segunda-feira, fevereiro 16, 2015

Salário mínimo tem maior poder de compra em quase 50 anos

No País, o rendimento da população ocupada com renda de até um salário mínimo cresceu 52% mais do que o salário mínimo. 

Na Revista Exame, da mesma editora da VEJA, mas com algumas matérias destinadas à pessoas com cérebro.


As elevações reais dos rendimentos do trabalho foram determinadas, em parte, pela valorização do salário mínimo, diz o Boletim Econômico Regional que o Banco Central (BC) divulgou em Porto Alegre.

"A política de valorização do salário mínimo repercute sobre o poder de compra dos trabalhadores em geral e dos beneficiários da previdência social", lê-se em um dos boxes do boletim.

Nesse cenário e com foco regional, esse boxe analisa elasticidades de distintos estratos de salários da economia relativamente a variações do salário mínimo; bem como em que medida os aumentos reais dos rendimentos do trabalho exercem pressões sobre custos de produção e de investimentos.

"O poder de compra do salário mínimo em janeiro de 2015 é o maior desde agosto de 1965, superado apenas pelo registrado no período de julho de 1954 a julho de 1965", ressalta o Banco Central.

Por isso, de acordo com a autoridade monetária, não surpreende o fato de que o rendimento médio real do trabalho venha crescendo há vários anos, em todas as regiões do País.

De 2003 a 2013, por exemplo, os aumentos médios anuais desses rendimentos atingiram 5,1% no Nordeste; 4,3% no Centro-Oeste; 3,7% no Norte; 3,5% no Sul; e 3,1% no Sudeste.

Indústria

Especificamente na indústria, as elevações reais dos rendimentos do trabalho não têm sido acompanhadas por aumento do pessoal ocupado.

"Verifica-se que, de 2012 a 2014, a população ocupada (PO) na indústria diminui em todas as regiões, e o custo unitário do trabalho (CUT) aumenta", diz o BC.

"Nesse contexto, vale investigar em que medida os aumentos do CUT são influenciados pelos aumentos reais do salário mínimo", diz o documento.

No País, o rendimento da população ocupada com renda de até um salário mínimo cresceu 52% mais do que o salário mínimo (36% no Norte; 48% no Nordeste; 49% no Sul; 56% no Centro-Oeste; e 60%, no Sudeste).

De maneira análoga, o aumento dos rendimentos da faixa de um a um e meio salário mínimo superou o do salário mínimo em 1%, no país (6% no Nordeste, Sul e Centro-Oeste).

Compromissos de renovação e expulsões marcam os 35 anos do PT

Diante de milhares de militantes do PT, Lula defendeu renovação e ética partidária. Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula.

O PT completou este mês 35 anos de fundação e em várias cidades e Estados do Brasil, o partido vem passando por intensos debates para se manter o mais bem avaliado pelos brasileiros e seguir mudando a vida do povo para melhor.

Com 1,5 milhão de filiados, 70 deputados, 12 senadores, 05 governadores, 633 prefeitos e uma presidente da República, o Partido do Trabalhadores é tido desde 2009 como o preferido da sociedade brasileira, segundo o IBOPE. No entanto, Lula presidente de honra do partido, disse na última reunião do seu Diretório Nacional, realizada no início deste mês em Belo Horizonte-MG, que este é um momento de enfrentamento para o partido, de fazer uma reflexão sobre os erros do passado. 

Segundo Lula, o PT governa o País, cinco estados e está fortemente presente no Congresso Nacional, mas isso não é suficiente para enfrentar as tentativas de destruição que o partido sofre. “O PT vai ter que voltar pra luta”, afirmou. A delação premiada é um instrumento criado por nós. O portal da transparência fomos nós que criamos. A Lei do Acesso à Informação fomos nós que criamos. A Controladoria Geral da República fomos nós que criamos e demos autonomia. O Ministério Público nunca teve tanta autonomia. A Polícia Federal nunca teve tanto pessoal contratado para investigar”, elencou Lula, em dezembro do ano passado.

"O PT precisa repensar o seu papel na sociedade, e o congresso é o momento oportuno de discutir isso", afirmou. Para ele, quem não tem compromisso ético deve sair do partido. “Não existe no mundo nenhuma experiência política mais bem sucedida que o PT. E óbvio, por ter ficado grande, a gente comete erros”, avaliou.

Em recente artigo publicado na Agência PT de Notícias, a deputada estadual por São Paulo, Márcia Lia reflete: "Passamos por momentos difíceis ontem e hoje; crescemos em número e precisamos crescer em formação e qualidade para não desviarmos nosso olhar dos objetivos que nos reuniram em torno de um partido que deve traduzir a nossa própria honra. A ética não é um bem transitório. É um bem maior que o Partido dos Trabalhadores defende. Está na sua gênese. E isso não é pouco em suas exigências aos seus filiados. Por isso precisamos ter coragem para enfrentar os debates postos à mesa, com serenidade. Estas serão nossas aliadas de toda hora para transmutar o desgaste que se apresenta".

Expulsões em 2015.

PI - O Diretório Estadual do Partido dos Trabalhadores no Piauí (PT) pediu a expulsão do prefeito de Lagoa do Sítio, José de Arimateas Rabelo, conhecido como "Zé Simão". O prefeito foi preso por ser o principal suspeito de ter assassinado a própria esposa de apenas 34 anos, crime ocorrido na madrugada da terça-feira (10). De acordo dirigentes, existe também a denúncia de infidelidade partidária nas últimas eleições. Segundo a Executiva Estadual, o prefeito não votou em nenhum candidato do partido, tanto em âmbito nacional, quanto estadual, mesmo estando filiado ao partido há cinco anos, ele nunca seguia a orientação do PT.

GO - No fim de janeiro, 02 dos 03 vereadores do PT em Goiânia foram expulsos do partido, depois que o diretório metropolitano avaliou o relatório da Comissão de Ética que apontou a infidelidade partidária dos vereadores Tayrone de Martino Gomes e Felisberto Tavares, baseado em declarações pessoais, à imprensa e em suas redes sociais como o twitter e facebook, onde sempre se mostravam contrários aos projetos do prefeito petista Paulo Garcia. Além disso, havia uma insatisfação por parte da militância e dirigentes locais, pelo fato de Tayrone ter renunciado à candidatura de vice-governador pelo PT em 2014. O diretório avaliou que a renúncia abalou a credibilidade da candidatura do PT ao governo do Estado, bem como perante a sociedade goiana. Contra Felisberto, soma-se os votos contrários aos projetos do prefeito Paulo Garcia e o mais grave: O vereador declarou apóio à candidatura do governador Marconi Perillo (PSDB), apoio contrário ao que já havia determinado a direção partidária, que decidiu apoiar Iris Rezende-PMDB.

