domingo, março 20, 2011

Tucanos no Chão

De Lúcio Flávio Pinto no blog do Estado do Tapajós.

As dificuldades deixadas pelos antecessores e sua composição heterogênea ainda não permitiram que o governo Simão Jatene imprimisse sua marca. A previsão é de que este ano seja consumido na arrumação da casa. Mas logo em seguida haverá nova eleição. A perspectiva é crítica.

O primeiro trimestre de 2011 acabou e o governo Simão Jatene, do PSDB, a rigor, ainda não começou. O governador pode alegar que nem poderia ter começado para valer, conforme ele pretendia: a herança maldita deixada por Ana Júlia Carepa, PT, vai pesar pelo menos durante todo este ano. O acervo de contas a pagar, de compromissos pendentes, de desorganização na máquina estadual e outros complicadores resultantes de uma das piores administrações que o Estado já teve absorverão toda a energia e inventividade da atual gestão. Só em 2012 ela poderá mostrar sua face e colocar em prática os seus planos e projetos.

O problema é que 2012 será mais um ano eleitoral: estarão em disputa as prefeituras. Mais uma vez, Belém será um campo de batalha. O conteúdo dos candidatos em potencial não traz novidade, mas a disputa deverá ser bem maior do que nos últimos anos. O PSDB dispõe de alternativas expressivas para se contrapor a nomes como Arnaldo Jordy, José Priante, Edmilson Rodrigues, Paulo Rocha (quem sabe, de novo), Ana Júlia Carepa, mas elas poderão se desgastar até a campanha. É o caso de Zenaldo Coutinho, que ocupou a estratégica chefia da Casa Civil, para se beneficiar dos dividendos de estar tão próximo do governador, mas tem se desgastado pela sucessão de problemas e incidentes ao longo do trimestre.

Descontados os discursos, até agora não foi possível descobrir diferenças entre o derrotado (e desastrado) governo que saiu e o que entrou. Talvez porque o que esteja prevalecendo seja o efeito residual da gestão petista, a opinião pública convive com situações que pouco ou nada diferem da fase anterior. Não só pela “herança maldita”: retomando o estilo que deixou em 2007 para a sucessora, Jatene repete os erros do primeiro mandato.

A começar por manter a rotina desgastante das assessorias especiais do seu gabinete, um sorvedouro de recursos públicos dilapidados para acomodar interesses e servir a acordos políticos – e de outra natureza. Esse setor da administração pública se tornou símbolo do desmazelo e da conivência com o uso doméstico do governo para fins que nada têm a ver com o bem coletivo. Os tucanos garantem que não chegarão ao limite de mais de dois mil assessores especiais, recorde petista, talvez ficando muito aquém. Mas o mecanismo é o mesmo: falta de justificativa para as contratações, sigilo nas informações a respeito e desprezo pela opinião pública.

Embora pagando o preço por suceder um governo fraco, os tucanos podem ter que arcar com um custo muito alto pela vitória, que só foi possível graças a acordos políticos de todos os tipos. Por isso, é visível uma divisão entre uma parte técnica na administração e outra política, com fortes características fisiológicas. Sem um comando competente, capaz de resolver os muitos problemas do governo, Jatene não desfará os nós que herdou. Mas ao ceder parcela considerável do poder a políticos empenhados apenas em obter dividendos pessoais (e com um passado nada recomendável), pode experimentar surpresas desagradáveis.

Uma delas já veio com a acusação de que seu secretário de assuntos estratégicos, o ex-prefeito de Paragominas, Sydnei Rosas, recorreu a trabalho sob condições degradantes em uma fazenda que possuía no Maranhão. A cabeça do secretário esteve prestes a ser colocada numa bandeja, mas parece que ele conseguiu se explicar e superar o problema. Mas pode ser uma vitória parcial. Outras situações semelhantes podem se repetir. Para tentar enfrentá-las, o governador parece estar mais empenhado em negociações de bastidores do que em impor sua figura à frente dessa equipe ainda desencontrada e desigual. O governo, que ainda não começou, pode começar mal.

O aniversário de Paulo Rocha

Com um ar de retrô, quando o PT realizava coletas para organizar  seus eventos, o  aniversário de 60 anos do 1º Presidente de honra do PT do Pará, será realizado como  presente de prefeitos, parlamentares, liderenças e amigos, que irão parabenizá-lo  na AABB, no próximo sábado.

Shows da bateria do Rancho e suas mulatas, do cantor Haroldo Reis e a Banda nacional Renato e seus Blue Caps - que ele tanto gosta - estão no roteiro do evento que promete reunir lideranças de vários partidos políticos do Pará, além da militância e dirigentes petistas.

Colaboradores da "vaquinha" também irão apresentar uma homenagem através de um vídeo que está sendo produzido para rememorar a trajetória de luta do líder que recebeu nas últimas eleições, exatamente um milhão, setecentos e trinta e três mil e trezentos e setenta e seis (1.733.376) votos, quando Paulo Rocha disputou uma das duas vagas ao Senado Federal pelo Pará.

Depois de ter exercído cinco mandatos como deputado federal, Paulo Rocha está sem mandato devido a aplicação da Lei da Ficha Limpa  para o último processo eleitoral e mesmo sem ter sido julgado nem condenado por nenhum crime, a liderança deste filho de Terra Alta mantém-se pela confiança que tem de quem o conhece e o faz continuar  firme na luta, organizando o partido e  movimentos sociais e interferindo nas grandes decisões federais.

