quarta-feira, novembro 21, 2007

Pierre Verger no Ver-o-Peso


Muito Desigual


Terminou ontem a eleição para reitoria da UEPA. Provavelmente com a vitória certa do candidato apoiado pelo governo. Com Fernando Palácios na era tucana foi assim mesmo.

Particularmente, acho que este tipo de disputa assemelha-se com eleições para deputado e isso acaba ferindo a autonomia de nossas universidades, pois candidatos sem estrutura financeira ficam impossibilitados de apresentar sua plataforma política e a universidade acada reproduzindo os vícios herdados da política eleitoral, tanto da UEPA quanto da UFPA é assim.

Entre os candidatos deste pleito um detalhe: Só um tinha estrutura e que estrutura !

Quem quiser comprovar é só dá uma olhada nos Outdoors espalhados por aí e sentir o quanto a reforma política faz falta, inclusive para dentro de outros espaços institucionais e não só o parlamento e o executivo brasileiro.

sábado, novembro 17, 2007

Pierre Verger no Rio


Falta de Tinta

Deve faltar tinta na caneta de nomeações do Governo do Estado, pois até agora não nomeou a professora Socorro Brasil que assumiu desde julho a Diretoria Geral da Escola de Governo no lugar da também professora Edilza Fontes, considerada braço direito de Ana Júlia.
A secura no tinteiro é de causar estranheza pois a atual titular da Escola é ligada ao grupo do Dep. Federal Paulo Rocha e este e seu grupo sofrem grande assédio e ao mesmo tempo isolamento por parte da DS, o grupo da governadora. Uma busca pela hegemônia partidária, que faz o PT ser o que é.
Muitos servidores públicos de dentro e de fora da EGPA e lideranças de movimentos sociais que participam das ações de formação e requalificação, promovidas pela instituição, reconhecem a competência de Socorro Brasil à frente da instituição.

quarta-feira, novembro 07, 2007

Vivo, nem morto!

Um projeto de lei apresentado pelo deputado Carlos Martins, que dispõe sobre a denominação de logradouros, obras, serviços e monumentos públicos, foi aprovado em primeiro turno nesta terça-feira (06/11). De acordo com o projeto, esses espaços públicos não podem receber o nome de pessoas que tenham ocupado cargos públicos até dois anos após o desligamento delas. Exemplos ridículos dessa prática estão por todo o Estado do Pará. Em Jardelândia, bairro de Ananideua que foi ocupado e seus moradores depois receberam seus títulos pelo mesmo governador que o auto-nomeou, tem uma escola com o nome de sua ex-esposa Elcione Barbalho, recentemente outra ocupação nasceu como o nome do "Filho do Homi": Helderlândia. A ex-Che Guevara do dia pra noite recebe o nome de Almir Grabriel. Algum em comum? Seguindo o exemplo, Jatene como uma de suas últimas ações como governador, assina seu título de professor-doutor em plena Almirante Barroso, causando naúseas em quem por alí passava, durou dois meses. Durou muito!

Natal dos temporários

Se você tiver a oportunidade de conhecer algum temporário que fora demitido este mês, perceberá o quanto é doloroso perder seu emprego depois de 15, 20 anos de serviço público contratado. Avaliando o impasse que a justiça causou com a obrigatoriedade aos governos estaduais, resta uma pergunta: não seria mais humano e politicamente correto demitir depois do fim-de-ano ??

