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terça-feira, junho 02, 2015

#PutaDei2015Belém



Há muitas lendas sobre as borboletas e uma delas conta que se você, suavemente, capturar uma, sussurrar um desejo para ela e, em seguida, deixá-la ir, ele se realizará. Acredita-se que as borboletas transformam sonhos em realidade. Mas, infelizmente, algumas delas são presas e silenciadas.

Assim como as borboletas, nós, trabalhadoras do sexo, muitas vezes somos silenciadas por causa da falta de entendimento, opressão e estigma na sociedade. Desse modo, somos impedidas de transformar em realidade um sonho em comum para todos: viver em uma sociedade sem discriminações.

E nessa simbologia o PutaDei 2015 propõe ampliar as vozes oriundas das esquinas e que lutam por liberdade e por direitos. Uma luta diária pela dignidade, reconhecimento do ofício perante a legislação brasileira e garantia de seus direitos.

O dia 2 de Junho consegue agregar diversas formas de manifestações que perpetuam o grito das mulheres francesas realizado em 1975 e, atualmente, das prostitutas daqui do bairro da Campina, da Região Metropolitana de Belém e de nosso diverso Brasil. E também como o de todas as mulheres que sofrem repressão no mundo inteiro por serem mulheres, prostitutas e trabalhadoras.

A HISTÓRIA DO EVENTO

O PutaDei se tornou um dia conhecido nacionalmente e, em suas três edições, pretendeu a reconstrução cotidiana e positiva das prostitutas. No primeiro ano, em junho de 2012, foi significativo em apresentar a construção do Núcleo de Comunicação, criar o Blog das Esquinas e lançar a primeira Campanha “Não deixe a Luz da esquina se apagar”.

Tudo isso foi um envolver de parceiros do bairro da Campina em uma programação que aconteceu em vários espaços culturais que existem nesse famoso quadrilátero da zona em Belém, com o intuito de agregar e de quebrar estigmas.

Em Junho de 2013, fomos além de nossas esquinas, a palavra foi Multiplicidade, um mosaico de diferenças e heterogeneidades. Em sua realização abrimos portas para que todos se sintam construtores deste grupo e deste ato político.

Teve debates, atos que uniram a arte e cultura, reflexões com as putas, ativistas e comunicadores. Foi um convite para endossar esse grito pelo fim do preconceito e por melhorias para a classe.

Em junho de 2014, o Puta Dei Brasil seguiu além das esquinas paraenses e ocupou algumas localidades como Minas, Rio de janeiro, Niterói, Campinas, São Paulo e quem mais quis participar. Assim, houve uma busca na afirmação e ressignificação da relação da classe com a sociedade.

Este ano, com o tema #ZeroDiscriminação: Junte-se a transformação, vamos ousar e propor zerar a discriminação, que é fruto da falta de informação. Assim, podemos construir juntos o nosso Puta Dei deste ano, que acredita e defende a multiplicidade.

Texto: Ascom Gempac.

quinta-feira, setembro 01, 2011

Psicanalhice


diversão
Tem gente querendo explicar o que não se deve entender. A renomada professora e psicanalista americana Ethel Spector Person me parece ser uma delas. Na tentativa de traduzir o tesão que os homens sentem em ver duas mulheres transando, ela se esquece de explicar que a cena é excitante também para a maioria das mulheres. Talvez esse detalhe esteja num outro capítulo e eu não pretendo chegar lá. Não quero entender minhas vontades nem torná-las profundas e enfadonhas. Afinal, vontade é uma das poucas coisas que a gente tem o direito de matar, sem ter que se explicar.
Segundo a psicanalista, que deve ser feminista e desde já conquista minha antipatia, a razão pela qual os homens ficam excitados ao imaginar duas mulheres fazendo sexo é baseada em temores secretos do homem sobre sua própria potência e capacidade de satisfazer mulheres. A fantasia lésbica não apenas gratifica o prazer em observar o corpo feminino nu, mas também alivia o homem do fardo de satisfazer a mulher do modo como ele sabe que outra mulher é capaz de fazer. Desprovida de qualquer figura masculina, a fantasia também elimina a concorrência.
Em outras palavras, quem fantasia não tem um rival do sexo masculino e por isso não se sente ameaçado. No fim das contas, ela só falta dizer que o homem que sente tesão em ver duas mulheres transando é um homenzinho frágil e assustado. E, se for essa a constatação, ela também se esquece de dizer que talvez essa ‘dose dupla’ sinta um puta prazer em vê-lo tremer de tesão ao assistir o ‘espetáculo’, seja se masturbando ou fazendo o que for necessário para ‘entrar em cena’, como protagonista ou coadjuvante.
No site de Silva Pilz, jornalista que até outro dia escrevia na Playboy, assim como fez um dia a saudosa Maria Rita Kelh.