DF - Desde que perdeu as eleições e deixou o cargo de governador do Distrito Federal, a expulsão de Agnelo Queiroz é debatida. Dívidas de campanha que não teriam sido contabilizadas em sua prestação de contas ao TSE, podem lhe render tanto a  ele, quanto ao seu vice, Tadeu Filipelli (PMDB), a punição e até a inelegibilidade. Além disso, no fim de sua gestão, boa parte do funcionalismo público ficou sem pagamento de seus salários. Por isso, Agnelo Queiroz acumula críticas tanto de seus opositores, quanto de petistas de Brasília. Pra piorar, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) deu entrada em uma ação civil pública de responsabilidade por ato de improbidade administrativa contra o governador que também enfrenta fortes críticas do atual governador que o acusa de ser deixado uma herança de R$ 6,5 bilhões de  deficit, o que Agnelo negou em uma entrevista ao Correio Braziliense, dizendo que o déficit "é uma ficção, uma mentira". Ele disse que esse números são usados com o "objetivo de jogar uma cortina de fumaça por quem sabe que não tem como cumprir as promessas de campanha", referindo-se a Rollemberg (PSB), atual governador do Distrito Federal.

Barbosa reage à atuação de Cardozo na Lava Jato e pede demissão do ministro


Na noite deste sábado (14), o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa fez uso de sua conta oficial no Twitter para cobrar da presidente Dilma Rousseff (PT) a "demissão imediata" do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. O ex-presidente do STF manifestou-se após reportagem da revista Veja, que denunciava a atuação de Cardozo junto a advogados de executivos presos na Operação Lava Jato. 

Segundo o texto, Cardozo teria assumido o lugar do ex-ministro Marcio Thomaz Bastos no diálogo entre as empreiteiras investigadas na Operação e o governo, em um momento delicado. Isso porque as empresas, segundo Veja, ameaçam implicar Dilma e o ex-presidente Lula caso o Planalto não ajude na crise que pode culminar na quebra das corporações.

No Twitter, Barbosa ainda reproduziu o tweet do vereador paulistano Gilberto Natalini (PV), da base do governo Geraldo Alckmin (PSDB). "Zé Eduardo Cardoso. Não ouse atrapalhar a investigação da Lava Jato. Você é Ministro da Justiça do Brasil. Não pode proteger bandido!", escreveu o parlamentar.

Segundo a reportagem publicada no portal da Veja no último dia 13, há duas semanas, Cardozo recebeu em seu gabinete, em Brasília, o advogado Sérgio Renault, defensor da UTC, cujo presidente é considerado o líder do clube das empreiteiras. Renault estaria acompanhado do ex-deputado petista Sigmaringa Seixas.



"O relato da conversa percorreu os gabinetes de Brasília e os escritórios de advocacia como um sopro de esperança para políticos e empresários acusados de se beneficiar do dinheiro desviado da Petrobras", cravou a Veja.

Em nota divulgada à imprensa neste domingo (15), Cardozo destacou a "absoluta regularidade" da audiência.
Na reunião, Cardozo teria dito a Renault que a Operação Lava Jato "mudaria de rumo radicalmente, aliviando as agruras dos suspeitos de crimes como corrupção e lavagem de dinheiro. O ministro afirmou ainda que as investigações do caso envolveriam nomes de oposicionistas, o que, segundo a tradição da política nacional, facilitaria a costura de um acordo para que todos se safem. Depois disso, Cardozo fez algumas considerações sobre os próximos passos e, concluindo, desaconselhou a UTC a fechar um acordo de delação premiada. Era tudo o que os outros convivas queriam ouvir."

Por fim, a revista indicou que Renault "esgrime a tese de que a Lava Jato está apinhada de irregularidades" e que a tática das empreiteiras será tentar invalidar o processo. "Cardozo disse o mesmo ao advogado, ecoando uma análise jurídica repetida como mantra pelos líderes petistas."

domingo, fevereiro 15, 2015

Embaixadora dos EUA no Brasil admite: Começamos 2015 muito bem e gostaríamos de voltar a ser o principal parceiro comercial do Brasil



A embaixadora norte-americana no Brasil, Liliana Ayalde concedeu uma entrevista para a revista Exame, da editora Abril (a mesma da VEJA) e foi indagada se a crescente presença da China no Brasil preocupa os EUA. Veja sua resposta: 

"Não, mas gostaríamos de voltar a ser o principal parceiro comercial do Brasil. Essa vai ser minha missão. Facilitar as trocas em setores de maior potencial. Setores que gerem mais valor agregado e aumentem as trocas na área de inovação. Temos muitas coisas em comum. Há 26 000 estudantes brasileiros do programa Ciência sem Fronteiras nos Estados Unidos. Nos últimos quatro anos, o investimento das empresas brasileiras nos Estados Unidos cresceu cinco vezes. A China pode ser o parceiro número 1 do Brasil hoje, mas isso vai mudar. A parceria comercial entre o Brasil e os Estados Unidos é mais profunda.

Leia a matéria com a entrevista que a Globo não mostrou e provavelmente não mostrará nos seus telejornais.

Liliana Ayalde chegou ao Brasil para assumir a embaixada americana justamente em setembro de 2013, quando a presidente Dilma Rousseff disse ao presidente Barack Obama que estava cancelando sua visita a Washington programada para outubro daquele ano.

A decisão foi tomada após as revelações de Edward Snowden, ex-técnico da Agência Nacional de Segurança, sobre o monitoramento das conversas de Dilma e de dados da Petrobras, realizado pelo governo americano. Com o quase congelamento dos contatos em Brasília, Liliana aproveitou para viajar pelo país e estreitar os laços com o mundo empresarial.

Em janeiro deste ano, a embaixadora percebeu uma mudança de posição do governo brasileiro, que voltou a dar prioridade à visita de Dilma aos Estados Unidos. Leia a seguir a entrevista concedida na casa do cônsul americano em São Paulo.

EXAME - A senhora concorda que as relações entre o Brasil e os Estados Unidos estão no pior momento da história?

Liliana Ayalde - Não. Começamos 2015 muito bem. A recente visita a Brasília de Joe Biden, o vice-presidente americano, é um sinal disso. Ele teve uma conversa muito positiva com a presidente Dilma. O ano de 2014 foi difícil. Mas, mesmo quando a relação entre os governos tem problemas, as pessoas dos dois países continuam conectadas.

Isso fica claro em várias áreas, como nos negócios e no turismo. Na posse, a presidente falou que é hora de olhar para a frente. O momento hoje não poderia ser melhor.

EXAME - Já há uma nova data para a visita?

