sexta-feira, outubro 17, 2014

Entidades pedem fim de concessão de meios de comunicação a políticos com mandato



Por Helena Martins - Repórter da Agência Brasil.

Hoje (17) é o Dia Internacional pela Democratização da Comunicação. Além de comemorar a data, entidades promovem, ao longo da semana, uma série de atividades com o objetivo de ampliar o debate e a coleta de assinaturas em apoio ao chamado Projeto de Lei da Mídia Democrática. O projeto propõe nova regulação do sistema de comunicação do país, a partir de medidas como o estímulo à concorrência e a proibição da outorga de concessões para políticos com mandato eletivo.

“Esta tem sido uma semana importante para o debate e a luta pela democratização em pauta mais uma vez”, avalia Rosane Bertotti, coordenadora do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), que está à frente da organização das atividades da semana. Segundo o FNDC, ações como debates e atos públicos ocorrem em Alagoas, na Bahia, no Ceará, em Pernambuco, Sergipe, São Paulo, no Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Distrito Federal e Maranhão.

Também está sendo promovida a campanha "#Foracoronéisdamídia", que quer alertar sobre os impactos que a posse de concessões de meios de comunicação por políticos causam na democracia. A campanha é uma parceria entre Executiva Nacional de Estudantes de Comunicação (Enecos), o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) e o Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social.

Os organizadores destacam que o Artigo 54 da Constituição Federal proíbe que deputados e senadores firmem “contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes”.

Além da regra constitucional, o Códio Brasileiro de Telecomunicações estabelece que “não poderá exercer a função de diretor ou gerente de concessionária, permissionária ou autorizada de serviço de radiodifusão quem esteja no gozo de imunidade parlamentar ou de foro especial”.

Como emissoras de rádio e televisão funcionam por meio de concessões públicas, as organizações que participam da campanha defendem que essa proibição deve ser respeitada.

Essa não é, contudo, a realidade vivenciada no país. Apesar das normas, o projeto Donos da Mídia mostra que, até 2009, 271 políticos eram sócios ou diretores de 324 veículos de comunicação no país. Até então, os casos eram comuns a praticamente todas as unidades da Federação, com destaque para Minas Gerais. Os políticos citados pelo estudo eram filiados a dez partidos.

Para enfrentar esse cenário, desde 2011 tramita na Justiça a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 246. Elaborada pelo Intervozes, em parceria com o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), a ADPF questiona a outorga e a renovação de concessões de radiodifusão a pessoas jurídicas que tenham políticos com mandato como sócios ou associados. Pede ainda a proibição da diplomação e a posse de políticos que sejam, direta ou indiretamente, sócios de pessoas jurídicas concessionárias de radiodifusão.

De acordo com a ADPF, é preciso que esse tipo de relação de propriedade seja declarada inconstitucional. Sobre a situação atual, o texto mostra que a falta de fiscalização das concessões, permissões e autorizações para que essa prática seja evitada configura omissão por parte do Poder Executivo, com consequências para a garantia do direito à informação e para a própria democracia brasileira.

No ano passado, o Ministério Público Federal se posicionou sobre o tema. Ele reconheceu a proibição constitucional, mas deu parecer negativo à ADPF, alegando falta de delimitação do objeto. A ação é relatada pelo ministro Gilmar Mendes e ainda não há previsão de quando será votada.

O uso das redes sociais na reta final da campanha eleitoral



Embora tarde, a conquista dos votos pelas redes sociais ainda é possível. Como dizem: a eleição só acaba quando termina. 

Com essa compreensão, a coordenação de campanha da coligação "Pra Mudar o Pará" convida todos os interessados a participarem da Oficina de Marketing Eleitoral nas Mídias Sociais. 

É neste sábado e as vagas são limitadíssimas!

Tá esperando o que pra mandar um zap?

quinta-feira, outubro 16, 2014

Lula critica Aécio, Jader chama Jatene de vagabundo e manda uma banana pros adversários


Antológico: Jader Barbalho dá uma banana pros seus adversários políticos e comerciais durante comício com Lula no Pará.
A imagem acima, por si só já é polêmica, mas as frases proferidas pelo seu orador é que impactaram todos os presentes no comício da coligação "Todos Pelo Pará", formada por 11 partidos, entre eles o PMDB com Helder Barbalho, candidato a governador e o PT, que teve Paulo Rocha eleito senador. 

O evento reuniu cerca de 30 mil pessoas na noite desta quarta-feira (15), em Ananindeua, segundo maior município do Pará, onde Lula não economizou críticas a Aécio Neves. O ex-presidente defendeu Dilma e destacou as contradições do tucano, citando a distância entre o que diz e o que pratica.

"Como é que alguém se recusa a fazer um simples teste do bafômetro pode dizer que vai governar este país com decência e competência? Palavras são muito fáceis de dizer", disparou Lula. 

O fato que Lula se refere, aconteceu em 2011, quando o atual candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, se recusou a soprar o bafômetro numa blitz no Rio de Janeiro. Ele estava com a habilitação vencida e foi multado, mas não teve o carro recolhido. Na época, a assessoria do senador informou que ele voltava para casa com sua namorada e não sabia que sua carteira irregular.

Vagabundo

Antes de Lula, Jader Barbalho que é pai de Helder, não dispensou críticas aos seus adversários paraenses, tanto no ramo empresarial, quanto na política. O ponto alto de seu discurso foi quando disparou contra a família Maiorana, chamando-a entre outras coisas de contrabandista, respondendo ao ataque que sofre diariamente pelas páginas do Jornal O Liberal, de propriedade de seus concorrentes no ramo da comunicação local e a uma provocação feita desde o início da campanha de que ele, Jader, estaria sendo escondido por Helder em sua campanha.

"Disseram Helder, que você queria me esconder. Esconder de que porra? 

Quem é o político nesse Estado que tem o currículo que eu tenho? 

Quem é? 

Fui vereador, deputado estadual, deputado federal até hoje mais votado nesse Estado, quatro vezes. Senador da República duas vezes, governador do Estado, duas vezes(...) 

Eu pergunto pros funcionários públicos qual foi o melhor governador para os funcionários públicos desse Estado? 

Hoje é o dia do professor. Quem foi que deu o Estatuto do Magistério para os professores deste Estado? 

Fui eu! 

Quem criou o Regime Jurídico Único para os funcionários públicos? Fui eu! Quem deu mais títulos de títulos de terra pra gente na Reforma Urbana, mais de 50 mil famílias? 

Fui eu! 

Quem desapropriou terra para agricultor nesse Estado, também mais de 50 mil? 

Fui eu! 

Então compare! 

