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quinta-feira, agosto 23, 2018

O bate-boca das torcidas desorganizadas e a busca pelo voto nas redes sociais



Por Diógenes Brandão

Analistas e especialistas em comunicação e marketing político avaliam de formas distintas o comportamento dos internautas em períodos eleitorais. Centros de estudos de universidades se debruçam sobre o tema e criam mecanismo de mensuração do impacto das mensagens distribuídas pelas infovias, gerando números e gráficos que possam tentar explicar o que se passa, em cada etapa do processo eleitoral, mas nem sempre todo esse conhecimento ganha alguma notoriedade ou interesse, até mesmo dos principais interessados na disputa eleitoral.

Desde 2013, quando o movimento de rua, mobilizado pelas redes sociais e que nasceu da reivindicação contra o reajuste da tarifa do transporte urbano em São Paulo, vimos eclodir uma imensa massa de anônimos que tomaram conta do processo político e tornaram-se protagonistas de uma onda de protestos que acabou derrubando o governo Dilma e que agora rareou com o governo Temer e o processo eleitoral, praticamente o tornou quase que esquecido.

No entanto, as sequelas vivas deste processo mobilizatório, que contou com a ajuda dos principais meios de comunicação do Brasil, ainda estão com seus efeitos visíveis e ativos, no entanto, nada mais é feito nas ruas. Agora é tudo nas redes sociais.

Com o início do processo eleitoral deste ano e faltando exatos 45 dias para o 1º turno, as torcidas desorganizadas invadem as redes sociais com toneladas de lixo digital, seja através de panfletos digitais, com fotos e números dos seus candidatos, quanto com um debate raso, improdutivo e meramente artificial. 

Não há debate. Apenas defesa de nomes e não de projetos. Também não existe coerência entre os interlocutores, que só concordam entre si, quando estão em bolhas, mas colocados em grupos multifacetados, agem com impulsividade, reprovando os candidatos alheios, criticando resultados de pesquisas que não lhe agradam e assim tornando o ambiente digital nas redes sociais, um lugar insalubre e poluído com o que há de pior das torcidas que não pensam em outra coisa, se não em torcer para seu time e tentar desqualificar a torcida e os times que também fazem parte do jogo eleitoral.

Será assim, enquanto não houver uma sociedade politizada e com pessoas capazes de arguir suas ideias e propostas, com talento e educação, respeito e humildade. 

Até lá, iremos conviver com uma verdadeira gritaria de néscios, sempre em busca de garantir apenas o seu direito de manifestar a tão sonhada e reivindicada liberdade de expressão.

quinta-feira, dezembro 31, 2015

Por um ano cheio de vitórias!



Um agência de comunicação digital que sabe como expressar a ansiedade pela campanha eleitoral, que já começa a partir de amanhã. 

Vem aí um ano de fortes emoções! Você já está preparado

quarta-feira, março 11, 2015

Entenda por que os políticos devem monitorar as redes sociais mesmo após as eleições

As redes sociais foram um canal muito usado por políticos nas eleições de 2014, mas será usá-las só no período eleitoral é o suficiente?


As redes sociais revolucionaram a forma como empresas, personalidades, instituições e pessoas se relacionam e se portam. No que se refere a eleições e política, as redes desempenharam um papel determinante para que candidatos e partidos pudessem mapear e se aproximar de seus eleitores. Foi possível atestar esta nova realidade nas últimas eleições, principalmente na de 2014, com disputas entre partidários. Candidatos investiram no uso de canais digitais para, entre outras coisas, posicionarem-se trabalhando suas imagens enquanto figuras do poder público.

Mapeando votos

O monitoramento online é hoje uma das ferramentas fundamentais e mais eficazes do marketing digital que, em 2014, foi amplamente explorado no processo eleitoral. É possível coletar dados, inclusive em tempo real, identificando mensagens positivas e negativas sobre a imagem de corporações, reputação de grandes marcas no mercado e, também, sobre o que tem sido dito sobre política.

