quarta-feira, janeiro 10, 2018

G1 Pará: Suspeita de participação no assassinato de prefeito de Tucuruí responde a processo em liberdade

Josy Brito é mãe do prefeito afastado de Tucuruí, Artur Brito, acusada de ser uma das mandantes do crime que chocou o Estado do Pará.

Depois que a defesa de Josenilde recorreu ao STJ e pediu a manifestação do Ministério Público Federal, o MPF recomendou concessão do habeas corpus a ela.


No G1 Pará  

O Ministério Público Federal pediu que o processo que investiga a suposta participação de Josenilde Silva Brito na morte do prefeito eleito de Tucuruí, Jones William, ocorrida em julho do ano passado, seja encaminhado ao Tribunal de Justiça do Pará.  

De acordo com o subprocurador geral da república, Rodrigo Janot, o caso não poderia ser julgado por um juiz de primeira instância, pois há indícios de participação do atual prefeito de Tucuruí, Arthur Brito, filho de Josenilde Brito.  

Depois que a defesa de Josenilde recorreu ao STJ e pediu a manifestação do Ministério Público Federal, o MPF se manifestou dizendo que o habeas corpus deveria ser concedido.  

Josenilde Brito chegou a ser presa no fim do ano passado suspeita de participação no assassinato de Jones William, mas agora responde ao processo em liberdade.  

Em nota, a Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado (SUSIPE) informou que Josenilde Silva Brito não mais se encontra custodiada no Centro de Recuperação Feminino (CRF) de Ananindeua, pois recebeu um alvará de soltura no dia nove de dezembro de 2017. Suspeita de participação no assassinato de prefeito de Tucuruí responde a processo em liberdade  Depois que a defesa de Josenilde recorreu ao STJ e pediu a manifestação do Ministério Público Federal, o MPF recomendou concessão do habeas corpus a ela.

terça-feira, janeiro 09, 2018

Cai mais uma mentira da Lava Jato contra Lula. Falsa delação foi amplamente divulgada pela imprensa

Folha de São Paulo: Operador nega ter mantido conta de propina para Lula na Espanha.

Por Diógenes Brandão

Qualquer pessoa em sua plena capacidade de discernimento, consegue entender o modus operandi de como ocorrem alguns depoimentos de delatores da Lava Jato. 

Inúmeros corruptos presos - ou detidos durante as investigações comandadas pela Polícia Federal - sem ter outra alternativa para amenizar suas penas em decorrência dos crimes e desvios cometidos, sejam elas nas empreiteiras ou nos cargos públicos indicados por diversos partidos, acusam Lula como chefe dos esquemas em que são investigados, para atender o desejo dos procuradores da força-tarefa da Lava Jato e assim obterem regalias, diminuição de suas penas e até ficarem livres da cadeia, bastando pagar multas, devolver parte dos recursos desviados ou em algumas vezes, no máximo ficarem em suas mansões cumprindo a famosa prisão domiciliar.

A grande imprensa sempre tem orgasmos sempre quando vê o nome de Lula acusado por algum criminoso, em delações premiadas. 

Logo após ter esse tipo de delação vazada ilegalmente ou divulgada oficialmente pelos Procuradores da Lava Jato ou pelo juiz Sérgio Moro, responsável pela condução dos processos da Lava Jato, na Vara de Curitiba, os principais veículos de imprensa tomam esses depoimentos como verdades absoluta e dão ampla divulgação, sempre com um tom condenatório, seja através de programas de tv, rádio ou matérias e manchetes sensacionalistas, estampadas nas capas dos grandes jornais e revistas da elite brasileira.

Com o depoimento de um desses corruptos ligados à Engevix, não foi diferente. O réu confesso, delatou Lula e a imprensa brasileira fez o alarde antagonista de sempre.

Hoje, ficamos sabendo a verdade sobre mais uma delação mentirosa: Lula foi novamente acusado de forma criminosa e a mídia não fez a devida retratação, ignorando que tentou detonar mais um pouco com a reputação do ex-presidente do Brasil.

Abaixo, algumas manchetes de jornais, blogs, revistas, canais no youtube e redes sociais que noticiaram a delação contra Lula.







Leia agora, a matéria Na Folha, sob o título Operador nega ter mantido conta de propina para Lula na Espanha

O lobista Milton Pascowitch, delator na Lava Jato, durante sessão da CPI da Petrobras. Foto: Alan Marques/Folhapress.

O operador Milton Pascowitch, colaborador da Operação Lava Jato, disse em depoimento à Polícia Federal que é falso o relato do ex-sócio da empreiteira Engevix, Gerson Almada, sobre uma suposta conta de propina na Espanha para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.  

Em depoimento em julho de 2017, o empresário afirmou que ficou sabendo que o operador controlava uma conta na Espanha em benefício de Lula e do ex-ministro José Dirceu, alimentada com propina proveniente de contratos com a Petrobras.  

Na ocasião, ele disse que Pascowitch, certa vez, afirmou que "viajaria de trem para Madri/Espanha para 'olhar a conta' que ele 'administrava' para 'pessoas do PT'". O ex-executivo teria entendido que essas pessoas seriam Lula e Dirceu. Almada negou ter informações ou provas relacionadas a esta conta.

O sigilo do depoimento do empresário foi levantado no início de dezembro. Dez dias depois, Pascowitch prestou o seu relato, negando as acusações. Seu depoimento foi anexado aos autos da denúncia apenas nesta segunda-feira (8).  

À Polícia Federal, o operador disse que é "manifestamente inverídica" a afirmação de Almada e que "forneceu, em seu acordo de colaboração premiada, todos os extratos de suas contas fora do Brasil".  

Pascowitch afirmou, ainda, que intermediava pagamento de propina em favor da Engevix unicamente em razão de contratos obtidos com a Diretoria de Serviços da Petrobras.  

Ele disse que, após aprovação de Almada, ficou acordado pagamento de R$ 14 milhões para o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari. Segundo o depoimento, os recursos eram destinados ao partido e em nenhum momento falou-se em pagamentos para Lula ou Dirceu.  

A DENÚNCIA  

A contradição entre os depoimentos se deu no âmbito da denúncia que acusa Dirceu de ter recebido cerca de R$ 2,4 milhões em propina das construtoras Engevix e UTC, oriundos de desvios na Petrobras.  