Este preguiçoso que taí, esse governador da preguiça, que aliais eu quero dizer, os primeiros cargos, os primeiros quatro, foram todos dados por mim, todos dados por mim. 

Era meu puxa-saco, puxa-saco vagabundo. Eu dei os primeiros quatros empregos, se não até hoje ele tava tocando violão. Era só o que ele sabia fazer.

Esconder o que? Esconder um sujeito como eu que na última eleição, presidente Lula, dizia que votar em mim não seria contado o meu voto. 

Olha só! Sabe quantos votos eu tive? 

Pessoa dizia que não contava. Um milhão e oitocentos mil votos e esse preguiçoso vagabundo, teve pra governador 700 mil. Eu tive mais do que o dobro dele. 

Agora presidente Lula, eu não faço jogo de pilantra, o que eles queriam, sabe o que era? A pilantragem? Que eu botasse a mão sobre o Helder e dissesse: O Helder é o meu candidato a governador. 

Mas eu não faço o jogo da burrice, eu não faço o jogo da pilantragem. O Helder não é o meu candidato a governador, o Helder é o candidato a governador do povo do Pará. Tá?

Eles pensavam é que o Jader barbalho tinha ficado bobo, oh, negativo! Disse pro Helder: Percorre o Estado, vá buscar o voto de quem decide que é o voto do povo do Pará e no domingo passado, o Helder deu a primeira lambada. 

Ficou por pouco e agora vamos dar uma segunda lambada nele, com o apoio do povo do Pará.

(...) E eu não queria era, Helder, que encerrasse essa campanha dizendo que tu tinha vergonha do teu pai, que tu tava escondendo teu pai. Tá aqui pra eles, (fazendo o gesto de uma banana) pra eles! Escondendo o Jader Barbalho. Eles vão ter que continuar me aguentando, me combatem anos e anos e eu até acho graça desse grupo liberal. Acho graça desses patifes, desses marginais, desses contrabandistas safados que aí estão!”, vociferou Jader barbalho encerrando seu discurso antológico, sob aplausos, gritos de elogios e com seu nome sendo ovacionado pelo público presente.

Sem dúvida, seu discurso entrou para a história da política brasileira.

Ex-assessor de Jader Barbalho, Simão Jatene tenta negar a influência daquele que o colocou e o empoderou na política.

"Muitos jovens de hoje não sabem, mas Jatene já foi um dos homens de confiança de Jader Barbalho – alguns diziam que era, na verdade, “o homem da mala” do Barbalhão.

Jatene foi secretário de Planejamento do primeiro Governo de Jader, entre 1983 e 1985.

Mais tarde, quando Jader foi ministro da Reforma Agrária e da Previdência Social, Jatene foi o secretário executivo dele, nesses dois ministérios.

Daí que se Jader cometeu ilegalidades nesses cargos, não há como Jatene dizer que ignorava o “bufunfão do malão". Trecho da postagem "Direto do Túnel do Tempo: O Criado e a Criatura" da jornalista e blogueira Ana Célia Pinheiro que recentemente publicou em seu blog, o esclarecedor "Entre o “Barbalhinho” e os “Barbalhões”.

Por causa da presença de Lula, vários veículos de imprensa estavam presentes no comício, mas só o portal G1 noticiou o evento e a fala de Lula, mas até a finalização desta postagem, nenhum citou o discurso histórico do Senador Jader Barbalho.

Clique para assistir.



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terça-feira, outubro 14, 2014

Jornal O Liberal chora, mas Jefferson Lima deixa o PP



Desde quando resolveu romper com a campanha de reeleição do governador Simão Jatene, Jefferson Lima, candidato ao senado pelo PP que obteve 741.427 votos, a 2ª maior votação no Estado do Pará, agora é tido como persona non grata no arraial tucano.

Festejado pelo jornal liberal e depois de 24h amaldiçoado pelo mesmo, Jefferson Lima agora é ameaçado de ser expulso de seu partido.

Conforme já foi dito neste blog, com esse peso eleitoral, Jefferson Lima tende a ser o fiel da balança nestas eleições, tal como foi na eleição para prefeitura, onde o seu apoio aos tucanos foi decisivo para a vitória do atual prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho.


A pergunta que não quer calar, é se o rapaz não sabia que isso poderia acontecer e se não mediu e calculou as perdas e os ganhos com sua nova posição política nestas eleições.



Diariamente atacado pelo jornal OLiberal, Jefferson Lima lembra que o tucano chegou a assinar um compromisso com o povo da periferia, mas não cumpriu. “As pessoas me cobravam o asfalto prometido na periferia”, disse o ex-candidato ao Senado.

Jefferson usou o espaço disponibilizado no horário eleitoral gratuito de Helder Barbalho para esclarecer seu apoio ao candidato do PMDB e  reclamou dos ataques pessoais vem sofrendo desde então.

“Criaram um perfil ‘fake’ da minha esposa (Michele Lima). Disseram, inclusive, que ela teria me abandonado por não concordar com a minha decisão”. Desabafou Jefferson Lima ao falar da utilização indevida da imagem de sua família na internet, onde criaram um perfil falso de sua esposa nas redes sociais e anunciavam que ela não concordava com a atitude que Jefferson Lima teve em apoiar Helder para mudar o Pará. 


A postagem no Instagram, inclusive, chegou a ser compartilhada por diversos assessores de Jatene e serviu de gancho para os ataques uma matéria de caráter totalmente errôneo no jornal O Liberal - na edição do último final de semana (11 e 12/10) - onde não foi checada primeiramente a veracidade da informação.

Por tudo e isso e muito mais, Jefferson Lima esteve ontem no TRE-PA onde deu entrada em seu pedido de desfiliação, tornando inútil sua expulsão midiática.

As eleições e a guerra dos jornais.

Já não é novidade que estas eleições aguçaram a já existente guerra entre o jornal O Liberal e o Diário do Pará, que assim como seu concorrente, foi duramente criticado por usar imagens de um hospital de Honduras com bebês “acomodados” em caixas de papelão, como se fossem da Santa Casa. O erro foi corrigido pelo editorial do Diário, coisa que O Liberal jamais fez, sejamos justos.

Clique na imagem para relembra o caso.



Por fim, veja a entrevista que Jefferson Lima concedeu ao blog Bilhetim, de Edir Veiga.


Bilhetim-Por que você deixou a coligação de Jatene neste segundo turno?