Liliana Ayalde - O governo brasileiro quer fazer a visita, mas diz que precisamos ter uma agenda substantiva. O encontro entre os dois presidentes não pode ser apenas uma oportunidade para realizar um jantar de gala. É nisso que estamos trabalhando. Ainda não temos uma data.

EXAME - Qual é o limite para sabermos se haverá ou não a visita neste ano?

Liliana Ayalde - Não há limite. Espero que até abril tenhamos uma agenda de consenso. Em abril ocorre a Cúpula das Américas, no Panamá. Será uma chance de os presidentes se verem, e devemos aproveitá-la. Temos esses meses para trabalhar.

EXAME - É possível que negociações com o objetivo de uma abertura comercial histórica sejam anunciadas?

Liliana Ayalde - O vice-presidente Biden disse a Dilma que os Estados Unidos sabem quais são seus interesses. Precisamos saber quais são os do Brasil. O governo brasileiro diz claramente que gostaria de ter uma relação ainda mais robusta na área comercial.

Liliana Ayalde: "Gostaríamos de voltar a ser o principal parceiro comercial do Brasil".

Os Estados Unidos já foram o principal parceiro comercial do Brasil. Neste momento temos uma relação comercial de cerca de 100 bilhões de dólares, mas sabemos que isso pode crescer. Há maneiras de identificar os obstáculos e facilitar as trocas.

Ainda não se falou de um acordo de livre comércio, mas estamos esperando para ver o que o Brasil quer. O Brasil tem algumas limitações por causa de seus acordos com o Mercosul. Nós também temos nossas limitações porque temos de trabalhar com nosso Congresso. Mas há espaço para negociar.

EXAME - Existe a possibilidade de a exigência de visto aos brasileiros ser extinta?

Liliana Ayalde - Esse é um dos temas que ficaram parados. O Brasil pediu para não continuar com a conversa. Vamos ver agora se esse tema será visto como prioritário. Isso é um processo que toma tempo. Temos regras muito duras. É preciso estabelecer sistemas de trocas de informação sobre passageiros.

Antes de as conversas pararem, falava-se em fazer uma experiência piloto. Não se exigiriam vistos de algum grupo específico, como o de empresários, e se examinariam os resultados.

EXAME - Como está a negociação para pôr fim à bitributação das empresas com operações nos dois países?

Liliana Ayalde - Desde que cheguei ao Brasil, nenhuma reunião foi agendada para tratar desse assunto. Gostaríamos de avançar. Essa é uma demanda do setor privado.

EXAME - A crescente presença da China no Brasil preocupa?

Liliana Ayalde - Não, mas gostaríamos de voltar a ser o principal parceiro comercial do Brasil. Essa vai ser minha missão. Facilitar as trocas em setores de maior potencial. Setores que gerem mais valor agregado e aumentem as trocas na área de inovação. Contamos com a plataforma necessária. Muitas empresas americanas têm centros de pesquisa aqui.

Temos muitas coisas em comum. Há 26 000 estudantes brasileiros do programa Ciência sem Fronteiras nos Estados Unidos. Nos últimos quatro anos, o investimento das empresas brasileiras nos Estados Unidos cresceu cinco vezes. A China pode ser o parceiro número 1 do Brasil hoje, mas isso vai mudar. A parceria comercial entre o Brasil e os Estados Unidos é mais profunda.

EXAME - Essa parceria não está estagnada?

Liliana Ayalde - Está. Por isso existe uma frustração. Mas temos de aproveitar as relações próximas que existem entre as pessoas e as empresas dos dois países. Percebo que agora há um interesse do Brasil. O país precisa de sinais de confiança, e aumentar a parceria com os Estados Unidos seria positivo.

Relembre os hits que mais marcaram os últimos carnavais

O hit que "bombou" em 2014, foi de um artísta que praticamente não emplacou outro "sucesso".
"Quinze minutos de fama
Mais um pros comerciais
Quinze minutos de fama
Depois descanse em paz

A melhor banda de todos os tempos da última semana
O melhor disco brasileiro de música americana
O melhor disco dos últimos anos de sucessos do passado
O maior sucesso de todos os tempos entre os dez maiores fracassos"

A melhor banda de todos os tempos da última semana - Titãs.


Todo ano é a mesma coisa: A indústria cultural elege um hit musical para martelar nas rádios e demais veículos de comunicação. Esse ano foi diferente. 

Acredite: Você vai se divertir.



2010 - PARANGOLÉ- "Rebolation".



2011 - AVIÕES DO FORRÓ – Minha mulher não deixa não.



2012 - LATINO – Kuduru.



2013 - NALDO – Amor de Chocolate.



2014 -  PSIRICO - Lepo Lepo.



2015 -  POVO CEARENSE - #ImpitimanÉmeuZovo.


#ImpitimanÉmeuzovo: Como surgiu a hashtag do carnaval 2015

O fato deste carnaval que viralizou e inspira novas manifestações contra o Impeachment, veio do carnaval de Fortaleza-CE.

Desde que foi ao ar, a matéria da Rede Globo/Fortaleza, onde brincantes de um bloco carnavalesco aproveitaram a inserção ao vivo da emissora para trollar o impeachment de Dilma, a zoeira virou febre nas mídias sociais, sendo repetida em várias cidades brasileiras e do mundo.

A zoeira começou lá no nordeste, terra de gente bem humorada e inteligente, a qual o colonista da Globo Diogo Mainardi chamou de bovinos e que por isso foi criticado, processado e pediu desculpas.

Seria um dia comum, ou não. Talvez, mais um sábado de carnaval no Brasil com a mídia revezando o noticiário com flashs da folia e requentando as matérias sobre os vazamentos seletivos da operação "Lava Jato", enquanto um exército de zumbis compartilhariam e comentariam nas redes sociais, que a corrupção na Petrobras é filha do PT e por isso, Dilma mereceria o Impeachment. #SQN

Por volta das 15h, um amigo filiado ao PSDB, pasmem!, me envia uma mensagem in box, com uma foto, me indagando, já vistes?

Abri e dei de cara com a imagem publicada no topo desta postagem e poucos minutos depois, ao publicar na página deste blog no Facebook, ví que ela já havia viralizado de forma rápida e vários memes passaram a ser criados e compartilhados em várias mídias sociais, do WhatsApp, passando pelo Twitter, Instagram e claro, o Facebook.

Até o início da madrugada deste domingo (15), umas das principais ferramentas de métricas, o tweetreach.com, registrava que a hastag #ImpitimanÉmeuZovo alcançava 271,348 contas individuais e mais de 1 milhão e meio de impressões, no twitter.