Em seu depoimento, Almada confirmou conteúdo de acusação contra o ex-ministro ao dizer que firmou contratos falsos com a empresa de comunicação Entrelinhas para o pagamento de propina.  

Segundo o ex-executivo, a Engevix transferiu R$ 900 mil para a Entrelinhas entre 2011 e 2012.  

A denúncia, oferecida em maio pelo Ministério Público, ainda não foi recebida por Moro. Assim, Dirceu, por enquanto, não é réu nesta ação.  

Também foram acusados, além de Dirceu e Almada, Vaccari, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva (irmão de Dirceu) e Walmir Pinheiro Santana (ex-executivo da UTC).

segunda-feira, janeiro 08, 2018

MDB: Sem o P, mas nas entranhas do poder

Para o cientista político da DOXA, a dúvida é se o MDB manterá a estratégia de priorizar o reforço da bancada parlamentar ou se arriscará disputar o governo do Pará.

Por Dornélio Silva*

O PMDB, hoje MDB, sem ter nenhum nome competitivo para disputar a presidência da República, volta à sua antiga estratégia de não ser o protagonista, mas sim estar no plano de fundo decisório da política brasileira, isto é, continuar ditando ordens nas entranhas do poder. Tal condição lhe garante a ocupação de espaços estratégicos no Estado brasileiro, para assim se beneficiar ao máximo do presidencialismo de coalização implantado no país.

Revisando a história, verificamos que o partido sempre chegou ao poder, não por ter seus candidatos eleitos diretamente, mas sim de forma secundária ou por ter maioria parlamentar. Exemplo disso, se deu na eleição indireta no colégio eleitoral de 1985, quando a chapa composta por Tancredo Neves e seu vice, José Sarney, saiu a vitoriosa.

Sem assumir a presidência, Tancredo morre e Sarney vira presidente.

Em 1989, durante a primeira eleição direta para presidente, após redemocratização do país, o PMDB lança Ulisses Guimarães, candidato que ficou em 7º lugar na corrida eleitoral. Fernando Collor é eleito, tendo como vice, Itamar Franco.

Em 1992, Itamar saiu do PRN e ingressou no PMDB, quando começou a criticar o presidente Collor publicamente.

Em outubro de 1992, depois do impeachment de Collor, Itamar Franco assume a presidência da República. O PMDB volta ao poder. 

Na eleição de 1994, PMDB lança Orestes Quércia, que teve uma pífia performance eleitoral. Quércia foi o último candidato lançado pelo PMDB à presidência da República. De lá pra cá já se passaram 24 anos sem o partido apresentar candidato ao cargo máximo do país.

Nas cinco eleições presidenciais seguintes, o PMDB manteve-se fora da disputa eleitoral, mas do poder não. A estratégia do partido foi manter-se aliado do governo do PSDB na era FHC (1995-2003), dando-lhe a governabilidade necessária, nos 08 anos que os tucanos permanceram no poder o que também se repetiu com o ciclo de governo petista, logo depois do Mensalão, no primeiro mandato de Lula (2003-2006), quando este percebeu que não poderia governar sem o apoio do PMDB, para que pudesse ser aprovada minimamente a agenda petista. Ao término da era Lula, O PMDB assume a vice-presidência com Dilma e repete a dobradinha na reeleição de 2014.

Percebendo a fragilidade de Dilma em uma tensa relação com o Congresso Nacional, o vice-presidente vislumbra a possibilidade de assumir o poder e redige uma carta à nação, denominada "Uma Ponte para o Futuro", onde aponta diretrizes para a mudança de rumos para o Brasil, sobretudo em relação à política econômica e às reformas trabalhista e da previdência, ainda em debate com o Congresso.

Com o impeachment de Dilma, Michel Temer assume com o PMDB o poder central do país.

Mesmo com maioria parlamentar e com a presidência da República, o partido não tem nome competitivo para lançar como candidato à presidência. Vai ter que se aliar àquele que tiver maior chances de se eleger presidente.

Os partidos que estiveram no poder, entenderam como funciona o presidencialismo de coalização e perceberam que precisam de partidos como o PMDB para governar. Por sua parte, o PMDB estrategicamente soube se beneficiar desse sistema, qual seja: não lançando candidato próprio à presidência, compondo chapa com aquele candidato que tem maior chance de se eleger e, ao mesmo tempo, priorizando a eleição de candidatos ao legislativo, garantindo assim uma grande bancada. Com isso, aumenta o poder de barganha, fazendo com que qualquer governo que se eleja tenha que recorrer e atender os interesses do partido. 

E essa estratégia se estende para os estados. No Pará, por exemplo, o partido elegeu Jader Barbalho governador em 1982 e em 1990, também. Este, desincompatibilizou-se em 1994 para candidatar-se ao senado, deixando seu vice, Carlos Santos, como governador.

Portanto, assim como PMDB nacional, a legenda paraoara também está há 24 anos sem governar o Pará. Em 1994, não lançou candidato.

Em 1998, Jader se lança, mas perde a eleição para Almir Gabriel (PSDB). A partir daí, nenhum candidato competitivo foi lançado pelo PMDB.

Para as disputas ao governo do Estado, o PMDB lançou em 2002, Rubens Brito; em 2006, Priante; em 2010, Domingos Juvenil. Somente em 2014, o partido lança seu candidato competitivo: Helder Barbalho, que mesmo ganhando o primeiro turno, perdeu no segundo para Simão Jatene (PSDB).

No Pará, seguindo a estratégia de um partido com forte poder de barganha e de oposição, o PMDB participou da metade do governo de Ana Júlia (PT), nos anos de 2007 à 2009, quando rompeu e passou a fazer-lhe oposição. Dois anos depois, o PMDB lança Domingos Juvenil, mas este não passa para o segundo turno das eleições de 2010. Na disputa entre PT e PSDB, o PMDB passa a apoiar Simão Jatene na disputa com Ana Júlia, que não consegue a reeleição e Jatene se consagra governador do Pará pela segunda vez.

Novamente, o PMDB compõe o governo com o PSDB e dois anos depois, a história se repete: Sob o comando do senador Jader Barbalho, o PMDB rompe com o governo Simão Jatene e passa a fazer oposição, para dois anos depois, em 2014, lançar Helder Barbalho como candidato ao governo e este mesmo vencendo o primeiro turno, com uma pequena diferença de votos, perde o segundo turno para Simão Jatene, que se consagra pela terceira vez, governador do Estado do Pará.