Rangar no Hangar IV

Casei com uma moça de Xinguara, município do sul do Pará, onde a moda sertaneja impera devido ao grande número de pessoas oriundas de Minas Gerais, Goáis e outros Estados, onde o ritmo sertanejo e o estilo country são predominantes.

Não vou entrar em detalhes como foi que minha esposa me convenceu em levá-la ao show da dupla Bruno e Marrone, ontem no Hangar. O objetivo desta postagem é socializar o que vi no Centro de Convenções da Amazônia.

Vamos lá!

O engarrafamento na Av. Dr Freitas já demostrava o quanto seria sufocante adentrar e ficar assistindo o "show" que os organizadores vendiam como um sucesso. Emissoras de rádio, televisão, anúncios em jornais, shoppings...enfim, a mídia para este tipo de evento é sempre massificada ao extremo e gente de outros municípios chegam à vim em Belém só para verem seus ídolos.

O show começa e a distância entre o palco e a "pista" era tanta que eu já percebia que só mesmo no Telão seria possível ver a dupla que não saudou ninguém e foi logo tocando um dos seus hits que se me perguntarem qual eu irei falar a verdade: não conheço.

As cervejas que fui tomando me levaram ao banheiro e foi lá que comecei a perceber  como está sendo administrado este patrimônio público, que custou 122 milhões  aos cofres do Estado e mensalmente recebe recursos da Secretaria de Cultura para manter-se e é malinado quando torna-se palco de eventos como o de ontem.


Sempre cercado de polêmicas, o Hangar ontem foi maltradado e é isso que as imagens abaixo mostram:


A fila do banheiro era indescritível e o esfrega-esfrega insuportável.



Os quiosques de venda de bebidas davam a impressão de estarem em uma feira agropecuária.


Ambulantes comercializavam livrimente seus produtos, nos corredores de acesso aos banheiros, transformados em fumódromo.


No meio da multidão, havia comercialização de alimentos, cheguei a ver um casal equilibrando um prato com filé e farrofa, talheres e uma latinha de cerveja. Não fotografei, mas a foto acima mostra um funcionário com o crachá do Hangar administrando a venda.



Até carrinho de pipoca havia no interior do Hangar.


Os hidrantes contra incêndios, serviam de lixo para latas e garrafas de cervejas, sem que ninguém incomodasse os mau-educados.
 

Pelo Chão, o lixo jogado livremente pelos consumidores.

Mijões não esperavam a chegada aos banheiros e enlamearam os corredores de acesso aos mesmo. Cheguei a presenciar mas o perigo de sofrer retaliações impediu o flagante.


No vídeo, os mijões utilizam as paredes e pias do banheiro para urinar, sem ninguém para incomodar.

A pergunta que fica é se ninguém liga para o uso e abuso do patrimônio público que gera lucro para os contrantes e é paulatinamente destruído pela falta de responsabilidade dos que deveríam cuidar da proteção e zelo do mesmo?

A guerra contra a Líbia começou


"Agora é necessário abrir as lojas e armar todas as massas com todos os tipos de armas para defender a independência, a unidade e a honra da Líbia"

Gaddafi em um discurso transmitido na televisão estatal, horas após os ataques da Grã-Bretânia, França e EUA ao seu país que tem uma ditadura de 40 anos. Países vizinhos condenam o ataque.

sábado, março 19, 2011

SOS Saúde de Belém

"Nesta segunda, às 8h, no Hotel Gold Mar, a Câmara Municipal de Belém promove encontro com os vereadores, deputados estaduais, deputados federais e senadores do Pará para juntos elaborarem emendas para garantir mais recursos para a saúde em Belém, que está na UTI. O Hotel Gold Mar fica na Rua Nelson Ribeiro, próximo à Fundação Curro Velho."

Jorge Luiz Vidal em seu Facebook.

Ortega: "Corrupção é algo crônico"

Do site da Revista Carta Capital

“A corrupção nas Secretarias de Meio Ambiente de estados como o Pará, o Mato Grosso e o Maranhão é algo crônico”, afirma o ex-secretário da Secretaria de Meio Ambiente do Pará (Sema), Valmir Ortega. Quase dois anos após deixar o cargo, ele revela, em entrevista exclusiva, a dificuldade de reduzir o desmatamento ilegal e a grilagem na região.
 
Atualmente, Ortega é diretor do Programa Cerrado Pantanal da ONG Conservação Internacional do Brasil. Segundo ele, a maior parte de produtores na Amazônia age de forma ilegal para benefício próprio. “No Pará, especula-se que 4 milhões de m³ gerem entre R$ 2,5 bi e R$ 3 bi ilegalmente, por ano. Quem movimenta isso tem um altíssimo poder de corrupção”, avalia. 

Leia a entrevista completa na Carta Capital.

sexta-feira, março 18, 2011

A VEJA não quis que voce visse.




No começo da noite de quinta-feira, a versão digital da revista Veja publicou em seu site uma bombástica entrevista do governador cassado de Brasília, José Roberto Arruda, concedida enquanto ainda estava preso, em setembro do ano passado. O ex-governador acusa seus ex-aliados de estarem todos envolvidos no mesmo esquema criminoso que ele próprio.