Como a frase sofre variações no decorrer de sua distribuição, seja levando acentos, perdendo ou ganhando letras e outras mudanças, deixarei para outro momento a análise precisa do impacto da tag, tanto no twitter, quanto nas demais mídiasmas de antemão já prevejo que o vídeo da reportagem feito pela afiliada da Rede Globo em Fortaleza-CE, deverá influenciar muita gente mundo afora, a se manifestar contra o movimento pró-impeachment da presidenta Dilma, desencadeado por seus opositores, mas evidentemente incentivado por uma avalanche midiática, capitaneada pelas maiores empresas de comunicação do Brasil, entre elas a Rede Globo, a revista Veja, jornais Folha de São Paulo, Estadão, O Globo e suas raízes e braços no rádio e na internet.

Veja o vídeo (1 minuto e 45 segundos).



Veja alguns memes que circulam pelas redes sociais com a tag #ImpitimanÉmeuZovo.





















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quinta-feira, fevereiro 12, 2015

O PT e o esgotamento de um modelo


“O PT manterá capacidade para ser força aglutinadora  de uma nova Frente de Esquerda? O tempo dos acordos e do ‘reformismo fraco’ está encerrado.”


Por Rodrigo Vianna, no Portal Fórum.

Não há nenhuma dúvida de que o governo petista e o próprio PT enfrentam a crise mais grave desde que Lula chegou ao poder em 2003.

Muito mais grave do que a do Mensalão em 2005: naquela época a Economia não estava à beira da recessão, e o núcleo dirigente do PT e do governo era mais consistente.

A eleição de Eduardo Cunha não foi um raio em céu azul. Mas o sinal de esgotamento de um modelo – esgotamento que já ficara claro com as dificuldades enfrentadas por Dilma na eleição de 2014.

De que modelo falamos?

Lula aproveitou a maré favorável na economia internacional para articular um projeto de distribuição de renda, com fortalecimento do mercado interno, recuperação do papel do Estado e crescimento econômico – ajudando também a costurar um novo bloco de poder internacional, que se contrapôs (em parte) à hegemonia dos Estados Unidos e Europa.

Reparem: não digo que Lula tenha sido apenas um “sortudo” (como afirmam certos economistas e colunistas ligados ao tucanato). Não. A fase de crescimento mundial, com valorização do preço das “commodities” (grãos, petróleo, minério de ferro etc), puxada principalmente pela China, foi o pano de fundo… Mas a oportunidade poderia ter sido desperdiçada. E não o foi.

O que se fez nos últimos 12 anos não foi pouco. A incorporação de 30 milhões de brasileiros ao mercado de massas é um patrimônio, que deve ser defendido. Assim como o projeto de uma Nação autônoma – recuperado nos anos Lula/Dilma.

O mérito do projeto lulista/petista foi ter aproveitado a maré internacional favorável para melhorar a vida dos trabalhadores e dos mais pobres no Brasil. Mas isso foi feito sem nenhuma mudança estrutural, sem ameaçar o poder efetivo dos mais ricos… Foi feito com acordos por cima e por baixo. E com acomodação no Congresso.

O projeto lulista, na feliz definição de André Singer, era (vejam que uso o verbo no passado) o de um “reformismo fraco”. Reformas sem confronto.

Muitos (inclusive este blogueiro) lamentam que Lula não tenha trabalhado para politizar mais a sociedade enquanto esteve no poder. E que o PT tenha se acovardado diante da máquina midiática conservadora. Esse seria o motivo para o avanço da direita – que está ganhando a batalha das ideias, certo?

Nos últimos tempos, tenho sido levado a pensar que a explicação não é assim tão simples…

Vejamos: Argentina e Venezuela possuem governos muito mais politizados (e politizantes), adotaram o confronto de ideias, fizeram o debate sobre a mídia. E, no entanto, vivem hoje em situação também delicada. A conclusão óbvia é que a conjuntura econômica tem um peso muito maior do que qualquer “politização” ou “combate simbólico” poderiam garantir.

O modelo inicial lulista, em verdade, mudou bastante a partir de 2008. Quando a crise das hipotecas originada nos Estados Unidos travou a economia ocidental (reduzindo um pouco também o ímpeto chinês), o Brasil já tinha erguido um gigantesco mercado interno – graças às políticas sociais de Lula (Bolsa-Família, forte recuperação do salário-mínimo).

Foi esse mercado que garantiu ao Brasil (entre 2009 e 2014) níveis de crescimento razoáveis,e desemprego muito baixo, em comparação com a tragédia social ocorrida no sul da Europa (Espanha/Portugal/Grécia) e em partes dos Estados Unidos.

Lula/Mantega, na crise, recusaram-se a utilizar a cartilha liberal. Resistiram.

Ao fim do primeiro governo Dilma, no entanto, também essa segunda fase parecia esgotada. Se desde 2008 já não se podia contar com a economia internacional, em 2014 ficou claro que o mercado interno (baseado em crédito e em desonerações fiscais, mais do que em investimento) mostrava também sinais de esgotamento.

Dilma tentara aprofundar as mudanças, mas perdeu a batalha da redução de juros: a “burguesia nacional/industrial” faltou ao encontro com a Nação (de novo?) e, em vez de aliar-se ao esforço de redução dos juros, manteve-se fiel ao velho rentismo (melhor ganhar um dinheirinho com aplicação no banco do que com projetos produtivos).

Em 2014, já estava claro que seria preciso iniciar um novo ciclo, com novo projeto. Era preciso fazer algum ajuste nas contas do governo. A questão era (e é): ajuste pra quem? comandado por quem? Na campanha eleitoral, Dilma acenou à esquerda. Prometeu que ajuste neoliberal era coisa de Marina e Aécio. Passada a eleição, virou à direita.

Esse é o novo ciclo que o PT oferece ao Brasil? Para isso já há o PSDB e seus aliados midiáticos.

Ah, mas Lula fez parecido em 2003. Ora, há uma diferença brutal: Lula fez a “Carta aos Brasileiros” ANTES da eleição, em 2002. Dilma fez um “contrato” para vencer a eleição, em 2014. E, no primeiro mês de mandato, rompeu em parte o contrato.

Em dezembro, escrevi neste blog que Dilma teria a dura tarefa de equilibrar-se entre dois fogos: a “governabilidade” (que poderia garantir alguma estabilidade no Congresso) e a “força das ruas” (que garantiu efetivamente sua vitória contra a direita, no segundo turno). Minha avaliação era de que Dilma não poderia abrir mão dos acordos com o centro, mas só teria alguma força para negociar esses acordos se mantivesse a seu lado um bloco popular mobilizado.

Pois bem. Dilma apostou tudo na governabilidade, e jogou fora parte da energia das ruas que garantiu sua vitória.

A eleição de Eduardo Cunha, em si, não deveria ser uma surpresa. O Congresso que saiu das urnas em 2014 era claramente dominado pelo Centrão. A maior tragédia, para o governo e o PT, foi a vitória de Cunha ter vindo depois de Dilma ter cedido tudo à direita, em nome da governabilidade.

