segunda-feira, maio 19, 2008

A Rapoza no Galinheiro


O ministro que tem nome de ministério anuncia de fora do Brasil que quer a Amazônia vigiada e controlada pelas forças armadas, principalmente o exército.

Vai ser um pandemônio se entre os milicos escalados pelo futuro ministro, estiver o famoso general Augusto Heleno, atual Comandante Militar da Amazônia.

Vamos conhecer um pouco de sua história com nosso amigo ambientalista e blogueiro Paulo Lucena que reproduziu o lúcido artigo sobre o militar "defensor" da amazônia de Laerte Braga.

Não se trata de imaginar que as tropas vão sair às ruas prendendo pessoas e depondo um governo legítimo como aconteceu em 1964, quando a direita das Forças Armadas esmagou a esquerda, tomou o poder e implantou uma ditadura sanguinária, montada na tortura, no assassinato de adversários e na absoluta subserviência aos interesses do grande empresariado nacional e internacional.


Foi esse grande empresariado, que financiou instrumentos de repressão como a OPERAÇÃO BANDEIRANTES (OBAN) e a construção do famigerado DOI/CODI que juntou todos os setores e grupos dos chamados serviços sujos da ditadura e acabou desembocando na Operação Condor, uma espécie de holding do terror em toda a América do Sul.


Líderes nacionais que se opunham às ditaduras em seus países foram assassinados no curso da Operação, criada para esse fim. Foi um desses crimes, o que matou Orlando Letelier, ex-chanceler do governo Allende assassinado em New York por agentes da DINA (Polícia Secreta chilena) que começou a levantar o véu do terror implantado nesta parte do mundo pelos militares. Até hoje não se pode afirmar com convicção que lideranças brasileiras como Juscelino e Jango não tenham sido mortos em operações dentro desse quadro.


Esse tipo de prática retornou com toda a força no governo do terrorista norte-americano George Bush. Uma lei especial autoriza o governo dos Estados Unidos através dos chamados órgãos de segurança, a prender, manter incomunicável e a torturar em benefício da segurança do país, homens e mulheres em qualquer parte do mundo. Agentes da CIA (o serviço secreto dos EUA) respondem a processos por crimes de seqüestro em países europeus como a Alemanha e a Itália.


Campos de concentração foram espalhados pelo mundo e o exemplo de uma das prisões no Iraque, onde presos muçulmanos eram submetidos a toda a sorte de humilhações chocou o mundo não faz muito tempo.


Guantánamo é um exemplo. Uma parte ocupada do território de Cuba, onde os EUA guardam prisioneiros que consideram suspeitos de ações contrárias ao país ou países que ofereçam riscos, na ótica deles, aos seus interesses.


O fim da União Soviética não significou o fim do pesadelo militarista e armamentista. Os EUA continuam a desenvolver tecnologias de armas de destruição em massa, construíram um escudo de proteção antimísseis e ocupam através de bases ou invasões militares (Iraque, Afeganistão) todos os espaços possíveis e considerados necessários para a consolidação do império terrorista de Washington.


O maior campo de provas desse terror hoje é o Oriente Médio e o braço terrorista norte-americano ali é o Estado de Israel, um enclave do IV Reich. As humilhações, a violência, a barbárie semelhante à dos campos de concentração da IIª Grande Guerra que são impostas aos palestinos não encontram paralelo na história a não ser na horda de bárbaros que se desenrola ao longo do processo dito civilizatório, passar por Hitler e encontra seu ápice no terror do período Bush.


A América do Sul é um dos alvos primordiais do terrorismo norte-americano neste momento. As sucessivas derrotas eleitorais em quase todos os países dessa parte do mundo e as profundas mudanças propostas por governos como os de Chávez (Venezuela), Evo Morales (Bolívia) e Rafael Corrêa (Equador) e agora a vitória do ex-bispo Fernando Lugo no Paraguai, até então uma grande fazenda norte-americana e brasileira por conta da corrupção dos governos do partido Colorado, acenderam a luz vermelha em Washington.


A rigor os norte-americanos dispõem de duas bases (colônias) na América do Sul. O governo do narcotraficante Álvaro Uribe e o de Alan Garcia, no Peru.