Jefferson Lima-  Estive na coligação de Jatene por decisão partidária, do Partido Progressista- PP.   Mas, fui esquecido como candidato ao senado. Não recebi apoio concreto nem do PP e nem do PSDB de Jatene.  Assisti o governador assumir publicamente o apoio ao candidato do PSD Helenilson Pontes.  Somente no último minuto do primeiro turno, com meu crescimento nas pesquisas é que eles lembraram que eu existia.  Me sentia constrangido em subir no palanque de Jatene, devido à presença no mesmo momento de três candidatos ao senado da mesma coligação, onde eu era o “plebeu” estranho no ninho. Então, por uma questão de auto respeito e dignidade, após o primeiro turno, fiz um balanço do tratamento político que recebi por parte do meu partido e do PSDB e seus aliados, é que decidi por um novo caminho, agora como cidadão e não mais preso às amarras partidárias.



Bilhetim- Por que você decidiu apoiar o candidato do PMDB, Helder?

Jefferson Lima- Meu apoio ao Helder amadureceu, no momento que fiz um balanço negativo das relações que o PSDB e Jatene estabeleceram com minha candidatura em 99% do período em que transcorreu o primeiro turno.  Não posso mais ficar apenas denunciando as péssimas condições em que vive o “meu povo” das periferias das cidades, especialmente na região da grande Belém e municípios vizinhos. Agora chegou a hora de agir. Creio que o partido tucano precisa ficar um tempo fora do governo para se reciclar, afinal o PSDB governa desde 1994 o Pará.  Belém e o Pará continuam a ser o campeão em falta de saneamento, em educação de péssima qualidade e com índices de homicídios superiores à mortandade das guerras em curso no mundo. Então, a  opção pela candidatura do Helder, é porque acredito que o PMDB, após 20 anos longe do comando do estado, agora renovado e representado por Helder, é uma possibilidade real de iniciar mudanças estruturais nos destinos do Pará e de seu povo, onde saneamento e asfalto não sejam obras apenas de vésperas de eleições.

Bilhetim-Qual a base de seu apoio ao candidato do PMDB, Helder?

Jefferson Lima-Logicamente que foi em base programático, por que se quisesse auferir vantagens pessoais teria optado pragmaticamente pela candidatura governista de Simão Jatene. Então reivindiquei prioridade do futuro governo Helder com as populações das periferias das grandes cidades do Pará, especialmente da região metropolitana: que as políticas de Saúde, segurança e educacional, façam parte de um programa permanente de ação do governo estadual. Que o governo seja descentralizado para todas as regiões do Pará, e que haja transparência republicana na aplicação e controle do uso dos recursos públicos.

Bilhetim-E a eleição presidencial, como fica?

Jefferson Lima-Em minha recente história de  participação política partidária, sempre apoiei o presidente Lula e a presidente Dilma Roussef, até porque o PP sempre foi base de apoio destes dois presidentes. Vou vestir ardorosamente a camisa da candidatura Dilma porque a mesma representa e defende os pobres deste país. Nunca em nenhum tempo, houve um governo tão carinhoso com o povo pobre deste país. Ademais, com Dilma presidente e Helder governador, teremos condições de trazer muitos recursos para mudar para melhor o perfil dos indicadores sociais no Pará e venha a impulsionar  nosso povo para alcançar, nos próximos anos, o status de classe média. Afinal, o Pará, que possui dois milhões de famílias residindo em seu território, tem 887 mil famílias dentro do programa Bolsa Família. Só em Belém e Ananindeua quase 150 mil família dependem, decisivamente, deste programa social, para se alimentar três vezes ao dia.


Bilhetim-E como será sua participação na campanha Helder, governador?

Jefferson Lima- Estarei dia e noite nos bairros populares da região metropolitana pedindo voto para Helder. Fui o candidato ao senado mais votado na região metropolitana, e obtive quase 50% dos votos válidos para o senado em nossa querida Belém. Vamos à vitória.

sábado, outubro 11, 2014

Clipe Carimbó/Guitarrada - Vamos Mudar o Pará



Por mais que tenha vocação para o debate sobre marketing político e eleitoral, este blog não costuma abrir espaço para Jingles de campanha eleitorais, mas vai abrir uma exceção para apresentar esta bela peça publicitária feita para um candidato ao governo do Estado do Pará.



Nele, a mistura de dois ritmos paraenses: O Carimbó e a Guitarrada.



Aumente o som e curta!



PSOL: Nem Helder, nem Jatene. Talvez Dilma.



Mesmo depois do anúncio feito pelos deputados federais eleitos do PSOL de apoio e voto em Dilma, entre eles, o deputado estadual (futuro federal) Edmilson Rodrigues, o partido continua divido no Pará.

Edmilson, quando candidato a prefeito de Belém teria sinalizado ao PT, que ao receber o apoio do seu ex-partido, comprometeu-se, caso eleito fosse nas eleições municipais de 2012, em garantir espaços em autarquias e secretarias de sua gestão, mas que independente daquele resultado, apoiaria a reeleição de Dilma para presidenta.

O acordo acabou fazendo com Lula e Dilma pedissem voto em Edmilson, no segundo turno daquelas eleições, o que também causou uma crise no final da campanha, mas mesmo assim, seu adversário Zenaldo Coutinho (PSDB), acabou vencendo as eleições, ainda que Edmilson tendo iniciado a corrida eleitoral como favorito, com cerca de mais de 30%  das intensões de votos, aferidos pelas pesquisas.

Lula e Edmilson, mesmo em tendências diferentes, sempre tiveram um bom relacionamento, mesmo depois de sua saída do PT, para em conjunto com outros militantes fundarem o PSOL.

Acontece que desde então, a corrente interna de Edmilson Rodrigues e Marinor Brito, não consegue hegemonizar as decisões internas e acabam tendo sérios problemas para fazer a legenda amadurecer sua estratégia eleitoral para uma política de alianças mais ampla e vitoriosa, do que as que o partido tem adotado, com o PCB, PSTU e PCdoB.

Tal postura das alas mais radicais que defendem essa frente de esquerda “restrita” no PSOL, já fizeram com que o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) declarasse: "Eles não leram uma obra básica do Lenin: Esquerdismo, a doença infantil do comunismo". Vale ressaltar que Randolfe, Edmilson, Marinor e Luiz Araújo, atual presidente nacional do PSOL, são da mesma corrente interna no PSOL, a chamada APS - Ação Popular Socialista.

Já não é de hoje que este blog acredita num futuro e próximo rompimento desta corrente com o Partido do Socialismo e Liberdade e a possível migração para o PCdoB ou até mesmo a volta para o PT, sem descartar a possibilidade de integrarem-se ao projeto da Rede Sustentabilidade de Marina, opção que já foi muito especulada, devido a aproximação da ex-senadora Heloísa Helena (PSOL-AL) com Marina Silva.