A presidenta agora se defronta com o pior dos mundos: não tem a governabilidade no Congresso, e perdeu o apoio de quem poderia defendê-la nas ruas contra manobras golpistas. Sejamos claros: quem irá para a rua defender Dilma (e a política recessiva do Levy), se vier um pedido de impeachment?

Ok, concordo com colegas blogueiros, que afirmam: não se deve fazer terrorismo com essa história de impeachment… Derrubar Dilma é uma manobra que pode interessar aos velhos tucanos paulistas. Pode interessar ao Ives Gandra, ao FHC. Mas será que (hoje) interessa a essa nova maioria que comanda a Câmara?

Eduardo Cunha já avisou que não. Mas imaginem o preço que isso terá… O quadro é grave, confuso.

A Economia vai para a recessão. Isso já não é mais uma hipótese. Mas uma certeza. Além disso, o país vai parar com a nova CPI da Petrobrás. E a Lava-Jato vai arrastar dezenas de parlamentares para a lama. Tudo isso sem que o PT tenha qualquer capacidade de reação.

Uma crise de representação, com a desmoralização da política, somada a uma crise econômica, é um cenário para uma renovação mais radical da política.  Foi o que se viu na Grécia (Syriza) e é o que pode ocorrer na Espanha (Podemos). Mas lembremos que na França é a extrema-direita de Le Pen (a filha) quem fatura com a crise, fazendo um discurso parecido com o de bolsonaros, felicianos e outros aprendizes de fascistas.

O cenário no Brasil é muito diferente. Aqui estamos longe de uma crise social. Mas há um bombardeio midiático ininterrupto, baseado no discurso “moral”. Já vimos onde isso levou em 1954 – quando o Mar de Lama udenista terminou em tragédia.

O PT manterá alguma capacidade para ser força aglutinadora (uma entre várias forças) de uma nova Frente de Esquerda – que parece ser a saída para se enfrentar o novo ciclo histórico?

O Quinto Congresso do partido, que acontece este ano, terá papel definitivo. Se o PT seguir amortecido, incapaz de se renovar como força aglutinadora do bloco popular, terá selado seu destino.

O tempo dos acordos e do “reformismo fraco” está encerrado. Sem renovação imediata, o PT não vai “acabar” (como afirmou Marta, de forma açodada e oportunista), mas definhar. Nesse caso, o PT não seria derrotado pelo “mar de lama” – como afirmam mervais e colunistas toscos na revista da marginal. Mas pela falta de capacidade de reagir à agenda conservadora, e pelo fato de não propor um novo modelo de desenvolvimento alternativo ao neoliberal.

O PT, se não reagir, abrirá caminho para sua pasokização (PASOK é o partido socialista grego, que costumava ter um terço dos votos, e depois de trair os trabalhadores com um programa ultraliberal, teve menos de 5% na última eleição).

A esquerda, nesse caso, terá que encontrar outras instrumentos políticos para enfrentar a ofensiva conservadora – que tende a se tornar ainda mais dura nos próximos anos.

Esse processo, na verdade, já se iniciou. Mas não está definido.

P.S: vejo em alguns comentaristas e militantes mais à esquerda a esperança de que Lula “vai entrar nesse jogo e mudar tudo”; Lula pode muito, mas não é mágico; sem construir um novo bloco e um novo projeto, não há líder salvador que salve coisa nenhuma…

Dorothy Stang: 10 anos de sua morte com os mandantes em liberdade


No blog do Bordalo.

Neste 12 de fevereiro, o assassinato de Dorothy Stang completa dez anos, sem que os mandantes pelo crime tenham sido, de fato, presos. Depois de sucessivos julgamentos e do polêmico cancelamento do veredicto que condenou Vitalmiro Bastos de Moura a 30 anos de prisão, tanto ele como o outro mandante, Regivaldo Pereira Galvão, continuam livres. O caso, ao invés de exceção, infelizmente é a regra e retrato fiel da violência e impunidade que assolam comunidades rurais de todo o Brasil e especialmente do Pará.

O momento é para reforçar que não há saída para termos efetivamente paz no campo se, primeiro, não for efetivado com rigor o combate à violência, à pistolagem, às execuções, ao crime de mando, se àqueles que ‘vivem da morte’ não sentirem o braço forte do Estado, não sentirem que a sociedade, que o Estado Democrático de Direito, não admitirá que o crime de mando e de pistolagem possam ser exercidos sem parcimônia, como atualmente acontece neste Estado. Essas execuções tornaram-se banais no Pará, incentivando outros crimes, pois percebe-se que isso é um bom negócio.

O Pará precisa de paz. O Estado não pode continuar convivendo com grupos isolados que se consideram acima da lei, que acham   que podem ter o direito de decidir a vida e a morte de alguém.

Precisamos mobilizar a sociedade e fortalecer as instituições do estado, reconquistar sua credibilidade, para que a população possa confiar de fato nas instituições republicanas e isolar esses grupos, essas falanges criminosas que tanto atentam contra à paz e contra à tranquilidade do povo do Pará

Caos no Paraná: Governo tucano tenta roubar servidores


No Paraná, terra do juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas ações penais decorrentes da Operação Lava Jato, que investiga os esquemas que há décadas desviam dinheiro em negociações entre a Petrobras e agentes públicos, lobistas e grandes empreiteiras, os servidores estaduais dizem que seus direitos estão ameaçados, mas o governo alega que não são direitos e sim privilégios adquiridos.

Sem admitir o rombo nas contas públicas, fruto de uma gestão repleta de denúncias de corrupção e mal uso do dinheiro público, o governador Beto Richa (PSDB) conseguiu os votos da maioria dos deputados estaduais para implementar uma série de medidas e cortes orçamentários e nesta quarta-feira (11) um grupo de advogados e professores de Direito Constitucional e Administrativo impetraram um mandado de segurança no Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) contra o regime de Comissão Geral para votação daquilo que os trabalhadores apelidaram de “pacote de maldades” do governo Richa.

Nada disso é noticiado pela imprensa brasileira, parceira do atual governador que conseguiu ser reeleito e agora resolveu fazer o contrário do que prometeu em campanha e ameaça cortar direitos trabalhistas e conquistas do funcionalismo público, o qual resolveu reagir e está à beira de uma greve geral.


Por isso, servidores públicos, professores, trabalhadores e estudantes ocupam desde a manhã da terça-feira, o prédio da Assembleia Legislativa, na tentativa de barrar o "pacote de maldades" e pressionam os deputados para que estes não lhes traiam como já fez o governador, o qual é do PSDB e talvez por isso não vemos nenhum apresentador da Globo, ou jornalista dos demais jornalões e sites de revistas mostrando os protestos que vários trabalhadores fazem, como forma de evitar a fúria do governo sobre os seus salários e fundo previdenciário. 

