segunda-feira, julho 24, 2017

Lula dá uma entrevista histórica, de mais de 2h e a única coisa comentada é o que disse sobre a frescura do PSOL

Repleta de boas histórias, a entrevista foi usada como um "racha" na esquerda e atiçou orgulhos e mágoas entre militantes. Nela, Lula diz que quem não gosta do PT é o PSOL.

Por Diógenes Brandão

A mais nova polêmica que circula nos meios habitados por filiados aos partidos da esquerda brasileira é por causa do que Lula disse sobre o PSOL, durante uma entrevista que gerou indignação, críticas e apoio ao ex-presidente. A declaração foi dada no programa NA SALA DO ZÉ, comandado pelo jornalista José Trajano, que perguntou sobre o racha existente entre o PT e o PSOL, quando Lula diz que o PSOL é que não gosta do PT.

Para quem não assistiu a entrevista, trago o trecho do vídeo que gerou toda essa polêmica:


Para o jornalista e blogueiro Renato Rovai, Lula deveria pedir desculpas ao PSOL e aos deputados que segundo ele "têm sido aliados de primeira hora", além de terem votado contra o impeachment de Dilma e terem emitido nota condenando o julgamento político do juiz Sérgio Moro contra Lula.

Compartilhando a publicação do Renato Rovai, o deputado federal Edmilson Rodrigues (PSOL-PA) desabafou em sua página no Facebook:

"Nossas posições sobre o Golpe travestido de Impeachment da Dilma ou sobre a condenação sem provas do Lula pelo Moro independem da grandeza do PT ou do Lula em desculpar-se da agressão que este fez gratuitamente e desonestamente contra o PSOL. Entristece perceber que os vocacionados para puxa-saquismo resolvem aplaudir essa violência vinda de quem deveria abandonar o hegemonismo e arrogância política se tivesse responsabilidade com sua própria defesa e com a unidade na luta contra o governo golpista do Temer e sua agenda destrutiva de direitos. O PT é um grande partido, responsável por mudar a política brasileira como nenhum outro partido fez. Entre seus maiores feitos, elegeu o presidente Lula, tornando um ex-operário que saiu do sertão nordestino para São Paulo, onde foi moldado com uma das maiores lideranças políticas do mundo." 

Mantendo petistas no governo que chama de golpista, PT agora pode salvar Temer

Acordo entre o governo e o PT pode evitar a autorização de investigação contra Temer. 
Por Diógenes Brandão
Recentemente, o líder do PT na Câmara dos Deputados, Carlos Zarattini (SP), disse que o partido pode fechar acordo com o governo para dar quórum à votação da admissibilidade da denúncia contra o presidente da República. “É preciso acertar apenas 1 rito que permita a discussão, queremos 1 amplo debate em plenário”, disse o deputado. 
O recado foi interpretado como um sinal de desistência por parte do partido de tirar Temer do poder ainda esse ano. Sabendo que Temer tem apoio suficiente para barrar as investigações pelo STF, o PT prefere que ele sangre até as eleições de 2018, onde Lula pode ser eleito fazendo oposição frontal ao governo que se apropriou do poder via um golpe.
A inusitada ajuda que Michel Temer pode receber do PT para sobreviver na presidência é divulgada pela imprensa e se isso for verdade, o pedido de eleições diretas não passa de uma mentira mantida pelo PT para desgastar Temer.  
A estratégia pode ser inteligente e tomada como uma alternativa viável para um futuro próximo, já que o presente é trágico para o partido, que encolheu em sua representatividade em todo o país, mas continua forte e resistente, pois tem algo que nenhum outro tem: Uma militância disposta a ir pra guerra se for preciso.
Mas nem todos os petistas valem o que o partido prega. No Pará, por exemplo, o PT mantém filiados em cargos de confiança de órgãos federais comandados por indicados de Temer, tornando o discurso pelo #ForaTemer em mais uma grande mentira.
Quem ousa denunciar a fraude acaba sendo ameaçado de expulsão e até de processo criminal, mas isso a gente fala em outra oportunidade.

sábado, julho 22, 2017

DOXA: Bolsonaro lidera entre os mais jovens e com nível superior

Bolsonaro e Lula são pré-candidatos de projetos antagônicos para o Brasil. Imagem: Arquivo do blog.

Por Diógenes Brandão

Segundo o cientista político da DOXA, Dornélio Silva, Bolsonaro tem apelo maior entre jovens e eleitores de nível superior. Levantamento feito no Estado do Pará mostra que o deputado federal carioca se destaca e supera o ex-presidente Lula em segmentos importantes da sociedade.

Veja o que ele disse em seu perfil no Facebook.

"Analisando o perfil dos dois principais pré-candidatos a presidente da República a partir de pesquisas nacionais e da própria Doxa, percebemos que o perfil do voto de Bolsonaro é mais masculino; o de Lula é mais equilibrado entre os gêneros.

Agora, quando se trata de faixa etária, Bolsonaro tem apelo maior entre os jovens. Já Lula é o contrário, quanto mais aumenta faixa etária melhora sua performance. 

Em se tratando de nível de escolaridade, Bolsonaro tem melhor desempenho entre os eleitores de nível superior, índices que chegam a mais de 45%. Lula, por sua vez, está bem posicionado entre os de nível fundamental e médio, 21% e 37%, respectivamente. 

Entre o extrato religião, Bolsonaro, apesar de seu voto ser mais católico, seu desempenho entre os evangélicos ultrapassa a 40%. Os eleitores de Lula são mais de católicos, em torno de 67%; os eleitores lulistas evangélicos chegam a um pouco mais de 24%", conclui Dornélio Silva.