Vários ex-aliados de Arruda citados – e acusados – por ele na entrevista que concedeu em pleno processo eleitoral, tais como José Agripino Maia (atual presidente do DEM) ou Rodrigo Maia (presidente do partido à época em que a entrevista foi concedida), entre outros demos e tucanos, reelegeram-se em 3 de outubro passado.

A pergunta mais imediata é sobre se teriam sido eleitos caso a Veja não tivesse escondido a entrevista do ex-governador de Brasília. E a suposição mais imediata é a de que a revista escondeu as acusações de Arruda para não atrapalhar a eleição de políticos que protege há muito. São conclusões inescapáveis.

Todavia, não se entende por que a Veja publicou a entrevista. Não teria sido mais fácil escondê-la? E como a revista pretende explicar por que ocultou acusações que poderiam ter impedido que vários  dos demos e tucanos citados na entrevista fossem reeleitos?

Mas não é só isso. A ocultação da entrevista de Arruda pode ter atrapalhado as investigações sobre o “mensalão” de Brasília. A menos que as denúncias de Arruda à Veja também tenham sido feitas à polícia, o que é bem provável que tenha ocorrido. Ainda assim, resta a questão eleitoral.

A sociedade e a Justiça têm que discutir se ficam passivas diante de um meio de comunicação que publicou reportagens no período eleitoral acusando todo o governo Lula com base em nada e que escondeu graves acusações de um escroque do calibre de Arruda que qualquer órgão de imprensa sério teria obrigação de divulgar.

Quem, que autoridade, que político terá coragem de cobrar a Veja publicamente? Aliás, não seria dever do Ministério Público (eleitoral?) fazer esse questionamento à revista? Afinal, se as acusações de Arruda se confirmarem, seus ex-companheiros corruptos terão sido eleitos graças à censura que a Veja impôs a matéria de interesse público.

Como a “grande imprensa” tratará o assunto? Sairá na primeira página de Globos, Folhas e Estadões? O Jornal Nacional vai noticiar? Os acusados por Arruda serão expostos, como aconteceria se fossem do PT? Ou a entrevista ficará restrita à Veja e sumirá nos dias posteriores? A forma como a mídia tratará o caso deve virar um escândalo à parte.

Nepotismo pra que te quero?


Ana Júlia Carepa nunca teve três mil assessores especiais.
 
Entre exonerações e nomeações, o saldo da ex-governadora petista deve ter ficado em torno de 1.500 ou 2000 assessores – quer dizer, quase a mesma quantidade dos governos tucanos.
 
Tal disputa, porém, é irrelevante.
 
Afinal de contas, o que importa se tucanos ou petistas nomearam mais ou menos assessores que os seus rivais?
 
Assessorias especiais, assim como incentivos fiscais e outras questões administrativas ou de governo, não são um mal em si.
 
O problema é a maneira como são usadas e até, é claro, a compatibilidade com a legislação.

II

Na imoralidade que cerca o uso das assessorias especiais se lambuzaram tucanos, petistas, peemedebistas e praticamente todos os partidos paraenses.
 
Até porque essa imoralidade envolve não apenas quem concede, mas, também, quem recebe tais “favores”.
 
É preciso, portanto, acabar com essa infantilidade e hipocrisia.
 
Estão todos atolados até o pescoço nessa imundície.
 

Arruda diz que quadrilha ajudou líderes do DEM e PSDB

Segundo o ex-governador, dinheiro da quadrilha que atuava em Brasília alimentou campanhas de ex-colegas como José Agripino Maia e Demóstenes Torres

José Roberto Arruda: "Joguei o jogo da política brasileira"
José Roberto Arruda: "Joguei o jogo da política brasileira" (Agência Brasil)

Na veja.
 
José Roberto Arruda foi expulso do DEM, perdeu o mandato de governador e passou dois meses encarcerado na sede da Polícia Federal (PF), em Brasília, depois de realizada a Operação Caixa de Pandora, que descobriu uma esquema de arrecadação e distribuição de propina na capital do país. Filmado recebendo 50 mil reais de Durval Barbosa, o operador que gravou os vídeos de corrupção, Arruda admite que errou gravemente, mas pondera que nada fez de diferente da maioria dos políticos brasileiros: “Dancei a música que tocava no baile”.

Em entrevista a VEJA, o ex-governador parte para o contra-ataque contra ex-colegas de partido. Acusa-os de receber recursos da quadrilha que atuava no DF. E sugere que o dinheiro era ilegal. Entre os beneficiários estariam o atual presidente do DEM, José Agripino Maia (RN), e o líder da legenda no Senado, Demóstenes Torres (GO). A seguir, os principais trechos da entrevista: 


O senhor é corrupto?
Infelizmente, joguei o jogo da política brasileira. As empresas e os lobistas ajudam nas campanhas para terem retorno, por meio de facilidades na obtenção de contratos com o governo ou outros negócios vantajosos. Ninguém se elege pela força de suas ideias, mas pelo tamanho do bolso. É preciso de muito dinheiro para aparecer bem no programa de TV. E as campanhas se reduziram a isso.