Países como o Brasil e a Argentina, os dois maiores da região, têm governos independentes e o Chile alinha-se no geral com posturas de integração sul americana, ao contrário da proposta norte-americana (ALCA) de integração de todas as Américas na visão de Washington. Os ESTADOS UNIDOS e um monte de protetorados.


À semelhança com o que acontece hoje ao México, um depósito de lixo dos norte-americanos. Na América Central a presença de Daniel Ortega na Nicarágua e a transição cubana para Raul Castro mantêm a perspectiva de luta popular nos outros países. O Haiti hoje é um país ocupado militarmente pelos EUA que contam com apoio da polícia brasileira que alguns insistentes teimam chamar de forças armadas.

O recente ato de rebeldia e insubordinação do general Augusto Heleno, transformado em comandante militar dos EUA na Amazônia mostra que a estratégia dos EUA passa por acentuar o processo de cooptação de militares dos países alvos, sempre ligando a seta para um lado (nacionalismo, soberania nacional, integridade do território nacional e depois entrega absoluta).



Foi assim no Iraque, foi assim quando atacaram o acampamento do chanceler Raul Reyes (das FARCS-EP) no Equador. A guarda republicana de Saddam e os principais generais do exército terminaram cooptados e hoje ocupam postos chaves no governo daquele país, como o exército equatoriano omitiu-se no ataque terrorista contra o país a partir da Colômbia.


No caso específico do Brasil a preocupação dos EUA se volta para as eleições de 2010, pelo menos até o momento existe a necessidade de manter o modelo de farsa democrática (“o direito do oprimido escolher o opressor”) e a tranqüilidade só não é total pelo risco de um terceiro mandato para Lula desejado hoje pela maioria dos brasileiros (sem juízo de mérito).


Qualquer um dos pré-candidatos até agora citados, exceto a ministra Dilma Roussef, que venha a ser eleito é parte do esquema norte-americano, sobretudo o paulista José Serra.

quinta-feira, maio 15, 2008

Movimento GLBT exige retratação de vereadores

Lideranças do Movimento GLBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais) entregarão amanhã, dia 15, as 10h00, na Câmara Municipal de Belém, um manifesto repudiando a atitude dos vereadores Paulo Queiroz (PSDB), Paulo Mardock (PMDB) e Raul Batista (PRB) da bancada evangélica que usaram termos homofóbicos durante sessão da câmara que aprovou por 12 votos a 7 uma sessão especial pelo Dia Municipal do Orgulho e da Consciência Gay.

De acordo com Roberto Paes, coordenador do Movimento GLBT, a comunidade homossexual exige retratação pelo discurso dos vereadores que utilizaram termos preconceituosos. "As entidades do movimento GLBT do Pará consideram inaceitável a postura dos vereadores e pretendem tomar uma série de medidas denunciando a homofobia e pedindo providências aos órgãos competentes. Para o movimento, a atitude foi extremamente preconceituosa, divulgando conceitos arcaicos, que incitam à discriminação. A homossexualidade não é distúrbio nem doença, segundo a Organização Mundial de Saúde e o Conselho Federal de Psicologia. Além disso, a Constituição Brasileira proíbe qualquer tipo de discriminação", explicou Roberto.

O Dia Municipal de Orgulho e da Consciência Gay foi criado pela Câmara Municipal de Belém e sancionado pelo então prefeito Edmilson Rodrigues em 1998.

Este ano, a sessão na Câmara que celebra a data será realizada no dia 26 de junho, a partir das 9 horas.

Polêmica

O fato que gerou polêmica ocorreu durante a sessão desta segunda-feira, 12, quando, apesar de aprovada a proposta do presidente da Casa, vereador Zeca Pirão (PP), de uma sessão especial pelo Dia Municipal de Orgulho e da Consciência Gay, recebeu muitas críticas da bancada evangélica.

O primeiro a falar de forma homofóbica foi o vereador Everaldo Moreira (PRTB). O parlamentar disse que votaria em favor da sessão, mas pediu que o autor retirasse do título da sessão a palavra orgulho alegado que "nenhum pai e nenhuma mãe tem orgulho de ter um filho gay", justificou.