Veja os gráficos:

Bolsonaro lidera a preferência dos eleitores com até 44 anos. De 45 anos em diante, Lula é o preferido.

Bolsonaro lidera a preferência dos eleitores com formação superior. Lula lidera entre os que tem pós-graduação e demais faixas de escolaridade.

Lula lidera a preferência dos eleitores católicos e Bolsonaro tem mais apelo entre os evangélicos.

quinta-feira, julho 20, 2017

Por que a classe média parou de protestar contra a corrupção?

Paulo Henrique Amorim publicou um vídeo esclarecedor sobre os motivos que levam a classe média ficar calada vendo a corrupção no governo Temer. 

Assista na TV Conversa Afiada e compartilhe!

terça-feira, julho 18, 2017

Exclusivo: seis em cada dez senadores são suspeitos de práticas criminosas

Jader Barbalho e Paulo Rocha aparecem entre os 48 senadores com pendências criminais no Supremo Tribunal Federal.

Por Diógenes Brandão

Segundo a Revista Congresso em Foco, os senadores paraenses Jader Barbalho (PMDB) e Paulo Rocha (PT) são citados em levantamento que identificou 48 senadores com pendências criminais no Supremo Tribunal Federal (STF) – um recorde histórico, de acordo com o monitoramento iniciado por este site em março de 2004. 

Veja o que a revista levantou sobre os dois senadores paraenses:

Jader Barbalho (PMDB)

O ex-presidente do Senado está na mira da Lava Jato desde 2015. O ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró afirmou em delação premiada que pagou propina de US$ 6 milhões a ele e ao senador Renan Calheiros (PMDB-AL), em 2006. A suspeita resultou na abertura de inquéritos contra o ex-governador paraense. Responde a seis inquéritos (2909, 3993, 4171, 4172, 4267 e 4326) no Supremo Tribunal Federal. As acusações vão de crime contra a ordem tributária a corrupção passiva, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.

Não respondeu às solicitações da reportagem para apresentar sua defesa em relação às acusações.

Paulo Rocha (PT)

Alvo do inquérito 4449, que apura os crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, é suspeito de ter pedido doações eleitorais na forma de caixa dois para a campanha de Helder Barbalho, hoje ministro da Integração Nacional, ao governo do Pará, em 2014. Na época, os dois integravam a mesma chapa.

“A utilização desses recursos obedeceu estritamente às normas da legislação eleitoral", disse o senador.

Clique aqui e confira todos os demais senadores sob suspeita, que inquéritos e ações penais estão em curso contra cada um deles e o que eles disseram sobre as acusações.

segunda-feira, julho 17, 2017

Delação de Antonio Palocci põe TV Globo na mira da Lava Jato

Teria o ex-ministro do PT salvado a Rede Globo de ser punida em esquema criminoso que desviou mais de 1 bilhão de reais dos cofres públicos?


Uma delação que pode comprometer uma das famílias mais ricas e poderosas do Brasil. O ex-ministro Antonio Palocci​ guarda informações bombásticas. Elas podem dar origem a uma nova fase da Operação Lava Jato para apurar negócios da Rede Globo​ envolvendo sonegação fiscal, empresas de fachada no exterior e negócios em contratos do futebol. Veja a reportagem do Domingo Espetacular, exibida neste domingo (16), na TV Record​.



quarta-feira, julho 12, 2017

Em defesa de Temer, Wladimir Costa chama Letícia Sabatella de "patifa" e Wagner Moura de "vagabundo" e "ladrão"

O deputado paraense ofendeu diversos artistas brasileiros ao defender Temer e criticar site criado para pressionar os demais parlamentares a aprovarem o início das investigações de todas as denúncias contra o presidente.

Por Diógenes Brandão

Em mais um discurso inflamado, repleto de ofensas aos seus alvos e em defesa de Michel Temer, o deputado federal Wladimir Costa (SDD-PA) usou a tribuna da Câmara dos Deputados para ofender e caluniar os artistas de teatro, televisão e músicos que criaram um movimento nas redes sociais, com o objetivo de pressionar os deputados federais a votarem pela admissibilidade da abertura de processo investigativo contra o presidente Michel Temer.

O que incomodou o deputado paraense que defendeu Eduardo Cunha (PMDB-RJ) durante o processo de sua cassação e hoje faz parte da tropa de choque de Temer na Câmara dos Deputados, foi o fato destes artistas terem lançado nesta segunda-feira (10), o site www.342agora.org.bronde revelam os nomes dos deputados que que se manifestam contra, a favor e aqueles que estão indecisos sobre o afastamento do presidente.

Veja dois vídeos do movimento e visite o canal #342 Agora:



Ao ver a repercussão dos vídeos que rapidamente viralizaram nas redes sociais,o deputado federal Wladimir Costa comprou a briga por Temer e disparou: Hoje eu vim com a finalidade de prestar um grande serviço aos artistas, cantores, sertanejos, atores das grandes redes de televisão, supostamente a serviço, a mando dos seus patrões que hoje lançaram um site na Internet (...) Vocês vão conhecer os verdadeiros vagabundos da Lei Rouanet que assaltaram os cofres públicos da Lei Rouanet: Glória Pires recebeu mais de 2 milhões de dinheiro e não prestou conta. Wagner Moura é outro vagabundo, o tal do Capitão Nascimento. O personagem combatia a injustiça, mas, na vida real, como ator, um verdadeiro ladrão. Outra patifa é a Letícia Sabatella, vulgo Letícia Mortadela. Tem também a Sônia Braga que tem uma carreira inteira nos Estados Unidos, mas ela vem buscar dinheiro da Lei Rouanet aqui.

