sexta-feira, junho 12, 2009

Aplausos aos Fatos & Dados

Há jornalistas e seus "donos" se remoendo até agora com a criação do blog da Petrobras, que com apenas 10 dias de vida, publica, rebate e esclarece as matérias divulgadas na "grande" imprensa sobre a empresa.
Atacada pela eminência de uma CPI plantada pelo PSDB, a Petrobras, teve a sacada de utilizar-se dos recursos do blog e o Fatos & Dados já é tido como uma verdadeira revolução na comunicação institucional brasileira.
A imprensa tupiniquim, acustumada a falar o que bem entende, editar notas oficiais dos orgãos e publicar o que lhe interessa - ou o que interessa aos seus clientes -, desta vez vê suas entranhas colocadas na prateleira da internet. O cheiro é insuportável!
Aos jornalistas que atacaram a idéia uma coisa é certa: Lá adiante se não estiverem na contra-mão do que hoje afirmam ser anti-ético, intimidador, estão ao certo fadados ao anonimato e ao fracasso profissional.
Aos criadores do blog, de pé meus parabéns!

Pronto para avançar

Entre os últimos países do mundo a cair em recessão devido à crise econômica global em curso, o Brasil pode estar entre os primeiros a sair dela, segundo reportagem na versão eletrônica da revista britânica "The Economist".

Na reportagem, intitulada "Ready to Roll Again" ("Pronta para Rodar de Novo", em tradução livre), a "Economist" diz que uma série de indicadores, do valor do mercado acionário à criação de crédito, já estão quase onde estavam antes da quebra do banco americano Lehman Brothers, em setembro do ano passado, que agravou a crise financeira e acabou por afetar a economia mundial como um todo.
A revista ainda destaca o corte feito pelo Banco Central na taxa Selic, feito ontem, para 9,25% ao ano --"a primeira vez que a taxa fica em um dígito desde os anos 60"--, a queda de apenas 0,8% noPIB (Produto Interno Bruto) brasileiro no primeiro trimestre deste ano na comparação com o último de 2008.
Na comparação com o primeiro trimestre de 2008, por sua vez, o PIB brasileiro teve retração de 1,8%, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgados nesta terça-feira (9). Trata-se da segunda taxa negativa consecutiva do PIB (Produto Interno Bruto) nessa comparação --houve queda de 3,6% no quarto trimestre--, o que configura um quadro de recessão técnica, a primeira desde 2003.
A queda de 1,8% em relação ao primeiro trimestre de 2008 é a mais forte desde o quarto trimestre de 1998, quando a retração foi de 1,9%. Apesar da esperada queda, a retração é menor que a esperada pelo mercado e economistas ouvidos pela Folha Online.
"Muitos analistas acreditam que o Brasil está começando agora a crescer de novo, e vai voltar a um crescimento anual de 3,5% a 4% no próximo ano. Se for assim, isso significará que o país escapou [da crise] após uma breve recessão", diz o texto.
A reportagem, no entanto, destaca alguns problemas "familiares", como a valorização do real frente ao dólar. "Para os exportadores o câmbio está mais uma vez dolorosamente forte, como antes de setembro", diz o texto.
Próximo trimestre
O economista espanhol Ricardo Lago, que já fez parte do alto escalão do Banco Mundial e do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), disse hoje em Miami que o Brasil sairá da crise econômica no terceiro trimestre de 2009 como consequência da recuperação dos países asiáticos.
Ele destacou, durante palestra em Miami para investidores americanos e latino-americanos, que os primeiros sinais de recuperação já são reais em países como China, Índia, Coreia do Sul e Cingapura, entre outros, e que Peru, Chile e Colômbia também devem deixar a crise junto com o Brasil.
Fonte: Folha UOL

quinta-feira, junho 11, 2009

LGBT do PT

PT realiza plenária LGBT às vésperas da Parada de SP
O Partido dos Trabalhadores (PT) vai aproveitar a movimentação do 13º Mês do Orgulho LGBT de São Paulo para realizar na próxima sexta-feira, 12, a partir das 9h, sua VII Plenária Nacional LGBT. O evento será realizado na sede nacional do PT, que fica na Rua Silveira Martins, 132 – centro, próximo ao metrô Sé. Na pauta de discussões, temas como a conjuntura nacional, a relação governo Lula e LGBT e PT e LGBT. O evento servirá ainda para realizar novas filiações à sigla e vai apresentar uma recente pesquisa realizada pela Fundação Perseu Abramo sobre LGBT no País.

terça-feira, junho 09, 2009

Jornalismo Graduado

O Site Acorda Pará trás uma Coluna chamada "Horrível" onde podemos ver as pérolas da imprensa regional.
É uma melhor do que a outra!
A foto abaixo, a matéria é de um jornal do município da Vigia denominado ‘O Pescador’, ano 18, nº. 164 – Maio de 2009, pg. 11.
Aqui é a vez do Bacana escorregar feio, tanto que pra mim o cara deve ter quebrado a Culuna vertebral, ou cerebral, como queiram. (ver encarte Diarinho 07.06.09)
Aqui uma cheia de Homor, identificada por este poster e divulgada em 2007 neste blog.
É assim.

Novas Regras em 2010

No blog do Colunão, de WalterRodrigues.

Sob a liderança do deputado Flávio Dino (PT-MA), a Câmara prepara novas regras eleitorais, que provavelmente entrarão em vigor já em 2010. Regras menos restritivas que as estabelecidas pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), especialmente quanto à chamada “pré-campanha” e quanto ao uso da Internet para propaganda político-eleitoral.
A referência para o debate, explica o deputado maranhense, é o conjunto de resoluções do TSE, porém mudando o que for necessário e eliminando dúvidas e ambiguidades, para dar mais sugurança jurídica aos candidatos e militantes.
Segundo a assessoria de imprensa de Flávio Dino, o texto em discussão pelos partidos deve abordar cinco pontos principais: 1) ampliação da campanha na internet; 2) normas da propaganda eleitoral; 3) registro das candidaturas; 4) processo judicial eleitoral; e 5) pré-campanha. A ideia é aproximar a lei da realidade, diminuindo o faz-de-conta sem “liberou geral”. Faz de conta que Dilma e Serra ainda não são candidatos, quando todo mundo sabe que já são. Entretanto, a maioria também acha que não seria bom que a campanha aberta e franca fosse autorizada desde já. A questão é achar uma regra suficientemente moderada e realista que possa ser de fato ser aplicada.
Em alguns pontos, é possível que as restrições aumentem, em vez de diminuir. É o caso da pichação de muros, que pode ser proibida, como já aconteceu na eleição passada com showmícios e distribuição de brindes.
No caso da Internet, ao mesmo tempo em que será ampliada a liberdade de criar saites em favor dos candidatos, estuda-se uma maior repressão aos insultos e difamações, hoje mais comuns na web que nas outras mídias.