O vereador Paulo Queiroz (PSDB) declarou que "Deus não criou o terceiro sexo (...) não se trata de discriminação, mas não façamos apologia desse tipo de comportamento nocivo à família", defendeu.

Paulo Mardock (PMDB) citou um trecho da Bíblia que, segundo ele, diz que "ficarão de fora os afeminados" e afirmou que não poderia contrariar a palavra de Deus. "Deus ama o efeminado, mas não ama o pecado e a promiscuidade que há nele", disse.

Estado Laico

De acordo com Roberto Paes o Movimento GLBT defende a existência de um Estado Laico onde as convicções religiosas devem ser encaradas como de caráter pessoal, de foro íntimo, e não podem influenciar na elaboração de políticas de governo, muito menos servir de anteparo para discriminar quem quer que seja. "O espaço público pertence a todos. Nenhum cidadão ou grupo de cidadãos deve impor as suas convicções aos outros. Garantir o Estado Laico não significa dizer que somos contra as religiões - que devem ter garantidos seus espaços de expressão. O que o Estado Laico deve se opor é quando as religiões preconizam discriminação ou tentam apropriar-se da totalidade ou de uma parte do espaço público, por isso vamos atrás dos nossos direitos exigir que os vereadores se retratem.

Voto Gay

Segundo Marcelo Carvalho, coordenador de comunicação do Movimento GLBT, este ano a Parada do Orgulho GLBT que correrá em agosto, terá como tema o voto. "Foi ótimo esse fato ter ocorrido agora pois durante o nosso evento que comporta mais de 400 mil pessoas iremos denunciar qualquer parlamentar que haja de forma homofóbica, vamos citar os nomes dos preconceituosos", denunciou.

Ainda de acordo com Marcelo Carvalho, na sexta-feira, dia 16 o movimento GLBT realizará, na Casa da Linguagem, uma programação em homenagem ao Dia Mundial de Luta contra Homofobia. "Estaremos reunidos e com certeza vamos rechaçar atitudes como estas dos vereadores homofóbicos e preconceituosos que querem impor sua opinião e ir contra nossa luta por respeito", afirmou.

Fonte: ASCOM - Assessoria de Comunicação do Movimento GLBT do Pará.

Daí que vem o ditado

Com a idéia de amenizar os danos causados à história de luta e defesa dos trabalhadores e a contradição do governo, o PT reunir-se-á com @s professoras e professores filiados/militantes do PT e do Sintepp para discutir entre outras pautas: a greve, a crise causada pela repressão da PM, no dia 09 de Maio, quando o movimento grevista fazia um ato de protesto em frente à casa civil da governadoria e a ação judicial que declarou ilegal e abusiva a greve que iniciou dia 24 de Abril e promete se estender, mesmo com a decisão da liminar da justiça.
"Os crocodilos derramam lágrimas quando devoram suas vítimas. Eis aí sua sabedoria" Francis Bacon.

quarta-feira, maio 14, 2008

Contra

“É a salvação da Amazônia. Ela engessou a economia, a serviço de organismos internacionais, com a criação de tribunais de exceção”.
Carlos Xavier, presidente da Federação da Agricultura, ironizando com alegria a renúncia de Marina Silva do Ministério do Meio Ambiente, onde enfrentou bravamente a gula predadora e inconsequente do agrobussiness, da exploração madereira e da apecuária.

terça-feira, maio 13, 2008

Abismo

As coisas estão realmente devagar quase parando na ação política do governo do Estado. Tanto reboliço na escolha de Belém como sede do Fórum Social Mundial, o que se repetiu a candidatura de Belém quando recebeu Ricardo Teixeira e a partir daí deu esperanças de Belém sediar a copa de 2014, mas ação que é bom, bulufas. De lá prá cá, quase nada foi encaminhado para que isso se torne realidade. Do discurso da governadora à ação governamental, abre-se cada vez mais um abismo que encabula mesmo os mais próximos que não entendem tanta gente mandando, tanta falta de sintonia e contradição neste governo de coalizão.

