maioria dos integrantes presentes rejeitaram o pedido. Em seguida, parte da oposição retirou-se da sessão em protesto.O senador Romero Jucá (PMDB-RR) havia apresentado, ontem, parecer favorável ao requerimento proposto por Humberto. Hoje, por maioria, o colegiado aprovou a decisão. Com a decisão da CCJ, vai ao plenário o parecer favorável a uma CPI mais ampla.

O senador Humberto Costa reiterou que a intenção dos governistas é apurar as denúncias sobre a Petrobras, mas, também, os demais casos de irregularidades que envolvam recursos públicos federais. “A oposição fala que o nosso requerimento da CPI tem fatos distintos. Mas a minha avaliação é de que se trata de dinheiro público federal. Entendemos que se eles consideram a criação da CPI deles, isso também tem de ser feito com nosso requerimento, que mantém tudo que eles desejam e acrescenta outros casos graves”, explicou.

O líder do PT argumentou que não entende a resistência da oposição em ampliar a apuração para investigar, por exemplo, o escândalo do metrô de São Paulo, no qual dezenas de políticos, autoridades e outros agentes públicos são acusados pela própria Alstom – responsável pelo fornecimentos dos trens – de receber propina da empresa. “Os Governos do PSDB em São Paulo já enterraram quatro CPIs nós últimos anos para investigar o tema. Por quê o medo? Vamos apurar os casos da Petrobras e todos os outros onde há malversação de verba federal”, disse Humberto.

quarta-feira, dezembro 18, 2013

Justiça manda Kassab devolver parte do salário de prefeito


O juiz Aluísio Moreira Bueno acatou os argumentos do Ministério Público e considerou ilegal o decreto editado em fevereiro de 2011, no qual Kassab elevou o próprio salário de R$ 12,3 mil para R$ 20 mil e o da vice-prefeita, de R$ 10 mil para R$ 21,7 mil; a diferença dos valores deverá ser paga com correção monetária e juros de 1% ao mês. O valor da ação está estimado em R$ 228 mil

Por Daniel Mello, repórter da Agência Brasil.

São Paulo – A 4ª Vara de Fazenda Pública de São Paulo determinou que ex-prefeito da capital paulista Gilberto Kassab devolva parte do salário recebido durante sua gestão. A decisão afeta também a ex-vice-prefeita Alda Marco Antônio.

O juiz Aluísio Moreira Bueno acatou os argumentos do Ministério Público e considerou ilegal o decreto editado em fevereiro de 2011, no qual Kassab elevou o próprio salário de R$ 12,3 mil para R$ 20 mil e o da vice-prefeita, de R$ 10 mil para R$ 21,7 mil.

“Notadamente, houve a clara intenção na violação dos princípios que regem a administração pública, pela qual foi causada lesão ao patrimônio público, já que agiram contra os princípios da legalidade, impessoalidade e moralidade”, diz o juiz na decisão.

A diferença dos valores deverá ser paga com correção monetária e juros de 1% ao mês. O valor da ação está estimado em R$ 228 mil. Segundo a sentença de primeira instância, o salário do prefeito só poderia ter sido aumentado pela Câmara Municipal para o exercício seguinte.

terça-feira, novembro 26, 2013

Maria Frô acusa o PSDB de ser o partido mais cara de pau do país e o PT o mais inerte

Qual prefeito, Folha? De qual partido, Folha? Quando este prefeito governou, Folha?


A chamada de capa da Folha PSDB acusa PT de reeditar a operação dos ‘aloprados’ para encobrir o mensalão é um caso inédito do poste mijando no cachorro.

Pensem num jornal que se presta a esse papel: garoto de recado de corruptos de alto escalão que desviaram 500 milhões dos cofres públicos. Lembrem-se que a síndrome de Estocolmo do PT, a baixa auto-estima (só consigo explicar o quanto o PT permite levar a culpa de algo que não fez pelas vias psicológicas, não consigo achar explicação política pra este comportamento) já jogou na vala dos corruptos o vereador Antonio Donato, como fez com os ‘mensaleiros’.

Já estou vendo um caso Donato II: o investigador da máfia dos fiscais é atacado por bandidos, sem nenhuma prova  REPITO, ATÉ AGORA SEM NENHUMA PROVA CONTRA ELE, mas mesmo assim Donato é afastado do cargo. Os 500 milhões de desvio ocorridos na Administração Kassab vão para as costas do Haddad, colocados em manchete pela própria Folha. A manchete é tão cara de pau que virou motivo de piada na rede, tal absurdo jornalístico.

Quando há escândalos contra o PSDB e seus aliados, a mídia inteira esconde de que partido se trata:

Propinoduto: Quando denunciado em manchete, tucano é apenas “político”

Nós só ficamos sabendo do propinoduto por causa do Ministério Público Suíço, enquanto o de São Paulo esqueceu a denúncia na gaveta: Como o Ministério Público protegeu tucanos. Procurador Rodrigo de Grandis engaveta oito ofícios do Ministério da Justiça que pediam apuração do escândalo do metrô de São Paulo e prejudica o andamento das investigações.

Reparem nos títulos das matérias da Folha tucana: Marina defende Walter Feldman, citado no escândalo dos trens; Aécio cobra explicações de ministro da Justiça sobre caso Siemens!!!!!!

Que o governo Dilma e o PT enfrentem estes cafajestes, porque a ideia que dá a manchete da Folha aí abaixo, nasceu nas redes sociais, pela direitalha  mais canalha que existe, assim com a ficha falsa do Dops que circulava em blog de extrema direita foi parar em plena campanha eleitoral para presidente no Brasil, na manchete de primeira página da Folha, que nunca se desculpou de seu erro grotesco.

Assim, já que o PSDB pode acusar impunemente o PT e o PT segue sem reagir e processar todos esses detratores e, pior, alimentando a mídia que age a serviço desses detratores, vejo-me no direito de acusar um de cara de pau e o outro de menino que apanha e vai chorar na barra da mãe.  Olha, além de paciência, é preciso muito estômago pra assistir esse absurdo sem se indignar. 

PSDB acusa PT de reeditar a operação dos ‘aloprados’ para encobrir o mensalão

RANIER BRAGON, DE BRASÍLIA, Folha.

Com fortes críticas ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a cúpula do PSDB convocou a imprensa nesta terça-feira (26) para acusar o governo federal de reeditar o “escândalo dos aloprados” –a suposta encomenda de um dossiê falso contra José Serra (PSDB) nas eleições de 2006– como forma de minimizar o impacto das prisões decorrentes do esquema do mensalão.  Leia+


Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...