Um deputado então fala da platéia: "Lava a boca para falar de Wagner Moura e Letícia Sabatella, Deputado".

Wladimir então finaliza dizendo: "Viva o Presidente Temer!"

Assista:



Em resposta, Xande de Pilares gravou uma resposta ao deputado na fanpage Xô Vampirão

Assista:

Moro condena Lula a nove anos e meio de prisão, mas ex-presidente vai recorrer em liberdade

Sem provas e coragem de prender o maior líder político da América Latina, o juiz  de primeira instância se recolheu a uma decisão já esperada: Absolveu Lula das acusações de corrupção e lavagem de dinheiro, mas o condenou por um Tripex mixuruca no Guarujá.

Com informações do Portal G1, da Globo.

O juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato na primeira instância, condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no processo que envolve o caso da compra e reforma de um apartamento triplex em Guarujá, no litoral de São Paulo. 

Ele foi condenado a nove anos e seis meses pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. (veja abaixo a lista dos condenados). É a primeira vez, desde a Constituição de 1988, que um ex-presidente é condenado criminalmente. A sentença foi publicada nesta quarta-feira (12) e não determina a prisão imediata do presidente. Na decisão, Moro permite que Lula recorra em liberdade.

"[...] Considerando que a prisão cautelar de um ex-Presidente da República não deixa de envolver certos traumas, a prudência recomenda que se aguarde o julgamento pela Corte de Apelação antes de se extrair as consequências próprias da condenação. Assim, poderá o ex-Presidente apresentar a sua apelação em liberdade", diz a decisão. Veja a íntegra da decisão de Sérgio Moro

O juiz absolveu Lula das acusações de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo o armazenamento do acervo presidencial numa transportadora, que teria sido pago pela empresa OAS, por falta de prova suficiente da materialidade. 

"Por fim, registre-se que a presente condenação não traz a este julgador qualquer satisfação pessoal, pelo contrário (..)", disse Sérgio Moro.

O blog AS FALAS DA PÓLIS aguarda o posicionamento dos advogados de Lula ou do próprio ex-presidente.

A chacina de Pau D'Arco e a prisão de 10 policiais

Chacina de Pau D'Arco: 10 trabalhadores rurais assassinados e 10 policiais presos.

Por Carlos Bordalo, no Facebook

O avanço das investigações no caso Pau D'Arco vai confirmando as linhas centrais do relatório emitido por mim e pelos deputados Lélio Costa e Ozório Juvenil, membros titulares da Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Pará. 

Nosso relatório foi atacado ferozmente, eu sofri agressões nas redes sociais e uma tentativa de agressão física por deputado federal policial, dentro do prédio da Alepa. Com as prisões de dez policiais militares e dois civis ontem (10), solicitadas pelo Ministério Público do Estado, a verdade vai jogando luzes sobre a tenebrosa operação que vitimou dez pessoas na agora comprovada Chacina de Pau D'Arco

As instituições policiais precisam ser preservadas e defendidas. As polícias Civil e Militar do Pará são inestimáveis para a garantia da ordem pública e defesa da população. 

É preciso coragem e determinação para não sucumbir diante de corporativismos cegos e efetivamente afastar desvios de conduta e a captura das corporações por interesses incompatíveis com a missão constitucional das instituições policiais. 

As delações premiadas de policiais presentes naquele teatro de horror devem trazer novas e importantes informações. E mais uma vez ressaltamos que não nos alegra - pelo contrário, nos entristece o envolvimento de agentes da lei em práticas avessas ao Estado Democrático de Direito. 

Continuamos acompanhando o caso com tranquilidade, principalmente pela zelosa e firme condução das investigações conduzidas pelo MP paraense. 

Nossa principal declaração à época do massacre foi esta: "Houve de tudo na fazenda Santa Lúcia em Pau D'Arco, menos confronto. É preciso chegar às motivações que conduziram àquela aberração e identificar possíveis financiadores da matança. Chega de impunidade e crime de mando no Pará". 


segunda-feira, julho 10, 2017

Iveiga aponta Edmilson Rodrigues e Helder Barbalho liderando a preferência do eleitor para o governo do Estado



Por Diógenes Brandão, com informações do Instituto Iveiga

Edmilson Rodrigues e Helder Barbalho são os dois pré-candidatos favoritos para o governo do Estado do Pará nas eleições de 2018, diz pesquisa Iveiga realizada na Região Metropolitana de Belém (Ananindeua, Belém, Benevides e Marituba), no período de 22 a 24 de junho de 2017, com 962 entrevistados. A  Margem de Erro é 3,3% e o Intervalo de Confiança de 95%. 

O site do instituto não informou os índices de rejeição dos pré-candidatos.

Clique no gráfico abaixo e veja os resultados do cenário, onde os nomes dos pré-candidatos Edmilson Rodrigues (PSOL), Helder Barbalho (PMDB), Paulo Rocha (PT), Wladimir Costa (SDD) e Adnan Demachki (PSDB) foram apresentados aos entrevistados:

No primeiro cenário, Edmilson Rodrigues aparece com quase o dobro de intenções de voto de Helder Barbalho.

No segundo cenário, além de Helder Barbalho (PDMB) e Paulo Rocha (PT) e Wladimir Costa, foram apresentados os nomes de Marinor Brito (PSOL) e Manoel Pioneiro (PSDB), o resultado foi o seguinte: 

Com Marinor Brito (PSOL) e Manoel Pioneiro (PSDB), Helder Barbalho (PMDB) mantém a liderança entre os entrevistados.