Com a utilização de métricas, filtros como identificação de gênero, dados demográficos, socioeconômicos, faixa etária etc, é possível determinar e analisar o perfil dos eleitores bem como a forma como a imagem do político tem sido percebida e discutida pela audiência. Isso permite traçar estratégias eficientes para a conquista de eleitores além de solidificar a escolha de simpatizantes. Vale lembrar que, para ter sucesso definitivo, o político não deve se olhar para esses canais apenas nos períodos eleitorais. É preciso usar as redes sociais para conhecer, ouvir e entender o que a população está querendo. O político que sabe lidar com as redes sociais como intermediárias entre ele e o público-alvo dele — mostrando-se realmente preocupado com as questões desse público — ganha vantagem em relação ao político que apenas usa essas ferramentas como forma de obter mais votos.

Monitoramento antes, durante e depois

O recente processo eleitoral foi marcado pela militância e conectividade de eleitores que nunca discutiram tanto sobre política utilizando as redes sociais como canais de interação. Em um artigo publicado na BBC Brasil, podemos aferir que durante os 3 meses de campanha eleitoral, cerca de 674,4 milhões de interações sobre as eleições ocorreram só no Facebook.

Mas, é fundamental entender que a imagem e a reputação de figuras públicas como políticos não possuem prazo de validade. Logo, é imprescindível que menções sobre a personalidade do poder público sejam acompanhadas não apenas no período eleitoral mas sim durante toda carreira política do candidato. É fundamental que haja uma rotina contínua de ações relativas ao posicionamento do político nas redes sociais tendo ele sido eleito ou não.

Arme-se para a próxima guerra digital

Durante a corrida eleitoral no Brasil, os candidatos que chegaram ao 2ª turno investiram (e muito!) nas redes sociais. O Twitter e o Facebook foram usados como  plataformas para confrontos, divulgação de personalidades com apoios polarizados, além de conquistas dos governos e a busca pelo engajamento de militantes e eleitores simpatizantes.

Se o candidato já estiver pensando em uma próxima eleição, ele pode usar esse período para divulgar seu nome, ideias e estreitar relacionamento com os eleitores.  E já que a maioria só olha para as redes sociais apenas durante o período eleitoral, o candidato que usar as redes sociais como ferramenta estratégica — mesmo fora de campanha ou mandato — estará um passo à frente da concorrência e poderá aproveitar esse momento para se firmar cada vez mais.

Prevenção de crise em tempo real 

Com o compartilhamento constante de notícias e opiniões sobre o político ou partido nas redes sociais, o mundo da política passou a lidar com situações de crise a todo momento e numa escala muito maior. Se o político fica de olho nesses canais, ele consegue identificar crises rapidamente e já pensar em formas de reverter a situação. Além disso, acompanhar a repercussão dos assuntos  nas redes sociais podem ajudar a guiar as próximas ações e a postura frente aos assuntos polêmicos.

Mais do que estratégias com o intuito de angariar votos, o posicionamento e a manutenção da imagem dos candidatos nas redes sociais demandam acompanhamento constante devido à grande exposição dos políticos que, afinal, são figuras públicas cujas posturas morais são acompanhadas e avaliadas pelo eleitorado.

E você, participou da guerra digital durante as eleições? Entendeu por que o monitoramento é essencial não só durante as eleições, mas sim durante todo o mandato do candidato? Se você tem alguma dúvida ou sugestão escreva pra nós através dos comentários!

segunda-feira, dezembro 01, 2014

Chico Cavalcante: Marketing político não faz milagre

Chico Cavalcante em sua sala na Vanguarda, durante uma conversa sobre Marketing na Internet.
"Quem é ateu e viu milagres como eu
Sabe que os deuses sem Deus
Não cessam de brotar, nem cansam de esperar
E o coração que é soberano e que é senhor
Não cabe na escravidão, não cabe no seu não
Não cabe em si de tanto sim
É pura dança e sexo e glória, e paira para além da história"
Trecho da canção "Milagres do Povo" de Caetano Veloso.


Chico Cavalcante, ou o Chiquinho da Vanguarda como é conhecido por muitos é uma das mentes mais brilhantes do Estado do Pará. Avalio que ele chegou longe por seu talento e inteligência, mas principalmente pela capacidade de escutar e não agir emocionalmente.