Operação Mecenas

Nota Oficial
O Ministério da Cultura e a 'Operação Mecenas'
Na manhã desta terça-feira (6 de novembro), a Polícia Federal cumpriu cinco mandados de prisão e sete mandados de busca e apreensão, como parte do inquérito que apura irregularidades na tramitação de projetos postulantes aos recursos da Lei Rouanet, na chamada "Operação Mecenas". As investigações, pedidas pelo Ministério da Cultura a partir de uma denúncia, levaram à prisão uma servidora do MinC e mais quatro acusados, ligados a duas empresas de consultoria a projetos culturais. Ao longo dos últimos seis meses, a articulação e cooperação entre o MinC, a Controladoria Geral da União e a Polícia Federal foram essenciais para assegurar uma investigação minuciosa. O inquérito policial está sob segredo de Justiça. Porém, já podemos informar que o esquema irregular consistia no travamento da tramitação de projetos com maior potencial de captação de patrocínios e com valores mais elevados. A partir daí, integrantes das empresas G4 e Mecenas ofereciam seus "serviços" aos proponentes desses projetos, para assegurar a tramitação dos mesmos. Para isso, ainda segundo as investigações, contariam com a participação da servidora acusada. O Ministério da Cultura informa que as irregularidades atingiram 20 projetos, de um total de oito mil que tramitam anualmente no ministério. Isso, entretanto, não diminui a gravidade do fato. Caberá ao MinC instaurar o processo administrativo disciplinar para apurar as responsabilidades da servidora envolvida no caso, que terá assegurado o amplo direito de defesa. As providências, no âmbito criminal, estão a cargo da Polícia Federal. O Ministério da Cultura continua empenhado e atento para que todas as nossas atividades sejam pautadas pelos princípios constitucionais que regem a administração pública e pela ética que tem caracterizado nossa gestão. Esta postura republicana implica assegurar que todos os projetos postulantes aos recursos públicos oriundos do Fundo Nacional de Cultura ou de renúncia fiscal tramitem em condições de igualdade e em processos transparentes. O MinC reafirma sua determinação de investigar todos os indícios de atos ou fatos que possam comprometer o interesse público.
Brasília, 6 de novembro de 2007.
Ministério da Cultura

sábado, outubro 20, 2007



"Vou penetrar
A escura rua
Com minha lua
No teu existir

Vou me sentir
Alguma coisa inserida
Entre o homem e o menino
O estado da flor
A violência explosiva

Vou gravar a fita
Passar a limpo
Limpar os sapatos
Dançar em ti
Com teus saltos altos"

© CAETÉ


sexta-feira, outubro 19, 2007

Ventos forte de que um possível chega-prá-cá esteja para ser visto no cenário Político Paraense. Com a notória crítica feita por Dudu & Cia aos tucanos e seus mandatos, demostram a possibilidade de Dudu estar ao lado da caneta governista no próximo pleito em Belém.

terça-feira, outubro 16, 2007

Quem quer 2, perde em 2010


Muito ba-fa-fá em torno do nome que sairá do PT para disputar a prefeitura de Belém. Na DS - tendência da governadora Ana Júlia, a indicação de pretensos nomes está indefinida, até agora dois secretários disputam a questão: Suely Oliveira (SEDURB) e Edilson Moura (SECULT).

No Campo Majoritário, Mário Cardoso parece ser o nome preferido, mas Waldir Ganzer também se apresenta.

Quanto ao futuro, ninguém duvida: todos que lambem os beiços para abocanhar mais poder com a eleição de 2008, haverão de levar em consideração a eleição de 2010, ou seja, quem não abrir mão agora, poderá ter o retorno disso dois anos depois.
Paulo Rocha observa com mais interesse o Senado em 2010.

Ana Júlia e Jáder Barbalho querem o que mesmo?

segunda-feira, outubro 08, 2007

Citzen Bank

O vice-governador Odair Corrêa é o centro de uma acusação séria e grave sobre desvios no Banco do Cidadão. Cabe defesa e explicações, mas o ônus pelo que sei é de quem acusa. O que temos adiante?
Em um jornal local o vice-governador dispara:
"não ficará pedra sobre pedra. Todos os envolvidos serão punidos" e enfatizou que "não compactua com bandidos, nem faz acordos com gente assim". Teria salientado, ainda, que "não fez campanha pelo estado inteiro, pregando a transparência, para se sujar por R$ 30 mil".
O Banco suspederá suas operações por 20 dias até que sejam apuradas as denúncias.
Nunca um vice-governado do Estado havia sido tão badalado pela mídia paraoará desde Carlos Santos, vice de Jáder Barbalho tempos atrás...