No terceiro e último cenário, além de Helder Barbalho (PDMB) e Paulo Rocha (PT), foram apresentados os nomes de Fernando Carneiro (PSOL) e Wladimir Costa (SDD). Veja como ficou:

Sem Edmilson no terceiro cenário, Helder Barbalho dispara como favorito com ampla vantagem sobre os demais.

sábado, julho 08, 2017

40 dias depois da chacina de Pau D'Arco, mais um trabalhador é assassinado

Rosenildo Pereira de Almeida foi assassinado depois de escapar da chacina que ceifou a vida de 10 trabalhadores rurais, há 40 dias atrás e até agora ninguém foi preso. Laudos indicam que não houve confronto com policiais, tal como eles afirmaram. Governo Federal e Estadual ignoram os apelos das instituições que cobram proteção aos ameaçados de morte.

Via EBC

Foi assassinado, na noite dessa sexta-feira (7), um dos líderes da ocupação na Fazenda Santa Lúcia, em Pau D'Arco (PA), local onde 10 camponeses foram mortos durante uma operação policial no dia 24 de maio deste ano.

O crime ocorreu em uma cidade próxima, Rio Marias, para onde o líder Rosenildo Pereira de Almeida, de 44 anos e conhecido como "Negão”, havia ido na noite de sexta-feira para se esconder, após reiteradas ameaças de morte. Segundo informações preliminares da Comissão Pastoral da Terra (CPT), ele teria sido executado com três tiros na cabeça por dois motoqueiros.

A informação foi confirmada pela organização não governamental Justiça Global, que presta auxílio social e jurídico ao acampamento. A assessoria da Polícia Civil do Pará também confirmou as circunstâncias do homicídio, mas disse desconhecer se a vítima era uma liderança da ocupação na Fazenda Santa Lúcia.

“O que nós podemos afirmar é que ele era uma liderança lá do acampamento e vinha recebendo ameaças de morte por conta dessa função”, disse José Batista, coordenador jurídico da CPT em Marabá, maior cidade da região.

De acordo com a coordenadora da Justiça Global, Sandra Carvalho, o assassinato expõe a situação de contínua ameaça à qual os integrantes da ocupação na Fazenda Santa Lúcia encontram-se submetidos, especialmente após a Polícia Federal ter sido autorizada, no início de junho, a investigar as mortes em Pau D'Arco.


Amazônia em chamas: Ruralistas suspeitos de tocar fogo em 8 pickups do Ibama. E se fosse o MST?

O crime segue impune sem ninguém preso. A terra sem-lei se chama Pará.

No G1 Pará, com o título "Carros a serviço do Ibama são queimados no sudeste do Pará"

Ibama anunciou o bloqueio de serrarias da área após o crime ocorrido na BR-163, próximo à Flona Jamanxim. Ruralistas protestam há 3 dias na região contra veto à MP que reduziria área de proteção.

Veículos a serviço do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) que estavam sendo transportados em um caminhão cegonha foram incendiados na BR-163 nesta quinta-feira (6). O crime ocorreu perto da Floresta Nacional do Jamanxim, na região de Cachoeira da Serra, no município de Altamira – a 1.824 quilômetros de Belém. A floresta, no Sudeste do Pará, é alvo constante de fiscalizações contra o desmatamento ilegal e garimpos irregulares.

Segundo o Ibama, foram incendiadas oito caminhonetes que seriam entregues à sede do instituto em Santarém, no oeste do Pará, com o objetivo de renovar a frota nas bases do órgão na rodovia BR-163, como parte de um contrato de locação dos veículos que prevê a substituição dos mesmos a cada dois anos.

Em resposta ao ocorrido, a presidente do Ibama, Suely Araújo, determinou o bloqueio preventivo de todas as serrarias da região de Novo Progresso, município do sudoeste paraense, no sistema do Documento de Origem Florestal (DOF), com o objetivo de garantir a ordem e assegurar a atuação dos agentes de fiscalização ambiental na região.

O Ibama informou ainda que encaminhou à PF áudios e mensagens em que criminosos incitam a destruição de veículos e helicópteros do Instituto. "Foi um atentado contra ação legítima do Estado brasileiro", disse o diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Luciano Evaristo.

Uma equipe da Polícia Federal será deslocada de Itaituba, que fica a 595 km da localidade de Cachoeira da Serra, para investigar o caso. O inquérito deve ser aberto na Polícia Federal de Santarém.

Protestos

A Floresta Nacional do Jamanxim é uma área disputada e, recentemente, esteve no centro de uma polêmica sobre a ocupação da Amazônia devido à uma medida provisória (MP) que poderia mudar suas fronteiras.

O projeto reduziria a área da Flona Jamanxim e transformaria 37% da floresta em uma APA, menos protegida e onde poderia haver exploração de terras. A MP foi muito criticada por ambientalistas e, no dia 19 de junho, foi vetada pelo presidente Michel Temer.

O veto resultou em protestos de produtores rurais da região, que já duram três dias e causam bloqueios na rodovia. Nesta quinta, toras de madeira foram colocadas no meio da BR-163, além de um carro-som e de pneus usados para bloquear a passagem de veículos.





sexta-feira, julho 07, 2017

E quando os escândalos de corrupção envolvem o meu candidato ou partido?

Pela manutenção de nossas crenças é fácil compreender o porquê de sermos tão céticos quando tomamos conhecimento de informações que nos contrariam.

Por Ruiz Ritter, no Justificando

Acreditar espontaneamente nos escândalos de corrupção envolvendo nossos candidatos ou partidos políticos é, sem dúvida, um desafio. Afinal, ainda que ninguém se auto considere intolerante de modo geral (e aqui mais especificamente no que diz respeito àquilo que contraria o que previamente acreditamos), a verdade é que somos, sim, naturalmente céticos em relação a tudo que desafia nossas crenças, valores e ações passadas ou planejadas. E isso pode não ser bom. Principalmente, levando em consideração que a persistência em crenças, valores e ações equivocados, costuma nos custar caro nos mais variados contextos.