Por tudo isso e mais um pouco, fui buscar informações sobre a estratégia do restante do PSOL e me deparei com o perfil de Fernando Carneiro, vereador de Belém, dirigente estadual da APS e membro da coordenação nacional do PSOL, que publicou nesta sexta-feira, (10) a Nota Oficial da Ação Popular Socialista/APS, que traz a orientação para o voto nulo ou em branco nas eleições para o governo do Pará, no segundo turno. 

Leia:


O PSOL saiu vitorioso do mais recente processo eleitoral, nacionalmente e no Pará, em particular. Neste Estado, a eleição de Edmilson Rodrigues para exercer um mandato na Câmara Federal e a projeção de várias novas lideranças, em especial as de nossos candidatos ao governo e ao senado, Marcos Carrera e Pedrinho Maia, multiplicaram várias vezes a força de nosso partido nas lutas sociais e para enfrentar novos desafios eleitorais. Apesar da frustrada eleição de um nome do partido que preservasse nosso espaço no legislativo estadual, o PSOL está mais forte nas terras paraenses.

Mas, seguindo configuração nacional que restringe o segundo turno da eleição presidencial a uma disputa entre candidaturas do campo da ordem burguesa, o povo paraense destacou para o segundo turno da eleição para o governo do estado duas candidaturas que diferem apenas nos estilos de governar contra os seus interesses: Simão Jatene, candidato tucano a reeleição, e Hélder Barbalho, candidato da aliança PMDB- DEM - PT. É evidente que, seja qual o for o eleito em segundo turno, permanecerão inalterados o modelo de desenvolvimento imposto pelo grande capital ao Pará- exportador de matérias - primas e semi-elaborados e concentrador das riquezas e a gestão corruptora e privatista do estado em detrimento das reais vocações econômicas, interesses e direitos populares.

A APS, corrente interna deste partido, está convencida de que qualquer mudança em favor da maioria dependerá fundamentalmente de um avanço das lutas populares de resistência e por uma alternativa anticapitalista, democrática, popular e ecológica. Basta recordar as gestões do governo do Pará que se sucederam ao longo dos últimos trinta anos, alguns sob a égide do PSDB, outros sob o comando de Jader Barbalho, além do desastroso governo petista de Ana Júlia, que possibilitou o retorno de Simão Jatene ao comando da gestão estadual, para concluir-se que será inútil o esforço para encontrar a alternativa menos ruim entre as duas. Ambas representam o mesmo projeto de sangria das riquezas e de desmonte dos direitos do povo.

Por isso mesmo, a APS defende que qualquer que venha a ser o eleito, o próximo governador do estado o deve encontrar no PSOL o mesmo partido de oposição programática e de esquerda aos atuais governos de Dilma e Jatene, comprometido com as reivindicações dos movimentos sociais e com as necessidades imediatas e históricas de nosso povo, e determinado a fortalecer nas lutas concretas a perspectiva do socialismo. Daí defender que o PSOL, além de não envolver-se com qualquer das candidaturas postas para o segundo turno, conclame seus militantes, simpatizantes e eleitores a votarem em branco ou a anularem seus votos votando 50 para o governo do estado do Pará no dia 26 de outubro.

10 de outubro de 2014.

Executiva Estadual da APS-PSOL/PA

sexta-feira, outubro 10, 2014

Helder ganha aliado do PSDB, mas até quando?

Cercado pela cúpula do PMDB, Jefferson Lima anunciou seu apoio a Helder Barbalho, que por sua vez se comprometeu em andar pelas baixadas de Belém, com o mais novo aliado.

“...A gente também toma decisões, né? Um dia você tá triste, noutro dia você tá feliz e eu tomei a decisão de ficar ao lado do Helder, né?”


Jefferson Lima, terceiro candidato mais votado nas eleições de 2014 para o senado pelo Estado do Pará.


O anúncio feito na noite desta quinta-feira (09), de que Jefferson Lima, candidato ao senado pelo PP no primeiro turno, apoiará o candidato Helder Barbalho no 2º turno das eleições para o governo do Estado do Pará, causou admiração e reflexão na crítica política paraense, além de diversos comentários dos internautas que se manifestam nas redes sociais, contra e a favor da decisão.



Tendo recebido 741.427 mil votos no último domingo, dia 05, o jovem radialista, que entre outras coisas dizia que jamais seria candidato a cargos públicos, anunciou o conúbio em coletiva à imprensa, no comitê eleitoral do PMDB, ao lado de Helder e outras lideranças do partido.

Jefferson é um dos destaques políticos oriundos do poder de exposição da mídia e disputa eleições a partir da visibilidade que esta lhes conferem. Foi candidato a prefeito de Belém nas eleições de 2012, momento em que tornou-se a grande surpresa das urnas, por ter alcançado a 3ª maior votação (quase cem mil votos) no primeiro turno e por isso foi considerado a peça fundamental na vitória de Zenaldo Coutinho (PSDB), no 2º turno, depois que fechou o apoio ao adversário e derrotou Edmilson Rodrigues (PSOL), favorito no primeiro turno.

Candidato a prefeito de Belém em 2012, Jefferson aliou-se ao PSDB, tão logo terminou o 1º turno daquela eleição.

Na época, rumores davam conta de que o apoio de Jefferson Lima a Zenaldo Coutinho teria custado cerca de 4 milhões de reais e vários cargos de confiança, os chamados DAS´s na gestão tucana de indicação do próprio jovem e de seu partido. Desde então, Jefferson Lima era aliado dos tucanos e teve sua candidatura abençoada e apoiada por Simão Jatene e seus correligionários, contrariando interesses e causando crises internas com as candidaturas do senador Mário Couto (PSDB) e Helenilson Pontes (PSD). 

Jornal Liberal e Simão Jatene mentiram?

Em menos de 24 horas, Jefferson Lima desmente o Jornal O Liberal que trouxe a "notícia" de seu apoio ao governador. 

Na capa do jornal O Liberal desta última quarta-feira (08), a chamada para a matéria interna de quase meia página, festejava a afirmação de que Jefferson Lima estaria fechado com Simão Jatene e seus milhares de votos migrariam como por osmose para o tucano. Até o programa eleitoral do PSDB colocou Jefferson em uma gravação onde ele falava bem da gestão do atual governador, numa alusão de que estariam juntos neste segundo turno, o que Jefferson desmentiu ontem, dizendo que se tratava de uso indevido de “imagens antigas”. Veja os vídeos abaixo:




Só falta combinar com os Russos!

Outra curiosidade que paira na cabeça de muitos analistas políticos que o blog tem conversado é sobre o futuro político de Jefferson Lima e as especulações da negociação envolvendo a declaração de apoio a Helder Barbalho.