O senhor ajudou políticos do seu ex-partido, o DEM?
Assim que veio a público o meu caso, as mesmas pessoas que me bajulavam e recebiam a minha ajuda foram à imprensa dar declarações me enxovalhando. Não quiseram nem me ouvir. Pessoas que se beneficiaram largamente do meu mandato. Grande parte dos que receberam ajuda minha comportaram-se como vestais paridas. Foram desleais comigo.


Como o senhor ajudou o partido?
Eu era o único governador do DEM. Recebia pedidos de todos os estados. Todos os pedidos eu procurei atender. E atendi dos pequenos favores aos financiamentos de campanha. Ajudei todos.


O que senhor quer dizer com “pequenos favores”?
Nomear afilhados políticos, conseguir avião para viagens, pagar programas de TV, receber empresários.


E o financiamento?
Deixo claro: todas as ajudas foram para o partido, com financiamento de campanha ou propaganda de TV. Tudo sempre feito com o aval do deputado Rodrigo Maia (então presidente do DEM).

 
De que modo o senhor conseguia o dinheiro?
Como governador, tinha um excelente relacionamento com os grandes empresários. Usei essa influência para ajudar meu partido, nunca em proveito próprio. Pedia ajuda a esses empresários: “Dizia: ‘Olha, você sabe que eu nunca pedi propina, mas preciso de tal favor para o partido’”. Eles sempre ajudaram. Fiz o que todas as lideranças políticas fazem. Era minha obrigação como único governador eleito do DEM.

Esse dinheiro era declarado?
Isso somente o presidente do partido pode responder. Se era oficialmente ou não, é um problema do DEM. Eu não entrava em minúcias. Não acompanhava os detalhes, não pegava em dinheiro. Encaminhava à liderança que havia feito o pedido.


Quais líderes do partido foram hipócritas no seu caso?
A maioria. Os senadores Demóstenes Torres e José Agripino Maia, por exemplo, não hesitaram em me esculhambar. Via aquilo na TV e achava engraçado: até outro dia batiam à minha porta pedindo ajuda! Em 2008, o senador Agripino veio à minha casa pedir 150 mil reais para a campanha da sua candidata à prefeitura de Natal, Micarla de Sousa (PV). Eu ajudei, e até a Micarla veio aqui me agradecer depois de eleita. O senador Demóstenes me procurou certa vez, pedindo que eu contratasse no governo uma empresa de cobrança de contas atrasadas. O deputado Ronaldo Caiado, outro que foi implacável comigo, levou-me um empresário do setor de transportes, que queria conseguir linhas em Brasília.


O senhor ajudou mais algum deputado?
O próprio Rodrigo Maia, claro. Consegui recursos para a candidata à prefeita dele e do Cesar Maia no Rio, em 2008. Também obtive doações para a candidatura de ACM Neto à prefeitura de Salvador.


Mais algum?
Foram muitos, não me lembro de cabeça. Os que eu não ajudei, o Kassab (prefeito de São Paulo, também do DEM) ajudou. É assim que funciona. Esse é o problema da lógica financeira das campanhas, que afeta todos os políticos, sejam honestos ou não.


Por exemplo?
Ajudei dois dos políticos mais decentes que conheço. No final de 2009, fui convidado para um jantar na casa do senador Marco Maciel. Estávamos eu, o ex-ministro da Fazenda Gustavo Krause e o Kassab. Krause explicou que, para fazer a pré-campanha de Marco Maciel, era preciso 150 mil reais por mês. Eu e Kassab, portanto, nos comprometemos a conseguir, cada um, 75 mil reais por mês. Alguém duvida da honestidade do Marco Maciel? Claro que não. Mas ele precisa se eleger. O senador Cristovam Buarque, do PDT, que eu conheço há décadas, um dos homens mais honestos do Brasil, saiu de sua campanha presidencial, em 2006, com dívidas enormes. Ele pediu e eu ajudei.


Então o senhor também ajudou políticos de outros partidos?
Claro. Por amizade e laços antigos, como no caso do PSDB, partido no qual fui líder do Congresso no governo FHC, e por conveniências regionais, como no caso do PT de Goiás, que me apoiava no entorno de Brasília. No caso do PSDB, a ajuda também foi nacional. Ajudei o PSDB sempre que o senador Sérgio Guerra, presidente do partido, me pediu. E também por meio de Eduardo Jorge, com quem tenho boas relações. Fazia de coração, com a melhor das intenções.

quinta-feira, março 17, 2011

Obama, Venha Comigo a Cartago

Cartago é uma antiga cidade, originariamente uma colônia fenícia no norte da África, situada a leste do lago de Túnis, perto do centro de Túnis, na Tunísia. Foi uma potência na Antigüidade, disputando com Roma o controle do mar Mediterrâneo. Dessa disputa originaram-se as três Guerras Púnicas, após as quais Cartago foi destruída.


Agora sinta a força desta vídeo poético-depoimento-histórico.

"Obama foi anulado pelo conservadorismo de bordel dos EUA"










No site da Revista Carta Maior.

Em entrevista exclusiva à Carta Maior, a economista Maria da Conceição Tavares fala sobre a visita de Obama ao Brasil, a situação dos Estados Unidos e da economia mundial. Para ela, a convalescença internacional será longa e dolorosa. A razão principal é o congelamento do impasse econômico norte-americano, cujo pós-crise continua tutelado pelos interesses prevalecentes da alta finança em intercurso funcional com o moralismo republicano. ‘É um conservadorismo de bordel’, diz. E acrescenta: "a sociedade norte-americana encontra-se congelada pelo bloco conservador, por cima e por baixo. Os republicanos mandam no Congresso; os bancos tem hegemonia econômica; a tecnocracia do Estado está acuada”.