Por respeito ao seu trabalho e pessoalmente admirá-lo como ser humano, trago a entrevista publicada na edição dominical do jornal Diário do Pará, mas antes gostaria de dizer que acho lamentável, que o profissional Francisco Cavalcante não dê à internet a devida atenção que ela merece e chamo a atenção para a parte da entrevista, onde ele diz que a comunicação da campanha do senador Paulo Rocha foi perfeita.

Quem monitorou e observou o desenvolvimento do site e a administração das redes sociais do candidato, sabe do que estou falando. No entanto, isso é apenas um detalhe numa campanha vitoriosa e cheia de estórias para contar e o Chiquinho conta um pedaço dela.

No mais, senti falta do reconhecimento da inigualável força e empenho da militância do PT e dos partidos coligados na defesa do legado da esquerda, representados na candidatura de Paulo Rocha, que de certa forma canalizou um sentimento de injustiça, tal como outras injustiças existentes no Estado do Pará, mas isso é pauta para outra postagem.

Os desafios de fazer marketing político no Pará.

No Diário do Pará.

Conhecido por expressar opiniões sem meias palavras, titular de uma agência de marketing político e outra de marketing comercial, autor de seis livros, o jornalista e publicitário Chico Cavalcante conduziu campanhas para o PT paraense de 1994 a 2006, colecionando vitórias. Depois de um breve hiato nos pleitos de 2010 e 2012 quando não trabalhou para a legenda, Cavalcante retornou a convite de Paulo Rocha e comandou sua a exitosa campanha ao senado.


P: A vitória de Paulo Rocha foi fácil como dizem?

R: Quem acredita nisso não entende nada da mecânica complexa de uma eleição para o senado ou para o governo. Não existe vitória eleitoral fácil. Ganhamos porque somamos mais acertos do que erros. Eu diria que sou perseguido por um tipo de opinião desqualificada, que sempre diz que as nossas vitórias foram fruto do acaso. Eu estive a frente de eleições vitoriosas em 1996, 2000, 2004, 2006, 2008, 2010 e 2012. Paulo Rocha venceu porque acumulou mais acertos, desde a engenharia política estruturante até uma comunicação melhor que a dos demais. O que pode, para um leigo, parecer uma eleição fácil, uma jogada de sorte, foi a mais difícil das disputas eleitorais enfrentadas por Paulo Rocha. Entramos nesta campanha sem dinheiro e enfrentando outros cinco obstáculos dificílimos. Primeiro, a alta rejeição de Paulo Rocha, desencadeada pelos violentos ataques que sofreu quando foi arrolado no chamado “mensalão”. Paulo Rocha, um homem honrado, foi acusado pela imprensa, condenado pela opinião pública, mas inocentado pelo Supremo Tribunal Federal.

No entanto, sua inocência não teve nem 3% do espaço na mídia que foi ocupado pelos ataques que abalaram sua imagem. Essa conta desequilibrada gerou um alto resíduo de rejeição, que era o nosso primeiro e maior obstáculo a enfrentar para angariar votos suficientes numa disputa de uma única vaga ao Senado. O segundo obstáculo foi o revés jurídico, quando Paulo Rocha teve seu registro eleitoral recusado pelo Tribunal Regional Eleitoral. Passamos a eleição inteira à sombra dessa espada, à espera de uma decisão do TSE que só chegou no momento final da campanha de rádio e TV.

O terceiro obstáculo foi suplantar o corredor polonês formado por cinco candidatos com estrutura cara e apoio aberto da máquina estadual, um deles detentor do mandato e disputando com grande agressividade sua reeleição. O quarto obstáculo era a campanha suja empreendida pelos adversários. A propaganda difamatória, aquela feita com base na mentira, se fortaleceu imensamente neste pleito. Eu diria mesmo que ela se profissionalizou. Vídeos apócrifos, mensagens de texto difamatórias e falas agressivas no rádio e na TV buscavam associar Paulo Rocha a práticas antiéticas que jamais fizeram parte de sua conduta. O quinto obstáculo era o desconhecimento brutal que as pessoas tinham acerca da atuação parlamentar de Paulo Rocha e do valor de sua atuação para resolver problemas concretos da população do Pará. Ninguém sabia, por exemplo, que sem a iniciativa de Paulo Rocha, a prefeitura de Belém não teria tido condições de construir um segundo Pronto Socorro, que é o do Guamá, construído e inaugurado graças aos recursos obtidos por emendas de Paulo Rocha. 

