quinta-feira, junho 24, 2010

A Tristeza do PPS e do PSDB

Extra, Extra...

PSDB até hoje não definiu quem será vice de Jatene.

Valéria (DEM) não quer ser vice de Jatene.

Em briga, PSDB local sofre intervenção nacional e fica sem comando.

Essas bem que poderiam ser as manchetes nos jornais locais, mas não são.

Como não são público os interesses que os meios de comunicação de massa defendem.

O jogo está sendo jogado nos bastidores.

Vic, que é presidente do DEM e blogueiro que o diga!

Marido obediente, o rapaz que se proclama o ban-ban-ban dos blogs desta banda, deu um 'time' em suas postagens - tidas pelo estilo 1,99, ou um dos mais piegas - pra se aventurar na articulação CQC (Custe o que Custar) pela eleição de sua esposa, a ex-governadora Valéria Pires Franco, hoje tida como possível noiva da eleição paraense.

O PT avança pelo interior mas não está bem nas pesquisas, basta vê-las, mas é o nome de Ana Júlia que ainda se torna um obstáculo.

Obstáculo que será paulatinamente vencido quando a vigorosa e contundente campanha publicitária começar.

Nas rádios, Tv,s e nas ruas!

É quando a militância petista põe os pés na rua, te segura mano!

Já o PSDB, este foi se construíndo no Pará como um gigante de pés-de-barro, acumulando força pelo interior do Estado abocanhando prefeitos do PMDB e de quem mais pudesse com a tal União pelo Pará, a qual, tem seus antigos expoentes, agora na base de apoio da governadora Ana Júlia.

Não é por acaso, que muitos prefeitos do PMDB, DEM e alguns vereadores e prefeitos do PSDB tem agradecido à governadora pelo kit faz estrada: Há sim, uma mudança significativa no trato da coisa pública e na relação prefeitura/governo estadual.

Há quem veja no Simão Jatene um bom gestor, administrador conhecedor da máquina pública, tendo sido servidor de Jader, Almir e tantos outros e um dia governador sem gozar da chance da reeleição. O problema? Seu partido!

Sob intervenção, o PSDB no Pará terá seu comando até o fim das eleições 2010 indicado pela executiva nacional. Uma vergonha!

A briga entre os caciques gera sangue e só não invade mais as páginas dos jornais locais por serem por assim dizer, complacentes com os "donos do poder".

A exceção é o Diário que tira sangue do coitado que tiver apóio do rival o Liberal com quem trava a disputa pela cotas publicitárias/verbas de propaganda.

Pena daqueles que só se nutrem de informação pelos jornais oficiais!

Pena do povo do Pará que precisa avançar seu desenvolvimento e não terá propostas deste nível em debate nesta eleição!

Vergonha para quem acreditou que elles poderiam resolver os sérios e graves problemas de nosso Estado, mas em 12 anos o legado deixado foi a privatização e o assassinato dos sem-terra, sem falar da farra com esquemas que até hoje se avolumam no MP.

Triste esse partido, viu?!

E o PPS?

Mais triste e miúdo ainda!

domingo, junho 20, 2010

“Saio do PT porque este abdicou de ser “petista”

Charles Alcântara saiu do PT.

Charles Alcântara (na foto), o primeiro chefe da Casa Civil do primeiro governo petista do Pará, que tem à frente a primeira mulher a governar o Estado, está fora do PT. Formalmente.

Está fora de um partido que, conforme o próprio Charles, lhe ensinou “todo o pouco que sei sobre a vida e sobre o mundo”.

Está fora de um partido que ele, Charles, engrandecia muitíssimo.

“Saio do PT porque não mais o reconheço, porque este abdicou de ser ‘petista’”, diz Charles, em carta endereçada ao presidente do partido, João Bastista da Silva.

O jornalista Franciscou Sidou, sobre a postagem Um socialista da melhor estirpe: No poder, o PT tem revelado uma capacidade incrível para a autofagia política.

Não por acaso, tem perdido seus melhores quadros, a exemplo de Charles, que foi, na verdade, o grande arquiteto da construção da aliança bem-sucedida que levou Ana Júlia ao poder, em 2006. Ele construiu pontes, enquanto alguns arrivistas e alquimistas que estão chegando ou que chegaram ao poder depois de ter sido conquistado continuam erguendo muros e barreiras, que vão acabar ameaçando o projeto de governo, que se apequena na medida em que se transforma apenas em projeto de poder.