Para alguns, a jogada do PMDB tem as impressões digitais e a Intelligentsia de Jader Barbalho, que com sua experiência e visão holística percebeu a ameaça da liderança do jovem radialista para as próximas eleições ao senado em 2008, quando o Estado do Pará elegerá dois (02) senadores e uma destas vagas certamente poderia ser ocupada por Jefferson.

Neo-aliado do PMDB, Jefferson Lima não teria exigido outra coisa a não ser o compromisso de Helder com as comunidades carentes que passará a visitar com o candidato ao governo do Estado que venceu o 1º turno das eleições.

Por isso, entre as ofertas para o mesmo aderir à aliança “Pra Mudar o Pará”, especula-se que estaria com espaços privilegiado reservados nas emissoras de rádios e na TV do grupo RBA, de propriedade da família Barbalho, além de uma futura filiação ao PMDB, para vir como candidato à prefeitura de Belém pelo novo partido. Proposta tentadora, não? 

Para outros interlocutores menos perspicazes, Jefferson Lima teria interesses menos ousados e topou apoiar Helder Barbalho pelo simples fato deste ter aceitado assinar um termo de compromisso com as comunidades e andar com ele pela periferia de Belém, como afirmou o jornal Diário do Pará.

Quem viver, verá!

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O BRAZIL DE AÉCIO


Infligindo a lei eleitoral, a campanha de Aécio Neves desafia tudo e todos para divulgar vídeo de forma ilegal e criminosa.


Mesmo sabendo que é crime eleitoral, o abuso do poder econômico através do patrocínio de postagens nas redes sociais, a campanha de Aécio Neves ignorou as consequências e desafiou a lei eleitoral no fim da noite desta quinta-feira, 09.

O vídeo publicado tem um alvo específico: Os smartphones de milhões de usuários que usam aplicativos de compartilhamento. 

Parece que o PSDB tem a certeza de que assim como a grande imprensa, o Ministério Público e o Tribunal Superior Eleitoral não irão lhes incomodar e suas atitudes ilegais ficarão impunes. 

Até quando Brazil?

O endereço da publicação é http://migre.me/mcKY7

quarta-feira, outubro 08, 2014

Após divulgar pesquisa pró Aécio, diretor do instituto é nomeado no governo do PSDB

Indícios de fraude e contratação de diretor do instituto revelam um esquema poderoso pró-Aécio.


Murilo Hidalgo, diretor do Instituto Paraná Pesquisas, que acaba de divulgar uma pesquisa para o segundo turno dessas eleições, colocando Aécio Neves com 54% dos votos válidos, contra 46% de Dilma, já está nomeado para integrar o novo governo de Beto Richa.

A informação vazou para o blog do Esmael, há algumas horas.

Imaginem se fosse o contrário? Se o Vox Populi divulgasse uma pesquisa mostrando a liderança isolada de Dilma poucos dias depois de vazar a informação de que ele seria nomeado para a diretoria de uma estatal do PT?

Hidalgo deverá dirigir a Celepar, companhia de TI do estado do Paraná.

A pesquisa cheira a uma grande farsa, porque dá vantagem a Aécio inclusive entre os mais pobres.
Depois do fiasco das pesquisas nas eleições do primeiro turno, os institutos agora abandonaram todos os escrúpulos no segundo. Em especial este de Hidalgo, novo empregado de Beto Richa.

As suspeitas evidenciam mais uma manobra pré-eleitoral para mudar o resultado das eleições brasileira na marra.
Veja porque a pesquisa do Instituto Paraná parece fraude.

No primeiro turno, foram registrados 104 milhões de votos válidos.

Dilma obteve 43 milhões de votos. Aécio, 34,9 milhões. 25,8 milhões de votos foram dados a outros candidatos, sobretudo Marina.

O Instituto diz que Dilma tem, no segundo turno, 46% dos votos válidos. Isso corresponderia, então, a 47 milhões de votos.

Ou seja, Dilma teria herdado apenas 4 milhões de votos dos outros.

E Aécio, teria herdado… 21,27 milhões.

É muita cara de pau.

Tem mais.

O instituto dá 55% para Dilma no Nordeste. Isso corresponderia a 16 milhões de votos, num total de 29 milhões de votos válidos na região.

Ora, Dilma teve 17,45 milhões de votos no Nordeste no primeiro turno. Quer dizer que ela, além de não herdar nenhum votinho de Marina, ainda perderia mais de 1 milhão de votos?

Aécio, por sua vez, de uma hora para outra, se tornaria um campeão do Nordeste?

Conta outra!

PS 2: A pesquisa foi paga pelo próprio instituto, e custou R$ 62 mil. É muita disposição para gastar dinheiro, não?

PS 3: O tal instituto Paraná não fez nenhuma pesquisa de abrangência nacional no 1º turno. Ao menos, não encontrei nada registrado no TSE, desde janeiro deste ano.

Nota do Blog

O PT e os partidos da Frente Muda Mais, precisam ingressar imediatamente com uma representação no TSE pedindo investigação sobre essa pesquisa que como outras já bastantes conhecidas da opinião pública, aparecem do nada nas vésperas das eleições para tentar influenciar no resultado eleitoral.


Roberto Amaral detona Noblat

Presidente do PSB de Eduardo Campos e que abrigou Marina Silva, responde à pressão que recebe da mídia tucana.


A mídia tucana está em plena ofensiva para garantir o apoio de Marina Silva e do PSB ao cambaleante Aécio Neves. A Folha até deu chamada de capa antecipando a decisão “favorável” da sigla, antes mesmo da reunião da sua direção. Neste jogo bruto, a velha imprensa tenta bombardear os dirigentes do PSB que resistem a esta guinada à direita. Um dos alvos principais é o presidente da legenda, Roberto Amaral, vitima de intrigas desde que assumiu o posto com a morte de Eduardo Campos. Para detoná-lo, o blogueiro oficial da famiglia Marinho, Ricardo Noblat, publicou mais uma de suas calúnias no site de O Globo nesta semana. Mas recebeu o devido troco em nota divulgada nesta quarta-feira (8):

A imprensa marrom volta à carga

Em texto expelido no dia 07/10/2014, o ex-jornalista R. Noblat atribui minhas posições de esquerda ao fato de haver pertencido, no governo Dilma, ao Conselho de Administração da Itaipu Binacional, onde "ganhava algo como pouco mais de R$ 20 mil mensais". Pena de aluguel barata na imprensa marrom, julga ele que isso é quantia de monta.