P: Se o governador não tivesse lançado cinco candidatos ao senado, Paulo Rocha teria o mesmo desempenho.?

R: Lula disse algo muito sagaz em um dos comícios da campanha em Belém. Ele disse que o adversário precisou juntar cinco candidatos para enfrentar Paulo Rocha e que isso era sinal de força do candidato do PT. Ao fazer essa afirmação, Lula expressou na verdade a envergadura da tarefa que estava diante de Paulo Rocha: enfrentar um bloco de adversários com muito poder de fogo, agrupados em volta da máquina cuja mecânica os tucanos conhecem como poucos. Se Paulo perdesse, teria perdido para tudo isso; Lula deu a senha desse discurso. Ocorre que a estratégia do adversário era, de fato, uma ação de autodefesa. Jatene precisava de uma rede de proteção e usou os seus candidatos ao senado como escudo humano.

Então o esquema dos cinco candidatos ao senado era vital para ele criar um cinturão de força. Essa decisão foi o que deu o arranque para que Jatene iniciasse o processo de recuperação, que foi lenta e paulatina. Os senadores do governador não eram meros elementos ornamentais, eles tinham um papel estratégico, basilar, e pretendiam disputar entre si a vaga do Senado, já que tinham Paulo Rocha como previamente fora de combate. Um tucano me disse “cara, não tem como ressuscitar o Paulo Rocha; vocês vão fracassar, seja no voto, seja nos Tribunais”. A estrutura de campanha desses candidatos era milionária, intimidadora, e a máquina operou por eles com grande perícia. Estratégia política correta, comunicação impecável e o apoio fraterno de Helder e de sua estrutura, foram os elementos decisivos para começar o processo de escalada de votos que culminou com a vitória acachapante de Paulo Rocha. Ninguém tropeça nessa montanha de votos. Para conquistá-los é preciso acertar muito.

P: Em 2010, Paulo Rocha perdeu. Agora, sem tudo isso, ele venceu. Que papel a propaganda ou o marketing tiveram nessa eleição?

R: Marketing político não faz milagre. Sozinho, não ganha eleição. Quem diz o contrário é marqueteiro desonesto. O que ganha eleição é a combinação efetiva de cinco elementos: planejamento, estratégia, engenharia política, marketing e propaganda, organizados e dirigidos em torno de um candidato viável e de um processo de mobilização continuado.

É esse conjunto que pode encontrar o caminho do eleitor e combater os movimentos ofensivos dos adversários. . O marketing é um elemento importante, mas é um elemento condicionado. Do mesmo modo que as pessoas superestimam o papel do marketing e subestimam o papel da política em uma eleição, elas confundem propaganda e marketing. São categorias distintas. Marketing é estratégico; é a arte de planejar o antes, o durante e o depois da propaganda no rádio e na TV. O marketing tem a ver com o “todo”. Propaganda é um instrumento tático, tem a ver com a forma que será usada para posicionar o candidato e estimular o eleitor a nos entregar o seu voto; se expressa em diferentes meios, desde as ações de rua, web, até o horário eleitoral gratuito. Como parte de qualquer boa estratégia, o marketing que desenvolvemos para o Paulo exigiu a definição de objetivos, priorização de ações e escolha de indicadores de sucesso. 

P: Você trabalhou para o PT em campanhas exitosas, mas em 2010 e 2012 esteve fora. O que o levou a retornar justamente em uma campanha que você considerava difícil?

R: Não escolho a campanha pela facilidade ou dificuldade, mas pela identidade que tenho com o candidato. Paulo Rocha me chamou e eu aceitei. Não apenas porque temos identidade, mas porque Paulo confiou no marketing político que praticamos e que extravasa o campo da forma e se infiltra na estratégia política. Fazemos marketing sistêmico. Ouvindo os dirigentes políticos, organizamos a estratégia de modo a tornar persuasivo o discurso político respeitando a autoridade do comando. Eu não crio a diretriz política, mas posso me imiscuir a ela, interpretando-a, expressando-a, dando-lhe forma persuasiva. Paulo nos pediu isso, para traduzirmos a política para a linguagem do marketing.