22 anos de Descaço

No blog do filho, Paulo Fonteles mantém-se vivo e atuante.
No transcurso do vigésimo-segundo anivérsario do assassinato do ex-deputado e advogado de posseiros do Sul do Pará, Paulo Fonteles, ocorrido em 11 de Junho de 1987 é, mais do que nunca necessário avaliar suas idéias e legado para atual fase da luta pela terra no Brasil. E isso num momento de franca expansão do Agronegócio, partircularmente na Amazônia e a odiosa tentativa de criminalização dos movimentos sociais brasileiros, praticadas pela grande mídia e reacionários de todas as espécies.
A vida de combates de Paulo Fonteles atravessou três décadas de profundo compromisso com questões concernentes aos temas mais urgentes da nação brasileira como a democracia, as liberdades políticas, a reforma agrária e o socialismo.

quinta-feira, junho 04, 2009

Maria do Carmo de Volta à Santarém

Do site do Supremo agorinha mesmo...
Direto do Plenário: STF mantém Maria do Carmo na Prefeitura de Santarém (PA)

Por maioria de votos (6 a 4), o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira (4) que a promotora de Justiça licenciada Maria do Carmo Martins Lima pode exercer o cargo de prefeita de Santarém, no Pará, mesmo diante de determinação constitucional que veda o exercício de atividade político-partidária por integrante do Ministério Público.

Para seis ministros, Maria do Carmo tinha direito a se recandidatar ao cargo no pleito de 2008, já que havia sido prefeita da cidade nos quatro anos anteriores. Votaram assim os ministros Eros Grau, Marco Aurélio, Carlos Ayres Britto, Cármen Lúcia Antunes Rocha, Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes.

Maria do Carmo teve seu registro cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Essa Corte entendeu que ela não poderia participar das eleições de outubro de 2005 diante da entrada em vigor da Emenda Constitucional 45, em 30 de dezembro de 2004, que incluiu na Constituição Federal dispositivo que veda o exercício de atividade político-partidária por integrante do Ministério Público (artigo 128, inciso II, alínea ´e`).

Quatro ministros concordaram com o posicionamento do TSE e foram contra a reeleição da promotora licenciada diante da vedação constitucional criada em 2004. Esse foi o entendimento da ministra Ellen Gracie e dos ministros Cezar Peluso, Joaquim Barbosa e Celso de Mello.

Maria do Carmo contestou a decisão do TSE por meio de um Recurso Extraordinário (RE 597994). Nesta tarde, esse recurso foi provido.

Antes de decidir o caso concreto, os ministros reconheceram a existência de repercussão geral na matéria.

Em instantes, mais detalhes.

Maria do Carmo será recebida neste sábado ás 12:00, no Aeroporto de Belém e seguirá em festa pelas ruas de Belém.b forte aclamação de partidário do PT, eleitores e sinpatizantes da guerreira.

COPA - Belém na Terceira Divisão

Com o mesmo título por Flávio Sidrim Nassar*

Belém foi "oficialmente" declarada integrante da terceira divisão das capitais brasileiras.
"Oficialmente" porque na prática, há muito, já se sabia.
As capitais da primeira divisão, desde o século 19, são o Rio e São Paulo.
Outras capitais se agruparam no segundo bloco: BH, Porto Alegre, Recife, Salvador e Belém.
Historicamente, na "terceirona" das capitais estavam Manaus, São Luís, Fortaleza, Natal, Curitiba, Cuiabá, Teresina, etc.
Na aurora do século 20, Belém vivia sua segunda idade do ouro. A primeira fora na última metade do século 18, sob Pombal. "A época de Landi".
Há cem anos o prefeito de Belém era Antônio Lemos e a cidade rivalizava com a capital federal na implantação de novidades e melhorias.
A Belém urbanizada que hoje conhecemos foi pensada naquele tempo. Os investimentos em infraestrutura urbana do período da borracha sustentaram a cidade até meados de 1960. Nesta época, o Brasil começava a ser predominantemente urbano, e a abordagem dos problemas das cidades saía da esfera da disciplina Desenho Urbano e passava para a era do Planejamento.
É quando as capitais que agora estão mais bem posicionadas que Belém começaram a se repensar. Nos anos 60, São Luis criava um órgão de preservação de seu patrimônio artístico, Belém começava a destruir a Cidade Velha. Hoje o Centro de São Luis é patrimônio da Humanidade.
Nos anos 70, em Curitiba, já funcionava o Instituto de Planejamento e Pesquisa Urbana (IPPUC). O instituto elaborou os Planos de Desenvolvimento que nos últimos 40 anos transformaram a medíocre capital do Paraná em cidade referência internacional. Em Belém se incentivava a invasão das baixadas.
Nos anos 80, Salvador já fizera a recuperação do Pelourinho. Hoje o Centro de Salvador é tombado pela UNESCO, Salvador se tornou uma das mecas do turismo internacional e da cultura de massa. Em Belém não há bem tombado por agência internacional.
Nos anos 90, Fortaleza, Recife e Salvador começaram a implantar sistemas de transporte metropolitano e agora cuidam de metrô. Em Belém a única "inovação tecnológica" no transporte de massa foram as vans, as kombis, as bicicletas e os burros sem rabo, na contra mão.
No início do século 21, Fortaleza e Manaus são servidas diariamente por vôos internacionais e têm grandes redes de hotéis. Já Belém...
Agora, enquanto se chora o leite derramado, buscam-se desculpas: foi uma conspiração contra Belém; a decisão foi política; foi lobby; foi uma injustiça; bla, bla, bla. E apontam-se os culpados: foi o governo; foi a prefeitura; foram os dois; foi o Lula que não gosta da Ana Júlia.
A culpa é deste governo, desta prefeitura e de todos os outros que nos administraram a cidade e estado nos últimos 50 anos.
A culpa é de nossas elites políticas, sindicais, intelectuais, acadêmicas, empresariais, etc, etc, etc.
A culpa é da nossa geração de paraenses que achamos que "comendo de arremesso" "dormindo de balanço" vamos ter vida “de descanso”, porque só aqui tem açaí, tacacá e de quebra a Virgem de Nazaré para abençoar.
Esses mega eventos esportivos são sobretudo grandes negócios, para recebê-los as cidades têm que estar dentro do padrão globalizado. Têm que ser cidades globais, com segurança, infraestrutura aeroportuária, hoteleira, turismo receptivo, mobilidade urbana, qualidade de vida, etc.
Bairrismos de lado, tem alguém em sã consciência, e que tenha visitado pelo menos algumas das cidades escolhidas, que possa acreditar que Belém atende essas condições?(Vamos deixar Natal de fora, zebra é zebra). A Fifa, tudo bem, é dirigida por um bando de safados como mostrou o Juca Kfouri, mas os critérios de escolha são objetivos.
A eliminação de Belém não foi um ato político, não foi conspiração, era previsível para um cidade que há décadas se recusa a pensar-se estrategicamente.
Que isso nos sirva de alerta, sempre é tempo de recomeçar.
A Universidade Federal do Pará, por meio do Fórum Landi, foi contratada pela Fundação Cultural do Município de Belém, para, com recursos do Ministério das Cidade, elaborar o Plano de Requalificação do Centro Histórico de Belém. Que toda a cidade participe, discuta, debata. Oportunidade haverá. Que depois do Plano do Centro possamos fazer um plano para a cidade, para a região Metropolitana.
Senão, como já previ na ficção, vão acabar desmontando a Basílica de Nazaré e a levando junto com o Círio para São Luís ou Manaus. * Arquiteto, professor da UFPA e coordenador do Fórum Landi.

