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sexta-feira, abril 16, 2021

Coletor de lixo estuda com doações e passa em 2° lugar para cursar medicina

Joel Silva, de 22 anos, foi aprovado no vestibular da UFPA (Universidade Federal do Pará).
A história do jovem de Belém do Pará ganhou destaque na imprensa nacional.
 

Por Carlos Madeiro, no UOL

Joel Silva, de 22 anos, estava se arrumando para mais um dia de trabalho, ontem pela manhã, quando foi liberada a lista de aprovados para o curso de Medicina da UFPA (Universidade Federal do Pará). 

Ao conferir, o rapaz, que vive como coletor de material reciclável, viu seu nome na 2° colocação entre os candidatos que pleiteavam uma vaga e estudaram em escola pública.

Joel, que vive no bairro da Terra Firme, na periferia de Belém, tirou uma nota ponderada de 826 pontos no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e vai voltar à mesma instituição que havia deixado três anos antes, ao abandonar o curso de direito. 

À época, explica o estudante, ele largou o curso não só porque se desestimulou com as matérias, mas pela necessidade que teve de trabalhar e ajudar a família. 

Os pais de Joel vivem há mais de 15 anos com os ganhos em uma cooperativa de catadores de materiais recicláveis de Belém e, segundo o jovem, o apoiaram na busca pelo estudo desde a infância. 

"Eu sempre fui incentivado a buscar a leitura. Como sou de uma área periférica, tinha poucas opções de lazer, e meu hobby se tornou ler", conta. 

Para ter acesso a livros, ele conta que encontrou ajuda do local de trabalho dos pais. "Eles trabalhavam em um galpão perto de minha casa, e eu ia com eles muitas vezes e sempre procurava algo para ler. Lá, além de materiais como garrafas PET e papelão, uma grande parcela era papéis e livros. E sempre tinha um material bom", explica. 

Joel afirma que sempre se interessou pelas áreas de biologia e história. "Eu gostava de literatura de diversos estilos, como a história medieval do rei Arthur. Sempre colecionava livros bons, lia também muito sobre sociologia e filosofia", concluiu.

Rotina puxada 

A rotina de Joel, conciliando os estudos para o vestibular e o serviço como coletor, era desgastante. 

Ele acordava às 6h para se arrumar, tomar café e ir ao trabalho. "E nesse trabalho tive uma oportunidade a mais", conta. 

"Na cooperativa, eles têm roteiro fixo, passamos por determinadas ruas e batemos de porta em porta, conversando com moradores, coletando material. E sempre tem uma relação de confiança. E nessa situação, sempre tinha algumas pessoas com empatia, que queriam saber de nós. Muitos se solidarizaram, e alguns doavam material. Foi com eles que me preparei", diz. 

O jovem conta que começava a estudar apenas por volta das 19h, e todo dia esticava até as 23h. "Só então eu encerrava e dormia para o dia seguinte", explica. 

Ele conta que a escolha pela medicina foi motivada pela oportunidade de ajudar as pessoas de sua comunidade. `

"Escolhi pelo fator de transformação social, para ter chance de dar atendimento à população. Aqui tem várias especialidades médicas que é bem difícil conseguir uma vaga. Precisamos de apoio, e quero ajudar", afirmou o mais novo universitário. 

Agora, o grande desafio do jovem é garantir os seis anos de estudo para se formar médico. 

"Os estudantes de baixa renda tem uma dupla barreira: entrar na universidade é a primeira; a segunda é se manter. Existe um grande índice de evasão, e espero vencer essa batalha também", finaliza.

quarta-feira, julho 22, 2020

UFPA: SINDPROIFES-PA aprova volta às aulas com segurança e inclusão

Diretoria do Sindicato dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior do Pará aprovou em Assembleia Geral a adoção de medidas tecnológicas para que estudantes da graduação, pós-graduação, assino como os projetos de pesquisa e extensão possam ter continuidade, contanto que haja segurança e inclusão de todos. 

Por Diógenes Brandão


Em Assembleia realizada na tarde desta quarta-feira, 22, o SINDPROIFES-PA - Sindicato dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior do Pará - realizou a consulta à comunidade docente da UFPA que decidiu pela manutenção das aulas no segundo semestre deste ano, ao contrário do que queria a ADUFPA - Associação dos Docentes da UFPA, que defende que as aulas sejam suspensas e que só retomem a partir de 2021, ou quando houver a vacina para a COVID-19.

A proposta do SINDPROIFES-PA é debater formas de retorno de atividades de ensino possíveis de serem desenvolvidas de forma remota, resguardando o conteúdo do trabalho e imagem social de docentes das IES, situação essa que a Administração Superior, zelosa com um de seus patrimônios, o(a) docente, poderá ver legalmente junto à sua Procuradoria.

A Assembleia foi realizada de forma virtual e aprovou a defesa da adoção do ensino remoto emergencial e uma reunião no CONSEPE - Conselho Universitário de Ensino, Pesquisa e Extensão - deverá bater martelo.

Em nota, o SINDPROIFES-PA explica sua posição:

O SINDPROIFES-PA destaca que até o momento o distanciamento social é a mais eficaz medida de combate à disseminação da COVID-19. Embora outras medidas tenham sido efetivadas no estado do Pará e no Brasil afora, como confinamento e lockdown, as mesmas ainda não são suficientes, a pandemia ainda não está sob controle e há riscos de contaminação, chamando atenção para muitas vidas de Servidores/as, discentes e seus familiares que foram perdidas para a pandemia.