Os Blogs, o "Povo", e a Opinião Pública

do blog 5ª Emenda

Admite-se, desde Poulantzas, que o poder no Estado não é monolítico, e que a luta pelo domínio das esferas de poder é permanente e mutante.Governos de coalizão tendem a acentuar essas disputas, e às vezes, membros da coalizão se desmembram ao chegar no poder.É certo, salvo alguma exceção que neste post queira se apresentar, que as maiores lideranças políticas deste estado - as que estão no poder ou longe dele - não conhecem detalhadamente estas teses, senão alguns de seus assessores mais dedicados ao estudo das questões do poder, que as transferem, sob a forma de sugestões de procedimentos decisórios e executivos, de volta às lideranças.É certo, ainda, que alguns poucos leitores e comentaristas do Quinta também desconhecem estas e outras descrições científicas dos meandros nos quais se esgueira a política, e aí sentenciam, por vezes de forma irrecorrível, com base nos desatinos deste ou daquele governo, a sua sorte, o seu destino.Trata-se de um equívoco.Outros, que desafortunadamente nunca foram apresentados a Gramsci, por exemplo - que aliás tem interessantes pontos de contato com Poulantzas - acham que é o "povo" quem faz a opinião pública, e daí derivam juízos de valor e hierarquias entre mídias.Lamento dizer que também se equivocam, profundamente.A respeito dessa hierarquia, cumpre informar que blogs são ferramentas cada vez mais efetivas na construção da opinião pública, mais do que pensam, gostariam, ou estariam preparados para tal os seus signatários, este inclusive.Mas são ferramentas muito efetivas sim.Mesmo neste sistema, nestes tempos, nestas terras. Ou seria por isso mesmo?

sábado, outubro 06, 2007

PAC da Cultura e a Playboy


Depois de tanto reboliço, ameaças, artigos, cpi´s e coisas do genêro, a jornalista Mônica Veloso, ex-amigante do Senador Renan Calheiros, resolve mostrar as estrelas que fizeram a mídia, a política e os empresários brasileiros agitarem-se, agora é a vez das bancas de revistas.



Era quarta-feira de manhã, aqui em Brasília, estava eu saindo do lançamento do Cultura Mais, também chamado de PAC da Cultura, o qual e irá destinar mais de 5 bi para esta área e desenvolverá um verdadeiro choque no setor, pois além dos recursos financeiros, haverá finalmente a integração de diversos ministérios e programas federais, fazendo com que a Cultura chegue à maioria dos Brasileiros, seja através do Vale-Cultura, dos Pontos de Cultura e demais programas do MINC.




Terminanda a cerimônia, deparei-me em frente ao ministério da Cultura com um fila de "empaletozados", assessores, assessoras, servidores e público em geral, à espera de sua vez para uma compra inusitada, adivinhem do quê !!



Se a pensão desta moça - capa da Playboy deste mês - foi paga com recursos públicos há de se apurar, mas uma coisa já podemos ter certeza: Tá assim de gente querendo engravidar de homens influentes na política Brasileira, já que jogador de futebol já não dá muito Ibope e nem se mantêm no cargo, caso pise na bola.

terça-feira, outubro 02, 2007

Sucessão Esperada

Zé Geraldo, atual presidente do PT-PA, não contará com a ajuda do Campo Majoritário para sua reeleição. Há forte inclinação do apoio da maior tendência interna do PT - Articulação Unidade na Luta - em apoiar o Dep. Estadual Carlos Bordalo, o qual comemora e agradece. A crise se desenrola desde a indicação do ex-dep. Estadual Mário Cardoso à candidato ao Governo do Estado. Articulada com Zé Geraldo, Ana Júlia obtém apoio em Brasília com o PMDB e através dos caciques do partido, consagra-se a candidata, contrariando a indicação estatutaria do PED que indicou democraticamente Mário Cardoso. Depois disso, Zé Geraldo foi diversas vezes reclamado por não assumir postura de um presidente partidário, nos momentos de composição do governo Ana Júlia, articulando em favor de sua tendência ao invés do partido como um todo. O resultado? É espera para ver e crêr !

quarta-feira, setembro 19, 2007

Chupa essa Manga e Comunica !

Há um contraditório grave entre a análise social, política, cultural e econômica e a proposta de política de comunicação do governo Ana Júlia, destaca-se: 1. Propõe democracia na comunicação, mas mantém distância do conjunto de recomendações e diretrizes apontadas pelo plano de governo, PTP e demais fóruns que discutem a Comunicação Social em nosso Estado. 2. Centraliza na coordenadoria de comunicação (futura secretaria de estado) com a justificativa de unidade, contigüidade e coerência, a política e o sistema de comunicação sem a devida participação popular e o controle social. 4. Prevê relacionar-se com a iniciativa privada (agências de publicidade, empresas de comunicação e produtoras) com mais controle estatal, mas sem o fomento às rádios e Tv´s comunitárias, produtores independentes, nem tão pouco aponta para absorver membros da sociedade civil organizada e/ou estudantes para discutem a comunicação no sistema integrado de comunicação do Pará.
Leia e opine: http://www.pa.gov.br/downloads/MANUAL_DE_PROCEDIMENTOS.pdf

Rangar no Hangar das Cidades.