Para 2018, o PMDB apresentará novamente Helder Barbalho, que já está em campanha permanente, mas seu desempenho eleitoral, apontado por pesquisas e mesmo estando sozinho como candidato, está muito abaixo das expectativas de um pré-candidato que saiu das eleições de 2014, com 48,08% dos votos.

No que concerne à intenção de voto para Helder, este não ultrapassa a barreira dos 30%. Dito isso, fica a pergunta:  Para as eleições deste ano, o PMDB manterá a candidatura de Helder Barbalho ao governo ou prevalecerá o pragmatismo político do PMDB nacional, que quando percebe que pode perder o executivo, opta pelo parlamento?

*Dornélio Silva é mestre em ciência política e diretor do Instituto Doxa Pesquisa.

A foto do dia



Por Diógenes Brandão

Agora em Porto Alegre (RS), em frente ao TRF4 foi estendida uma faixa de 40 metros, com cada letra de 1,30m por 1,04m. Confeccionada manualmente por 04 artesãs e mais 20 pessoas, a mensagem é direcionada aos magistrados que julgarão o recurso da defesa de Lula, onde pedem a nulidade da condenação proferida pelo juiz Sérgio Moro, que estabeleceu 9 anos de prisão ao ex-presidente do Brasil.

2018: O ano eleitoral inicia sem ninguém ter certeza de nada



Por Diógenes Brandão

Já é de algum tempo que analistas, jornalistas e blogueiros da área política, preveem que 2018 será um ano de suma importância para mudanças políticas no Brasil. Alguns arautos chegaram a dizer que antes do raiar de 2019, a corrupção será aniquilada nas urnas, que nenhum candidato ficha-suja será reeleito e que a Lava Jato enterrará partidos que tiveram seus dirigentes condenados pela justiça do Paraná, ou pelo STF. 

Nada disso ainda aconteceu e pelo andar da carruagem, pouco mudará. 

Você pode achar que estou sendo pessimista, mas a impressão que tenho é de estar sendo realista diante dos fatos e acontecimentos que vivenciamos no país. 

A classe política pode até se matar para chegar e permanecer no poder, mas é igualmente corporativista o bastante para não suicidar-se coletivamente, implementando leis e medidas que permitam que as raposas mantenham o controle do galinheiro. 

Por isso, mesmo sob protestos e uma grande sensação de rejeição perante a opinião pública, os políticos tradicionais seguem no controle de tudo, mandando e desmandando nos três poderes da República, e, as "novas" regras eleitorais, praticamente não mudaram em relação ao que foi implantado em 2016. 

O financiamento empresarial, por exemplo, desde então está proibido, mas quem acreditou que as empresas deixaram de patrocinar prefeitos e vereadores que disputaram as eleições passadas, só pode sofrer de algum surto de ingenuidade.

QUEM SÃO OS PLAYERS?

No Brasil, Lula segue na dianteira de todas as pesquisas e o mais incrível, depois de todo o massacre que sofre pelo bombardeio da grande mídia e nas mídias sociais: É também o menos rejeitado entre os seus principais adversários. 

O PSDB luta internamente para garantir que o governador Geraldo Alckimin, seja o candidato tucano, mas até FHC - Presidente de Honra do partido, já amaldiçoou o colega. O DEM bate na mesa e diz que chegou a sua vez de ter o apoio do PSDB e apresenta pela primeira vez um tom de que realmente vai lançar um candidato ao planalto.

No Pará, o ministro Helder Barbalho (PSDB) canaliza todos os seus esforços e recursos para ultrapassar a margem dos 30% nas pesquisas, mas não passa disso, mesmo tendo aval do presidente Michel Temer para participar de inaugurações de obras, entrega de equipamentos e cheques de plástico em diversos municípios do Estado. 

Uma dedicação que nem sempre se concretiza, afinal são inúmeros prefeitos que reclamam nos bastidores de estarem com notas empenhadas, mas não terem visto até agora a cor do dinheiro comprometido.

O PSDB agoniza internamente e tenta esconder que esteja vivendo sua realidade mais pura e cruel: Quem manda no partido é quem está com a caneta e as mãos do governador Simão Jatene já assinaram a carta sucessória do poder para o deputado estadual e presidente da ALEPA, Márcio Miranda (DEM). 

Assessores do prefeito de Ananindeua, Manoel Pioneiro (PSDB), ainda tentam forçar a barra e jogar suas últimas cartas para o tabuleiro da convenção estadual dos tucanos, mas os principais dirigentes do partido já sabem, inclusive o próprio Pioneiro, de que o melhor caminho é seguir o que o "chefe" orientou.

Márcio Miranda, por sua vez, reúne-se com empresários, prefeitos, vereadores, dirigentes partidários, mas falta-lhe visibilidade e carisma perante a população e a sociedade civil. Reconhecido perante seus pares e pela elite política paraense, como um hábil negociador e generoso homem público, Márcio ainda não conseguiu demover o interesse do principal prefeito do DEM, o seu partido, em apoiar Helder Barbalho. O povo de Santarém sabe muito bem disso.

O vice-governador Zequinha Marinho (PSC) continua sua saga em posicionar-se como sucessor natural do governador Simão Jatene, nem que seja pelos 06 meses que este deve se licenciar para poder concorrer a algum cargo. Entre uma vaga como conselheiro vitalício no TCM, no senado, ou na Câmara de Deputados, Zequinha diz que espera a saída de Jatene para concorrer ao cargo de governador, sentado na cadeira de Jatene, o que faz o governador a ter que dizer que se manterá no cargo até o dia 31.12.2018, quando termina de fato o seu mandato.

Jatene responde a processos que podem lhe cassar os direitos políticos e deixá-lo vulnerável e por isso, até mesmo ser preso por alguns dias, mas não quer perder o poder de influência que exerce, mesmo tendo declarado apoio a outro candidato de fora do seu partido, ao ter que se licenciar e passar a caneta a Zequinha Marinho, que já avisou que trocará toda a equipe e iniciará um novo governo, tão logo assuma o comando do Estado.