Copa, Arroz e Muita Grana

Como membro do Conselho Estadual das Cidades, não posso deixar de concordar, em grande parte, com o que escreveu o Professor acima citado, mas resgato mais. Mesmo com todos nossos problemas, Belém tinha sim condições técnicas de até 2014 preparar-se para encarar a copa, afinal o palco maior - que é o Estádio Mangueirão - já está com 75% das exigencias da FIFA concluídas, nosso sistema de comunicação via fibra ótica e a recente rede do Projeto Navega Pará implementada garantiriam uma transmissão dos jogos sem perda ou risco de queda, além da acessebilidade do público de outros estados à nossa capital via terrestre, aéra e fluvial. Todos essas vantagens foram colocadas em segundo plano, pelo que resultado.

Pois bem ,continuando o raciocínio garantiríamos melhores condições de realização de obras que ainda não saíram do papel, mas que estávam como certas no roll de investimentos previstos tanto pelo poder público estadual e municipal e da iniciativa privada, pois é de conheciento público que a maior mineradora do mundo - a Vale - sinalizara apoio à Belém, selando assim como o governo Lula a preferência por Belém, caso só uma cidade da região Norte fosse "aclamada".
A região amazônica merecia Belém e Manaus, no mínimo, como cidades sedes da Copa e se não foi assim, uma coisa tá mais que clara: houve sim um desprezo pela potencialidade e contribuição do norte em detrimento de interesses de empresas multinacionais, redes hoteleiras, e demais interesses político eleitorais proveniente so eixo sul-sudeste, além de uma dosagem exagerada de "arroz" nas mãos de jornalistas, inclusive, pelêgos papa-chibés, que só não vendem suas genitoras por falta de compradores.
No mais, não é de hoje que a copa do mundo de futebol é um evento capitalista e assim com diversos interesses comerciais ao seu entorno e no próprio epicentro. Rumores de grande parte da imprensa especializada revelam envolvimentos empresariais entre o filho do presidente da FIFA com grandes empreiteiras, coincidentemente, as mesmas que farão grandes obras de infra-estrutura na Copa da África.
Por fim, que a gente tenha cada um de nós nossa auto-crítica e pensemos em nossa responsabilidade cidadã em cuidar de nossas cidade, nosso Estado e nosso país, não só não jogando lixo nas ruas ou escolhendo "bem" nossos representantes, mas principalmente cuidando e investindo na imagem de nossa terra e na auto-estima de nosso povo.
Viva Belém, Viva o Pará e Viva o Brasil.

quarta-feira, junho 03, 2009

PT e PMDB Parte I

A crise entre PT e PMDB tendo como palco o governo do Pará, distante de ser explicada por uma fissura local entre a governadora Ana Júlia e e Deputado Federal Jader Barbalho, merece ampliação até visualizarmos o status quo político, para chegarmos até o perfil de cada um dos partidos, e é claro, uma análise sobre o governo e a sucessão de Lula, além de tudo que isso significa.
Com estes elementos na mesa podemos concluir o seguinte:
1. Logo que a Auditoria do Estado detectou "problemas" no Orphir Loyola e como consequência em diversas diretorias da SESPA, sem falar do DETRAN, o PMDB acionou a deputada Simone Morgado - Presidenta da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária da ALEPA para fazer um levanta ern e o jornal de Jader (Diário do Pará) passou a hostilizar secretários e "detonar" suas secretarias, tais como, Waldir Ganzer, Claúdio Puty e Walmir Ortega.
2. O fisiologismo do aliado e parceiro - considerado imprescindível - à eleição de Ana Júlia, chegou ao governo estadual acumulando secretaria de grande acumúlo financeiro tal como o DETRAN, SEFA, LOTERPA, SESPA, entre outras e agora mira o SETRAN, vislumbrando as obras do PAC.
3. O PMDB e seus caciques - que como se diz - dispensam apresentações, vêm sistematicamente acumulando um perfil de partido que não investe na conquista do topo do governo por assim dizer. Com uma estrutura mais voltada às eleições proporcionais. Os números* demostram a força do partido no parlamento e nas prefeituras pelo país à fora:
06 Ministros
9 Governadores
5 Vice-Governadores
95 Deputados Federais do PMDB
19 Senadores
172 Deputados Estaduais
27 Diretórios Estaduais
172 Diretórios Municipais das Capitais
4.671 Diretórios Municipais/Brasil
1.201 Prefeitos
06 Prefeitos /Capitais
910 Vice-Prefeitos
8.497 Vereadores Eleitos
24 Juventudes Estaduais
15 MilhõesSimpatizantes
2.000.000 Filiados
* Dados do site oficial do PMDB

terça-feira, junho 02, 2009

Adeus Walter

Luto: a cultura paraense perde um dos seus principais nomes

A cultura paraense está mais triste na tarde desta terça-feira (2). Cantor, ator, compositor e locutor, Walter Bandeira acaba de falecer, perdendo a luta contra um câncer no pulmão que já se estendia há meses. Ele estava internado no Hospital Porto Dias desde o final de maio e seu quadro clínico havia piorado bastante desde o mês de março.