Dias 20, 21 e 22 - Quinta, Sexta e Sábado - no Hangar, acontecerá a III Conferência das Cidades, momento ímpar para reunir gestores e sociedade civil para juntos construir a agenda do pretenso desenvolvimento equilabrado das cidades do Estado do Pará. Compareçam, a entrada é livre e a participação de cidadãos e cidadãs fortalece uma nova cultura participativa no desenvolvimento de políticias públicas essências ao povo de nosso Estado. Transmissão ON LINE e outras informações: http://www.conferenciadascidades.pa.gov.br/

sábado, setembro 08, 2007

O VICE-GOVERNADOR DO ESTADO QUE FALA MUITO E MAL

De Lúcio Flávio Pinto

Quando candidato, o atual vice-governador Odair Corrêa não apareceu uma única vez nos programas da governadora Ana Júlia Carepa. Foi um dos mistérios da campanha eleitoral do ano passado. Mistério menor, ainda assim intrigante. Se não era usado na propaganda em busca de voto, era porque não somava? Quem sabe, podia até diminuir a votação da cabeça de chapa? Mas por que, então, foi escolhido como seu parceiro? Seria porque, sendo de outro partido, o PSB (já em trânsito para o PMDB), mas sendo também inócuo, não comprometeria a sempiterna estratégia do PT de não dividir o poder, mesmo quando em coligação compulsória, como a que foi obrigado a fazer em 2006?

Se foi por isso, Odair está começando a adquirir contornos inesperados, com elementos de Carlos Santos (em relação a Jader Barbalho) e Hélio Gueiros Júnior (diante de Almir Gabriel). Politicamente, ele sempre foi inexpressivo: sequer conseguiu se eleger vereador em Santarém, sua terra natal. Para tanto, não precisava nem ter mil votos, meta que sempre ficou à distância do seu cacife. Mas era um dos líderes da campanha pela criação do Estado do Tapajós (ou do Baixo-Amazonas), liderança que talvez se baseie na fragilidade desse movimento, e assim foi apresentado à aliança - e assim se apresenta agora.

Mas se vê que o vice-governador é um daqueles que empunhou a bandeira sem um conhecimento mais profundo quanto ao seu significado. Seu conhecimento é superficial, com fundamentação empírica, por intuição ou entusiasmo, não por reflexão adequada. Sem outras armas, ele se deixa levar pela onda da oportunidade, onda que o levou ao mais polêmico de seus movimentos: ir ao vizinho Amazonas defender a redivisão do Pará.

Se o comparecimento tivesse sido a um seminário ou a uma mesa-redonda, era uma coisa. Tratava-se, porém, de uma audiência pública. A designação procura dar a idéia de que o ato faz parte de procedimentos para o processo de retalhamento do Pará, como são as audiências públicas no rito do licenciamento ambiental. Não possuem apenas caráter acadêmico: têm intenção deliberativa. Visam conseqüências práticas, não só blá-blá-blá.

O vice-governador sustentou que o Amazonas se tornou lugar legítimo para audiência pública sobre a reconfiguração territorial do Pará porque já abriga um contingente demográfico representativo de pessoas originárias do que pode vir a ser o Estado do Tapajós. Numa entrevista a Mauro Bonna, no Diário do Pará, o vice disse que, "nos últimos anos, mais de meio milhão de paraenses da região Oeste e Baixo-Amazonas migraram para o Amazonas". Já para O Liberal ele declarou que "o número de paraenses, seus descendentes e familiares, já ultrapassou 300 mil na cidade de Manaus".

A imprecisão é grande, demasiada. Na primeira entrevista, fala "nos últimos anos", sem esclarecer quantos. Na outra declaração não há referência temporal. Na primeira, em dado período, que não especificou, mas tem duração restrita, a migração foi para todo Amazonas e somou 500 mil. Já na outra entrevista, a referência é a um saldo histórico acumulado, talvez desde quando moradores da parte ocidental do Pará começaram a se estabelecer do outro lado da divisa estadual, chegando a "apenas" 300 mil, mas só na capital amazonense.