Na esquerda, o nome de Úrsula Vidal ganha destaque nas redes sociais e nas pesquisas realizadas na Região Metropolitana, mas a candidata da REDE tem dificuldades para se locomover e ampliar sua base eleitoral para outras regiões do Estado. Pelo PT, o senador Paulo Rocha foi lançado pré-candidato ao governo do Pará e o deputado federal Zé Geraldo ao senado, mas ambos aguardam o julgamento do recurso de Lula, marcado para o próximo dia 24, pois se ele não for candidato, dificilmente os petistas terão alguma chance de realmente emplacarem uma chapa competitiva.

Há no entanto, desejos até outrora inconfessáveis que começam a se revelar por parte de partidos que sempre orbitaram entre os governos e candidaturas do PMDB e do PSDB, em barganhar as duas vagas, das três que o Pará tem no senado. Nomes como Lúcio Vale (PR), Sidney Rosa (PSC) e de Adnan Demarchi (PSDB), se posicionam bem em diversas regiões do Estado, dialogando principalmente com o setor produtivo de alta escala (fazendeiros, madeireiros, agropecuários, industriais e comerciantes de grande porte). A FIEPA nunca esteve tão dividida, me confessou um atento observador da instituição.

O problema desta equação para a ocupação das duas vagas do senado é justamente a presença dos dois senadores que já se encontram sentados nas suas cadeiras e que não dão sinais de querer abrir mão delas para os pretensos sucessores. Tanto Flexa Ribeiro (PSDB), quanto Jader Barbalho (PMDB), nunca disseram que abrem mão de disputar a reeleição, muito embora haja especulações de que Jader esteja mais preocupado com a eleição do filho ao governo, mas assim como Simão Jatene, sabe que não pode ficar sem cargo político e perder a imunidade parlamentar, arriscando também ser preso novamente.

É possível que os demais pré-candidatos possam reclamar de não terem sido citados, mas o blog tem visualizado pesquisas e conversado com diversas lideranças, dos mais diversos partidos, assim como de entidades classistas e ouvido posicionamento de pessoas influentes no meio rural e empresarial, que refutam qualquer ilusão em relação à grandes novidades neste cenário eleitoral, ainda muito incerto e duvidoso, onde quem hoje se apresenta com pretensões ao governo ou ao senado, pode vir a se contentar com uma vaga na ALEPA, ou no máximo na Câmara dos Deputados, apesar de não admitirem.

Para todos os players, a campanha eleitoral já começou, mas ela se mantém nos bastidores, reservada a diálogos com prefeitos, lideranças política, empresarias, equipes de marketing e demais profissionais que começam a ser convocados para realizar pesquisas, análises e projeções estratégicas. É verdade que nem todos possuem condições de visitar os municípios ou montar equipes de trabalho, tal como citado acima, mas quem pensa realmente em se eleger, principalmente aos cargos majoritários, precisa atuar com o profissionalismo que o momento exige, mas que mesmo assim não lhes garante nada.

Em suma, a vitória é sempre uma soma de esforços, pessoas e recursos materiais e subjetivos, com a confiança e o poder de agregar corações e mentes.

A única coisa certa é que assim como essa, outras análises estão sendo formuladas, todas com o intuito de criar uma narrativa aos interesses de grupos e candidaturas, ou simplesmente externar uma avaliação a partir do prisma que cada um tem, como é o caso deste blog, que completou 11 anos em Dezembro passado, talvez com mais acertos do que erros, mas não menos humilde em reconhecer que ainda há muito jogo a ser jogado e quem decide de fato as coisas são os eleitores. 

Espero que dessa vez eles acertem!

Ex-querda goza com artigo da FSP que a Rede Brasil Atual publicou ainda em 2016


"Palavras verdadeiras podem não ser agradáveis" - provérbio chinês

Sim! Estamos cada vez pior. A ex-querda reproduz feliz, em tom de crítica, mas gerando audiência para o PiG, artigo sobre o enriquecimento da família Bolsonaro publicado hoje, 07/01/2018, pela FSP, quando o mesmo assunto já havia sido tratado em 30 de março de 2016 nas páginas da Rede Brasil Atual.  

Não me recordo de ter sido assunto nas redes digitais estrangeiras.  

Aqui está o link do artigo publicado por Helena Sthephanowitz em seu blog na Rede Brasil Atual. 


Mas, para variar, a ex-querda só se excita com as publicações do PiG e com as das redes digitais estrangeiras.  

Nada que seja nacional, soberano ou alternativo, que sobreviva dos esforços e do trabalho dos brasileiros, recebe atenção da ex-querda e dos tais ativistas digitais pós tudo de nada. Ao contrário, são violentamente boicotados por estes em nome de uma pós-modernidade e de um certo internacionalismo sem classe.  

Por que será?  

Soros explica?  

Ford Explica?  

O que está acontecendo?  

Por que nos deixamos enganar?  

O que diferencia essa parte da esquerda (que acredita em falsos esquerdistas) de certos cristãos que acreditam em falsos pregadores, em falsos profetas.  

Pense! Reflita!  

E divirta-se com o artigo da Sthephanowitz abaixo, caso esteja com preguiça de acessar o site da Rede Brasil Atual, onde o artigo foi publicado originalmente.

TELHADO DE VIDRO  

Bolsonaro e o milagre da multiplicação do patrimônio 

Deputado compra duas mansões de frente para o mar em área nobre do Rio com "descontos" graciosos sobre o valor de mercado. E declara patrimônio incompatível com sua renda.

Jair Bolsonaro, deputado em sexto mandato consecutivo, mostra declaração de bens que levanta dúvidas. Foto: Gilmar Félix.




Você conseguiria comprar uma casa que custa, a preço de mercado, alguns milhões por "apenas" R$ 400 mil? 

O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) conseguiu esse, digamos, milagre. E recebeu a graça na compra não só de uma, mas de duas mansões. Em termos terrenos, com um abatimento de pelo menos 75% nos preços dos imóveis, foram verdadeiros negócios da China.  

Para entender o caso: Jair Bolsonaro – que está em seu sexto mandato consecutivo como deputado federal – declarou à Justiça Eleitoral possuir, no ano de 2010, bens que totalizavam o valor de R$ 826.670,46. Naquele ano, os dois imóveis não constavam da declaração de patrimônio.  