Isso é Political Branding, ou “Inteligência Política”, como prefiro chamar, que está um passo além do que no Brasil se chama marketing político, que se confunde muito com propaganda eleitoral. Por exemplo, Paulo Rocha aparecia em nossos levantamentos como alguém sisudo, mal humorado. Isso é tudo o que ele não é. Paulo é um ser humano afável; um dos políticos mais dispostos a ouvir com quem já tive o prazer de trabalhar. Ele é agregador e evita o confronto. Mas não importa. As pessoas viam de outro modo e era preciso traçar um plano para resolver isso. Mostramos o Paulo Rocha humano, ante-sala do Paulo Rocha político, realizador, comprometido. E isso diminuiu a rejeição a ele de modo paulatino. Ou seja, transformamos a verdade em instrumento de reconstrução de imagem. A verdade é eficiente.

P: E quando a mentira é eficiente?

R: A mentira é eficiente especialmente quando desencadeia o medo. A propaganda de guerra está cheia de exemplos disso. Mas a mentira só funciona efetivamente quando ganha semelhança espectral com a verdade, quando ela encontra pontos de apoio no imaginário e se torna tão parecida com a verdade que passa a ser vista como tal. 

Há muitos exemplos, como aquele momento em se propagou que, se Lula fosse eleito presidente, quem tivesse duas casas teria que entregar uma delas aos sem-teto. Essa mentira, hoje vista como absurda, funcionou naquele momento, gerando medo na classe média. Na campanha ao senado aqui, os adversários de Paulo Rocha distribuíram via web e via whatsapp um link cuja manchete dizia que nosso candidato havia tido seu registro cassado pelo TSE. Ao seguir esse link, você era conduzido a uma página de um dos maiores sites de notícias do país, mas não encontrava a matéria ali. Não importa. Estava criada a verossimilhança.

A informação que ficava para o eleitor era de que Paulo Rocha havia tido sua candidatura cassada em última instância e que em algum momento essa matéria havia sido publicada naquele site de prestígio. Era mentira, mas criar um link e associá-lo a uma prestigiada página de notícias dava a essa mentira ares de verdade. Teríamos obtido uma votação ainda maior, se não tivéssemos sido alvo desse tipo de investida a eleição inteira. O outro exemplo que aconteceu aqui foi a propagação vertiginosa, em Belém e em toda a região metropolitana, do boato de que Helder, uma vez eleito, iria “dividir o Pará”. Ora, qualquer pessoa um pouco mais informada sabe que um governador – não Helder apenas, mas qualquer governador – não tem o poder de dividir um estado, não apenas o Pará, mas qualquer estado. Seria inconstitucional, mesmo porque ao tomar posse, o governador jura defender a integridade territorial do estado. 

P: Muito tem se falado das pesquisas. Há uma discussão no Congresso para proibir suas divulgações, para evitar, segundo o autor do projeto, o “fator indutor” que teriam. Como foi o uso de pesquisas eleitorais na campanha de Paulo Rocha?

R: Usamos mais pesquisa antes da campanha, para planejamento, do que durante, porque campanhas de baixo custo não têm dinheiro para investir pesado em pesquisas, que são sempre caras. Claro que são instrumentos importantes, mas penso que estão sendo superestimadas especialmente porque ganharam uma aura de novidade que não têm.

O cálculo de probabilidade, em que se baseiam as pesquisas eleitorais modernas, remonta a 1693, quando John Graunt examinou os registros paroquiais de batismo, casamentos e falecimentos em Londres e lançou seu método de tabelas e, com ele, as bases do que chamou de “uma nova racionalidade baseada nos números”. Ou seja, não há novidade alguma nas pesquisas ou em suas metodologias. O problema das pesquisas eleitorais não é fazê-las; se temos recursos, devem ser feitas. O problema é torná-las oráculos, achar que elas são espécies de escrituras sagradas que não podem ser contrariadas ou seremos punidos.


quarta-feira, março 20, 2013

PSDB e PSOL se unem contra blogosfera


No blog O Cafezinho.

O líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), protocolou ontem pedido de informações para que o governo explique o aumento de gastos com publicidade na internet, de 483%, no período de 2000 a 2011, segundo o partido. De acordo com o líder tucano, os gastos informados pelo governo não permitem saber a razão do aumento dessas despesas, passando de R$ 15 milhões, em 2000, para R$ 90 milhões, em 2011.

Aloysio quer que a Secretaria de Comunicação da Presidência explique se há financiamento público dos chamados “blogs sujos”, que são, segundo ele, sites de jornalistas contratados para atacar opositores do governo.

- Muitos dados que temos não são suficientemente pormenorizados. É impossível saber o que é gasto com empresas que concorreram no mercado, e as que não são. É um exército, uma milícia no “cyberespaço”. Eu quero saber onde e como esse dinheiro está sendo gasto – disse Aloysio.

O líder do PSOL, senador Randolfe Rodrigues (AP), que disse que irá subscrever o requerimento do tucano, afirmou que um site que veicula publicidade de uma empresa estatal teria “massacrado” o senador Pedro Taques (PDT-MT), um dos mais críticos ao governo no Senado:

- Se recebe verbas públicas para isso, mais do que ameaça à liberdade de expressão, é uma ameaça à democracia. É o financiamento do achincalhamento de quem tem alguma divergência – disse Randolfe.

A “denúncia” de Aloysio Nunes é antes de tudo burrice. Em 2000, a internet quase não existia no Brasil. Eu, que fui um dos primeiros blogueiros do país, entrei por aqui em 2004. Essa é a explicação óbvia porque o aumento da publicidade estatal na internet cresceu 483%.

Mais grave que a burrice, porém, é que Nunes na verdade está tentando perseguir a blogosfera. O Cafezinho já identificou que mais de dois terços da publicidade federal vai para UOL, Globo, Abril. Até o site da Fox recebe dinheiro. A blogosfera não ganha nada. Alguns blogs de grande circulação recebem anúncios de estatais. É triste sobretudo ver um senador de esquerda, como Randolfe Rodrigues, adotar uma postura tão mesquinha, apenas porque viu ataques de um blog ao senador Pedro Tacques. E daí? A grande mídia não ataca diariamente políticos e instituições, e não é justamente por isso que é considerada “crítica” e “independente”? Quer dizer que o senhor Randolfe Rodrigues, que nunca abriu a boca para reclamar contra a concentração midiática no país, e contra uma lógica de direcionamento de verbas estatais que apenas beneficia os grandes, agora vai entrar na turma dos que querem asfixiar financeiramente os dois ou três blogs que receberam uns caraminguás?


segunda-feira, julho 26, 2010

Campanha pela WEB no Brasil e no Pará

Esta campanha eleitoral inaugura uso das chamadas mídias sociais e redes sociais na internet brasileira e disparadamente o PT e seus candidatos são os que mais agregam seguidores, comunidades, redes de contatos e perfis de apoio dos internautas.

Tal fenômeno pode ser explicado dado à densidade crítica e propositiva que emerge da esquerda brasileira, o que tem feito com que pessoas com opinião e disposição ao debate utilizem-se dos inúmeros recursos de comunicação na internet para expressarem-se.

De olho neste potencial militante, a campanha da ex-petista Marina Silva (PV) se lança como uma das que utiliza, e o faz de forma correta, do twitter, Facebook, Orkut e blogs, entre outras redes de relacionamento existentes.

Com o foco principalmente na juventude - mas não só - os partidos brasileiros vão aos pouco descobrindo o potencial que a internet proporciona para divulgação de suas propostas/opiniões, sem esquecer das campanhas nas ruas, mas considerando que enquanto estão em um lugar, outros apoiadores estão em outro, em muitos casos acessando fotos, depoimentos, notícias e propostas do dia-a-dia do candidato da sua própria casa, do seu trabalho ou de qualquer outro lugar que esteja conectado, até mesmo do seu próprio celular- caso possua conexão 3G.

Vale lembrar que nos EUA, onde as últimas eleições presidências contaram pela 1ª vez com as ferramentas da internet na campanha eleitoral, o atual presidente Barack Obama declarou que a internet foi fundamental para sua vitória, pois possibilitou que muitas das suas propostas.