A crise sanitária desnudou a face da desigualdade social e deixou claro que a maioria das(os) discentes pertencem à classe menos favorecida socialmente, para esses(as) a suspensão do calendário acadêmico e escolar resulta:  

a) Escassez de conhecimento científico, aprendizado e bens culturais que a escola, institutos e universidades oferecem;  

b) Adiamento de projetos de vida, em especial para os concluintes de graduação que vislumbram o ingresso no mundo do trabalho;  

c) Sofrimento psíquico pela indefinição do futuro e insegurança institucional no controle da doença e propostas para conviver com a crise e saída da mesma;  

d) possibilidade de aprofundamento da exclusão social;  

E para os(as) Servidores(as) Públicos das Instituições educativas, tais como as IES, tem sido produzido uma narrativa de descrédito do serviço público diante da sociedade, o qual é duramente caluniado pelo Governo Federal, sendo Servidores(as) chamados(as) de “parasitas”, improdutivos e que, portanto, merecem corte de seus salários. Essa vulnerabilidade da carreira e o questionamento do trabalho docente de todas as redes de ensino público no contexto do atual governo é visível na Instrução Normativa nº 28 de 25 de março de 2020.  

O SINDPROIFES-PA ressalta que qualquer tentativa de retomada de atividades de ensino deve levar em consideração:  

A) QUALIDADE DO ENSINO, baseada no conhecimento fruto da pesquisa científica;  

B) EQUIDADE DE ACESSO, dos(as) estudantes, aos recursos necessários à aprendizagem tendo em vista a demanda por equipamento eletrônico e acesso à banda larga;  

C) PLANO DE FORMAÇÃO DOCENTE PARA O USO DAS TECNOLOGIAS APLICADAS À EDUCAÇÃO, com o devido provimento das condições necessárias à atividade remota, o que passa, igualmente, pelo acesso aos recursos que devem ser disponibilizados pelo sistema, tanto os dados de internet quanto os dispositivos eletrônicos.  

D) RESPEITO À DIMENSÃO GERACIONAL DO PROCESSO: o fator etário é um dos determinantes na relação entre a docência e a aplicação pedagógica das tecnologias, o último parecer do MEC ressalta que 86% dos docentes sentem-se inseguros em utilizar na regência recursos tecnológicos.  

O SINDPROIFES-PA repudia qualquer tentativa de uso de uma situação de infortúnio para tirar proveitos partidários, pessoais, como mal uso de recursos públicos destinados ao combate da pandemia. É momento de união, solidariedade e acima de tudo diálogo entre todos os seguimentos da comunidade escolar e acadêmica. Desta forma estamos dialogando com a Reitoria das IES, entidades Estudantis e entidade dos(as) Servidores(as) Técnicos. Entendemos que trabalhamos muito neste período de pandemia e nossa entidade coloca sugestões para o debate e apresenta o seguinte cronograma de atividades para avançar no debate qualificado e propositivo:  

1- Contato e articulação com os/as Representantes da categoria docente no CONSEPE-UFPA para que façam uma escuta sensível da categoria em suas respectivas Unidades Acadêmicas; Contato e articulação junto à PROEN (Pró-Reitoria de Ensino) - IFPA para compartilhamento de informações sobre levantamento de dados e ações do IFPA a respeito de atividades remotas nos Campi. Período: 20 a 22/07/2020.  

2- ASSEMBLÉIA GERAL, virtual, do SINDPROIFES-PA, para deliberar posicionamentos a serem encaminhados ao Reitor da UFPA. Período: 22/07/2020 às 15h.  

3- Aplicação de Enquete junto à categoria docente sobre o ensino remoto e incentivo para que as demais categorias (Técnicos e Discentes) façam a mesma enquete junto aos seus pares. A definir o início.  

A Direção do SINDPROIFES-PA se solidariza com a categoria docente e está na luta por garantias de direitos e na resistência pela dignidade humana.

domingo, setembro 08, 2019

Tourinho, Maneschy e Fiúza: da academia para a política partidária

Esquerda, direita e centro disputam a UFPA de olho nas eleições de 2022.


Por Diógenes Brandão

O sucesso do ex-reitor Nilson Pinto na política, com mandato federal a quase trinta anos, parece que tem servido de inspiração para outros inquilinos da reitoria da UFPA. Carlos Maneschy, que renunciou ao mandato de reitor em 2016 para disputar a prefeitura de Belém e hoje ocupa uma secretaria de estado no governo do MDB, tem boas perspectiva de futuro na política, haja vista sua grande visibilidade pública neste início de mandato de Helder Barbalho. Alex Fiuza de Mello, após dois mandatos de reitor, ocupou secretaria de estado em dois mandatos consecutivos do ex-governador Simão Jatene e, neste momento, começa a se movimentar no sentido de vir a ocupar espaço na política paraense. Emmanuel Tourinho, em véspera de concluir seu primeiro mandato como reitor, também dá sinais claros de que pretende alçar voos maiores na política. O confronto com o governo Temer e, agora, Bolsonaro sinaliza nesta direção.