Quatro anos depois, nas eleições de 2014, o patrimônio declarado pulou para R$ 2.074.692,43. Façamos as contas: a variação patrimonial é maior do que a soma dos salários líquidos que ele recebeu como deputado. Significa que, mesmo se Bolsonaro não tivesse gasto um único centavo de seus salários nos quatro anos de mandato entre 2010 e 2014, ainda assim o montante acumulado não lhe permitiria chegar ao patrimônio de mais de R$ 2 milhões. A conta não fecha.

E como ele não declara, entre seus bens, ser proprietário ou sócio de nenhuma empresa, é inevitável perguntar: qual é a fonte de renda de Bolsonaro para cobrir tamanha variação patrimonial?  

Mas a estranheza sobre o patrimônio não para por aí. Jair Bolsonaro continua, segundo ele mesmo declara, com todos os imóveis que tinha em 2010 e aparece em 2014 com duas mansões na Avenida Lúcio Costa, de frente para o mar da Barra da Tijuca, reduto carioca da classe média alta e de parte de sua elite.  

Os valores atribuído aos imóveis são piada e escárnio: o valor de compra declarado de uma das propriedades é de R$ 400 mil e a outra, de R$ 500 mil. Uma simples consulta a qualquer imobiliária da capital fluminense, ou às sessões de classificados dos jornais e sites do Rio, mostra que as mansões foram declaradas com valores muito abaixo dos praticados no mercado. Ninguém conseguiria comprar um imóvel como os de Bolsonaro, naquela localização, por esses preços entre 2010 e 2014 – período em o país chegou a viver uma "bolha imobiliária", com os preços dos imóveis dispararam.

Bolsonaro oculta o endereço completo na declaração de bens apresentada à Justiça Eleitoral, mas descobrimos que o deputado tem endereços em seu nome no Condomínio fechado Vivendas da Barra, na referida avenida. Em anúncios classificados, o menor valor que encontramos para casas à venda naquele condomínio foi de R$ 1,65 milhões. Mais de 4 vezes o valor menor declarado por Bolsonaro.  

Em época de alguns políticos terem de explicar até o que não têm e nunca compraram, o que o deputado Jair Bolsonaro, useiro e vezeiro em atirar pedras nos telhados alheios, tem a dizer a seus seguidores sobre seus telhados de vidro?

domingo, janeiro 07, 2018

Investigações do assassinato de Jones William chegam à fase final e prefeito (em exercício) de Tucuruí está ameaçado de morte

Josy Brito, Bena Navegantes e Artur Brito são personagens principais do enredo que envolve a disputa por poder e diversos crimes, que há cinco meses mexe com Tucuruí, após o assassinato do prefeito Jones William, que está preste a ser elucidado.

Por Diógenes Brandão

Fontes do blog AS FALAS DA PÓLIS informam que a polícia está muito próximo de elucidar o caso do assassinato do ex-prefeito Jones William (PMDB) e realizar novas prisões  em Tucuruí. As investigações conduzidas pelo Delegado-geral da Polícia Civil, Rilmar Firmino, completam 5 meses e meio e entram na fase final, depois de diversas prisões realizadas, assim como vários depoimentos colhidos com suspeitos e testemunhas do crime que chocou o Brasil, por sua crueldade e futilidade.

Além disso, a CPI contra o ex-prefeito Artur Brito (PV) - que era vice-prefeito e assumiu o poder, logo depois do assassinato de Jones William - se encontra em fase conclusiva na Câmara Municipal de Tucuruí. 

A cassação do prefeito Artur Brito, que já se encontra afastado - é dada como certa. Entra em fase de conclusão com a votação do relatório do vereador Gualberto Neto (DEM), prevista ainda para este mês, em sessão extraordinária que deve acontecer antes do término do recesso de fim de ano da Câmera de Vereadores.

Acusada de ser idealizadora e mandante do assassinato de Jones William, a mãe de Artur Brito, Josy Britofoi presa no 31 de Outubro, quando este blog noticiou em primeira mão a notícia, e 26 dias depois foi colocada em liberdade, voltou pra prisão, foi liberada pela segunda vez, retornou de novo para sua cela, onde passou mais 45 dias presa e agora se encontra em liberdade, desde o dia 08 de Dezembro do ano passado.


PREFEITO EM EXERCÍCIO TAMBÉM ESTÁ AMEAÇADO DE MORTE

Em audio que circula por diversos grupos de Whatsapp, o secretário municipal de segurança em Tucuruí, Coronel Barata, denuncia que o grupo político que assumiu o poder municipal, logo após o assassinato de Jones William, se reuniu na casa do prefeito afastado, Artur Brito, onde teria sido planejado "bater" no prefeito em exercício. 

Coronel Barata também afirma que outro grupo menor, faz ameaça de morte ao gestor, o vereador Benedito Joaquim Campos Couto, o Bena Navegantes (PROS), que assumiu a prefeitura, depois que Artur Brito foi afastado do cargo, primeiro pela justiça, após pedido feito pelo Ministério Público e pela segunda vez, pela pela câmara de vereadores, que também aprovou uma CPI, que terá o relatório apresentado ainda essa semana, o que pode trazer o afastamento definitivo de Artur Brito.

Ouça o audio:


Entenda o caso

O prefeito de Tucuruí Jones William foi atingido por cinco (05) tiros, na tarde de uma terça-feira, dia 25 de Julho de 2017. O gestor faleceu deixando a esposa e 04 filhos, aos 42 anos.
Seu assassinato se deu enquanto fiscalizava obras de pavimentação de uma estrada que dá acesso ao aeroporto da cidade. 

Depois do atentando, ele foi levado a um hospital, mas não resistiu e veio a óbito. Os assassinos o abordaram e fugiram em uma moto, logo depois dos disparos fatais. O vice-prefeito, Arthur Brito (PV) assumiu imediatamente a prefeitura e depois meses depois sua mãe foi presa, acusada de ser uma das principais responsáveis pelo planejamento e encomenda do crime. 

Além de Josy Brito, diversas pessoas já foram presas e essa semana, a polícia deve encerrar o caso, após a justiça expedir novos pedidos de prisão e solucionar o caso, como é esperado por toda a sociedade paraense, sobretudo a população de Tucuruí.

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Alguém lembra do dia 07 de Janeiro?