Uma teoria que aborda com precisão esse fenômeno e que deve ser aqui mencionada é a teoria da dissonância cognitiva, desenvolvida no âmbito da psicologia social pelo psicólogo norte-americano Leon Festinger e que trata essencialmente da cognição e do comportamento humano.[1]

Fundamentada na premissa de que o indivíduo tende sempre a buscar um estado de coerência (consonância) entre seus conhecimentos (opiniões, crenças e atitudes), desenvolve-se no sentido de comprovar que há um processo involuntário, por isso inevitável, para se chegar a essa “correlação”, admitidas naturais exceções. Assim, atenta às situações em que há o rompimento desse estado e o indivíduo se encontra diante de incontestável incoerência (dissonância) entre seus próprios pensamentos, ou entre sua ação e sua razão (sujeito que fuma habitualmente – ação – toma conhecimento de que a nicotina é extremamente nociva para sua saúde – razão -, e permanece com o hábito), identifica e apresenta reflexos cognitivo-comportamentais decorrentes desse contexto antagônico e inquietante.

O âmago da teoria em questão pode ser sintetizado em duas hipóteses:

(a) existindo dissonância cognitiva haverá também uma pressão involuntária e automática para reduzi-la; e,

(b) quando há essa dissonância, além da busca pela sua redução, há também um processo de evitação ativa de contato com situações que possam aumentá-la.

É dizer que, admitindo-se que o indivíduo tenta sempre estabelecer uma harmonia interna entre suas opiniões, ações, crenças e etc., havendo dissonância entre essas cognições, dois efeitos subsistirão imediatamente: uma pressão para a eliminação dessa “incoerência” entre os “conhecimentos” ou “entre a ação e a razão”; e, um afastamento ativo de possíveis novas fontes de aumento dessa incongruência; cenários responsáveis pelo desencadeamento, no indivíduo, de comportamentos involuntários direcionados à recuperação desse estado de consonância plena que tanto é favorável.

Sendo assim, sem adentrar em tais processos involuntários, repita-se, que se desencadeiam a partir daí (em busca da retomada da consonância cognitiva), o que particularmente interessa aqui, é que se há, de fato, uma preferência de nosso sistema psíquico pela manutenção de nossas crenças, é fácil compreender o porquê de sermos tão céticos quando tomamos conhecimento de informações que as contrariam: elas geram dissonância cognitiva e estamos sempre tentando evitá-la ou eliminá-la.

Daí não ser surpresa alguma vermos eleitores do Partido dos Trabalhadores (PT) descartarem de plano e refutarem com veemência notícias de possíveis práticas criminosas envolvendo o ex-Presidente Lula, de forma idêntica à que vemos eleitores do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) contestarem notícias dessa natureza ligadas ao senador Aécio Neves, para dar apenas dois exemplos.

Enfim, tencionar nossas próprias crenças e valores dando espaço para opiniões divergentes pode ser um bom exercício de tolerância, além de muito contribuir para a diminuição da polarização estúpida que domina o cenário político do País e impede um debate sério e enriquecedor capaz de nos tirar desse buraco.

Ruiz Ritter é advogado criminalista, Mestre e Especialista em Ciências Criminais pela PUCRS.

[1]  FESTINGER, Leon. Teoria da dissonância cognitiva. Trad. Eduardo Almeida. Rio de Janeiro: Zahar Ed., 1975.

Edsel: "O círculo é real, o Marco Civil é ficção"

O Marco Civil da Internet tão comemorado, durante uma árdua batalha entre a sociedade e as companhias telefônicas, no Brasil, virou lenda. 

Por Edsel Ferri, no Tribuna de Debates

O cineasta James Ponsoldt é o idealizador do filme “O Circulo”, que utiliza a ficção para fazer uma critica ao crescente monopólio das redes sociais. Esses canais digitais, além de invadir a privacidade das pessoas, as induzem a fazerem coisas, com o pretexto de ser para “o seu bem”, ou enquadrar-se em tipos socialmente aceitos.

Na vida real, o Facebook e o Google já ganham mais em anúncio do que todos os jornais e rádios juntos. Segundo o prestigiado site Bluebus, somados chegam a quase US$ 130 bilhões, por ano, sem esquecer que, ainda vendem seus dados de navegação e preferências de consumo ao mercado, em total desrespeito à privacidade e ao anonimato.

No caso do buscador, chegou a ser multado, recentemente, pela União Européia, por infringir as regras de antimonopólio; Facebook e Twitter não são diferentes, seus algoritmos são segredos de estado e mudam a todo o momento, dificultando a vida de quem utiliza essas ferramentas para distribuição de conteúdo.

Agrega-se tudo isso ao fato de que o Telegram, principal concorrente do Whattsapp, que pertence ao Facebook como o Instagram, vem sendo ameaçado de bloqueio, com o pretexto de ser a ferramenta utilizada pelos “terroristas”, haja vista sua impenetrabilidade ou melhor segurança e privacidade dos usuários.

Agora, vamos a tragédia anunciada à rede progressista no último dia 30/06 (e já sentido de forma amarga pelo movimento ativista de esquerda, que está assistindo as audiências de seus blogs despencarem). O Facebook de forma ilegal, arbitrária e com intuito comercial e de monopólio da distribuição acaba de catalogar como “spammer ” os perfis de ativistas que distribuem mais de 50 links por dia, links não anunciantes , claro; ou seja, de agora em diante seremos punidos por postar em quantidade no facebook, enquanto o poder econômico abusa de anúncios e “cordialidades” de Zuckerberg.