Charles e Edilza Fontes são militantes históricos do PT. Com a saída deles, o PT paraense sai perdendo parte de sua história e de sua própria identidade na luta e na crença de que um novo mundo é possível.

Leia a seguir, na íntegra a mensagem encaminhada por Charles ao Presidente do PT no Pará:

Ao presidente do Partido dos Trabalhadores/PA

Belém, 17 de junho de 2010

Caro companheiro João Batista,

Não foi fácil o caminho que percorri para chegar à conclusão que me cumpre comunicar-lhe, depois de tantos anos na condição de filiado ao Partido dos Trabalhadores (nem sei quantos exatamente, pois a minha primeira filiação ao PT foi extraviada).

Mas posso afirmar que, no PT, não passei apenas a maior parte dos meus quase quarenta e cinco anos, mas o melhor da minha ainda breve existência.

Aprendi, no PT, quase todo o pouco que sei sobre a vida e sobre o mundo.

Mas nada devo ao PT e nem me sinto credor deste.

Fui leal à sua história, aos seus princípios, ao seu programa e às decisões tomadas em suas instâncias democráticas de deliberação.

Peço, por este ato, a minha desfiliação do PT.

Saio de cabeça erguida, certo de que fui um bom militante, um bom combatente.

Saio do PT, mesmo sabendo que este abriga muitos sonhadores e construtores de um mundo justo, solidário e próspero.

Saio do PT, mesmo sabendo que este glorioso partido ainda é uma importante trincheira das lutas populares, embora não o julgue mais como a principal trincheira.

Saio do PT por entender que a minha vinculação partidária nega e se opõe à luta pela não interferência político-partidária na administração tributária e pela independência funcional dos agentes do fisco.

Saio do PT porque não mais o reconheço, porque este abdicou de ser “petista”.

Saio do PT, mas não saio da política, pois não saberia viver fora da política. E fora da política não há chance para a transformação social; para a paz; para a promoção da felicidade humana.

Saio do PT sem qualquer ressentimento ou risco de remorso, embora com tristeza.

Ainda que não me sinta obrigado a dar satisfações sobre os meus propósitos futuros, informo-lhe que não me filiarei a outro partido.

Mas de que valem os planos longínquos diante da efemeridade da vida; diante de tantas situações provisórias que duram uma vida inteira e de situações permanentes assustadoramente fugazes?

Que sejamos eternos enquanto duramos.

PT saudações,

Charles Alcântara

sábado, junho 19, 2010

Dulce Maia: do erro de Elio Gaspari à farsa contra Dilma Rousseff

Houve um tempo em que mentira tinha pernas curtas. Agora, a internet faz exercícios diários de alongamento da mendacidade. Nos últimos meses, uma torrencial campanha caluniosa circula pela rede mundial de computadores tomando por base artigo do jornalista Elio Gaspari, publicado originalmente nos jornais Folha de S.Paulo e O Globo em suas edições de 12 de março de 2008.
Por Dulce Maia, no Observatório da Imprensa

Quem tiver curiosidade de buscar na internet o número de vezes em que aparecem variantes da infame sentença "Agora a surpresa: adivinhem quem é Dulce Maia? Sim, ela mesma: Dilminha paz e amor! Esse é só mais um codinome da terrorista Estela/Dilma" – colada ao final do artigo de Gaspari – verá que estão hospedadas em mais de 500 páginas da rede (marca muito próxima à moda nazista de cunhar a verdade repetindo-se mil vezes uma mentira para torná-la veraz).

Ao contrário do que afirmam, Dulce Maia existe e resiste. Quem é Dulce Maia? Sou eu. Antes de mais nada, quero deixar claro que não me arrependo de nenhuma das opções políticas que fiz na vida, inclusive de ter participado da luta armada e da resistência à ditadura militar implantada em 1964. Eu me orgulho de ter sido companheira de luta de brasileiros dignos como Carlos Lamarca, Onofre Pinto, Diógenes de Oliveira e Aloysio Nunes Ferreira.

Sinal de descaso

Não pretendo polemizar com meus detratores, que ousaram decretar minha morte civil. Estes irão responder em juízo por seus atos. Não admito que queiram impor novos sofrimentos a quem já foi presa, torturada e banida do Brasil durante a ditadura. Lutarei com todas as minhas forças para garantir respeito à minha honra e à minha dignidade.