Segundo amigos do artista - que dedicou 40 dos seus 67 anos à atividade artística - Walter já estava muito magro, castigado pela pressão do tumor sobre o esôfago, que lhe dificultava a ingestão de alimentos. Desolados, familiares estão reunidos no Hospital e aguardam a liberação do corpo. O funeral acontece logo mais, no Theatro Waldemar Henrique.

Conhecido com a grande voz do Pará, Walter fez historia nos mercados publicitário e do audiovisual, figurando como um dos mais requisitados e prestigiados locutores paraenses.

Nos palcos, sua voz inconfundível e suas performances irreverentes sempre atraíram grande público. Como ator, participou de várias espetáculos e filmes. O último que estrelou foi 'Lendas Amazônicas', de Moisés Magalhães, ao lado de Dira Paes e Cacá Carvalho.

quarta-feira, maio 27, 2009

Ex-Deputado Sefer é Preso no Rio

Do partido (DEM) de Valéria e Vic Pires Franco, o ex-deputado Luiz Sefer, foi preso ontem pelo Comando de Operações Especiais da Polícia Civil do Rio de Janeiro (COE).
No blog do Hiroshi Bogéa. Começou a luta de bastidores pela definição do local onde o ex-deputado Luiz Sefer ficará preso, em Belém. Familiares e advogados do médico acusado de pedofilia estão, neste momento, no Tribunal de Justiça do Estado, pressionando autoridades para determinar seu recolhimento no comando do Corpo de Bombeiros, localizado na Av. Júlio César com Pedro Alvares Cabral, mesma cela destinada, tempos atrás, aos empresários Fernando Yamada e Marcos Marcelino.
Bom lembrar que o sistema penitenciário do Pará não possui xadrez especial a presos com curso superior, caso do médico Sefer.
Se depender da polícia, o ex-deputado iria diretamente do aeroporto para a penitenciária Anastácio das Neves, em Americano, local onde encontra-se recolhido o delegado de polícia Roberto de Cássio, preso em Altamira.
Mais tarde, mais notícias.
Em nota a CNBB manifesta sua satisfação com o desfecho.
O secretariado executivo e pastorais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil- CNBB N2, vêm a público dizer que se regozija pela prisão do ex-deputado Luis Afonso Seffer, um dos acusados de prática de pedofilia no Pará. Ele está sendo investigado pela Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado Federal e Assembléia Legislativa do Pará.
Essa decisão dá força à nossa luta para continuarmos acreditando que a justiça está vigilante e punirá todos os casos que têm deixado tantas famílias sofrendo diante dos abusos cometidos contra crianças e adolescentes.
Reforçamos nossa crença na justiça e no trabalho das autoridades competentes que são comprometidas em exercer a defesa e promoção da justiça e dos direitos humanos em nossa sociedade paraense.
Esperamos que outros acusados da prática de pedofilia sejam punidos da mesma forma.
Orlanda Rodrigues Alves
Secretária Executiva do Regional Norte 2
No quinta, tudo tim-tim por tim-tim

terça-feira, maio 26, 2009

Belém x Manaus

"Se Belém ganhar será por suas vantagens técnicas e não por merecimento. A campanha que Manaus está fazendo é FANTÁSTICA. O projeto do estádio é algo que nunca vi em nenhum lugar do mundo. É só visitar o site da campanha deles e visitar o nosso. Chega a dar vergonha... para se ter uma idéia, o nosso site está só em PORTUGUÊS!"

De um comentarista, na caixinha do Diário On line que publica a expeculação de que esta ou aquela cidade já estaria definida, algo que tratando-se da FIFA - por sua rigosidade e profissionalismo - é quase impossível ser verdadeira qualquer inclinação prévia antes do resultado, que sairá dia 31/05, quando serão anunciadas as 12 capitais brasileiras que receberão a Copa 2014. No entanto, Lobby e um imenso arsenal de marketing não faltaram aos visinhos, que além disso, nenhuma vantagem possuem sobre Belém.

segunda-feira, maio 25, 2009

Caçador de Mim - Milton Nascimento

Por tanto amor Por tanta emoção A vida me fez assim Doce ou atroz Manso ou feroz Eu caçador de mim Preso a canções Entregue a paixões Que nunca tiveram fim Vou me encontrar Longe do meu lugar Eu, caçador de mim Nada a temer senão o correr da luta Nada a fazer senão esquecer o medo Abrir o peito a força, numa procura Fugir às armadilhas da mata escura Longe se vai Sonhando demais Mas onde se chega assim Vou descobrir O que me faz sentir Eu, caçador de mim
Composição: Luís Carlos Sá e Sérgio Magrão

sábado, maio 23, 2009

A Fala do Governo

"O governo Lula faz pouca propaganda. Basta ligar a TV para perceber que o governo federal não é mais o principal anunciante do país - posto que manteve por três décadas. Mas o presidente, atacado pela imprensa todo dia, continua batendo recordes de aprovação e de preferência popular.O que explica isso não é "a comunicação" do governo, mas o próprio governo."

No Blog do Espaço Aberto sobre a possível e comentada substuição do atual secretário de comunicação do governo Ana Júlia. O blog mantido pelo Jornalista Paulo Bermeguy, não tem "refrescado com a cara" da gestão petista e seus descompassos, por ele apontados. Quanto ao PMDB, este é mais evidente que o sol que nos alumia, diria uma amiga.