segunda-feira, maio 12, 2008

Ademir ganha a disputa pelo comando estadual do PSB

Do Blog Espaço Aberto, confirmando a vã ilusão de queda do cacique do PSB no Pará, como foi previsto pelas Falas em contraposição ao otimismo oposicionista por lá.
A oposição tentou, tentou e bem que tentou, mas o comando estadual do Partido Socialista Brasileiro (PSB) no Pará continua nas mãos do ex-senador Ademir Andrade. No Congresso Estadual do partido, realizado das 8h até por volta das 18h deste sábado (10), na Câmara Municipal de Belém, a chapa “Coragem”, liderada por Ademir, levou os votos de 164 dos 229 delegados municipais aptos a votar. Os restantes 65 votos foram dados às duas chapas de oposição, a “Miguel Arraes”, liderada pela ex-prefeita de Abaetetuba, Antônia Botelho, e a “Unidade Socialista”, do grupo do advogado e militante do partido Nelson Marzullo.

Com a vitória, é praticamente certo que Ademir Andrade, até agora o presidente da Comissão Provisória do PSB no Estado, também será confirmado como o presidente da Executiva Regional do partido. Mas a definição dos nomes que vão compor a Executiva só ocorrerá na próxima terça-feira, às 18h, em local que a direção estadual da legenda ainda não definiu.

A eleição foi tensa do princípio ao fim, segundo apurou o Espaço Aberto ainda há pouco. Entre delegados municipais, militantes e filiados ao PSB havia cerca de 600 pessoas do lado de dentro e de fora do plenário da Câmara, onde se processou a votação. Bate-boca, acusações e até troca de empurrões entre os simpatizantes das três chapas tornaram o ambiente carregado em vários momentos.

No início da votação, Nelson Marzullo, um dos mais ácidos críticos de Ademir – a quem acusa de dirigir o partido como se fosse uma empresa e uma extensão de sua família e de seus interesses diretos –, anunciou que retirava da disputa sua chapa “Unidade Socialista” em favor da chapa “Miguel Arraes”, de Antônia Botelho, que contou com o apoio de Maria Aparecida Barros Cavalcante, recentemente exonerada da Secretaria de Estado de Administração. A exoneração fez parte da estratégia da governadora Ana Júlia para atrair de volta à base aliada o PSB, que chegou a romper com o governo do Estado no início de março passado, conforme anunciou da tribuna o deputado Cássio Andrade.

Mas nem a estratégia de Marzullo foi suficiente para evitar a vitória estrondosa de Ademir no Congresso Estadual. Uma vitória que, aliás, já vinha se prenunciando desde dezembro do ano passado, quando começaram os congressos de PSB em cerca de 130 dos 143 municípios do Pará. Desse total, chapas compostas por militantes que seguem a liderança de Ademir Andrade foram eleitas em nada menos do que cerca de 80 municípios.

Quando é de Um Mostra-se, Dos Outros Esconde-se !


A dita imparcialidade dos meios de comunicação caem dia-após-dia diante da flagante opção feita pelos grandes veículos, principalmente os jornalões de nosso país.

Ao lado um belo exemplo, destacado por nosso amigo blogueiro e carioca Mello.

Esta é mais uma para aqueles que ainda acham que a “grande imprensa” não manipula a informação com o objetivo de atacar o governo e o PT e defender a aliança demo-tucana.

Reparem estas duas chamadas de O Globo hoje, reproduzidas aqui ao lado. A primeira informa que um petista teria liberado um contrato. A segunda, que a PF teria encontrado material para fabricação de bomba na fazenda de um arrozeiro.

Por que é informado o partido a que pertence o funcionário do BNDES e não se informa ao leitor que o tal arrozeiro é também o prefeito da cidade de Pacaraima e pertence ao DEM, portanto, é demo? E que o estado onde todo esse tumulto está ocorrendo é governado por um tucano, José de Anchieta Júnior?