Pode-se confiar nessas avaliações, exageradamente abstratas e imprecisas? Claro que não. Admitindo-as, entretanto, apenas para efeito de raciocínio, que significação tem essa grandeza populacional se esses paraenses não estão no Pará e, por conseqüência, não poderão votar no plebiscito, restrito aos residentes no Estado?

Aí está o grave da questão. O vice-governador pode ir ao Amazonas defender suas idéias separatistas (espera-se que não o faça com ônus para o erário paraense, por questão ética, moral e de coerência), mas não pode violar os compromissos legais a que está sujeito. E o que ele defendeu é ilegal.

Ele quer que a consulta sobre a criação do novo Estado se restrinja aos moradores dessa área que propõe emancipar. Já é manso e pacífico o entendimento de que o plebiscito se aplica a toda a área do Estado e não apenas ao pretendido território novo. Feita a consulta geral, o Senado decidirá sobre a mudança, submetendo a deliberação ao presidente da república, para confirmação ou veto.

A discrepância manifestada pelo vice representa, ela, sim, uma violação aos seus compromissos legais, não só como autoridade pública, que jurou cumprir e fazer cumprir a Constituição paraense (além da nacional), mas também como cidadão, que não pode ignorar a lei.

Se sua interpretação fosse legal e legítima, a que ela o conduziria a partir daí? A, como um Moisés mocorongo, trazer de volta ao Pará os 300 mil ou 500 mil paraenses que estão do outro lado do mar verde, para aqui votar no eventual plebiscito sobre a criação do novo Estado? Ou tentar fazer com que possam votar sobre o destino de um Estado, encontrando-se em outro? A primeira hipótese seria crime: transportar eleitor na véspera ou no dia da eleição. A outra, também: romperia o princípio federativo, que é cláusula pétrea na organização constitucional do Brasil.

O vice-governador Odair Corrêa é como aquelas pessoas pelas quais Cristo pediu a clemência compreensiva do Pai: não sabe o que diz.

quinta-feira, agosto 30, 2007

Assim M_Ana ...


O que se temia, aconteceu. A governadora Ana Júlia Carepa, de uma só canetada, definiu as entidades que "democraticamente" representarão a sociedade civil organizada no Planejamento Territorial Participativo.

Ao invés de dez, como haviam ventilado pelas principais Secretarias de Estado, apenas três foram convidadas sem nenhum processo eletivo como deveria ser: OAB, CUT e FIEPA.

Ontem, durante a apresentação dos membros do conselho, a DS - tendência interna do PT e de Ana Júlia, foi o grupo político que mais conselheiros somou no conselho estadual do PTP.
Logo atrás vem o PMDB que investiu pesado nos municípios e teve todos os interesses de Hélder Barbalho, bancados nas plenárias metropolitanas. Dudu com as vais recebidas na primeira fase do processo, resolveu negociar por cima e não investiu como o visinho de Ananindeua.

Na foto acima, o Secretário de Planejamento, Orçamento e Finanças, Sr. José Júlio, literalmente abre o bolso para aprovar o início das obras da Avenida Independência, no município de Ananindeua com recursos do PTP e não de onde ele pretendia que era esperar os recursos federais prometidos pelo governo federal para ajudar nas obras de infra-estrutura do Fórum Social Mundial.

Os movimentos sociais organizados, históricos como: Defensores dos direitos das crianças e adolescentes, direitos humanos, negros, religiosos, populares, comunitários, microempresários, economia solidária, cooperativas, Ong´s e demais representações da sociedade civil foram devidamente excluídos da estrutura do conselho que se pretende ser a representação da sociedade paraense.

Assim Ana Júlia e sua equipe de governo, implantam um projeto hegemônico que não abre espaço para quem tem projeto político definido. Fecha-se para dentro e impede aliados históricos de contribuir no planejamento de um novo Pará. Em contrapartida, fecha acordo com políticos de partidos que historicamente lhe fora hostis.

Como se não bastasse, não mostrou até agora como e onde, irá discutir o modelo de desenvolvimento do Estado, já que investimento em concreto e asfalto não basta para desenvolver um Estado e pouco, muito pouco, além disso, foi apontado como prioridade pelos prefeitos que deram o tom ao PTP da governadora do Pará.

Mas assim M_Ana...

terça-feira, agosto 28, 2007

Homor Negro na Imprensa Paraense

Publicado no Caderno D da última segunda-feira.