Alex Fiuza de Mello neste momento acena abertamente na direção do governo federal de Jair Bolsonaro em textos articulados de apoio a políticas do governo brasileiro de extrema direita. Em seu texto mais recente, denominado “O dia da vergonha na republiqueta das bananas”, Fiuza defende como ato jurídico perfeito a transferência de Lula para a penitenciária de Tremembé em São Paulo. Ele dá sinais óbvios e ululantes de que busca uma “ponte” com o governo Bolsonaro, utilizando como meio o elogio à Operação Lava Jato. Alex Fiuza quer se constituir como uma liderança política no Pará. Neste caminho, ele deverá buscar aproximação com partidos como o “Novo”, PSC, PSL ou assemelhados e formar grupos políticos, sendo a UFPA um espaço importante nesta estratégia.

As eleições para a reitoria da UFPA se aproximam. O atual reitor está governando a universidade em claro confronto com as políticas do governo Bolsonaro, desagradando numerosos grupos de pesquisadores de direita localizados principalmente nos institutos da saúde, de exatas, biológicas e tecnológico. Desses pesquisadores, que gozam de respeito e prestígio na universidade e na sociedade, pode florescer uma alternativa antipetista para disputar a reitoria.

O atual reitor sabe que a probabilidade de ser nomeado pelo presidente Bolsonaro é próximo de zero. Tourinho vem agregando apoiadores na UFPA com posições públicas em defesa da liberdade de Lula e um forte discurso contra as políticas do governo Bolsonaro. Para tentar ampliar a chance de ser nomeado, Tourinho está tentado a acabar com as eleições diretas na UFPA e montar a lista tríplice com duas damas de companhia no Conselho Superior Universitário. Para isso, precisará convencer os conselheiros a quebrarem a tradição democrática da instituição e promoverem eleições indiretas no conselho, bem como anular eventuais reações das entidades sindicais e estudantis da UFPA.

Ainda que o reitor obtenha sucesso nessa estratégia, ele sabe da grande possibilidade de ser nomeado um nome de fora da lista tríplice pelo governo Bolsonaro. Mesmo sabendo disso, Tourinho aposta no caos e no confronto que viria a ser gerado pela nomeação de um “interventor” na UFPA, transformando-se em um mártir vivo e se credenciando a disputar as eleições de 2022 e 2024 pelo PT.

Os primeiros passos de Tourinho nesse sentido foram dados recentemente com a troca do comando do complexo hospitalar da UFPA, varrendo da direção dos hospitais universitários pessoas indicadas pelo ex-reitor Carlos Maneschy e abrindo espaço para contemplar os novos aliados petistas. Tourinho também já teria negociado a troca imediata de membros da administração superior para incorporar outros grupos petistas e do Psol em sua base de apoio.

Como revés, apesar de Carlos Maneschy e seu grupo apoiarem fortemente Tourinho, o ex-reitor tem um grupo estável na UFPA que poderá, neste processo de “esquerdização” da reitoria, buscar alianças em torno de uma candidatura mais ao centro político para suceder Tourinho.
Fiúza, Maneschy e Tourinho são estrelas de primeira grandeza da UFPA e que ensaiam movimentos em direção à grande política paraense. São nomes com estatura para construir novas alternativas políticas para o estado do Pará. Mas, antes disso, devem medir força nas próximas eleições para a reitoria da UFPA. 

Quem sairá vitorioso? 

Façam suas apostas!

terça-feira, agosto 06, 2019

Indicação política promove críticas na UFPA

Regina Feio retirou seu perfil do Facebook, após ser indicada para assumir cargo federal.

Por Diógenes Brandão

Pegou muito mal na comunidade acadêmica da UFPA, o fato da Professora Regina Feio ter tirado do ar seu perfil pessoal no Facebook e, logo em seguida, ainda na manhã de ontem, saberem da nomeação dela como a nova diretora-superintendente do Hospital Universitário Barros Barreto.

Aposentada como professora titular, a petista histórica foi vice-reitora do ex-reitor Alex Fiúza. Em 2009, Regina Feio disputou a reitoria da UFPA e foi derrotada por Carlos Maneschy.

Já em 2016, apoiou a chapa petista que concorreu à sucessão de Maneschy, atacando a candidatura de Emmanuel Tourinho, como sendo do PMDB, e ontem, o mesmo a nomeou como a nova superintendente do complexo hospitalar da UFPA, responsável pela gestão do Barros Barreto, após a exoneração do Dr. Paulo Amorim, conforme noticiou o portal AmazonLive.

Leia Também: Apesar das denúncias, Hospital Barros Barreto tem servidores comprometidos

Até bem pouco tempo atrás, em seu perfil do Facebook, a nova superintendente do Barros Barreto fazia ataques reiterados ao candidato e agora presidente Jair Bolsonaro.

"Seguindo o padrão camaleônico de Fiúza, Regina retirou o seu perfil do ar. Agora, depois de declarar apoio ao Emmanuel Tourinho, vai jurar fidelidade a Bolsonaro?", indaga a fonte do blog que enviou as informações que alimentam esta matéria.

O complexo hospitalar da UFPA é administrado por uma empresa pública (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares - EBSERH) e vem enfrentando enorme crise nos últimos 36 meses,  devido aos custos de pessoal terceirizado (cerca de 500), que vinham sendo custeados com recursos dos serviços prestados ao SUS pelos hospitais.

Esta situação fazia com que os hospitais não tivessem recursos para investimentos, daí a enorme crise financeira e orçamentária que assola esses hospitais.

Foram técnicos de nível superior do próprio hospital que tiveram a difícil missão de administrar estes hospitais em situação pré-falimentar.