Caso de Abaetetuba: Ainda Em Aberto

Lúcio Flávio Pinto - Editor do Jornal Pessoal e articulista de O Estado do Tapajós
No dia 20 a Comissão Parlamentar de Inquérito instalada na Câmara Federal para investigar o sistema carcerário brasileiro deverá apresentar seu relatório final sobre o caso da adolescente presa na delegacia de polícia de Abaetetuba junto com 20 homens. Durante 24 dias a menor sofreu violências, inclusive estupro. A CPI acusará a então juíza da 3ª vara criminal do município, Clarice Maria de Andrade, de ter sido negligente e assim contribuído para a longa permanência, ilegal, da menor na cela. A maior prova contra a juíza serão os depoimentos do diretor e da secretária da vara. Em depoimento à CPI, em Brasília, Graciliano Mota e Ana Maria Rodrigues disseram que adulteraram a data e o conteúdo de um ofício à corregedoria de justiça do interior para esconder a demora da juíza no atendimento a um pedido de transferência da presa para a penitenciária feminina, em Belém. Réus confessos, os dois serventuários garantem que foram induzidos à fraude pela própria juíza. A magistrada se considera vítima de uma conspiração armada contra si pelos dois funcionários da vara, ambos concursados e em atividade há muitos anos. Ela diz que Graciliano inventou a história, com a cumplicidade de Ana Maria, para se vingar da escuta telefônica montada contra ele pela Polícia Federal, com autorização da juíza. Graciliano foi apontado como suspeito de vinculação a uma quadrilha de tráfico de drogas em Abaetetuba. A escuta não resultou em nenhuma prova contra o diretor de secretaria, mas a juíza assegura que isso só aconteceu porque Graciliano foi alertado sobre o “grampo” e pôde evitar se comprometer. As versões são conflitantes, mas poderiam ser esclarecidas de imediato se o Tribunal de Justiça do Estado não tivesse decidido rejeitar o pedido de inquérito da corregedoria. Diretamente interessada, a juíza podia ter concordado com o procedimento disciplinar-administrativo. Confirmada a sua reconstituição dos fatos, ela se veria livre de qualquer processo e poderia proclamar sua inocência. Numa situação parecida, em outra instância judicial, ela está exercendo o seu direito de defesa. É na justiça do trabalho, onde tramita contra ela, desde o ano passado, reclamação proposta por Orinéia dos Santos Brito. Orinéia cobra direitos não pagos pela juíza, em cuja residência trabalhou como empregada doméstica. Clarice Maria de Andrade foi condenada em primeira instância a pagar 1,1 mil reais a título de aviso prévio, 13º salário, férias e saldo de salário. O elemento decisivo para a sentença condenatória foi o depoimento da reclamante, que disse ter assinado um recibo em branco e ter recebido apenas 100 réis e não um salário mínimo, como constou no documento. O valor teria sido preenchido posteriormente, sem seu conhecimento. Na sua decisão, a juíza trabalhista admite que “a relação de trabalho doméstico goza de uma certa informalidade, porém tal característica não pode dar azo a fraudes”, cuja prova “se faz por todos os meios admitidos em direito, notadamente por indícios, conjecturas e presunções (simples)”. Considerou-se convencida de que no caso “estão presentes indícios de fraude no preenchimento do recibo, valendo a velha máxima a apregoar que ‘quem paga mal, paga duas vezes’”. A juíza Maria Clarice não foi à audiência de conciliação e julgamento na 8ª vara do trabalho, sendo representada pelo marido, que funcionou como preposto. Não concordando com a sentença, recorreu, mas seu recurso não foi aceito porque ela deixou de recolher R$ 62,88, valor da contribuição previdenciária patronal, e por isso a causa foi considerada deserta. Mas ela se insurgiu novamente, através de agravo, para destrancar o recurso ordinário. Sua principal alegação é de que o valor pendente é ínfimo quando comparado com o depósito judicial, que já fez, para garantir os direitos em causa, não permitindo assim a declaração da deserção, e que a reclamante não apresentou prova material do que alegou, nem contraprova em relação à defesa feita. Ao acolher a reclamação nessas condições, a juíza trabalhista teria invertido o ônus da prova. O processo ainda prosseguirá até decisão final. Por analogia, a juíza Maria Clarice devia rever sua posição no outro processo, no qual também é acusada, o da menor presa em Abaetetuba, para que as provas sejam finalmente produzidas em torno da questão, afastando-se as dúvidas e suspeições que ainda persistem. Se a justiça paraense não fizer essa revisão espontaneamente, terá que fazê-lo por pressão externa, tanto do Conselho Nacional de Justiça quanto da CPI da Câmara Federal. Por motivos mais do que fundamentados.

domingo, maio 11, 2008

O Dossiê e o Exercício da Lógica

Depois de ler em alguns blogs a reprodução de versões plantadas pelos interesses da grande mídia e dos partidos da oposição ao governo Lula, resolvi trazer a contribuição para o debate com o artigo abaixo, extraído do blog do Jornalista Luís Nassif.

