sábado, setembro 19, 2020

Paraenses padecem sem a saúde que a propaganda de Helder diz existir

"Parece que o governador Helder Barbalho não informou a sua equipe acerca de seu juramento de cuidar dos paraenses", pontua jornalista que recebe apelos diários de pacientes em busca de atendimento médico e hospitalar no Pará.


Por Fransinete Florenzano, em seu blog sob o título Sespa e Abelardo Santos negam leito a paciente



Todo mundo sabe que a vida de uma pessoa que sofreu AVC depende da rapidez com que é socorrida, mas a Sespa e o Hospital Abelardo Santos fazem pouco caso da vida dos paraenses. Não há um só dia em que não receba apelos para ajudar pessoas pobres do interior que estão em situação gravíssima e lhes é negado leito nos hospitais do Estado. Não sou DAS do Governo do Pará, dona de hospital, profissional de saúde ou política.

Tudo o que posso fazer, como cidadã e jornalista, é dar visibilidade aos pedidos. E ninguém deveria precisar se humilhar e padecer tanto para ter acesso a um direito insculpido na Constituição Federal. 

Enquanto a propaganda oficial e o governador Helder Barbalho afirmam que sobram vagas nos hospitais, pessoas continuam a morrer por falta de atendimento médico e hospitalar.

É uma desumanidade criminosa! 

Desrespeito à dignidade humana, ao direito à vida e à saúde pública!

Desde anteontem Randolpho Batista dos Santos, 50 anos, agoniza no hospital regional do Marajó, em Breves, onde não há especialista nem equipamentos para tratar AVC hemorrágico.

Ele precisa urgentemente ser transferido para hospital em Belém com UTI especializada. O paciente está há três dias no sistema de regulação da Sespa, o médico que o assistiu frisou o risco de morte, mas o pobre homem ainda continua em Breves. 

O hospital Abelardo Santos se limitou a mandar atualizar o Sisreg, o que foi imediatamente providenciado, mas até agora não foi confirmado leito nem o transporte, que tem que ser aéreo, do Marajó para a capital. Se ele não for transferido logo vai ser mais um a morrer por falta de atendimento.

Já fiz o apelo ontem, no post Paciente marajoara precisa de UTI, mas a Sespa e o Hospital Abelardo Santos simplesmente ignoraram. Parece que o governador Helder Barbalho não informou a sua equipe acerca de seu juramento de cuidar dos paraenses.

O tirano Helder Barbalho e seus lacaios

 

(...) 

Lendo teus versos,
aprendi a ter coragem.

Tu sabes,
conheces melhor do que eu
a velha história.

Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.

Na segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.

Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.

E já não podemos dizer nada.

Nos dias que correm
a ninguém é dado
repousar a cabeça
alheia ao terror.

Os humildes baixam a cerviz;
e nós, que não temos pacto algum
com os senhores do mundo,
por temor nos calamos.

No silêncio de meu quarto
a ousadia me afogueia as faces
e eu fantasio um levante;
mas amanhã,
diante do juiz,
talvez meus lábios
calem a verdade
como um foco de germes
capaz de me destruir.

(...)

In: COSTA, Eduardo Alves da. No caminho, com Maiakóvski. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985. (Poesia brasileira). Poema integrante da série O Tocador de Atabaque.

Por Diógenes Brandão 

Passados dois dias das convenções partidárias que definiram os rumos das eleições municipais em Belém, o blog recebeu um áudio bombástico e cheio de detalhes, onde uma importante liderança política, aliada do governador explica como Helder Barbalho operou para que Eder Mauro e Jefferson Lima não fossem candidatos nestas eleições em Belém. O primeiro pelo PSD e o outro pelo PP, o certo é que ambos foram golpeados em seus próprios partidos e devem sair deles assim que houver uma janela. 

Após o ocorrido, a covardia da classe política e jornalística se justificava através de manifestações do tipo: "Eles mereceram!", "Não eram Santos" ou "Bem-feito". Tudo ao estilo que do que o senso-comum prega cotidianamente neste país adoecido: bandido bom é bandido morto. 

No entanto, as vítimas deste golpe não foram apenas os dois degolados por seus partidos através de uma intervenção imoral por parte de Helder Barbalho. A sociedade e a política paraense é que mais foram atingidas com tal falta de escrúpulos, que nem Maquiavel previu em seus escritos.

A história da política paraense registra um de seus momentos mais cabulosos e nefastos, onde a maioria da classe política se regozija e aplaude o feito antidemocrático e a promiscuidade entre partidos, que reproduzem a política do 'toma lá-dá cá', em plena luz do dia, sob os olhares de todos e quase ninguém diz absolutamente nada. 

Ao jornalismo paraense, estuprado e jogado na vala comum, fica os nossos pêsames pela morte abrupta imposta pela família barbalho, que o assassinou com golpes mortais e consentidos.

Aos demais partidos e líderes políticos, que se rendem e se vendem a um governador tirano e sem pudores, a nossa manifestação de nojo pelo estado de putrefação em que se encontram.

O áudio que recebi e me incentivou a escrever este artigo, não virá a público por mim, a pedido do autor. 

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