Em uma matéria super-amiga, publicada na tarde desta quarta, a Folha abordou o caso assim: 

"O pacote que quer aliviar o caixa do Estado, que inclui a mudança da previdência dos servidores públicos, a redução do anuênio e mudanças no plano de carreira dos professores, será votado apenas na sessão desta quinta (12). Reeleito no ano passado, o tucano tem enfrentado uma crise financeira há pelo menos dois anos, que já forçou o Estado a suspender obras, atrasar pagamentos e parcelar salários de servidores.

Perceberam a mãozinha amiga da jornalista e do editor chefe do jornal para com o governador parceiro, ao dizer que este foi forçado a suspender obras, atrasar pagamentos e parcelar salários de servidores?

Já hoje, a Folha resolveu em outra matéria, esconder o caos generalizado que tomou conta da frente e do interior da Assembleia Legislativa do Estado, dizendo que são apenas "centenas" de pessoas que estão acampadas e só deu a palavra pro Secretário da Fazenda, apelidado pela oposição de "Maurinho Malvadeza" que diz que é necessário um ajuste fiscal imediato e severo. 

Veja o vídeo da heróica ocupação da Assembléia Legislativa pelos servidores públicos do Paraná, já que na Globo e na velha mídia você é simplesmente impedido de saber como funciona os governos do PSDB, os sócios da mídia Brasileira. 


Se fosse menos parcial, a Folha e o resto da imprensa nacional informaria ao restante do país o que realmente acontece no Paraná, dando direito de expressão à outra parte envolvida nesta crise instituicional: Os servidores. 

"Boa parte dos funcionários públicos do Estado estão acampados na Assembleia Legislativa e não temos dia e nem hora para sair daqui", informa Hermes Leão, presidente da Associação dos Professores do Paraná.

Segundo o professor, a adesão à pauta dos funcionários públicos tem aumentado a cada momento. “É uma luta de toda sociedade, inclusive dos promotores de justiça e dos juízes”, lembrou Hermes, ao salientar que a magistratura também seria afetada com a extinção do fundo previdenciário e denuncia que o governador Beto Richa pretende meter a mão em R$ 8 bilhões da poupança previdenciária do funcionalismo público. 

Mesmo correndo o risco um conflito com uma desocupção por parte da PM, conforme já foi solicitada pelo presidente da casa, os servidores não arredam o pé do local e prometem só voltaram para o trabalho depois que os deputados desistam de apoiar o governo de lhes tirar rendimentos e respeitar a aposentadoria dos mesmos.


Em defesa aos servidores públicos do Estado, o presidente da OAB-PR, Juliano Breda, divulgou na terça-feira (10) manifestação da entidade contra a tramitação sumária (tratoraço) do “pacotaço de maldades” do governador Beto Richa (PSDB) na Assembleia Legislativa do Paraná.

O desequilíbrio das finanças do Estado não pode ser equacionado com uma oneração excessiva à população e aos funcionários públicos”, diz um trecho da nota, que ainda roga para que os deputados estaduais “rejeitem o projeto de lei em exame”.

Enquanto o governador prepara-se para usar a polícia para evacuar as dependências da ALER isso, um blog paranaense informa que a vice-governadora do PROS, passa o carnaval na tranquilidade da Itália, junto com sua filha que é deputada estadual pelo PP.

Impeachment, golpe e corrupção: A trama dos derrotados


Por Luanna Tomaz*

Acho ridícula essa movimentação em defesa do impeachment. 

Cada vez que recebo uma mensagem sobre esse assunto, me embrulha o estômago. Não se pode defender o impeachment de um presidente/a porque seu candidato não ganhou as eleições, ou porque aquela tomou (em um mês e meio de governo) medidas impopulares. Torna-se um acinte ao Estado Democrático de Direito e ao processo eleitoral que garantiu vitória a essa candidata. Enquanto a oposição jogar esse jogo continuará pequena e mesquinha, pois estará mais preocupada com seu espaço político do que com o desenvolvimento do país. 

Como qualquer cidadã tenho críticas ao governo, mas não posso sair por aí, achando que posso trocar de presidente como troco de roupa. Não me surpreende que os setores mais reacionários e conservadores estejam ao lado disso, que queiram construir o PT como o inimigo do povo, como o partido da corrupção, quando sabemos que esses setores não ligam a mínima para o que acontece com a população mais vulnerável desse país. 

A corrupção está arraigada em todos os espaços no nosso país, com pessoas que fraudam seu imposto de renda, que falsificam carteira de estudante, que pagam propina ao guarda de trânsito, mas que não querem perder seus privilégios, que não querem abrir mão da corrupção que os beneficia. Fico assustada, como qualquer pessoa, com os escândalos de corrupção. 

Ao mesmo tempo fico feliz em saber que eles estão sendo combatidos e espero que eles sejam extirpados do nosso país, da nossa casa, das ruas, de nossas vidas, mas isso exige uma postura crítica, inclusive com nossas práticas, e não apenas acreditar que trocar de presidente/a vai resolver alguma coisa, quando no fundo o que se quer é que os privilégios sejam redirecionados.


Luanna Tomaz é Mestre em Direito pela Universidade Federal do Pará (UFPA) e doutoranda em Direito na Universidade de Coimbra.

sábado, fevereiro 07, 2015

Precisamos urgentemente ir às ruas!



Por Mauro Reis*

Creio que realmente o Brasil acordou, pois caso contrário ainda estaríamos vivenciando experiências da Ditadura Militar e dos Governos do PSDB, época em que os escândalos eram acobertados, como é o caso da compra de votos no Congresso, quando da aprovação da emenda da reeleição do FHC; quando das negociatas para a aquisição dos canais à cabo no Brasil, em que a Rede Globo foi a principal favorecida, graças a atuação do então Ministro das Telecomunicações do FHC, Sérgio Motta; quando dos escândalos na Petrobrás, na época do FHC, fato denunciado pelo jornalista Paulo Francis, no Programa da própria Globo News, denominado Manhattan Connection; dos efetivados pelo Aécio e pelo Anastasia em Minas Gerais (uso indevido de recursos públicos para a construção do aeroporto em terras do tio do Aécio, totalizando R$ 14 milhões), e pelo Alckmin e sua trupe em São Paulo (Metrô- o "trensalão", Companhia de Gás, etc.). 

Fico imaginando como estaríamos se o governo brasileiro ainda estivesse nas mãos de políticos que só beneficiam grupos de investidores privilegiados, e ainda conseguem enganar vários cidadãos-eleitores, propalando o discurso (com apoio da grande mídia, que faz parte deste "jogo" de interesses) de que estão defendendo seus interesses. 