Deixe-me explicar a lógica que me leva a acreditar em armação, no caso do suposto "dossiê". Sei que, hoje em dia, é trabalho quase impossível tentar conduzir uma discussão pelos caminhos da lógica.

A lógica pressupõe uma certa hierarquia de argumentos, a identificação dos aspectos mais relevantes, para se entender uma situação, a análise da consistência das evidências. No vale-tudo atual, para embolar a discussão basta priorizar temas secundários ou avançar em suposições sobre intenções de pessoas, sem a preocupação de se basear em evidências. Vira sessão espírita.

Mesmo assim, vamos tentar, desdobrando o assunto por etapas, separando informações objetivas de hipóteses. E, no caso das hipóteses, buscar respaldo nas evidências apresentadas até agora.

Há uma informação objetiva duas hipóteses em jogo.

A informação: dados estavam sendo organizados na Casa Civil, sobre gastos de governo anteriores.

Hipótese 1: A intenção, segundo a Casa Civil, seria se preparar para futuros pedidos da CPI dos Cartões. Teria havido um vazamento dos dados para a oposição, dando margem à exploração política. É possível. Por aí, não se pode falar em dossiê.

Hipótese 2. A oposição sustenta que os dados foram organizados para pressionar os senadores da oposição a desistirem da CPI dos Cartões. É possível também. E aí se caracterizaria o dossiê.

As evidências: O que desempata o jogo é a prova do pudim, a busca de evidências. O que se tem:

1. Não apareceu até agora (se aparecer, muda a história, mas não apareceu) nenhum parlamentar que tenha informado ter sido pressionado pelo governo a desistir da CPI do Cartão Corporativo com base no tal dossiê. Se existem, que apareçam.

2. O único senador que tomou contato com o tal dossiê – pelo que se sabe até agora – foi Álvaro Dias. E os dados vieram através da iniciativa de um funcionário da Casa Civil que tinha relações pessoais com seu assessor.

3. O alvo a ser atingido era a Ministra-Chefe da Casa Civil, não Fernando Henrique Cardoso.

Qualquer análise séria tem que se basear nesses dados até que surjam outros dados ou evidências que

permitam outras hipóteses.

Com base nessas evidências, são duas as novas hipóteses a serem investigadas:

1. O funcionário estava a serviço do José Dirceu para queimar a Dilma.

2. O funcionário estava a serviço da oposição para queimar a Dilma.

Em qualquer hipótese, só existe uma certeza: o Senador Álvaro Dias atuou como cúmplice. Junto com ele, as publicações que endossaram a tese do "dossiê" sem dispor de nenhuma – repito: nenhuma! – evidência que pudesse corroborar sua tese.

Sabendo-se que José Dirceu é alvo preferencial da "Veja", indaga-se:

• por que a revista, tendo acesso ao Álvaro Dias, podendo checar as suas fontes, não explorou antes a possibilidade Dirceu?

• por que Álvaro Dias daria entrevistas defendendo o funcionário da Casa Civil, se ele estivesse a mando de Dirceu?

• por que FHC daria entrevistas tratando essa busca do autor do vazamento como "factóide" se pudesse, através dele, chegar a um dos lideres do PT?

A Situação do PT durante o PED

Pobre Desavisado


Ei Gil...não tinhas outro capacete para usar, companheiro?

Não conheces o prefeito desta cidade?

Do jeito que esse rapaz é, é muito provável que tua imagem apareça pelos outdoors da cidade como os dizeres: Ministro Apóia Duciomar

Exemplos disso não faltam por essa bandas!

sábado, maio 10, 2008

Cidadanias Distintas

Membros do Peta fazem protesto contra exportação de animais na Austrália

A consolidação de direitos sociais, políticos, econômicos e culturais, garantem aos cidadãos do chamado primeiro mundo a preocupação com temas diversos, diferente dos desafios que temos por aqui.