Jornalista fosse, ou pelo menos honesto, teria informado aos seus leitores que desse cargo pedi demissão para acompanhar, sem outra renda, a candidatura de Eduardo Campos. Não entende, não pode entender quem não sabe o que é ter opinião própria, o que seja compromisso ideológico.

A lamentar, apenas que um jornal como O Globo sirva de pasto a tamanha infâmia.

Brasília, 7 de outubro de 2014

Roberto Amaral - Presidente nacional do Partido Socialista Brasileiro-PSB

Vote em Aécio...Traga o PSDB de volta...Lembra como era bom?



Eles só fizeram merd* e quando saíram do governo ficaram torcendo contra e dizendo pra que o Brasil não investisse no povo, no salário e no emprego. Se você viveu a era FHC, relembre, se era criança e não lembra, assista esse vídeo e conheça como era e o que foi feito para termos um Brasil melhor. Não é o perfeito, mas é muito diferente de como era.



terça-feira, outubro 07, 2014

STF aceita denúncia contra senador Jader Barbalho

O senador Jader Barbalho (PMDB-PA) durante discurso no plenário da Casa.

A Segunda Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) recebeu nesta terça-feira (7) denúncia contra o senador Jader Barbalho (PMDB-PA), em um processo de formação de quadrilha, crimes contra o sistema financeiro nacional e lavagem de dinheiro.

O processo corre em segredo de Justiça e, por isso, não há detalhes sobre as acusações. Ele tramita no STF desde 2008. A ação tem origem no Ministério Público Federal de Tocantins, órgão que investigou possíveis fraudes na Sudam (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia).

No ano passado, Jader foi condenado pela Justiça Federal no Tocantins a devolver R$ 2,2 milhões à União por desvio de verbas na Sudam, na liberação de recursos para um projeto fraudulento. Sua defesa recorre da decisão. Jader também responde a outros processos no STF.

A defesa de Jader não retornou ao contato da Folha na noite desta terça-feira até a publicação desta matéria.

Em outras ocasiões, sua defesa afirmou que as ações contra ele se baseiam em "conjecturas" e que não há provas que o liguem a crimes dos quais é acusado. 

Considerações do Blog. 

Parado há anos nas gavetas do STF, soa estranho a movimentação deste processo às vésperas do processo eleitoral. 

Ainda mais quando se sabe que um dos filhos de Jader Barbalho, Helder por muito pouco não consagrou-se governador do Estado do Pará ainda no primeiro turno das eleições, restando menos de 0,8% dos votos para desbancar Simão Jatene, atual governador pelo PSDB.

A necessária renovação do PT e o vexame no Estado de São Paulo

Maluf declarou apoio do PP à candidatura de Padilha ao governo de São Paulo, mas na última o abandonou e apoiou Skaf.

Por Laura Capriglione no Yahho!

A eleição de Geraldo Alckmin (PSDB) em primeiro turno, a vitória acachapante de José Serra sobre Eduardo Suplicy, o inchaço da “bancada da bala”. É fácil falar sobre o conservadorismo dos paulistas. Acabo de pescar na rede essa análise: “Os paulistas ainda choram a derrota de suas oligarquias no movimento constitucionalista de 1932. Desde então, votaram contra Getúlio, ajudaram a derrubar Jango, votaram contra Lula e Dilma e continuarão votando contra qualquer candidatura progressista”.

Pois eu acho que o problema não são “eles”.

É preciso reconhecer. O Partido dos Trabalhadores jogou mal em SP. Fez um joguinho indigno naquele que é o seu berço histórico. Não se deve nunca esquecer que a mesma terra bandeirante que se bateu contra Getúlio foi onde renasceu o movimento estudantil que ajudou a por a pique a Ditadura Militar e foi onde surgiram as grandes greves operárias que criaram Lula e o próprio PT, além de um imenso cordão de movimentos sociais.

Se fosse um atavismo de São Paulo ser esse matadouro de utopias, não seria neste solo que nasceria o sonho de um país de todos, sem miséria. Nem Fernando Haddad teria sido eleito. Nem Marta ou Erundina teriam se criado.

No entanto, o PT, nesta eleição, teve a sua pior performance em anos.

E não foi no interior conservador que aconteceu a debacle. Foi no chamado cinturão vermelho da cidade de São Paulo.

Bairros pobres e históricos redutos do PT, como o Campo Limpo, na zona Sul, terra onde vive Mano Brown, por exemplo, ou Itaquera e São Miguel Paulista, na zona Leste, sufragaram mais Aécio do que Dilma. Capela do Socorro, lar do sarau da Cooperifa, do poeta Sergio Vaz, também. E a Pedreira, Ermelino Matarazzo e Cangaíba…

Vai falar lá que aquela gente morena, parda e preta, que eles são a elite branca, fascista, oligarca ou coisa que o valha.

Quem errou foi o PT vacilão paulista.

Que, durante os últimos quatro anos, deixou o tucano Alckmin mais do que à vontade, mesmo sendo o governo dele um desastre completo. Veja a Suíça revelando as contas secretas dos operadores do escândalo do metrô; a Cetesb (estatal do próprio governo paulista) mostrando que a USP Leste foi implantada sobre um lixão tóxico; o Estado perdendo a guerra com o crime; as universidades estaduais falidas (o reitor imposto por Serra conseguiu o impossível: destruir a economia milionária da maior universidade paulista); as torneiras secas…

E cadê os deputados estaduais do PT para denunciar tantas mazelas e apresentar alternativas? Na maior parte dos casos, serviram apenas para reclamar que a base de apoio de Alckmin não deixa instalar nenhuma CPI. Queriam o quê?

O PT não disse a que veio. Mas o pior foi ter-se desplugado dos movimentos sociais. O PT de São Paulo, que sempre se aliou aos movimentos sociais, passou a ter medo deles… Por que é que até agora não foi usada a cláusula do Estatuto das Cidades que permite taxar até a quase expropriação os imóveis vazios por anos?

E o PT sem os movimentos sociais é como avião sem asa, Piu-piu sem Frajola, Romeu sem Julieta, Claudinho sem Buchecha.

O problema não é o PT dançar. O problema é o que vem junto. Para ficar em um exemplo: cresceu a chamada “bancada da bala”, aquele grupo dos deputados identificados com o slogan “Bandido Bom é Bandido Morto!”

O medo é sempre um mau conselheiro. Mas, sem alternativas, até mesmo um mau conselho é melhor do que nenhum. Quando a “Revista da Folha” perguntou ao candidato petista Alexandre Padilha como ele pretendia combater o crime organizado, a resposta foi pífia. “Não pode permitir que facções tomem conta das penitenciárias e as transformem em escritório, com celulares à solta.”

Sabe de nada, inocente.