As cestas básicas fictícias de O Liberal

"Quantas vezes você mentiu hoje? (...) Para a psicóloga Oneglia Nazareth, a mitomania é uma tendência mórbida que desfigura o processo de comunicação, pois atinge tanto o emissor quanto o receptor da mentira'. (...) Para outra psicóloga, Cinthia Labratti, 'a mitomania é uma das características visíveis de quem sofre por não conseguir lidar com a sociedade'. (...) Segundo as especialistas, é possível perceber quando estamos diante de um mitômano devido às inconsistências do seu discurso." (...) Os maiores mentirosos revelados pela pesquisa de Jellison são pessoas com maior número de contatos sociais: vendedores, auxiliares de consultórios médicos, advogados, psicólogos e jornalistas. (grifo meu)"
Os trechos acima fazem parte de uma matéria publicada em O Liberal, edição de 19/04/2009, com o título "Hábito de contar mentiras é doença?".
Quase um mês depois a repórter esteve na superintendência regional do Incra de Belém à procura de informações sobre as ações da autarquia fundiária no Estado do Pará, no contexto de uma pauta sobre ações do governo federal, segundo explicou à assessoria de comunicação do órgão. Durante uma semana ela solicitou e obteve as informações desejadas. A matéria foi publicada no domingo (17/05), com o título "Incra doa 18,3 mil cestas para o MST"., sem a assinatura da repórter.
Causou mal-estar e indignação entre os servidores do Incra.
A matéria, no conjunto da edição de domingo, manifesta em toda a sua plenitude as concepções ideológicas e as correlações de forças existentes no contexto em que o Incra atua. É um primor de concisão das técnicas manipulatórias utilizadas pelos jornalões, amplamente analisadas pelos jornalistas Perseu Abramo e Aloysio Biondi em "Padrões de manipulação na grande imprensa" (Fundação Perseu Abramo; 2003) e Arbex Jr em "Jornalismo Canalha" (Casa Amarela; 2003), dentre outros.
A chamada de capa anunciava o tom da matéria - "Incra torra 44 milhões em comida para o MST - Instituto entregará este ano 220 mil cestas em áreas ocupadas ilegalmente no Pará". Na página 7 de Atualidades veio o título, em seis colunas, seguido do "olho", que dizia "Acampados - Dinheiro público é utilizado para pagar alimentação dos invasores".
O tratamento editorial dado à matéria deixa claro os objetivos do jornal: criminalizar os movimentos sociais rurais, principalmente o MST ( O Grande Satã), e de deslegitimar as políticas sociais do governo federal voltadas para o meio rural. A formulação tendenciosa do título, colocando o MST como único beneficiário de uma ação governamental, relacionada à contraposição dos termos "dinheiro público" e "invasores" do subtítulo indicam isso. E quem editou sabe perfeitamente que a maioria das pessoas lêem (ou vêem) principalmente os titulos e os "ollhos" da matéria.
E para os que não entenderam direito a posição do jornal (e a dos seus aliados) sobre os sem-terra, a página 4 do caderno PODER (!) põe por terra toda dúvida. Nela se encontra a sacrossanta voz do "agronegócio" paraense, o presidente da Faepa, Carlos Xavier. "Empresário condena invasões e saques", dizem no título, de seis colunas, Xavier e o editor de domingo de O Liberal. O olho arremata: "Campo minado - Dirigente da Faepa cobra cumprimento da lei para conter os sem-terra" (por que será que fizeram esse joguinho de palavras?).
No corpo da matéria, assinada por Keila Ferreira, o empresário analisa que alguns movimentos sociais não tem nada de social, que "querem impor uma composição ideológica para todos nós e, sobretudo, com desvios de recursos da sociedade de forma assustadora (grifos meu)".
Segundo ele, os sem-terra saqueiam, invadem, matam, roubam, arrassam com o desenvolvimento, atrapalham o desenvolvimento e chegam mesmo a ameaçar a força da imprensa. Ao final do texto descobrimos que é justamente por causa que os sem-terra fazem tudo isso que seus colegas de infortúnio da Associação Comercial do Pará vão lhe dar o prêmio de melhor empresário do ano.
Não entenderam ainda? Então voltemos à matéria da página 7 que, repito, não veio assinada pela Aycha Nunes. Ela começa assim: "O Pará recebeu durante o mês de abril R$ 3.735.732,96 em forma de cestos de alimentos. (...) 18.399 cestas básicas (distribuídas pelo Incra)". Segue-se uma ressalva, "A comida, no entanto, não alimentou nenhuma das 1.740 famílias que estão desabrigadas por causa das enchentes no Estado". Mais adiante vem um raciocínio matemático para se chegar à quantia exata desse desperdício anual, de R$ 44.828.795,52, posto que não serviu a nenhuma causa humanitária (o texto não afirma isso, no entanto...). A exatidão é para não deixar nenhuma dúvida quanto aos cálculos, respaldados por dados de pesquisa de uma entidade na qual se pode confiar: o Dieese.
Quem vai duvidar de tudo isso? Se os supostos dados foram repassados pelas assessorias e até o superintendente diz (com direito a foto de 4 colunas) que "Incra reafirma que mesmo os invasores têm direito de receber alimentos", (título secundário em seis colunas); e não só alimentos, mas todo um conjunto de ações para que continuem a atormentar os agroempresários. Dentre eles, servindo de exemplo (maniqueista) uma alma caridosa, de nome Ney Rocha, que "resolveu doar parte de suas terras", um benfeitor da reforma agrária, como tantos outros agroempresários (é uma nomenclatura nova...).
Onde estão as distorções? Está no valor de cada cesta e na suposta mensalidade de distribuição das mesmas, além de declarações retiradas de seu contexto. As cestas não são distribuidas mensalmente pelo Incra e nem têm o mesmo valor daquela calculada pelo Dieese.
O texto que segue, com esclarecimentos da superintendência regional do Incra no Pará (SR-01) sobre o que foi publicado, e enviado pela Ascom ao jornal, dá outras explicações que creio desnecessário repetir aqui.
Restou o silêncio de O Liberal sobre os esclarecimentos prestados, até o presente momento.
Daí volto ao início deste texto: - Quantas vezes você mentiu hoje?
Creio que ainda há tempo para debatermos sobre isso...
Herbert Marcus / Jornalista, Assessor de Comunicação da Superintendência Regional do Incra em Belém
PS: Durante a entrevista com o superintendente, a repórter Aycha Nunes indagou o porquê de utilizarmos a palavra ocupação em vez de invasão.
Queria complementar aqui a explicação dada pelo gestor da SR-01. Nós, os jornalistas que atuam nas assessorias de comunicação do Incra, entendemos que se trata, sim, de uma disputa ideológica no campo minado e de areias movediças das palavras, que é o campo semântico. Em cada uma delas há um campo de significados que expressam concepções diferentes quanto AOS OBJETIVOS E METODOS DAS REIVINDICAÇÕES dos movimento sociais, e das relações envolvendo as diferentes partes.