Habitação, Reforma Agrária, Saneamento, Saúde e Educação Pública, entre outras áreas ainda não universalizadas como direito básico da população brasileira, nos fazem achar exagerados e superflúos os protesto como o acima realizado pela ONG PETA.

Fala Crítica

"As câmaras de gestão são uma quimera e as políticas públicas mudancistas, no que é estruturante e essencial, já estão no nível do “só acredito vendo”. Com certeza essa esterilidade em matéria de capacidade de gestão não é da governadora e sim de quem ela responsabilizou realizar a tarefa. Parcos projetos mais visíveis dos quais a SEGOV se encarrega possuem uma concepção ineficaz ao foco que pretendem, como o ProCampo, ou estão no limiar do fracasso retumbante, como o FSM 2009, cuja infra-estrutura para a realização ainda está no entusiasmo e a equipe responsável está longe de ter sequer uma estabilidade ou acertar o passo."
Leopoldo Vieira, em seu blog, o ex-nobre do Castelo de Greiscow, destila sua versão sobre quem é o He-man do governo.

A Fala da Vereadora

"Fomos nós, governadora, que enfrentamos a ditadura militar e conquistamos a democracia. Fomos nós que conquistamos, na luta, o direito de nos expressarmos e de nos constituirmos como cidadãos. Não será uma filha bastarda da luta que nos impedirá de trilhar o caminho da vitória"
Vereadora Marinor Brito em sua página na Internet (e no seu blog também), retaliando a governadora pela repressão da PM, que sob ordens expressas do chefe da casa civil desobstruiu a entrada do orgão e o tráfego na Av. Augusto Montenegro,durante a manifestação, protagonizada por servidores da educação em greve, uns ligado ao PSOl outros não. O horripilante spray de pimenta e as terríveis bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo não faltaram por lá.

Protesto Virtual

Da Folha de São Paulo

Piratas virtuais invadiram o site do Senado mexicano (www.senado.gob.mx) e publicaram a foto da personagem Chiquinha, da série "Chaves", criada pelo comediante mexicano Roberto Gómez Bolaños.

Os piratas virtuais se manifestaram contra a privatização do transporte público em Santiago do Chile e demonstrando apoio aos agricultores de soja da Argentina, que repudiam um aumento de impostos sobre a exportação dos grãos.

O grupo também critica projeto do presidente mexicano, Felipe Calderón, de permitir a entrada do setor privado no setor energético. Leia mais

As Falas da Reputação

Do Portal Cultura
Reputação, 104.7. Assim vai ao ar a rádio comunitária do Grupo de Mulheres Prostitutas do Pará (Gempac). As prostitutas, filhos e filhas delas, amigas, amigos e jovens do projeto Atelier da Vida, desenvolvido pela entidade desde 2000, estão aprendendo a operar, produzir e comandar programas na oficina de Rádio Comunitário, realizada pela Secretaria de Estado de Comunicação, do governo do Estado, na sede do Gempac, no bairro da Campina, em Belém.
Leia mais sobre esta emblemática ação da SECOM.

Paz com Voz

O Encontro Estadual do PSB trará mais água pra debaixo da ponte que liga o partido ao governo. Recém vitorioso da queda de braço com opositores internos, Ademir Andrade pode ver seu indicado para a SEAD, cair junto com seu mandato de mais de 25 anos à frente do partido. Será mesmo? Abaixo uma matéria reproduzida do Diário do Pará no Portal Cultura, elucida o ocorrido entre as partes do PSB e o governo:
O advogado Nélson Marzullo, que concorre com uma chapa à direção estadual do PSB, disse ter reunido na última quarta-feira com Maria Aparecida para discutir a questão. “O Cláudio Puty está tentando conquistar deputados para a base aliada e, ao mesmo tempo, interferindo internamente em questões partidárias do PSB. É uma recomposição burra, já que conquista votos na AL, mas perde com a imensa maioria dos militantes do PSB que repudia o que Ademir Andrade representa. O governo cedeu à chantagem”, critica. Segundo ele, o ex-senador Ademir Andrade e o deputado Cássio Andrade querem apenas cargos e não ajudar o governo. “A governadora cometeu um imenso equívoco e colocou a raposa no galinheiro”, salienta Marzullo. A Camara Municipal de Belém será o palco desta, que promete ser a briga no mês, já se preparou para eventuais conflitos físicos. Colocou câmeras e a guarda municipal de prontidão. Orlando Bordalo, atual presidente estadual do PSB foi o indicado por Ademir Andrade para substituir Maria Aparecida na SEAD, cota do partido no "acordo" com o governo. As previsões não lhe são favoráveis: A maioria dos militantes em Belém e Ananindeua, acenam para uma mudança no comando da legenda. O Blog espera não ter que divulgar tristes relatos sobre o encontro e deseja paz à todos os militantes e dirigentes do PSB. Paz com Voz, pois sem Voz, não é Paz é Medo! Como diz a música do Rappa.