O PT fez uma campanha coxinha em São Paulo, para não assustar o eleitor tucano. Como resultado, ficou sem o eleitor tucano e sem o eleitor petista. E o entregou para um aventureiro como Paulo Skaf.

Até o Aloízio “Carisma Zero” Mercadante, em 2010, teve mais votos para o governo do Estado do que Padilha. Quase o dobro. 35,23% contra 18,20% do total de votos válidos.

Agora, é juntar os cacos e apostar na renovação dos quadros partidários, que terão de vir, como sempre foi, dos movimentos sociais. Um partido que substituiu José Dirceu, José Paulo Cunha e José Genoino, dirigentes históricos, como seus principais puxadores de votos para deputado, por um cara como o Andrés Sánchez, dirigente do Corinthians, não é muito diferente de outro, que tem o Tiririca. 

Puro oportunismo.

Sem essa renovação, o PT pode até ganhar a eleição presidencial, mas as dores de cabeça e os sustos ainda estarão logo ali na frente, esperando. Búúúú!

sexta-feira, outubro 03, 2014

A boca de urna e a traição nas eleições

Já não é de hoje que a boca-de-urna é tratada como elemento obrigatório nas eleições.

Não é nenhuma novidade dizer que a polícia, o Ministério Público e a justiça eleitoral continuam fazendo de conta que a legislação eleitoral brasileira, neste caso, serve para alguma coisa. Estes órgãos que deveriam combater a corrupção neste período, acabam fazendo vista grossa e assim como em outros crimes - como o tráfico, o desvio de verbas públicas, o abuso do poder econômico e o nepotismo – tudo acontece com a tranquilidade que o dinheiro pode comprar.

No entanto, nas eleições deste ano, venho percebendo uma leve e sutil mudança no comportamento tanto dos candidatos, quanto dos eleitores. 

A campanha demorou a ir pras ruas com aquela enorme quantidade de material na portas das casas, muros pintados e a aquela quantidade de gente balançando bandeiras e jogando papeis no chão de outras eleições. A pintura de muros foi substituída por cavaletes que poluem o visual das cidades e muitas vezes atrapalharam a visibilidade de motoristas e pedestres nas vias públicas. 

O destaque fica mesmo para as conhecidas “formiguinhas”, que são aquelas pessoas desempregadas que aceitam serem exploradas com o pagamento semanal, que raramente ultrapassa os R$ 150,00, o que somando no mês, não dá um salário mínimo. Aquilo que serviria de ajuda de custo para os trabalhadores braçais das campanhas de rua, acabou virando negócio lucrativo para os cabos eleitorais partidários que insistem em serem chamados de lideranças e dirigentes.

Do outro lado, os eleitores mais desprovidos de informações e interesses com a política, acabam aceitando o topa-tudo eleitoral e fazendo o pacto da mentira com os candidatos e seus partidos: Eles fingem que são fiéis com os candidatos e os candidatos fingem que acreditam que eles são fiéis com os mesmos. Há cabos eleitorais que recrutam pessoas e acabam de vários candidatos para fazer o mesmo "serviço". 

Com algumas horas antes do início da votação, muitas listas com nomes completos, número do título e do RG estão sendo catalogadas e manipuladas para o pagamento pelo voto no próximo domingo. Cadastros de eleitores rolam de mão em mão nos comitês de campanha e escritórios políticos, sem que a justiça eleitoral passe ao menos para fazer uma visita. 

Quem tem dinheiro pra comprar votos sabe que a conta beira a seguinte regra: A cada 10 votos comprados, a possibilidade de que o eleitor comprado vote no candidato é de 04 em cada dez pagos. Considerando que este ano a média do preço de cada voto é de no mínimo R$50 reais, para um candidato obter 40 mil votos, deveria comprar 100 mil eleitores, o que custaria cerca de R$ 2 milhões de reais.

Parece muito, mas muitos candidatos conseguem arrecadar muito mais para eleger-se no pleito eleitoral. Não preciso finalizar dizendo que a prática tem sido frequente em quase todos os partidos, uns com mais, outros com menos.


Como denunciar

De acordo com a Procuradoria Regional Eleitoral (PRE), os crimes eleitorais mais comuns são a propaganda irregular, a boca de urna, o transporte irregular de eleitores, além da distribuição de cestas básicas, remédios ou material de construção em troca de votos.

Os eleitores que verificarem qualquer irregularidade podem ligar para o Disque Denúncia Eleitoral no número 0800 0960 003. O serviço funciona 24h e a ligação é gratuita.

A população poderá utilizar o serviço para denunciar gratuitamente ao Comitê de Combate à Corrupção Eleitoral as irregularidades cometidas no período das próximas eleições.

Em 2012 foram registradas quase 400 denúncias, 90% foram encaminhadas para o MPF. As principais ocorrências são de compra e pedido de votos, propaganda irregular e participação em inauguração de obras.

quinta-feira, outubro 02, 2014

Paulo Rocha obtém registro para concorrer à vaga de senador no Pará

Liderando todas as pesquisas eleitorais no Pará, candidatura de Paulo Rocha foi liberada de forma unânime pelo TSE.


O Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deu provimento, nesta quinta-feira (2), ao recurso apresentado por Paulo Rocha (PT) para deferir seu registro de candidatura para concorrer ao Senado pelo Pará nas eleições deste domingo (5). Os ministros consideraram, por unanimidade, que Paulo Rocha não está inelegível pela Lei da Ficha Limpa (LC 135/2010).

Paulo Rocha teve representação arquivada na Câmara dos Deputados por suposta prática de quebra de decoro parlamentar. Essa representação teria se baseado inclusive nos mesmos argumentos propostos em outra representação anterior contra o político. Ele renunciou ao mandato de deputado federal em 2005, mas foi reeleito para o cargo em 2006, enfrentando a segunda representação na Câmara, que terminou sendo arquivada por falta de tipicidade da denúncia.  

O Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA) negou, em julho deste ano, o registro de candidatura de Paulo Rocha por julgá-lo inelegível com base na alínea “k” do inciso I do artigo 1º da Lei Complementar nº 64/90, incluída pela Lei da Ficha Limpa. O pedido de registro foi impugnado pelo Ministério Público Eleitoral.

Ministros derrubaram por unanimidade decisão do tribunal estadual. TRE do Pará tinha barrado candidatura com base na Lei da Ficha Limpa

Pela alínea “k”, são inelegíveis, para as eleições que ocorrerem durante o período remanescente do mandato para o qual foram eleitos e nos oito anos seguintes ao fim da legislatura, o presidente da República, o governador de estado e do Distrito Federal, o prefeito, os membros do Congresso Nacional, das Assembleias Legislativas, da Câmara Legislativa, das Câmaras Municipais, que renunciarem a seus mandatos desde o oferecimento de representação ou petição capaz de autorizar a abertura de processo por infringência a dispositivo da Constituição Federal, da Constituição Estadual, da Lei Orgânica do Distrito Federal ou da Lei Orgânica do Município.