Para nós, ocupação tem a ver com legitimidade histórica dos movimentos populares em geral. Remete a dar trabalho; conquista de direitos através da organização e mobilização social. Invasão é o que faz, por exemplo, os EUA no Iraque, e o que já fizeram por muitos países afora. Uma apropriação pela força armada, ilegal, ilegítima e imoral. Invasão está relacionada a isso.
Um exemplo de disputa em que a filosofia perdeu a guerra é a palavra radical, que vem do latim radicare, raiz. Quem era radical "pegava" as coisas do mundo pela raiz, pelas causas. Isso se tornou tão subversivo e perigoso que tal sujeito foi transformado em extremista. Quando dizem que o MST ou o Islã é radical, querem dizer extremista. E assim ficou...
Ministério do Desenvolvimento Agrário – MDA
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA
Superintendência Regional do Pará – SR (01)
Assessoria de Comunicação Social
Sobre matéria publicada na edição de domingo, 17/05, pagina 7 de O Liberal, sob o título "Incra doa 18,3 mil cestas para o MST", a superintendência regional do Incra em Belém esclarece que:
A repórter Aycha Nunes, de O Liberal, apresentou-se à Assessoria de Comunicação desta autarquia com uma pauta sobre ações do governo federal no estado do Pará, que incluía as ações do órgão fundiário.
Ao longo de uma semana, ela obteve dos assessores de comunicação das três superintendências regionais do Incra no Pará todas as informações solicitadas, inclusive em material impresso e digital com dados precisos sobre as ações do Incra Belém no período 2003-2008.
Em entrevista exclusiva com o superintendente, Elielson Silva, ela teve ampla liberdade para tirar todas as dúvidas sobre os critérios e normas legais adotados pelo órgão para pôr em prática tais ações.
Mas, apesar de todas as informações repassadas à repórter, a matéria publicada no domingo, de forma confusa, distorceu os dados apresentados e tirou do contexto as declarações do superintendente. A distorção começa pela manchete da matéria, que põe o MST como único beneficiário do programa Fome Zero, coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e de Combate à Fome (MDS) e executado pelo Incra em sua área de atuação. O maniqueísmo fica evidente - pretendeu-se criminalizar os movimentos sociais e tirar toda a legitimidade de uma política social, que visa, de fato, ajudar famílias que vivem em insegurança alimentar.
Em nenhum momento foi dito à repórter que o Incra distribui "mensalmente" cestas básicas às famílias acampadas. Não procede assim, a multiplicação feita pela reportagem para se chegar a "um investimento (anual) de R$ 44.828.795,52". Até porque a cesta básica, a mesma que vem sendo distribuída pelo governo federal aos desabrigados pelas enchentes no Pará, sai ao custo de R$ 45,00, bem abaixo dos R$ 203,04 calculados pelo Dieese.
O número apresentado à repórter, de 18.399, que consta no banco de dados da Ouvidoria Agrária Nacional, corresponde ao número de famílias cadastradas no programa Fome Zero através das Ouvidorias regionais do Incra, no período 2008/2009, e não ao de distribuição mensal de cestas básicas.
Tampouco os sem-terra são beneficiados pelas ações do Incra, de forma simultânea, como o texto parece sugerir. O Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera) tem como público-alvo jovens e adultos trabalhadores rurais; os que não estão inclusos na relação de beneficiários da reforma agrária acessam somente a alfabetização, enquanto os assentados têm direito aos cursos de nível fundamental, médio, técnico e até superior oferecidos pelo Pronera . Já o Programa de Documentação da Mulher Trabalhadora Rural, mais conhecido como mutirão da documentação, tem como público prioritário as mulheres do campo, que, segundo dados do IBGE, são as que mais padecem da sub-documentação.
Os mutirões, a exemplo do que o Incra/MDA vêm fazendo no Baixo-Tocantins e região do Marajó, atendendo comunidades ribeirinhas, são realizados em parceria com a Polícia Civil, Ministério do Trabalho, INSS, cartórios e prefeituras municipais. O objetivo principal é garantir os direitos básicos para a formação de um cidadão, através da emissão da documentação pessoal. E como não poderia deixar de ser, os mutirões também atendem os familiares dessas mulheres, que assumem cada vez mais o lugar de chefe de família, sejam elas e eles ocupantes ou detentores de alguma posse fundiária. Afinal, mesmo os sem-terra têm direito ao acesso à cidadania.
Talvez a inexperiência da repórter, aliada ao tratamento editorial dado à matéria, esteja na origem das confusões do trabalho jornalístico feito durante toda uma semana. Em todos os contatos mantidos ela não citou o caso do Sr. Ney Rocha. Se o tivesse feito, ficaria sabendo que a Ouvidoria Agrária do Incra, no cumprimento de seu dever institucional, intermediou o conflito entre o Sr. Rocha e as famílias que ocuparam a terra da qual ele se diz proprietário.
A intermediação incluiu a participação em reuniões realizadas na Vara Agrária de Castanhal, para se chegar a uma solução pacífica do problema. A partir da liminar de reintegração de posse, toda ajuda às famílias foi suspensa. Outro motivo foi a constatação de que a área, por ser pequena e situada em terras públicas do Estado, não corresponde aos critérios de desapropriação para fins de reforma agrária. Critérios, além de outros, explicados detalhadamente à repórter quando da entrevista concedida pelo superintendente.
Assim como o Incra não pode controlar a opinião do Sr. Ney e a do jornal, também não pode permitir que lideranças de movimentos sociais utilizem o nome da instituição. Se a Sra. Helena Gomes declarou que os ocupantes da área "recebiam do Incra tudo que precisavam", ela faltou com a verdade. Assim como o Sr. Ney, ao afirmar que "mesmo após a ordem judicial, os sem-terra continuaram recebendo apoio do Incra".
As ações do Incra seguem as orientações políticas de um Poder Executivo legitimamente constituído; estão balizadas nos preceitos constitucionais e sujeitas ao controle dos outros Poderes.
O Incra reafirma que continuará a cumprir a missão para a qual foi criado – a de promover a distribuição de terras com base na função social da propriedade; contribuir para a melhoria da qualidade de vida no meio rural e o desenvolvimento sustentável do país.
Belém, 19 de maio de 2009
Superintendência Regional do Incra no Estado do Pará (SR-01)