Com elas o prazer da revista está no que escrevem. Sem ela, melhor não gastar dinheiro com fotos que podemos ver aqui na web.

Tô mentido?

quinta-feira, julho 28, 2011

A Fala do Dia


“Não me sinto excitada com Hef (Hugh Heffner), lamento (…), nunca vi Hef (nu), ele não tira a roupa e a única vez que fizemos sexo durou algo como dois segundos. Minha decisão é resultado de uma profunda reflexão, mas continuo tendo o maior respeito por Hef”.

De Crystal Harris, ex-noiva do fundador e dono da Playboy, Hugh Heffner, de 85 anos, explicando os motivos de ter desistido do casamento com o veterano. 

Siga-me no @JimmyNight.

sexta-feira, novembro 06, 2009

Uma gatíssima à preço de custo

Adriano Barroso que é ator, autor, diretor de teatro, documentarista e roteirista escreveu esta pérola em seu blog que infelizmente está desfasado, imagino que por conta do enorme batalho que o artísta multifacetado que é, mas com certeza a leitura abaixo te levará à boas risadas (se for homem) e quem sabe indentificar-se (se for mulher). Ave Nelson. Mulher bonita gosta de papo besta. Muita elaboração vira tese, e ninguém quer ir para cama com um Phd em alguma porra que não seja o sexo. Mayra era gostosa, mas levava uma vida marital com seu namorado chato. Mesmo com a pouca idade dos dois, eles acreditavam mesmo que deviam fidelidade absoluta um ao outro. Juntos, era um casal enojador, fazendo ceninhas de ciúmes em público e quase sempre deixando a mesa de bar antes de todos, em meio a porradas. Mayra era gostosa e bem de vida, pele boa, cabelo tratado, unhas sempre feitas, se vestia com personalidade. Todo mundo só esperava um dia pegar ela sem o namoradinho chato. Minha particular batalha com Mayra já durava quase um ano, como ela sempre sorria das minhas palhaçadas, eu aproveitava para jogar deixas para ela pegar. Um dia, cheguei mesmo a ser sincero, “Se eu não fosse acanhado, eu te diria que estou enamorado por ti”. Mulher adora homens ingênuos e frases feitas. Quando eu descobri a palavra ‘enamorado” jamais usei de novo a palavra “apaixonado”, que essa dá um ar de compromisso. Enamorado é mais solto, e algumas delas, não sabem nem o que é isso. De tanto esperar, meu dia chegou. Estava rolando um festival de cinema na cidade, e alguns amigos programamos para ir. A turma, junta, somava umas seis pessoas, o número par só foi possível porque nesse dia, o namoradinho chato não foi, Mayra, sim. E eu estava disposto a cercar mais uma vez. “Faz um tempinho que encontro a Mayra sem o namorado por aí, será que terminaram?”, comentou com um certo veneno feminino Amanda, namorada de um amigo. Peguei a senha. Quando Mayra chegou, sem o mala, fui logo mandando o recado: “não posso entrar nesse cinema contigo”, mandei. “Por quê?”, ela respondeu. “Cinema ter ar de romance, e como estás sozinha, não vou responder por mim”, cravei. Ela sorriu, me chamou de palhaço, mas também não decretou distância alguma. E foi como eu tinha pensado, sentado lado a lado, eu fazia comentários sobre o filme no ouvido de Mayra, que só respondia sorrindo. O filme já pouco me importava, era de graça mesmo, e eu estava mais interessado em mapear cada parte daquele coxão exposto que sobrava na sainha de Mayra. Quase no final do filme ela se virou e falou no meu ouvido: aquele papo de enamorado ainda está de cima?, quase amarelei, mas mantive a pose. “Não me entenda mal, você é uma pessoa adorável”, me finge de tímido. Ela também fingiu que acreditou, e logo, logo estávamos trocando longos beijos. Mas também acabou no cinema nosso romance. Fomos para o bar depois e mantivemos a distância, imposta por