Quando estourou a crise de 2007/2008, ela desabafou ao Presidente Lula no seu linguajar espontâneo e desabrido: “Que merda, nasci numa crise, vou morrer em outra”. Perto de completar 81 anos – veio ao mundo numa aldeia portuguesa em 24 de abril de 1930 - Maria da Conceição Tavares, felizmente, errou. Continua bem viva, com a língua tão afiada quanto o seu raciocínio, ambos notáveis e notados dentro e fora da academia e esquerda brasileira. A crise perdura, mas o Brasil, ressalta com um sorriso maroto, ao contrário dos desastres anteriores nos anos 90, ‘saiu-se bem desta vez, graças às iniciativas do governo Lula’. 

Frente Parlamentar: A bola da vez

No blog do Altamiro Borges.

Em reunião realizada ontem (16) na sala da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal, sob comando o deputado Emiliano José (PT), foi aprovado o lançamento oficial da Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e o Direito à Comunicação com Participação Popular. Ele será feito em 19 de abril, às 14 horas, no auditório Nereu Ramos, que comporta cerca de 400 pessoas.

94 deputados já aderiram

Com a presença de várias entidades da sociedade civil, a reunião também fez um balanço das adesões à proposta de criação da frente. Até ontem, 94 parlamentares já tinham assinado a solicitação – incluindo integrantes do PT, PSB, PDT, PCdoB, PSOL e também do PMDB, PV, PSDB, DEM, entre outros partidos. Pelo regimento interno da Câmara Federal, são necessárias 171 assinaturas para formalizar uma frente parlamentar.

Na avaliação de Emiliano José não será difícil conseguir o restante das adesões. “Nenhum parlamentar será contra o debate sobre a liberdade de expressão. A discussão sobre o novo marco regulatório dos meios de comunicação está em pauta no país e o Congresso Nacional não vai se omitir”. Nos próximos dias, os integrantes da frente, liderada pela deputada Luiza Erundina (PSB), intensificarão a coleta das assinaturas.


Paulo Henrique Amorim dá o complemento aqui. 

Tropa de Elite II


" O desembargador Cláudio Montalvão, por sua vez, esclareceu que a nora do governador Simão Jatene está mesmo lotada em seu gabinete, mas desde 2006, antes de ser baixada a Súmula 13, do Supremo Tribunal Federal (STF), que veda o nepotismo. 'E ela está [lotada no gabinete] por competência, acrescentou."





Treco da reportagem de O Liberal sob o título "TJE aciona comissão para apurar denúncias da OAB" onde o desembargador aplica a sentença que é como dizer: "Não é nada disse que você está pensando!"

Qualquer semelhança com um trecho do Filme "Tropa de Elite 2" é mera coincidência.

Nepostismo? Denuncie!



A Ordem dos Advogados Pará (OAB) disponibilizou um espaço para denúncias anônimas para que cidadãos e/ou servidores que saibam da prática de nepotismo no serviço público possam ter sua privacidade preservada e assim exercer livremente, seu direito de relatar a prática ilegal que assola a gestão pública no Estado.

Para acessar, clique aqui.

Acorda Pará: Transtorno Bipolar da Mídia e Pirotecnias de Jatene

Simão Jatene em campanha criticava a adversária e então governador Ana Júlia, pelos "assessores especiais" e prometia um choque de gestão com um "Pacto pelo Pará", que moralizaria a gestão pública. Parte majoritária do eleitoral acreditou.


O governador do Pará, Simão Jatene, parece surfar num mar de tranquilidade nestes primeiros 75 dias de governo e segue sua saga de tentar ludibriar a maioria do povo paraense, com o jargão utilizado pelos que recebem o governo das mãos de partidos adversários, com a chamada “herança maldita”. É verdade que o PT, quando Ana Júlia assumiu em 2006 o governo do Estado, disse também a mesmíssima frase  do seu antecessor, mas o quadro era realmente difícil e nefasto, para não ser mais dramático.

A impressão de tranquilidade pode ser facilmente notada como Mise-en-scène por quem acompanha o efeito das nomeações de ficha-sujas no Secretariado - Sahid Xerfan, por exemplo, exonerado em menos de um mês à frente da Secretaria de Esporte e Lazer (SEEL) por ter sido condenado pelo TCU e Sidney Rosa, réu num processo que é acusado de manter trabalhadores rurais em condições análogas à escravidão, conforme diz a recente reportagem da Folha de São Paulo, que não é, e  nunca será petista ou à serviço da esquerda.

Cálculos recentes demostram que Simão Jatene já nomeou cerca de 500 “assessores especiais”, entre eles, há indício de pelo menos seis casos de nepotismo cruzado com parentes de magistrados do Judiciário Estadual, deputados e membros das Cortes de Contas, como demostrou notícia da Revista IstoÉ e que a OAB-PA encaminhou denúncia ao Conselho Nacional de Justiça e pedindo que a justiça federal afaste todos os não-concursados, afim de acabar com a cumplicidade entre judiciário e executivo estadual.