É por isso que defendo a ida dos cidadãos conscientes às ruas, para exigir que se passe a limpo, pelo menos, os escândalos acima descritos, exigindo, também, que o governo do Estado do Pará, na figura do Simão Jatene, explique o caso da compra de votos com o "Cheque Moradia", nas últimas eleições; assim como, o caso da extorsão que se pretendia fazer sobre as 100 maiores empresas do Estado, visando o financiamento da campanha do Jatene, na eleição recente para o governo (obra de sua filha, Izabela Jatene). 

Torna-se necessário, também, apurar os casos de corrupção na Petrobrás nos dias de hoje, pois não podemos aceitar que a maior empresa brasileira possa estar mergulhada em um "mar de lama", e nisso a Presidenta Dilma se diferencia dos demais governantes, exigindo e apoiando a apuração das irregularidades, não impondo barreiras a atuação da Polícia Federal, o que com certeza não estaria sendo realizado, caso o Brasil estivesse sendo governado pelo Aécio.


*Mauro Reis é sociólogo e bancário.

sexta-feira, fevereiro 06, 2015

Por que a energia elétrica é tão cara no Pará?

Muito se fala sobre o aumento da energia elétrica no país e no Pará, um dos maiores produtores e onde a tarifa está em as três (03) mais caras do Brasil e a culpa geralmente acaba indo parar, pra variar, no colo do governo federal.

Por isso, recortei as notas publicadas no jornal Diário do Pará desta sexta-feira (06), para que os brasileiros, ou pelo menos os paraenses, entendam de quem é a culpa dessa contradição e parem de serem levados à conclusões simplistas devido a enxurada de notícias contra apenas um partido e um governo.




quarta-feira, fevereiro 04, 2015

PMDB: Queremos o Brasil de volta

Depois de ter viajado praticamente todo o Brasil, conversando com apoiadores, Cunha chega para consolidar sua vitória.

Note em uma das bandeiras, a frase: "QUEREMOS O BRASIL DE VOLTA".

"Placas humanas" foram usadas para a campanha do presidente eleito da Camâra, nessa que pode ser sido a mais cara da história do Congresso Nacional. 
Cabos eleitorais fazem bandeiraço e visual no estacionamento de acesso à entrada da Câmara, em Brasília e revelam algo surpreendente: O PMDB, partido aliado do governo federal desde a primeira vitória do presidente Lula em 2002, disse através do material de propaganda do seu candidato à presidência da Câmara, algo no mínimo inusitado: "Queremos o Brasil de volta" (foto2).

Não é preciso dizer que o mesmo PMDB é a principal base de apoio de sucessivos governos, desde a redemocratização do Brasil e que agora, sendo novamente o principal aliado do governo federal, disse em uma frase no mínimo intrigante e abre a perspectiva de outra pergunta não menos incabulante: Onde o candidato que se elegeu presidente da Camâra arrumou tanto dinheiro para ter uma campanha tão farta em pessoal, material e viagens?

Duas perguntas que colocam em xeque a forma com que os processos eleitorais são tratados sem uma reforma política séria no Brasil. Cabe perguntar: A justiça eleitoral fiscaliza a captação, uso e prestação de contas de uma campanha como essa?

Decifrem ou serão devorados.

A linha levítica. Ou leviana? Ou Lula está disposto a ser o salvador da Pátria?


Para os moradores da mansão, e dos seus aspirantes, Lula é a ameaça de longe mais apavorante, com ou sem partido.

Por Mino Carta, no Editorial da Carta Capital.

Diz o Oráculo de Delfos: “À vista do que se delineia, até setembro o empresariado vai pedir a Dilma que tire Joaquim Levy do Ministério da Fazenda”. Por que setembro? Tento entender: até lá a recessão seria inevitável ao sabor da política monetarista que caracteriza a atual gestão da economia brasileira. A se considerar que a opção do País nesta atribulada situação é crescer e crescer, nada mais daninho do que a orientação levítica. Ou leviana?

O Oráculo, como se sabe, é originário da Grécia antiga, mas ao longo dos séculos deu para se encarnar em figuras distintas e devidamente influentes. Refiro-me, portanto, a alguém merecedor de respeito. Veremos o que veremos, embora o Oráculo não costume errar.

À indústria cabe protagonizar crescimento. O Conselheiro Acácio concorda. Seu êxito depende do mercado nacional e internacional, aquele que não se confunde com o Mercado, com M grande, já há décadas alçado à condição de Moloch global. Aquele é habitado por quem consome, este faz a felicidade de banqueiros e especuladores. Não há como enganar-se quanto ao fato de que Joaquim Levy está na Fazenda para agradar ao Mercado.

Falha gravíssima do primeiro mandato de Dilma Rousseff foi o descaso com que a indústria brasileira foi abandonada ao seu destino. Convém insistir no erro? Em um primeiro momento, não faltou quem se regozijasse quando a presidenta faz exatamente o que faria a turma da casa-grande caso ganhasse a eleição de outubro passado. Procuro interpretar o vaticínio oracular: com o tempo, e em meio ao recrudescer da crise, o empresariado irá render-se à voz da razão, a bem de todos. O almejado bem geral da Nação. Geral? Nem tanto, a turma do privilégio gostaria que tudo ficasse como está.

Em um país forçado à devoção do neoliberalismo, o investimento dará lugar ao rentismo no seu exercício mais desbragado. Outras as demandas recomendadas pelo momento difícil. Em primeiro lugar, esforço concentrado para renovar os objetivos do PAC em obras de infraestrutura, em um Brasil aflito por imperdoáveis crises, uma energética, outra hídrica, sem contar o desastre da administração tucana de São Paulo, a exibir o leito da Cantareira crestado como as secas das terras nordestinas de outros tempos.

Outro empenho decisivo diz respeito à recuperação do prestígio da Petrobras, quarta maior empresa petrolífera do mundo, hoje em risco insustentável vítima de escândalos que ferem a credibilidade do próprio Estado brasileiro. A ação exige, obviamente, determinação e firmeza, sem tergiversações, e muito menos leniência, na punição dos culpados e no reacerto das rotas.

O que preocupa é a mediocridade dos conselheiros da presidenta, enquanto a distância entre a própria e Lula repete neste momento as dimensões do primeiro mandato. Está certo, dirá o ex-presidente, sempre disposto a entender, desde a vitória de Dilma em 2010, a justa aspiração da criatura de afirmar independência em relação ao criador, dizer a que veio e deixar seu legado.