O editor, do influente blog Falando Verdades, desabafou que a audiência de sua página despencou de 100 para 10 mil views, em um único dia praticamente, inviabilizando os custos de manutenção da página. O futuro, que parece se desenhar para os blogs independentes, é o mesmo que ocorreu para as antigas páginas de memes, que se extinguiram, quando o facebook resolveu limitar o alcance de postagens baseadas em imagens (memes).

E o Marco Civil da Internet tão comemorado, durante uma árdua batalha entre a sociedade e as companhias telefônicas, no Brasil, virou lenda. Letra morta não aplicada, não fiscalizada, não garantista. Está ali, esperando para ser revogado por desuso e dar lugar a última fronteira do monopólio da narrativa: a franquia de dados.

Espera-se que o Ministério Público e o Congresso Nacional atentem-se a essa agressiva violação de direitos, em um momento tão efervescente da sociedade, e que sigam o exemplo da União Européia, penalizando pesadamente tais práticas.

*Edsel Ferri é Gremista, Ativista, Ayuhasqueiro e militante da paz e das causas humanitárias.

Lulinha paz e amor é coisa do passado. Agora o lema é: "A maior defesa é o ataque", diz Lula

Lula disse que o PT precisa reagir além defender seu legado, o partido precisa defender os interesses da população. 

Por Diógenes Brandão

Em vídeo gravado com o deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP), eleito como o novo líder do PT na Câmara dos Deputados, durante o intervalo da primeira reunião do novo diretório nacional do PT, o ex-presidente Lula fez uma análise sobre a conjuntura política do Brasil e deu sinais de mudanças para o partido em que ele é o presidente de honra.

Com Gleisi Roffman empossada como presidenta nacional do partido, Lula convocou o PT para ir pra cima dos adversários e inicia sua fala dizendo que é bem possível que Temer consiga sustentar-se no poder, sobretudo no STF, mesmo diante das denúncias e todas as provas apresentadas pelo MPF. E foi adiante dizendo que é preciso explicar a diferença entre as razões do PT querer tirar Temer do poder e os interesses da Globo de fazer o mesmo.

Para o ex-presidente, o PT quer as eleições diretas e não quer as reformas da previdência e trabalhista; não quer as Medidas Provisórias que retiram direitos e quer a retomada democrática, recuperando as políticas públicas que vinham sendo desenvolvidas e estavam trazendo desenvolvimento, emprego, renda, assim como o protagonismo do Brasil no cenário mundial e a soberania do nosso país, diferente da Globo, que segundo Lula, quer encontrar um candidato para 2018.

O ex-presidente enumerou todas as mazelas que Temer trouxe ao país, ao desmantelar todos os programas sociais, educacionais e demais ações que vinham sendo implantadas. Ao relatar a principal diferença entre o atual governo e os do PT, Lula foi emblemático: 

"Nós precisamos mostrar que tem solução, nós já provamos que tem solução. Nós mostramos que o pobre não é problema neste país, o pobre é a solução. Nós provamos que quando o pobre é incluído na economia, que ele arruma emprego, que ele recebe benefícios sociais, que o governo tem que dar sim, sabe? Porque no Brasil é engraçado, quando você dá dinheiro pro empresário é investimento, quando você dá pro pobre é gasto". 

E continuou: É preciso que a gente diga que comer é investimento, que saúde é investimento, que estudar é investimento, que o Bolsa Família é investimento. Olha, quando a gente tá dando comida para uma criança é investimento". 

Lembrando que a legenda foi a mais massacrada e fez questão de dizer que agora é preciso reagir, afirmando que 2017 é o ano dele ser recuperar. Para ele, pobre não pode ser visto como gasto e sim como investimento e criticou os ataques ao PT.

"Eles tentaram distruir o PT. Eu acho que na história do Brasil, eu não sei se na história do mundo, um partido foi tão atacado como o PT tem sido nestes últimos anos. Da forma assim desrespeitosa, achincalharam o PT. (...) e o PT parece que adotou a tese do Lulinha paz e amor, o PT as vezes não reagia". 

Usando mais uma metáfora futebolística, Lula disse que agora é hora de ir pra cima, dizendo: Só tem um jeito da gente vencer esse jogo: Para o PT, a maior defesa é o ataque".

E foi adiante: "Nós temos autoridade moral, porque nós temos legado. Nós temos autoridade moral porque tudo que foi feito para combater a corrupção neste país é graças ao PT, é graças ao que nós fizemos na Polícia Federal, nas mudanças das leis. A lei da Delação premiada é nossa! A liberdade que nós demos pro Ministério Público, o que nós fizemos na inteligência da Polícia Federal".

No entanto, Lula diz que tudo isso não pode ser usado para cometer abusos e punir previamente as pessoas sem provas. "A pessoa tem que ser julgada, tem que ser investigada, tem que ter provas concretas. (...) Não se pode prender alguém pra torturá-lo por 3 ou 4 anos uma pessoa pra pessoa confessar coisas que não estão fazendo".

Confira: 

quinta-feira, julho 06, 2017

Petista diz que aprovou homenagem a Doria sem ler e que vai retirar apoio

Deputado petista disse que vai checar se assinou a homenagem e caso tenha feito, vai retirar a assinatura do PL que dá título de Cidadão do Pará ao prefeito João Doria (PSDB).