Aqui no Pará, Ana Júlia (PT) e Simão Jatene (PSDB) vão aos poucos tateandos os recursos através de equipes contratadas, mas como voluntariado é coisa rara na ala tucana, a petista vai seguindo à dianteira na busca por sua reeleição, contando com o suporte imprescindível que emana de milhares de pessoas que hoje em dia preferem mil vezes dá uma “twitada”, do que acompanhá-la em uma de suas caminhadas pelo interior do Estado ou na periferia de Belém.

terça-feira, fevereiro 10, 2009

O Pior Vírus de Todos os Tempos e a Lista dos Melhores Antivírus

Fiquem atentos nos próximos dias!
Não abram nenhuma mensagem com um arquivo chamado (convite).
Independente de quem a enviou, apague-o imediatamente.
É um vírus que 'abre' uma tocha olímpica que 'queima' todo o Disco rígido do computador. 
Este vírus virá de uma pessoa conhecida que tem seu nome em sua Lista de endereços, por isso você deve enviar esta mensagem a todos os seus contactos.
É preferível receber 25 vezes esta mensagem, do que receber o vírus e abrí-lo...
Se receber a mensagem chamada 'Invitation' não a abra e apague do seu computador imediatamente!
É o pior vírus anunciado pela CNN e classificado pela Microsoft como o mais destrutivo que já existiu.  Ele foi descoberto ontem à tarde pela McKafee e não existe Anti-vírus para ele.
O vírus destrói o Sector Zero do Disco Rígido, onde as informações Vitais de seu funcionamento são guardadas. Comunique esta informação para todos os seus contatos como forma de garantir a segurança dos computadores pessoais.
Abaixo a contribuição de um experiente internauta sobre o risco real da praga eletrônica e os links para quem precisa de um bom anti-virus mas não tem tanta informação sobre o tema.

Companheiras e companheiros:
Com minha experiência de mais de 20 anos em informática, pude acompanhar a "evolução" dos vírus de computador.
Hoje em dia nenhum vírus apaga ou, como diz a mensagem, "queima" o conteúdo do disco rígido. Alguns impedimentos impossibilitam tal operação. Um destes impedimentos é que sem a permissão do usuário, não tem como apagar o setor 0. Outro, é que se o vírus apagar o conteúdo do HD, ou o setor onde fica a FAT (File Alocation Table - Tabela de Alocação de Arquivos - algo equivalente a um índice), ele automaticamente comete "suicídio". Estamos na era da informação e assim sendo vale muito mais um vírus "vivo" coletando o "modus operandi" dos usuários que um vírus "suicida".
Mas a pergunta que fica é: Se as informações acima são verdadeiras, por que continuo recebendo estas mensagens alertando sobre vírus terríveis? A resposta é bem simples. A grande maioria das pessoas ainda não usa anti-vírus. E em quase todos os casos estas mensagens contém um vírus "modificado", que chamamos de sniffer.
Estes sniffers, como o próprio nome diz, podem "farejar" o que acontece na rede, coletando milhares de endereços de e-mail, que são informações extremamente valiosas.
Como hoje é o Dia da Internet Segura -um dia com atividades ao redor do mundo para alertar sobre os perigos da navegação desprevenida-, vai uma leitura sobre segurança na web.
Espero ter ajudado.
Saudações socialistas!
Vale pagar por um antivírus? Confira teste com programas pagos e gratuitos.
CINTIA BAIO | Do UOL Tecnologia.
A oferta de antivírus no mercado é grande -sejam os gratuitos ou pagos. Resta saber se esses programas estão mesmo preparados para proteger o seu computador contra todos os tipos de pragas que aparecem diariamente na Web. 
O UOL Tecnologia escolheu 4 antivírus bem conhecidos entre os usuários de computadores e Internet -2 deles gratuitos (AVG Antivírus 8 e Avast! 4.0) e 2 programas pagos (Kaspersky Internet Security versão 7.0 e Norton Internet Security 2009)- para saber qual deles se sai melhor na batalha contra as pragas virtuais.
OS CAMPEÕES Antivírus Pragas detectadas* Distribuição Kaspersky Internet Security (versão 7.0) 197 Paga Avast! (versão 4.0) 195 Grátis  Norton Internet Security (versão 2009) 190 Paga AVG Antivírus (versão 8) 84 Grátis.
*Foram instalados 200 pragas para o teste.