A situação, entretanto, acabou de mudar: a EBSERH Nacional fez concurso público e assumiu o pagamento de cerca de 500 funcionários dos hospitais, que antes eram pagos com as verbas do SUS, a partir do trabalho diuturno dos hospitais.

Então, os hospitais da UFPA terão alta liquidez para investimentos, uma vez que todo o recurso arrecadado do SUS será investido nos próprios hospitais. Só o HUJBB- terá uma liquidez de 60 milhões anuais, conforme também noticiado pelo portal AmazonLive.

É neste novo cenário orçamentário que se delineia nos hospitais universitários que o Reitor exonerou o chefe do complexo hospitalar, o Dr. Paulo Amorim e nomeou a professora e dentista aposentada, Regina Feio, como nova superintendente do complexo hospitalar da UFPA.

O que chama a atenção é que existem vários médicos, da ativa, nos hospitais universitários da UFPA,  mas foi uma dentista aposentada a escolhida.

Outra coisa que causa estranheza é o fato de que a professora Regina Feio, é petista de carteirinha, e  dizem, reflete as novas alianças do magnífico Reitor Emanuel Tourinho, com setores majoritários do PT, visando construir pontes para seu futuro político próximo.

A comunidade interna aos hospitais, especialmente no Barros Barreto promete reagir a esta indicação política, que pode ter passado despercebida pelo general Oswaldo Ferreira, presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), responsável pelas gestões do Hospitais Universitários Barros Barreto e Bettina Ferro.

O blog considera normal as pessoas expressarem suas opiniões e terem a liberdade de expressão garantida, mas estranha que alguém que faça duras críticas a um governo, retire suas publicações de suas redes sociais e vá compor esse mesmo governo que tanto combateu.

Seguem alguns prints do Facebook de Regina Feio, antes dela retirá-lo do ar:











segunda-feira, julho 01, 2019

Hospital Universitário Barros Barreto: A casa tá caindo, literalmente!



Por Diógenes Brandão

Definitivamente, as coisas começam a ruir no Hospital Universitário Barros Barreto. 

Segundo o relato de um dos poucos médicos que estavam de plantão, na noite deste sábado, 29, uma parte do teto de gesso da unidade que trata pacientes com câncer desabou, quase em cima dos pacientes e funcionários que estavam no local. 

Para o médico que serviu como fonte desta matéria, o diretor-superintendente do hospital continua agindo de forma atabalhoada para tentar se manter no cargo, enquanto pacientes e funcionários continuam sofrendo a incompetência de sua gestão repleta de denúncias, agora começa a sofrer as consequências do sucateamento do hospital, que recebe milhões de reais do governo federal, mas não consegue oferecer a mínima segurança a quem precisa dele.

Além do médico que nos informou o acontecido e pediu anonimato, outra enfermeira que estava no hospital no momento do sinistro, disse ao blog que o hospital sofre as consequências de uma gestão denunciada em diversas suspeitas de desvios e contratações irregulares, mas que mesmo com tudo vindo a tona, inclusive com provas filmadas e exibida em rede nacional, os responsáveis continuam sendo mantidos em seus cargos, perseguindo e demitindo todos que os denunciam ou que atrapalhem seus objetivos.


Há duas semanas atrás, o Conselho Regional de Medicina confirmou o que o médico nos relatou e a matéria do portal G1-Pa noticiouApós vistoria, CRM confirma péssima condição de trabalho no Hospital Barros Barreto

Servidores denunciaram ao Conselho a péssima condição de trabalho e falta de medicamentos para os pacientes. Direção do hospital diz que reforma a UTI pediátrica será retomada no segundo semestre de 2019 e que há a falta de apenas um medicamento na unidade.

O Conselho Regional de Medicina (CRM) do Pará realizou uma vistoria no Hospital Universitário Barros Barreto, no bairro do Guamá, em Belém. A instituição recebeu denúncia de médicos que relataram as péssimas condições de trabalho, além da falta de medicamentos para os pacientes.  O conselheiro do Departamento de Fiscalização do CRM, o médico Jorge Wilson Tuma, que fez parte da equipe que vistoriou o hospital, confirmou as denuncias feitas pelos servidores do hospital Barros Barreto.  "Encontramos enfermarias sendo usadas como se fosse UTI. A pediatria, então, uma coisa aberrante. Pediatria toda fechada para uma reforma que de 1 a 3 anos que já vem se arrastando e não se tem uma solução", disse.

Quanto a falta de medicamentos, o conselheiro alertou que os pacientes que realizam um tratamento com antibióticos não podem ter a administração do medicamento interrompida antes do prazo, caso contrário ele correrá risco de morte.  "O setor de farmácia, pelas informações que tivemos lá no local, há momentos que falta medicação, mas depois repõe, duram poucos dias, falta novamente. Isso só trás prejuízo, principalmente quando se trata de antibiótico terapia. Porque antibiótico você tem que iniciar a terapia e ir até o fim", afirmou.  

O Ministério Público Federal (MPF) entrou no caso e enviou questionamento para a direção do hospital sobre esses problemas todos mostrados pelos médicos e pela TV Liberal. Segundo o MPF, o Barros Barreto tem até a próxima terça-feira (25) para se manifestar oficialmente sobre essas denuncias.

Denúncia 

Uma reportagem da TV Liberal, veiculada na quinta-feira (13), mostrou a real situação das alas do maior hospital universitário do estado, que é referência em infectologia na região norte.  