segunda-feira, maio 11, 2009

Lula Pivô da Despedida do Mino Carta?

O respeitável jornalista Mino Carta, despendido-se do seu Blog e dando um tempo da Carta Capital. Teria sido Lula foi o pivô?

Despedida

Quando escolhi o Brasil como lugar definitivo da minha vida, optei também pelo jornalismo. Existe uma indissolúvel conexão entre as duas atitudes. E explico. Até o golpe de 1964, fui jornalista com séria dedicação profissional. De alguma forma mercenário, no entanto.

Diga-se que, depois da renúncia de Jânio Quadros, em agosto de 1961, quando a pressão militar só permitiu a posse de João Goulart, sucessor constitucional, ao forçar a adoção do parlamentarismo, eu ficara de sobreaviso. Mas o golpe se deu também sobre a minha alma e motivou minhas escolhas definitivas.

Entendi que fosse meu dever praticar o jornalismo em um país submetido à ditadura imposta pela classe dominante com a inestimável ajuda dos seus gendarmes, e que se uma única, escassa linha da minha escrita sobrasse para o futuro, teria conseguido conferir um mínimo de importância à minha profissão. Faço questão de sublinhar que não agia desta maneira pelo Brasil, e sim por mim mesmo.

Quarenta e cinco anos depois, vivo uma quadra de extremo desalento, em contraposição às grandes esperanças alimentadas durante a ditadura. Logo frustradas pela rejeição da emenda das eleições diretas após uma campanha a favor que honra o povo brasileiro. Fez-se, pelo contrário, a conciliação das elites, nos exatos moldes previamente desenhados pelo general Golbery do Couto e Silva. A aposta do Merlin do Planalto estava certa e vale até hoje.

Fez-se a conciliação para eleger Fernando Collor e para derrubá-lo. E novamente para eleger Fernando Henrique Cardoso em 1994 e 1998. A Carta aos Brasileiros assinada por Lula foi uma tentativa de aparar arestas antes do pleito de 2002, aparentemente mal-sucedida, por ter convencido um número bastante diminuto de privilegiados. A conciliação veio depois da posse, a despeito do ódio de classe que até o momento cega a mídia.

A mim, que estou de olhos escancarados, a Carta convenceu por considerá-la sincera. Naquela época, não cansei de definir Lula como um conciliador desde os tempos da liderança sindical. No governo, contudo, ele foi muito além das minhas expectativas. Ou, por outra: deu para me decepcionar progressivamente.

O balanço de seis anos de Lula no poder não é animador, no meu entendimento. A política econômica privilegiou os mais ricos e deu aos mais pobres uma esmola. Há quem diga: já é alguma coisa. Respondo: é pouco, é uma migalha a cair da mesa de um banquete farto além da conta. O desequilíbrio é monstruoso. Na política ambiental abriu a porta aos transgênicos, cuidou mal da Amazônia, dispensou Marina Silva, admirável figura, para entregar o posto a um senhorzinho tão esvoaçante quanto seus coletes.

A política social pela enésima vez sequer esboçou um plano de reforma agrária e enfraqueceu os sindicatos. E quanto ao poder político? O Congresso acaba de eleger para a presidência do Senado José Sarney, senhor feudal do estado mais atrasado da Federação, estrategista da derrubada da emenda das diretas-já e mesmo assim, graças ao humor negro dos fados, presidente da República por cinco anos.

Outro que foi para o trono, no caso da Câmara, é Michel Temer, um ex-progressista capaz de optar vigorosamente pelo fisiologismo. Reconstitui-se o “centrão” velho de guerra, uma das obras-primas da conciliação tradicional. Enquanto isso, o Brasil ainda divide com Serra Leoa e Nigéria a primazia mundial da má distribuição de renda, exporta commodities, 55 mil brasileiros morrem assassinados todo ano, 5% ganham de 800 reais pra cima. E 2009 promete ser bem pior que pretendiam os economistas do governo.

Houve, e há, justificadíssima grita quanto às privatizações processadas no governo FHC. E que dizer do BNDES que empresta aos bilionários para armar a BrOi, a qual (é uma modesta previsão) acabará nas mãos de ouro de Carlos Slim? E que dizer da compra pelo governo de 49% das ações do Banco Votorantim à beira da falência?

Em um ponto houve melhoras sensíveis, na política exterior. E aí vem o caso Battisti. Até este serve ao propósito da conciliação, a despeito das críticas bem fundamentadas da mídia.

O ministro Tarso Genro disse em Belém que a favor da extradição de Battisti se alinham os defensores da anistia aos torturadores da ditadura, “com exceção de Mino Carta”. Agradeço a referência, observo, porém, que o ministro cai em clamorosa contradição. Não foi ele quem, em rompante que beira a sátira volteriana, sugeriu à Itália baixar uma lei da anistia igual àquela assinada no Brasil pelo ditador de plantão?

Talvez o ministro não saiba que enquanto no Brasil vigorou o Terror de Estado, na Itália houve uma gravíssima e fracassada tentativa terrorista de desestabilizar um Estado democrático de Direito estabelecido desde o fim do fascismo.

Se eu digo que o Festival de Besteira assola o País desde a época de Stanislaw Ponte Preta, e que se o ministro merece o Oscar do Febeapá, ao menos o professor Dalmo Dallari faz jus a uma citação, recebo as mensagens ferozes e as agressivas admoestações de centenas de patriotas. Pois não é bobagem (sou condescendente) dizer que na Itália dos anos 70 estava no poder um governo de extrema-direita, ou que se Battisti for extraditado, de volta ao seu país corre até risco de vida? Ou afirmar que Mestre e Milão, norte da península, são muito distantes, quando entre as duas cidades há menos de 200 quilômetros? Sem contar que, como me levam a observar vários frequentadores do meu blog, Battisti foi o autor do homicídio de Mestre e apenas o idealizador daquele de Milão.

Está claro que o ministro Tarso não erra ao dizer que a mídia nativa está sempre a agredir o governo de Lula, e contra esta forma desvairada de preconceito CartaCapital tem se manifestado com frequência. Ocorre que, ao referir-se à extradição negada a mídia está certa, antes de mais nada em função dos motivos alegados, a exibir ao mundo ignorância, falta de sensibilidade diplomática e irresponsabilidade política, ao afrontar um estado democrático amigo.

De todo modo, Battisti transcende sua personalidade de “assassino em estado puro”, segundo um grande magistrado como o italiano Armando Spataro, para se prestar a uma operação que visa compactar o PT e empolgar um certo gênero de patriotas canarinhos.

Isto tudo me leva a uma conclusão desoladora, embora saiba de muitíssimos leitores generosos e fiéis: minha crença no jornalismo faliu. Em matéria de furo n’água, produzi a Fossa de Mindanao, iludi-me demais, mea culpa
Donde tomo as seguintes decisões: despeço-me deste blog e, por ora, calo-me emCartaCapital.