Por Rodrigo Leite*

Parece uma data qualquer, e para alguns sem significado histórico, até porque estas pessoas foram educadas a não dar a importância ao dia 07 de janeiro, e vamos explicar o porquê.   

Para responder esta pergunta, precisamos relembrar a história do Estado do Pará, e do maior movimento popular contra o Brasil Regencial, A Cabanagem de 1835 à 1840. A pobreza, a fome e as doenças foram ápice para o povo se unirem contra o governo regencial e lutarem por liberdade, igualdade e dignidade.  

Estamos falando de um movimento que aconteceu a 183 anos atrás e que foi comparando-se com a Revolução Francesa de 1789. 

A Cabanagem foi a Revolução mais apreciável do Brasil, com as camadas mais inferiores chegando ao poder em 07 de janeiro de 1835, conquistando toda uma província.  

Formada por uma massa de excluídos que moravam as margens dos rios, a Cabanagem se tornou uma Revolução Popular, com indígenas, negros escravos e libertos, mamelucos, cafuzos, mulatos e mestiços, tendo ainda comerciantes, fazendeiros e intelectuais da época, que foram expulsos das decisões na província.   

Por que não temos um feriado Estadual de 07 de janeiro?   

Por representar um povo miserável que chegou ao poder através da revolução com paus, pedras, flechas e fogo. Para a elite paraense, e principalmente para alguns políticos, carregar este marco no calendário do Pará é vergonhoso, tanto que seu principal objetivo é excluir da história dos paraenses este fato, que muitas das vezes nem sequer é contado nas salas de aulas.   

Hoje nas ruas e bairros de Belém, nas praças, prédios públicos há algumas singelas homenagens àqueles que aderiram ao movimento da Cabanagem, porém, é de se lamentar que esta data tão importante não possui um feriado, a exemplo da farroupilha no Estado do Rio Grande do Sul.

Esperamos que este movimento sirva de exemplo para todos nós, homens e mulheres, em lutar por nossa liberdade, igualdade e dignidade, contra os corruptos deste nosso país, que a cada dia deixam seu povo voltar a viver em sistema de extrema pobreza, retirando direitos constitucionais e fundamentais. É preciso conscientizar o povo, que lutar por seus direitos é fazer da política uma bandeira de lutas.  

Viva a Revolução Cabana!  

*Rodrigo Leite é acadêmico do curso de Direito, na Unama e membro da Comissão Justiça e Paz.

sexta-feira, janeiro 05, 2018

Disputa por sindicato acaba na polícia: Militantes do PCdoB e do PSTU brigaram no meio da rua



Por Diógenes Brandão

Uma disputa eleitoral resultou em confronto entre sindicalistas, durante as eleições para escolha da nova direção do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Belém. O processo eleitoral acabou com os envolvidos sendo encaminhados para a Seccional Urbana de São Brás, onde ainda algumas pessoas são mantidas presas e prestam esclarecimentos à polícia. Duas pessoas teriam sido feridas durante o confronto.

Segundo publicado no perfil de José Emilio Almeida, presidente ASCONPA - Associação dos Concursados do Pará, no Facebook - a confusão começou em frente à sede do sindicato. 

Veja o que ele disse:


A OUTRA VERSÃO


O blog entrou em contato com o presidente da CTB-PA, Cleber Rezende, e este que ainda se encontra na Seccional Urbana de São Brás, apresentou com exclusividade ao blog AS FALAS DA PÓLIS, a sua versão dos fatos, dizendo que foram os militantes e sindicalistas ligados à chapa 1 (CSP-CONLUTAS), que partiram para a agressão contra a chapa 2 (CTB-PCdoB), logo depois que perceberam que poderiam perder as eleições. 

Indagado se ele reconhece o homem que aparece no vídeo com uma camisa preta e tentar arrancar a urna das mãos de quem seria a presidente de uma mesa de apuração, ele disse que desconhece e que não é ninguém da chapa 2 (CTB-PCdoB), podendo inclusive ser alguém da Chapa 1 (CSP-CONLUTAS), interessado em "melar" o processo para favorecer os mesmos. Ainda segundo Cleber Rezende, a CTB-PA ainda emitirá uma Nota de Esclarecimento com sua versão completa sobre os fatos.

Já a CSP-CONLUTAS publicou às 13:39, a sua versão dos fatos, seguida do vídeo em que baseia sua denúncia:


Inaugurada pelo prefeito durante aniversário de Ananindeua, UPA do Aurá segue fechada sem nunca ter atendido nenhum paciente

Populares dizem que a UPA só abriu para prefeito fazer fotos e filmagens, mas atendimento ao público nunca houve.

Por Diógenes Brandão

Com a participação de vereadores, como o Gordo do Aurá e assessores, o prefeito de Ananindeua, Manoel Pioneiroinaugurou nesta quarta-feira (3), a UPA do Aurá. 

Para quem presenciou o ato, as portas do estabelecimento de saúde, só abriram para a equipe de comunicação e marketing do prefeito realizar as filmagens e fotografias do corte da faixa de inauguração, por conta do aniversário de Ananindeua, onde entrou no roll de "obras" entregues pelo gestor.

Populares que assistiam de frente de suas casas, disseram ao blog AS FALAS DA PÓLIS, que logo depois da saída do prefeito e de seu grande comitiva de assessores e apoiadores, a UPA teve suas portas trancadas, sob alegação de que passaria por um processo de higienização. No entanto, fontes do blog afirma que por falta de equipamentos para atendimento ao público, que por sinal, não compareceu ao local, a UPA ainda não atendeu nenhum paciente se quer. 

Implantada em uma área considerada como um dos mais antigos bolsões de miséria existente em Ananindeua, a UPA do Aurá é uma ação paliativa, diante da enorme demanda  por tratamento de saúde pela população, que agoniza pela falta de saneamento, água tratada e segurança, nas poucas ruas pavimentadas que lá existem.

Cercado por vereadores, assessores e equipe de comunicação e marketing, Manoel Pioneiro inaugurou UPA que segue fechada, sem garantir o tão necessário atendimento à população.