Como se não bastasse, no legislativo paraoara, o presidente da casa, o Deputado Manoel Pioneiro (PSDB), partidário do governador, já tem como sua cota particular na assessoria de Simão Jatene, neste caso, o próprio irmão, como informa o jornal Folha de São Paulo, que não é, e nunca será petista ou à serviço da esquerda.

Alia-se aos inúmeros escândalos, que só não são assim rotulados, porque os dois principais veículos de comunicação do Estado do Pará, sofrem de transtorno bipolar, atacando e defendendo a gestão tucana, conforme seus interesses. 

Como? Explico:

Simão Jatene sempre teve como aliados, os proprietários das ORM - Organizações Rômulo Maiorana - mas ultimamente, por abrigar o arqui-inimigo do grupo, o ex-deputado Federal Jader Barballho (PMDB) - que indicou diversos secretários e assessores no alto escalão de governo - tem sido alvo de críticas pontuais que não chegam à expor sua responsabilidade mor nas páginas de O liberal e do Amazônia, ambos jornais controlados pela família Maiorana, que também detém a retransmissão da Rede Globo no Estado, além das emissoras de rádios AM e FM que possuem.

Jader Barbalho por sua vez, fundou a RBA - Rede Brasil Amazônia de Comunicação - um conglomerado de rádios, Tv e jornal (Diário do Pará), que hoje detém maioria de leitores, segundo o IBOPE e por ter rompido com a gestão petista em 2010, pouco antes do processo eleitoral, ajudou os tucanos elegerem-se mas ficou sem o mandato de Senador, mesmo sendo o mais votado no Estado, "vítima" da lei da Ficha Limpa. Toma-te!


 
 Wlad, músico de tecno-brega e incentivador de aparelhagens, foi reeleito Deputado Federal pelo PMDB-PA herdando parte significativa dos votos de Jader, que perdeu a vaga no Senado e ficou sem mandato.


Ambas as empresas possuem relações comerciais e políticas com o governo de Simão Jatene, mas combatem-se ferozmente do lado de fora do ringue (governo), ilustrando as vísceras de seus comparsas e protegendo o empregador (governador) com maestria, tanta que Simão Jatene que está para ver o processo onde é réu, começar a fermentar no Supremo Tribunal de Justiça, para onde  reinvindicou foro privilegiado, por ser novamente governador, onde será tratado o “Caso Cerpasa”.

Somando-se com a denúncia da OAB e a inexorável pressão nas redes sociais, tende à ficar mais careca de preocupação com a perda de seu recente mandato, se a justiça brasileira julgá-lo e condená-lo por abuso do poder econônico e corrupção ativa, com retidão como fez com o ex-governador do DF, José Arruda (DEM), no mesmo tribunal sob as mesmas circustâncias criminosas.


Ao lado de Duciomar Costa, reeleito prefeito de Belém Jatene e Almir - hoje inimigos mortais, são responsáveis pelo descontentamento do povo da capital, com o nefasto gestor municipal.


Conhecedor da máquina pública por mais de 30 anos, Jatene é um político experiente que conhece bem os porões da máquina pública do Pará e sabe como mexer-se no meio empresarial e político local. Montou um secretariado que visa atender aliados e conter manifestações políticas, mesmo que estas já não sejam mais tão organizadas e fortes como eram, antes do PT assumir o comando do Estado em 2006, vindo quatro anos depois, perdê-lo para o próprio tucano.

A herança maldita alegada por Jatene que tentou justificar corte de gastos sociais como tempo integral dos servidores assim como estaque em aumentos salariais e repressão de novas nomeações de concursados aprovados no governo petista, vem agora cair por terra com a contradição mais visível.

É que o anúncio da transferência da sede do governo para o município de Santarém, durante seis dias (20 a 26/06), pelas comemorações dos 350 anos de fundação da cidade, demostra claramente, que os cortes anunciados nas áreas sociais eram pirotecnia pura e que para um Estado falido, levar dez secretários e suas comitivas de assessores para uma cidade distante 876 km da capital (de barco leva em torno de 3 á 4 dias de viagem) imagina-se que os gastos com passagens aéreas, hospedagens e diárias de centenas de governistas só é possível ser feita por quem tem de onde tirar, ou não é?

quarta-feira, março 16, 2011

Nilson Pinto é destaque nacional

O Site Congresso em Foco é considerado com um dos mais sérios e isentos do país. É dele que trago a matéria completa que envolve o Dep. Federal e hoje secretário de Educação do Pará, Nilson Pinto.

Ex-servidores de deputado condenados por estelionato

Não há evidências do envolvimento de Nilson Pinto, hoje secretário de Educação do Pará, no caso, mas seu ex-motorista, um dos condenados, continua prestando serviços a ele e a seu suplente, Dudimar Paxiuba
Manoel Neto/Página pessoal
Funcionários do hoje secretário de Educação do Pará, Nilson Pinto, quando ele era deputado foram condenados pela Justiça por estelionato

Eduardo Militão

Ex-funcionários ligados ao secretário de Educação do Pará e deputado licenciado Nilson Pinto (PSDB-PA) foram condenados pela Justiça de Brasília pelo crime de estelionato e crime continuado. Eles promoveram um golpe contra bancos que ofereciam crédito consignado a servidores da Câmara, fraudando contracheques e documentos do departamento de Recursos Humanos da Casa.