Creio que a revista ainda precise de minha longa experiência profissional, completa 60 anos no fim de 2009. Eu confiei muito em Lula, por quem alimento amizade e afeto. Entendo que o Brasil perde com ele uma oportunidade única e insisto em um ponto já levantado neste espaço: o próximo presidente da República não será um ex-metalúrgico com quem o povo identifica-se automaticamente. Conforme demonstra aliás o índice de aprovação do presidente, cada vez mais dilatado.

Vai sobrar-me tempo para escrever um livro sobre o Brasil. Talvez não ache editor, pouco importa, vou escrevê-lo de qualquer forma, quem sabe venha a ser premiado pela publicação póstuma.

Há 121 anos atrás...

A Federação Internacional de Cineclubes (FICC), organização de defesa e desenvolvimento do cinema como meio cultural, presente em 75 países, é também a associação mais adequada para a organização do público receptor dos bens culturais audiovisuais.Consciente das profundas mudanças no campo audiovisual, que geram uma desumanização total da comunicação, a Federação Internacional de Cineclubes, a partir de seu congresso realizado em Tabor (República Tcheca), aprovou por unanimidade uma

Carta dos Direitos do Público

  1. Toda pessoa tem direito a receber todas as informações e comunicações audiovisuais. Para tanto deve possuir os meios para expressar-se e tornar públicos seus próprios juízos e opiniões. Não pode haver humanização sem uma verdadeira comunicação.
  2. O direito à arte, ao enriquecimento cultural e à capacidade de comunicação, fontes de toda transformação cultural e social, são direitos inalienáveis. Constituem a garantia de uma verdadeira compreensão entre os povos, a única via para evitar a guerra. 
  3. A formação do público é a condição fundamental, inclusive para os autores, para a criação de obras de qualidade. Só ela permite a expressão do indivíduo e da comunidade social. 
  4. Os direitos do público correspondem às aspirações e possibilidades de um desenvolvimento geral das faculdades criativas. As novas tecnologias devem ser utilizadas com este fim e não para a alienação dos espectadores. 
  5. Os espectadores têm o direito de organizar-se de maneira autônoma para a defesa de seus interesses. Com o fim de alcançar este objetivo, e de sensibilizar o maior número de pessoas para as novas formas de expressão audiovisual, as associações de espectadores devem poder dispor de estruturas e meios postos à sua disposição pelas instituições públicas. 
  6. As associações de espectadores têm direito de estar associadas à gestão e de participar na nomeação de responsáveis pelos organismos públicos de produção e distribuição de espetáculos, assim como dos meios de informação públicos. 
  7. Público, autores e obras não podem ser utilizados, sem seu consentimento, para fins políticos, comerciais ou outros. Em casos de instrumentalização ou abuso, as organizações de espectadores terão direito de exigir retificações públicas e indenizações. 
  8. O público tem direito a uma informação correta. Por isso, repele qualquer tipo de censura ou manipulação, e se organizará para fazer respeitar, em todos os meios de comunicação, a pluralidade de opiniões como expressão do respeito aos interesses do público e a seu enriquecimento cultural. 
  9. Diante da universalização da difusão informativa e do espetáculo, as organizações do público se unirão e trabalharão conjuntamente no plano internacional. 
  10. As associações de espectadores reivindicam a organização de pesquisas sobre as necessidades e evolução cultural do público. No sentido contrário, opõem-se aos estudos com objetivos mercantis, tais como pesquisas de índices de audiência e aceitação. 
Tabor, 18 de setembro de 1987

Que se dane o Norte/ Nordeste!

Recebi esta mensagem - com o mesmo título - por e-mail e aqui socializo para refletirmos.
O agravamento da situação de vulnerabilidade social vivenciado por milhares de famílias negras, por conta das chuvas que vêm castigando, sobretudo a região Norte/ Nordeste, não tem causado nenhuma comoção social. Incrível, que recentemente a nação mobilizou-se, a Imprensa fez campanha juntamente com multinacionais e instituições religiosas, motivadas pelo mesmo acontecimento quando o alvo foi Santa Catarina.
Mas, agora que a tragédia atinge o povo do norte e do nordeste, no máximo, se houve falar que a meteorologia prevê continuidade de intensas chuvas; verificam-se ponderações intelectuais acerca do impacto da ação humana na natureza, e as alterações climáticas conseqüentes.
O povo morrendo em desabamentos, famílias limitadas educacionalmente para acionar seus próprios direitos, outras, aptas a receber o irrisório valor de 150R$ de auxilio moradia disponibilizado pelos governos, centenas sendo afetadas por leptospirose em pleno temporal, enquanto Temporão, nosso ministro, potencializa maior atenção à gripe suína. Ainda do lado de lá, nossos senadores preferem discutir interesses previdenciários que afetam a categoria.
As chuvas são bem-vindas, contudo tem muita irmã e irmão desaparecendo sob o argumento exclusivo do efeito das enchentes. Ademais, a Defesa Civil atesta mais de 114.519 pessoas atingidas pelas chuvas no Maranhão; mais de 34 mil famílias no Amazonas; na Bahia, inúmeros municípios já decretaram situação de alerta/emergência.
Pelo visto, a chuva serve como a ‘divisora de água’ no debate político Pan Africanista. Porque se constata uma desatenção regional, tanto por parte da sociedade política como por parte da civil às regiões onde há prevalência de gente preta.
Eu fico a me questionar, como será possível vislumbrarmos outro modelo civilizatório baseado na unidade, solidariedade, igualdade e crença ideológica cujo alicerce objetive a superação das barreiras geográficas?
Bem, aqui na Bahia o Fórum de Juventude Negra, longe de uma postura assistencialista e de (des) responsabilizaçã o do Estado enquanto regulador das questões sociais começou a construir uma Campanha em solidariedade as pessoas desabrigadas, pois, mais que nunca, tais indivíduos estão tocados pelo efeito devastador do racismo ambiental e inoperância do Estado Brasileiro.
PS - Quem desejar participar desta Campanha pode colaborar, indicando artistas que se disponha de forma gratuita a entreter politicamente no evento que está em construção e visa arrecadar donativos.
Carla Akotirene - 071 8108/6339 * 8854/3034
Coordenação do Fórum Nacional de Juventude Negra/Ba
Articulação Brasileira de Jovens Feministas
Campanha Reaja ou Será Mort@

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...