Ao apresentar voto-vista na sessão desta noite, o ministro Luiz Fux afirmou que Paulo Rocha está apto a disputar as eleições deste ano, porque não se encontra inelegível pelo dispositivo da Lei da Ficha Limpa.

“No caso, a instauração de representação por quebra de decoro parlamentar, lastreada nos mesmos fundamentos de representação anterior, em vista da qual o candidato havia renunciado no primeiro mandato, desta vez apreciada e arquivada pela Casa Legislativa, constitui circunstância alteradora do quadro fático e jurídico do recorrente [Paulo Rocha] apto a afastar a incidência da inelegibilidade da alínea k”, afirmou o ministro.

quarta-feira, outubro 01, 2014

ACERTAR: Dilma vence no 1º turno, Paulo Rocha é eleito senador e 2º turno para governador é incógnita

Pesquisa do Instituto Acertar aponta empate técnico entre os dois principais candidatos a governador e um segundo turno é visto como uma incógnita.

Na modalidade de voto espontânea (em que o pesquisador somente pergunta ao eleitor em quem ele pretende votar, sem apresentar a relação de candidatos) 28,1% dos eleitores ainda não decidiu, em quem gostariam de votar. Simão Jatene é o nome mais citado pelos eleitores liderando as intenções com 34,2% das indicações, seguido de Helder Barbalho que obteve 31,1% das citações, os demais nomes citados somam juntos 2,9%. 3,7% afirmaram que votariam em branco ou anulariam o voto. 

Na intenção de voto estimulada, se a eleição fosse hoje, Simão Jatene obteria 40,9% da preferência dos eleitores, contra 39,7% de Helder Barbalho – diferença de 1,2%, ou seja, um empate técnico considerando a margem de erro da pesquisa (3,0%). Seguidos de Marco Carrera com intenção de voto de 1,7%, Zé Carlos do PV 1,3%, Marco Antonio 0,8% e Elton Braga 0,7%. Os votos brancos e nulos somariam 4,8% e 10,1% encontram-se indecisos.

Considerando apenas os votos válidos, ou seja, excluindo os indecisos e os votos brancos e nulos, Jatene teria 48,1% contra 46,7% de Helder, 1,9% de Marco Carrera, 1,6% de Zé Carlos, 1,0% de Marco Antonio e de 0,8% de Elton Braga.


Ainda considerando os votos válidos, o percentual de intenção de voto em Jatene pode ser de, no mínimo, 45,1%, e de, no máximo, 51,1%. Helder, por sua vez, podem ter no máximo 49,7% e 43,7%, o que indica um empate técnico, considerando a margem de erro, 3,0% para mais ou para menos, da pesquisa. Ambos ainda com índices muito próximos de 50,0%, desta forma, hoje um segundo turno é visto como uma incógnita.

Detalhamento das intenções de voto estimulado por Mesorregiões.

Distribuindo os resultados da pergunta estimulada entre as seis mesorregiões do Estado, encontramos desequilíbrio numérico entre as proporções, em relação aos dois principais candidatos. Simão Jatene destaca-se e tem vantagem sobre seu adversário na Metropolitana (41,2% contra 34,0% de Helder) e no Nordeste (54,7% contra 32,8% de Helder). A candidatura de Helder Barbalho mostra mais força nas mesorregiões do Baixo Amazonas (48,3% contra 31,7% de Jatene), Sudeste (47,0% contra 31,1% de Jatene), Sudoeste (47,2% contra 38,9% de Jatene) e Marajó (50,0% contra 37,5% de Jatene). 

Intenção de voto para Presidente.

De forma espontânea a atual presidente Dilma Rousseff lidera as intenções com 41,0% das indicações, seguida pela candidata Marina que alcançou 17,5% e de Aécio Neves com 11,6%, os demais nomes citados somam 2,9%. Os indecisos somaram 24,5% e 2,5% afirmaram que votariam em branco ou anulariam o voto.

Na intenção de voto estimulada, com a apresentação de um cartão circular com os nomes de todos os candidatos a presidente da República, se a eleição fosse hoje, Dilma Rousseff obteria 49,6% da preferência dos eleitores, contra 21,9% de Marina Silva – diferença de 27,7%.  Seguidos de Aécio Neves com intenção de voto de 14,4% os demais candidatos somam 2,3%. Os votos brancos e nulos somariam 2,9% e 8,9% encontram-se indecisos.

Considerando apenas os votos válidos, Dilma ficaria com 56,2% contra 24,8% de Marina Silva, 16,4% de Aécio Neves e os demais candidatos ficariam com 2,6% dos votos.

Intenção de voto estimulado para Senador.

Na intenção do voto estimulado para o cargo de senador do Pará, Paulo Rocha teria hoje 25,5% do total dos votos dos eleitores contra 15,5% de Mario Couto, 14,2% de Jefferson Lima. Helenilson Pontes alcançaria 4,7%, Duciomar Costa 4,5%, Enfermeira Marcela Tolentino 1,6%, Pedrinho Maia 0,7%, Professor Simão 0,6%, Renato Rolim 0,5%, Ângela Azevedo 0,4% e Eliezer Barros 0,2%. Os votos em branco/nulo perfazem 7,0% e 24,5% mostraram-se indecisos.



Dados técnicos.

Pesquisa registrada junto ao Tribunal Superior Eleitoral - TSE em cumprimento ao que dispõe o art. 33º e seus §§ 1º e 2º da Lei nº 9.504/97, assim como o art. 8º da Resolução TSE nº 23.400/2013, sobre o número PA-00040/2014.

Período de realização da pesquisa: 26 a 29 de setembro de 2014;

Margem de erro: 3 pontos percentuais para mais ou para menos sobre os resultados encontrados no total da amostra, considerando um nível de confiança de 95%;

Número de entrevistas: 1.206;

Área de abrangência: Dispersão geográfica do Estado do Pará, de acordo com as seis mesorregiões (Metropolitana, Nordeste, Baixo Amazonas, Marajó, Sudeste e Sudoeste);

Público alvo: Pessoas eleitoras de ambos os sexos com idade igual ou superior a 16 anos;

Fonte dos dados: Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e IBGE/Censo de 2010/Estimativas.

Área física: 43 municípios.

Fonte: Instituto Acertar – Consultoria & Pesquisa

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...