Vídeos gravados por servidores mostraram o espaço sujo com pisos destruídos e móveis amontoados na ala pediátricas. Os funcionários informaram que a enfermaria e a unidade de terapia intensiva (UTI) fora desativadas há três anos por causa de uma reforma que está parada e que o lugar virou um depósito de camas hospitalares novas, mas sem uso. Eles também denunciaram que até o início do mês de junho cerca de 20 medicamentos estavam com o estoque zerado e que pacientes que precisa realizar terapia com antibióticos não conseguem concluir o tratamento devido a constante falta do remédio.

"O problema que nós estamos tendo é que as vezes nós começamos com um tipo de medicação, um tipo de antibiótico. A pessoa recebe dois dias e depois acaba esse antibiótico. A gente vai para outro antibiótico, ele recebe mais três dias de antibiótico e chega a notícia que não tem a medicação e a gente tem que mudar novamente. Então isso é um prejuízo para o próprio paciente que acaba ficando resistente àquela bactéria. E o risco dele evoluir a óbito, dele não responder ao tratamento", contou uma servidora que não quis se identificar.  

"A situação é precária e nós ficamos muito preocupados porque nós estamos prestando serviço para as pessoas. Nós não estamos conseguindo fazer tudo aquilo que nós deveríamos por falta de condições de trabalho. Para o paciente é muito pior ainda porque ele pode vir a falecer", concluiu. 

sábado, junho 15, 2019

Escândalo Barros Barreto: Os funcionários fantasmas da FADESP



Por Diógenes Brandão

A Ebserh, empresa que administra o complexo hospitalar da UFPA, realizou concurso para substituição dos funcionários da FADESP. 

Após chamarem quase 800 concursados, quase ninguém foi demitido, ocasionando o inchaço de pessoas o hospital e o surgimento de funcionários fantasmas. 

Como se não bastasse, o superintendente contratou irregularmente novos funcionários via FADESP, apesar de expressa recomendação contrária do Ministério Público e do Tribunal de Contas da União

Segundo esses órgãos, não poderia haver novas contratações, a não ser para substituir pessoal da assistência. 

Segundo nossa fonte, contrataram uma administradora, que havia sido demitida da FADESP por improbidade administrativa, e um motorista, companheiro do braço direito do superintendente.

Leia também: Escândalo Barros Barreto: Fantasmas assombram a gestão

sábado, maio 25, 2019

#CaravanaLulaLivre traz Haddad ao Pará e mostra força das universidades contra Bolsonaro

Fernando Haddad e a presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, no ato em defesa da Educação superior na Amazônia, realizado na UFOPA, na manhã desta sexta-feira, 24. Foto: Ricardo Stuckert.

Por Diógenes Brandão

A passagem do ex-ministro da Educação e candidato do PT à presidência do Brasil, em 2018, o paulista Fernando Haddad pelo Pará foi marcante para a comunidade universitária da UFPA, que lotou a área do 'Vadião', onde uma programação reuniu milhares de simpatizantes, em sua maioria formada por estudantes e professores. 

No palco, uma mistura dos velhos com novos dirigentes da esquerda paraense. Na platéia, rostos novos e de uma militância que muito já lutou, mas continua esperançosa por um país diferente do que está sendo governado por Jair Bolsonaro.


Vindo de Santarém  - com a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann - onde participou de um ato político nas dependências da UFOPA, Haddad iniciou seu discurso dizendo que a UFPA está entre as melhores universidades do mundo, seja pela diversidade ou por ter uma produção científica com 70% dela coordenada por mulheres. Lembrou que Lula foi responsável pela criação da UFOPA - Universidade Federal do Oeste do Pará e da UNIFESSPA -  Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará e disse que Bolsonaro mexeu com uma das áreas mais sensível do imaginário popular que é a educação.


Além da fala rápida e objetiva de Haddad, um dos pontos altos do evento, foi a apresentação da artista paraense Alba Maria, que emocionou o público presente à beira do rio Guamá, interpretando grande clássicos da MPB, como 'Pra não dizer que não falei das flores', de Geraldo Vandré; 'Apesar de você', de Chico Buarque, entre outras belas canções que embalaram a luta contra a ditadura militar e pela redemocratização brasileira.


Além da presença de parlamentares e lideranças de movimentos sociais ligados ao PT, Haddad reuniu lideranças do PDT, PCdoB e do PSOL. Um barco todo decorado de bandeiras vermelhas, com frases de #LulaLivre, chamou a atenção para a pauta prioritária do PT.  

A visita de Haddad ao Pará faz parte dos preparativos para os atos em defesa da Educação, previstos para o próximo dia 30 deste mês, que fortalece a Greve Geral programada para o dia 14 de julho, podendo ser uma paralisação sem precedentes na história do país. 



Duas importantes entidades da UFPA jogaram peso para o sucesso do evento. São elas: o DCE - Diretório Central dos Estudantes, representado pelo Coordenador Geral, Davi Lima e o SINDPROIFES-PA - Sindicato dos Professores das Instituições de Ensino Superior do Pará, representado pela professora e pedagoga, Socorro Coelho.

Uma transmissão ao vivo pelo Facebook, que já conta com mais de 48 mil visualizações, permite que pessoas que não estavam no local, possam assistir ao evento pela internet. 


terça-feira, maio 07, 2019

Reitor da UFPA esclarece o bloqueio de verbas

Como demonstrado recentemente, 83% do investimento público em educação é destinado à Educação Básica e apenas 17% à Educação Superior”, aponta Emmanuel Tourinho, que diz que o “Brasil precisa aumentar o investimento público em todos os níveis, não transferir o recurso disponível de um para o outro”, apontou o reitor.