Por Diógenes Brandão

O deputado estadual Airton Faleiro disse que vai averiguar e caso tenha assinado, vai retirar sua assinatura do Projeto de Lei que visa oferecer o título de "Cidadão do Pará", ao prefeito de SP, João Doria, sem que haja qualquer outra explicação, que não seja a da bajulação mais vira-lata possível.

A reação do parlamentar foi uma resposta à postagem que repercutiu nas redes sociais e muitos petistas cobraram coerência do deputado petista, já que Dória foi responsável pela perda da principal prefeitura do PT no país e tornou-se desde então, pré-candidato do PSDB à presidência da república e um dos principais adversários de Lula.

Sem saber dizer que assinou ou não o pedido para agraciar o prefeito tucano com tal honraria, o deputado petista justificou: "É comum as assessorias de um parlamentar procurarem outro parlamentar, solicitando que subscreva um Projeto de Lei, para que este tenha o número mínimo de assinaturas, para dar entrada na mesa diretora. Quando se trata de indicação de homenageados, como a indicação é de iniciativa do parlamentar, nem sempre atentamos muito para quem está sendo indicado.

Mas em se tratando de tal indicação, se eu confirmar que subscrevo o Projeto, vou solicitar a retirada de meu nome. Não que isso altere a indicação, pois como disse anteriormente, não é de minha iniciativa e sim de um outro parlamentar, no entanto, se trata de uma personalidade que considero não merecer que um petista subscreva sua indicação", concluiu.

Logo em seguida, o advogado Ricardo Corrêa, disparou: "É o nível de políticos que temos na ALEPA. Deputado Airton Faleiro assina sem ler o que está assinando?

Leia abaixo a publicação que motivou a resposta do parlamentar petista e a reação de dezenas de internautas:

quarta-feira, julho 05, 2017

Padre mitou ao falar em plena novena da cumplicidade do eleitor que vende seu voto e chamar Temer de safado

Em seu sermão, pároco de uma tradicional igreja católica de Macapá-AP diz que o povo tem culpa em eleger os malvados e covardes que roubam o povo brasileiro e finaliza chamando Temer de safado.  

Padre Benedito: "Não sei com que cara de pau o Temer vai visitar outros países. Oh, 'cabocô' safado!"

Por Diógenes Brandão

O mais novo vídeo que vem circulando nas mídias sociais é do Padre Benedito, pároco da Igreja de N.S. do Perpétuo Socorro de Macapá-AP. O discurso foi feito durante a preleção da novena, nesta penúltima terça-feira (27/06).

Ele inicia sua pregação dizendo: "Joguemos fora o medo. Deixemos o medo para os malvados, para os covardes que roubam com cara mais lambida, o povo brasileiro. 

Clamemos pela justiça e coloquemos esse bando de canalhas na cadeia, que devolvam os milhões e milhões que roubaram da saúde, da educação, do transporte, do saneamento básico". 

Nesse momento, os aplausos ecoam na igreja.

E continuou: "Nós brasileiros, precisamos dizer isso pra todo mundo. 

Estamos indignados! 

Somos brasileiros honestos, trabalhadores e trabalhadoras. 

Já chega de roubalheira! 

Cadeia nesse bando de bandidos!

Por isso, nós precisamos dizer pra esse bando de gente safada, que nós não queremos mais eles no nosso meio. (Aplausos!)

São indignos da nossa presença. 

(Mais aplausos!)

Não merecem nosso apoio, são indignos.

Não tenha medo de dizer isso não, irmãos! 

O nosso problema é a nossa conivência também. Ano que vem, vem eleição. Eles vão bater, elas vão bater na nossa porta.  

É uma tristeza grande e uma grande humilhação pra nós, quando nós nos vendemos por 50 reais, por 20 reais, por 30 reais, até por uma bola ou por uma camisa. 

Que responsabilidade tem aqueles que nós elegemos, se ele já nos pagou? Se ele já nos deu aquilo que nós achávamos que tínhamos direito?

Eis aí o resultado! Nós temos uma parcela de culpa por toda essa bandalheira que nós estamos vivendo aqui no Brasil". 

Depois do sermão, o padre então resolve citar o nome de um dos que ele se referia, dizendo:

"Desculpem a franqueza, mas eu não sei com que cara de pau, esse tal de Temer vai visitar outros países do mundo. Oh, cabôco safado!" 

Ovacionado pela platéia ele conclui: "É cara de pau! Espero que amanhã a polícia não esteja na minha casa me procurando.

Amém!"

Os fiéis respondem: "Amém!"

Assista.


Pesquisa ao governo: Helder Barbalho e Ana Júlia lideram a preferência e a rejeição do eleitor paraense

Por Diógenes Brandão, com informações do Instituto Paraná Pesquisas

Pesquisa realizada pelo Instituto Paraná Pesquisas revela que se as eleições para o governo do Pará fossem hoje, Helder Barbalho (PMDB) e Ana Júlia (PT) venceriam o primeiro e disputariam o segundo turno.

Clique no gráfico abaixo e veja os resultados do cenário, onde os nomes dos pré-candidatos Helder Barbalho (PMDB), Ana Júlia Carepa (PT), Manoel Pioneiro (PSDB), Úrsula Vidal (REDE), Márcio Miranda (DEM), Sidney Rosa PSB), Marinor Brito (PSOL) e de Adnan Demachki (PSDB) foram apresentados aos entrevistados:



No segundo cenário, onde incluiu-se o nome do prefeito de Ananindeua, Manoel Pioneiro (PSDB), o resultado é o seguinte:



No terceiro e último cenário, onde foi incluso o nome do secretário de Estado do governo Simão Jatene, Adnan Demachki (PSDB), os números ficaram assim:


Quando se trata do ranking da rejeição, a pesquisa do Instituto Paraná Pesquisa nos mostra o seguinte resultado:


terça-feira, julho 04, 2017

Violência no campo segue mapa de expansão do agronegócio, diz dirigente do MST

Por Lílian Campelo para a Brasil de Fato

Ulisses Manaças, dirigente nacional do MST no Pará, acompanha as investigações da morte de dez sem-terra ocorridas em Pau D'Arco em maio. Lílian Campelo/Brasil de Fato.