Nilson Pinto não foi indiciado, denunciado e muito menos condenado no processo. Seu ex-motorista, um dos envolvidos no golpe, continua prestando-lhe serviços eventuais e ainda trabalha para o suplente de Pinto, de acordo com relato de funcionária ouvida pelo site. Outro condenado foi um assessor importante no gabinete de Pinto que, mesmo depois de ser preso, manteve o posto por oito meses e chegou a fazer uma doação para a sua campanha. Procurado, Nilson Pinto não retornou os contatos do Congresso em Foco.

Em fevereiro e março de 2006, segundo o Ministério Público, o então assessor do gabinete de Pinto, Madson Luís de Lima Bentes, comandou um esquema fraudulento na Câmara, em que forjava contracheques para obter empréstimos consignados em nome de terceiros. Até documentos de funcionários falecidos foram usados para simular bons salários, o que permitia a obtenção de financiamentos mais altos. Obtidos os créditos, as dívidas nunca eram pagas. Madson utilizou um documento de seu primo, o geólogo Mário Sérgio Bentes dos Santos, assessor do deputado em Belém, como matriz para forjar empréstimos consignados em nome de terceiros. Entre eles, o ex-motorista de Pinto conhecido como “Loro” – apelido de Francisco da Costa Cunha Júnior – e o hoje desempregado Marcelo Raimundo da Silva. 

A sentença do juiz
  Domingos


Trecho do depoimento de Mário Sérgio, incluído no processo
Sávio Reis de Araújo, da 2ª Vara Criminal de Brasília, condenou no dia 28 de fevereiro Madson e Raimundo por três estelionatos concretizados e uma tentativa, além de crime continuado, num golpe que lesou o banco GE Capital em R$ 131 mil. Madson vai ter que pagar uma multa, ainda indefinida. Assim como Raimundo, terá ainda que prestar serviços comunitários, também a serem definidos pela Vara de Execuções Penais.



O motorista “Loro” não foi localizado pela 2ª Vara e seu processo terá continuidade à parte, mas ele informou ao Congresso em Foco já ter sido condenado em outra ação, pela qual está pagando cestas básicas e prestando serviços comunitários. O caso gerou quatro inquéritos policiais – cujos prejuízos totais somam R$ 350 mil a quatro bancos – mas a decisão da 2ª Vara se refere a apenas ao inquérito 6/2006, um golpe de R$ 131 mil. Num dos inquéritos, “Loro” é acusado de participar de uma fraude de R$ 48 mil contra o banco Alfa. Uma quarta pessoa seria processada: o vigilante Émerson Assunção Silva. Mas ele foi assassinado em outubro de 2006. 

O geólogo Mário Sérgio Bentes, primo de Madson, não foi arrolado como réu e, portanto, não foi condenado. O Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal atestou que não era dele a assinatura em autorização dada a Madson para pegar seus documentos no setir de Recursos Humanos da Câmara e gerar matrizes para a confecção dos contracheques fraudulentos.



O TAMANHO DAS FRAUDES

Acusado
Banco
Valor
Madson
GE Capital
53.620,22
“Loro”
GE Capital
27.454,78
Émerson
GE Capital
50.010,00
“Loro”
Alfa
48.510,00
(ignorado)
Alfa
54.285,28
Raimundo
BGN
63.867,60
Raimundo
Santander
51.367,14
TOTAL

R$ 349.115,02
Fonte: Inquéritos 6, 8, 12 e 13/06 da Polícia Legislativa da Câmara
Prisão e doações


De acordo com a denúncia do MP, Madson fez empréstimos em nome dele, de “Loro”, de Assunção e de Raimundo. Na última tentativa, acabou preso em flagrante na entrada do anexo IV da Câmara, mesmo prédio onde trabalhava para Nilson Pinto. No mesmo dia, 9 de março de 2006, um Pálio Weekend zero quilômetro vinha do Pará para Brasília e foi apreendido pela Polícia Legislativa da Câmara. De acordo com as autoridades, Madson comprou o carro com dinheiro dos empréstimos, ao depositar R$ 35 mil na conta da concessionária, mas o veículo estava em nome do primo Mário Sérgio Bentes.

A Justiça acabou liberando o carro. Mário Sérgio disse que emprestou o veículo recém-adquirido a Madson para ele transportar roupas e sapatos que arrecadou em Brasília. O objetivo seria levar o Pálio Weekend de volta a Belém e distribuir os donativos a famílias carentes, segundo depoimento de Mário Sérgio à Justiça do Pará, em 13 de maio do ano passado. Para fazer a caridade, Madson pagaria R$ 500 de aluguel por mês ao primo e ainda bancaria o frete do caminhão cegonha no trajeto Belém–Brasília–Belém, tudo segundo o depoimento do primo.

Mesmo depois de ser preso e liberado, Madson continuou trabalhando para Nilson Pinto. Durante a campanha eleitoral, em 16 de agosto de 2006, doou R$ 3 mil à campanha à reeleição do deputado. À época, o assessor ganhava salário de R$ 6 mil, como SP-26, então o maior cargo para um funcionário de gabinete. Em 2002, Madson já havia doado R$ 5 mil para a campanha do chefe. Mas, depois das eleições, em 17 de novembro, Pinto demitiu Madson.