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Para o teste, infectamos um computador com aproximadamente 200 vírus de diversos tipos e colocamos cada um dos programas para rodar. O primeiro antivírus escolhido foi o gratuito AVG, um dos mais conhecidos entre os usuários de computadores. Depois, foi a vez do Kaspersky, seguido do Avast! edo Norton.
Na lista dos antivírus gratuitos, quem se saiu melhor foi o Avast!. O programa conseguiu detectar 195 dos 200 vírus instalados no computador. Já o concorrente AVG assustou: encontrou apenas 84-e ficou na última posição entre os antivírus testados. Em um dos testes, o programa não conseguiu detectar uma praga que desabilitava o antivírus e qualquer outro arquivo executável. Um risco grande para quem costuma usar o aplicativo.
O desempenho dos antivírus pagos não ficou muito além da performance apresentada pelos freewares. Aliás, o gratuito Avast! conseguiu reconhecer mais pragas do que a versão paga do Norton Internet Security 2009 (190 encontrados contra 195 do Avast!). O outro concorrente pago, o Kaspersky, encontrou 197 e ficou na primeira posição entre os programas testados pelo UOL Tecnologia.
AVG Antivírus 8.

Com uma interface simples de usar, a versão 8 do antivírus gratuito AVG oferece proteção contra vírus e alguns malwares (como cavalos-de-tróia e worms). Também protege e-mails e traz filtro de spam e firewall.
A tela principal traz a opção de varrer todo o computador ou escolher áreas específicas.
Pontos positivos: Tela simples de operar, verificação antivírus e anti-spyware em um único núcleo, o que reduz o consumo de recursos, varredura rápida. 
Pontos negativos: Foi o antivírus que menos detectou pragas. 
De 200 vírus instalados no computador, detectou apenas 84 -menos da metade. Também é o mais pesado entre os testados, com 62,29 MB.
Avast! 4.0.

Bastante semelhante a players musicais, a interface é simples de usar e o tamanho do Avast! é bem menor que o AVG: apenas 29,6 MB. O aplicativo oferece a opção de fazer varredura em todo o computador ou apenas em pastas específicas com poucos cliques. O antivírus também consegue escanear arquivos compactados nos mais diferentes formatos.
Pontos positivos: Foi o segundo antivírus que mais detectou pragas nos testes feitos pelo UOL Tecnologia: 195 de 200 instalados.
Pontos negativos: Interface simples, porém sem muitos atrativos visuais. Mesmo sendo gratuito, o aplicativo pede um código de ativação que é encontrado no site do fabricante.
Norton Internet Security 2009.

O antivírus protege o computador contra vírus, spyware, cavalos-de-tróia, worms e rootkits. Traz a possibilidade de agendar verificações automáticas a cada 5 minutos (ou mais). Além disso, oferece suporte gratuito por bate-papo outelefone. Um ano de assinatura do software custa R$ 99. Já 2anos saem por R$ 169. 
Roda em Windows XP e Vista e pesa 63,90 MB.
Pontos positivos: A varredura é rápida e oferece suporte gratuito por telefone ou bate-papo.
Pontos negativos: A interface não é tão simples e o programa ficou em terceiro lugar entre os antivírus testados, deixando passar 10 dos 200 vírus instalados no computador.
Kaspersky Internet Security versão 7.0

Simples de instalar, o programa tem uma assinatura anual por R$ 119. A varredura é rápida e a interface bastante fácil de usar. Traz proteção contra spam e phishing e suporte técnico gratuito.
Pontos positivos: O software pago ficou em primeiro lugar entre os testados, localizando 197 dos 200 vírus instalados.
Pontos negativos: O programa não é compatível com o AVG 8.0, por exemplo. Os dois aplicativos juntos podem causar conflitos no sistema. Por isso, ao ser instalado, o Kaspersky solicita a remoção do antivírus gratuito.

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...