Mesmo assim, a inauguração foi embalada por uma grande festa, na qual o povo não foi convidado a participar e nem fez questão, ficando o prefeito acompanhado apenas de sua comitiva de vereadores, assessores e servidores de diversas secretarias, que foram levados ao local, em veículos particulares, da prefeitura e ônibus, para dar a sensação de 'volume' e passar a ideia de que era a população do Aurá que festejava a presença de Manoel Pioneiro, prefeito que cumpre o 14º ano, do 4º mandato enquanto prefeito e pela primeira vez realiza alguma obra, sendo que ela ainda não está sendo utilizada pela população local.

Paraenses criam o Uber Pirata: Veja o preço pelo aplicativo, chame direto e pague apenas o motorista



Por Diógenes Brandão

Sou usuário dos aplacativos (apps) de mobilidade urbana, desde que quando eles chegaram ao Brasil. Comecei usando o Easy Taxy e o Taxi 99, que davam descontos de 30% nas corridas de taxis. Já os que utilizavam veículos particulares demoraram um pouco mais para chegar em Belém do Pará, onde moro. Hoje temos entre os mais utilizados, o YetGo, 99 Pop e o Uber, o mais utilizado e valoroso app do segmento, no mundo.

A primeira vez que embarquei em um UBER foi em São Paulo, durante um evento de Ativismo Digital em 2014. A motorista foi chamada por um grupo de passageiros que estavam indo ao aeroporto e lá rachamos a conta da viagem, que custou menos de 40% do preço que gastaríamos com um taxi comum. 

De lá pra cá, já perdi a conta de quantas vezes utilizei o serviço e tenho muitos prós e contras para comentar sobre as empresas e os motoristas com quem já viajei. Um dos destaques que quero salientar é a forma com que os aplicativos cativaram uma clientela e hoje a tratam. 

Um exemplo bem factual, aconteceu na noite de natal deste ano que terminou recentemente, quando precisei de um para me locomover em um percurso que geralmente custaria R$23 e o preço variou em R$52 a R$67. Achei um absurdo e não o usei. Chamei um taxi de uma cooperativa e paguei R$35, tendo ainda 20% de desconto.

Sem adentrar nos valores de quilometragem e tempo de percurso - algo que pode ser pesquisado facilmente nos sites de busca - o que mata nos apps de mobilidade, é justamente o cálculo das tarifas dinâmicas, alteradas de acordo com a procura e a oferta de cada localidade ou horário. Tanto na noite de natal, quanto no réveillon, ou na hora do rush, assim como de grande movimentação noturna, os preços das corridas destes apps ultrapassam o valor cobrado na bandeira 2 dos taxímetros, que antes predominavam no transporte particular de passageiros.

Hoje, a comodidade dos aplicativos faz com que muita gente, mesmo pagando mais caro, acabe preferindo usar os apps, ao invés de taxi. É a comodidade, a segurança, o monitoramento da chegada e do percurso da corrida e principalmente o controle prévio do tempo e do custo por parte do usuário que faz com que os apps sejam um sucesso inevitável. 

Mas como estamos falando do Brasil, o jeitinho brasileiro já criou alternativas para burlar as regras pré-estabelecidas e o preço abusivo, bem como arrumar uma forma de aumentar o lucro dos motoristas. 

Dois exemplos que vivenciei, não poderiam deixar de serem registrados nesta postagem.

O primeiro em ordem cronológica foi em um dia do mês de Setembro passado, quando precisei pedir um carregador de celular na recepção de um hotel onde participava de uma reunião e que justificando que o meu aparelho havia descarregado e precisava de pelo menos 5 minutos de carga para poder chamar um Uber, acabei me deparando com uma novidade até então

De pronto, o vigilante do hotel ofereceu seu recarregador e me levou até a tomada onde ele estava conectado ao seu celular. Ao retirar o seu aparelho para encaixar no meu, indagou-me: Para onde o senhor vai com o Uber? Eu respondi: Para a Marambaia. Ele então me perguntou baixinho: Você topa ir de taxi pagando o valor do Uber?

Mesmo sem entender, resolvi encarar a proposta e ele então ligou para um taxista, informou o meu destino e este chegou em menos de um minuto em frente à portaria do hotel onde estávamos. Ao parar o veículo, o taxista baixou o vidro e ao me ver ao lado do segurança, me orientou sem cerimônia: Veja quanto dá um Uber para o seu destino e eu o levo lá.

Com um preço bem abaixo do que seria uma corrida com o taxímetro ligado, fui perguntando ao motorista o que o fez ser um "Uber Pirata". Ele me contou que cansou de ver os hóspedes do hotel onde trabalhava em um ponto próximo, chegando e saindo em carros particulares e depois que compreendeu que eram usuários de taxis, que passaram a usar o UBER, abandonaram o seu taxi e dos demais colegas. "Raros são os hóspedes que ainda pedem para a recepção do hotel nos chamar. Todos descem e embarcam diretamente em carros particulares, que agora  sei que são Ubers", desabafou.

"Por isso, passei a adotar o preço que eles cobram, pois se eles estão conseguindo sobreviver e nos "roubar" os clientes, eu é que não vou ficar parado, assistindo os clientes usarem o Uber e me deixarem chupando o dedo", concluiu o motorista que me deixou em frente de casa e ainda me deu duas balas (mentas), junto com o troco.

O segundo caso que anunciei já foi mais ousado. Pedi um Uber para sair de casa para uma reunião. O motorista já iniciou a conversar, dizendo que morava no meu bairro e me perguntando se eu usava sempre o serviço. Quando disse que sim e várias vezes ao dia, ele não titubeou e ofereceu seu "Uber Pirata", propondo o seguinte: 

Vamos fazer assim: "
Toda vez que você quiser um Uber, me ligue nos meus números, tenho todas as operadoras. Se eu estiver por perto, vou pedir para você verificar o custo da viagem para o seu destino e você me paga o valor que der, sem precisa chamar pelo aplicativo. Vamos fazer uma relação direta, beleza? 

Sem pensar muito no que estava concordando, acabei dizendo: Beleza. Desci no meu destino e resolvi que um dia contaria essas duas histórias, que aconteceram em 2017 e que deve acontecer com diversas outras pessoas nesse Brasil a fora. 

Tal medida, evita com que os motoristas, tanto de taxi, quanto de Uber, paguem a taxa de 25% que a empresa que controla o aplicativo, cobra dos motoristas por cada viagem realizada.