ela, claro. Mas confesso que fiquei empolgado e decidi realmente fazer a coisa certa. Na mesma semana saímos por duas vezes e foi somente beijos trocados. “Não quero que nossa história seja somente cama, quero que a gente se conheça melhor e tu tenhas certeza do que estas fazendo”, menti. Sempre no carro dela, porque o meu já estava caindo aos pedaços e não comportava uma mulher como aquela, ela me deixava na esquina de casa acreditando ser a ativa na relação. Mas com os beijos cada vez mais quentes, chegou uma hora que não dava mais para segurar, o grande momento estava chegando. Sempre preguei que a leitura é um instrumento maravilhoso para romper barreiras e tirar a gente de encrencar. É lá, nos livros, que estão os grandes ensinamentos da vida, sabedoria é colocá-los em prática na hora certa. Mayra havia sucumbido aos constantes assédios do ex-namorado, e me dito de maneira muito triste no telefone que havia reatado a merda do relacionamento dela. Para não perder por completo tirei um João Antônio da cartola e mantive a malandragem: “Tudo bem, para um homem como eu, o que vivemos já foi uma experiência extasiante”, e desliguei o telefone num Putaquepariu. Mas o que foi plantado naquele dia renderia frutos à frente. Mandei flores e um Neruda para sua casa, em uma despedida à lá Chico Buarque. Uma semana depois São Nelson me valeria. Estávamos todos no mesmo bar, a mesma turma, dessa vez em número ímpar, quando o casal nojo resolveu empreender mais uma briguinha, ele pegou o carro e foi embora e, eu, bom, eu elegantemente me retirei da mesa e fui beber no balcão. Deu certo, ela se aproximou e disse, “Dessa vez é para sempre”, e mais: “Me leva daqui, para onde quiseres”. Para onde eu quisesse valia bem mais do que me prometer vida eterna, entendem? O negócio era que eu andava meio quebrado, gastando mais do que podia, e naquela noite, fazendo as contas rápido, pagando a despesa, me sobraria uns vinte paus. Era muito pouco pra tudo aquilo de mulher. Sorri um sorriso amarelo. “Me tira daqui, vai”, ela implorava. Tirei um Paulo Coelho da manga para ganhar tempo, e ataquei com pieguice: “A raiva nunca é a melhor conselheira”. “Raiva é o caralho, eu passei a noite inteira te olhando”, ela respondeu com a sinceridade de uma Hilda Hilst. “Ta bom. Vamos nos dar ao desfrute”, era Ana Cristina César falando em mim. Mas... (lembrei da pouca gasolina, no meu carro fedorento, do carro dela confortável, da minha carteira magricela, mas aí me veio meu santo de cabeça. Nessas horas as mulheres gostam de homens de atitude). Deixa o teu carro aí e vem comigo. Ela sorriu. Peguei ela pelo braço e saímos andando pela rua, “Para onde tu estas me levando?”, ela questionou. “Se vai rolar algo entre a gente, vai ter que ser diferente. Uma história que seja só nossa”, continuei andando e falando, “frequentas os lugares mais chiques, não é? Quero te fazer experimenta uma história diferente”, ela sorriu. Quatro quadras depois entramos no El Camiño, um hotel vagabundo no centro da cidade, que cobrava 15 paus duas horas. Ela entrou meio ressabiada, mas não desistiu. Pelos meus cálculos ainda sobraria 5 paus para colocar um litro de gasolina no meu caro até chegar em casa depois. Na cama, sacramentei a jogada: “É que eu te acho nelsonrodriguiana, sabe, bonitinha, mas ordinária, quero contigo, mas só vai ser bom se for em um lugar brega como esse”. Ela adorou a declaração. Ainda declarei muito Nelson Rodrigues naquele ouvidinho cheiroso. Sempre nos piores motéis da cidade. Uma gatíssima à preço de custo. Ave Nelson.

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...