Pelo jeito que a imprensa brasileira anda sendo criticada, muitos da chamada "opinião pública" que nada mais passa de opinião dos donos dos meios de comunicação, estão por certo, desatentos demais para o ato de informar e transformam-se em verdadeiras quitandas de notícias, como um dia citou Lúcio Flávio Pinto em referência à instável posição da ORM frente à Vale do Rio Doce.




Com efeito é logo que encontrado por um dos herdeiros de Rômulo Maiorana, espancado por este e alguns capangas em um famoso e "chique" restaurante da cidade. Ninguém faz nada e o bravo jornalista fica cheio de ematomas em todo o corpo. Imprimia-se a verdadeira face dos que falam em liberdade de imprensa.




Agora com a disputa entre o Jornal O Liberal e o Diário do Pará pela liderança em número e qualidade, já que a peça publicitária que afirmava que O Liberal era o maior, foi alterada para o melhor jornal do norte-nordeste, pelo fato do CONAR ter intimado a Delta propaganda, agência publicitária responsável pela peça que circulou durante anos à fora, a retirar a falsidade do "ar".
A Mentira, atestada pelo IVC - Instituto de verificação de Circulação, tentou maquiar a farsa, que omitia a real situação de crise que o império ORM enfrenta.




Muitos são os pesadelos que os Maioranas enfrentam, um deles é que o investimento na ORM cabo, que custou alto às contas da empresa, foi um fracasso de empreendimento no Estado. Um segundo motivo se dá pela derrota do grupo político (PSDB/PFL) que mais pagou à indústria da notícia e durante 12 anos vendeu aos telespectadores, ouvintes e leitores, um Pará fictício. A mesma receita é seguida pela RBA, que faz de Ananindeua uma cidade modelo, mas basta uma visita a qualquer bairro, à esquerda da BR 316 para que se comprove a realidade: Inexistência de água tratada e encanada, lixões com crianças catadoras, lama onde o asfalto é raro, falta de médicos, entre outras mazelas, são a marca da atual gestão em Ananindeua.




Um outro motivo se dá pela anulação do convênio que garantia o verdadeiro mensalão, de mais de meio milhão de reais para a TV Liberal usar as torres da FUNTELPA, uma afronta ao bom-senso e ao dinheiro do povo-contribuinte.




E como desgraça quando chega vem acompanhada, o maior grupo empresarial do Pará, (Yamada), impõe uma "jejum" à ORM e não anuncia nada em seus meios de comunicação, em retaliação às regras impostas aos anunciantes e rechaçada pelo japoneses que mais vendem fiado no Pará.




Não sabemos até quando ambas as partes pedirá arrêgo, mas uma coisa é certa: 2007 foi o pior ano para os que não perdem a pompa e se dão o luxo de comprar uma rotativa deprimeira linha, que deu mais qualidade e velocidade na impressão do jornal, mas sucesso empresarial (e político) que é bom, neca!




Com a vitória de Ana Júlia a bajulação dispensada pelos maiores concorrentes da comunicação no Pará- RBA e ORM, fica uma pergunta no ar: Quem está de bom "homor" Jáder ou Rominho ?

Lúcio Flávio, o PMDB e o PT em Ananindeua


A provocação feita ao PT de Ananindeua pelo pequeno, porém realista artigo de Lúcio Flávio Pinto em seu jornal pessoal da 1ª quinzena deste mês, gerou desconforto entre militantes daquele município.


Antes, com a secretaria de cultura nas mãos de Luiz Freitas (PT), dizia-se que a aliança inédita nos municípios paraenses entre o partido de Jáder Barbalho e o dos trabalhadores já trazia diversas observações aos mais atentos, que víam alí apenas a consolidação de um acordo entre alguns dirigentes do PT de Ananindeua e o PMDB de Hélder e que em nada interferia na condução da política que era centralizada pelo principal herdeiro de Jáder. Agora com a consolidação de mais um novo espaço (secretaria de Agronegócio - Felipe Bastos) são três os espaços importantes (?) ocupados pelo PT - ou algumas lideranças, como queiram!

Lúcio Flávio só esqueceu de citar o espaço disponibilizado por Heldér ao ex-secretário da extinta secretaria de cultura e ex-candidato à prefeito pelo PT, Luiz Freitas.

Há luz nesse fim-de-túnel? Ou o PT consiguirá um dia eleger vereadores e oxalá um prefeito na segunda maior cidade do Estado?

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...