Uber Pirata, mais um invenção brasileira que merece o registro de patente e  jornalístico também, por que não?!

quinta-feira, janeiro 04, 2018

Cadeia nos boateiros! PF ajudará justiça eleitoral a combater fake news nas eleições de 2018




A Polícia Federal vai instalar nos próximos dias em Brasília um grupo de trabalho em conjunto com outros órgãos federais para discutir meios de coibir as “fake news” durante as eleições deste ano.  

O grupo é formado por um delegado, um agente e um perito criminal federal e deverá trabalhar com técnicos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e da Procuradoria Geral da República (PGR).  

A Polícia Federal pretende apresentar a ideia de elaboração de uma nova legislação específica sobre o assunto, a ser debatida no grupo de trabalho conjunto. A sugestão poderia ser enviada ao Congresso antes das eleições, para que a lei seja aplicada ainda durante o pleito de 2018.

Segundo a PF, atualmente há dúvidas legais sobre o alcance de uma eventual atuação policial porque a legislação não estabelece claramente o que são “fake news” e quais as punições previstas para a conduta. O esforço seria no sentido “de cuidar da integridade geral das eleições”.  

Em uma reunião realizada no dia 20 de dezembro, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luiz Fux, que assumirá a presidência do TSE em 6 de fevereiro, pediu ao diretor-geral da PF, Fernando Segovia, e ao vice-procurador-geral eleitoral, Humberto Jacques de Medeiros, que uma força-tarefa enfrente o problema.

quarta-feira, janeiro 03, 2018

Haters seguidores de Wladimir Costa, o deputado da tatuagem de Temer, ameaçam e destilam ódio na web

Joaquim Hamad (PTdoB) saiu em defesa de Wladimir Costa (SDD-PA), com a mesma baixaria peculiar ao deputado federal que defende com unhas e dentes nas mídias sociais.

Por Diógenes Brandão

Não foi a primeira vez que encontro e esbarro com haters - palavra inglesa e que significa "os que odeiam" ou "odiadores" na tradução literal para a língua portuguesa. O termo hater é bastante utilizado na internet para classificar algumas pessoas que praticam "bullying virtual" ou "cyber bullying". 

Outra vez, são os mesmos defensores de Wladimir Costa (SDD-PA), que caluniaram, ofenderam e fizeram novas ameaças ao autor deste blog, depois que este fez o compartilhamento de uma matéria do portal G1, que revelou a possibilidade daquele que se diz o "federal do povão", perder o mandato na Câmara dos Deputados, tanto por ele ser um dos mais faltosos, quanto pelo uso da verba indenizatória com passagens aéreas para viagem a outros Estados. 

Um destes seguidores se apresenta como Joaquim Hamad e usa o número 93-9155-7676 no Whatsapp, onde defende com unhas e dentes o deputado Wlad - como ele também gosta de ser chamado - e ataca de forma feroz e leviana, todos que o criticam ou compartilham matérias consideradas desfavoráveis ao deputado que se encontra cassado por duas vezes, em decisões do TRE-PA.

Em uma rápida pesquisa na internet, descobrimos que Joaquim tem 56 anos e concorreu ao cargo de prefeito de Santarém pelo PTdoB, nas eleições de 2016, quando mesmo sendo o 2º candidato mais rico, acabou como o mais rejeitado nas urnas, alcançando tão somente 1.447 votos, o que representou 0.83% dos votos válidos e resultou no último lugar, entre os cinco (05) candidatos que disputaram o pleito. 



Antes disso, nas eleições de 2014, Joaquim já havia tido outra derrota acachapante, quando obteve apenas 426 votos, o que representou 0,1% dos votos válidos, naquele pleito em que disputou uma vaga para deputado estadual e saiu novamente humilhado das urnas.

AMEAÇAS: CASO DE POLÍCIA

Depois de difamar, o seguidor de Wladimir falou que policiais estariam envolvidos no repasse de informações contra este blogueiro e ameaçou dizendo que eles agiriam em conluio com advogados do deputado, além buscarem formas para tentar me silenciar pelo simples fato de eu compartilhar matérias jornalísticas que abordam notícias sobre políticos paraenses, envolvidos em denúncias, investigações e escândalos, como as que citam Wladimir Costa, que todos sabem, existem contra o mesmo, ainda antes deste adentrar para a política partidária e ter sua vida parlamentar envolvida em tanta confusão.

Em um trecho digitado em um grupo no Whatsapp, ele faz uma ameaça explícita: "Comigo é diferente. Não pensa que vou usar a justiça. Sou eu que vou arrancar tua máscara. Aguarde. (..) Pode apostar. Tu mexeu com o cara errado. Tu vai vê ". 

Em um Estado repleto de jagunços e pistoleiros, o que quis dizer o homem que se diz empresário e político de uma região com diversos de crimes e assassinatos políticos?

Depois dele, outro seguidor destilou ódio, ameaças e ofensas. Identificado apenas com o número (93) 99212-0380, o hater será igualmente denunciado junto à Delegacia de Crimes Virtuais do Pará para medidas cabíveis. Em uma parte da conversa realizada também em um grupo do Whatsapp, depois de eu alertá-lo que tomaria providencias contra as ofensas e calunias proferidas pelo anônimo, ele diz o seguinte: "entao leva seu filho de uma puta... quero vet se tu es homem seu marginal...  Pois e lah q vou fazer tua casa cair blogueiro de merda... vuciado no dibheiro publico. Vou fazer tu engolir tbem ze ruela".


Wladimir usa as suas redes sociais para atacar todos seus adversários e prepara um verdadeiro exército que usa métodos de guerrilha cibernética, acusando com palavras de baixo calão e dizer que todos os que o denunciam são "petistas", "vagabundos", "corruptos" ou Barbalhistas, em alusão à família do senador Jader Barbalho, com quem rompeu depois que foi eleito deputado federal, mas foi cria e por longos anos, alinhado politicamente.

Assista a matéria publicada no portal G1, a qual foi o gatilho para mais essa polêmica envolvendo o nome do deputado federal Wladimir Costa, que já foi cassado por duas vezes pelo TRE-PA e responde a diversos outros processos no TSE, STF, CGU, movidos por diversos outros órgãos de controle e fiscalização com o MPE e MPF. 


Leia mais sobre o deputado federal Wladimir Costa, o defendido por odiosos seguidores nas redes sociais:








Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...