Violência no campo segue mapa de expansão do agronegócio, diz dirigente do MST

Para Ulisses Manaças, o golpe que o país vive sob o comando de Michel Temer fortalece latifundiários e grileiros

A violência no campo brasileiro se intensificou nos últimos meses. 

Para Ulisses Manaças, dirigente nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no Pará, a explicação está na expansão do agronegócio e na “instabilidade política” que o país vive após o golpe da base aliada de Michel Temer (PMDB). Ele avalia que esse contexto fortaleceu grileiros e latifundiários, acirrando os conflitos fundiários.

O Pará é o estado com maior número de mortes em conflitos no campo, segundo a Comissão Pastoral da Terra (CPT). No mês de maio foram registradas 18 mortes na região. O número inclui as dez mortes de trabalhadores rurais ocorridas em Pau D’Arco. 

A chacina foi a maior dos últimos 20 anos, fica atrás apenas de Massacre de Eldorado dos Carajás, quando 21 sem-terra foram assassinados em 1996. Nos dois casos, os acusados são policiais militar. 

Em entrevista ao Brasil de Fato, Manaças fala sobre a atual conjuntura de violência no campo e argumenta que a democratização do acesso à terra é a única medida para solucionar o caos fundiário e a violência no campo.  

Brasil de Fato: Qual a sua análise sobre essa escalada de violência dos últimos meses, não só no Pará, mas em outras partes do país?

Ulisses Manaças: A análise que a gente tem feito é que essa explosão de violência nos últimos meses demonstra uma espacialização de onde o poder do capital do agronegócio avança. Ele traz no seu lastro um conjunto de violações de direitos humanos. Basta ver o caso dos Gamela [indígenas] no interior do Maranhão, onde mais de 20 indígenas ficaram feridos. Era uma disputa territorial. Se você pegar o caso de Colniza, no Mato Grosso, também a disputa fundiária é o elemento central. O caso do massacre de Pau D'Arco também demonstra uma disputa territorial e um conjunto de outras violações que acontecem com os indígenas e os camponeses no interior da Amazônia. Demonstram também o avanço da fronteira agrícola promovido pelo grande capital, pelo agronegócio, patrocinado pelo Estado brasileiro. No nosso entendimento, essa é a grande força que arrasta os conflitos no campo no Brasil. 

Outro elemento importante é a situação de instabilidade política que o Brasil vive com este governo golpista [de Michel Temer]. Então esse governo corrupto, que não tem moral diante das instituições públicas, deixa o país desgovernado. Essa situação de instabilidade no campo da política deu força para latifundiários, grileiros de terras e empresas multinacionais cometerem um conjunto de crimes e violações por conta da ausência de um poder efetivo do Estado no Brasil no atual cenário.

Brasil de Fato: O Pará é apontado como o estado que lidera esse ranking de violência. Por que esse estado apresenta índices tão alarmantes?

Ulisses Manaças: São vários elementos, primeiro que quando a CPT [Comissão Pastoral da Terra] começa a fazer a contabilização dos conflitos e dos casos de violência no campo é na década de 1980. Nesse período você teve a abertura democrática, mas, ao mesmo tempo, você vivia sob a Ditadura Militar, que patrocinou para as grandes multinacionais o acesso aos territórios da Amazônia brasileira.

O Pará é campeão porque é o estado da Amazônia brasileira com vultosos recursos naturais em aberto: ouro, minerais, madeira, água em abundância e tem o melhor acesso da região Amazônica. Se você pegar na década de 1950 foi aberta a [rodovia] Belém - Brasília, na década de 1960 e 1970 a Transamazônica [BR230] e a Santarém - Cuiabá [BR-163], então onde passaram as estradas na região Amazônica dando acesso ao grande latifúndio para chegar nos territórios e nos recursos naturais aumentou também o conjunto de conflitos e violações no campo. 

O Pará, da Amazônia, é o estado que tem o melhor acesso, portanto, é a fronteira agrícola a ser explorada pelo grande capital. A Amazônia está nessa situação de campeão nacional de violência porque a fronteira agrícola do Brasil se arrasta para essa região. Outros biomas do Brasil, como o cerrado, pampas, mata Atlântica, foram completamente destruídos pelo agronegócio.

Brasil de Fato: Que medidas o Estado deveria adotar para evitar esses conflitos?

Ulisses Manaças: A reforma agrária é a principal medida para solucionar os conflitos do campo. Também seria importante equipar o sistema de segurança pública de forma que a inteligência haja muito antes que a força. A criminalização das lutas e dos movimentos sociais promovidos pelo Estado, para nós, é uma demarcação clara de que o Estado tem partido e tem suas preferências nessa disputa. O Estado precisa ser imparcial e se colocar a serviço daqueles que são os menos favorecidos. 

Outra medida necessária nessa situação é você democratizar amplamente o acesso à terra e às políticas públicas. As populações da Amazônia e do Pará sempre viveram, historicamente, à margem de qualquer política pública, os ribeirinhos vivem aqui há centenas de anos e nunca tiveram a acesso às políticas públicas. É preciso democratizar o acesso à terra e também às políticas públicas para resolver o conflito que está na raiz dessa disputa territorial. 

Edição: Camila Maciel

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...