Em 2007, o então presidente da Câmara converteu a exoneração de Madson e “Loro” em destituição do cargo. Por lei, eles não podem ser contratados como funcionários públicos de qualquer órgão federal até 2012. Madson voltou a Belém, onde trabalha como supervisor de vendas, segundo declarou à 2ª Vara Criminal.

QUEM É Nilson Pinto (PSDB-PA)— secretário de Educação do Pará
— deputado federal licenciado
— no terceiro mandato, recebeu 132 mil votos em outubro passado
— geólogo e doutor em Geociências, pela Universidade de Erlangen-Nuremberg, na Alemanha
— Ao menos três funcionários e ex-funcionários de seu gabinete acabaram se envolvendo num golpe contra bancos que ofereciam crédito consignado na Câmara. Dois funcionários foram condenados pela Justiça. Nilson Pinto não foi reponsabilizado pelos crimes e, por isso, não foi indiciado e condenado.
— O deputado não retornou os contatos do
Congresso em Foco
Com o deputado na rua


Impossibilitado de trabalhar formalmente para a Câmara, hoje “Loro” é motorista autônomo. Ontem (15), prestava serviços para o suplente de Nilson Pinto, o deputado Dudimar Paxiuba (PSDB-PA). Ele disse ao Congresso em Foco não ter qualquer vínculo com o deputado Pinto e que não foi indicado para o trabalho. “Ele gosta muito de mim”, afirmou “Loro”. Quando Pinto ou Dudimar precisam, o motorista é acionado para levá-los ao aeroporto ou a outros locais de Brasília. O autônomo afirmou ter outros clientes, mas as secretárias de Dudimar disseram que “Loro” é o motorista do suplente.

“Ele não está aqui, não, é porque ele é motorista do deputado. Ele estava com ele na rua. Aí eu não sei se ele já chegou. Aqui, ele não apareceu”, informou uma auxiliar, na tarde de terça-feira. “Ele estava com o deputado na rua agora à tarde. Não sei se ele está vindo pra cá, porque o deputado não apareceu ainda”, reforçou ela.


Desde segunda-feira (14), a reportagem tenta contato com o secretário de Educação e deputado licenciado Nilson Pinto. Ele não retornou nenhum dos telefonemas para avaliar a condenação judicial de seus ex-colaboradores, explicar como era a administração do seu gabinete à época, esclarecer se eventualmente os serviços de motorista de “Loro” fizeram parte do acordo com Dudimar e comentar o afastamento de Madson após as doações de campanha.

Grande vítima

A reportagem não localizou Madson nos telefones informados por ele à Justiça. Em 2006, ele negou a existência da quadrilha. “Sou uma vítima muito grande disso”, justificou à época.

terça-feira, março 15, 2011

A truculência e as desculpas



Sérgio Duboc Moreira, atual superintendente do DETRAN, pediu desculpas ao ex-deputado Federal Paulo Rocha (PT) pela truculência com que este foi tratado por agentes de trânsito, na noite do dia 15 de Janeiro, quando voltava para casa.

O fato rendeu a seguinte postagem no blog da jornalista Rita Soares:

Cinco carros da Rotam, mais de uma dezena de policias e muito bate-boca foi o resultado de uma parada do deputado federal Paulo Rocha numa blitz, por volta de meia noite de ontem, na Municipalidade com a Doca.

Os policiais acusam o deputado de estar bêbado e de tê-los desacatado.
 
O deputado nega. Diz que foi houve excessos dos policiais que chegaram a dizer que ele não podia reclamar porque tinha perdido a eleição.

Paulo Rocha voltava para casa após jantar em homenagem ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha, quando foi parado na blitz. Estava no banco de trás sem cinto. O policial pediu que ele aguardasse por um superior que avaliaria a situação, Rocha reclamou da demora e foi ameaçado de prisão. Começou a confusão que só terminou uma hora e meia depois. O deputado foi liberado com multa.

O pedido de desculpas se deu na manhã desta segunda-feira (15) dois meses portanto, depois do acontecimento, no Plenário da Assembléia Legislativa do Estado, em decorrência da continuidade do processo de arguições que a bancada petista na ALEPA exigiu junto ao Ministério Público para que os chefes de autarquias do governo estadual fossem sabatinados pelos deputados estaduais, como reza o Art. 135, Inciso XII, da Constituição Estadual que o governador Simão Jatene fingiu desconhecer no início deste mandato.

Quando indagado pelo Deputado Carlos Bordalo (PT) sobre a postura autoritária dos agentes, o superintendente do DETRAN atribuiu o fato, como um incidente grave e que reunirá todos os esforços para que isso não volte a acontecer com nenhum cidadão de bem e fez referencias positivas à atuação de Paulo Rocha, quem disse nutrir profundo respeito pela liderança que este exerce no cenário local e nacional.

O pensamento e a escrita

"Certamente escrevo melhor do que falo. Logo penso melhor quando escrevo. Em uma fala há o reflexo/intuição, é uma atividade muito veloz de capitação de conhecimento armazenado e utilização dele. Escrevo e penso ao mesmo tempo. O Backspace garante o pensamento antes de dizê-lo. Pra vida é preciso pensar antes de falar, uma atitude comum a quem escreve e compartilha seus escritos."
Higor Torani - Artísta polivalente - em seu Facebook.

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