Por Maissa Trajano, no Portal da UFPA   

Na última semana, o Ministério da Educação (MEC) anunciou que todas as Instituições Federais de Ensino Superior sofrerão um bloqueio de 30% do seu orçamento de custeio. A notícia gerou grande apreensão de toda a comunidade universitária, visto que, há quatro anos, as universidades já vêm enfrentando grandes problemas com restrições orçamentárias. O reitor da UFPA, Emmanuel Tourinho, realizou coletiva para esclarecer a atual situação financeira da Instituição e as consequências da nova decisão do Ministério da Educação.  

Atualmente, a verba destinada pelo MEC às universidades brasileiras compreende três grupos de despesas: pessoal, capital e custeio. A verba de pessoal vai diretamente para o pagamento dos servidores, a de capital é destinada a investimentos em equipamentos e obras, e a de custeio é direcionada para os serviços de manutenção das instituições.  

Desde 2015, as universidades vêm sofrendo com cortes e contingenciamentos/bloqueios. Até 2014, o orçamento da UFPA para despesas de capital era de cerca de 80 milhões. Para 2019, estão previstos apenas 9 milhões. Além disso, 50% desse valor foi bloqueado. Se não houver revisão do bloqueio, até o final do ano a federal paraense poderá contar apenas com 4,5 milhões para investir na infraestrutura de seus doze campi, duzentos cursos de graduação e cento e trinta e cinco cursos de mestrado e doutorado.  

Para as despesas de custeio, houve o congelamento do orçamento em valores próximos aos de 2014, o que significa perda real de 25% do que a UFPA recebia, já que os contratos são reajustados todos os anos. Esse recurso é destinado, principalmente, ao pagamento da energia elétrica, vigilância, limpeza, manutenção predial e material de consumo para os laboratórios e para o funcionamento administrativo da UFPA.  

“Já tem sido um grande desafio conseguir que a Instituição se mantenha funcionando regularmente, aguardando que esse cenário externo mude e que seja possível tirar o máximo proveito da nossa capacidade instalada de formação e de produção de conhecimento. A Universidade faz muito, mas poderia fazer muito mais se houvesse, no Brasil, uma política pública forte e regular de apoio à Educação Superior e à pesquisa”, lamentou Emmanuel Tourinho.  


Corte de 30% - Após a notícia divulgada pelo MEC, que prevê um bloqueio de cerca de 30% no orçamento das universidades federais brasileiras, a UFPA agora também contará com um valor menor para suas despesas de custeio. Foram bloqueados R$ 55 milhões do orçamento da UFPA. A Instituição poderá dispor apenas de 108 milhões dos 163 milhões previstos em seu orçamento. Desta forma, a Universidade terá ainda mais dificuldades para fechar as contas no final do ano.  

“As universidades brasileiras entendem que é necessário um ajuste fiscal, mas elas precisam também que a sociedade e o governo entendam que não há solução para a crise sem as universidades. O País não vai construir um novo cenário de desenvolvimento econômico e social se perder a competência científica e tecnológica que as universidades públicas representam”, afirmou Emmanuel Tourinho ao falar sobre a dificuldades com que todos terão para lidar com os novos bloqueios.  

“Todas as nações desenvolvidas e em desenvolvimento tratam educação e ciência como investimentos essenciais para a superação de seus problemas e a promoção da qualidade de vida dos cidadãos. Essa agenda precisa ser assumida no Brasil também ou seremos uma nação sem futuro, sem cidadania, sem soberania”, completou.  

Ainda sobre o bloqueio, o reitor da UFPA ressaltou que irá trabalhar pela revisão da medida. “Nosso esforço será de diálogo com o governo, com a sociedade e com o Congresso Nacional, para obter o cancelamento do bloqueio. Isso é indispensável para que a UFPA mantenha as suas atividades até o final do ano. Não temos a menor condição de fechar o ano com as contas em dia, se o bloqueio permanecer. Todas as áreas de atuação da UFPA serão gravemente afetadas se não tivermos sucesso. Todo o nosso planejamento estará comprometido”, afirmou o reitor.  

Educação Superior x Educação Básica – Quando se trata de comparar os níveis de ensino no País como forma de justificar qualquer corte, o reitor afirma que o Brasil precisa investir mais na Educação de forma global, o que inclui os níveis Infantil, Básico e Superior. Segundo o reitor, o País não terá educação de qualidade investindo em apenas um desses níveis. “Como demonstrado recentemente, 83% do investimento público em educação é destinado à Educação Básica e apenas 17% à Educação Superior. Ocorre que a educação básica é responsabilidade direta de Estados e municípios, enquanto a educação superior pública é mantida principalmente com verbas federais. O Brasil precisa aumentar o investimento público em todos os níveis, não transferir o recurso disponível de um para o outro”, apontou o reitor.  

O custo da Educação Superior, em qualquer país, é naturalmente mais alto do que o da Educação Básica, uma vez que requer uma estrutura mais complexa de laboratórios, equipamentos, tecnologias e pessoal qualificado em muitas áreas. Além disso, quando o custo da universidade é calculado, a conta não inclui apenas o ensino, já que as universidades também realizam pesquisa e prestam diversos serviços à sociedade por meio da oferta de hospitais universitários, clínicas, museus, teatros etc. Portanto a comparação dos valores entre níveis diferentes não permite compreender corretamente o perfil de investimento do país. O ideal seria comparar o investimento do país com o investimento de outras nações.  