Lula também sublinhará jamais ter pressionado a favor da nomeação de qualquer ministro, embora seja do conhecimento até do mundo mineral não apreciar vários entre os mais chegados a Dilma. Resta ver o que acontecerá se os maus agouros vingarem. Ou seja, se a recessão chegar em um Brasil que não cresce. Qual haverá de ser, se assim for, a postura de Lula?

O Brasil carregou, por mais de um século, a tradição de votar em pessoas em lugar de partidos, aspecto de óbvia explicação em um país onde partidos, na acepção democrática, desde sempre não passaram de clubes recreativos fundados por senhores da casa-grande. Com o PT desenhou-se a possibilidade de uma mudança. Não foi mantida. No poder o PT portou-se como todos os demais, com a agravante de ter prometido para não cumprir.

Não está claro até que ponto Lula pode e quer empenhar-se para recolocar seu partido nos trilhos originais. Tampouco estão claras suas intenções na perspectiva de 2018. Nem lhe conviria, agora, uma definição. Certa é sua boa saúde, o que poderia contribuir para apresentar a candidatura na hora oportuna. Trágico para Dilma se ele surgisse como o salvador da pátria. Não menos trágico para a casa-grande. Para os moradores da mansão, e dos seus aspirantes, Lula é a ameaça de longe mais apavorante, com ou sem partido.

segunda-feira, fevereiro 02, 2015

Dilma foi derrotada por aliados na Câmara

Deputados do PMDB e de outros partidos comemoram a vitória de Eduardo Cunha. Foto: Wilson Dias/ Agência Brasil

O terceiro turno da eleição presidencial começou e com forte carga inflamável. O lobista Eduardo Cunha (PMDB-RJ) venceu com folga as eleições para a presidência da Câmara Federal na noite deste domingo (1). O peemedebista “rebelde” teve 267 votos; Arlindo Chinaglia (PT-SP) conquistou apenas 136 votos; Júlio Delgado (PSB-MG) obteve 100 votos; e Chico Alencar (PSOL-RJ) beliscou oito votos. Dois deputados votaram em branco. A eleição foi definida em primeiro turno porque Eduardo Cunha garfou mais que a metade mais um dos votos. Todos os 513 deputados votaram no pleito. O renomado lobista exercerá a presidência da Câmara dos Deputados nos dois próximos anos, que prometem ser bem agitados.

Segundo relato “imparcial” da Agência Brasil, “Eduardo Cunha prometeu atuar para que se tenha um parlamento independente, altivo e que respeite os interesses da população brasileira. Ele criticou a submissão do Congresso em certas votações e afirmou que buscará sempre a independência da Casa”. Mas todos sabem que o discurso de Eduardo Cunha é pura demagogia. Ele não tem nada de independente. Representa os interesses de poderosos grupos econômicos – como das teles, que recentemente tentaram sabotar a aprovação do Marco Civil da Internet. O lobista também é conhecido por sua militância “altiva” contra o governo Dilma. Ele não tem nada de “rebelde”; é um porta-voz da direita no parlamento!

Como registrou o editorial da Folha tucana deste domingo, antes da votação, “a confirmar-se o favoritismo de Eduardo Cunha, são imprevisíveis os custos que a Câmara acrescentará aos projetos do Planalto. Incluem-se, como alvo de eventual chantagem fisiológica, o programa de ajuste nas contas públicas, o aprofundamento das investigações de corrupção e um remoto, mas não negligenciável, abalo na continuidade de Dilma Rousseff (PT) na Presidência”. Ou seja, a mídia já trabalha com a hipótese da abertura de um processo de impeachment contra a presidenta. Na verdade, ela torce por isto – tanto que fez de tudo para blindar a candidatura do “rebelde”, que virou o queridinho da “grande imprensa”.

A vitória de Eduardo Cunha tende a conturbar ainda mais o cenário político nacional – já tumultuado com os sinais preocupantes de retração na economia e com o escândalo seletivo da Operação Lava-Jato. Reproduzo abaixo artigo de André Singer, publicado na Folha, que revela a gravidade da atual situação. O próximo período promete fortes emoções e muita adrenalina. A conferir! 

Batalha decisiva

Ao contrário de dois anos atrás, quando a eleição do deputado Henrique Alves (PMDB-RN) para a Presidência da Câmara foi um passeio, o pleito de amanhã para o mesmo cargo será objeto de intensa disputa. Explica-se. Haverá uma espada de Dâmocles sobre Dilma Rousseff caso Eduardo Cunha (PMDB-RJ) confirme o favoritismo que construiu no último biênio. Para evitá-la, o PT lançou candidato próprio, Arlindo Chinaglia (PT-SP).

A guerra entre o parlamentar carioca e a presidente da República remonta pelo menos ao início de 2011, época em que a mandatária tinha força para fazer faxina. Naquela circunstância, Dilma tirou da direção de Furnas o indicado por Cunha. A estatal tem orçamento bilionário e o controle da mesma é disputado a tapa, por motivos não propriamente republicanos. O legislador parece nunca ter perdoado o gesto.

De lá para cá, houve sucessão de conflitos. Convertido em líder peemedebista no começo de 2013, Cunha comandou rebeliões da segunda maior bancada contra o governo. O mais espetacular dos levantes ocorreu em 11 de março passado, quando por 267 votos a 28, os parlamentares decidiram criar comissão externa para investigar denúncias contra a Petrobras na Holanda. A Operação Lava Jato seria deflagrada uma semana depois.

Este é o ponto crucial. O escândalo em curso constitui exceção à regra nas denúncias, investigações e intrigas que acompanham a política. Na esteira da Ação Penal 470, o caso agora em pauta tem potencial para abalar todo o establishment e ninguém sabe ao certo até que camadas vai perfurar.

Em primeiro lugar, pelo volume de dinheiro envolvido. Embora seja imprecisa a quantia mobilizada, fala-se em cifras astronômicas. Em segundo, pelo fato inédito de ter-se detido altos executivos de enormes empreiteiras. Empresas de construção são personagens de negócios questionáveis com o Estado desde sempre, mas dirigentes detidos é raro ver.

And last, but not least, as construtoras podem enredar figuras dos três maiores partidos (PT, PMDB e PSDB), sobretudo se também for investigado o cartel dos trens em São Paulo. Num clima social marcado pelo que "se vayan todos" --recessão, falta de água, falta de energia etc.-- as notícias geram clima de "se gritar 'pega ladrão' não sobra um, meu irmão".

A vantagem de Dilma no contexto confuso e instável é a reconhecida honestidade pessoal, atestada até pela oposição. Ainda assim, ter na chefia da Câmara inimigo declarado e pertinaz é problema para qualquer ocupante do Planalto. Segundo na linha sucessória, o comandante da Casa do Povo tem o poder de arquivar - ou não - qualquer eventual e, mesmo que por completo descabido, pedido de impeachment.

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...