Gostaria apenas de fazer algumas reflexões sobre essa insidiosa campanha, alicerçada nos erros cometidos pelo jornalista Elio Gaspari ao tratar da ação contra o consulado norte-americano de São Paulo, em 1968. O articulista teve 40 anos para apurar a história. Falsamente me colocou como participante do episódio, sem nunca ter me procurado para checar a veracidade das informações de que dispunha. Tomou pelo valor de face peças do inquérito policial relativo ao atentado, como declaração extraída sob tortura do arquiteto e artista plástico Sérgio Ferro.

Se o articulista tivesse compulsado os arquivos do próprio jornal Folha de S.Paulo, facilmente encontraria entrevista de Sérgio Ferro (de quem também me orgulho de ser amiga há quase meio século). Conforme se lê no texto do repórter Mario Cesar Carvalho, publicado a 18 de maio de 1992, "Ferro assumiu pela primeira vez, em entrevista à Folha que ele, o arquiteto Rodrigo Lefrèvre (1938-1984) e uma terceira pessoa que ele prefere não identificar colocaram a bomba que explodiu à 1h15 do dia 19 de março de 1968 no consulado de São Paulo. Um estudante ficou ferido".

A matéria de 1992 trazia ilustração com um imenso dedo indicador em riste (o famoso "dedo-duro" apontado sobre a cabeça de um homem e acompanhado do texto "terror e cultura").

Gaspari tinha o dever ético de me procurar para verificar se seria eu essa terceira pessoa. Além de não fazê-lo, publicou que o atentado fora cometido por cinco pessoas (entre as quais fui falsamente incluída). O mesmo cuidado deveriam ter tido os responsáveis pela matéria da Folha de S.Paulo de 14 de março de 2008, que repercutiu o artigo de Gaspari reafirmando as falsas acusações.]

A esses erros elementares de apuração, deve se somar a relutância da Folha de S.Paulo em restabelecer a verdade. Em nenhum momento, o ombudsman do jornal veio a público para tratar do assunto. O pedido de desculpas de Gaspari foi mera formalidade, sem delicadeza alguma. Sinal mais evidente do descaso do jornal foi a demora na publicação de carta de Sérgio Ferro, onde refutava categoricamente que eu tivesse participado daquela ação armada. A carta só foi publicada dois dias depois de ser divulgada no blog do jornalista Luis Nassif.

Luz do sol

Processado, o jornal foi condenado em primeira instância à reparação por danos morais [ver sentença abaixo]. Imaginava que a ação judicial fosse um freio eficaz às aleivosias, particularmente depois da exemplar observação do juiz de Direito Fausto José Martins Seabra de que o jornal "não só extrapolou o direito de crítica, como olvidou o compromisso legal e ético com a verdade".

No entanto, o artigo de Gaspari voltou a circular com o espantoso adendo de que Dulce Maia não existe e que este seria apenas um codinome de Dilma Rousseff. A utilização do artigo em plena campanha eleitoral mostra que setores da sociedade não têm qualquer apreço pela verdade como arma política. São pessoas que, muito provavelmente, apoiaram o golpe militar de 1964 e não apreciam o debate franco e aberto de ideias.

Chama atenção, também, o silêncio de Elio Gaspari sobre o uso indevido de seu texto. Nunca li qualquer manifestação do articulista refutando o uso de seu nome em páginas que emporcalham a internet com mentiras sobre minha pessoa.

O desrespeito é de duplo grau. Primeiro, pela reiterada circulação de informações falsas sobre o atentado ao consulado norte-americano (prática já condenada pela Justiça na sentença de primeira instância do juiz Martins Seabra). Em segundo lugar, e não menos importante, com a tentativa de me despersonalizar, como se Dulce Maia fosse apenas um codinome.

Depois dos desaparecimentos forçados praticados pela ditadura, que impôs a aniquilação física de adversários políticos, sequazes do regime militar querem impor a aniquilação moral em plena democracia. E o fazem da forma mais vil, espalhando mentiras pela internet.

Como estratégia política, não é novidade. Documentos do governo norte-americano revelam que a CIA apoiava o uso de boatos para desestabilizar o governo democrático de Salvador Allende. Vivi em Santiago e presenciei a onda de boatos que não atingiu seus objetivos eleitorais (Allende foi deposto pelo sangrento golpe militar de setembro de 1973).

Trazer à luz do sol aqueles que usam a mentira como ferramenta política é uma tarefa urgente. Farei a minha parte, acionando judicialmente todos aqueles que atacam minha honra ao tentar tirar proveito político de grotescas caricaturas para atingir a imagem de seus adversários.

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...