Tanto na Educação Básica como na Educação Superior, o investimento em educação no Brasil é dos menores do mundo, como atestam os dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). “O Brasil destina, hoje, aproximadamente 5% do PIB à educação (já foram 6%). Em termos percentuais, parece ser um valor semelhante aos de outros países, mas quando olhamos para o que isso representa em termos de investimento por aluno, descobrimos que o País está no fim da fila. Temos os mais baixos valores de investimento por aluno, tanto na Educação Básica, quanto na Educação Superior. Essa é a verdade que precisa ser esclarecida à população”, afirma o reitor.  

A necessidade de olhar para a educação como um sistema integral também decorre do fato de que a qualidade da Ensino Básico depende diretamente do Ensino Superior. “Se for reduzido o investimento na Educação Superior, nós continuaremos com um sistema educacional que não é capaz de suprir as necessidades do País. É a Educação Superior que forma os professores que vão para a Educação Infantil e para a Educação Básica. É ela que desenvolve as tecnologias que vão ser empregadas na nossa realidade social. É ela que dá suporte às políticas públicas voltadas à Educação Básica. Então, é preciso ter esta compreensão, de que nós temos que olhar para a educação como um sistema que vai da creche ao doutorado, e precisamos ter um padrão de investimento que seja compatível com as necessidades do País, abrangendo todos os níveis”, pontuou.

Importância social e econômica – Além da sua importância para a melhoria dos índices educacionais do País, o Ensino Superior também é imprescindível para o desenvolvimento do Brasil em outros diversos cenários. “A universidade pública é uma instituição que está sempre interagindo com toda a sociedade. Nós oferecemos o ensino de melhor qualidade que existe no País, nós produzimos quase toda a ciência nacional, nós disponibilizamos suporte tecnológico ao setor industrial e auxiliamos os governos na execução de políticas públicas. Nós mantemos, ainda, hospitais de alta complexidade, que atendem 100% pelo SUS, hospitais de custo elevado, que exigem um empenho muito grande da Universidade para continuarem em funcionamento. Nós promovemos políticas de inclusão que têm transformado a vida de milhares de jovens, muitos deles os primeiros de suas famílias a chegarem à universidade. Mantemos, na UFPA, uma escola de Educação Infantil e Educação Básica, uma das melhores do Estado, além de cursos técnicos nas áreas Música, Teatro e Dança, com impacto em todo o ambiente cultural do Pará. Então, nós temos a certeza de que estamos entregando para a sociedade um excelente resultado do investimento que ela faz aqui”, destacou o reitor.  

Setores como o de petróleo e gás, hoje responsável por 15% da economia brasileira, só se desenvolveram no País com a pesquisa feita nas universidades públicas. A área de produção de alimentos também cresceu com o desenvolvimento das tecnologias e dos estudos que saíram de dentro das universidades federais.  

“Quando falamos das universidades federais, nós estamos falando de um sistema que é fundamental para o desenvolvimento econômico e social do País. Se esse sistema for comprometido, no seu funcionamento, nós vamos todos pagar um preço muito mais alto no futuro: a sociedade vai perder a capacidade de resolver os seus problemas com conhecimento e com tecnologia. Deixar as universidades públicas federais entrarem em colapso representará um custo elevadíssimo para toda a sociedade brasileira”, concluiu Emmanuel Tourinho.  

Sobre a UFPA – Apesar dos cortes e contingenciamentos dos últimos anos, a Universidade Federal do Pará consegue estar presente em mais de setenta municípios do Pará, com cursos de graduação e de pós-graduação. Desenvolve diversos projetos de extensão na interação com a comunidade e projetos de pesquisa sobre temas relacionados às necessidades e demandas da população local.  

Ao todo, mais de 53 mil alunos são atendidos por um quadro de 2800 docentes e 3000 servidores técnico-administrativos, o que coloca a UFPA como uma das três maiores universidades federais em número de alunos.  

“A Universidade Federal do Pará é a maior e mais importante instituição acadêmica e de pesquisa de toda a Pan-Amazônia. É a maior produtora de ciência na e sobre a Amazônia. O futuro de toda a região está diretamente ligado ao futuro da UFPA. Temos motivos incontáveis para valorizar e defender esta instituição”, finalizou o reitor da UFPA.

Fotos: Alexandre de Moraes e Thiago Pelaes

sexta-feira, janeiro 04, 2019

UFPA cria jogo educativo mostrando o descaso ambiental em Belém, Ananindeua e Paragominas

Jogo se passa em cenários conhecidos dos estudantes paraenses. — Foto: Divulgação/ UFPA.

Via G1 Pará

Avenida Almirante Barroso, praia de Outeiro, Paragominas e outros lugares são cenário do game, que pode ser utilizado de forma didática com crianças.