Brasil em Alta

A edição deste sábado do jornal britânico "The Guardian" dedica uma página inteira ao "país do futuro", o Brasil, explicando por que muitos acreditam que finalmente "o gigante adormecido da América do Sul" está acordando.
Leia mais na Folha

Poliça Para Quem Precisa

A presidente estadual do PSOL, Araceli Lemos, divulgou nota em que repudia a repressão policial à manifestação dos professores, ocorrida na manhã desta sexta-feira, em Belém. Segundo informações do comando de greve, sete pessoas ficaram feridas e nenhum acordo foi feito. Eles chegaram a bloquear a Rodovia Augusto Montenegro, em frente ao Palácio dos Despachos, como parte da programação do movimento. Na nota, o PSOL “exige da governadora Ana Julia o imediato abandono da postura repressiva, autoritária e truculenta, que tem servido para expor a abissal distância entre seu discurso e sua prática cotidiana.” É a seguinte, na íntegra, a nota da Executiva Estadual do PSOL:
---------------------------- 1. O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), no Pará, manifesta seu mais veemente repúdio à repressão policial que se abateu na manhã de hoje, 9, sobre uma manifestação pacífica de centenas de professores e servidores da rede estadual de ensino, em greve há 17 dias por reajuste salarial e por efetivas melhorias na caótica situação da educação pública paraense. 2. Sob ordens diretas da Casa Civil da governadora, a tropa de choque da PM investiu com extrema violência contra os servidores que interditavam naquele momento a rodovia Augusto Montenegro, em frente ao Palácio dos Despachos, em Belém, exigindo que as negociações com as autoridades do governo fossem retomadas. Ao invés de abrir negociação com os manifestantes e respeitar o direito constitucional de greve dos servidores públicos, a governadora Ana Julia (PT) preferiu trilhar o caminho do ataque frontal a uma categoria que nas últimas três décadas forjou a mais importante e representativa entidade sindical dos servidores públicos, o Sintepp. 3. Este fato ficou evidenciado não somente das cenas de truculência da PM espancando educadores em plena via pública, como já se manifestara desde a última quarta-feira quando o governo do Estado ingressou com uma ação na Justiça para tentar colocar a greve na ilegalidade e forçar o retorno ao trabalho, sob pena de pagamento diário de uma absurda multa de R$ 100 mil. 4. O PSOL expressa sua integral solidariedade aos trabalhadores em educação, pois reconhece como legítimas suas reivindicações. E, nesta oportunidade, exige da governadora Ana Julia o imediato abandono da postura repressiva, autoritária e truculenta, que tem servido para expor a abissal distância entre seu discurso e sua prática cotidiana. O único caminho para superar o atual impasse é o retorno do governo à mesa de negociação, no contexto do absoluto respeito ao direito constitucional de greve e à liberdade e autonomia sindical. Belém, 09 de maio de 2008 Araceli Lemos Presidente do PSOL - Pará

sexta-feira, maio 09, 2008

Casaca?

Do Repórter Diário
Convertido
Antes um ferrenho defensor da criação do Estado do Tapajós, o vice-governador Odair Corrêa (PDT) abandonou publicamente as antigas convicções políticas separatistas que faziam dele um peixe fora d’água no governo. Emocionado com tantos DAS espremidos no Hangar, Corrêa exortou o funcionalismo público ao engajamento pela integração do território paraense. Elogiou, à larga, investimentos que, segundo diz, o governo tem feito na região oeste do Estado, beneficiando especialmente Santarém, terra natal dele.

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...