Estudantes de Ciência e Tecnologia da Universidade Federal do Pará (UFPA) com o auxílio de professores, criaram um jogo virtual que ensina às crianças processos de conscientização sobre os problemas ambientais do Pará. Batizado de “O Sábio - Uma aventura ecológica”, o game pode ser utilizado de forma didática nas salas de aula ou como lazer e está disponível na internet de forma gratuita.  
O objetivo é mostrar aos pequenos desastres naturais, profundas mudanças ambientais e o aquecimento global. O jogo, criado pelos alunos Beatriz Veras, Francisco Costa, Levi Pacheco, Ney Cristina Oliveira e Verena Ribeiro foca nos problemas ambientais que afetam a sociedade.  

“O grupo optou por enfocar situações que tiveram destaque em jornais locais, retratando situações de fácil reconhecimento pelos alunos, em seu cotidiano”, conta Beatriz.  

De acordo com a pedagoga Janise Viana, mestre em Gestão de Recursos Naturais, que ajudou na criação do game, por meio do jogo “os professores poderão estimular a discussão sobre temas como a contaminação das águas superficiais e subterrâneas por esgotos e lixo, a poluição do ar e o desmatamento da floresta Amazônica”.  

Game 

Na primeira fase é enfatizada a questão do lixo e de ratos nas feiras livres: “Nessa etapa o jogador deve evitar ser atingido pelo líquido escuro (chorume), altamente poluente, liberado pela decomposição da matéria orgânica presente no lixo acumulado nas imediações da feira”, detalha a professora Janise.  

A segunda parte do jogo mostra o cenário exuberante das praias da região e como são danificados pela poluição. De acordo com a docente, “aqueles que chegam nessa etapa só conseguirão se livrar da contaminação se pularem em um barco. A fase é inspirada na Praia do Amor, em Outeiro.  

A terceira fase é voltada para a poluição do ar, consequente da queima de combustíveis fósseis por automóveis. O cenário deste nível foi baseado na avenida Almirante Barroso.

quarta-feira, outubro 03, 2018

UMA BREVE ANÁLISE SOBRE O FENÔMENO BOLSONARO

Bolsonaro foi criado pelo PT, por sua irresponsabilidade, por seu comportamento iconólatra à Lula. 

Por Carlos França*

Relutei muito, até que neste amanhecer resolvi fazer esta postagem, pra registrar o que penso. A mesma não tem desejo de proselitismo, apenas expor um pensamento, que não tolerará comentários de baixaria ou chulos. 

Quem me conhece é sabedor que meu candidato à presidência era Álvaro Dias, probo, preparado e confiável; mesmo assim, há muito tempo já fazia uma avaliação consubstanciada academicamente de que Bolsonaro, cresceria muito. 

Interessante que este personagem que a mídia nos traz deste senhor, não condiz com sua real existência na Câmara; membro do baixo clero, pouco articulado entre colegas, tímido, péssima oratória, desinteressado das composições inerentes a legislatura, acabando por movimentar-se sozinho, meio que isolado.

Como conseguiu então tanta projeção? Opino, que sua posição antipetista ferrenha desde a época áurea do lulopetismo, sua indiferença ao politicamente correto, sem filtros, que inclusive facilitou as rotulagem de homofóbico, racista, etc... e sua incomum franqueza, que as vezes chega à beira da ingenuidade política, foram as responsáveis! 

Seu crescimento junto ao eleitorado explica-se mais por suas deficiências do que por méritos. Houve uma empatia e uma percepção de que ele fala o que pensa e assim sendo, podemos confiar; daí talvez explique-se porque apanhe tanto e não tendo partido forte, sem dinheiro, sem tempo de tv, antipatia da imprensa, oposição de quase todos os partidos, impensável na academia, odiado pelos artistas, esfaqueado e doente, como um zumbi...ele sobreviveu. 

Tenho um grande amigo, privilegiado pelo seu posto de observação do tema, que afirmou, a uns sete meses atrás: “esse cara é um idiota, vai dissolver quando começar a campanha eleitoral”, isto durante uma avaliação de cenários, onde eu defendia o Alvaro Dias, mas já afirmava que o Bolsonaro iria surpreender e poderia ganhar, contra tudo e todos, as eleições. 

Em fóruns mais acadêmicos, eu até sentia-me acanhado, dada a repelência e nada racional posição de amigos sobre o tema, sendo que entre estes, os mais próximos e também os que mais respeito, sabem desta avaliação. Indo mais além e a quase dois meses, portanto antes da facada, em um papo com um outro grande amigo, referência intelectual do tema, afirmei, após uma longa análise, que Bolsonaro poderá ganhar a eleição no primeiro turno. Fui taxado de louco e até superficial...rs

Ontem, conversando com uma outra amiga também MSc em Ciência Política como eu, esquerda típica, que milita abertamente contra o fenômeno, rotulando-o com todos seus méritos, também fiz esta avaliação, destacando a ela, que o ódio à criatura, deveria-se voltar ao criador, ou seja, os governos de esquerda, que levaram o Brasil a esta situação de descrença em todo sistema político. 

Bolsonaro foi criado pelo PT, por sua irresponsabilidade, por seu comportamento iconólatra à Lula. 

Bolsonaro ganhará as Eleições não por ser de direita, ganhará as eleições porque é contra o sistema e no inconsciente coletivo da maioria da população, ter esta representação...muitos dos quais até o presente momento nem sabem que votarão nele. 

O sistema sabe disso e o teme, mais do que a esquerda. O mérito dele foi ter a fortuna (Maquiável) de ter historicamente trombado com este inconsciente. A maioria da população votará contra o Sistema, votará em Bolsonaro!  

*Carlos França é Professor, Advogado e Mestre em Ciência Política pela UFPA.

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...